Você está na página 1de 62

ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

ESTO017-17
Métodos Experimentais em Engenharia

AULA 12
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

✓ Componentes de sistemas de instrumentação, medição e


aquisição de sinais
▪ Sensores e Transdutores
▪ Condicionadores de sinais e Conversores A/D
▪ Displays; Processamento, Armazenamento e Visualização

✓ Experimento 4: Coeficiente de Restituição

▪ Ajuste de funções a pontos experimentais – Linearização

✓ Parte 2 do experimento 4

▪ Utilização de dispositivos móveis e aplicativos como sistemas de


instrumentação e medidas para obtenção do coeficiente de
restituição.
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Diagrama de blocos de um sistema de


instrumentação e medição
Grandeza
TEMPERATURA

BLOCO 1 BLOCO 2 BLOCO 3


FORÇA / TENSÃO
SENSOR / CONDICIONAMENTO DISPLAY
SENSOR
TRANSDUTOR DO SINAL ATUADOR
REGISTRADOR
CAMPO MAGNETICO

Resultado da
LUZ
LUZ
medida

➢ Blocos executam as funções de: sensoriamento, processamento,


armazenagem e apresentação do resultado da medição.
➢ Acrescentam grandezas de influência no resultado da medida

Instrumentação e Controle, UFABC, Prof. Michel Dantas


ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Sistemas de instrumentação, medição e


aquisição de dados
Sistemas de instrumentação, medição e aquisição de dados caracterizam-se
por serem equipamentos capazes de medir um determinado fenômeno elétrico
ou físico, através da conversão deste fenômeno em uma grandeza elétrica
como corrente, tensão ou resistência.

Os sistemas de instrumentação e medição são equipamentos dedicados,


enquanto que os sistemas de aquisição de dados fazem o uso de um
computador ou, mais recentemente, de dispositivos portáteis para o
processamento, armazenamento e visualização dos dados. Com isso,
temos uma solução de medição mais poderosa, flexível e de melhor custo-
benefício.

Ambos os sistemas podem ser divididos em três blocos, sendo os dois


primeiros comuns a ambos os sistemas.
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Componentes de um sistema de instrumentação,


medição e aquisição de dados (DAQ)
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Diagrama de blocos de um sistema de


instrumentação, medição e aquisição de dados

Bloco 1: O dispositivo de entrada tem como objetivo captar a informação


relativa à grandeza que se deseja medir e converte-a normalmente para um
sinal elétrico.
Bloco 2: o sinal obtido pelo sensor poderá ser amplificado, filtrado,
multiplicado, comparado, linearizado, convertido para um sinal digital, ou
seja, modificado adequadamente, a fim de ficar compatível com as
exigências requeridas pelo dispositivo que fará o registro do sinal (Bloco 3).
Bloco 3: tem como função registrar ou armazenar os valores da grandeza
sob medição (Ex: terminal de vídeo, osciloscópio, impressora ou
computador para armazenar os dados ou para controlar processos).
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Sensores e Transdutores
Sensor – é um elemento de um sistema de medição que é diretamente
afetado por um fenômeno, corpo ou substância que contém a grandeza a
ser medida (por exemplo, temperatura, pressão, dimensão física, som, luz,
calor, pressão, umidade, pH, etc...).

Transdutor.- É um dispositivo que transforma um tipo de energia em outra,


utilizando para isso um elemento sensor, fornecendo uma grandeza de
saída que tem uma correlação específica com a grandeza de entrada.
Existem vários tipos de transdutores, por exemplo: termomecânico,
eletroacústico, eletromagnético, eletromecânico, fotoelétrico, etc...

A relação entre entrada e saída poderá ser linear, logarítmica ou


representada por qualquer outra função, inclusive de forma
empírica, sendo conhecida como função de transferência.
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Sensor/Transdutor
Sensor Grandeza física
Termopar (Tensão), Termistor (Resistência) Temperatura
Fotossensor (Tensão, corrente ou Resistência) Luz
Microfone (Tensão) Som
Extensômetro (Resistência), transdutor
Força e pressão
piezoelétrico (Tensão)
Potenciômetro (Resistência), Posição e deslocamento
Acelerômetro (Piezoelétrico, Piezoresistivo) Aceleração
Eletrodo de pH (Tensão) pH

A medição de um fenômeno físico começa pelo sensor. O


conjunto sensor/transdutor converte um fenômeno físico
normalmente em um sinal elétrico mensurável. Dependendo
do tipo de sensor, sua saída elétrica pode ser uma
característica de tensão, corrente, resistência ou outro
atributo elétrico que varie com o tempo. Alguns sensores
podem exigir componentes e circuitos adicionais para
fornecerem um sinal que possa ser lido com exatidão e
http://www.ni.com/data-acquisition/what-is/pt/ segurança por um dispositivo DAQ.
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Exemplos de Sensores/Transdutores
Sensor de luz: células solares

Sensor de temperatura: termômetro

Sensor de pressão: barômetro

Sensor de som: microfone

Sensor de corrente: galvanômetro


ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Tipos de Sensores

➢ Sensores ativos- dispositivos precisam de


uma fonte de sinais C.C. ou C.A. para
interagir com o meio ambiente.
Ex: termistor, extensômetro.
➢ Sensores passivos- não precisam de
fonte de alimentação; interação com o
meio ambiente e reposta ao estímulo.
Ex: cristal piezelétrico, termopar.

http://www.tam-sensors.com/active-torque-sensing/

http://www.spya.net/sensores_infravermelho.asp https://program-plc.blogspot.com.br/2016/04/difference-between-active-and-passive.html
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Algumas características de Sensores


▪ Sensibilidade
▪ Tempo de resposta
▪ Resolução
▪ Resposta em frequência

▪ Faixa de medidas
▪ Precisão
▪ Exatidão
▪ Linearidade

http://www.mfg.mtu.edu/cyberman/machtool/machtool/sensors/fundamental.html http://slideplayer.com.br/slide/381013 /
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Alguns tipos de microfones

Microfone piezelétrico

Microfone dinâmico

➢ Faixa de frequência de sinais audíveis pelo ser humano: 20Hz a 20kHz

http://fisicaeletromagnetico.blogspot.com.br/2012/11/o-
funcionamento-do-microfone.html
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Sistemas de Instrumentação analógicos e digitais

Diferenças na apresentação do resultado e


no tratamento da informação http://iris.sel.eesc.usp.br/sel414m/Aula%2019%20-
%20Conversores%20AD%20e%20DA.pdf
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Condicionamento de sinal

Após a grandeza física ter sido transformada para uma grandeza


elétrica, pode ser necessário realizar a amplificação e a filtragem do
sinal antes dele ser armazenado ou apresentado num display. Nos
dispositivos digitais, parte do condicionamento pode ser realizado
através de um software. No entanto, antes mesmo do sinal ser
processado digitalmente, existe a necessidade do sinal ser amplificado
e filtrado analogicamente, de modo a melhor preservar algumas
características originais do sinal, tendo em vista que a conversão A/D
pode ocasionar perdas irreversíveis no sinal original.
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Condicionamento de sinal

amplificador

Amplificação

filtro

Filtragem
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Conversão analógico-digital (A/D)

degraus

Etapas:

▪ Amostragem

tempo ▪ Quantização

▪ Codificação

https://www.youtube.com/watch?v=tZR7hLJx6Ms
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Sinal analógico vs. Sinal digital

Analógico + ruído Digital + ruído

ruído ruído
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Amostragem

➢ Sinal amostrado
adequadamente

➢ Sinal sub-amostrado
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Características do Conversor A/D


Taxa (ou frequência) de Amostragem
➢ Parâmetro ligado diretamente à qualidade do sinal digitalizado

➢ Para um som digitalizado de alta fidelidade, por exemplo CDs (para boa
reprodução dos agudos), costuma-se utilizar uma taxa de amostragem de
44,1kHz (44.100 amostras por segundo)

➢ Na prática, pode-se utilizar taxas de amostragem de 10kHz para sinais de


áudio (menor qualidade)

➢ Faixa de frequência de sinais audíveis pelo ser humano: 20Hz a 20kHz

➢ Obs: As características de conversor A/D aplicam-se também para um


osciloscópio digital!
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Taxa de amostragem

➢ A amostragem é responsável pela discretização do sinal com


relação ao tempo. Desta forma, a amostragem está diretamente
relacionada com a variação do sinal com relação ao tempo, i.e., sua
frequência.
➢ Quanto maior a taxa de amostragem, maior será a capacidade de
um dispositivo de capturar as variações de amplitude do sinal ao
longo do tempo.
➢ Existe uma taxa mínima para isto? Isto é, qual a menor taxa que
pode se amostrar um sinal de forma que o mesmo poderia ser
perfeitamente recuperado a partir das amostras?
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Efeitos da Amostragem

Taxa de amostragem baixa prejudica a reconstrução do sinal


http://www.ni.com/white-paper/2709/pt /
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Taxa (ou frequência) de Amostragem


O Teorema de amostragem de Nyquist explica a relação entre
a taxa de amostragem e a frequência do sinal medido. Esse
teorema diz que a frequência de amostragem fs (ou taxa de
Nyquist) deve ser maior que o dobro da componente de maior
frequência que se quer analisar no sinal medido, ou seja:

fs > 2fN

A taxa ou frequência de amostragem deve ser maior que duas


vezes a maior componente de frequência do sinal.

O que acontece se um sinal for amostrado com uma taxa menor


do que 2fN ?
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Efeito de Aliasing

Efeito de aliasing (rebatimento):


Sinal sub-amostrado (período de amostragem grande =
frequência de amostragem baixa) na conversão A/D poderá
ser interpretado como um sinal de frequência mais baixa
que a real.
http://www.ni.com/white-paper/2709/pt /
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Quantização
O processo de quantização é
responsável pela discretização
da amplitude do sinal. A
quantização basicamente divide
o intervalo de amplitude máximo
e mínimo (pico a pico) de um
sinal em um determinado
número de partes (níveis).
Desta forma, se a amplitude do
sinal estiver em um certo
intervalo de valores, ela passa a
assumir um determinado valor
discreto.
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Quantização Este processo é um processo


irreversível e, diferentemente
da amostragem, não existe um
número mínimo de níveis que
pode ser utilizado para
discretizar a amplitude do sinal
sem que ocorra perdas.

Tanto a taxa de amostragem


como o nível de quantização
influenciam diretamente no
tamanho do sinal a ser
armazenado e devem ser
escolhidos com cuidado
(compromisso entre precisão e
quantidade de dados)
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Conversão A/D e D/A


ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Codificação

A codificação é responsável por


atribuir uma palavra de n-bits
para cada nível de quantização

#níveis= 2n

• Um conversor de 3 bits tem 23


níveis (oito)
• Um conversor de 16 bits terá
216 níveis (65.536)
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Codificação (Resolução)
A resolução de um ADC é determinada
pelo número de partes nas quais o sinal
máximo pode ser dividido. A resolução
em amplitude é limitada pelo número de
níveis de saída discretos que tiver o
ADC. Um código binário representa
cada uma dessas divisões; dessa forma,
o número de níveis pode ser calculado
como:

#níveis= 2resolução
A largura do código (ou LSB- bit menos
significativo) é calculada como:

Amplitude = 10V Faixa de tensão / #níveis

• Um conversor de 3 bits tem 23 níveis (oito) → LSB= 10/8= 1,25V


• Um conversor de 16 bits terá 216 níveis (65.536) → LSB=10/65.536= 152µV
http://www.ni.com/white-paper/2709/pt /
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Displays (sistemas de
instrumentação e medição)

Analógico
Digital LED
ponteiro

Digital LCD
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Displays

Osciloscópio
Visualização X-Y

Touch screen
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Computador (Sistemas DAQ)

Um computador com software programável controla a operação do dispositivo


DAQ, sendo usado para o processamento, visualização e armazenamento
de dados de medição. Diferentes tipos de computadores são usados em
diferentes tipos de aplicações. Um desktop pode ser usado em um laboratório,
por sua capacidade de processamento; um laptop pode ser usado em campo,
por sua portabilidade; um computador industrial pode ser usado em uma fábrica,
por sua robustez; um dispositivo móvel pode ser usado pela sua flexibilidade.
/
http://www.ni.com/data-acquisition/what-is/pt
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Software de driver

O software de driver permite que o software de aplicação interaja com um


dispositivo DAQ. Ele simplifica a comunicação com o dispositivo DAQ,
abstraindo comandos de hardware de baixo nível e a programação no nível
do registro. Tipicamente, o software de driver para a aquisição de dados
expõe uma interface de programação de aplicações (API) que é usada em
um ambiente de programação para a construção de software de aplicação. .

/
http://www.ni.com/data-acquisition/what-is/pt
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Software de aplicação

O software de aplicação facilita a interação entre o computador e o usuário na


aquisição, análise e apresentação dos dados da medição. Ele é uma aplicação
pré-construída, com funções predefinidas, ou um ambiente de programação
destinado ao desenvolvimento de aplicações com funções customizadas.
Aplicações customizadas são muitas vezes usadas para automatizar diversas
funções de um dispositivo DAQ, executar algoritmos de processamento de
sinais e exibir interfaces de usuário customizadas.
/
http://www.ni.com/data-acquisition/what-is/pt
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Aplicações de Sistema de Aquisição de dados

➢ Pesquisa e Análise

➢ Validação e verificação de Projetos

➢ Testes de Produção e Qualidade

➢ Diagnóstico e Reparo

➢ Monitoramento de condições de ativos

➢ Sistemas de controle e automação

/
http://www.ni.com/data-acquisition/what-is/pt
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Experimento 4

Coeficiente de Restituição
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Objetivos
➢ Familiarização com um sistema de instrumentação composto
por sensor/transdutor (microfone); condicionador de sinal
(amplificador) e display (osciloscópio).
➢ Análise da característica física de dureza ou resistência em
materiais diferentes
➢ Estudo da variação da energia cinética de uma bola em
choque parcialmente elástico
➢ Determinação do coeficiente de restituição de diferentes
materiais mediante procedimentos práticos
➢ Avaliação de grandeza física através de métodos diferentes e
comparação de resultados através do erro normalizado
➢ Estimativa de incertezas experimentais; combinação e
propagação de incertezas
➢ Ajuste e linearização de curvas exponenciais e logarítmicas
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Coeficiente de Restituição
❑ Estudo dos materiais quanto à sua resistência e
elasticidade
➢Relação entre tensão (N/m2) e deformação (m/m)
➢Forças de tração, compressão, impacto ou estáticas
➢Colisões elásticas, inelásticas, parcialmente inelásticas
➢Conservação da energia e da quantidade de
movimento
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Coeficiente de Restituição
❑ Definição:

❑ Hipóteses:
➢ Corpo móvel solto de uma determinada altura
➢ Colisão sobre superfície fixa e indeformável
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Conceitos utilizados
• Transformação de energia:
• Potencial :

• Cinética :

• Movimento em queda livre:

g = aceleração da
gravidade
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Coeficiente de Restituição

➢ Descreve a elasticidade de um impacto


➢ Pode ser determinado medindo-se: velocidade,
altura ou intervalo de tempo entre choques
http://futebol.incubadora.fapesp.br/
portal/conceitos/
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Coeficiente de Restituição
❑ ε=1 Colisão perfeitamente elástica

❑ ε=0 Colisão perfeitamente inelástica

❑ 0<ε<1 Colisão parcialmente inelástica:


ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Demonstração:
Bola de metal líquido

➢ https://www.youtube.com/watch?
v=nOHoRdgx4uA

➢ https://www.youtube.com/watch?
v=rOEBR3DcqN0&feature=youtu.be
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Aplicações
❑ Estudo de colisões: descoberta do núcleo do átomo e
de novas partículas.
❑ Estudos sobre a formação do universo (colisões de
prótons com velocidades próximas à da luz).
❑ Estudo de queda de paredes em terremotos, e de
pedras em rodovias.
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Aplicações
❑ Projeto de novos materiais

❑ Estudo do comportamento de bolas de esporte

❑ Projeto de para-choques de automóveis

❑ Escolha de materiais para a construção civil

❑ Especificação de materiais rígidos (cano de bicicleta)


ou flexíveis (vara de pescar)- ambos devem ser
resistentes!
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

TIPO DE COLISÃO SITUAÇÃO

Elástica Há conservação da energia cinética. A


energia cinética após o choque é igual
à energia cinética antes do choque.
Colisões entre partículas atômicas e
elementares são, em inúmeros casos,
elásticas.

Inelástica Não há conservação da energia cinética.


Durante a colisão, parte da energia
cinética é transformada em energia
térmica, sonora e de deformação.. De
modo geral, colisões macroscópicas
são inelásticas.
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

TIPO DE COLISÃO SITUAÇÃO

Perfeitamente inelástica Não há conservação e a “perda” da


energia cinética é máxima. Este tipo
de colisão ocorre quando os corpos
permanecem juntos após o choque.

Super elástica Em alguns casos, a energia cinética total


após a colisão pode ser maior que antes
da colisão. Esta colisão ocorre quando
algum tipo de energia potencial (química,
por exemplo) é transformado em energia
cinética. A explosão de uma granada é
um exemplo de colisão super elástica.
(ε >1)
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Experimento
Vários tipos de bolas:
Bola de material
a ser avaliado -pebolim
-gude (vidro)
-borracha
-aço
Cilindro de plástico -ping pong
H
-t0 = tempo para que
Base de granito ocorra o primeiro
choque
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Sistema de instrumentação
Captura do ruído dos choques Amplificação do sinal elétrico
através de um microfone e observação no osciloscópio

Sensor/transdutor Condicionador do sinal Display


ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Experimento
Amp-op LM358 ➢ Caixa com dois conjuntos
(microfone+amplificador)

➢ Microfone+amplificador:

Atenção: Escolher o terminal de saída de acordo com o microfone utilizado (S1 ou S2)
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Experimento

Transitórios gerados por 3 impactos


consecutivos

Sinal acústico captado pelo microfone, amplificado


e apresentado no osciloscópio – Medição de Δtn com os
cursores verticais do osciloscópio.
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Experimento
➢Parte 1

A- Medição do intervalo de tempo entre os dois


primeiros impactos consecutivos.

B- Medição de dois intervalos de tempo


consecutivos envolvendo três colisões.

➢Determinação do coeficiente de restituição para a


bola sorteada, através das medidas acima.
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Experimento
➢Parte 1 –
A- Medição do intervalo de tempo entre os dois primeiros
impactos consecutivos. Determinação do coeficiente de restituição
para a bola sorteada.
➢Cronômetro (ou osciloscópio) →medida de t0
➢Sistema microfone+amplificador+osciloscópio →medida de
Δt1 (cursores do osciloscópio)

➢Fazer as medidas de t0 e Δt1 várias vezes para poder calcular


a incerteza estatística

cálculo de t0
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Experimento
➢Parte 1

B- Medição de dois intervalos de tempo consecutivos


envolvendo três colisões sucessivas.
.
➢Determinação do coeficiente de restituição da bola
sorteada.
▪ Sistema microfone+amplificador+osciloscópio
→medida de Δtn e Δtn+1
(por exemplo Δt1 e Δt2 ou Δt2 e Δt3,etc...) , etc...)
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Experimento
Todas as Equipes

➢Parte 2 – Registro dos pontos para traçar a


curva de Δtn em função de n
(somente para a bola de ping pong)

▪ Determinação do coeficiente de restituição a


partir do gráfico Δtn x n (ajuste de curva)
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Experimento
➢Parte 2 – Registro dos pontos para a curva de Δtn
em função de n (somente para a bola de ping pong)
▪ Determinação do coeficiente de restituição a partir
do gráfico ajuste de função.
tn
0.7000

0.6000
f(x) = 0.749999999999999 exp( − 0.22314355131421 x )
0.5000

0.4000
Series1
Função ajustada: 0.3000 Exponential (Series1)

0.2000

0.1000
E se usarmos escala 0.0000
n
logarítmica? 0 2 4 6 8 10 12 14 16
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Ajuste de Função
tn
1.0000
n
f(x) = 0.749999999999999 exp( − 0.22314355131421 x )

0.1000 Series1
Exponential (Series1)

0.0100
0 2 4 6 8 10 12 14 16

Apenas alterando a escala y (log)

➢ Muda o formato da curva


➢ A função ajustada permanece a mesma
➢ Obter t0 e ε a partir dos parâmetros A e B
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Ajuste de Função - Linearização


logtn
Alterando os valores no 0.0000
n
eixo y (escala linear) -0.2000
0 2 4 6 8 10 12 14 16

f(x) = − 0.0969100130080564 x − 0.1249387366083


-0.4000

-0.6000
Series1
-0.8000
Linear (Series1)
-1.0000

-1.2000

-1.4000

-1.6000

➢ Curva linear
➢ Parâmetros C e D podem ser obtidos através
de regressão linear
➢ Obter t0 e ε a partir dos parâmetros C e D
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Ajuste de Função - LABFit


➢ Ajuste através de
função de
biblioteca ou
definida pelo
usuário
➢ Obter t0 e ε a
partir dos
parâmetros A e B
➢ Aplicativo
fornece também
as incertezas
associadas a A e
B devido ao
processo de
ajuste.
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Experimento
❖Avaliar as incertezas de todas as grandezas
de influência, em cada bloco do sistema de
instrumentação.
❖Apresentar resultados com as respectivas
incertezas e unidades.!
❖Comparar os diferentes métodos utilizados
para se obter o mensurando.
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Projeto relativo ao Experimento 4 (Parte 2)

➢ Propor um ou mais métodos para determinação do


coeficiente de restituição de pelo menos uma das bolas
utilizadas no experimento, fazendo uso de um
dispositivo móvel de comunicação/informação (telefone
celular, Iphone, notebook, tablet, Ipad, câmera
fotográfica, etc...) e aplicativos associados, para registro
do som e/ou imagem dos choques sucessivos da bola.
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Projeto relativo ao Experimento 4 (Parte 2)


Os grupos deverão entregar um pré-relatório contendo:

➢ Tópicos sobre o método proposto: conceitos envolvidos,


material necessário, descrição dos componentes do Sistema de
Aquisição de dados que será utilizado; resumo do
procedimento experimental, parâmetros a serem medidos,
tratamento matemático, etc...

➢ Fontes de incerteza associadas à metodologia proposta.

➢ Os dados experimentais obtidos no laboratório, utilizando a


metodologia proposta.
ESTO017-17 – Métodos Experimentais em Engenharia

Projeto relativo ao Experimento 4 (Parte 2)

O Relatório deverá conter:

➢ Cálculos para obtenção do coeficiente de restituição de


acordo com o método proposto

➢ Resultados e incertezas associadas

➢ Comparação do valor do coeficiente de restituição com o


valor obtido no experimento para a mesma bola. Justificar
quaisquer diferenças.

Você também pode gostar