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INSTRUMENTAÇÃO, AQUISIÇÃO E PROCESSAMENTO DE SINAIS

A medição se faz presente no cotidiano das atividades do ser humano


INSTRUMENTAÇÃO, AQUISIÇÃO E PROCESSAMENTO DE SINAIS

O sistema de Medição Generalizado: Indicador

Impressora
Detector Condicionador
Mensurando Transdutor Computador
Sensor de Sinais
Registrador

Controlador
Detector ou Sensor – parte do sistema que reponde diretamente ao
mensurando;

Transdutor – parte do sistema que traduz o valor do mensurando em uma


outra medida analógica de mais fácil medição (p.e., voltagem, deslocamento,
deformação etc.)

Condicionador de sinais – parte do sistema de medição que filtra, amplifica,


atenua, integra, diferencia, converte frequência para voltagem, etc., o sinal
vindo do transdutor.
Registradores – parte do sistema de medição que registra os valores da
medição.
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Vantagens dos Transdutores Elétricos

• Amplificação e atenuação podem ser obtidos facilmente;


• Efeitos Inerciais são minimizados;
• Efeitos de atrito são minimizados;
• Indicação e gravação remota do mensurando;
• Geralmente são muito pequenos;
• Atualmente a maioria dos equipamentos de requerem
entrada/saída elétrica.
INSTRUMENTAÇÃO, AQUISIÇÃO E PROCESSAMENTO DE SINAIS

O Sistema Transdutor-Sensor
• A principal função do sensor/transdutor é sentir o mensurando e
fornecer uma saída analógica;

• Na verdade o sensor/transdutor medirá tanto a quantidade de


interesse quanto “Ruído”, ou seja, quantidades que não são de
interesse;

Exemplos de Sensores/ Transdutores:

- Termopares (diferenças de temperatura em voltagem);


- Strain Gages (deformações em variações de resistência);
- Células fotoelétricas (luz em energia);
- Manômetros de tubo (diferença de pressão em altura de coluna de
líquidos).
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O que se deve conhecer sobre o mensurando?

• Se as grandezas são estáticas ou dinâmicas (em relação ao tempo


de medição);
• Qual amplitude de variação da quantidade? (limites de variação);
• Se a quantidade medida tem caráter repetitivo (componente de
frequências);
• Se há alguma forma de transformar a quantidade de interesse em
grandezas elétricas.
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O que se deve conhecer sobre o sensor?


• Qual o princípio físico de operação? (implica em limitações na
medida?);
• Se sua Resolução é capaz de avaliar com exatidão o mensurando;
• Se sua Sensibilidade consegue capturar pequenas variações no
mensurando;
• Qual o seu tempo de resposta? (é capaz de acompanhar as
variações do mensurando?);
• Qual a sua faixa de operação (é capaz de capturar todas as
variações possíveis do mensurando?)
Considerações para Conversão Analógica – Digital

• Erro de saturação:
Limites na entrada do sinal analógico (10V ou 0-10V);

•Erro de Resolução e Quantização


Limite no incremento de voltagem que um conversor pode transformar;

•Erros de Conversão
Conversores podem sofrer erros devido à não linearidades, escala ou mesmo
histerese;

•Taxa de Amostragem
Problemas de ‘Aliasing’ podem ocorrer quando a frequência de amostragem fs
é inferior à duas vezes a maior frequência que se pretende captar no sinal
(frequência de Nyquist);
fs
f máx  f Nyq 
2
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Considerações para Conversão Analógica - Digital

•Tempo de Amostragem:

O tempo de amostragem deve ser o suficiente para capturar vários


períodos de um sinal;

•Condicionamento de Sinais:

Deve-se condicionar o sinal de modo que não haja saturação (sinal


muito alto) como também perda de resolução(sinal muito baixo).
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TRANSDUTORES DE FORÇA
• Transdutores são dispositivos que quando excitados por força, fornecem
uma resposta de (saída) proporcional à excitação (entrada);

• A grandeza a ser medida, no caso a força é processada pelo transdutor que a


transforma em uma grandeza de outra natureza;

• São equipamentos eletromecânicos que medem cargas estáticas ou


dinâmicas, nas situações que não ocorrem grandes deslocamentos, e as
convertem em sinais elétricos para posterior análise;

• O princípio de funcionamento dos transdutores de força ou carga é baseado


na deformação que sofre o material quando submetido à aplicação de uma
força;

• Ou seja, por meio de materiais como strain gauges, dispostos em um


pequeno conjunto mecânico, mede-se a deformação, convertendo o sinal
elétrico em força ou carga.
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TRANSDUTORES DE FORÇA

• Outra definição similar foi estabelecida por Dally (1993):

“Transdutores são dispositivos eletromecânicos que convertem uma


alteração mecânica, como deslocamento ou força, em uma alteração
em um sinal elétrico que pode ser monitorado depois de um
apropriado condicionamento”.
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Transdutor:

• Componente que transfere informação (na forma de energia) de


uma parte do sistema de medida para outra;

• Normalmente, conversão para energia elétrica;

Sensor:

• Parte do sistema de medida que responde pelo parâmetro físico


(grandeza) a ser medido.

• Baseado num transdutor, tem-se ainda associado algum tratamento


do sinal, e até, por vezes, condicionamento de sinal.
Classificação sensores quanto à Energia:

Diretos, Geradores ou Passivos


Não requerem mais nenhuma fonte de energia além do sinal.
Ex. Células fotoelétricas, termopares.
Indiretos, Modulares ou Ativos
Necessitam de uma fonte adicional de energia que é “modulada” pela energia do
sinal. Ex. Extensômetro, efeito Hall, etc.
Classificação quanto à Função
•Deslocamento (linear e angular)
•Velocidade (linear e angular)
•Dimensional (posição; comprimento; área; espessura; volume; rugosidade; tensão
mecânica)
•Massa (peso; carga; densidade)
•Força (Absoluta; relativa; estática; pressão dinâmica e diferencial; potência;
tensão)
•Outros (Dureza; viscosidade; concentração)

Classificação quanto à Saída


- Analógica; digital; em frequência; codificada.
Princípios Físicos

•Resistivos
-Variação da resistência elétrica por um dada causa física (Potenciômetros,
Extensômetros, Transdutores resistivos de temperatura);
•Capacitivos
-Variação da capacidade elétrica;
•Indutivos (magnéticos)
-Variação da indutância (Circuito magnético, LVDT);
- Força eletro motriz (f.e.m.) induzida
•Termoelétricos
-Geração de f.e.m.
•Ressonantes
-frequência de vibração é função do parâmetro a medir (Fio vibrante, Viga vibrante)
•Fotodetectores
-Térmicos
-Quânticos
•Do estado sólido
-Propriedades semicondutoras
•Piezoelétricos
-Força gera f.e.m.
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TRANSDUTORES DE FORÇA
• A Figura abaixo apresenta esquematicamente o funcionamento de um
transdutor de forças.
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TRANSDUTORES DE FORÇA
• Existem vários tipos de transdutores que são utilizados em
medições das mais diversas grandezas físicas:

• Transdutores capazes de medir sinais de movimento, vibrações e


acelerações;

• Estes podem ser elétricos, mecânicos ou ópticos entre outros;

• Transdutores elétricos são largamente utilizados por possuírem


facilidade de utilização e a aquisição dos dados se torna mais
fácil;

• São exemplos de transdutores elétricos: LVDT (Linear Variable


Differential Transformer “medição de deslocamento linear”), acelerômetros
e os extensômetros de resistência elétrica.
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Características Gerais dos Transdutores


Em geral, deseja-se que os transdutores mecânicos de força
possuam:

(i) Elevada rigidez mecânica;


(ii) Boa linearidade;
(iii) Baixa histerese;
(iv) Boa capacidade de repetição;
(v) Alta sensibilidade com boa resolução;
(vi) Trabalho em condições adversas.
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Características Gerais dos Transdutores


• Rigidez mecânica: a rigidez de uma estrutura é a medida de como essa
estrutura se distorce pela ação de cargas atuando sobre ela.

• Linearidade: é a aproximação com a qual uma curva de calibração


acompanha uma reta ideal.

• Histerese: é a tendência de um material ou sistema de conservar suas


propriedades na ausência de um estímulo que as gerou. É definida como
a máxima diferença entre as saídas lidas para a mesma carga aplicada,
uma leitura sendo realizada com o aumento da carga de zero ao valor
máximo e outra leitura pela diminuição deste valor máximo até zero.

• Repetibilidade: é a diferença máxima entre os sinais de saída para


aplicações de uma mesma grandeza em iguais condições ambientais e
de aplicação de grandeza.
• Sensibilidade: é a variação da resposta do transdutor de medição
dividida pela correspondente variação de seu estímulo.
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Quando a célula de carga está carregada, este valor é dado em


milivolt por volt aplicado, normalmente entre 2 e 3 mV/V.

 A sensibilidade da célula de carga é influenciada diretamente pelo:

- Número de extensômetros
- Posição dos extensômetros
- Configuração na ponte de Wheatstone.

 Sensibilidade: é a variação da resposta de um instrumento de


medição dividida pela correspondente variação do estímulo.
CÉLULAS DE CARGA

 Uma célula de carga é uma estrutura submetida a carregamentos


externos forças ou tensões.
 As deformações dessa estrutura se relacionam com as tensões.
 Os extensômetros colados nestas estruturas detectam variações de
deformações.
 Estes extensômetros são ligados em circuito tipo ponte de Wheatstone.

TIPOS DE CÉLULAS DE CARGA


 Serão abordados alguns exemplos específicos de células de carga;
 Toda célula de carga é projetada segundo as necessidades das
aplicações, serão analisados 5 modelos de célula de carga:

- Célula de carga tipo coluna;


- Célula de carga tipo anel;
- Célula de carga tipo “S”;
- Célula de carga tipo lamina engastada;
- Célula de carga de torque.
CÉLULA DE CARGA TIPO COLUNA

 Nesse tipo de célula carga a força pode ser de tração ou compressão.


 Quatro extensômetros são colados na célula;
 Dois são colados na direção longitudinal e dois na direção transversal.

Quando a carga é aplicada na célula,


surge uma deformação axial e outra transversal:

Sendo:
A = Área da seção da coluna
E = Módulo elasticidade
v = Coeficiente de Poisson do material
= Deformação axial e transversal

Célula de carga tipo coluna.


CÉLULA DE CARGA TIPO COLUNA

- Quanto menor a área mais sensível será a célula de carga;


- Deve-se limitar a tensão máxima do material da célula;
- A deformação do extensômetro não deve exceder o limite do
material do strain gauge;
- Cuidados com efeitos de flambagem.

APLICAÇÕES:

- Medição de força
- Proteção contra sobrecarga em:
tanques, reservatórios, cabos etc.
CÉLULA DE CARGA TIPO ANEL
 Esse tipo de célula de carga é feito de material elástico, em forma
de anel.

 O projeto dessa estrutura pode ser feito para cobrir uma larga faixa
de cargas, variando-se parâmetros como: raio, espessura e largura.

Os strain gauges internos 1 e 3 sofrem compressão enquanto que os


externos 2 e 4 sofrem esforço de tração.
CÉLULA DE CARGA TIPO ANEL
A distribuição de forças é praticamente uniforme, podendo ser calculada
com a seguinte expressão:

Onde:
F = Força aplicada (N)
R = Raio do anel (mm)
W = Comprimento do anel (mm)
t = Espessura (mm)
E = Módulo elasticidade.

Segundo Dally (1993), a equação que fornece a tensão da célula de


carga do tipo anel é dada pela equação abaixo:

Célula de carga comercial tipo anel


CÉLULA DE CARGA TIPO “S”

Usuais para medição de forças ou pesos em tração e compressão.


Exemplos: balanças de plataforma, reservatórios, silos e outras.

Célula carga tipo “S”

- A célula fornece como resultado somente valores de cargas axiais,


de compressão ou de tração.
- Carregamento excêntrico e/ou a presença de carga horizontal não
afeta a leitura do carregamento sobre a célula.
CÉLULA DE CARGA TIPO “S”

ESFORÇOS:

Viga bi-engastada Dupla curvatura reversa em viga engastada


OTIMIZAÇÃO DA CÉLULA DE CARGA
- Otimização significa minimização ou maximização;

- Melhoramento em um projeto inicia-se a partir de um projeto inicial;

- Analisando os resultados, decide-se da possibilidade de melhorar ou


não o projeto inicial.
Célula de carga tipo “S” Célula de carga comercial modelo CZI tipo “S”

Célula de carga CZI:


(comercial) Capacidade (kg) 50, 100, 250, 500, 1000
Tensão Máxima (V) 15
Resistência Elétrica (Ohm) 350
Sensibilidade (mV/V) 3 +/- 10%
Temperatura de Trabalho (°C) (-10 a 40)
Histerese (%) 0,02
Material Aço inox
CÉLULA DE CARGA TIPO LÂMINA ENGASTADA
 Medem as deformações de tração ou compressão decorrentes do
carregamento de viga em balanço.
 Normalmente utilizadas em medições de 0,5 a 200 kg.

Célula de carga tipo engastada

 Neste caso são produzidos esforços iguais e opostos: a superfície convexa


(superior) é solicitada por esforço de tração, enquanto a côncava
(inferior) é solicitada por compressão.
EQUACIONAMENTO:

My bh 3
  I  M  PL
I 12

PLh / 2 6 L 6L
  3  2P 1  2
P
bh /12 bh bh E

Célula de carga comercial tipo engastada


CÉLULA DE TORQUE
A medição em eixos a torção podem ter vários objetivos:

- Determinar as tensões normais e de cisalhamento.


- Determinar o momento torçor Mt.
- Determinar a deformação angular ou o ângulo de torção.

 z  xz
 xz
x
x
TD 16T E  xz
 xz    G xz   xz  xz
2J  D 3
2(1   ) z
CÉLULA DE TORQUE

Tensões Principais:

1 1
1  ( x   z )  ( x   z ) 2  (2 xz ) 2
2 2
1 1
 2  ( x   z )  ( x   z ) 2  (2 xz ) 2
2 2

2 xz
tan 21,2 
( x   y )

1 
16T 1  450
 D3  2  1350
16T
2  
 D3
CÉLULA DE TORQUE

Neste caso os strain-gauges são solicitados à máxima deformação, e por


isso são montados a 45° com as geratrizes.

16T 1   16T 1  
1  ( )    ( )
D 3
E
2
D 3
E

E K E
 (1   2   3   4 )  K 1
Vi 4 Vi
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Tipos Comercias de Células de Carga


TRANSDUTORES PIEZOELÉTRICOS

 Estes também são utilizados para medir deformações;

 A piezoeletricidade é uma propriedade encontrada em determinados


materiais na natureza, como por exemplo, nas cerâmicas de titanato de
bário e nos cristais de Quartzo;

 Materiais piezoelétricos são capazes de gerar tensão elétrica constante


quando submetidos a esforços de compressão ou tração;

 Esse fenômeno pode ser causado por bater, torcer o material apenas o
suficiente para deformar o seu cristal, sem fraturá-lo.
TRANSDUTORES PIEZOELÉTRICOS

 Os materiais piezoelétricos apresentam características interessantes para o


desenvolvimento de transdutores, como alta sensibilidade à deformação e
a possibilidade de operar sob diferentes formas de solicitações mecânicas,
como tração, compressão, cisalhamento e flexão.

 Além disto, sensores piezoelétricos podem ser instalados na superfície ou


serem embutidos no corpo do transdutor, possibilitando inúmeras formas
de construção de transdutores, com características específicas para
diferentes aplicações.

 Ao serem deformados os materiais piezoelétricos geram cargas elétricas.


Este fenômeno é conhecido como efeito piezoelétrico direto e é com base
nesta propriedade que a medição de deformações através de sensores
piezoelétricos é realizada.
TRANSDUTORES PIEZOELÉTRICOS
 Em sua forma mais simples de operação, os sensores
piezoelétricos quando fixados na superfície de um
componente estrutural se comportam como sensores de
deformação dinâmica.

 As principais vantagem destes sensores em relação aos


sensores de deformação tradicionais é a sua alta
sensibilidade à deformação, o suprimento de energia não é
necessário (cristais piezoelétricos são auto-geradores) e
podem operar a altas temperaturas.

 Sua excelente sensibilidade permite que deformações


inferiores a 0,1με possam ser facilmente percebidas.
TRANSDUTORES PIEZOELÉTRICOS

Vantagens:

- Alta frequência natural;


- Possuem alta linearidade e repetibilidade.

Desvantagens:

- Maior custo

- Impossibilidade de medir cargas estáticas ;

- Quando a pressão sobre o cristal é retirada, a polarização


desaparece, voltando a condição inicial, somente aplicável com
grandezas que variam com o tempo.
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EXTENSÔMETROS DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA

• Dentre os diferentes procedimentos existentes para converter


deformações mecânicas em sinais elétricos proporcionais, o
mais conhecido é o que utiliza elementos cuja resistência varia
em função de pequenas deformações longitudinais.

• Esses elementos são pequenas células extensométricas coladas


na superfície do corpo de prova, formando um conjunto
solidário, e recebem o nome de strain gauges (medidores de
deformação).
 Em casos complicados de carregamento ou em peças em
que a falha pode trazer riscos para o usuário pode-se
desejar uma análise experimental das componentes de
tensão.

 Tensões não podem ser lidas mas deformações sim!!

 O estado de tensões é determinado através das relações


tensão-deformação (Lei de Hooke generalizada).
 A leitura das deformações em um ponto pode ser
realizada através de um roseta de extensômetros
(strain gage).

 Uma roseta é formada por três strain gages e cada


strain gage lê uma deformação normal em uma direção
distinta.
Cisalhamento puro:   G

 xy  yz  zx
 xy   yz   zx 
G G G
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Extensômetro (Strain Gauges)


Definição:

- Extensômetros são de ampla utilização na engenharia utilizados


para a medição de deformações de estruturas mecânicas;

- Utilizado também para o desenvolvimento de ferramentas


específicas de medição como células de carga, torquímetros, etc.

Resistência Elétrica de um Condutor: A

L L
R i
A
Resistividade elétrica: é uma característica específica de cada material
que define o quanto ele se opõe à passagem de uma corrente elétrica.
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L  L Diferenciando a Eq. Anterior:


dR  d  dL  2 dA
A A A
dR d dL dA
  
R  L A
F
dA dL
  2 i
A-dA
A L
dR d dL L+dL
   1  2 
R  L F

dR R dR R d 
K   1  2 
dL L  
d  d 
K  1  2  0
  dR R
K 1  2

Gauge Factor 2~4 K
Utilizando 4 extensômetros idênticos:
.
∆𝐸 𝑘
= (𝜀1 − 𝜀2 − 𝜀3 + 𝜀4 )
𝑉 4
Gauge Factor (K):

• Um parâmetro fundamental do strain gage é sua sensibilidade à


deformação, expressa quantitativamente como fator de gage (GF ou K);

• “K” é a relação entre a variação relativa de resistência elétrica e a


variação relativa em comprimento, ou deformação.
Gauge Factor (K):
Características Extensômetros:
• Alta precisão de medida;
• Baixo custo;
• Excelente linearidade;
• Excelente resposta dinâmica;
• Fácil instalação;
• Pode ser imerso em água ou em atmosfera de gases corrosivos (com
tratamento adequado);
• Possibilita realizar medidas à distância.

Características Desejáveis:

• Alta sensibilidade K;
• Alta resistividade ;
• Baixa sensibilidade à variação com a temperatura;
• Alta tensão de escoamento;
• Fácil manuseio;
• Boa resistência à corrosão.
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Disposições
Unidirecional
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Unidirecional 45 o

Bidirecional 45o
INSTRUMENTAÇÃO, AQUISIÇÃO E PROCESSAMENTO DE SINAIS

Roseta Dupla a 90o

Roseta Tripla a 90o


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Roseta Tripla a 120o

Roseta Tripla a 45o


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Nomenclaturas
BB A - SS - GGG PP - RRR Option X

Características Opcionais: W-terminal


circuito impresso; L-conexão cobre; P-
fios nos terminais +encapsulamento

Resitência (Ohms) 50-650 

Geometria da Grade

Comprimento do Extensômetro mm/1000

Auto-compensação da temperatura

Liga metálica da folha (E-Constantan; D-Isoelástico; K-niquel-cromo;


A-Constantan recozido)
Base (E-Poliamida; CE-Poliamida+terminal solda; N2-filme fino; S2-
extens+terminal encapsulado)
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Adesivos
Material Adesivo Faixa de uso
Grade
da Base Recomendado permitido (°C)
Fio ou folha papel Nitrocelulose (-180) a 80
Folha epoxi Cianoacriato (-70) a 90
Fio ou folha papel impregnado Fenólico (-240) a 180
Fios ou folhas livres - Cerâmicos (-240) a 400

Base do Extensômetro:

•Poliamida
•Epóxi
•Fibra de vidro reforçada com resina fenólica
•Baquelita
•Poliéster
•Papel e outros.
Colagem
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Ponte de Wheatstone

 A aplicação dos extensômetros elétricos de resistência na análise de


deformações exige o conhecimento dos tipos de arranjos empregados nos
circuitos da “Ponte de Wheatstone” (Hbm, 2012);

 Charles Wheatstone, em 1843, apresentou um circuito capaz de medir


com precisão as resistências elétricas, chamado de Ponte de Wheatstone;

 Este circuito tornou-se padrão para as medições com extensômetros de


resistência elétrica sendo amplamente utilizado.
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Ponte de Wheatstone

 A ponte de Wheatstone pode ser montada de diversas formas (¼ de


ponte, ½ ponte, ponte completa e ½ ponte diagonal) dependendo do
número de extensômetros utilizados;

 O circuito é alimentado por uma corrente elétrica, através de uma fonte


de energia. A variação da resistência elétrica do extensômetro, devido à
deformação ocorrida na peça, provoca um desequilíbrio na ponte;

 Esta variação de tensão de saída da ponte, devido ao re-equilíbrio, passa


por um amplificador de voltagem, sendo lida em uma placa de aquisição
de dados.
Ponte de Wheatstone
 A Figura apresenta a ponte de Wheatstone, os quatro braços do circuito são
formados pelas resistências R1, R2, R3 e R4. Nos pontos A e C é conectada a
voltagem de excitação do circuito V. O sinal de resposta a excitação E se dá nos
pontos B e D. A
R1 i
R3

iADC V
D E B

R2 R4 iABC

 A ponte de Wheatstone funciona com uma diferença de potencial (ddp) V aplicada


entre dois pontos A e C, a ddp é dividida para os dois braços R1, R4 e R2 e R3.

 A resistência de cada braço da ponte contribui para o equilíbrio da ponte, e uma


ddp pode ser medida entre os pontos B e D do circuito. Assim medidas da ddp na
entrada e saída da ponte se relacionam pela equação de equilíbrio.
 O circuito básico da ponte de Wheatstone contém 4 strain gauges, uma fonte de
alimentação DC (corrente contínua) e um leitor de tensões elétricas.
Ponte de Wheatstone
Ponte de Wheatstone
“Montagem” de medidas com pontes extensômétricas:

- Dependendo do tipo de solicitação no material formas diferentes de


montagem para os extensômetros devem ser utilizadas na ponte de
Wheatstone.
Exemplo:
BARRA PRISMÁTICA DE EIXO RETO, SUBMETIDA A ESFORÇO DE
TRAÇÃO SIMPLES

- Para este caso podemos apresentar três montagens diferenciadas do


sistema:
- Um gauge ativo, alinhado na direção da força;
- ¼ de ponte, alimentado com tensão constante
- Sem compensação de temperatura.
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Segunda montagem:

 Dois gages ativos, em ramos adjacentes da ponte;


 Um deles alinhado na direção da força aplicada e o outro em
direção perpendicular utilizando o efeito de Poisson para
aumentar a sensibilidade.

- Circuito: 1/2 ponte.


- Sem compensação de temperatura.
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Terceira montagem:

 Quatro gauges ativos, dois de ramos opostos para a direção da


força aplicada e os dois restantes na direção perpendicular ao
efeito Poisson.
 Circuito: ponte completa, alimentado com tensão constante.
 Com compensação de temperatura (resposta linear).
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FIM!!

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