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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ANANINDEUA


FACULDADE DE ENGENHARIA DE ENERGIA

RELATÓRIO SOBRE ENERGIA EÓLICA

Geração de energia elétrica por meio de um aero gerador (turbina eólica).

ANANINDEUA, PA
2023
ALINE DE OLIVEIRA SANCHES

RELATÓRIO SOBRE ENERGIA EÓLICA

Geração de energia elétrica por meio de um aero gerador (turbina eólica).

Relatório apresentado como requisito parcial para


obtenção da aprovação na disciplina Laboratório de
Energias Renováveis, no Curso de Engenharia de
Energia, ministrado pelo Professor Dr. Jerson
Rogerio Pinheiro Vaz, em março de 2023, na
Universidade Federal do Pará.

ANANINDEUA, PA
2023
RESUMO

Este trabalho apresenta introdução, objetivo geral e revisão da literatura, sobre os


experimentos realizados no laboratório de Energias Renováveis. Apresenta como
intuito realizar experimentos sobre Energia Eólica, em meio controlado a influência do
ângulo de passo na geração eólica, a influência do diâmetro da pá na produção de
energia, a melhor relação entre o diâmetro da pá e o seu ângulo de passo. Incluindo
o material e a metodologia utilizados. Além disso, retratando os resultados e
discussões sobre os experimentos já citados, e a conclusão dos relatórios e suas
referências.
Palavras-chave: Ângulo de passo, Diâmetro da pá, Energia Eólica, Energias
Renováveis.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 5

2 OBJETIVOS......................................................................................................... 5

3 REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................... 5

3.1 Energia eolica. .............................................................................................. 5

3.2 Turbinas eolicas. .......................................................................................... 6

4 TURBINA EOLICA .............................................................................................. 7

4.1 Aerogerador .............................................................................................. 7

4.2 Componentes do aerogerador ................................................................. 7

4.3 Tensão fornecida por um aerogerador ................................................. 11

5 PROCESSO EXPERIMENTAL ........................................................................ 133

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO. ...................................................................... 134

7 CONCLUSÃO .................................................................................................. 199

8 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 2020


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1 INTRODUÇÃO

Até o século XIX, todos os moinhos de vento produziam somente energia


mecânica. Com o advento da eletricidade, os engenheiros rapidamente perceberam
que os moinhos de vento tambem podiam ser usados como geradores elétricos e que
a potência gerada poderia ser usada para iluminação e aquecimento.
A energia disponível no vento varia com o cubo da sua velocidade. Se os
aerogeradores forem dimensionados para velocidades de vento baixas, eles
desperdiçarão a maioria da energia disponível. Se forem dimensionados para
velocidades elevadas, funcionarão quase sempre abaixo do seu óptimo. Assim, os
aerogeradores são dimensionados para velocidades de vento intermédias, recorrendo
a estratégias de segurança que impeçam a deterioração dos seus componentes em
ventos mais fortes. A estratégia de controlo activo de pitch é uma estratégia de
segurança que permite regular a potência eléctrica do aerogerador através de
aumentos do ângulo de calagem das pás e das consequentes diminuições do ângulo
de ataque e do coeficiente de sustentação.

2 OBJETIVOS

 Determinar como um aerogerador (ou turbina eólica) retira energia cinética do


vento para converte-la em energia elétrica;
 Entender o funcionamento básico de um gerador elétrico trifásico
(aerogerador);
 Determinar a velocidade síncrona ou velocidade de rotação de um gerador
elétrico (aerogerador);
 Determinar a fem induzida nos terminais do aerogerador.

3 REVISÃO DA LITERATURA

3.1 Energia eólica.

A energia eólica é uma fonte renovável e bem conhecida, capaz de expansão


contínua tanto técnica quanto economicamente. Apesar de ser atualmente pouco
utilizada em relação a outras tecnologias (aproximadamente 1% do total mundial em
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2012), ela tem grande importância principalmente no contexto da redução de gases


estufa, já que tem índices de emissão praticamente nulos.

A energia eólica depende indiretamente da energia do sol. Uma pequena


parcela da radiação solar é convertida em energia cinética, devido principalmente à
diferença líquida de radiação em altas e baixas latitudes, o que forma o vento. Os
ventos são então influenciados pela rotação da Terra, gradientes de temperatura e o
relevo da região, e também pela rugosidade do solo e altura de interesse. (ATLAS
EÓLICO DO ESPIRITO SANTO, 2009).

3.2 Turbinas eólicas.

Turbinas eólicas são equipamentos que absorvem parte da energia cinética do


vento, convertendo-a em energia mecânica, que é convertida em energia elétrica
através de um gerador elétrico acoplado (MILTON, 2013).
A maioria dos modelos atuais de turbina faz melhor uso da constante de
variação da velocidade do vento ao mudar o ângulo das pás por intermédio do controle
de passo (pitch control) ao girar ou dar uma guinada na pá, mudando sua posição.
Sofisticados sistemas de controle tornam possível um ajuste fino da performance da
turbina e da saída da eletricidade (MILTON, 2013).
As turbinas eólicas são usadas para converter a energia do vento em energia
elétrica. Essa conversão segue duas etapas:
1. Primeiramente na turbina, que remove a porção de energia cinética
disponível para conversão em energia mecânica;
2. No gerador, que recebe a energia mecânica e a converte em energia
elétrica, que é então transmitida pra rede da concessionária.

Figura 1: Esquema geral de funcionamento de um aerogerador.


7

As condições de funcionamento de uma turbina eólica dependem


principalmente das condições do vento, sobre as quais nenhuma ação é possível
(MILTON, 2013).

O princípio de funcionamento de uma turbina eólica é basicamente em função


das forças de sustentação e arrasto. A força de sustentação é perpendicular às
superfícies das pás, surgindo a partir do diferencial de pressão entre as superfícies,
onde irá criar uma área de baixa pressão sobre o lado mais longo da superfície e como
está presa ao cubo do rotor, essa força irá causar rotação das pás. A força de arrasto
age em direção paralela às superfícies das pás, sendo responsável pela resistência
ao movimento e ocasionando a diminuição da velocidade das mesmas.

Figura 2. Forças de sustentação e arrasto num perfil aerodinâmico.

4 TURBINA EOLICA

4.1 Aerogerador

Chama – se aerogerador o equipamento destinado a gerar energia elétrica a


partir da energia fornecida pelo vento. A energia cinética do vento movimenta a
turbina, que produz energia mecânica, transmitindo-a ao gerador, que por sua vez faz
a conversão de energia mecânica em elétrica
4.2 Componentes do aerogerador

Um aerogerador, também conhecido como turbina eólica, é uma máquina que


converte a energia cinética do vento em energia elétrica. Ele é composto por várias
partes principais:

TORRE
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É a estrutura vertical que suporta o aerogerador e o eleva a uma altura


onde o vento é mais forte e constante. Há dois tipos: tubulares cônicas (construídas
em aço ou concreto) e treliçadas (construídas em aço).

Figura 3. Torre treliçada. Figura 4. Torre tubular cônica.

NACELE
É a estrutura montada em cima da torre onde estão contidos o gerador e
a caixa de acoplamentos. O uso ou não de caixas de engrenagens e a disposição dos
componentes na Nacele são fatores para determinar o seu tamanho.
Dentro da nacele há um sistema de direção que, através de um motor, é
responsável por colocar a turbina na direção do vento. Sob a nacele estão os
medidores de velocidade do vento (anemômetro) e da sua direção (biruta), que
transmitem os dados para o sistema de controle montado na base da torre.

Figura 5. Nacele de uma turbina eólica.


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CAIXA DE ENGRENAGENS
Localizada dentro da nacele, a ideia da caixa de engrenagens é fazer a
sintonia correta entre a baixa velocidade da turbina e a alta velocidade do gerador.
Muitos fabricantes incluem a caixa de transmissão em seus aerogeradores, outros,
porém, não o fazem. Há vantagens e desvantagens para ambas as configurações.
Aerogeradores com multiplicador exige que o tamanho da nacele seja maior,
já que ira comportar a caixa de engrenagens em si. Uma das desvantagens é o ruído
produzido por ele, outra desvantagem é a manutenção das engrenagens de
transmissão. Um bom projeto, entretanto, maximiza o tempo de vida útil delas a ate
aproximadamente 20 anos e minimiza a manutenção com a sua lubrificação.

SISTEMA DE CONTROLE
É responsável por monitorar e controlar o funcionamento do aerogerador.
Ele ajusta a orientação das pás de acordo com a direção e a velocidade do vento para
otimizar a produção de energia.

SISTEMA DE CONVERSÃO
Inclui os equipamentos necessários para converter a energia elétrica
gerada pelo aerogerador em uma forma utilizável e para condicionar essa energia
para a transmissão ou armazenamento.

ROTOR
É a parte giratória do aerogerador, composta por pás ou hélices. O rotor
captura a energia cinética do vento e a converte em energia mecânica, construída em
aço ou liga metálica de alta resistência.


É a estrutura que é movimentada pelo vento. As pás são construídas em
fibra de vidro e reforçada em epóxi/madeira. Na fixação da turbina com o rotor, a pá
pode ter rolamentos, no caso das turbinas de controle de passo.
GERADOR
Um gerador elétrico é um dispositivo que converte energia mecânica em
energia elétrica. Existem diferentes tipos de geradores elétricos, mas o princípio
básico é o mesmo em todos eles.
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O tipo mais comum de gerador elétrico é o gerador eletromagnético, que utiliza


o princípio da indução eletromagnética para produzir corrente elétrica. Esse tipo de
gerador é composto por uma bobina de fio condutor, chamada de enrolamento, que é
girada dentro de um campo magnético.
Quando a bobina é girada, as linhas de fluxo magnético atravessam a bobina,
o que induz uma corrente elétrica de acordo com a Lei de Faraday da indução
eletromagnética. Essa corrente pode ser usada para alimentar dispositivos elétricos
ou armazenada em baterias.
Há dois modelos usados pelos aerogeradores: utilizando maquinas síncronas
ou assíncronas. No gerador síncrono, a frequência gerada está relacionada com a
velocidade de rotação do motor. Quando o rotor é girado, um campo magnético
variável é gerado nas bobinas do estator devido à indução eletromagnética. Isso
resulta na produção de corrente alternada (CA) nos enrolamentos do estator. A
corrente alternada gerada pode ter uma frequência fixa, como 50 ou 60 Hz,
dependendo do sistema de energia em uso. Isso quer dizer que cada pico na onda
está associado a uma posição física do motor. Para que essa rotação aconteça é
preciso haver um conjunto de ímãs ou eletroímãs junto ao rotor, de modo que ambos
girem em conjunto, produzindo assim uma corrente elétrica no gerador.
O gerador ou motor assíncrono, ou de indução, é um equipamento capaz de
converter energia mecânica em elétrica e vice e versa. Para ser usado como gerador,
a velocidade de rotação do rotor deve estar sempre acima da frequência de
sincronismo, que depende de cada aparelho específico. Sua diferença em relação ao
síncrono surge de um rotor com um número de barras de metal conectadas
eletricamente. O giro desse rotor que forma o campo magnético.

Figura 6. Componentes de um aerogerador.


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4.3 Tensão fornecida por um aerogerador

A tensão fornecida por um aerogerador, também conhecido como turbina


eólica, depende de vários fatores, como o tamanho do aerogerador, a velocidade do
vento, o tipo de aerogerador e o projeto específico.

Normalmente, os aerogeradores modernos são projetados para gerar tensões


de corrente alternada (CA) em níveis mais altos para serem compatíveis com a rede
elétrica. Essas tensões geralmente variam de algumas centenas de volts a vários
milhares de volts, dependendo da capacidade do aerogerador.

No entanto, a tensão gerada diretamente pelo aerogerador é uma corrente


alternada variável, pois a velocidade do vento não é constante.

A força eletromotriz induzida (f.e.m.) em um aerogerador é uma tensão alternada


que geralmente se aproxima de uma forma de onda senoidal. A razão para isso é que
a maioria dos aerogeradores utiliza geradores síncronos de indução ou geradores de
ímã permanente para produzir eletricidade. Existem algumas fórmulas básicas que
podem ser usadas para calcular a fem induzida nos terminais de um aerogerador.

Φ = Β ∗ Α ∗ 𝐶𝑂𝑆𝜃

Onde:

Φ: fluxo magnético;

B: densidade do campo magnético;

A: a área perpendicular ao campo magnético;

θ: ângulo entre o vetor do campo magnético e a área.


A frequência angular é a velocidade de rotação do rotor do aerogerador e é
medida em radianos por segundo (rad/s). Ela está relacionada à velocidade do vento
e ao diâmetro do rotor pela fórmula:
𝜔 = 2𝜋𝔣
Onde:
ω: velocidade angular;
f: frequência em Hertz.
A frequência de rotação (f) de um aerogerador pode ser calculada usando a seguinte
fórmula:
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f = (n * p) / 60
Onde:
 f é a frequência de rotação em hertz (Hz).
 n é a velocidade de rotação do aerogerador em rotações por minuto (RPM).
 p é o número de pólos do gerador.
Essa fórmula é baseada na relação entre a velocidade angular (ω) e a
frequência de rotação (f), dada por:
ω = 2πf
Onde π é o valor de Pi (aproximadamente 3.14159).
Para converter a velocidade de rotação de RPM para Hz, é necessário
multiplicar por 2π e dividir por 60, resultando na fórmula mencionada acima. Isso
ocorre porque existem 2π radianos em uma rotação completa e 60 segundos em um
minuto.
É importante lembrar que essa fórmula assume um aerogerador com um único
gerador síncrono de ímãs permanentes (PMSG). Para aerogeradores com diferentes
configurações de geradores ou sistemas de multipolos, podem ser necessárias
fórmulas adicionais ou ajustes específicos.
Para determinar o valor de pico da fem induzida nos terminais do aerogerador,
é necessário conhecer a forma de onda da fem ao longo do tempo. Em aerogeradores
típicos, a fem induzida é uma forma de onda alternada senoidal, semelhante a uma
corrente alternada.
Se assumirmos que a fem induzida segue uma forma de onda senoidal, o valor
de pico (ou amplitude) pode ser calculado usando a seguinte fórmula:
𝑉𝑝 = 𝑉𝑟𝑚𝑠 ∗ √2
Onde:
Vp: é o valor de pico da fem induzida;
Vrms: valor eficaz.
O valor eficaz (Vrms) pode ser calculado usando a seguinte fórmula:
𝑉𝑚
𝑉𝑚𝑟𝑠 =
√2
Onde:
Vm: valor máximo (amplitude) da fem induzida.
Portanto, se você conhecer o valor máximo (Vm) da fem induzida, poderá
determinar o valor de pico (Vp) usando a fórmula Vp = Vm.
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A relação entre a tensão de pico e a tensão eficaz numa forma de onda


senoidal é:
VRMS = 0,7071 Vp.

5 PROCESSO EXPERIMENTAL

5.1 Materiais

01 Aerogerador;
01 Gerador de fluxo de ar;
01 Painel da unidade de consumo, conjunto de pés para painel vertical;
01 Atuador de potência;
01 Conjunto rede de transmissão;
01 Rotor com 3 Pás, 220 mm, adesão magnética;
03 Sensor de tensão -20 a 20 V;
01 Software para aquisição de dados.
5.2 Metodologia

Inicialmente, foi realizado o encaixe do sensor fotoelétrico, posicionando-o e


alinhando-o com o orifício A do aerogerador. Em seguida, o rotor de três pás de 220
mm foi encaixado com um ângulo de passo de 30º. Posteriormente, foi feita a conexão
elétrica dos sensores e a configuração do software para aquisição dos dados.

Para comprovar a teoria discutida, foi observado que as turbinas eólicas


utilizam o vento, em vez de eletricidade, para gerar movimento. O vento faz com que
as pás da turbina girem, movendo um eixo que está conectado a um gerador,
resultando na produção de eletricidade.

Um aerogerador é composto por três pás que se movimentam com a velocidade


do vento, fazendo o rotor girar. A turbina remove parte da energia cinética disponível
no vento e a converte em energia mecânica. Essa energia mecânica é então
transmitida ao gerador, que a transforma em energia elétrica utilizável.

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO.

Todo aerogerador é uma turbina mais nem toda turbina é um aerogerador.


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Conforme os gráficos analisados é possível identificar que a tensão fornecida por


um gerador é a corrente alternada (CA) assíncrona. Os geradores assíncronos são
normalmente usados em aplicações onde a fonte de energia não é controlável,
como por exemplo, nas turbinas eólicas.

Gráfico 1: Resultados teste da tensão elétrica fornecida pelo aerogerador com pá de 220 mm e ângulo 30º. Fonte: Autoral.

O sistema de energia que representa um aerogerador é o trifásico. O sistema


trifásico é um sistema de distribuição de energia no qual três condutores transportam
correntes alternadas de diferentes amplitudes e fases para fornecer energia as cargas
elétricas.

Nesse tipo de sistema a rede elétrica tem quatro fios, sendo três que são fases (R, S,
T) e um neutro.

O desequilíbrio em um sistema elétrico trifásico é uma condição na qual as três


fases apresentam diferentes valores de tensão em módulo ou defasagem angular
entre fases diferentes de 120º elétricos ou, ainda, as duas condições
simultaneamente.
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Gráfico 2: Resultados teste da tensão elétrica. Fonte: Autoral.

Figura 7. Ligação Trifásica em um aerogerador. Figura 8. Sensor de tensão.

Os equipamentos trifásicos operando com tensões desbalanceadas geralmente


funcionarão de forma inadequada, podendo sofrer danos e redução da vida útil. Um
sistema trifásico ideal, livre de desequilíbrios, considerando a fase A na referência e
sequência de fases positiva, é dado em ρu por:

𝑉 =1,0∠0° 𝑉 = 1,0∠ −120° 𝑉 = 1,0∠120°

O giro das pás de um aerogerador é provocado pela ação do vento. O vento


exerce força sobre as pás do aerogerador, fazendo com que elas se movam. Essa
força do vento é transformada em energia cinética à medida que as pás giram. O
movimento rotativo das pás é então transmitido ao eixo do aerogerador, que está
conectado a um gerador. O gerador converte a energia mecânica do movimento das
pás em energia elétrica, que pode ser usada para alimentar sistemas elétricos ou
armazenada para uso posterior.
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O fenômeno físico aplicado para transformar a rotação dos ímãs em corrente


elétrica no aerogerador do parque eólico é a indução eletromagnética, que é uma
aplicação do princípio da lei de Faraday da indução eletromagnética.

Os aerogeradores fornecem uma tensão elétrica do tipo corrente alternada


(CA), que é adequada para integração com as redes elétricas existentes e para
fornecer eletricidade aos consumidores.

No contexto de um sistema trifásico, as fases R, S e T representam as três


tensões elétricas defasadas entre si em 120 graus. Essas tensões são conhecidas
como tensões de fase e são responsáveis pela alimentação de cargas trifásicas, como
motores elétricos trifásicos, equipamentos industriais e sistemas de distribuição de
energia elétrica em grande escala.

A defasagem das tensões nas fases R, S e T em um sistema trifásico traz


benefícios como maior eficiência energética, equilíbrio de cargas e melhor
desempenho dos motores elétricos. Essa configuração é amplamente utilizada na
transmissão e distribuição de energia elétrica em larga escala e em aplicações
industriais.

De acordo com a revisão literária chegamos aos seguintes valores referente ao


período, frequência, amplitude, valor de pico e valor eficaz.

BOBINA VP VRMS T f

R 4,5 V 3,2 V 0,8 s 1,25 Hz

S 5V 3,5 V 0,8 s 1,25 Hz

T 3,6 V 2,5 V 0,8 s 1,25 Hz

Tabela 1: Resultados teste da tensão elétrica. Fonte: Autoral.

Como consta na tabela acima os valores divergem entre si, devido a um erro
apresentado no sensor na hora da coleta dos dados. É essencial reconhecer e
justificar os erros na coleta de dados e nos resultados. Esses erros podem ocorrer
devido a viés de amostragem, erros de medição, erros de processamento, viés do
respondente e erros aleatórios. Ao reconhecer esses erros, podemos entender melhor
as limitações dos dados e resultados obtidos.
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É importante destacar que a presença de erros não invalida necessariamente


todo o trabalho ou estudo. O reconhecimento e a justificativa dos erros são passos
cruciais para uma análise crítica e uma interpretação precisa dos resultados. Ao lidar
com erros nos dados e resultados, é recomendável ser transparente sobre as
limitações e incertezas associadas. Isso ajuda a garantir a integridade científica e a
confiabilidade dos resultados.

Em resumo, ao justificar os erros na coleta de dados e nos resultados, estamos


fortalecendo a qualidade da pesquisa e promovendo uma abordagem mais precisa e
informada em relação às descobertas obtidas.

Para determinar a frequência de rotação foi utilizado através software a


ferramenta osciloscópio no qual foi configurado de acordo com os parâmetros
solicitados e forneceu os seguintes dados:

Vale ressaltar que o atuador de potência foi ajustado para o número 10 da


escala.
Período (s) Frequência (Hz)

1 0,7707 1,0000
2 0,7575 0,5000
3 0,7436 0,3333
4 0,7382 0,2500
5 0,7555 0,2000
6 0,7596 0,1667
7 0,7624 0,1429
8 0,7907 0,1250
9 0,8331 0,1111
10 0,8884 0,1000
Tabela 2: Dados do período e frequência. Fonte: Autoral.
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Gráfico 3: Resultados teste da tensão elétrica. Fonte: Autoral.

Determinando a frequência de rotação do aerogerador fsmedida com base nos


dados da tabela 2 obteve-se fsmedida= 0,2929 Hz.

Determinando a velocidade síncrona no aerogerador ωsmedida temos: 17,5722


rpm. Lembre-se que 1Hz = 60 rpm.

Gráfico 4: Resultados teste da tensão do aerogerador. Fonte: Autoral.


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7 CONCLUSÃO

A geração de energia elétrica por meio de aerogeradores, também conhecidos


como turbinas eólicas, é uma tecnologia estabelecida e altamente eficiente que
aproveita a energia cinética do vento para produzir eletricidade. Essa forma de energia
desempenha um papel crucial na diversificação da matriz energética, reduzindo a
dependência de fontes não renováveis e contribuindo para a mitigação das mudanças
climáticas.

Os aerogeradores apresentam uma série de vantagens significativas.


Primeiramente, eles utilizam uma fonte de energia renovável e limpa, contribuindo
para a sustentabilidade ambiental. Além disso, a energia eólica é inesgotável, o que
significa que o vento continuará soprando e gerando energia de forma contínua. Outro
benefício é a geração de empregos na indústria eólica, impulsionando o crescimento
econômico.

A energia eólica possui um potencial considerável de crescimento. Avanços


tecnológicos contínuos, como aprimoramentos nos projetos de turbinas eólicas e no
armazenamento de energia, juntamente com políticas de apoio governamentais, estão
impulsionando o crescimento desse setor. Isso significa que a energia eólica tem a
capacidade de desempenhar um papel ainda mais significativo no futuro.

No geral, a geração de energia elétrica por meio de aerogeradores é uma


solução promissora e sustentável para atender à demanda energética. Com o
contínuo desenvolvimento tecnológico e o suporte de políticas adequadas, a energia
eólica tem o potencial de desempenhar um papel ainda mais significativo no futuro,
impulsionando a transição global para um sistema energético mais limpo e
sustentável.
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8 REFERÊNCIAS

OLIVEIRA, Milton. Fundamentos de Energia Eólica. LTC. 2013

PERREIRA, Nelson; CORREIA, Jorge. Tecnologias de aproveitamento energético,


observatório tecnológico para as energias offshore. Instituto de Engenharia
Mecânica e Gestão Industrial (Onegi). 2014.

HANSEN, M. O. L. Aerodynamics of Wind Turbine. 2ª. Ed. EUA: Earthscan. 2008.

MANWELL, J. F.; MCGOWAN, J. G.; ROGERS, A. L. Wind Energy Explained –


Theory, Design and Application. 2ª. Ed. Willey. 2009.

NATHAN, Gazon da Silva. Dimensionamento de Perfis Aerodinâmicos de Uma


Torre Eólica. Universidade Federal Do Rio De Janeiro (UFRJ). TCC. 2017. Disponível
em:http://engenharias.macae.ufrj.br/images/testetcc/2017/TCC_Nathan_Gazon_da_
Silva_Civil.pdf. Acesso em 01/04/2023.

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