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ELETROTÉCNICA

AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL -3ª SÉRIE

Automação Industrial – Pág. 1 / 63.


Automação Industrial produção com o menor consumo de energia e/ou
matérias primas, menor emissão de resíduos de
Conceitos e definições da automação qualquer espécie, melhores condições de
industrial segurança, seja material, humana ou das
informações referentes a esse processo, ou
Automação é um sistema que emprega ainda, de reduzir o esforço ou a interferência
processos automáticos que comandam e humana sobre esse processo ou máquina. É um
controlam os mecanismos para seu próprio passo além da mecanização, onde operadores
funcionamento. Do latim automatus que humanos são providos de maquinaria para
significa mover-se por si. “Qualquer sistema, auxiliá-los em seus trabalhos.
apoiado em computadores, que substitui o Entre os dispositivos eletroeletrônicos que podem
trabalho humano, em favor da segurança das ser aplicados estão os computadores ou outros
pessoas, da qualidade dos produtos, rapidez da dispositivos capazes de efetuar operações
produção ou da redução de custos, assim lógicas, como controladores lógicos
aperfeiçoando os complexos objetivos das programáveis, microcontroladores, (SDCDs ou C
indústrias, dos serviços ou bem estar”. NCs). Estes equipamentos em alguns casos,
É a aplicação de técnicas, softwares/ou substituem tarefas humanas ou realizam outras
equipamentos específicos em uma determinada que o ser humano não consegue realizar.
máquina ou processo industrial, com o objetivo É largamente aplicada nas mais variadas áreas
de aumentar a sua eficiência, maximizar a de produção industrial.
Alguns exemplos de máquinas e processos que podem ser automatizados são listados a seguir:
Indústria automobilística

Figura 1.0 – Fabricação de automóveis automatizada


 Processos de estamparia (moldagem de chapas ao formato desejado do veículo)
 Máquinas de solda
 Processos de pintura

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Indústria química

Figura 1.1 Processamento de produtos químicos

 Dosagem de produtos para misturas


 Controle de pH
 Estações de tratamento de efluentes

Indústria de mineração

Figura 1.2 – Processo de mineração automatizado

 Britagem de minérios
 Usinas de Pelotização
 Carregamento de vagões

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Indústria de papel e celulose

Figura 1.3 – Estoque de bobinas de papel automatizado

 Corte e descascamento de madeira


 Branqueamento
 Corte e embalagem

Embalagens em todas as indústrias mencionadas

Figura 1.4 – fabricação de embalagens dos produtos


 Etiquetado
 Agrupado
 Lacrado
 Ensacado

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A parte mais visível da automação, atualmente, Outra vantagem da automação industrial é o
está ligada à robótica, mas também é utilizada capital, uma máquina custa um valor muito alto,
nas indústrias química, petroquímicas e porém o dono da empresa irá arcar com o valor
farmacêuticas, com o uso de transmissores de da manutenção do aparelho. Se ele contratasse
pressão, vazão, temperatura e outras variáveis pessoas para fazer o trabalho da máquina teria
necessárias para um SDCD (Sistema Digital de que custear planos de saúde, licença, férias e
Controle Distribuído) ou CLP (Controlador Lógico vários outros benefícios que o trabalhador tem
Programável). A Automação industrial visa, direito perante a lei.
principalmente, a produtividade, qualidade e Desvantagens da automação industrial
segurança em um processo. Em um sistema As maiores desvantagens da automação
típico toda a informação dos sensores é encontram-se no se valor e quando uma máquina
concentrada em um controlador programável o estraga o valor para arrumá-la pode ser
qual de acordo com o programa em memória extremamente alto. Além disso, o número de
define o estado dos atuadores. Atualmente, com profissionais que sabem trabalhar com a
o advento de instrumentação de campo automação industrial é muito pequeno no Brasil.
inteligente, funções executados no controlador Os cursos de formação para quem quer trabalhar
programável tem uma tendência de serem com essas máquinas ainda não formou muitos
migradas para estes instrumentos de campo. A profissionais.
automação industrial possui vários barramentos Outra desvantagem da automação industrial é o
de campo ( mais de 10, incluindo vários aumento da desigualdade social. Muitas pessoas
protocolos como: CAN OPEN, INTERBUS- perdem o emprego e são substituídas por essas
S, FOUNDATION FIELDBUS, MODBUS, STD 32, máquinas. Isso faz com que essas pessoas, se
SSI, PROFIBUS,DEVICENET etc) específicos não conseguirem um novo emprego, acabem
para a área industrial (em tese estes barramentos marginalizadas.
se assemelham a barramentos comerciais tipo Modelos de automação industrial
ethernet, intranet, etc.), mas controlando Existem basicamente três modelos de
equipamentos de campo como válvulas, automação: fixa, programável e flexível.
atuadores eletromecânicos, indicadores, e  Automação fixa
enviando estes sinais a uma central de controle É a característica de qualquer sistema
conforme descritos acima. A partir destes onde a sequencia de operações seja fixada pela
barramentos que conversam com o sistema configuração dos equipamentos. Tem como
central de controle eles podem também feição dominante o alto investimento inicial em
conversar com o sistema administrativo da equipamentos, geralmente feitos sob encomenda
empresa conforme mostrado no parágrafo para atender especificações de volume e produto
abaixo. típicos de cada empresa. Possibilite altas taxas
Uma contribuição adicional importante dos de produção, embora às custas de pouca
sistemas de Automação Industrial é a conexão flexibilidade para acomodar mudanças nos
do sistema de supervisão e controle com produtos.
sistemas corporativos de administração das  Automação programável
empresas. Esta conectividade permite o O equipamento é projetado com a
compartilhamento de dados importantes da capacidade de mudar a sequencia de operações
operação diária dos processos, contribuindo para para acomodar diferentes configurações de
uma maior agilidade do processo decisório e produtos. A operação é controlada por um
maior confiabilidade dos dados que suportam as programa pré-elaborado e novos programas
decisões dentro da empresa para assim melhorar podem ser preparados e colocados nas
a produtividade. máquinas para produzir novos produtos. Também
Vantagens da automação industrial exigem altos investimentos em equipamentos de
A automação industrial é uma forma que muitas uso geral (mais flexíveis do que os feitos sob
empresas encontraram de melhorar o processo encomenda) e fornecem menores taxas de
de produção de seus produtos. Um das produção em relação à automação fixa. Têm, no
vantagens de se usar a automação industrial é o entanto, maior flexibilidade para lidar com
fato de que as máquinas, aliadas aos avanços mudanças nos produtos, sendo recomendáveis
tecnológicos e a informática, conseguem fazer para a produção em lotes.
melhor e mais rapidamente o trabalho de um Os sistemas programáveis são usados
homem. para volumes médios e pequenos de produção.
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Sempre que se deseje produzir um lote novo, o Razões para a automação
sistema é programado para o novo produto. A principal razão para a automação:
Também a preparação física da máquina deve  aumento de produtividade e competitividade
ser mudada: novas ferramentas devem ser daí resultantes, o que se consegue através de
carregadas e novos acessórios devem ser uma qualidade melhor dos produtos, melhor
fixados. Essas operações consomem tempo, o aproveitamento de matérias-primas, redução
que faz com que o ciclo de fabricação (tempo no ciclo de fabricação dos produtos e
total decorrido entre o início e o término do redução nos estoques de material em
produto) para um dado produto inclua um período processo
para a preparação e a reprogramação, seguido  pode ser uma saída quando do alto custo da
por um período de produção do lote. Robôs mão de obra ou da relativa falta deste, devido
industriais e máquinas ferramenta de controle algumas vezes ao deslocamento da mão de
numérico são exemplos de sistemas obra para o setor de serviços da economia.
programáveis. Razões para não automatizar:
 Automação flexível  a automação degrada o trabalho, na medida
A automação flexível é capaz de produzir em que transfere a habilidade humana para a
vários produtos ou peças com muito pouco tempo máquina; a contra argumentação é a de que
perdido na mudança de um produto a outro. Não são exatamente as tarefas mais simples e
há tempo perdido na produção enquanto se repetitivas as que são automatizadas, o que
reprograma o sistema e altera-se a preparação eleva o nível do trabalho, ao invés de diminuí-
física. O sistema pode produzir várias lo;
combinações e programações de produtos, ao  a automação gera desemprego e
invés de requerer que eles sejam feitos em lotes consequentemente perda do poder aquisitivo;
separados. não se pode esquecer também que a
Tal como nos sistemas de automação automação retirou do trabalhador uma série
anteriores, o investimento em equipamentos de operações perigosas, com o consequente
(também neste caso feito sob encomenda) é aumento na segurança do trabalho. Por
bastante alto. Embora operem com taxas médias último, a questão do desemprego é em si
de produção, os sistemas flexíveis têm mesma polêmica, já que o crescimento da
capacidade para produzir continuamente automação gera empregos na indústria de
composições variáveis de produtos, graças à sua bens de capital, advindo daí o movimento de
grande versatilidade em lidar com variações no consumo que se multiplica por toda a
projeto desses produtos. economia, gerando indiretamente empregos
Na verdade, o que distingue a automação em outros setores (obviamente, mão de obra
flexível da automação programável são as mais especializada).
capacidades da primeira em mudar programas de
fabricação sem tempo perdido na produção e em
mudar a própria preparação física das máquinas,
também sem tempo perdido na produção. Os
programas são preparados à parte e transferidos
eletronicamente para o sistema de produção.
Também a preparação física é feita à parte e Exercícios:
movida para o devido lugar ao mesmo tempo em
que o novo produto (ou peça) entra na posição 1) Com suas palavras explique qual o
para processamento. conceito da Automação industrial?
A opção por um sistema de produção
A opção por um sistema de produção,
mais manualizado ou mais automatizado,
depende em princípio tanto da variedade
desejada nos produtos como no volume de
produção. Para volumes muito altos e variedade
muito baixa, são recomendáveis os sistemas de
automação fixa, que levam a uma grande
produtividade da mão de obra e alta
padronização de produtos.
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2) Cite exemplo de processos automatizados
na indústria automobilística:
Justifique sua resposta.

8) Qual a diferença entre os três principais


modelos da automação industrial?

3) Cite exemplo de processos automatizados


na indústria química:
Justifique sua resposta.

9) Quais os principais motivos para


automatizar e não automatizar uma
indústria?
4) Cite exemplo de processos automatizados
na indústria de papel e celulose:
Justifique sua resposta.

10) No seu conceito como técnico em


automação industrial, o que você
5) Qual a vantagem de um sistema automatizaria e como?
automatizado?

6) Qual a desvantagem um processo Arquitetura da automação industrial


automatizado pode gerar a uma
empresa? A Figura 1.5 mostra os níveis hierárquicos de um
processo de automação industrial, representado
pela conhecida Pirâmide de Automação. Para
cada nível está associado um formato de
comunicação dados que pode ser diferir daquele
adotado para a comunicação entre níveis. Na
base da pirâmide aparece o Controlador Lógico
Programável, responsável por acionar as
máquinas, motores e outros processos
produtivos. No topo da pirâmide, destaca-se a
7) Quais os principais modelos da informatização ligada ao setor corporativo da
automação industrial? empresa.

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Figura 1.5 Divisão Hierárquica de um processo de automação

Nível 1: Chão de fábrica (Máquinas, dispositivos e componentes)

Figura 1.6 – Chã de Fabrica (controladores e atuadores)

Na base da pirâmide tem-se o nível responsável analógicos e a comunicação pode ser feita
pelas ligações físicas da rede ou o nível de E/S. horizontalmente (entre os dispositivos de campo)
Neste nível encontram-se os sensores discretos, e verticalmente, em direção ao nível superior. É
as bombas, as válvulas, os contatores, os CLPs e neste nível, comumente referenciado como chão
os blocos de E/S. O principal objetivo é o de de fábrica, que as redes industriais têm
transferir dados entre o processo e o sistema de provocado grandes revoluções. Ex.: linha de
controle. Estes dados podem ser binários ou montagem e máquina de embalagens.

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Nível 2: Supervisão e Controle (IHMs)

Figura 1.7 - Sala de supervisão um processo de automação

É o nível dos controladores digitais, dinâmicos e lógicos e de algum tipo de supervisão associada ao
processo. Concentra as informações sobre o nível 1.

Ex.: Sala de supervisão.

Nível 3: Controle do Processo Produtivo

Figura 1.8 - Controle do processo

Permite o controle da planta, sendo constituído Nível 4: Controle e Logística dos Suprimentos
por bancos de dados com informações dos É o nível responsável pela programação e pelo
índices de qualidade da produção, relatórios e planejamento da produção. Ex.: controle de
estatísticas de processo, índices de produtividade suprimentos e estoques em função da
e etc. Ex.: avaliação e controle da qualidade em sazonalidade.
processo alimentício e supervisão de Nível 5: Gerenciamento Corporativo
laminadores. É o nível responsável pela administração dos
recursos da empresa.

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Componentes básicos da automação

Figura 1.9 - Componentes básicos da automação

 Os sensores são os elementos que entradas (sensores) e as instruções do


fornecem informações sobre o sistema, programa inserido em sua memória. Neste
correspondendo as entradas do controlador. curso esse elemento será denominado de
Esses podem indicar variáveis físicas, tais Controlador Lógico Programável (CLP).
como pressão e temperatura, ou simples
estados, tal como um fim de curso  O Processo contêm programas com
posicionado em um cilindro pneumático. informações de processos e permitem
controlar as interações entre os diversos
 Os Controladores utilizam as informações componentes. Também chamados
dos sensores para regular o acionamento. softwares, são conjuntos de instruções
Por exemplo, para manter o nível de água lógicas, sequencialmente organizadas.
num reservatório, usamos um controlador Indicam ao controlador ou ao computador o
de fluxo que abre ou fecha uma válvula, de que fazer.
acordo com o consumo. Mesmo um robô
requer um controlador, para acionar o motor A completa automatização de um sistema
elétrico que o movimenta. envolve o estudo dos quatro elementos da figura
1.9, seja o sistema de pequeno, médio ou grande
porte. Estes últimos podem atingir uma a
 Os atuadores são os dispositivos
complexidade e tamanhos tais que, para o seu
responsáveis pela realização de trabalho no
controle, deve-se dividir o problema de controle
processo ao qual está se aplicando a
em camadas, onde a comunicação e “hierarquia”
automação. Podem ser magnéticos,
dos elementos são similares a uma estrutura
hidráulicos, pneumáticos, elétricos, ou de
organizacional do tipo funcional. A figura 2.0
acionamento misto. O controlador é o
mostra de forma simplificada este tipo de
elemento responsável pelo acionamento dos
organização.
atuadores, levando em conta o estado das

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Figura 2.0 – Organização dos níveis em 3 camadas de controle
Exercícios: 4) O que são os atuadores no processo
automatizado?
1) Quais os níveis da automação industrial? ______________________________________
______________________________________ ______________________________________
______________________________________ ______________________________________
______________________________________ ______________________________________
______________________________________ ______________________________________
______________________________________ ______________________________________
______________________________________ ______________________________________
______________________________________
5) O que significa um processo na automação?
2) Quais os componentes básicos para ______________________________________
automatizar um processo industrial? ______________________________________
______________________________________ ______________________________________
______________________________________ ______________________________________
______________________________________ ______________________________________
______________________________________ ______________________________________
______________________________________ ______________________________________
______________________________________
______________________________________ 6) De forma simplificada, em quantas camadas
são organizados os níveis da automação?
3) O que fazem os controladores nos sistemas Explique:
automatizados? ______________________________________
_______________________________________ ______________________________________
_______________________________________ ______________________________________
_______________________________________ ______________________________________
_______________________________________ ______________________________________
_______________________________________ ______________________________________
_______________________________________ ______________________________________
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7) O que representa o Nível 1 da automação 9) O que representa o Nível 3 da automação
industrial? Explique: industrial? Explique:
______________________________________ ______________________________________
______________________________________ ______________________________________
______________________________________ ______________________________________
______________________________________ ______________________________________
______________________________________ ______________________________________
______________________________________ ______________________________________
______________________________________ ______________________________________

8) O que representa o Nível 2 da automação 10) O que representa o Nível 4 da automação


industrial? Explique: industrial? Explique:
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______________________________________ ______________________________________
______________________________________ ______________________________________
______________________________________ ______________________________________
______________________________________ ______________________________________
______________________________________ ______________________________________
______________________________________ ______________________________________

Controladores Lógicos Programáveis

Figura 2.1 – Tipos de Controladores lógicos programáveis

Um Controlador Lógico Programável ou Controlador Lógico Programável segundo


Controlador Programável, conhecido também por a ABNT (Associação Brasileira de Normas
suas siglas CLP ou CP e pela sigla de expressão Técnicas), é um equipamento eletrônico digital
inglesa PLC (Programmable logic controller), é com hardware e software compatíveis com
um computador especializado, baseado em aplicações industriais. Segundo
um microprocessador que desempenha funções a NEMA (National Electrical Manufacturers
de controle através de softwares desenvolvidos Association), é um aparelho eletrônico digital que
pelo usuário (cada CLP tem seu próprio utiliza uma memória programável para armazenar
software). É amplamente utilizado na indústria internamente instruções e para implementar
para o controle de diversos tipos e níveis de funções específicas, tais como lógica,
complexidade. Geralmente as famílias de sequenciamento, temporização, contagem e
Controladores Lógicos Programáveis são aritmética, controlando, por meio de módulos de
definidas pela capacidade de processamento de entradas e saídas, vários tipos de máquinas ou
um determinado numero de pontos de Entradas processos.
e/ou Saídas (E/S). Um CLP é o controlador indicado para lidar com
sistemas caracterizados por
eventos discretos (SEDs), ou seja, com

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processos em que as variáveis assumem valores que de acordo com o programa em memória
zero ou um (ou variáveis ditas digitais, ou seja, define o estado dos pontos de saídas conectados
que só assumem valores dentro de um conjunto a atuadores.
finito). Podem ainda lidar com variáveis Os CLPs têm capacidade de comunicação de
analógicas definidas por intervalos de valores de dados via canais seriais. Com isto podem ser
corrente ou tensão elétrica. As entradas e/ou supervisionados por computadores formando
saídas digitais são os elementos discretos, as sistemas de controle integrados. Softwares de
entradas e/ou saídas analógicas são os supervisão controlam redes de Controladores
elementos variáveis entre valores conhecidos de Lógicos Programáveis.
tensão ou corrente. Os canais de comunicação nos CLP´s permitem
Os CLP's estão muito difundidos nas áreas conectar à interface de operação (IHM),
de controle de processos e de automação computadores, outros CLP´s e até mesmo com
industrial. No primeiro caso a aplicação se dá nas unidades de entradas e saídas remotas. Cada
indústrias do tipo contínuo, produtoras de fabricante estabelece um protocolo para fazer
líquidos, materiais gasosos e outros produtos, no com seus equipamentos troquem informações
outro caso a aplicação se dá nas áreas entre si. Os protocolos mais comuns
relacionadas com a produção em linhas de são Modbus (Modicon - Schneider Eletric),
montagem, por exemplo na indústria do EtherCAT (Beckhoff), Profibus (Siemens),
automóvel. Unitelway (Telemecanique - Schneider Eletric),
Num sistema típico, toda a informação DeviceNet (Allen Bradley) e RAPIEnet (LSis -
dos sensores é concentrada no controlador (CLP) LGis), entre muitos outros.

Unidade Central de Processamento (UCP)

A Unidade Central de Processamento (UCP) é mais conhecido pela sigla CPU, que, em inglês,
significa Central Processing Unit. É a CPU que executa a lógica de controle, mas para isto ela utiliza
quatro tipos de memória, ver figura abaixo:

 Memória de E/S: Memória com a imagem de Entrada e Saída.


 Memória do Programa Monitor: O programa monitor é o programa que tem a função de um
sistema operacional do CLP, que possuem as funções de sistema como diagnóstico e inicialização.
 Memória do Programa do Usuário: Memória que armazena o programa de controle desenvolvido
pelo usuário.
 Memória de Dados: Memória que armazena os dados usados no programa.

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Processamento do Programa

O CLP processa o programa do usuário em ciclo fechado. O processamento é realizado a partir do


inicio da memória até um ponto de parada tal como, o fim da memória ou fim do programa. A este
processamento chamamos de varredura do programa.

(1) Antes que as instruções do programa sejam executadas, o CLP lê os estados (on/off) de todas os
terminais de entrada.
(2) Cria uma imagem das condições de entrada em sua memória.
(3) Lê os estados de todos os elementos da memória imagem, das entradas e dos outros elementos
internos (registros, contadores, temporizadores e etc...), em seguida executa as operações e registra os
resultados de acordo com as instruções do programa.
(4) O estado da imagem de cada um dos elementos, altera-se dinamicamente a medida que, o
programa vai sendo executado.
5) Quando todas as instruções do programa forem executadas, os estados (on/off) da memória
imagem das saídas serão transferidos para os terminais de saída do CLP.
O tempo de varredura de um programa varia com o tipo do CLP (alguns milisegundos por Kbyte de
instruções).

Estrutura de um CLP

São cinco os elementos básicos de um CLP:


1° Fonte de alimentação,
2° CPU (Unidade Central de Processamento)
3° Módulos de entrada e saída,
4° Memórias;
5° Software de programação .

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1) Fonte de alimentação: responsável pela tensão de alimentação (24Vcc,127Vac e 240Vac) fornecida a
CPU e aos Circuitos/ Módulos de I/O . Em alguns casos, proporciona saída auxiliar (baixa corrente).

2) CPU – Unidade Central de Processamento : compreende o processador, o sistema de memória (ROM


e RAM) e os circuitos auxiliares de controle;

3) Circuitos/Módulo de I/O (Entrada/ Saída) – podem ser discretos (sinais digitais, contatos normalmente
abertos, contatos normalmente fechado) ou analógicos.

4) Base ou rack: proporciona conexão mecânica e elétrica entre a CPU, os módulos de I/O e a fonte de
alimentação. Contém o barramento de comunicação entre eles, no qual os sinais de dados, endereço,
controle e tensão de alimentação estão presentes.
5) O sistema de memória de CPU é composto pela memória do sistema de operação (Programa de
execução e rascunho do sistema) e pela memória de Aplicação (Programa de Aplicação e Tabela de
dados).

A CPU de um CLP compreende os elementos localizados (instalados) distantes da Base Local,


que formam a inteligência do sistema: o ou quando se necessita de pontos de I/O em
processador e o Sistema de memória, além dos quantidade superior à suportada pela Base Local
circuitos auxiliares de controle. e Bases de Expansão Local.
O processo interage continuamente com o
sistema de memória por meio do Programa de Circuitos/ Módulos de I/O
Execução (desenvolvido pelo fabricante), A configuração de vários fabricantes de CLPs
interpreta e executa o programa de aplicação pode ser apresentada de 2 formas básicas:
(desenvolvido pelo usuário), e gerencia o compacta – em que a CPU e todos os módulos
sistema. Os circuitos auxiliares de controle atuam de entrada e saída encontram-se num mesmo
sobre os barramentos de dados (data bus), de rack – e a modular – em que a CPU e cada um
endereços (address bus) e de controle (control dos módulos de entrada e saída se encontram
bus), conforme solicitado pelo processador, de separados e vão sendo montados em função da
forma similar a um sistema convencional configuração exigida.
baseado em microprocessador. OBS: em CLPs compactos os pontos de I/O são
chamados de circuitos de I/O, já em CLPs
Base Local modulares, são chamados de módulos de I/O.
A Base na qual a CPU está instalada é Os módulos de I/O fazem a comunicação entre a
denominada Base Local. Os módulos de I/O CPU e o meio externo (através de dispositivos de
instalados na mesma base que a CPU são entrada e saída), além de garantir isolação e
denominados Módulos de I/O Locais. A utilização proteção a CPU.
apenas da Base Local atende à maioria das
aplicações com CLPs. Módulos Discretos
Tratam sinais digitais (on/off – 0/1). São utilizados
Expansão Local em sistemas sequencias e na maioria das
Esta configuração é utilizada quando de aplicações com CLPs, mesmo como parte de
necessita de pontos de I/O em quantidade sistemas contínuos.
superior à que a Base Local pode suportar, ou
quando a Fonte de Alimentação Local não é Módulos Analógicos
suficiente para fornecer corrente a todos os Tratam sinais analógicos (tensão, corrente,
módulos de I/O utilizados em determinada temperatura). São utilizados em sistemas
aplicação. contínuos ou como parte de sistemas
O acréscimo ou distribuição dos módulos de I/O é seqüenciais.
feito por meio de Base(s) de Expansão situada(s) Os módulos analógicos de Entrada convertem
localmente – próxima(s) à Base Local. sinais analógicos, provenientes de entrada
(transdutor, conversor, termopar), em sinais
Expansão Remota digitais por meio de conversor analógico/Digital,
Esta disposição é utilizada quando os disponibilizando-os adequadamente ao
dispositivos de entrada e/ou de saída estão barramento da CPU.
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Os módulos Analógicos de Saída convertem Digital/Analógico, enviando-os aos dispositivos
sinais digitais disponíveis no barramento da CPU, de saída.
em sinais analógicos por meio de conversor

Tipos de entradas e Saídas

Figura 2.2 – Entrada discreta e analógica


Entrada Discreta

São aquelas que fornecem apenas um pulso ao controlador, ou seja, elas têm apenas um estado ligado ou
desligado, nível alto ou nível baixo, remontando a álgebra boolena que trabalha com uns e zeros. Alguns
exemplos são mostrados na figura 2.2, dentre elas: as botoeiras, válvulas eletro-pneumáticas, os
pressostatos e os termostatos. Outros exemplos são: pushbuttons, chaves fim de curso, chaves seletoras,
chave de nível, contatos de relés, chaves limitadoras e chaves de proximidade podem ser conectadas às
entradas discretas do CLP. Na condição fechada ou ligada, a entrada pode ser referida como nível lógico 1
(um) ou alto.

Figura 2.3 Dispositivos de entrada

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Figura 2.4 - Representação de diversos tipos de componentes e seus contatos nas entradas do CLP.

Instalação de um dispositivo de entrada

No exemplo da figura 2.5 usa-se uma chave tipo pushbutton com os contatos normalmente abertos - NA
(ou em inglês Normally Open – NO). Um dos lados da chave é conectado na primeira entrada do CLP e o
outro lado é conectado em uma fonte de 24 Vcc. No estado aberto, não existe tensão presente na entrada
do CLP, caracterizando a condição desligado. Quando a chave é pressionada, aplica-se 24 Vcc na entrada
do CLP, caracterizando a condição ligado.

Figura 2.5 – Funcionamento de uma chave tipo pushbutton.

Entrada Analógica

Figura 2.6 – Entrada Analógica - termopares


Entradas analógicas: como o próprio nome já diz elas medem as grandezas de forma analógica. Para
trabalhar com este tipo de entrada os controladores tem conversores analógico-digitais (A/D). Atualmente
no mercado os conversores de 10 bits são os mais populares. As principais medidas feitas de forma
analógica são a temperatura e pressão.

Entradas multi-bits

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Figura 2.7 – Entradas multi-bits – Encoders

São intermediárias as entradas discretas e as analógicas. Estas destinam-se a controles mais precisos
como no caso do motor de passo ou servos-motores. A diferença para as entradas analógicas é que estas
não exigem um conversor analógico digital na entrada do controlador. Um exemplo clássico é o dos
Encoders, utilizados para medição de velocidade e posicionamento (figura 2.7).

Saídas discretas

Figuras 2.8 – Saídas discretas

São aquelas que exigem do controlador apenas um pulso que determinará o seu acionamento ou
desacionamento. Como exemplo os elementos mostrados na figura 2.8 Contatores, que acionam os
Motores de Indução e as válvulas eletro-pneumáticas.

Saídas analógicas

Figura 2.9 – Saída analógica – Válvula Proporcional


Como dito anteriormente, de forma similar o controlador necessita de um conversor digital para analógico
(D/A), para trabalhar com este tipo de saída. Os exemplos mais comuns são: válvula proporcional,
acionamento de motores DC, displays gráficos, entre outros.

Saídas multi-bits

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Figura 3.0 – Saídas multi-bits - Motor de Passo e Servo motor

Têm o conceito de operação semelhante as entradas da mesma categoria. Como principais exemplos têm-
se os drivers dos Motores de Passo e os servos motores.

Sensores O sensor ideal depende basicamente do material


Hoje em dia é raro encontrar alguma máquina a ser detectado, e para uma especificação
que não possua sensores, pois estes são correta devem se conhecer as principais famílias
responsáveis por grande parte das informações de sensores, suas características e vantagens.
que possibilitam o funcionamento de uma Tipos de sensores
máquina. Como o próprio nome sugere, Para especificar um sensor deve-se conhecer o
sensores são dispositivos capazes de material do objeto à detectar. Os tipos de
“sensorear”, monitorar, detectar algo. sensores mais comuns são:
Transformam uma variável física em um pulso  Mecânicos ⇒ São sensores que operam de
elétrico. forma mecânica, ou seja, necessita contato.
Não importa o material. ‰

Exemplo:

Figura 3.1 - Chaves mecânicas (fim de curso):

As chaves fim de curso possuem o mesmo funcionamento das botoeiras, porém, o acionamento é através
do próprio equipamento, ou seja, são acionadas mecanicamente. As chaves fim de curso são, geralmente,
posicionadas no decorrer do percurso de cabeçotes móveis de máquinas e equipamentos industriais, bem
como das hastes de cilindros hidráulicos e ou pneumáticos.

 Magnéticos ⇒ São sensores que operam com campo magnético, detectam apenas magnetos.

Exemplo:

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Figura 3.2 – Funcionamento de um Sensor Magnético
Os sensores magnéticos não necessitam de contato manual ou mecânico para o envio de sinal, são
elementos “mais sofisticados”, porém, a função é a mesma dos elementos anteriores.

 Indutivos ⇒ São sensores que operam com campo eletro-magnéticos, portanto detectam apenas
materiais ferromagnéticos.
Exemplo:

Figura 3.3 – Estrutura de um Sensor Indutivo

São os mais comuns na indústria, tem baixo custo, comparados aos capacitivos, entretanto bem mais
caros que os vistos anteriormente. Seu funcionamento baseia-se na variação da indutância do campo
eletromagnético gerado por uma bobina, quando objetos metálicos passam próximo da face sensora.

 Capacitivos ⇒ São sensores que operam com o principio de capacitância, detectam todos os tipos de
materiais.

Exemplo:

Figura 3.4 – Estrutura de um Sensor Capacitivo

Os sensores capacitivos têm como principal capacitivos não são tão precisos quanto os
vantagem poder detectar objetos metálicos e não indutivos, além de serem mais sensíveis à
metálicos, ao contrario do indutivo que só detecta variação do ambiente. Vejamos os principais
objetos metálicos. Outra vantagem é que podem componentes do sensor capacitivo.
detectar dentro de recipientes não metálicos.
Estes sensores são usados geralmente na  Opticos ⇒ São sensores que operam com
indústria de alimento e para verificar os níveis de emissão de luz, estes detectam todos os tipos
fluidos e sólidos dentro de tanques. Os sensores de materiais.
Automação Industrial – Pág. 19 / 63.
com distancia sensora bem maior. São
Diferente dos sensores capacitivos e indutivos os constituídos por dois circuitos eletrônicos sendo:
sensores ópticos operam com base emissão e O transmissor, responsável pela emissão/
recepção de um feixe de luz modulada. modulação da luz e o receptor, responsável pela
Os sensores ópticos assim, como sobre recepção desta mesma luz. Veja ilustração na
capacitivos, detectam qualquer material, porém figura 3.5:

Exemplo:

 Figura 3.5 – Funcionamento de um Sensor Óptico

Outros tipos sensores ópticos

Existem vários sensores ópticos no mercado todos baseados na emissão/recepção da luz. As diferenças
estão na maneira em que a fonte de luz (emissor) e o receptor são configurados e encapsulados. Vejamos
os mais comuns:

Exemplo 1:

Figura 3.6 - Sensores de barreira (Sistema por barreira óptica)

Exemplo 2:

Automação Industrial – Pág. 20 / 63.


Figura 3.7 - Sensores retro - reflexivos (Sistema Refletivo)

Exemplo 3:

Figura 3.8 - Sensor difuso-refletido (sistema de difusão)

 Ultra - sônicos ⇒ São sensores que operam com emissão e reflexão de um feixe de ondas acústicas. A
saída comuta quando este feixe é refletido ou interrompido pelo material a ser detectado.

Exemplo:

Automação Industrial – Pág. 21 / 63.


Figura 3.9 - Sensores ultra - sônicos

 Pressão (pressostato) ⇒ São sensores que operam comparando duas pressões sendo uma préfixada
e a outra é a pressão em um determinado ponto da linha.
Exemplo:

Figura 4.0 - Sensor pneumático (Pressostato)

Os sensores de pressão hidráulica ou pneumática, são chaves comutadoras pilotadas. Estes sensores são
utilizados em linhas hidráulicas ou pneumáticas com a finalidade de registrar o acréscimo ou a queda de
pressão nessas linhas, invertendo seus contatos toda vez que a pressão do óleo ou do ar comprimido
ultrapassa o valor pré-ajustado.

Sensores na automação industrial

Os sensores industriais (são como o próprio nome diz) os sentidos de um projeto automatizado. Eles são
usados para identificação do estado de uma variável, podendo ser esta variável uma grandeza física
qualquer. Veja um exemplo na figura 4.1:

Figura 4.1 – Processo de contagem de garrafas com sensor


Um sistema bastante simples, onde um sensor é usado para detectar e contar garrafas que passam por
uma esteira. O funcionamento é bastante simples toda vez que o sinal do sensor é interrompido, sua saída
comuta de baixo para alto, enviando um sinal a um dispositivo contador que incrementa “1” a cada
passagem de garrafa.

Analógicos ou digitais

Os sensores podem ser classificados de acordo a saída do sinal, podendo esta ser analógica ou digital.
Digitais ou discretos: São informações em forma de pulsos elétricos “0” ou “1” não há um valor
intermediário.

Automação Industrial – Pág. 22 / 63.


Analógicos ou proporcionais: São informações em forma de um sinal elétrico proporcional à grandeza
medida.

Alimentação dos sensores

Um sensor, como qualquer outro dispositivo eletrônico, requer cuidado com a alimentação, pois se feita
de forma inadequada, poderá causar danos irreparáveis ao sensor.
 Tensão Contínua ⇒ Os sensores encontrados no mercado operam em uma faixa de 10 a 30 VDC,
então qualquer tensão entre 10 e 30 VDC é suficiente para o correto funcionamento dos mesmos. Na
automação é muito comum o uso de alimentação de 24 VDC.
 Tensão Alternada ⇒ Para máquinas que não tem disponibilidade de uma fonte de alimentação DC, os
fabricantes disponibilizam também, sensores com alimentação alternada de 90 a 265 VAC, tornando-
os compatíveis com os padrões brasileiros.
 Tensão Universal ⇒ O avanço da tecnologia proporcionou comodidade à automação e os fabricantes
disponibilizam capazes de operar em tensões de 12 a 250 V alternada ou continua. É obvio que toda
comodidade tem um preço.

Saídas dos sensores

Os sensores com saídas discretas possuem saídas com chaveamento eletrônico, e estes podem ser NPN
ou PNP.
Sensores com saída NPN ⇒ São utilizados para comutar a carga ao potencial positivo. O módulo de
saída possui um transistor NPN que conecta a carga à terra (0 V). A carga é conectada entre a saída do
sensor e a tensão de funcionamento positiva (VDC).

Figura 4.2 – Alimentação de um sensor com saída NPN

Sensores com saída PNP ⇒ São utilizados para comutar a carga ao potencial negativo. O módulo de
saída possui um transistor PNP que conecta a carga à terra (0 V). A carga é conectada entre a saída do
sensor e a tensão de funcionamento negativo (0V).

Automação Industrial – Pág. 23 / 63.


Figura 4.3 – Alimentação de um sensor com saída PNP

Exercícios: _______________________________________
_______________________________________
1) O que são os CLPs? Explique? _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________
_______________________________________ 6) Cite exemplos de saídas digitais e
_______________________________________ analógicas?
_______________________________________
2) Como funciona um CLP? _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________
_______________________________________ 7) O que são as entras é saídas multi-bits?
_______________________________________
3) Qual a estrutura funcional de um CLP? _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________
_______________________________________ 8) O que e um sensor?
4) O que são os módulos I/O? _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________
9) Como funciona um sensor com saída NPN?
5) Cite exemplos de entradas digitais e _______________________________________
analógicas? _______________________________________
_______________________________________

Automação Industrial – Pág. 24 / 63.


_______________________________________
_______________________________________ 15) Qual sensor detecta somente materiais
_______________________________________ ferrosos?
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________
10) Como funciona um sensor com saída PNP? _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________
_______________________________________ 16) São sensores bastante usados em portas e
_______________________________________ janela de residências, tem uma vida útil longa,
_______________________________________ porém, não são recomendados para portas e
_______________________________________ janelas metálicas, pois como o passar do
tempo perdem a imantação ocasionando
11) Os sensores capacitivos operam com base no disparos falsos. De qual sensor estamos
seu? falando?
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________

12) Os dispositivos eletrônicos responsáveis pela 17) Os sensores tipo


emissão de luz nos sensores ópticos são? _________________________ necessitam
_______________________________________ de alimentação no transmissor e no receptor
_______________________________________ e por isso são mais caros.
_______________________________________ 18) Os sensores do tipo _________________
_______________________________________ necessitam de um espelho prismático ou fitas
_______________________________________ refletoras para detectar o alvo.

13) Uma máquina tem como função enrolar 19) Quais as possíveis tensões de alimentação
tecido. Deseja-se interromper o enrolamento dos sensores?
ao completar quando 50 voltas. Qual sensor é _______________________________________
o mais recomendado para esta função? _______________________________________
Justifique sua resposta: _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________
_______________________________________ 20) Alguns sensores são insensíveis a luz de
_______________________________________ fundo. Isto é possível porque estes sensores
possuem um circuito de?
14) Qual o tipo de sensor que depende da _______________________________________
constante dielétrica do alvo? _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________
_______________________________________
_______________________________________

Linguagens de Programação resultado correspondente é armazenado na


memória intermediária do CLP. Ao terminar a
De maneira geral, o programa do CLP é um avaliação, a parte da memória intermediária
conjunto de expressões booleanas. As correspondente às saídas é copiada nas saídas.
expressões são avaliadas uma a uma
sequencialmente a cada ciclo de varredura, e o
Automação Industrial – Pág. 25 / 63.
Normalmente programa-se um controlador do programa. É uma característica dos
através de um software que possibilita a sua processadores mais simples (Bit Processor). Por
apresentação ao usuário em diferentes formas: outro lado, na programação estruturada, um
A norma IEC 1131-3 define cinco linguagens de programa principal é lido, e conforme a
programação: sequência de eventos, os blocos de programa e
funções são executados. Uma grande vantagem
Três Linguagens Gráficas está na otimização do software, que oferece a
1°Diagramas de Funções Seqüenciais possibilidade de utilização de sub-rotinas e
(Sequential Function Chart – SFC) - evolução do subprogramas.
graphcet francês. Alguns CLPs possibilitam a apresentação do
2°Diagramas de Contatos (Ladder Diagram – LD) programa do usuário em uma ou mais formas,
- programação como esquemas de relés. enquanto alguns softwares de programação
3°Diagramas de Blocos de Funções (Function permitem migrar de uma linguagem para outra,
Block Diagram – FBD) - blocos lógicos como, p. ex., de Ladder para Lista de Instrução,
representando portas “E”, “OU”, “Negação”, “Ou de Ladder para Diagrama Lógico e vice-versa.
exclusivo”, etc. Cabe ressaltar que cada um dos métodos de
representação tem suas propriedades e
Duas Linguagens Textuais limitações não sendo universal a
1°Lista de Instruções (Instruction List – IL). intercambialidade entre eles. Por ex., um
2°Texto Estruturado (Structured Text – ST). programa escrito em IL nem sempre pode ser
Linguagem que vem substituir todas as escrito em LAD ou FBD. As vantagens e
linguagens declarativas tais como linguagem de desvantagens de cada uma das formas de
instruções, BASIC estruturado e inglês linguagem de programação são dependentes dos
estruturado. Esta linguagem é novidade no conhecimentos do programador.
mercado internacional e é baseada no Pascal. A - Diagrama de Contato (Ladder)
A linguagem mais difundida é o diagrama de A Linguagem Ladder ou a “Linguagem de
contatos (Ladder), devido à semelhança com os Diagrama de Contatos (LADDER Diagram)” ou
esquemas elétricos usados para o comando Diagrama de Relés ou Diagrama Escada
convencional e a facilidade de visualização nas originou-se dos diagramas elétricos em LADDER
telas de vídeo dos programadores (CRT). O (Escada), cuja origem provém da Lógica de
software pode apresentar-se de forma linear, Relês. Esta forma gráfica de apresentação está
onde o programa é varrido desde a primeira até a muito próxima à normalmente usada em
última instrução, não se importando com a diagramas de comandos elétricos.
necessidade ou não de ser executada uma parte

Figura 4.4 – Diagrama de contados (Ladder)

B - Diagrama de Blocos Lógicos


Mesma linguagem utilizada em lógica digital, onde sua representação gráfica é feita através das chamadas
portas lógicas.

Automação Industrial – Pág. 26 / 63.


Figura 4.5 – Função Blocos Diagrama (FDB)

C - Lista de Instrução
Linguagem semelhante à utilizada na elaboração de programas para computadores.
Ex: LD X0
AND X1
OUT Y0
D - Linguagem de Texto Estruturado (ST)
É uma linguagem de alto nível em forma de texto que não impõe ordem de execução. Utiliza-se atribuindo
novos valores às variáveis no lado esquerdo das instruções, como ocorre na linguagem Pascal e Basic.

Ex: 05= I1 AND NOT I2 AND I3 OR I4

E- Linguagem de Diagrama Sequencial (SFC/Grafcet)

Nessa linguagem, representam-se em seqüência, graficamente, as etapas do programa. Permite uma


visualização objetiva e rápida da operação e do desenvolvimento da automação implementada.
O GRAFCET descreve todo sistema cujas evoluções podem ser expressas seqüencialmente, quer dizer,
todo sistema em que é possível a decomposição em ETAPAS.
O GRAFCET é uma ferramenta gráfica simples, não ambígua e rigorosa. Sua principal qualidade é
permitir ao pessoal não especializado a compreensão de um processo automatizado. É um meio de
comunicação entre pessoas de diferentes formações: produção, manutenção, projeto, etc.

Automação Industrial – Pág. 27 / 63.


Figura 4.6 – Diagrama GRAFCET

Análise das Linguagens de Programação  Diagrama de Blocos;


 Lista de Instruções.
A análise das linguagens tem por objetivo
contribuir na escolha de um sistema que melhor Documentação
se adapte as necessidades de cada usuário. Esta A documentação é mais um recurso do editor de
análise se deterá nos seguintes pontos: programa que de linguagem de programação. De
 Quanto à forma de programação; qualquer forma, uma abordagem neste sentido
 Quanto à forma de representação; torna-se cada vez mais importante, tendo em
 Documentação; vista que um grande número de profissionais
 Conjunto de Instruções. estão envolvidos no projeto de um sistema de
automação que se utiliza de CLPs, desde sua
Quanto à Forma de Programação: concepção até a manutenção. Quanto mais rica
Programação Linear - Programa escrito escrita em comentários, melhor a documentação que
em único bloco. normalmente se divide em vários níveis.

Programação Estruturada - Estrutura de


programação que permite: Conjunto de Instruções
 Organização; É o conjunto de funções que definem o
 Desenvolvimento de bibliotecas de rotinas funcionamento e aplicações de um CLP. Podem
utilitárias para utilização em vários servir para mera substituição de comandos a
programas; relés:
 Facilidade de manutenção;  Funções Lógicas;
 Simplicidade de documentação e  Memorização;
entendimento por outras pessoas além do  Temporização;
autor do software.  Contagem.
Permite dividir o programa segundo critérios Como também manipulação de variáveis
funcionais, operacionais ou geográficos. analógicas:
 Movimentação de dados;
Quanto à Forma de Representação:  Funções aritméticas.
 Diagrama de Contatos;
Automação Industrial – Pág. 28 / 63.
Se funções complexas de algoritmos, por mais que um fornecedor deixe o mercado,
comunicação de dados, interfaces homem- nunca se ficará sem condições de crescer ou
máquina, podem ser necessárias: - Saltos repor equipamentos.
controlados; - Indexação de instruções; -
Conversão de dados; - PID; - sequenciadores; - Linguagem de Relés e Blocos (Ladder)
aritmética com ponto flutuante; etc. Os diagramas de contato são uma forma de
programação de CLPs por meio de símbolos
Normalização gráficos, representando contatos (contacts) e
Existe a tendência de utilização de um padrão de bobinas (coils). Pelo fato de utilizar a lógica de
linguagem de programação onde será possível a relé é a linguagem de programação de CLP mais
intercambiabilidade de programas entre modelos simples de ser assimilada por quem já tenha
de CLPs e até de fabricantes diferentes. Esta conhecimento de circuitos de comando elétrico.
padronização está de acordo com a norma IEC Compõe-se de vários circuitos dispostos
1131-3 e se torna possível utilizando-se o horizontalmente, com a bobina na extremidade
conceito de linguagem de alto nível onde, através direita, alimentados por duas barras verticais
de um compilador, pode se adaptar um programa laterais. Por esse formato é que recebe o nome
para a linguagem de máquina de qualquer tipo de de ladder (ou escada, em português). Existe uma
microprocessador, ou seja, um programa padrão linha vertical de energização a esquerda e outra
pode servir tanto para o CLP de um fabricante A linha a direita. Entre estas duas linhas existe a
como de um fabricante B. A grande vantagem de matriz de programação formada por xy células,
se ter o software normalizado é que em se dispostas em x linhas e y colunas. No exemplo
conhecendo um, conhece-se todos, abaixo se tem um caso de 32 células, dispostas
economizando em treinamento e garantindo que, em 4 linhas e 8 colunas.

Figura 4.7 – Matriz de programação (Ladder)

No exemplo acima, cada conjunto de 32 células é direita, diferentemente dos esquemas elétricos
chamado de uma lógica do programa aplicativo. reais. As células são processadas em colunas,
As duas linhas laterais da lógica representam iniciando pela célula esquerda superior e
barras de energia entre as quais são colocadas terminando pela célula direita inferior. Cada
as instruções a serem executadas. As instruções célula pode ser ocupada por uma conexão (“fio”),
podem ser contatos, bobinas, temporizadores, por um bloco (relé de tempo, operação aritmética,
etc. etc.), ou ainda por um contato ou bobina. Cada
A lógica deve ser programada de forma que as uma das linhas horizontais é uma sentença lógica
instruções sejam “energizadas” a partir de um onde os contatos são as entradas das sentenças,
“caminho de corrente” entre as duas barras, as bobinas são as saídas e a associação dos
através de contatos ou blocos de funções contatos é a lógica. Os contatos e bobinas são
interligados. Entretanto, o fluxo de “corrente conectados por ligações (links) em ramos (rungs)
elétrica” simulado em uma lógica flui somente no como num diagrama de lógica a relé.
sentido da barra de energia esquerda para a

Automação Industrial – Pág. 29 / 63.


Contatos
Um contato é representado abaixo, associado à variável booleana I01, interna ao CLP, e suas ligações.
I01
—| |—
Os contatos são usados como acesso ao estado de uma variável interna no cálculo de expressões
booleanas.

Figura 4.8 – Tipos de contados (Ladder)

Exemplo:

Figura 4.9 – Estado dos contados (Ladder)

Bobinas
Uma bobina é representada abaixo, associada a uma variável booleana Q.
Q
—( )—

As bobinas alteram os estados das variáveis associadas.

Automação Industrial – Pág. 30 / 63.


Figura 5.0 – Tipos de bobinas (Ladder)

Exemplo:

Figura 5.1 – Estado das bobinas (Ladder)

A bobina simples comporta-se como uma As bobinas podem ser associadas às saídas
contactora comum, ou seja, quando energizada digitais do CLP, e os contatos podem ser
aciona seus contatos. Já, as bobina SET e associados às entradas digitais. Assim, ao
RESET funcionam como uma contactora com energizar uma entrada o contato associado a ela
retenção, ou seja, um pulso nesta bobina aciona é acionado (se for um contato NA ele se fechará;
ou desaciona o contator, respectivamente (como se for um contato NF irá abrir). Já, ao energizar
em um flip-flop R-S). Todos os contatos uma bobina associada a uma saída do CLP faz-
associados a uma bobina são acionados quando se com que esta saída seja ativada (feche o
esta bobina é energizada. contato do relé de saída, por exemplo).
Automação Industrial – Pág. 31 / 63.
O diagrama de contatos (Ladder) consiste em um
Base da programação Ladder (comandos desenho formado por duas linhas verticais, que
elétricos) representam os polos positivo e negativo de uma
A linguagem Ladder foi a primeira que surgiu na bateria, ou fonte de alimentação genérica. Entre
programação dos Controladores Lógica as duas linhas verticais são desenhados ramais
Programável (CLPs), pois sua funcionalidade horizontais que possuem chaves. Estas podem
procurava imitar os antigos diagramas elétricos, ser normalmente abertas, ou fechadas e
utilizados pelos Técnicos e Engenheiros da representam os estados das entradas do CLP.
época. O objetivo era o de evitar uma quebra de Dessa forma fica muito fácil passar um diagrama
paradigmas muito grande, permitindo assim a elétrico para linguagem Ladder. Basta
melhor aceitação do produto no mercado. transformar as colunas em linhas, como se
mostra nas figuras 4.9 e 5.0.

Figura 5.2 – Diagrama elétrico de um comando partida direta

Figura 5.3 – Diagrama Ladder de um comando partida direta

Revisão de comandos elétricos Os Servos motores e Motores de Passo


necessitam de um “driver” próprio para o seu
Por definição os comandos elétricos tem por acionamento, tais conceitos fogem do escopo
finalidade a manobra de motores elétricos que deste curso. Dentre os motores restantes, os que
são os elementos finais de potência em um ainda têm a maior aplicação no âmbito industrial
circuito automatizado. Entende-se por manobra o são os motores de indução trifásicos, pois em
estabelecimento e condução, ou a interrupção de comparação com os motores de corrente
corrente elétrica em condições normais e de contínua, de mesma potência, eles tem menor
sobre-carga. Os principais tipos de motores são: tamanho, menor peso e exigem menos
 Motor de Indução; manutenção. A figura 5.4 mostra um motor de
 Motor de corrente contínua; indução trifásico típico.
 Motores síncronos; Existem diversas aplicações para os motores de
 Servos motores; indução, dentre elas pode-se citar:
 Motores de Passo.
 O transporte de fluídos incompressíveis, onde
Estima-se que 40% do consumo de energia no se encontram as bombas de
país é destinadas ao acionamento dos motores água e óleo;
elétricos. No setor industrial, mais da metade da  O processamento de materiais metálicos,
energia é consumida por motores. representado pelas furadeiras,
prensas, tornos;
Automação Industrial – Pág. 32 / 63.
 A manipulação de cargas feita pelos guindastes, correias transportadoras, entre
elevadores, pontes rolantes, talhas, outros.

Figura 5.4 - Motor de indução trifásico

Principais componentes em comandos elétricos


 Seccionamento: só pode ser operado sem carga. Usado durante a manutenção e verificação do
circuito.
 Proteção contra correntes de curto-circuito: destina-se a proteção dos condutores do circuito terminal.
 Proteção contra correntes de sobrecarga: para proteger as bobinas do enrolamento do motor.
 Dispositivos de manobra: destinam-se a ligar e desligar o motor de forma segura, ou seja, sem que
haja o contato do operador no circuito de potência, onde circula a maior corrente.

Sequencia dos componentes para o acionamento de um motor

Figura 5.5 – Comando para acionamento de um motor de indução trifásico


É importante memorizar no estudo de comandos
elétricos a sequencia mostrada na figura 5.5, pois 1° Contato Normalmente Aberto (NA): não há
ela consiste na orientação básica para o projeto passagem de corrente elétrica na posição de
de qualquer circuito. repouso, como pode ser observado na figura 5.6.
Em comandos elétricos trabalhar-se-á bastante Desta forma a carga não estará acionada.
com um elemento simples que é o contato. A 2°. Contato Normalmente Fechado (NF): há
partir do mesmo é que se forma toda lógica de passagem de corrente elétrica na posição de
um circuito e também é ele quem dá ou não a repouso, como pode ser observado na figura 5.6.
condução de corrente. Basicamente existem dois Desta forma a carga estará acionada.
tipos de contatos, listados a seguir:

Automação Industrial – Pág. 33 / 63.


Figura 5.6 – Representação dos contatos NA/NF

Simbologia gráfica dos componentes de esquema elétrico. No desenho elétrico


elétricos cada um dos componentes é representado
através de um símbolo. A simbologia é
Diversos componentes constituintes de um padronizada através das normas NBR, DIN e
painel elétrico. Em um comando, para saber IEC. Na figura 5.7 apresentam-se alguns
como estes componentes são ligados entre si símbolos referentes aos componentes
é necessário consultar um desenho chamado estudados anteriormente.

Figura 5.7 – Simbologia dos componentes elétricos

Manobras convencionais em motores a manobra dos mesmos. Dentre estes destacou-


elétricos: Partida Direta se os motores de indução por sua grande
utilização no ambiente industrial. Esses, por sua
Os componentes e contatos, estudados vez, apresentam particularidades no seu
anteriormente, destinam-se ao acionamento acionamento e estas devem ser consideradas
seguro de cargas ou atuadores elétricos, ou seja, nos circuitos automáticos.
Automação Industrial – Pág. 34 / 63.
A primeira particularidade em manobra de partida direta funciona da seguinte forma: ao
motores, como foi dito, é a divisão do circuito em pressionar a botoeira S1 permite-se a passagem
comando e potência para proteção dos de corrente pela bobina do contator K1, ligando o
operadores. No comando geralmente se encontra motor. Para que o mesmo não desligue,
a bobina do contator principal de manobra do acrescentou-se um contato NA de K1 em paralelo
motor. Deve-se lembrar de que os circuitos eletro com S1. Este contato é denominado de selo,
- pneumáticos eletro-hidráulicos também sendo muito utilizado em manobras e, portanto é
apresentam a mesma divisão. O circuito de de fundamental importância. A botoeira S0 serve
comando também tem as funções de selo, para o desligamento do motor.
intertravamento, sinalização, lógica e medição. A A lâmpada H1 corresponde a cor verde e,
tensão de comando pode ser contínua ou portanto deve ser ligada somente quando o
alternada. Determinada a tensão de comando, motor estiver funcionando, por isso para seu
todos os componentes de acionamento devem acionamento utiliza-se um contato NA do contator
ser comparados para esta tensão. São K1.
componentes de acionamento: bobinas dos A lâmpada H2 tem cor amarela, indicando
contatores principais e auxiliares, todos os relés, “espera”, ou seja, a alimentação de energia está
as lâmpadas de sinalização, sirenes, buzinas, habilitada e o motor está pronto para ser ligado.
temporizadores, entre outros. Utiliza-se um contato NF de K1 antes da mesma,
A primeira e mais básica manobra apresentada é pois, ao acionar o motor, esta lâmpada deve
a partida direta. Esta se destina simplesmente ao desligar.
acionamento e interrupção do funcionamento de Finalmente, liga-se a lâmpada vermelha H3 no
um motor de indução trifásico, em um contato NA do relé térmico F1, para indicar a
determinado sentido de rotação. atuação do mesmo. É importante notar que as
A sequencia de ligação dos componentes é sinaleiras H1 e H2 foram ligadas após o contato
mostrado na figura 5.5, onde se pode notar a NF (96) do relé F1, isso porque ao atuar a
presença dos circuitos de potência e comando. A sobrecarga, ambas as sinaleiras devem desligar.

Figura 5.8 – Comando partida direta com sinalização

Automação Industrial – Pág. 35 / 63.


Legenda

Manobra de motores com reversão do sentido Ao pressionar o botão S1 permite-se a


de rotação passagem de corrente pela bobina de K1.
Automaticamente os contatos 1-2, 3-4 e 5-6 se
Esta manobra destina-se ao acionamento do fecham ligando o motor. O contato 13-14 de K1
motor com possibilidade de reversão do sentido também se fecha “selando” a passagem de
de rotação de seu eixo. Para fazer isso se devem corrente. O contato 21-22 de K1 se abre,
trocar duas das três fases do motor, de forma impedindo a passagem de corrente pela bobina
automática. Portanto utilizam-se dois contatores, de K2, mesmo que o operador pressione a
um para o sentido horário e outro para o sentido botoeira S2 tentando reverter a velocidade de
anti-horário (K1 e K2). rotação. Desse modo é necessário à parada do
A figura 5.9 mostra os circuitos de comando e motor para inverter o sentido de rotação, por isso
potência para este tipo de partida. o circuito é denominado de “partida com reversão
Pode-se observar que no contator K1 as fases R, de parada obrigatória”.
S e T entram nos terminais 3, 2 e 1 do motor, O funcionamento do circuito quando se liga o
respectivamente. Já em K2 as fases R, S e T motor no outro sentido de rotação através da
entram nos terminais 1, 2 e 3, ou seja, houve a botoeira S2 é similar e por isso não será descrito.
inversão das fases R e T, provocando a mudança Em alguns casos, dependendo da carga
no sentido de rotação. manobrada, adicionam-se ainda temporizadores
É importante observar que os fios passando de modo há contar um tempo antes que a
pelos contatores K1 e K2 ligam as fases S e T velocidade possa ser invertida. Evitam-se assim
diretamente sem haver passagem por uma carga. os famosos “trancos” extremamente prejudiciais
Desse modo estes contatores não podem ser ao sistema mecânico e elétrico.
ligados simultaneamente, pois isso causaria um A segurança também pode ser aumentada
curto-circuito no sistema. Para evitar isso se convenientemente através da adição de mais
introduz no comando dois contatos NF, um de K1 dois contatos de intertravamento, garantido assim
antes da bobina de K2 e outro de K2 antes da a inexistência de curtos, caso um dos contatos
bobina de K1. Esse procedimento é denominado esteja danificado.
de “intertravamento” sendo muito comum nos
comandos elétricos.

Automação Industrial – Pág. 36 / 63.


Figura 5.9 – Comando de reversão

Legenda

Automação Industrial – Pág. 37 / 63.


Programação Lógica no CLIC EDIT 02

Figura 6.0 - Clic Edit 02 da WEG

O CLIC02 possibilita de forma fácil e interativa a realização da programação a partir de seu display frontal
não necessitando obrigatoriamente de um notebook para isto. O fato de se tratar de um rele programável,
faz com que tenhamos que nos atentar no momento da programação e levar em consideração algumas de
suas limitações, por exemplo:

1. Possui capacidade de 200 linhas de programação LADDER ou 99 blocos lógicos de função;


2. Quando trabalhando com LADDER cada linha de programação suporta no máximo três contatos e
uma bobina;
3. Possibilita a configuração de no máximo 44 pontos de entradas e saídas digitais.

Software de Programação CLIC 02 EDIT

O CLIC02 ainda conta com um software exclusivo de programação que tem como objetivo estruturar o
programa a ser aplicado ao CLP através do uso de um PC ou notebook, este software também permite a
inserção do programa através da linguagem LADDER ou blocos lógicos de função. O mais interessante é
que é possível, além de construir a programação, realizar a simulação do programa criado sem a
necessidade de interagir com o hardware (CLIC).

Automação Industrial – Pág. 38 / 63.


Acesso ao programa passo a passo
1 ° Passo : Abrir o programa;

Figura 6.1– Tela inicial do Clic Edit 02

2° Passo: Ao abrir a tela de programação do Clic Edit 02, todas as informações necessárias para
elaboração dos diagramas de contatos (Ladder) encontram - se na barra de instruções abaixo da tela
(contatos NA/NF, bobinas, linhas e etc.).

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Figura 6.2 – tela de programação do CLIC EDIT 02

3° Passo: Barra de ferramentas;

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3° Passo: Elaboração do diagrama Ladder

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4° Passo: Simulação de funcionamento

Exercícios:

1) Elabore o diagrama Ladder da figura 5.8, circuito partida direta com sinalização:

2) Com base no diagrama do exercício anterior, faço com que o mesmo desligue automaticamente
utilizando a instrução de tempo:

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3) Elabore o diagrama ladder de um acionamento de dois motores, sendo que, somente um de cada
vez pode entrar em funcionamento:

4) Elabore o diagrama ladder da figura 5.9, utilize a instrução M (Relé de memória interna) e explique
o funcionamento do diagrama:

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5) Elabore o diagrama ladder utilizando a instrução de contagem. Após uma contagem de 10 garrafas
o circuito desliga automaticamente para reposição:

6) Elabore o diagrama ladder da partida de um motor de indução trifásico, com retardo no seu
acionamento e desligamento automático:

7) Elabore um programa para controlar um estacionamento:


1° Passo: O sensor S1 detecta um veiculo na entrada;
2° Passo: A cancela levanta e o carro entra;
3° Passo: Lotação 20 carros;
4° Passo: Sensor S2 detecta o carro saindo;

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8) Elabore o programa que controle o nível de um reservatório, conforme figura abaixo.

9) Elabore o diagrama ladder do processo abaixo com base nas informações a seguir:
Explique seu funcionamento.

10) Elabore o diagrama ladder do processo abaixo com base nas informações a seguir:
Explique seu funcionamento.

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11) Elabore o diagrama ladder do processo abaixo com base nas informações a seguir:
Explique seu funcionamento.

12) Elabore o diagrama ladder do processo abaixo com base nas informações a seguir:
Explique seu funcionamento.

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Funções lógicas Para que a saída “S” de uma função “E” de duas
entradas assuma o estado lógico “1 (verdadeiro)”
Uma função lógica pode ser expressa de várias suas variáveis de entrada “a” e “b” devem
maneiras: assumir o estado lógico “1 (verdadeiro)”.

Sentença: Os circuitos realizam funções Tabela Verdade: Com a descrição do


complexas, cuja representação geralmente não é funcionamento do circuito é possível então,
óbvia. O processo para realização de uma função possível montar uma tabela verdade,
através de um circuito começa na sua descrição considerando todas as combinações possíveis
verbal (descrição do comportamento de suas dos estados das entradas e anotando os
possíveis saídas, em função das diversas resultados na saída, como mostrado a seguir.
combinações possíveis de seus sinais de
entrada), como por exemplo:

Forma algébrica: A partir da tabela verdade S=a.b,S=axb,S=ab


produzida é possível chegar à expressão
Booleana que representa o comportamento do As expressões Booleanas traduzem a relação
circuito. Este procedimento será detalhado mais existente entre o estado da variável de saída
adiante. Na tabela verdade acima, a saída "S" só (receptor) e o estado das variáveis de entrada
é igual a "1" se as variáveis de entrada "a" e "b" (dispositivos de controle).
forem iguais a "1". Essa lógica pode ser expressa Na álgebra Booleana a função “OU” é
da seguinte maneira: representada pelo símbolo “+” (soma) referindo-
se a dispositivos ligados em paralelo , enquanto
Automação Industrial – Pág. 48 / 63.
que a função “E” é representada pelo símbolo “.” Forma Simbólica: Tendo determinada a
(multiplicação) referindo-se a dispositivos ligados expressão algébrica, pode-se, então, construir o
em série. circuito utilizando símbolos gráficos.

No diagrama elétrico acima, notamos que a EXCLUSIVO (XOR) e a FUNÇÃO


bobina "S" será acionada somente se os contatos COINCIDÊNCIA (NEXOR) também conhecida
"a" e "b" estiverem fechados, assim, este circuito como FUNÇÃO IGUALDADE.
representa uma função "E" de duas entradas (S = A seguir, estas funções serão detalhadas e
a . b), assim como, o bloco lógico e a porta lógica mostradas nas formas algébrica, diagrama
apresentados. elétrico e bloco lógico.

Funções lógicas básicas e derivadas Função NÃO (NOT ou INVERSOR)

Existem três funções lógicas básicas: E (AND), Esta função inverte o sinal de entrada (executa a
OU (OR) e NÃO (NOT ou INVERSOR) e mais NEGAÇÃO do sinal de entrada), ou seja, se o
quatro derivadas destas que são as funções : sinal de entrada for 0 ela produz uma saída 1, se
NÃO E (NAND), NÃO OU (NOR), OU a entrada for 1 ela produz uma saída 0.

** Duas funções NÃO, agrupadas em série anulam-se:

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Função E (AND) seja, ela produz uma saída 1, se todos os sinais
de entrada forem "1"; caso qualquer um dos
Esta função combina dois ou mais sinais de sinais de entrada for "0", o sinal de saída
entrada de forma equivalente a um circuito em produzido será "0".
série, para produzir um único sinal de saída, ou

Função OU (OR) ou seja, ela produz uma saída "1", se qualquer


um dos sinais de entrada for igual a "1"; a função
Esta função combina dois ou mais sinais de "OU" produzirá um sinal de saída igual a "0"
entrada de forma equivalente a um circuito em apenas se todos os sinais de entrada forem "0".
paralelo, para produzir um único sinal de saída,

Função NÃO E (NAND) uma saída que é o inverso da saída produzida


pela função "E".
Esta função é equivalente a uma função "E"
seguida por uma função "NÃO", isto é, ela produz
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Função NÃO OU (NOR) uma saída que é o inverso da saída produzida
pela função "OU".
Esta função é equivalente a uma função "OU"
seguida por uma função "NÃO", isto é, ela produz

Função OU EXCLUSIVO (XOR) produz saída "1" quando um dos bits de entrada
é diferente dos demais.
Esta função compara os bits; ela produz saída "0"
quando todos os bits de entrada são iguais e

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Função COINCIDÊNCIA "1" quando todas as entradas são iguais
Esta função é equivalente a uma função produzindo saída "0" quando pelo menos uma
"OU EXCLUSIVO", seguida por uma função das entradas é diferente das demais.
"NÃO", isto é, compara os bits produzindo saída

Tipos de Automação Industrial pelos blocos: gerador, qualidade e distribuição,


manobra e atuadores.
Pneumática O bloco gerador é composto por um ou vários
compressores que armazenam o ar atmosférico
Outra maneira de automatizar máquinas e em reservatórios, nos quais a pressão interna é
dispositivos é com a utilização da pneumática. superior à pressão atmosférica do local. O ar
Esse tipo de automação tem maior foco em comprimido é convertido em energia cinética
aplicações de movimentação, seleção e quando transferido aos atuadores pneumáticos
transporte de produtos. O ar possui na ponta dos dispositivos. O bloco gerador pode
características positivas, como compressibilidade ter a função de filtragem de partículas e
e baixo custo, além de não gerar faíscas, desumidificação, ou seja, ele retira toda a água
podendo ser usado em grande escala. Um possível do ar que foi comprimido. A figura 6.3
sistema pneumático é formado basicamente mostra o esquema de funcionamento de um
sistema gerador.

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Figura 6.3 - Sistema gerador de ar comprimido
O bloco de qualidade e distribuição que vaporiza óleo e o mistura no ar que será
distribuído, garantindo a lubrificação de todos os
É um conjunto de filtros secundários que retiram elementos do sistema. Além desses
impurezas e umidade do ar distribuído. Existem componentes, há também dutos que levam o ar
ainda um regulador de pressão, que mantém a comprimido até o local onde será utilizado.
pressão constante na linha de distribuição, e um Exemplos desses elementos podem ser
dispositivo de lubrificação, quando necessário, verificados na figura 6.4.

Figura 6.4 – Sistema de qualidade e distribuição de ar

O bloco de manobra
É constituído de válvulas essenciais ao controle da manobra que se pretende executar com os atuadores
pneumáticos.

O bloco dos atuadores


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É composto, em geral, por atuadores pneumáticos que possuem um eixo que se movimenta linearmente
de modo bidirecional, ou seja, avançam e recuam de acordo com a entrada e saída do ar. A figura 6.5
apresenta alguns modelos de atuadores pneumáticos.

Figura 6.5 – Atuador pneumático ( Pistão)

Válvulas de controle direcional acionamento de uma válvula pneumática também


é comumente chamado de piloto.
No momento em que o sistema exige, as válvulas Para a diagramação de circuitos pneumáticos, as
de controle direcional distribuem o ar aos válvulas são representadas de modo a simular
dispositivos atuadores. Elas permitem ou não a seu funcionamento interno. São sempre
passagem de ar em um único sentido, abrindo ou simbolizadas por um retângulo, dividido em
fechando dutos internos que a compõem. São quadrados, que indicam o número de posições
utilizadas normalmente no avanço ou no recuo da válvula, correspondendo ao número de
dos atuadores. movimentações que essa válvula executa por
As válvulas pneumáticas são classificadas meio de acionamentos externos. A figura 6.6
conforme o número de vias que possuem as exemplifica os retângulos e números de posições
posições em que podem ser atuadas e a forma de válvulas
de seu acionamento. O dispositivo de

Figura 6.6 – Representação de posições das válvulas

Válvulas Eletro – pneumática

Diagrama de uma válvula de duas vias e duas posições com simples solenoide e retorno por mola.

Figura 6.7 – Válvula 2/2


Válvula de três vias e duas posições com piloto acionado por solenoide e retorno por mola.

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Figura 6.8 – Válvula 3/2
Simbologia de uma válvula de cinco vias e duas posições com duplo acionamento por solenoide.

Figura 6.9 – Válvula 5/2

Bobina Solenoide

Figura 7.0 – Solenoide


Atuadores isola uma câmara da outra. Dessa maneira, a
força contrária que a mola exerce é vencida e
Os atuadores pneumáticos são os dispositivos ocorre o deslocamento axial de acordo com o
que realizam o trabalho quando recebem a modelo do cilindro. Esse avanço é representado
energia do ar comprimido por meio das válvulas pelas situações A e B da figura 7.1.
de distribuição e controle. Em sua grande Ao ser acionado, o eixo permanecerá avançado
maioria, são cilindros ou atuadores pneumáticos enquanto a pressão interna da câmara for
que propiciam o deslocamento de um eixo de superior à pressão atmosférica, mais a força que
acordo com suas características de construção a mola exerce no sentido contrário. Assim, uma
interna. São basicamente classificados como vez interrompido o fluxo de ar, a pressão em
atuadores de simples ação e atuadores de dupla ambos os lados passa a ser a mesma. A mola
ação. devidamente instalada faz sua função, ou seja,
A figura 7.1 ilustra o atuador de simples ação. garantir que o eixo do cilindro recue, até que seja
Apesar de ser compressível, quando o ar novamente requisitado seu avanço com uma
comprimido enche uma das câmaras do cilindro, nova “injeção” de ar comprimido. Esse recuo é
passa a exercer força na parede do êmbolo que representado pelas situações C e D da figura 7.1.

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Figura 7.1 - Atuadores de simples ação

O atuador de dupla ação possui avanço igual ao atuador de simples ação, porém, não utiliza mola interna.
Depois de se movimentar, o eixo desse atuador permanecerá na mesma posição e imóvel, até que receba
uma força mecânica externa ou que a câmara oposta receba ar comprimido. O esquema de
funcionamento é apresentado na figura 7.1.

Figura 7.2 - Atuador de dupla ação.

Comandos elétricos e eletropneumáticos com CLP

A eletropneumática engloba o controle e a detecção dos movimentos realizados por válvulas de comando
e atuadores pneumáticos por meio de dispositivos e sensores elétricos. As lógicas de acionamento
utilizadas em comandos elétricos também são empregadas para o acionamento de solenoides, que, por
sua vez, servem como pilotos em válvulas eletropneumáticas, assim como os sensores de fim de curso
detectam o movimento dos atuadores. Entre os dispositivos e sensores elétricos, pode-se destacar o uso
de controladores eletrônicos “inteligentes” (CLPs e computadores).

Figura 7.3 - Acionamento de um atuador pneumático com comando elétrico.

Circuitos Eletro - pneumáticos


Circuito 1

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2
R

Y1
S1
1 3

Y1

Circuito 2

2 4

R
Y1

S1 S2
3 5
1

Y1

Circuito 3

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R

S1
2 4

Y1

3 5 S2
1

Y1

Circuito 4

2 4 S1 S2

Y1 Y2

3 5 S2 S1
1

Y1 Y2

Circuito 5

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2 4

R
Y1 Y2

3 5 S1 S2
1

Y1 Y2

Circuito 6

2 4
S1 K1 K1

Y1

3 5 S2
1

K1 Y1

S
Circuito 7
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R

2 4 B1 K1 K1

Y1

3 5 B2
1

K1 Y1

Circuito 8
S2

R
11
B0
12

13 11 21 S2
B1 K1 K1
2 4 14 14 24

Y1 11
K2
3 5 12
1

K1 Y1 K2

Circuito 9

Automação Industrial – Pág. 60 / 63.


S4 S3

B1 B2 S3 B2

2 4

Y1 Y2 Kc

3 5
1
S4

Y1 Y2 Kc Kcr

Circuito 10
S2

2 4

Y1 Y2
3 5
1

R
13 11 21 13 31
S2
S1 K1 K2 S3 K2
14 14 34

11 11 11
K2 S1 S4
12 12 12

Y1 K1 Y2 K2

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ELETROTÉCNICA
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL -3ª SÉRIE

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