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Automação Industrial

UDM

Tipos de automação

Embora a automação tenha surgido pela necessidade de atingir maior produtividade, as


mudanças que ocorrem no mercado, têm feito evoluir a automação. Antes o mercado era
caracterizado por abundância de produtos iguais e duradouros, produzidos por equipamentos
projetados para um determinado produto. (maior produtividade).

Com o aparecimento dum mercado caracterizado pela diversidade de produto, com vida útil
reduzida, o sistema produtivo teve de se flexibilizar para dar resposta as necessidades do
mercado, sem por em causa os níveis de produtividade. Deste modo, as operações passam a
ser controladas por um programa de instruções, para permitir a flexibilização do processo
automático.

A evolução tecnológica ao nível informático e industrial, catalisam formas mais avançadas


de sistemas automatizados de produção industrial. Deste modo podemos distinguir os
seguintes tipos de automação:

1. Automação fixa
2. Automação programável
3. Automação flexível

Automação fixa
É caracterizada pela rigidez da configuração do equipamento. Uma vez projetada
determinada configuração de controlo, não é mais possível a sua alteração sem modificações
no circuito físico.

As operações a realizar são, em geral, simples e a complexidade do sistema tem sobretudo a


ver com a integração dum elevado número de operações. Os aspectos típicos da automação
fixa são:

 Investimentos iniciais em equipamentos específicos


 Elevadas taxas de produção
 Difícil ou impossível acomodação de alterações nos produtos.

Msc. Eng. P. Amone Júnior


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Este tipo de tecnologia é justificado economicamente em produtos de elevado volume de


produção. Este tipo de automação começa a observar-se no âmbito industrial por volta de
1913.

Automação programável
Na automação programável o equipamento é projectado com a capacidade de se ajustar a
alterações da sequencia de fabrico quando se pretende alterar o produto final. A sequência de
operações é controlada por um programa. Novos produtos exigem novos programas.

Aspectos típicos da automação programável são:

 Investimento em equipamento genérico;


 Taxas de produção inferior à automação fixa;
 Flexibilidade para alterações na configuração da produção;
 Adequada à produção tipo lote (bacth).

Ao fim de um lote o sistema é programado. Elementos físicos envolvidos, como ferros de


corte e os parâmetros das maquinas, ferramentas, devem ser reajustados. O tempo despendido
num lote deve incluir o tempo de ajustamentos iniciais e o tempo de fabrico do lote
propriamente dito. Exemplos de automação programável são as maquinas de controlo
numérico (inicio em 1952) e as primeiras aplicações de robôs industriais (em 1961).

Automação flexível
A automação flexível é uma extensão de automação programável. Um sistema flexível de
produção é capaz de produzir uma determinada variedade de produtos sem perda significativa
de tempo de produção para ajustamentos entre tipos diferentes. Assim, o sistema pode
produzir várias combinações de produtos sem necessidade de os organizar em lotes
separados. Os níveis de decisão que envolve podem incluir toda a organização geral da
unidade de produção.

Aspectos típicos da automação flexível:

 Investimentos no sistema global;

Msc. Eng. P. Amone Júnior


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 Produção contínua de misturas variáveis de produtos;


 Taxa de produção média;
 Flexibilidade de ajustamento a variação no design dos produtos.

Os aspetos essenciais que distinguem a automação flexível da programável são:

 Capacidade de ajustamento dos programas a diferentes produtos sem perda de tempo


de produção;
 Capacidade de ajustamento dos elementos físicos da produção sem perda de tempo
de produção.

A alteração do software é normalmente feita em offline num nível hierárquico superior ( a


estudar numa sessão à frente) e é transmitida ao computador do processo via rede.

A contínua evolução da automação flexível será função de:

 Desenvolvimento de computadores cada vez mais rápidos e em comunicação com


todos os sistemas envolvidos na produção;
 Desenvolvimento do software inteligente (Expert systems);
 Desenvolvimento no campo da robótica e da visão artificial;
 Desenvolvimento nos veículos guiados automaticamente (AGV).

Níveis de automação

Conforme o tipo de automação, a forma como esta se organiza em relação ao processo


produtivo vai aumentando de complexidade assim, na automação fixa e na programada, a
cada um dos processos que constituem a linha de fabrico irá estar associado a um sistema de
controlo que, como se irá posteriormente ver, pode ser lógico ou contínuo/digital, realizado
fundamentalmente por circuitos em hardware na automação fixa e por software na
programada. Não há qualquer comunicação entre eles e deve haver um operador responsável
pelo funcionamento de cada um.

Msc. Eng. P. Amone Júnior


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Na automação flexível, como se viu, tem se geralmente mais de um nível de controlo, como
está ilustrado na figura seguinte, pode ir até ao nível mais alto da gestão.

Assim, a organização da automação numa unidade produtiva, pode variar desde a estrutura
convencional e mais simples de se ter apenas um nível de automação até uma organização
hierarquizada, onde todos os processos comunicam entre si. No primeiro caso ficará
associado a cada processo o seu sistema de controlo, constituindo unidades separadas. no
meio ficou uma frase a criar em desuso, que consistiu num computador central a estabelecer
contacto com os diversos processos e fornecendo para eles os sinais de controlo.

Msc. Eng. P. Amone Júnior

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