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Apostila 1
Introdução às Técnicas Instrumentais de Análises Químicas
Classificação das Técnicas Instrumentais
Seleção das Técnicas
Quimiometria
Espectrofotometria de Absorção Molecular UV-Vísivel
Introdução às Técnicas Instrumentais de Análise
Introdução
Uma técnica analítica pode ser definida como um conjunto formado por fenômenos
físicos ou processos químicos, seus procedimentos básicos e os instrumentos
adequados. As técnicas analíticas se dividem em dois grandes grupos: clássicas e
instrumentais. As técnicas clássicas são a gravimetria e a titulometria e as instrumentais
podem ser agrupadas em espectroscópicas, eletroanalíticas e mistas.
Um método é um processo químico através do quais algumas determinações ou
análises podem ser procedidas. É no método que são descritos abertura da amostra, as
interferências e os procedimentos para eliminá-las, os limites mínimos e máximos de
concentração do analito para os quais o método responde com uma determinada
precisão e exatidão, etc. Uma técnica analítica abrange vários métodos; um método
analítico pode ser aplicado a uma ou mais técnicas. Conhecer os fundamentos, campos
de aplicação e limites das técnicas clássicas e instrumentais, saber planejar e adequar as
análises é, antes de tudo, função do químico.
Enquanto as técnicas quantitativas clássicas em geral limitam-se a determinações
de constituintes presentes em frações em massa maiores que 1%, a instrumentação
analítica é geralmente utilizada nas análises de pequenos e microconstituintes. Esta é
uma das razões pelas qual a análise instrumental desenvolve importante papel na
produção e avaliação de novos produtos, na proteção de consumidores e do meio
ambiente. Não obstante, algumas técnicas instrumentais dão úteis nas determinações
dos maiores constituintes da amostra.
Desde 1930 os químicos fazem uso de algumas propriedades físicas dos analitos
nas determinações qualitativa e quantitativa dos mesmos através de instrumentos.
Entretanto, mesmo após o desenvolvimento tecnológico da instrumentação, as técnicas
clássicas não foram abandonadas. Nem sempre é possível determinar um analito através
de uma técnica de análise instrumental sem transitar pelo laboratório por métodos
clássicos. Às vezes, os processos clássicos estão inseridos nas técnicas instrumentais,
como por exemplo, na cromatografia de alta eficiência (CLAE), que emprega moderna
tecnologia de separação por extração. Atualmente, o desenvolvimento de técnicas e
métodos instrumentais cresce paralelamente ao desenvolvimento da eletrônica e da
computação.
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mais usuais, entre outros, são condutividade térmica, condutividade elétrica, absorção
de radiação nas regiões do ultravioleta e infravermelho e índice de refração.
Instrumentação
Sinal
Elétrico
Sinal Sinal de
Transdutor ou Transdutor
Gerador Analítico Processador Saída
de entrada mecânico de Saída
de Sinal de Sinal
(detector) (registrador)
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e seu “projeto” requer a compreensão das propriedades químicas do analito e da matriz
da amostra.
Os transdutores de entrada medem, continuamente, propriedades físicas ou
químicas tais como: concentração das espécies eletroativas, atividade iônica,
intensidade de luz e temperatura. Nestes exemplos os transdutores de entrada seriam,
respectivamente: uma célula polarográfica, um eletrodo íon seletivo, um fototubo e um
termopar. Na maior parte dos casos, os transdutores produzem sinais elétricos de
potencial, corrente e resistência. Se a propriedade medida não é contínua, o detector
pode ser projetado para fornecer pulsos de saída, como no caso dos detectores de
radiação gama de alta energia. A qualidade e a capacidade dos transdutores de entrada
são fatores determinantes da eficiência do instrumento.
Os processadores de sinal ou módulos de transformação do sinal recebem as
informações do detector e as convertem em uma forma mais significativa para transferi-
las aos transdutores de saída. Os processadores são amplificadores, conversores
análogo-digital, atenuadores, comparadores, contadores, conversores corrente-potencial,
diferenciadores e conversores logarítmico. A composição do módulo de transformação
depende do detector e da forma final desejada da informação.
Os transdutores de saída convertem o sinal elétrico modificado em uma forma útil
ao analista. As informações finais podem ser armazenadas, mostradas ou registradas de
modo analógico ou digital através de osciloscópios, registradores x-y, fitas magnéticas,
monitores visuais, discos rígidos, disquetes, impressora alfanumérica, etc.
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dados; entretanto, devem ser fornecidas as instruções para o processamento desses
últimos. No modo in-line os dados são transmitidos para o computador em tempo real;
isto significa que os dados são tratados simultaneamente com a aquisição dos mesmos.
Este processo permite economia de espaço de disco e, consequentemente, economia no
custo do computador que deve ser empregado e, ajustes, entre uma coleta e outra, de
parâmetros para melhorar a qualidade dos próximos sinais de saída.
Computador e
Operador Instrumento
Armazenagem
humano analítico
de dados
Operador
humano
Computador e Instrumento
Armazenagem analítico
de dados
Instrumento
Operador Computador
analítico
humano
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investigação sobre a composição geral, propriedades físicas e químicas, prever possíveis
interferências, avaliar a representatividade da amostra, a precisão e exatidão necessárias
à análise. De posse dessas informações, o analista passará a avaliar o tempo que deve
ser gasto e os cuidados necessários, a sensibilidade que o método e/ou técnica deve(m)
apresentar, a faixa de concentração que será usada, a seletividade necessária e se as
propriedades físico-químicas das amostras permitem a aplicação do método e/ou técnica
prevista. Outro fator que deve ser considerado é a relação custo/amostra. Se o número
de amostras é grande, vale a pena investir no desenvolvimento de um método que faça
uso de instrumentação cara e que demande calibração; se o número de amostras é muito
grande, deve-se optar por um método e/ou técnica que consuma menor tempo do
operador/amostra. Por outro lado se o número de amostras é pequeno, pode-se optar por
um método que faça uso de equipamento de custo mais baixo, embora, o processo possa
ser mais elaborado e, portanto requeira mais tempo. É aconselhável a utilização de
processos que não requeiram muitas etapas preliminares que possam resultar em perdas.
A tabela III contém informações sobre a aplicabilidade comparativa de determinadas
técnicas analíticas para algumas classes de amostras, e mais demoradas ao mesmo
tempo.
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QUIMIOMETRIA
Definição
Critérios Definição Parâmetros Estatísticos matemática
dos termos
Análises Quantitativas
A análise química pode ser definida como a determinação de uma ou mais espécies
químicas presentes, em concentrações variáveis, em uma matriz complexa. A matriz é o
conjunto dos constituintes da amostra, incluindo o solvente.
As análises ou determinações realizadas através de técnicas instrumentais estão
fundamentadas na comparação de um sinal analítico oriundo da amostra com o sinal
analítico correspondente emitido por um padrão ou por uma série de padrões que
contêm a espécie que se deseja identificar ou quantificar. Uma curva de calibração pode
ser definida como uma relação entre intensidade do sinal analítico e concentração do
analito.
Padrão de Referência
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usado para “zerar” o equipamento. É sempre preferível preparar um padrão de
referência com todos os reagentes.
Rotina
------------------------FOT------------------------
____________________________________
A coleta de dados do branco, dos padrões e das amostras é sempre procedida sob as
condições instrumentais idênticas. A curva de calibração é construída tendo no eixo X
os dados de concentração dos padrões e no eixo Y os dados relativos às intensidades dos
sinais correspondentes. O cálculo da concentração do analito é feito por interpolação na
curva de calibração. As amostras que sofreram diluições devem ter seus resultados
multiplicados pelo fator de diluição.
A B
Concentração dos padrões A Intensidade total / ua Intensidade líquida / ua
/mg.L-1
0,000 100,00 0
1,000 271,01 171,01
2,000 444,09 344,09
3,000 610,00 510,00
4,000 794,47 694,47
Amostra 1; massa = m1 300,00 200,00
Amostra 2; massa = m2 350,00 250,00
Volume = v2
Amostra 3; massa = m3; 398,00 298,00
Volume = v3
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Figura III – Método de rotina: Curva de calibração e interpolação gráfica para a
amostra 3.
Adição de Padrão
Este método tem como objetivo principal a verificação das possíveis alterações da
curva de calibração, obtida através do método de rotina, produzidas após a inserção dos
elementos da matriz da amostra nos padrões usados para construção da curva de rotina.
A variação na inclinação da curva é resultante da presença de elementos interferentes,
mas não é possível conhece-los e classifica-los.
O roteiro prático inclui a adição de alíquotas crescentes do padrão a uma quantidade
constante de amostra. O teor de analito na amostra a ser analisada por este método deve
ter sido previamente determinado pelo método de rotina.
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Padrão Interno
Este método encontra aplicação mais ampla nas técnicas relacionadas aos
fenômenos de emissão e nas técnicas cromatográficas. Nestas técnicas o procedimento
depende somente das medidas de intensidade das linhas ou das áreas dos picos do
analito e, portanto, as condições de excitação, o tempo, a natureza da exposição e as
condições de medida devem ser rigorosamente controladas. O método se baseia na
adição de uma quantidade fixa do padrão interno aos padrões e amostras.
As curvas de calibração obtidas pelos métodos de rotina e padrão interno podem ser
visualizadas na figura IV. A curva de calibração obtida pelo método de rotina sugere a
existência de erros na aquisição dos dados ou no preparo dos padrões, visto que a
regressão linear resultou em uma reta com baixo coeficiente de correlação, r. Entretanto,
após a coleta de dados usando um padrão interno, é possível observar que as oscilações
na curva de rotina foram corrigidas. O alto índice de correlação linear da curva de
regressão para o método do padrão interno justifica sua aplicação.
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Figura IV – Curvas de calibração (Intensidade Padrão Analito X Cpadrão analito),
(Intensidade Padrão Analito / Intensidade Padrão Interno X Cpadrão analito) e suas
respectivas curvas de regressão linear
INTRODUÇÃO A ESPECTROFOTOMETRIA
Introdução
Antigamente, era usada a cor para identificar substâncias químicas, a espectrofotometria
moderna é uma extensão desta técnica primitiva. Substituindo o olho humano através de
outros detectores remove a restrição à região visível do espectro, aumentando a
capacidade quantitativa, e provê sinais elétricos que podem ser processados
automaticamente através de sistemas de manipulação de dados modernos. Em uso
atual, o termo espectrofotometria sugestiona medidas até que o ponto de energia
brilhante é absorvido por um sistema químico, como uma função do comprimento de
onda (ou a frequência), como medidas de absorção a um comprimento de onda fixo,
predeterminado.
O espectro eletromagnético
Vários fenômenos ópticos (por exemplo, reflexão, refração, e difração) são melhores
interpretados em termos da ideia que a luz é propagada na forma de ondas de trans-
verso. Através de medidas apropriadas estas ondas podem ser caracterizadas com
respeito a comprimento de onda, velocidade, e as outras condições que descrevam
qualquer movimento de onda. Na figura, é indicado que o comprimento de onda recorre
à distância entre duas cristas adjacentes da onda.
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Figura onda transversal
Corpos luminosos como o sol ou uma lâmpada emite um espectro largo que inclui
muitos comprimentos de onda. Esses comprimentos de onda associados com luz visível
são capazes de afetar a retina do olho humano e consequentemente dão origem às
impressões subjetivas de visão. Mas muito da radiação emitida em espectros não são
visíveis ao olho humano, são as regiões ultravioletas e infravermelhas do espectro. Nós
vemos objetos por meio da luz transmitida ou refletida. Quando a “luz branca” contendo
um espectro inteiro de comprimentos de onda, atravessa de um meio colorido ou uma
solução química transparentes a certos comprimentos de onda mas absorvem outros, o
meio aparece colorido ao observador. Só desde então as ondas transmitidas alcançam o
olho, os comprimentos de onda ditam a cor do meio. É dito que esta cor é complementar
à cor que seria percebida se a luz absorvida pudesse ser inspecionada. Semelhantemente
objetos coloridos opacos absorvem alguns comprimentos de onda e refletem outros
quando iluminados com luz branca.
O espectro eletromagnético
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Interação da energia brilhante com moléculas
E = hv
Onde h é a constante de Planck. Luz de uma certa frequência (ou comprimento de onda)
é associado com fótons cada dos quais possuem uma quantidade definida de energia, é a
quantidade de energia possuída por um fóton que determina se uma certa espécie
molecular absorverá ou transmitirá luz correspondente ao comprimento de onda.
Além da energia ordinária de movimento translacional, uma molécula possui energia
interna que pode ser subdividida em três classes. Primeiro, a molécula pode estar
girando sobre vários eixos e pode possuir uma certa quantidade de energia rotacional.
Segundo, átomos ou grupos de átomos dentro da molécula pode estar vibrando, quer
dizer, movendo periodicamente, verificando a energia vibracional na molécula.
Finalmente, uma molécula possui energia eletrônica pela qual a energia potencial
associada com a distribuição de carga elétrica negativa (elétrons) sobre os núcleos
positivamente carregados dos átomos.
Uma das ideias básicas da teoria quântica é que uma molécula pode não possuir
qualquer quantidade arbitrária de energia interna, mas bastante que só pode existir em
certos “estados de energia permitida”. Se uma molécula absorve energia e é elevada a
um nível de energia mais alto, tem que absorver uma quantidade apropriada para a
transição. Não pode absorver uma quantidade arbitrária de energia determinada pelo
experimento. Esta quantização de energia molecular, junto com o conceito que fótons
possuem quantidades definidas de energia.
Níveis de energia vibracional são mais distantes, e são requeridos fótons mais enérgicos
se a absorção for aumentar a energia vibracional de uma molécula. É vista a absorção
devido a transições vibracionais na região infra-vermelha do espectro, grosseiramente
de 2 a 100 nm. Não são observadas puras mudanças vibracionais, porém, porque são
sobrepostas transições de rotação neles. Assim um espectro de absorção vibracional
típico está composto de faixas complexas em lugar de linhas únicas.
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curto. Por exemplo, metano mostra um cume a 122 nm que é designado um σ - σ *
transição. Isto significa que um elétron em um orbital sigma-unindo excitado de é um
orbital de σ - antibonding.
Se uma molécula contém um átomo como cloro que tem elétron não compartilhado
emparelha, um elétron pode ser excitado a um nível de energia mais alto. Desde que
elétrons não são tão firmemente ligados saltam como está sigma-unindo elétrons, a
absorção acontece em comprimentos de onda mais longos.
As transições em ch3br e ch3i acontecem em comprimentos de onda até mais longos.
Isto é porque os elétrons são ligados menos firmemente por bromo e iodo. A transição
descrita aqui é designada n-σ * indica que um elétron de nonbonding é elevado a um
orbital de σ-antibonding.
Elétrons com ligações duplas ou triplas são excitados facilmente para orbitais π
superiores. Uma transição é designada π-π * quando um π - elétron é elevado de um
orbital π - unindo um π -antibonding orbital. A absorção de energia em tal uma
transição é normalmente mais forte que transições σ-σ *. Foi achado que transições π-π
* em moléculas que tenham grupos não saturados são bem parecidos independente dos
átomos que compõem as duplas ligações. Muitos anos atrás uma associação entra em
insaturação e um absorção de luz foi reconhecida por químicos orgânicos, e o termo
chromophore foi introduzido para descrever o papel de tal se agrupa como c = c, c = o, e
n = trocando de n uma absorção de observação clara numa região visível.
A maioria das aplicações de espectrofotometria ultravioleta e visível para combinações
orgânicas está baseado em π-π* ou transições de n-n e consequentemente requer a
presença de grupos de cromoforos na molécula. Estas transições acontecem na região do
espectro (aproximadamente 200 a 700 nm) que é conveniente usar experimentalmente.
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Teoria da colorimetria
lo = la + lt + lr
Lei de lambert
Esta lei afirma que, quando a luz monocromática passa através de um meio
transparente, a taxa de diminuição da intensidade com a espessura do meio é
proporcional à intensidade da luz. Isto equivale a afirmar que a intensidade da luz
emitida diminui exponencialmente com a espessura do meio absorvedor.
Lei de beer
Beer estudou o efeito da concentração do constituinte corado, numa solução, sobre a
transmissão ou absorção da luz e a descobriu a mesma relação entre a transmissão e a
concentração que lambert havia descoberto entre a transmissão e a espessura da camada,
isto é, a intensidade de um feixe de luz monocromática diminui exponencialmente com
a concentração da substância absorvedora.
Combinando-se a lei de lambert com a lei de beer obtém-se a seguinte equação
matemática:
log lo = acL
lt
Onde:
lo é a intensidade da luz incidente sobre o meio absorvedor.
lt é a intensidade da luz transmitida.
L é a espessura do meio absorvedor.
c é a concentração.
a é o coeficiente de absorção molar e depende da unidade da concentração.
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Fotômetro fotoelétrico
Em essência, a maior parte destes instrumentos é constituída por uma fonte de luz,
um filtro ótico apropriado para assegurar uma luz aproximadamente monocromática
(daí o nome fotômetro fotoelétrico de filtro), uma célula de vidro para as soluções, uma
célula fotoelétrica que recebe a radiação transmitida pela solução e um dispositivo de
medida que determina a resposta da célula fotoelétrica. O comparador é inicialmente
calibrado em termos de uma série de soluções com concentração conhecidas e os
resultados plotados na forma de uma curva determinadas pelas concentrações e pelas
leituras do instrumento de medida. A concentração da solução problema é então
determinada pelas respostas da célula fotoelétrica e pela informação da curva de
calibração.
Os instrumentos são oferecidos em diferentes modelos, com uma ou duas
fotocélulas. No tipo com uma fotocélula, mede-se em geral a absorção da luz na solução
pela comparação entre a corrente elétrica da fotocélula excitada pela luz que passa pela
solução e a corrente da fotocélula excitada pela luz que passa pelo solvente puro. É da
maior importância que a fonte de luz tenha uma intensidade constante. Se a fotocélula
apresentar um “efeito fadiga” é necessário proporcionar um tempo para que a fotocélula
atinja a corrente de equilíbrio depois de cada modificação da intensidade de luz. O
fotômetro de filtro com duas fotocélulas é usualmente considerado mais confiável
(desde que o circuito elétrico seja apropriadamente projetado), pois quaisquer flutuações
da intensidade da fonte de luz afetarão igualmente as duas fotocélulas, se elas estiverem
convenientemente casadas no que se refere à resposta espectral. Nestes instrumentos, as
duas fotocélulas, iluminadas por uma mesma fonte de luz, são equilibradas uma contra
as outra, através de um galvanômetro. A solução problema fica na célula de medida e o
solvente puro numa outra; mede-se a diferença entre as duas correntes elétricas geradas.
Espectrofotômetros
Este é indubitavelmente o método mais exato para determinar a concentração de
substâncias em solução, mas os instrumentos são, sem dúvida, mais dispendiosos. Um
espectrofotômetro pode ser encarado como um fotômetro fotoelétrico de filtro que
permite o uso de faixa de luz bastante monocromática e que podem vaiar
continuamente. As partes essenciais de um espectrofotômetro são: (1) uma fonte de
energia radiante ; (2) um monocromador, ou seja, um dispositivo que isola um feixe de
luz monocromática, ou, mais exatamente, ima faixa estreita de radiação da luz
proveniente da fonte; (3) células de vidro, ou de quartzo, para o solvente e a solução
problema; (4) dispositivo para receber ou medir o feixe, ou os feixes, de energia
radiante que passam pelo solvente e pela solução.
Célula fotovoltaica
Nestas células, a luz que atinge uma superfície de material semicondutor, como o
selênio montada sobre uma base apropriada (em geral sobre ferro), provoca uma
corrente elétrica cuja grandeza depende da intensidade do feixe de luz. Essa célula, no
entanto, tem defeitos: (1) a dificuldade de se ampliar a corrente gerada pela célula, o
que acarreta pequena sensibilidade em níveis baixos de iluminação; (2) a fadiga que,
com o tempo, acomete a célula. Por essas razões, a célula fotovoltaica foi superada, nos
dias de hoje, em grande parte, pelas células fotomultiplicadoras e pelos detectores de
diodo de silício.
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Célula fotoemissivas
A célula fotoemissiva (também chamada fotocélula) é constituída por um bulbo de
vidro que tem parte da sua superfície interna revestida por uma camada delgada,
sensível, de um material com óxido de césio, ou óxido de potássio, com óxido de prata
(isto é, um material que emite elétrons quando iluminado); uma parte da superfície do
bulbo é transparente à luz. A camada sensível é o catodo. No centro do bulbo monta-se
um anel metálico que constitui o anodo e que se mantêm num potencial elétrico elevado
mediante uma bateria apropriada. O interior do bulbo pode estar evacuado ou estar
cheio por um gás inerte a pressão baixa (p.ex., argônio a cerca de 0,2 mm de mercúrio);
as células com gás são menos desejáveis. Quando a luz entra no bulbo e atinge a
camada sensível, há emissão de elétrons que provocam a circulação de uma corrente no
circuito externo; esta corrente pode ser ampliada mediante procedimentos eletrônicos e
é uma medida da quantidade da quantidade de luz que atinge a camada fotossensível.
De outra forma, a emissão de elétrons provoca uma queda de potencial num resistor de
resistência elevada em série com a célula e a bateria; esta queda pode ser medida por um
potenciômetro apropriado e está relacionada com a quantidade de luz que atinge o
catodo.
A sensibilidade de uma célula fotoemissiva (fotocélula) pode ser consideravelmente
elevada mediante a célula fotomultiplicadora. Essa célula é constituída por eletrodo
coberto por um material fotoemissivo e por uma série de placas eletricamente
carregadas, cada qual num potencial elétrico mais elevado que o anterior. As placas
estão recobertas por um material que emite diversos elétrons (2 a 5) para cada elétron
recolhido pela placa, quando os elétrons incidem sobre a primeira placa, são elétrons
secundários em número maior que o número dos elétrons originais; o resultado líquido é
o de uma grande amplificação (da ordem de 106) da corrente gerada na célula. A saída
de corrente da célula fotomultiplicadora está limitada a alguns miliampéres, e por isso
só se podem empregar intensidades com radiação incidente com baixo nível de energia.
Podem medir intensidades cerca de 200 vezes menores que as medidas por uma célula
fotoelétrica comum acoplada a um amplificador.
Com a tecnologia moderna é possível implantar um grande número de fotodiodos
sobre a superfície de um único chip de silício. Estes chips contêm também um circuito
integrador que faz a varredura de cada fotodiodo e injeta um sinal que é transmitido a
um microprocessador. Cada fotodiodo pode ser programado para responder a uma certa
faixa estreita de comprimentos de onda, de modo que se pode fazer a varredura
praticamente instantânea de todo o espectro.
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Cores complementares
(1) Filtros óticos: os filtros óticos são usados nos colorímetros (absorciômetros) para
isolar uma região espectral desejada. Consistem em películas delgadas de gelatina com
diferentes corantes, ou lâminas de vidro colorido.
(2) Prismas: para se ter uma resolução maior do espectro, não só no visível, mas
também na região ultravioleta, é preciso adotar sistemas óticos de qualidade melhor que
a possível de alcançar com os filtros. Em instrumentos, manuais e automáticos,
consegue-se esta melhoria mediante prismas que dispersam a radiação de uma fonte
luminosa de tungstênio incandescente ou de deutério. A dispersão depende de o índice
de refração n do material prisma variar com o comprimento de onda.
(3) Redes de difração: este método de dispersão usa o princípio da difração da radiação
por uma série de ranhuras finas, paralelas, pouco espaçadas, marcadas numa superfície.
As primeiras redes de difração eram feitas de vidro, através do qual passava a radiação
que era difratada; eram redes de transmissão. A fim de conseguir a difração da radiação
ultravioleta, as redes modernas dos espectrofotômetros são redes metálicas de reflexão
que refletem a luz incidente na superfície graças a uma série de ranhuras paralelas. Estas
redes são conhecidas como redes echelette.
O princípio da operação da rede de difração é a diferença de caminho ótico das
diversas partes de uma frente de onda que incide obliquamente sobre as superfícies
individuais das ranhuras da rede.
Fontes de radiação
A fonte usual de iluminação nos absorciômetros simples é uma lâmpada de
tungstênio. Nos espectrofotômetros, para cobrir todo o intervalo de comprimento de
onda dos instrumentos, opera-se com duas lâmpadas. A primeira, usualmente uma
lâmpada de tungstênio-halogênio (ou de quartzo-iodo), cobre os comprimentos de onda
da extremidade vermelha do espectro visível (750-800 nm) até o ultravioleta próximo
(300-320 nm). A lâmpada tem um bulbo de quartzo a fim de permite a passagem da
radiação ultravioleta. Uma segunda lâmpada, de hidrogênio ou de deutério, é usada para
medidas no ultravioleta remoto (até 200 nm). A de deutério é preferida em virtude de a
intensidade da radiação ser mais elevada. Esta lâmpada tem, também, um bulbo de
quartzo. Também se usam lâmpadas de xenônio, com domínio espectral de 250 a 600
nm.
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Escolha do procedimento colorimétrico
1. Um método colorimétrico dará, muitas vezes, resultados mais exatos, em
concentrações baixas, que os procedimentos titrimétricos ou gravimétricos
correspondentes. Pode também ser mais simples de executar.
2. Um método colorimétrico pode ser adotado, freqüentemente em circunstâncias nas
quais não existem procedimentos titrimétricos ou gravimétricos apropriados, como
por exemplo para certas substâncias biológicas.
3. Os procedimentos colorimétricos possuem vantagens sobre determinações rotineiras
de alguns componentes de amostras semelhantes, em virtude da rapidez da sua
execução. Não há sacrifício sério da exatidão em relação aos procedimentos
titrimétricos ou gravimétricos, desde que as condições experimentais sejam
rigidamente controladas.
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Escolha do solvente
As exigências a serem satisfeitas pelo solvente de uma determinação colorimétrica,
devem ser: (1) o solvente deve ser um bom solvente para a substância que se quer
determinar; (2) o solvente não deve interagir com o soluto; (3) o solvente não deve ter
absorção significativa no comprimento de onda empregado na determinação; para os
compostos inorgânicos a água preenche usualmente estas exigências, mas no caso da
maioria dos compostos orgânicos é necessário usar um solvente orgânico.
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que 0,02, as células serão apropriadas para o uso; muitos instrumentos modernos
podem corrigir automaticamente uma pequena diferença entre as células.
Quando se usa um instrumento de feixe duplo, a diferença de absorbância das
duas células se obtém diretamente, e o procedimento do ensaio é mais imediato.
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