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ROBÓTICA INDUSTRIAL

Automação Industrial e Robótica


Pode-se definir a automação como uma tecnologia que
utiliza sistemas mecânicos, elétricos e computacionais na
operação e no controle da produção.
A automação e a robótica são duas tecnologias intimamente
relacionadas.
A robótica já foi definida como a tecnologia que utiliza sistemas
mecânicos que, controlados por circuito eletrônicos mediante programação,
executam tarefas que imitam movimentos humanos.
Um sistema de automação pode ter robôs trabalhando sozinhos ou
junto a seres humanos, como também pode ser um processo automático,
em que não existem robôs.
Cristhiano da Costa Herrera - Instituto Federal de São Paulo (IFSP) - Campus Itapetininga - Área Mecânica
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Classes de Automação Industrial


Pode-se classifica a automação industrial em três classes:

 Automação fixa;
 Automação programável;
 Automação flexível.

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Automação Fixa
Também conhecida como Automação rígida.
É um tipo de automação industrial, aplicada onde o volume
de produção é muito elevado, com pequena variedade de
produtos e as máquinas funcionam sem a intervenção humana.
Este tipo de automação industrial é caracterizado pela rigidez da
configuração do equipamento, ou seja, uma vez criada uma determinada
configuração de controle, não é possível alterá-la posteriormente sem
realizar um novo projeto.
Não se pode readequar a produção para criar produtos diferenciados.

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Sua aplicação é mais adequada em produções em massa e


sistemas com produção contínua, como uma linha de montagem
automotiva, processos de destilação de bebidas, etc.

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Aspectos típicos da automação fixa:

 Investimentos iniciais elevados em equipamentos


específicos;
 Elevadas taxas de produção;
 Impossibilidade em geral de prever alterações nos
produtos.

Este tipo de automação industrial justifica-se do ponto de vista


econômico quando se pretende realizar uma produção em grande escala.

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Automação Programável
A automação programável é um ótimo facilitador para
processos produtivos que necessitam da produção de uma
variedade de produtos.
Isso significa que com classes específicas de produtos definidas no
sistema da planta, basta selecionar um programa diferente no controlador
para que um novo produto possa começar a ser feito, facilitando a
alternância na produção de produtos distintos.
Entretanto, o tempo despendido em cada reconfiguração de
programação para um novo produto pode demandar um tempo significativo.
Por essa razão é fundamental um bom planejamento de produção.

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Aspectos típicos da automação programada:


 Elevado investimento em equipamento genérico;
 Taxas de produção inferiores à automação fixa;
 Flexibilidade para alterações na configuração da produção.
Este tipo é mais adequado em processos de produção em batelada, onde o volume
produtivo está entre mediano e elevado e uma receita costuma ser seguida com certa
periodicidade.
Entretanto, neste modelo é difícil a reconfiguração do sistema caso seja adicionado
um novo produto ou ocorra mudança na sequência produtiva.
É importante levar em conta que, no final da produção de um lote, o sistema é
reprogramado. Os elementos físicos envolvidos como, por exemplo, ferramentas de corte
e parâmetros de trabalho das máquinas ferramentas, devem ser reajustados.

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Automação Flexível
A automação flexível é uma extensão da automação
programável e na realidade a sua definição exata ainda está em
evolução.
Este sistema de automação fornece o equipamento de controle
automático que oferece uma grande flexibilidade para modificações no
design do produto. Essas mudanças podem ser realizadas de forma ágil
através de comandos fornecidos via código pelos operadores.
Um sistema flexível de produção é capaz de gerar uma determinada
variedade de produtos, sem perda significativa de tempo de produção para
ajustes em eventos de adição de novos produtos.

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Aspectos típicos da automação flexível:


 Elevados investimentos no sistema global;
 Produção contínua de misturas variáveis de produtos;
 Taxas de produção média;
 Flexibilidade de ajustamento às variações no tipo dos
produtos.
Este sistema é comumente utilizado em aplicações com pouca variedade de serviços
e uma configuração de volume produtivo de médio para alto.
A automação flexível é utilizada também em processos de batelada, e tarefas que
exigem uma grande variedade de produto, com escalas produtivas baixa para média.
Neste caso, é possibilitada a produção de diversos produtos com diferentes
mercados alvo, já que é baseada em um processo unificado, ao invés de ser um processo
segmentado.
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Aplicações do Robô
Várias são as aplicações onde utiliza-se robô.
A seguir alguns exemplos de aplicações serão mostrados a
título de ilustração, mas a gama de produtos fabricados com a
utilização de robôs hoje na Indústria é muito grande e cresce dia
a dia.

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Abastecimento de prensas
Características da tarefa:
 Perigo (peças e partes em movimento contínuo);
 Manipulação de cargas pesadas;
 Barulho elevado;
 Atividade monótona.

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Operações em Injetoras
Características da tarefa:
 Atividade monótona;
 Perigo (temperaturas elevadas).

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Manipulação de peças em Torno CNC e Centro de


Usinagem
Características da tarefa:
 Peças com pesos consideráveis;
 Otimização do tempo;
 Necessidade de sincronismo
(máquina e robô).

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Operação de Soldagem
Características da tarefa:
 Dificuldade da solda (qualidade);
 Atividade monótona;
 Alta precisão (movimento em velocidade
constante ao longo do contorno da peça);
 Perigo (temperatura e faíscas);
 Barulho elevado.

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Operação de Pintura
Características da tarefa:
 Perigo (ar poluído com Tinta);
 Precisão (qualidade e uniformidade
da pintura).

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Operação de Paletização
Características da tarefa:
 Manuseio de peças pesadas;
 Problemas de ergonomia gerados
pela tarefa.

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Operação de Embalagem
Características da tarefa:
 Manuseio de peças pesadas;
 Problemas de ergonomia gerados
pela tarefa.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NIKU, Saeed Benjamin. Introdução à robótica: análise, controle,


aplicações. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013. 382 p.

COOK, David. Robot building for beginners. 2. ed. Berkeley, CA: Apress;
c2009. xxxiv, 453 p.

CRAIG, John J. Robótica. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.
379 p.
https://fersiltec.com.br/blog/tipos-de-automacao-industrial-ideal-empresa/

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