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Automação e Computadores
Versão nº1
ÍNDICE
1. Introdução ............................................................................................................................. 3
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Sensores e Transdutores
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Sensores e Transdutores
1. INTRODUÇÃO
Os sensores são instrumentos que nos permitem extrair a informação contida por um objeto
ou um fenómeno.
Transdutor
Dispositivo que converte uma forma de energia ou quantidade física noutra.
Sensor
Fornece informação de entrada no nosso sistema a partir do mundo externo.
Por exemplo, um sensor fotoelétrico pode ser tanto um transdutor quanto um sensor
propriamente dito.
Dizemos que um sensor fotoelétrico é um transdutor quando ele converte energia luminosa
em energia elétrica. É o caso das células fotovoltaicas que convertem diretamente luz em
energia elétrica.
Por outro lado, temos sensores propriamente ditos que convertem luz numa variação de uma
grandeza elétrica qualquer como corrente ou resistência. Esse é o caso das LDR e dos
fotodíodos.
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Escolha
Método de deteção, Gama de medida, precisão e sensibilidade das medidas, rapidez da
resposta, dimensões e peso do sensor, adaptabilidade ao meio ambiente, fiabilidade,
segurança e preço.
Tipologia
Mecânico: comprimento, espessura, deslocamento, nível de um líquido, velocidade,
aceleração, angulo de rotação, número de rotações, massa, peso, força, pressão, grau
de vazio, momento, binário, velocidade de um fluxo, débito, oscilação
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Símbolo
Cabeça de
acionamento
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Os sensores podem ser classificados de acordo a saída do sinal, podendo esta ser analógica ou
digital.
Digitais ou discretos
Assume apenas dois valores de saída ao longo do
tempo, que podem ser interpretados como 0 e 1.
Um sensor digital tem dois estados: ligado ou desligado. A maioria das aplicações envolve
detetar a presença/ausência de peças e procedimentos de contagem, o que um sensor digital
faz de maneira perfeita e barata. Os sensores digitais são mais simples e mais fáceis de usar do
que os analógicos, o que é um fator para seu largo uso.
Analógicos ou proporcionais
São informações em forma de um sinal elétrico
proporcional à grandeza medida.
Sensores analógicos, também chamados de sensores de saída linear, são mais complexos do
que os digitais, mas podem fornecer muito mais informação sobre um processo.
Imagine um sensor usado para medir temperatura. Uma temperatura é uma informação
analógica. Um sensor analógico deteta a temperatura e emite uma corrente ao PLC. Quanto
mais elevada a temperatura, mais elevada a saída do sensor. O sensor pode, por exemplo,
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O seu valor óhmico varia segundo a luminosidade que incide nela. Na obscuridade apresenta
grande resistência e com luz pequena resistência.
São utilizadas nos fotómetros das máquinas fotográficas, na deteção de incêndios, controlo
automático de luzes, etc.
A LDR não tem polaridade. A sua resistência diminui quando a luz aumenta e aumenta a sua
resistência quando a luz diminui.
As LDR com uma superfície maior tem mais sensibilidade e também uma capacidade maior de
dissipar calor logo, consegue controlar correntes mais intensas.
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3.2.2. Fotodíodo
O fotodíodo é um díodo semicondutor no qual a corrente inversa varia com a iluminação que
incide sobre a sua junção PN.
K A
NOTA: O nível de corrente gerada pela luz incidente sobre um fotodíodo não é suficiente para
que ele possa ser usado num controle direto, sendo necessário para isso que haja uma etapa de
amplificação.
(Tensão inversa de
polarização)
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3.2.3. Fototransístor
São em tudo semelhantes aos transístores bipolares convencionais, exceto pelo
facto dos fototransístores possuírem uma abertura ou janela para a incidência da luz
C
O fototransístor polariza-se da mesma forma que um transístor bipolar
convencional, embora agora a corrente de coletor não seja controlada pela
corrente de base, mas sim, pela intensidade de luz incidente na junção base
E
– coletor, polarizada inversamente.
Um fototransístor nada mais é do que um transístor bipolar comum com as
suas junções semicondutoras PNP ou NPN, porém com uma janela ou
abertura no invólucro, de modo a facilitar a entrada de luz sobre a pastilha de silício. A luz vai
agir sobre as junções internas do transístor, exatamente como se fosse uma corrente de base,
incrementado a condução entre o coletor e o emissor na razão direta da intensidade da luz.
Isso quer dizer que, no seu percurso coletor/emissor, um fototransístor mantido na escuridão
é como um transístor bipolar comum não polarizado. Por outro lado, com o fototransístor sob
luz forte ele age como um transístor comum com a base fortemente polarizada. Para além do
processo de geração de portadores de carga elétrica através da incidência de luz, no
fototransístor aproveitam-se as propriedades de amplificação de um transístor (assim, os
fototransístores apresentam uma grande sensibilidade em comparação com os fotodíodos).
3.2.4. Fototirístor
Também é designado por SCR controlado por luz ou LASCR (Light Activation
SCR).
Trata-se de um SCR cujo disparo é realizado mediante uma radiação
luminosa.
Se expusermos a junção PN central à luz, através de uma janela e lente, esta se comportará
como um fotodíodo, disparando o SCR.
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3.3.2. Termopares
Elemento de medida de temperatura constituído por dois fios de materiais diferentes ligados
um ao outro.
Quando dois condutores metálicos A e B de
diferentes naturezas são acoplados mediante um
gradiente de temperatura, os eletrões de um metal
tendem a migrar de um condutor para o outro,
gerando uma diferença de potencial elétrico (EA – EB).
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eletrões
Estes detetores são normalmente para uso interno e não devem ser
montados perto de fontes de calor, ventoinhas, aparelhos de ar
condicionado, janelas expostas ao sol ou locais com variações bruscas de temperatura.
Estes detetores, porque possuem apenas recetor de IV, designam-se de passivos, sendo
vulgarmente conhecidos como PIR (Passive Infrared). O elemento sensor deste tipo de
detetores é pirotérmico (termopilha).
A termopilha é formada por vários termopares ligados em série. Ela é composta pela
junção de metais diferentes que produzem tensão quando um lado da junção tem temperatura
diferente do outro lado da junção. A junção fria é mantida à temperatura ambiente numa massa
de temperatura estável, A junção quente é exposta à radiação incidente. Ligando vários
termopares em série, é obtida uma tensão maior de saída.
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Indutivos – São sensores que trabalham com um campo eletromagnético, portanto detetam
apenas materiais ferromagnéticos.
Capacitivos – São sensores que trabalham com o princípio da capacidade, detetam todos os
tipos de materiais.
Fotoelétricos – São sensores que trabalham com emissão e receção de luz, detetam todos os
tipos de materiais.
Ultrassónicos – São sensores que operam com a emissão e reflexão de um feixe de ondas
acústicas. A saída comuta quando este feixe é refletido ou interrompido pelo material a ser
detetado.
4.1. Terminologia
Face sensora: A face sensora é o lado do sensor
que deteta o objeto.
Histerese: A histerese pode ser traduzida como um atraso que tem como objetivo evitar falsas
comutações na saída, este efeito propícia ao sensor uma banda de segurança entre o ligar (ON
point) e o desligar (OFF point). As ilustrações abaixo são para um sensor com as seguintes
características: distância sensora (SN) de 10 mm e histerese (H) de ± 20%.
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Assim, se o objeto estiver a mover-se em direção ao sensor, deve mover-se para o ponto mais
próximo para ligá-lo. Uma vez ligado (ON point), permanece ligado até que o objeto se mova
para o ponto mais distante (OFF point).
Princípios de funcionamento
O oscilador fornece energia à bobina que produz um campo eletromagnético. Este campo
perderá força (amplitude) quando um objeto metálico se aproximar da face sensora, reduzindo
a amplitude da oscilação, esta queda de amplitude dá-se devido a indução de correntes
parasitas no objeto metálico. O circuito de disparo deteta as mudanças na amplitude da
oscilação. Quando uma mudança considerável é detetada o circuito de saída fornece um sinal
para, por exemplo, um PLC (Controlador Lógico Programável).
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Aplicações
A principal aplicação é a deteção de objetos metálicos,
pois o campo emitido é eletromagnético.
Princípio de funcionamento
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Aplicações
Os sensores capacitivos podem detetar objetos metálicos e não metálicos assim como
produtos dentro de recipientes não metálicos.
NOTA: O sensor capacitivo não consegue detetar produtos dentro de recipientes (frascos) se a
constante dielétrica do produto for menor que a do recipiente. Alguns sensores capacitivos
possuem um ajuste de sensibilidade, o que possibilita a deteção de produtos dentro de
recipientes.
Funcionamento
O princípio de funcionamento dos sensores ultrassónicos está baseado na emissão de uma
onda sonora de alta-frequência, e na medição do tempo levado para a receção do eco
produzido quando esta onda choca com um objeto capaz de refletir o som.
Eles emitem pulsos ultrassónicos ciclicamente. Quando um objeto reflete estes pulsos, o eco
resultante é recebido e convertido num sinal elétrico.
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A deteção do eco incidente, depende de sua intensidade e esta da distância entre o objeto e o
sensor ultrassónico. Os sensores ultrassónicos funcionam medindo o tempo de propagação do
eco. Isto é, o intervalo de tempo medido entre o impulso sonoro emitido e o eco do mesmo.
Aplicações
Os sensores ultrassónicos podem ser utilizados para os mais diversos fins, incluído: medidas de
diâmetro de rolos, deteção de quebra de fios, presença de pessoas, medição de densidades,
etc.
Sensor ultrassónico para medição de tamanho Sensor ultrassónico para medição de diâmetro
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Sensor de luz (São componentes eletrónicos que alteram a intensidade da corrente que
conduzem conforme a quantidade de luz recebida).
Lentes (Os leds e os fotos sensores emitem e captam luz numa grande área. As lentes são
utilizadas para estreitar essa área, isso faz com que o alcance da deteção seja maior).
Saída (Se o nível de luz detetado for suficiente então o sensor liga ou desliga a saída).
Sensor por E
R Refletor
Sensor ótico por retro reflexão retro reflexão
Objeto a
Sensor ótico por reflexão difusa Sensor por E
R detetar
reflexão difusa
E – Emissor R – Recetor
Light – On: A saída fica ligada (ON) quando o sensor recebe o feixe de luz modulada e, portanto, fica
desligada (OFF) quando a luz é interrompida.
Dark – On: A saída fica ligada (ON) quando o sensor não recebe o feixe de luz e, portanto, fica desligada
(OFF) se a receber.
Dark – On e Light – On: Alguns sensores disponibilizam aos seus utilizadores as duas opções, ou seja,
fica ao critério do projetista.
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Alguns sensores óticos possuem supressores de background, ou seja, serão insensíveis ao fundo
brilhante, outros não e, portanto, se houver um fundo brilhante pode confundir a deteção do objeto,
mesmo que este fundo esteja fora da distância sensora máxima.
Íman
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4.7. Encoders
Sensores de posição e velocidade angular. São habitualmente codificadores óticos ou
magnéticos, compostos de um disco com marcações ligado ou solidário com o eixo de rotação,
e um detetor dessas marcações.
Permitem a medida de velocidade, de deslocamento, de aceleração e permitem entrar em
linha de conta como sentido segundo o qual este se efetua.
Funcionamento:
Baseia-se nos sistema de medida de velocidade digitais, recorrendo a detetores, e a sistemas
de codificação adicionais de posição, podemos obter um informação precisa da velocidade e
posição.
À media que o disco gira, são detetados os códigos nele gravados, sabendo-se portanto a
posição ou a velocidade.
Existem também encoders magnéticos cujo o funcionamento baseia num sensor indutivo, mas
para os quais a resilução é inferior.
Vantagens
. Vida mecãnica longa, pois não possuem contatos
. Têm saídas digitais, ligação a um PLC é direta
Desvantagens
Discos podem danificar com impactos, vibrações, contaminações
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- Tipos de encoders
Encoder absoluto
Encoder incremental
Encoder óptico
Encoder Magnético
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Sensores com saída PNP – São utilizados para comutar a carga ao potencial negativo.
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Nos sensores com saída a relé as saídas não são eletrónicas mas sim mecânicas. O relê possui
contratos, normalmente abertos (NA) e normalmente fechados (NF), o que nos disponibiliza
uma independência quanto à tensão da carga. A principal vantagem sobre os eletrónicos está
em poder trabalhar com correntes mais altas.
As cargas indutivas, tais como contactores, relés devem ser bem especificadas porque a
corrente de ligação ou de corte podem danificar o sensor.
Conforme as recomendações das normas técnicas, deve-se evitar que os cabos dos sensores
utilizem os mesmos tubos dos circuitos de potência. As tensões induzidas podem possuir
energia suficiente para danificar os sensores.
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10. BIBLIOGRAFIA
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