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U N I V E R S I D A D E M E T O D I S TA D E A N G O L A

M E S T R A D O E M E N G E N H A R I A I N F O R M ÁT I C A

AUTOMAÇÃO

CAPITULO 1
Introdução à Automação

João Lourenço Cussondama


Luanda, Fevereiro de 2022
PROGRAMA DA CADEIRA
1. Introdução à automação
4. Projecto e implementação de sistemas com autómatos programáveis
1. 1. Introdução Siemens LOGO! -6.7..10 11 semana
1.2. Objectivos da automação
4.1. Autómatos Logo!
1.3. Tipos de automação
4.2. Programação de Autómatos Logo!
1.4. Níveis de Automação
1.5. Tecnologia dos automatismos FACTORY IO
1.6. Elementos da automação industrial Pneumática
Sensores digitais - “3 Semanas”
2. Comandos eléctricos 2 – Semana 3 e 4
Pratica - Semana 11
2.1. Aparelhagens eléctricas (1 Aula)
2.2. Motores de indução trifásicos - MITs (breve revisão) (1 Aula)
2.3. Esquemas eléctricos 4. Projecto e implementação de sistemas com autómatos programáveis
2.4. Concepção dos circuitos de comando dos automatismos Siemens LOGO! -6.7..10 11 semana
Aula Pratica: Arranque motores 4.1. Autómatos Logo!
4.2. Programação de Autómatos Logo!
3. Autómatos programáveis (AP) – 1 semana 5
FACTORY IO
3.1. Introdução
3.2. Classificação
Pneumática
3.3. Arquitectura Sensores digitais
3.4. Funcionamento “3 Semanas”
3.5. Vantagens
Pratica - Semana 11
3.6. Aplicações
3.7. Linguagens de programação
PROGRAMA DA CADEIRA

5. Projecto e implementação de sistemas com


autómatos programáveis Siemens S7-300 semana 12
13
5.1. Autómato S7-300
5.2. Programação de Autómatos S7-300
“Software Step 7”
Sensores analogicos

5. Projecto e implementação de sistemas com


autómatos programáveis Siemens S7-300 semana 12
13
5.1. Autómato S7-300
5.2. Programação de Autómatos S7-300
“Software Step 7”
Sensores analogicos
SUMÁRIO
1. Introdução à automação
1. 1. Introdução
1.2. Objectivos da automação
1.3. Tipos de automação
1.4. Níveis de Automação
1.5. Tecnologia dos automatismos
1.6. Elementos da automação industrial
Introdução

• Definição

– Automação, Automatização
• latim Automatus ou “mover-se por si”;

Um sistema de Controlo de um processo, contendo mecanismos


responsáveis por verificar seu próprio funcionamento, efectuando
medições e introduzindo Correcções, com mínima ou nenhuma
interferência do homem.
Histórico da Automação

• Aplicação após a Revolução Industrial


– Século XVIII.
– Substituição da força de trabalho humana (trabalho braçal) por
máquinas e aparatos movidos por uma fonte energética disponível.
– Primeiras fontes energéticas
• Térmica, hidráulica e mecânica – máquinas a vapor.
– Primeiras indústriais beneficiadas
• Tecelagem
• Siderurgia
• Mineração
• Manufaturas
Dispositivo de sensoriamento e Controlo

• James Watt, 1788 - Regulador de velocidade.


– Sistema de Controlo automático de vazão de vapor para Controlo
da velocidade de máquinas.
Breve evolução da automação

• Fim do século XIX – aplicação da eletricidade


– Motores elétricos, sensores, atuadores, relés, solenóides, ...
– Produção e distribuição de energia elétrica.
• Início do século XX - agentes motivadores
– Indústria automobilística (1903).
– Manufaturas e linhas de produção.
– Primeira e Segunda Guerra Mundial.
– Automatismos eletromecânicos, com lógicas de contatos.
• Meados e fim do século XX - inovações
– Computadores (1945) e transistor (1947).
– Controladores lógico-programáveis (1968).
– Computadores pessoais, microcontroladores, ...
1.2. Objectivos da automação

Automação de processos

• Objetivos principais da automação → Aumentar na produção...


– Velocidade
– Qualidade
– Repetitividade
– Eficiência (menor consumo energético, menor emissão de resíduos)
– Segurança e continuidade (de operação, por exemplo)
• Requisito básico: conhecimento sobre o processo
– Das características
• Dos tipos de insumos e matérias primas.
• Da forma de beneficiamento.
• Do produto final desejado (qualidade, custo, especificações metrológicas, etc.).
– Da dinâmica de produção
• Com detalhes de tempo e comportamento em cada etapas do processo.
• Com a forma de emprego da energia transformadora.
1.3. Tipos de automação

Fixa
– Elevado investimento inicial
– Elevadas taxas de produção
– Inflexível a acomodar alterações do produto
Programável
– Elevado investimento em equipamento de uso geral
– Baixas taxas de produção relativamente à automação fixa
– Flexibilidade para lidar com alterações na configuração do produto
– Adequada à produção por lotes
Flexível
– Elevado investimento em equipamento tecnologicamente sofisticado.
– Produção contínua de misturas variadas de produtos.
– Taxas de produção médias.
– Flexibilidade para lidar com variações da concepção do produto.
1.3. Tipos de automação

Automação Fixa

Este tipo de automação é caracterizado pela rigidez da configuração do equipamento. Uma vez projetada
uma determinada configuração de Controlo, não é possível alterá-la posteriormente sem realizar um novo
projeto.
As operações a realizar são em geral simples e a complexidade do sistema tem, sobretudo a ver com a
integração de um elevado número de operações a realizar. Os aspectos típicos da automação fixa são:

• Investimentos iniciais elevados em equipamentos específicos.


• Elevadas taxas de produção.
• Impossibilidade em geral de prever alterações nos produtos.

Este tipo de automação justifica-se do ponto de vista econômico quando se pretende realizar uma elevada
produção. Como exemplos de sistemas deste tipo, podemos citar as primeiras linhas de montagem de
automóveis nos Estados Unidos.
1.3. Tipos de automação

Automação Programável

Neste caso, o equipamento é montado com a capacidade de se ajustar a alterações da seqüência de produção
quando se pretende alterar o produto final. A seqüência de operações é controlada por um programa. Assim, para
cada novo produto terá que ser realizado um novo programa. Os aspectos típicos da automação programável são:

• Elevado investimento em equipamento genérico.


• Taxas de produção inferiores à automação fixa.
• Flexibilidade para alterações na configuração da produção.
• Bastante apropriada para produção por lotes (“batch processing”).

No final da produção de um lote, o sistema é reprogramado. Os elementos físicos envolvidos como, por exemplo,
ferramentas de corte e parâmetros de trabalho das máquinas ferramentas, devem ser reajustados. O tempo
despendido na produção de um lote deve incluir o tempo dedicado aos ajustamentos iniciais e o tempo de produção
do lote propriamente dito.
1.3. Tipos de automação

Automação Flexivel

É uma extensão da automação programável. A definição exata desta forma de automação está ainda em evolução,
pois os níveis de decisão que envolve podem neste momento incluir toda a organização geral da produção. Um
sistema flexível de produção é capaz de produzir uma determinada variedade de produtos sem perda significativa
de tempo de produção para ajustamentos entre tipos diferentes. Assim, o sistema pode produzir várias
combinações de produtos sem necessidade de os organizar em lotes separados.

Os aspectos típicos da automação flexível são:

• Elevados investimentos no sistema global.


• Produção contínua de misturas variáveis de produtos.
• Taxas de produção média.
• Flexibilidade de ajustamento às variações no tipo dos produtos.
1.3. Tipos de automação

Os aspectos essenciais que distinguem a automação flexível da programável são:

• Capacidade de ajustamento dos programas a diferentes produtos sem perda de tempo de produção.

• Capacidade de ajustamento dos elementos físicos da produção sem perda de tempo de produção.
Indústrias de Fabrico
As indústrias de fabrico podem ser classificadas de acordo com a naturaz das operações de produção:

Indústrias de Manufactura

Indústrias tipicamente identificadas com a produção de items discretos, que podem ser individualmente
reconhecidos, contados e definidos na forma, peso e características.

Exemplos: Produção de automóveis, televisores, electrodomésticos, etc.

Indústrias de Processo

Indústrias tipicamente identificadas com a produção de bens envolvendo um processo de fabrico


contínua.

Exemplos: Produção de energia, papel, cimentos, químicos, siderúrgica, etc.


Tipos de Produção
Job Shop
– Pequenas quantidades e grande variedade Productivity
– Satisfação de encomendas específicas

Volume of Production
Mass
– Equipamentos configuraveis Productio
n Flexibility
Batch (Lotes) Batch
– Lotes envolvendo quantidades médias Production

– Capacidade de produzir para armazenamento Job Shop


– Produção de items como mobília, têxteis, etc.
Massa Diversity of Products
– Produção especialozado de produtos idênticos
– Elevadas taxas de produção
– Produção de items como lâmpadas, parafusos, etc.
1.4. Níveis de Automação

A Pirâmide da Automação Industrial é a representação gráfica dos cinco níveis de sensores (ou cinco níveis de
Controlo) que existem dentro dos processos industriais automatizados:

•Os cinco níveis da Pirâmide da Automação Industrial e suas características


•Nível 1 – Dispositivos de campo, instrumentos de medição e atuadores
•Nível 2 – Controlo do processo
•Nível 3- Supervisão e monitoramento
•Nível 4- Gerenciamento da planta industrial
•Nível 5- Administração de recursos e gestão financeira
1.4. Níveis de Automação
objetivo da Pirâmide da automação Industrial

O objetivo da Pirâmide é estruturar de forma mais organizada todo o processo produtivo.

Por meio dessa representação visual, é possível ter uma compreensão mais clara dos diferentes níveis de
Controlo e assim poder monitorar todo o ciclo produtivo de forma mais precisa.

A visualização dos níveis em Pirâmide também é útil para mostrar como cada nível é interdependente dos
demais.

Ao observar a pirâmide, o gestor consegue perceber que, conforme o topo vai sendo atingindo, os dados coletados
vão sofrendo um tratamento melhor. Desta forma, no decorrer do processo da Pirâmide, as informações coletadas
vão ganhando diferentes significados.
1.4. Níveis de Automação
Os cinco níveis da Pirâmide da Automação Industrial e suas características
1.4. Níveis de Automação
Os cinco níveis da Pirâmide da Automação Industrial e suas características
1.4. Níveis de Automação

Nível 1 – Dispositivos de campo, instrumentos de medição e atuadores

O nível 1 fica na base da Pirâmide. Nele ficam os dispositivos de campo, como os sensores, transmissores e
atuadores.

Esta é a fase da coleta de dados e Controlo manual. Na linguagem popular essa parte da Pirâmide é conhecida
como “Chão de Fábrica”.

Neste nível o tipo de comunicação mais comum é a 4-20mA


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Nível 2 – Controlo do processo

No nível 2 ficam os equipamentos que controlam automaticamente os processos produtivos.

Neste nível os dispositivos trocam um grande volume de informações entre si, por isso são necessárias tecnologias mais
avançadas e diferenciadas que a do nível 1.

O segundo nível apresenta equipamentos que realizam o Controlo


automatizado das atividades da planta. É aqui que é possível encontrar
dispositivos como CLP’s (Controlador Lógico Programável), SDCD’s
(Sistema Digital de Controlo Distribuído) e relés.
1.4. Níveis de Automação

Nível 3- Supervisão e monitoramento

O nível 3 é onde é feita toda a supervisão dos processos.

É neste nível também onde são armazenados todos os dados da


produção.

No nível 3 muitas atividades exigem o uso de protocolos próprios como


SCADA, IHM E Workstation.
1.4. Níveis de Automação

Nível 4- Gerenciamento da planta industrial

No nível 4 fica a parte de planejamento dos processos, produção e logística dos recursos.

Neste nível a tecnologia já é bem mais avançada e o compartilhamento de dados tem objetivo corporativo, ou
seja, voltados a área de vendas, negócios e gestão financeira e geração de lucro.
É neste nível que são desenvolvidos relatórios coletados no nível.

nível responsável pela parte de programação e


também do planejamento da produção. Auxilia tanto no
Controlo de processos industriais quanto também na
logística de suprimentos.
1.4. Níveis de Automação

Nível 5- Administração de recursos e gestão financeira

Por fim, no topo da Pirâmide, temos o nível 5.

Neste nível fica toda a parte administrativa do processo como a gestão dos recursos da empresa.

Para isso são aplicados dezenas de softwares especializados que facilitam as tarefas com foco em gestão
financeira e Business Intelligence.

Todas as decisões administrativas deste nível devem estar baseadas na avaliação de cada um dos
demais níveis da pirâmide.
1.5. Tecnologia dos automatismos

Automatismos, são dispositivos que permitem que determinado sistema funcione de uma forma
autónoma (automaticamente), sendo a intervenção do operador reduzida ao mínimo indispensável.

Sendo bem concebido, um automatismo : - Simplifica consideravelmente o trabalho do operador. - Elimina ao


operador as tarefas complexas, perigosas, pesadas ou indesejadas

Quando o automatismo é aplicado a um processo industrial, traz as seguintes vantagens :

Facilita as alterações aos processos de fabrico.


- Melhora a qualidade dos produtos fabricados, mantendo uma constância das características dos mesmos.
- Aumenta a produção
- Permite economizar matéria prima e energia.
- Aumenta a segurança no trabalho.
- Controla e protege os sistemas controlados.
1.5. Tecnologia dos automatismos

ESTRUTURA DE UM AUTOMATISMO

Podemos dividir um automatismo em três blocos:

- Entradas Neste bloco encontram-se todos os dispositivos que recebem informações do sistema a controlar. São
em geral sensores, botoneiras, comutadores, fins de curso, etc.

- - Saídas Neste bloco temos todos os dispositivos actuadores e sinalizadores. Podem ser motores, válvulas,
lâmpadas, displays, etc..

- Lógica Neste bloco encontra-se toda a lógica que vai permitir actuar o bloco de saídas em função dos dados
recebidos pelo bloco de entradas. É este bloco que define as características de funcionamento do automatismo. Pode
ser constituído por relés, temporizadores, contadores, módulos electrónicos, lógica pneumática, electrónica
programada, etc..
1.5. Tecnologia dos automatismos

Podemos ainda definir como parte de controlo, o conjunto dos blocos de entradas e de lógica. O
bloco de saídas será a parte operativa.
1.5. Tecnologia dos automatismos

Exemplo:
Automatismo de porta Numa porta automática, o motor que acciona a abertura e fecho da mesma, constitui a
parte operativa.

O sensor de proximidade, os fins-de-curso, a chave de permissão e toda a lógica de exploração, constituem a


parte de controlo.
1.5. Tecnologia dos automatismos
OPÇÕES TECNOLÓGICAS

São várias as opções tecnológicas disponíveis. Não se pode à partida dizer qual a melhor e pior, pois esta opção depende de
várias condicionantes:

- Número de sistemas a automatizar


- Ambiente de trabalho
- Tipo de sinais de entrada/saída
- Função predominante
- Actuadores predominantes

Outra das condicionantes que deve estar sempre presente é a relação preço/performance. Uma determinada
solução pode ser perfeita sob o ponto de vista puramente técnico, mas inviável sob o ponto de vista
financeiro.
1.5. Tecnologia dos automatismos

Ao nível das características de implementação, podemos definir dois grandes grupos :

- Lógica cablada
- Lógica programada
1.5. Tecnologia dos automatismos

Na lógica cablada, o desempenho do automatismo é definido pela interligação física de elementos


discretos. A alteração do processo, normalmente implica refazer a cablagem. Como exemplo, podemos
referir um circuito eléctrico, composto por relés, relés biestáveis, temporizadores, etc..

Na lógica programada, o desempenho do automatismo é definido por uma série de instruções ou códigos
que são programados no suporte de memória do sistema. Ao conjunto de instruções que definem o
automatismo, chama-se programa. A alteração da lógica do processo a controlar apenas implica a
alteração do programa. Como exemplo, temos o controlo numérico, autómato programável, micro-
computador, etc..

Podemos definir basicamente três famílias tecnológicas;


Electromagnética , Electrónica e Pneumática / Oleo-hidraulica.
1.5. Tecnologia dos automatismos

A tecnologia electrónica é muito vasta e pode ser implementada através dos seguintes elementos:

- Circuitos electrónicos dedicados


- Sistemas electrónicos standard (ex.:controlo numérico)
- Autómatos programáveis
- Micro e mini-computadores
1.6. Elementos da automação industrial

O sistema de automação é composto basicamente por três elementos


energia,
instruções e
sistemas de Controlo.

Esses três elementos são parte de vários outros bem mais específicos, mas em geral eles são a parte fundamental
de qualquer sistema automático.
1.6. Elementos da automação industrial

Energia

Os sistemas automáticos são utilizados para processos industriais, esses sempre fazem necessariamente o
uso de energia. A principal fonte de energia utilizada é a elétrica tendo em vista a facilidade de obtenção,
pois as redes elétricas estão por toda a volta, e a praticidade de converter em outras formas de energia,
como: hidráulica, mecânica, térmica, luminosa

A energia é aplicada em todas as fases, no processo é utilizada para o acionamento dos atuadores,
alimentação dos sensores e os demais elementos que consomem energia, nas instruções é utilizado para
alimentar os computadores responsáveis por executar o sistema e no Controlo para alimentar as malhas e os
CLP's (Controladores lógico programáveis).
1.6. Elementos da automação industrial

Instruções

Todas as ações realizadas em um processo automático passam por um conjunto de instruções que tem o
objetivo de trazer as melhorias para o processo, essa é aparte fundamental do projeto de um sistema
automático, pois sem um conjunto de instruções bem definidos é impossível se obter um resultado satisfatório.
As instruções são pensadas para todos os níveis da automação de forma que elas possam se interligar e haja
uma plena comunicação em todas as partes do processo. As etapas do processo são definidas pelo ciclo de
trabalho, que para sistemas simples pode ser simplesmente manter o nível constante em um reservatório.
Vamos exemplificar de forma esquemática um conjunto de instruções necessárias para um Controlo de nível
de reservatório. Para isso precisaremos:
1.6. Elementos da automação industrial

Instruções

1.Uma bomba de água que envia água para o reservatório;


2.Um sensor que indica o nível de água no reservatório;
3.Um computador que lê o sensor e liga ou desliga a bomba;
4.Um valor de nível desejado para o reservatório;
5.Um sistema de monitoramento a distância para o usuário acompanhar o nível do seu reservatório.
1.6. Elementos da automação industrial

Sistema de Controlo

No sistema de Controlo é que o sistema é realmente automatizado, aqui temos um conjunto de técnicas especificas
(instruções ou algoritmos) para obter os resultados desejados para nosso sistema. No sistema exemplificado no
item anterior o Controlo agiria de forma a fazer com o que o nível fosse realmente atingido, perceba que não
tínhamos a garantia de se obter o valor de nível estabelecido, pois poderíamos não ter a precisão necessária,
perceba que isso é muito importante para um processo de engarrafar um refrigerante por exemplo. Só com a ação
de um controlador no sistema é que podemos através de uma exaustiva calibração nos elementos que compõem o
processo (bomba, sensor, tanque) garantir que tenhamos um nível exato no nosso sistema.
1.6. Elementos da automação industrial

Sistema de Controlo

Os sistemas de Controlo são bem comuns no nosso dia-a-dia por exemplo a bomba de combustível no posto
de gasolina, perceba que ela possui uma precisão milimétrica (ou em mililitros) na hora de encher o tanque
do carro. Vocês já perceberam que na hora de encher o tanque do carro a bomba de combustível, bombeia
rapidamente no início, mas quando está perto do valor estabelecido (setpoint) ele fica mais lenta até atingir o
valor com precisão?! Não?! Fica o desafio para observar na próxima parada para abastecer.
Sensor : é um elemento de um sistema de medição que é diretamente afetado por um
fenômeno, corpo ou substância que contém a grandeza a ser medida.

Transdutor : é um dispositivo que converte um sinal de uma forma física para um sinal
correspondente de outra forma física. É um dispositivo utilizado em medições, que
fornece uma grandeza de saída que tem uma correlação específica com a grandeza de
entrada

Todos os elementos sensores são denominados transdutores.

O sensor é um dispositivo , que detecta uma quantidade física e a converte em uma quantidade
analógica que pode ser medida eletricamente, como voltagem, capacitância, indutância e resistência
ôhmica. A saída precisa ser operada, conectada e regulada pelo projetista do sistema.

Existem diferentes tipos de sensores disponíveis, que são usados ​em várias aplicações. O sensor de
movimento é um tipo de sensor, que é usado em vários sistemas, como luzes de segurança doméstica,
luminárias de portas automáticas normalmente enviam algum tipo de energia como ondas ultrassônicas,
microondas ou feixes de luz e sentem quando o fluxo de energia é interrompido por algo entrando sua pista.
Sensor de movimento
O transdutor é um dispositivo conectado ao sensor para converter a quantidade medida em um sinal
elétrico padrão, como 0-10V DC, -10 a + 10V DC, 4 a 20mA, 0 a 20mA, 0-25mA etc. p do transdutor
pode ser usado diretamente pelo projetista do sistema.

Transdutores são usados ​na eletrônica sistemas de comunicação para converter sinais de diferentes formas físicas
em sinais eletrônicos. Na figura abaixo, dois transdutores são usados ​onde o microfone é usado como o primeiro
transdutor e como um segundo alto-falante transdutor é usado.
Qual é a principal diferença entre sensor e transdutor

As pessoas se confundem com os termos sensor e transdutor, elas não entendem por que transdutores são
usados ​em sensores. Em um dispositivo multi-operacional, um transdutor converte uma forma de energia em
outra, e essa energia convertida é medida para o usuário para outras medições usando sensores. É misterioso ver
que transdutores de contato estão sendo usados ​em sensores para detectar níveis de energia e depois convertê-
los em energia elétrica para ser mostrado em uma tela.

https://jf-parede.pt/what-is-difference-between-sensor
Sensores e Transdutores
Áreas de utilização

Automação industrial: identificação de peças, medição, verificação de posição etc.

Automação bancária e de escritório: leitura de código de barras, tarja magnética,


identificação de impressão digital.

Automação veicular: sensores de composição de gases do escapamento, sensores de


temperatura, sensores de velocidade e de estacionamento.

Automação residencial (domótica): sistemas de alarme, sensores para Controlo de


temperatura ambiente, sensores de Controlo de luminosidade, sensores de detecção
de vazamento de gás, sensores de presença para acendimento automático de lâmpadas
etc.

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Sensores e Transdutores
Principais tipos de sensores industriais

Proximidade: mecânicos, ópticos, indutivos e capacitivos.

Posição e velocidade: potenciômetros, LVDT, encoders absolutos e relativos e


tacogeradores.

Força e pressão: células extensométricas (strain gauge).

Temperatura: analógicos (termopares).

Vibração e aceleração: acelerômetros.

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Sensores e Transdutores
Critérios para utilização de sensores
Variáveis de medida

Sinal analógico: é aquele que assume um determinado valor compreendido dentro


de uma escala. Entre alguns exemplos podemos citar: o valor da pressão indicado em
um manômetro, o valor da tensão indicado em um voltímetro, o valor da temperatura
indicado em um termômetro.

Sinal digital: é aquele que pode assumir um número finito de valores em uma
determinada escala. Entre alguns exemplos podemos citar: um relógio digital e um
contador.

Sinal binário: é um sinal digital que pode assumir somente dois valores na escala: 0
ou 1.

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Sensores e Transdutores
Critérios para utilização de sensores
Controlo de processos

Discretos: os sensores podem ser utilizados para o Controlo de variáveis lógicas ou


booleanas (sinais binários). Os mais empregados são os sensores de proximidade,
utilizados geralmente para detecção de presença de objetos. Eles podem ser
mecânicos, ópticos, indutivos e capacitivos.

Contínuos: é considerado uma das grandes áreas da Automação. Nesse processo,


existem diferentes tipos de sensores capazes de medir as principais variáveis de
Controlo, que podem ser classificadas como Medidas de Deslocamento, Velocidade,
Pressão, Vazão e Temperatura (sinais analógicos ou binários).

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Sensores e Transdutores
Critérios para utilização de sensores
Características

Linearidade: é o grau de proporcionalidade entre o sinal gerado e a grandeza física.


Quanto maior a linearidade, mais fiel é a resposta do sensor ao estímulo.

Faixa de atuação: é o intervalo de valores da grandeza em que pode ser utilizado o


sensor, sem causar sua destruição ou imprecisão na leitura.

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Sensores e Transdutores
Critérios para utilização de sensores
Características gerais dos sensores

Acurácia: razão entre o valor real e o valor medido pelo sensor.

Resolução: grandeza relacionada ao grau de precisão de leitura do sensor.

Repetibilidade: variação dos valores lidos quando uma mesma quantidade é medida
várias vezes.

Faixa de operação: limites superior e inferior da variável a ser lida pelo sensor.

Sensibilidade e linearidade: índice associado a acurácia, resolução, repetibilidade e


range.

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Sensores de proximidade
Sensores e Transdutores
Sensores de proximidade

• Normalmente digitais (on/off).

• Largamente utilizados em processos automatizados para detecção da


presença ou ausência de um objeto.

• Sensores mais empregados na automação de máquinas e equipamentos


industriais são do tipo: chaves mecânicas de final de curso, capacitivos,
indutivos, ópticos, magnéticos e ultra-sônicos.

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Sensores de proximidade
Sensores e Transdutores
Sensores de proximidade
Chaves de fim de curso

As chaves de fim de curso, como o próprio nome sugere, são aplicadas para detectar o
fim do movimento de um mecanismo.

➢ Aplicações típicas:

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Sensores de proximidade
Sensores e Transdutores
Sensores de proximidade
Chaves de fim de curso

➢ Aplicações típicas:

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Sensores de proximidade
Sensores e Transdutores
Sensores de proximidade ópticos

Princípio de funcionamento: baseado num circuito oscilador que gera uma onda
convertida em luz pelo emissor. Quando um objeto é aproximado do sensor óptico,
este objeto reflete a luz do emissor para o receptor. Um circuito eletrônico identifica
essa variação e emite um sinal que poderá ser utilizado para inspeção e Controlo.

Elementos:
Emissor - pode ser um LED (Diodo Emissor de Luz) ou uma lâmpada.

Receptor - é um componente fotossensível (sensível à luz) como fototransistor,


fotodiodo, ou LDRs (resistores variáveis pela luz).

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Sensores de proximidade
Sensores e Transdutores
Sensores de proximidade ópticos
Principais características

• Não requerem contato mecânico para sensoriamento.

• Não apresentam partes móveis.

• Apresentam pequenas dimensões.

• Apresentam chaveamento seguro.

• São insensíveis a vibrações e choques.

• Apresentam muitas configurações disponíveis.

• Requerem sempre alinhamento.

• Podem ser blindados para serem usados em ambientes com alto grau de
luminosidade (setores de soldagem, por exemplo).

• Normalmente exigem limpeza e isolamento de pó e umidade.

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Sensores de proximidade
Sensores e Transdutores
Sensores de proximidade ópticos
Principais características

Capazes de detectar diferentes tipos de objetos. Existem três formas de um sensor


ótico operar:

1) Reflexão: a luz é refletida no objeto e o sensor é acionado. Neste caso os objetos


devem ser transparentes ou escuros.

2) Barreira: o objeto bloqueia a passagem da luz, e a saída do sensor é comutada.

3) Emissor-receptor: nesse modo, o emissor e o receptor estão montados


separadamente, e, quando o raio de luz é interrompido por um objeto colocado entre
os dois, cessando a propagação da luz entre eles, o sinal de saída do sensor é comutado
e enviado ao circuito elétrico de comando.

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Sensores de proximidade
Sensores e Transdutores
Sensores de proximidade ópticos
Exemplos de utilização de sensores ópticos com disco de reflexão

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Sensores de proximidade
Sensores e Transdutores

Sensores de proximidade ultra-sônicos

Princípio de funcionamento: semelhante ao princípio de funcionamento de um sonar


utilizado em navios.

Um sinal sonoro é emitido em uma determinada direção na água; as ondas sonoras


caminham pela água até encontrar um obstáculo; este obstáculo reflete as ondas
sonoras; quando os sensores do navio recebem o eco do sinal que foi transmitido,
mede-se o tempo gasto entre a emissão e o retorno.

Funciona a partir da emissão de som em alta freqüência, inaudível ao ser humano. O


tempo de propagação é diretamente proporcional à distância do obstáculo a ser
identificado.

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Sensores de proximidade
Sensores e Transdutores

Sensores de proximidade ultra-sônicos


Princípios de funcionamento

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Sensores de proximidade
Sensores e Transdutores

Sensores de proximidade ultra-sônicos


Principais características
Sensores ultra-sônicos
• Constituídos de cristais, como o quartzo, que possuem como característica
importante o efeito piezoelétrico, ou seja, quando aplicamos uma força de
tração ou compressão no cristal, aparecerá uma tensão proporcional à força
aplicada (conversão de força em tensão).

• Quando se aplica uma tensão no cristal, ele se comprime ou expande


automaticamente. Conseqüentemente, se aplicarmos uma tensão alternada
em um cristal, ele irá vibrar na mesma freqüência da tensão aplicada
(conversão de tensão em movimento).

• O sensor ultra-sônico aplica uma tensão alternada em alta freqüência no


cristal, fazendo-o vibrar e assim emitir um som em alta freqüência
(conversão de tensão em movimento). Depois, o circuito do sensor passa
a ler a tensão no cristal para receber o eco do sinal que foi emitido
(conversão de força ou movimento em tensão).

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Sensores de proximidade
Sensores e Transdutores

Sensores de proximidade ultra-sônicos


Principais características
Sensores ultra-sônicos
• Geralmente utilizados como sensores de proximidade.

• Podem apresentar problemas de funcionamento em ambientes que contenham


altos índices de “ruídos”. Entretanto, podem ser utilizados em ambientes que
apresentam umidade e pó.

• Existem sensores ultra-sônicos digitais ou analógicos, que emitem sinal em


função da distância do objeto.

• São capazes de detectar qualquer tipo de material, com exceção daqueles que
absorvem o som.

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Sensores de proximidade
Sensores e Transdutores
Sensores indutivos

❖ Como o nome indica, sensores indutivos atuam baseados no


princípio da variação da indutância de uma bobina, quando
um elemento metálico ou condutivo, passa nas suas
proximidades;

❖ Devido ao seu princípio de operação, os sensores indutivos,


são usados somente em objetos metálicos.

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Sensores de proximidade
Sensores e Transdutores
Sensores indutivos

❖ Para entender como os sensores indutivos funcionam,


considere o diagrama de bloco da figura abaixo:

❖ Montada dentro do sensor, em sua face esquerda, está uma


bobina que é parte de um circuito sintonizado de um
oscilador. Quando o oscilador está em operação, há um
campo magnético alternado, denominado campo do sensor,
produzido pela bobina.

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Sensores de proximidade
Sensores e Transdutores
Sensores indutivos

❖ Este campo magnético irradia através da face do sensor que é


não metálica. O circuito oscilador é ajustado de maneira que,
quando elementos não metálicos (como o ar) estiverem nas
proximidades, o circuito continua a oscilar e a saída do
dispositivo fica em nível baixo.

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Sensores de proximidade
Sensores e Transdutores
Sensores indutivos

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Sensores de proximidade
Sensores e Transdutores

Sensores capacitivos

• Apresentam o princípio de funcionamento semelhante ao de um capacitor, que é


um componente eletrônico capaz de armazenar cargas elétricas.

• O material dielétrico é o ar, que possui constante dielétrica igual a 1 – portanto,


o valor da capacitância é muito baixo.

• Quando algum objeto que possui constante dielétrica maior que 1 é


aproximado do sensor capacitivo, o campo magnético gerado pela atração entre
as cargas passa por este objeto, e a capacitância aumenta.

• O circuito de Controlo, então, detecta essa variação e processa a presença desse


objeto.

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Sensores de proximidade
Sensores e Transdutores

Sensores capacitivos
Exemplos de aplicação
Sensores capacitivos

• São utilizados para monitorar a presença de corpos não magnéticos.

• Aplicações industriais: verificação da presença de peças, detecção do fluído


de um reservatório, contagem de peças etc.

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Sensores para medida de Posição e velocidade
Sensores e Transdutores

Sensores para medida de posição e velocidade

• Requeridos em sistemas de Controlo realimentados de posição e velocidade.

• Podem ser classificados como:

Sensores para medida de posição


- potenciômetros
- LVDT
- encoders

Sensores para medida de velocidade


- tacômetros

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Sensores para medida de Posição e velocidade
Sensores e Transdutores

Sensores para medida de posição e velocidade


Potenciômetros de precisão
Principais características

• Fornecem um sinal analógico para controlo.

• Fornecem uma informação de posição absoluta.

• Apresentam baixo custo.

• Podem apresentar alterações de temperatura e variação no uso.

• Não podem ser utilizados em ambientes com umidade ou poeira.

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Sensores para medida de Posição e velocidade
Sensores e Transdutores

Sensores para medida de posição e velocidade

Tipos de potenciômetro

Wirewound (rolo de arame): composto por um contato que desliza ao longo


de rolo de arame de nicromo. Apresenta como vantagem o baixo custo e
como desvantagem possíveis falhas de leitura e sensibilidade excessiva a
variações de temperatura.

Cermet (cerâmica condutiva): composto por um contato que desliza sobre


trilha de cerâmica condutiva, apresentando vantagens em relação aos
wirewound.

Filme de plástico: apresenta alta resolução,


longa vida e boa estabilidade de temperatura.

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Sensores para medida de Posição e velocidade
Sensores e Transdutores
Sensor de deslocamento linear - linear
variable differential transformer (LVDT)
• Existe uma grande variedade de sensores eletromagnéticos que trabalham com
relutância variável.

• Os mais utilizados são transformadores lineares, transformadores rotativos,


potenciômetros indutivos e transdutores conhecidos como microsyn.

• Principal utilização: giroscópios de aviões e navios, acelerômetros e transdutores


diversos, especialmente os transdutores de pressão.

• Consiste de um núcleo magnético que se move no interior de um cilindro. A carcaça


do cilindro contém um núcleo primário que pode se mover em função de um sinal de
freqüência (tensão elétrica).

• A carcaça contém dois cilindros secundários que detectam a freqüência na tensão


com uma magnitude igual ao deslocamento, tornando esse tipo de sensor muito
preciso.

• LVDT produz uma saída elétrica proporcional ao deslocamento linear de um núcleo.

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Sensores para medida de Posição e velocidade
Sensores e Transdutores
Sensor de deslocamento linear - linear
variable differential transformer (LVDT)

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Sensores para medida de Posição e velocidade
Sensores e Transdutores

Sensores para medida de posição e velocidade

Encoders ópticos

• São sensores digitais comumente utilizados para fornecer a realimentação


de posição em atuadores.

• São compostos por discos de vidro ou plástico que giram entre uma fonte
de luz (LED) e um par de fotodetectores. Assim, o disco é codificado com
setores alternados de transparência e opacidade, gerando pulsos de luz
e escuridão quando na rotação do disco.

• Podem ser classificados como incrementais e absolutos.

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Sensores para medida de Posição e velocidade
Sensores e Transdutores

Sensores para medida de posição e velocidade


Tacômetros

• Conhecidos como tacogeradores

• Convertem rotação mecânica de um eixo em tensão elétrica, ou seja, é um


gerador com tensão de saída proporcional à velocidade angular da entrada.

• Podem ser utilizados como detector de erro a partir da comparação da tensão


gerada com uma tensão de referência.

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Sensores para medida de Posição e velocidade
Sensores e Transdutores
Tacômetros

Esses dispositivos operam como um elemento diferenciador, pois a sua saída (tensão
elétrica) é igual à derivada no tempo da entrada (variação angular). Normalmente são
utilizados nas seguintes aplicações:
a) elemento de Controlo e/ou medida de velocidade angular;
b) diferenciador ou integrador;
c) elemento estabilizador de posição, numa realimentação denominada
tacométrica.

Com o baixo custo atual dos encoders incrementais, que fornecem informações digitais, os
sensores tacométricos são cada vez menos utilizados em aplicações industriais, sendo
indicados ainda:
a) devido à facilidade de serem utilizados diretamente em malha de
Controlo analógica utilizando amplificadores operacionais (baixo custo);
b) pelo fato de poderem ser incorporados diretamente no eixo do motor,
obedecendo ao mesmo príncipio de funcionamento de um motor girando em
reverso.

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Sensores para medida de força e pressão
Sensores e Transdutores

Sensores para medida de força e pressão

Normalmente, a medição industrial de grandezas de força e pressão é realizada de modo


indireto a partir do desenvolvimento de um mecanismo de medida da deflexão de uma
superfície. Dentre eles, podemos citar:

1. arranjo físico para utilização de LVDT;

2. utilização de ponte de extensômetros em superfície metálica que altere


a resistência quando deformada;

3. utilização de materiais piezoelétricos que geram variação de corrente quando


deformados.

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Sensores para medida de força e pressão
Sensores e Transdutores

Sensores para medida de força e pressão

Células para medição de força e pressão

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Sensores para medida de força e pressão
Sensores e Transdutores

Sensores para medida de força e pressão

Pontes extensométricas
(Strain Gauge)

O strain gauge é um transdutor de força que converte a força aplicada de tensão ou torção
em valores de resistência elétrica dados em ohm.

Princípio de funcionamento: variação da resistência elétrica causada pela variação de seu


comprimento, o que causa um aumento ou diminuição de sua área, de maneira que esta
afeta a estrutura metálica do componente e faz com
que haja uma variação proporcional em sua resistência elétrica.

Sensor destinado a medir microdeformações em materiais sólidos em geral, tais como


metais, plásticos, vidros, cerâmicas, concretos etc.

O strain gauge é um transdutor que converte força em resistência elétrica.

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Sensores para medida de força e pressão
Sensores e Transdutores
Sensores para medida da variável de pressão

A variável de pressão pode ser medida por meio de:

• um tubo de Pitot;
• deformação de uma membrana fixa;
• medida da deformação utilizando métodos semelhantes ao da medida de força;
• mola (manômetro);
• distorção do cristal piezo (pressão);
• extensômetros (strain gauges).

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01/05/2022

A adoção da internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) nas fábricas, conectando robôs e automatizando
processos, aumentando a produtividade e competitividade das empresas recebeu o nome de Indústria
4.0 ou Quarta Revolução Industrial.

O professor alemão Klaus Schwab,


fundador do Fórum Econômico Mundial,
defende a chegada dessa nova era de
robotização da indústria, a substituição
de homens por robôs e o surgimento de
novas profissões a partir de uma
configuração de mercado revolucionária.
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01/05/2022

Essa nova fase será impulsionada por um conjunto de tecnologias disruptivas como robótica,
inteligência artificial, realidade aumentada, big data (análise de volumes de dados),
nanotecnologia, impressão 3D, biologia sintética e a chamada internet das coisas.

Nessa nova realidade, cada vez mais dispositivos,


equipamentos e objetos serão conectados uns aos
outros por meio da internet
Mercado de trabalho na automação

O mercado de trabalho na automação industrial está muito ligado ao desenvolvimento


do ramo industrial, sendo naturalmente mais aquecido nos locais onde há grandes
parques industriais. Hoje devido aos elevados custos de produção, a automação tem
crescido de forma exponencial, pois as empresas buscam cada vez mais ter
processos eficientes, reduzindo o custo com desperdício de insumos, melhorando a
qualidade do trabalho para os funcionários e aumentado o lucro.

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Mercado de trabalho na automação
O Técnico em Automação Industrial pode para atuar em diversas áreas como as listadas
abaixo:

•Em empresas de assistência técnica especializada.


•Empresas montadoras de instalações industriais.
•Empresa prestadora de serviços de manutenção.
•Indústria de diversos setores, como:
•Meta-mecânico.
•Eletroeletrônico.
•Têxtil.
•Concessionárias de energia elétrica.
•Automação de sistemas.
•Como empreendedor, nas áreas de:
•Planejamento, projeto, produção, operação, instalação,
qualidade, produtividade.
•Na manutenção de equipamentos e instalações industriais.

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01/05/2022

Um profissional de automação pode atuar em processos industriais ou produtivos, ele é


responsável pelo Controlo de pressão, temperatura e outros fatores relacionados a
transformações físicas, químicas e biológicas. Também pode ser enquadro em qualquer área
do conhecimento na indústria.

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