Você está na página 1de 26

_____________________________________________________________________________________

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SOROCABA

PROCESSOS DE PRODUÇÃO
APOSTILA DE SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS

SENSORES E SUAS APLICAÇÕES

AUTOR: LAURO CARVALHO DE OLIVEIRA

SOROCABA - FEVEREIRO 2010.


2

1. Sensores e suas aplicações.

1.1. Definição.

Sensores são “dispositivos” que mudam seu comportamento sob a ação


de uma grandeza física, podendo fornecer diretamente ou indiretamente um
sinal que indica esta grandeza. Quando operam diretamente, convertendo uma
forma de energia neutra, são chamados transdutores (transdutores de
temperatura, transdutores de pressão, transdutores para células de carga,
transdutores de fluxo, transdutores de posição ou potenciômetros, etc) Os de
operação indireta alteram suas propriedades, como a resistência, a
capacitância ou a indutância, sob ação de uma grandeza, de forma mais ou
menos proporcional (sensores indutivos, sensores capacitivos, sensores
ópticos, etc.)
O sinal de um sensor pode ser usado para comando, controle,
automação, posicionamento e regulagem de ciclos em processos industriais.
Por exemplo, para detectar o posicionamento de um determinado dispositivo,
início e fim de ciclo, nesse caso o chamado “ponto de entrada” ou
“endereçamento” é dito “ponto de entrada digital”, pois possui apenas duas
indicações, estar ou não estar na posição desejada naquele momento da
operação.
O sinal pode ser utilizado para corrigir desvios em sistemas de controle,
no exemplo de um transdutor o mesmo estará enviando um sinal de corrente
cuja intensidade é proporcional a uma determinada posição em que se
encontra o dispositivo naquele instante da operação, neste caso o sinal é
denominado de “ponto de entrada analógico”.
No grupo de sinais digitais são utilizados sensores do tipo: botões,
microchaves, sensores indutivos de posição, sensores capacitivos de posição,
sensores magnéticos de posição, sensores ópticos de posição, pressostatos,
etc.
No grupo de sinais analógicos têm-se os transdutores de temperatura,
transdutores de pressão, transdutores para células de carga, transdutores de
fluxo, transdutores de posição ou potenciômetros, etc.
3

Os fabricantes de Controladores Lógicos Programáveis fornecem CLPs,


com entradas digitais e entradas analógicas dependendo da aplicação dada ao
equipamento.
Após o tratamento dado pelo Controlador Lógico Programável, aos
sinais recebidos dos sensores externos, esses sinais são enviados para
comandar os componentes do sistema de controle. São os chamados “pontos
de saída” ou “endereçamento” que são responsáveis pela atuação de
componentes como bobinas de reles, solenóides, lâmpadas, ledes válvulas
proporcionais, servo-válvulas, inversores de freqüência, etc. Também neste
caso os “pontos de saída ou endereçamentos” se dividem em duas categorias
dependendo do número de estados que assumem no decorrer do ciclo
estudado. Digitais assumem apenas dois estágios, por exemplo, ligar e
desligar, analógicos assumem vários estágios dependendo da aplicação, por
exemplo, variando proporcionalmente a uma corrente, pode-se controlar a
variação de rotação de um sistema, para usinagem de peças.

1.2. Especificações usuais para interface com Controladores Lógicos


Programáveis.

Em projetos de sistemas de automação em que se utiliza a técnica de


Controladores Lógicos Programáveis, existe a necessidade de se especificar
corretamente os módulos de entrada e de saída para que atendam as
necessidades técnicas especificadas no projeto.
Essas necessidades técnicas devem ser compatíveis aos sinais gerados
pelos sensores e as mais significativas são:

1.2.1. Em módulos de entrada e saídas digitais:

 Nível de sinal: Na entrada o nível de tensão que será enviada ao módulo


quando o ponto de entrada de sinal for acionado, corresponde ao nível de
tensão da fonte que foi usada para os sinais externos. Em automação de
máquinas e equipamentos é recomendável o uso da tensão de 24 Vcc,
podendo-se encontrar tensões de 110 e 220 Vac. Na saída deve
corresponder ao nível de tensão da fonte que foi utilizada para comandar os
4

sinais de campo, os mais utilizados são 24VCC (saída a transmissor), 110 e


220 Vac (saídas TRIAC) e livre de tensão no caso de saída a rele.
 Corrente de saída: a corrente máxima típica de um módulo de saída a rele é
de 2 A por ponto para cargas resistivas e tensões abaixo de 30 V, e de 05 A
para cargas indutivas ou tensões superiores a 30V;
 Freqüência de acionamento: normalmente, a freqüência de acionamento de
saídas digitais é baixa, da ordem de 30 operações por hora, em casos de
aplicações de controle é comum uma saída digital ser acionada mais de 200
vezes por hora.
 Tempo aceitável para varredura do sinal de entrada: é importante para casos
de sinais de entrada que tenham um período de variação inferior a 100
milisegundos, ou que a CPU tenha que tomar uma ação num tempo menor
que 100 milisegundos após a variação da entrada digital. O filtro RC que
estão situados na entrada do CLP disponibiliza o sinal em 10 milisegundos,
porém a CPU faz a varredura de sinal a intervalos denominados ciclos de
varredura que variam de 10 a 500 milisegundos, nos casos de aplicações
mais usuais a resposta acontece em torno de 100 milisegundos, caso aja a
necessidade de respostas mais rápidas deve-se utilizar módulos especiais
especialmente preparados.
 Índice de proteção: como a maioria dos CLPs são especificados para
utilização dentro de painéis elétricos o índice de proteção recomendada pela
IEC é de grau de proteção IP20, quando instalados externamente aos
painéis tem-se como recomendação índices de proteção IP65 ou IP 67; o
índice de proteção dos sensores seguem a mesma recomendação indo de
IP 65 a IP 67.
 A isolação elétrica entre as entradas e entre as entradas e o sistema: a
isolação típica utilizada em pontos de entrada digital e o sistema é da ordem
de 2500 Vcc. Não é recomendável alimentações de fontes diferentes para
um mesmo conjunto de entradas, pois geraria a necessidade de uso de reles
ou opto-acopladores para o isolamento galvânico. Para saídas a isolação
recomendada é a mesma.

1.2.2. Em módulos de entrada e saídas analógicas:


5

 Tipo de sinal: os mais comuns são entradas em corrente, faixas de 0 a 20


mA; entradas de tensão, faixas de 0 a 10 Vcc. Para saídas as faixas
indicadas são as mesmas;
 Resolução de conversão: o sinal analógico é convertido para digital para ser
processado pela CPU, esta conversão é feita pelo módulo de entrada
analógico utilizando conversores de 8, 10, 12ou 16 bits, quanto maior o
número de bits, mais precisa será a conversão de sinais e maior será o
custo do módulo. Para as saídas o conceito utilizado é p mesmo.
 Isolação galvânica: deve-se optar na hora do projeto por módulos por
módulos com pontos isolados galvânicamente entre si ou por módulo com
um único ponto comum. O custo é um fator importante ma escolha, mas as
vantagens operacionais devem ser levadas em consideração. Para as
saídas a isolação galvânica deve ser da ordem de 2500 Vcc, levando-se em
consideração os mesmos conceitos utilizados quando da análise das
entradas.

1.3. Tipos de sensores.

Existem inúmeros tipos de sensores que são utilizados em larga escala


em sistemas discretos, alvo desse estudo. A seguir serão comentados alguns
modelos mais utilizados e de fácil aquisição no mercado fornecedor.
Os sensores são dispositivos de construção robusta e simples, sua
especificação depende de fatores como natureza do projeto da máquina ou
equipamento, da aplicação prevista, dos materiais empregados, do espaço
existente, da agressividade do ambiente, do custo final do projeto, e outros
fatores típicos de cada aplicação. Os sensores mais simples, de geração de
sinais digitais são:

1.3.1. Botões ou botoeiras.


6

Dispositivos eletromecânicos, de funcionamento “on-off”, empregados


para fornecer sinal de início, de fim ou de parada de emergência do processo.
Os tipos mais usuais são:
 Push-Button: permanece acionado quando pressionado aberto quando
liberado.
 Botão de retenção: é acionado quando pressionado e só será liberado
quando novamente pressionado.
 Botão tipo cogumelo: ao pressioná-lo, ele é travado permanecendo
acionado. Será destravado quando for girado no sentido horário e então
será desligado. Usado em sistemas de emergência.
Deve-se ressaltar os conceitos NA (normalmente aberto) a passagem da
corrente elétrica se dá quando acionamos o botão. E NF (normalmente
fechado) mesmo o botão não sendo acionado já existe a passagem de corrente
elétrica.
Figura 1.IV. Representação esquemática de dois botões: configuração NA e
NF. (Matias/2002)

1.3.2. Sensores eletromecânicos.

Dispositivos eletromecânicos, de funcionamento “on-off”, empregado


para fornecer sinal de início, de posições intermediárias, de fim,
seqüenciamento ou parada de emergência do processo (chaves
7

posicionadoras eletromecânicas, chaves de fim-de-curso, microchaves, micro


interruptores, conjuntos de chaves múltiplas e réguas de cames).

Figura 2.IV. Régua de cames. (Balluff/2002).

1.3.3. Pressostatos.

Dispositivos eletromecânicos de funcionamento “on-off”, utiliza-se da


pressão hidráulica ou pneumática do sistema que através de um atuador é
transformada em movimento mecânico, com a função de fechar ou abrir um
contato elétrico (microchave), quando a pressão atinge um valor previamente
ajustado; empregado para fornecer sinal de início, de fim, seqüenciamento ou
parada de emergência do processo. Alguns desses dispositivos chamados de
“conversor pneumático-eletrônico”, podem ser utilizados como pressostato,
vacuostato e pressostato diferencial, dependendo do projeto do fabricante e da
aplicação destinada.
Figura 3.IV. . Simbologia de pressostato ajustável.

Figura 4.IV. Disposição de contatos elétricos para pressostato ajustável.


8

1.3.4. Sensores Indutivos.

Sensores indutivos são dispositivos emissores de sinal que detectam,


sem contato direto a presença de objetos metálicos, são empregados na
detecção de movimentos de máquinas-ferramenta, máquinas de
processamento, robôs, linhas de produção e dispositivos de transporte,
dispositivos de montagem etc. O sinal de saída elétrico emitido pelo sensor é
utilizado como sinal de entrada para programas de Controladores Lógicos
Programáveis (CLPs), que após o processamento interno, emite um sinal de
saída que possibilita o controle da atividade programada.
São sensores capazes de detectar objetos metálicos que atravessam
seu campo magnético, sem haver contato físico, portanto são sensores que
primam pela sua grande durabilidade. São insensíveis frente a vibrações,
contaminação por poeira e possuem grande velocidade de resposta.

1.3.4.1. Características técnicas:

 sensor indutivo reconhece ou detecta todos os objetos eletrocondutores que


atravessam seu campo magnético;
 o sensor indutivo trabalha sem contato, ou seja, não é exercida nenhuma
força sobre o transmissor de campo magnético, nem sobre as peças a
detectar;
9

 Como trabalha sem contato com peças, partes de máquinas ou de


equipamentos, não há a necessidade de amortecedores de fim de curso ou
quaisquer outros dispositivos intermediários;
 O acionamento é realizado por meio de componentes eletrônicos;

1.3.4.2. Princípio de funcionamento:

O oscilador gera, através de uma bobina um campo magnético alternado


de alta freqüência que sobressai em forma de calota esférica na face do
sensor.
Se um objeto metálico se aproxima da superfície ativa, campo magnético
alternado (vermelha) do sensor de proximidade, são produzidas correntes
parasitas neste, absorvendo energia do oscilador, a tensão do oscilador cai,
acionando o circuito disparador que emite um sinal dentro da distância de
comutação previamente definida.

Figura 5.IV. Princípio de funcionamento. Adaptação catálogo Festo/200, pagina


L.1/1-3

Placa de
medição

m
Superfície Sn Distância de
ativa d comutação

Sensor de proximidade
10

Figura 6.IV. Princípio de funcionamento. Catálogo Festo Brasil 2000, pagina


L.1/1-1.

1.3.4.3. Esquema de conexão elétrica para sensor indutivo.


a. Corrente contínua, contato normalmente aberto.

Figura 7.IV. Esquema de conexão elétrica. Catálogo Festo Brasil 2000, pagina
L.1/10
11

b. Corrente alternada, contato normalmente aberto.

Figura 8.IV. Esquema de conexão elétrica. Catálogo Festo Brasil 2000, página
L.1/40-2

1.3.4.4. Vantagens dos sensores indutivos:

 Sem desgaste mecânico, como conseqüência maior durabilidade;


 Sem falhas em função de contatos sujos, quebrados ou soldados;
 Nenhum contato rebate, por isso não são emitidos impulsos errôneos ou
falsos;
 Alta freqüência de comutação até 3000 Hz;
 Insensível as trepidações;
 Qualquer posição de montagem;
 Totalmente lacrado, resultando numa alta classe de proteção (tipo IP 67)
12

1.3.4.5. Aplicações de sensores indutivos.

Figuras 9.IV. Aplicações de sensores indutivos. Catálogo Festo Brasil 2000,


página L.1/1 - 2
13

1.3.5. Sensores Ópticos.

Qualquer tipo de material pode ser detectado por sensores ópticos,


refletindo ou interrompendo os feixes de luz gerados pelos sensores ópticos.
Em locais de difícil acesso, é possível guiar a luz por meio de uma fibra ótica.
Estes sensores também são indicados para a detecção à distância (até 6 m).

1.3.5.1. Sensores de reflexão direta.

O corpo desse tipo de sensor é dotado tanto do elemento emissor


quanto receptor. O emissor emite um feixe de luz infravermelho modulada. O
objeto reflete uma parte do feixe, ativando o receptor. A distância de
comutação é determinada pelo fabricante do produto e depende diretamente da
capacidade de reflexão da superfície.

Figura 10.IV. Princípio de funcionamento do sensor de reflexão direta. Catálogo


Festo/2000,página L.1/1/.3
14

Figura 11.IV. Aplicação de sensores de reflexão direta. Catálogo Festo Brasil


2000, página L.1/1.2.

Figura 12.IV. . Conexões elétricas . Catálogo Festo Brasil 2000, pagina L.2/10.
15

1.3.5.2. Sensores de barreira.

O emissor envia uma luz infravermelha modulada ao receptor. Se o feixe


de luz é interrompido o sensor comuta. Se os objetos que se detectam são
transparentes, é possível regular a sensibilidade dentro de determinados limites
por meio de um potenciômetro.

Figura 13.IV. Princípio de funcionamento.

Figura 14.IV. Conexões elétricas Catálogo Festo Brasil 2000, pagina L.2/11.
16

Figura 15.IV. Aplicação de sensores ópticos de barreira de luz. Catálogo


Festo/2000, página L.1/1-2

1.3.5.2. Sensores de retro-reflexão.

O emissor envia uma luz vermelha modulada, que é refletida por um


refletor a uma distância máxima de 2 m. Ao se interromper o feixe de luz o
sensor comuta. Um indicador luminoso facilita o a juste do sensor.

Figura 16.IV. Princípio de funcionamento. Catálogo Festo/2000, página L.2/12


17

Figura 17.IV. Princípio de funcionamento. Catálogo Festo/2000, página L.1/1-1

Figura 18.IV. Conexões elétricas catálogo Festo Brasil 2000, página G l.2/12

Figura 19.IV.Aplicação de sensores de retro-reflexão. Catálogo Festo/2000,


página L1/1-1
18

1.3.5.4. Sensores de fibra óptica

O emissor envia uma luz vermelha modulada, que é transmitida por meio
de um cabo de fibra óptica para o local de operação de detecção. É ideal para
aplicações em espaços reduzidos. Cabo de polímero ou fibra de vidro dentro
de um tubo flexível de latão para temperaturas altas (até 250 graus C). Estes
produtos podem ser utilizados como barreiras ou como sensores de reflexão
direta, dependendo do tipo de condutor de luz. Possuem circuito de proteção
incorporado e indicador luminoso para indicação do estado de comutação e a
tensão de funcionamento; saídas PNP ou NPN com conexão por plug ou por
cabo; com potenciômetro para a redução da distância de comutação, pode ser
fornecido com contato normalmente fechado ou normalmente aberto.

Figura 20.IV. Princípio de funcionamento. Catálogo Festo/2000, página L.1/1-1.


19

Figura 21.IV. Aplicações para sensores de fibra óptica. Catálogo Festo Brasil
2000. pagina L.1/1-2
20

1.3.6. Sensores capacitivos.

São sensores de proximidade, os sensores capacitivos reconhecem


variações de capacitância provocadas pela aproximação de um objeto.
A vantagem do sensor capacitivo em relação ao sensor indutivo, é que
este pode reconhecer praticamente qualquer tipo de material desde objetos
metálicos até líquidos mais viscosos. Como também não há a necessidade de
contato direto como objeto a ser detectado, não há desgaste mecânico do
sensor.

1.3.6.1. Princípio de funcionamento.

É formado por duas placas metálicas, armaduras, uma de frente para


outra, As armaduras estão separadas, a uma distância preestabelecida, por um
material chamado dielétrico, que pode ser sólido, líquido ou gasoso, que são
materiais ou meios isolantes. O princípio de funcionamento é a alteração do
dielétrico entre as armaduras do capacitor, pela proximidade do material. Com
a aproximação de um objeto, metálico ou não aparece uma diferença de
capacitância, que provoca a criação de um sinal elétrico.
A capacitância depende da área das placas A, da constante dielétrica do
meio, K, e da distância entre as placas, d: C= KA/d
Na instalação de um sensor capacitivo deve-se levar em consideração
os dados de fabricante, no que se refere à distância de instalação e materiais
próximos ao sensor, As diferenças do tipo de material ser detectado e
condições do meio ambiente também influenciarão de maneira significativa nas
distâncias de detecção do objeto.
21

1.3.6.2. Vantagens dos sensores capacitivos.

 Não há necessidade de contato entre o sensor e o objeto a ser sensoriado;


 Portanto sem desgaste mecânico resultante da detecção;
 Elimina os efeitos de realimentação;
 Sinal de saída não sofre influências das vibrações;
 Reconhece praticamente qualquer tipo de material;
 Reconhece objetos mesmo através de alguns materiais não metálicos.

1.3.6.3. Desvantagens dos sensores capacitivos.

 Como o sensor capacitivo também detecta objetos metálicos, não é


possível fazer a detecção de material em um invólucro metálico;
 O tempo de resposta desse tipo de sensor é lento se comparado aos
sensores ópticos ou indutivos.
 Como podem detectar líquidos ou granulados, significa que estão sujeitos a
perturbações como poeira, cavacos, respingos, etc.

Figura 22.IV. Aplicações para sensores capacitivos. Catálogo da Balluff 2002.


22

1.3.7. Sensores de campo magnético.

Os sensores sensíveis a campos magnéticos ou sensores magnéticos


de proximidade, reagem a um campo magnético externo. Com esse tipo de
sensor é possível detectar as posições do embolo, finais e intermediárias, em
atuadores pneumáticos. Os êmbolos desse tipo de atuador é constituído de um
imã permanente, cujo campo magnético aciona os sensores magnéticos de
proximidade.

Figura 23.IV. Princípio de funcionamento catálogo Balluff 2002.

1.3.7.1. Vantagens dos sensores de campo magnético.

 Espaço reduzido de montagem, dimensões reduzidas;


 Sem pontos múltiplos de comutação;
 Pode ser montado em todos os tipos de atuadores que possibilitem a
adaptação de êmbolos magnéticos;
 Sem contato direto com o objeto;
 Inexistência de desgaste mecânico;
 Sem efeitos de realimentação;
 Sinal de saída sem efeito de vibração de contatos;
 Comutação independe da polarização do campo magnético.
23

Figura 24.IV. Aplicações de sensores magnéticos catálogo Balluff 2002.

1.4. Resumo. Aplicações para sensores.

Como já colocado, sensores são dispositivos emissores de sinal que


detectam, com ou sem contato direto, movimentos de máquinas de produção e
processamento, robôs, linhas de produção e dispositivos de transporte,
convertendo-os em sinais elétricos, que serão utilizados como sinais de
entrada para programas de CLPs aplicados para início, seqüenciamento ou
parada de uma determinada máquina ou dispositivo.
Existem muitas aplicações para os sensores, ligadas ao sensoreamento
de sistemas discretos como máquinas-ferramentas, máquinas de processos,
equipamentos e dispositivos. Pode-se exemplificar algumas aplicações,
lembrando-se no entanto que a função primeira é de fornecer sinais de entrada
para os CLPs (Controladores Lógicos Programáveis), esses sinais após o
24

tratamento adequado devem comandar, controlar, posicionar, regular ciclos em


processos industriais denominados discretos.

a. Sensoriamento de posição para início de movimentos em um programa de


seqüenciamento de máquinas, equipamentos e dispositivos;
b. Sensoriar posicionamento de atuadores para seqüenciamento de
movimentos;
c. Detecção de objetos metálicos posicionados de modo impreciso,
interromper o seqüenciamento;
d. Contagem de peças;
e. Classificação de peças;
f. Detecção da presença de peças;
g. Classificação de peças ou "palets";
h. Controle de nível em processos de enchimento de vasilhames;

Importante salientar que no estudo não foram abordados os sensores


que podem gerar sinais analógicos. No grupo de sinais analógicos tem-se os
transdutores de temperatura, transdutores de pressão, transdutores para
células de carga, transdutores de fluxo, transdutores de posição lineares e
rotativos, potenciômetros, encoders, etc, que estão ligados a sistemas mais
sofisticados denominados de controle contínuo.

Figura 25.IV. Aplicação de transdutores em sistemas contínuos sem contato


direto. Catálogo Balluff/2002.
25

Figura 26.IV. Aplicação de encoders, leitura óptica sem contato direto. Catálogo
Balluff/2002.
26

Bibliografia. Sensores

BALLUFF. Controles elétricos Ltda. Resumo de Programa de Fornecimento.


Ano 2002. www.balluff.com.br.
CARVALHO, Paulo César. Controlador Lógico Programável. Artigo. Revista
Mecatrônica Atual. Ano 1 Nº 2 – fevereiro de 2002.
www.mecatronicaatual.com.br.
DE NEGRI, Victor Juliano. Agnelo Denis Vieira. Hidráulica e pneumática no
contexto da mecatrônica. Artigo. Artigo. Revista ABHP. Ano XVI Nº 101.
Novembro/dezembro de 1996. www.celit.senai.br/abhp.
EINSFELDT Augusto. Lógica Programável. Artigo. Revista Eletrônica.
Tecnologia, Informática e automação. Ano 38 Nº350. março de 2002.
www.sabereletronica.com.br.
FESTO, Didactic. Learning System for Automation. The complete product range
of Festo Didactic. Catalogue 1999/2000. www.festo.com/didactic.
FESTO, Didactic. Learning System for Automation. The complete product range
of Festo Didactic. Catalogue 2002/2003. www.festo.com/didactic.
FESTO, Didactic. Programa de fornecimento. Catálogo Festo Brasil 2000. .
www.festo.com/didactic.
MARIANO, Francisco Eduardo. Sensores Indutivos. Publicação do Curso de
Automação da Empresa Festo Didátic. DN.G. Novembro de 1991.
MARIANO, Francisco Eduardo. Sensores Ópticos. Publicação do Curso de
Automação da Empresa Festo Didátic. DN.G. Novembro de 1991.
MATIAS, Juliano. Interbus. O barramento para todos os níveis de automação.
Artigo. Revista Eletrônica. Ano 38 Nº 351. Abril de 2002.
www.sabereletronica.com.br.
MOURA, Reínaldo A. Tudo virou automação. Artigo. Artigo. Revista ABHP. Ano
XX Nº 119. Novembro/dezembro de 2001. www.celit.senai.br/abhp.
OLIVEIRA, João Fernando Gomes e Reinaldo Teixeira Coelho. Tecnologia.
Automação de chão-de-fábrica. Artigo. Revista ABHP. Ano XX Nº 119.
Novembro/dezembro de 2001. www.celit.senai.br/abhp.
SENSICK, Industrial Sensors Systems. Product Overview. 2002. www.sick.de.

Você também pode gostar