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TECNOLOGIA
Campus São Paulo
“Sensores Magnéticos”
Definições _________________________________________________________________ 4
Variáveis ________________________________________________________________ 4
Atuadores _______________________________________________________________ 4
Sensor __________________________________________________________________ 4
Transdutor ______________________________________________________________ 5
Tipos de Saída____________________________________________________________ 6
Analógica _____________________________________________________________ 7
Linearidade _____________________________________________________________ 7
Velocidade de Resposta__________________________________________________ 8
Diretas _______________________________________________________________ 9
Indiretas ______________________________________________________________ 9
Aplicações: ___________________________________________________________ 15
Sensores Magnetostrictivo_________________________________________________ 16
Definições
Variáveis
São fenômenos físicos que chamamos simplesmente VARIÁVEIS, por exemplo,
temperatura, pressão, intensidade luminosa, etc. Cada sistema de medição pode ser
compreendido em termos do que ele faz, por exemplo, indicar temperatura ou totalizar a vazão
ou registrar a pressão de um sistema qualquer.
Atuadores
São dispositivos que modificam uma variável controlada. Recebem um sinal
proveniente do controlador e agem sobre o sistema controlado.
Sensor
Termo empregado para designar dispositivos sensíveis à alguma forma de energia do
ambiente, que pode ser luminosa, térmica, cinética, etc, relacionando informações sobre uma
grandeza física que precisa ser mesurada (medida), como por exemplo, temperatura, pressão,
velocidade, corrente, aceleração, posição, etc.
Sensor Analógico
Este tipo de sensor pode assumir qualquer valor no seu sinal de saída ao longo do
tempo, desde que esteja dentro da sua faixa de operação.
Essas variáveis são mensuradas por elementos sensíveis com circuitos eletrônicos não digitais.
A figura abaixo ilustra a variação de uma grandeza física (no caso temperatura) de forma
analógica:
Sensor Digital
Esse tipo de sensor pode assumir apenas dois tipos de valores no seu sinal de saída
ao longo do tempo, que podem ser interpretados como zero ou um. Não existem naturalmente
grandezas físicas que assumam esses valores, mas eles são assim mostrados ao sistema de
controle após serem convertidos por um circuito eletrônico (geralmente um comparador).
Transdutor
É a denominação que recebe um dispositivo completo, que contém o sensor, usado
para transformar uma grandeza qualquer em outra que pode ser utilizada nos dispositivos de
controle. Um transdutor pode ser considerado uma interface às formas de energia do ambiente
e o circuito de controle ou eventualmente entre o controle e o atuador.
Os transdutores transformam uma grandeza física em um sinal elétrico que pode ser
interpretado por um sistema de controle.
Muitas vezes os termos sensor e transdutor são usados indistintamente. Neste caso, o
transdutor é o instrumento completo que engloba sensor e todos os circuitos de interface
capazes de serem utilizados numa aplicação industrial.
Características fundamentais
Há uma série de características relacionadas aos sensores que devem ser levadas em
consideração na hora da seleção do sensor mais indicado para uma aplicação.
No âmbito industrial, é fundamental uma grande quantidade de características, principalmente
quando tratamos de automação e instrumentação industrial. Para nosso estudo, analisaremos
algumas dessas características, de acordo com nosso foco.
Tipos de Saída
Digital ou Binária
A saída do dispositivo é discreta, ou seja, só assume valores "0" ou "1" lógicos (saída
on/off). Esse tipo de saída só é capaz de determinar se uma grandeza física atingiu um valor
predeterminado. A figura a seguir ilustra a saída de um sensor digital de acordo com a variação
da entrada ao logo do tempo:
Analógica
O transdutor possui uma saída contínua. Buscam-se sensores que possuam sua saída
analógica próxima a uma réplica da variação da grandeza física. Como ilustrado abaixo:
Linearidade
Velocidade de Resposta
Trata-se da velocidade com que o sensor fornece o valor da variável. O ideal é que o
sensor possua uma resposta instantânea, pois uma resposta lenta pode prejudicar muito a
eficiência do sistema de controle.
Sensores Magnéticos
Diretas
• Medição do campo magnético terrestre
• Leitura de fitas e discos magnéticos
• Cartões de crédito e de identificação
Indiretas
• Detecção do fluxo de corrente (através do seu campo magnético)
• Sensores de deslocamento mecânico (linear e angular)
• Chaves sem contato
Unidades Magnéticas
Reed Switch
Para acionar o reed-switch é necessário induzir a magnetização das lâminas, fazendo com
que elas se atraiam magneticamente, para isso basta aproximar um pequeno ímã do reed-
switch, como mostra a figura a seguir.
ATENÇÃO: Para termos uma ação correta das lâminas fechando os contatos, o campo
magnético precisa ser corretamente orientado. Se o campo não magnetizar as lâminas de
modo que elas se atraiam, não haverá a atuação da chave.
Sensor de Efeito Hall
O sensor de Efeito Hall recebe este nome, pois é baseado no efeito Hall descoberto em
1879 por Edwin Hall. Este efeito é o resultado da força de Lorentz no movimento de elétrons
sujeitos a um campo magnético.
O efeito Hall é a produção de diferença de potencial através de um condutor elétrico.
Essa tensão e transversa a corrente no condutor e é perpendicular ao campo magnético.
O Efeito Hall ocorre devido a cargas elétricas tenderem a desviar-se de sua trajetória
por causa da força de Lorentz. Desta forma cria-se um acúmulo de cargas nas superfícies
laterais do condutor produzindo uma diferença de potencial.
Sensores de efeito Hall tem a capacidade de medir tanto campos contínuos (DC) como
alternados (AC) em um único instrumento. Praticamente todos os gaussímetros (medidor
de campo magnético) portáteis utilizam sensores Hall.
O sensor de Efeito Hall tem como principal característica a linearidade. Sua saída, a
chamada tensão de Hall (Vh), pode ser expressa como:
Vh ≈ I x B.
Onde I é a corrente e B o campo magnético.
Como a tensão Vh de saída é da ordem de 30μV, o amplificador tem que ter baixo
ruído, alta impedância de entrada e bom ganho.
O regulador mantém a corrente constante para que a saída dependa apenas do campo
magnético.
Obs.: A tensão Hall de saída varia conforme varia o campo magnético e, este, por sua
vez, pode ser positivo ou negativo. Para que isso não afete tanto a saída, forçamos um offset
no amplificador diferencial. Como a tensão de entrada fornece um limite na tensão de saída, o
aumento excessivo do campo magnético, apenas fará com que o amplificador sature.
Sensor Hall de Saída Digital:
Reage a um campo magnético positivo, ou seja, apenas quando o pólo positivo do imã
se aproximar do sensor é que ele irá conduzir. Enquanto o imã estiver próximo do sensor, ele
continuará conduzindo, só deixando de fazê-lo, quando o imã for afastado.
Detecta qualquer tipo de campo magnético, mas trabalha basicamente como o sensor
unipolar: quando há a presença de imãs, ele é acionado, mas na sua retirada ele desaciona.
Este sensor simplifica a montagem do projeto, já que não é necessário se conhecer o pólo do
imã que ficará voltado para o sensor.
Na presença de um imã, aciona sua entrada, e a mantém acionada até que o imã se
aproxime novamente do sensor.
Sensores de Efeito Hall de Saída Digital
Aplicações:
O sensor de efeito Hall é um transdutor que varia sua tensão de saída em resposta a
um campo magnético. Assim, podemos encontrar diversas aplicações do mesmo em projetos,
basta que seja possível converter o que se deseja medir numa variação de campo magnético.
Definição de Magnetostricção:
(a)
(b)
(c)
Figuras: Comportamento dos domínios magnéticos:
(a)aplicando campo magnético para a esquerda
(b) sem aplicar campo,
(c)aplicando campo magnético para a direita.
Figura: Processo de deformação de um material ferromagnético, (a) a uma temperatura maior que Tc, (b) a uma
temperatura menor que Tc, se tem uma magnetostricção espontânea, (c) magnetostricção de saturação.
Materiais de magnetostricção gigante
Durante os anos sessenta o início do estudo de materiais com magnetostriccão gigante
(GMM) se deu com a descoberta de terras raras que apresentavam uma alta magnetostricção.
Em 1972 Clark descobriu que materiais baseados em terras raras aos quais se acrescentava
ferro experimentavam grandes deslocamentos magnetostrictivos. A deformação nestes
-6
elementos era da ordem de 10.000 × 10 (10.000 partes por milhão), possuindo três ordens de
magnitude maior que a magnetostricção do níquel, contudo esta deformação somente era
alcançada a baixas temperaturas. A adição de terras raras altamente magnetostrictivas
principalmente samário, térbio e disprósio combinados a metais de transição como o níquel,
cobalto e ferro apresentaram um aumento na temperatura de Curie das ligas estudadas. No
estudo destas ligas, foram também analisadas combinações de térbio e ferro (TbFe) e
disprósio e ferro (DyFe), onde foi alcançada uma deformação em temperaturas mais altas,
-6
acima de 3.000 × 10 , particularmente no composto TbFe2. Este último composto apresentava
uma elevada anisotropia magnética, ou seja, suas propriedades magnéticas dependiam
fortemente na direção em que eram medidas. Esta anisotropia foi compensada pela
substituição parcial de Térbio por outra terra rara. Este novo material chamado de Terfenol- D,
TbxDy1-xFe2 onde 0.25 < x < 0.3; tem a característica que para um x fixo, e com o mesmo valor
de temperatura, uma pequena variação do ferro produz uma variação na deformação de
-6
aproximadamente 30 × 10 . O nome deste material veio de Térbio, Ferro, Naval Ordinance
Laboratory e Disprósio. O Terfenol-D é o material com magnetostriccão gigante
comercialmente mais usado e o primeiro material magnetostrictivo utilizado como um
transdutor. Ele tem uma elevada não-linearidade e consegue deformações da ordem de
-6
1600x10 para campos magnéticos no valor de 160 kA/m (0.2 T). Nas últimas pesquisas sobre
materiais magnetostrictivos tem-se buscado o desenvolvimento de compostos que minimizem a
anisotropia magnética e histerese. Por exemplo, compostos como o Terfenol-DH, são
produzidos pela substituição parcial do térbio e disprósio por hólmio. Ligas compostas por
titânio e níquel comercialmente conhecidas como Nitinol oferecem grandes valores da
-6
deformação da ordem de 60.000 x 10 , mas tem uma resposta dinâmica inferior. Outros
materiais que também estão em estudo são NiMnGa e a ligas de ferro com níquel que em
princípio apresentam as características procuradas: alta magnetostricção a temperatura
ambiente e baixa anisotropia.
Comercialmente o Terfenol-D pode ser encontrado em várias formas como sólido,
filmes e pó. Este material é em geral usado na detecção de forca, movimento e campo
magnéticos.
Sensores baseados nas propriedades do Terfenol-D podem se agrupar em três grupos
de acordo com suas propriedades magneto-mecânicas: sensores passivos, sensores ativos e
sensores combinados.
Os sensores passivos usam o efeito magneto-mecânico como o efeito Villari ao medir
parâmetros externos como força, pressão, vibração.
Sensores ativos usam uma excitação interna do Terfenol-D para facilitar alguma
medida deste que mude com a propriedade externa de interesse. Como exemplo se tem que a
temperatura pode ser determinada por variação na permeabilidade, que é uma função da
temperatura de uma amostra de Terfenol-D excitada de uma forma conhecida.
Sensores combinados são passivos e ativos simultaneamente. Utiliza-se o Terfenol-D
como um elemento ativo ao mudar outro material que permitirá medir a propriedade de
interesse. Por exemplo, um sensor de campo magnético com fibra óptica e redes de Bragg usa
a variação na longitude do material magnetostrictivo na presença de um campo magnético para
alterar o comprimento de onda de luz refletida pela rede de Bragg.
Aspectos Construtivos dos Sensores Magnetostrictivos
Tradicionalmente são baseados na propagação de ondas acústicas através de um
tubo, uma fita ou um fio magnetostrictivos.
O sensor consiste em um guia de onda magnetostrictivo e um cursor que gera um
campo magnético local perpendicular ao guia. Inicialmente uma excitação é gerada ao longo do
guia através de um pulso de corrente elétrica. A interação do campo magnético local com o
campo gerado pelo pulso de corrente provoca uma força de torção sobre o guia de onda na
região do cursor. Devido ao efeito magnetostrictivo, uma deformação mecânica é gerada e se
propaga como uma onda elástica na guia de onda, afastando-se em ambos sentidos da região
do cursor. Em um dos extremos está colocado um atenuador que impede a reflexão da onda,
enquanto no outro está o transdutor receptor da onda propagada. A medição do tempo de vôo
desde a geração do pulso de excitação até a chegada da onda elástica ao transdutor determina
a posição do cursor. Esta técnica é conhecida como magnetostrictive delay line. O cursor pode
ser uma espira ou um ímã permanente. Os receptores podem ser indutivos ou piezoelétricos.
Este tipo de sensor tem ótima resolução, mas não é apropriado para aplicações
remotas devido à necessidade de utilização de vários equipamentos e circuitos complexos
próximos ao sensor.
Referências Utilizadas
• http://www.sabereletronica.com.br/secoes/leitura/867
• http://www.mecatronicaatual.com.br/secoes/leitura/51
• http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/como-funciona/2462-art373.html
• http://www.if.ufrgs.br/mpef/mef004/20061/Cesar/SENSORES-Reed-switch.html
• http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Controls/Sensores-Industriais/Sensores-
Magneticos
• http://pt.scribd.com/doc/99940375/Magnetostriction-Materials-and-Applications-in-
Portuguese