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EME705T: Máquinas de Fluxo I Capítulo 4: Equações Fundamentais

Capítulo 4

EQUAÇÕES FUNDAMENTAIS

Prof. Waldir de Oliveira

Universidade Federal de Itajubá Instituto de Engenharia Mecânica


EME705T: Máquinas de Fluxo I Capítulo 4: Equações Fundamentais

Conteúdo do Capítulo 4:

4.1 Introdução (Um Resumo do Capítulo 4)

4.2 Conservação da Massa

4.3 Equação da Quantidade de Movimento

4.4 Equação de Bernoulli

4.5 Formas Equivalentes da Equação de Euler das MF

4.6 Características de MF Geradoras Radiais

4.7 Aplicações

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EME705T: Máquinas de Fluxo I Capítulo 4: Equações Fundamentais

4.1 Introdução

O escoamento no interior de qualquer máquina de fluxo (MF) é


um dos mais complexos encontrados em dinâmica dos fluidos.

Na maioria dos casos, é totalmente tridimensional com


fenômenos de transição laminar/turbulenta e descolamentos
associados ao desenvolvimento das camadas-limites.

O escoamento numa MF pode ser incompressível, subsônico,


transônico ou supersônico. Em alguns tipos de máquinas de
fluxo centrífugas todos esses regimes de escoamento estão
presentes.

A interferência entre os seus componentes móveis e fixos


provoca efeitos não-permanentes sobre o escoamento.

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Escoamento na entrada
(escoamento distorcido)
Região de
interação Escoamento
Escoamento na
descolado
ponta da pá
wu
wr
Vórtice na wr
ws
ponta da pá Escoamento
ws wa
secundário
Camada-limite Esteira
da pá Camada-limite
na superfície da pá
na superfície
carcaça

Vórtice
secundário
 Camada-limite na
Descolamento superfície do cubo
no canto
Figura 4.1.1 Escoamento em rotor axial de máquina de fluxo hidráulica geradora

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EME705T: Máquinas de Fluxo I Capítulo 4: Equações Fundamentais

26 Di: Diâmetro interno


IV Di
De: Diâmetro externo
400 SS: Lado de sucção da pá
III PS: Lado de pressão da pá
I II

Rotor O

280 Rotor A
w m 0,6
u 5 0,4

120 0,2
130

90 0
C
L SS De PS

(a) Seção meridional de rotor de compressor (b) Distribuição de velocidades meridionais


centrífugo: 5 = 90º, n = 14000 rpm, na Seção I
m  5,31 kg / s e p5 / p4  2,1

Figura 4.1.2 Distribuição de velocidades meridionais na Seção I de rotor centrífugo

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26 Di: Diâmetro interno


IV De: Diâmetro externo
400 SS: Lado de sucção da pá
III PS: Lado de pressão da pá
II Di
I

Rotor O

280 Rotor A
w m 0,6
u 5 0,4

0,2
120 130

90 0
C
L SS De PS

(a) Seção meridional de rotor de compressor (c) Distribuição de velocidades meridionais


centrífugo: 5 = 90º, n = 14000 rpm, na Seção II
m  5,31 kg / s e p5 / p4  2,1

Figura 4.1.3 Distribuição de velocidades meridionais na Seção II de rotor centrífugo

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26 Di: Diâmetro interno


IV De: Diâmetro externo
400 SS: Lado de sucção da pá
III PS: Lado de pressão da pá
I II

Di
Rotor O

0,6
280 Rotor A wm
u5
0,4

0,2
120 130

90 0
C
L SS De PS

(a) Seção meridional de rotor de compressor (c) Distribuição de velocidades meridionais


centrífugo: 5 = 90º, n = 14000 rpm, na Seção III
m  5,31 kg / s e p5 / p4  2,1

Figura 4.1.4 Distribuição de velocidades meridionais na Seção III de rotor centrífugo

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V
Di: Diâmetro interno
26
IV De: Diâmetro externo
SS: Lado de sucção da pá
400
III PS: Lado de pressão da pá
I II

DI
Rotor O 0,6

280 Rotor A wm Di

u5 0,4

0,2
120 130

90 0
C
L SS De PS

(a) Seção meridional de rotor de compressor (d) Distribuição de velocidades meridionais


centrífugo: 5 = 90º, n = 14000 rpm, na Seção IV
m  5,31 kg / s e p5 / p4  2,1

Figura 4.1.5 Distribuição de velocidades meridionais na Seção IV de rotor centrífugo

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V
Di: Diâmetro interno
26 De: Diâmetro externo
IV SS: Lado de sucção da pá
400 PS: Lado de pressão da pá
III
I II

Rotor O 0,6
wm
280 Rotor A
u5
0,4 Di

0,2
120 130

90 0
C
L SS De PS

(a) Seção meridional de rotor de compressor (e) Distribuição de velocidades meridionais


centrífugo: 5 = 90º, n = 14000 rpm, na Seção V
m  5,31 kg / s e p5 / p4  2,1

Figura 4.1.6 Distribuição de velocidades meridionais na Seção V de rotor centrífugo

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Como sugestão, o(a) aluno(a) de EME705T deve estudar o Documento


4.1-EME705T-2020-1 a fim de entender um pouco mais sobre a
complexidade do escoamento no interior de máquinas de fluxo,
particularmente no rotor dessas máquinas.

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4.1 Introdução

Objetivos principais do Capítulo 4:

1) Obtenção da equação da continuidade, com base no princípio de


conservação da massa, para componentes de MF (rotor e estator) no
caso geral de escoamento compressível (  constante). Diversos casos
particulares serão analisados como  = constante, b4 = b5, b7 = b8, etc.

mE  mS  Escoamento permanente:
( E  Entrada; S  Saída)

E cmE AE  S cmS AS  (4.2)
 (absoluto) no estator e relativo no rotor
m m 
1 cm1 A1  2 cm 2 A2  Estator antes do rotor (4.10.a)
7 cm 7 A7  8 cm 8 A8  Estator após o rotor (4.4.a)
4 wm 4 A4  5 wm 5 A5 ou 4 cm 4 A4  5 cm 5 A5  Rotor (4.14.a)

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As Eqs. (4.2), ..., (4.14.a) anteriores, e outras referentes à equação da


continuidade, estão desenvolvidas no Item 4.2 do Capítulo 4 (texto
escrito pelo Prof. Dr. Euclides - ITA), páginas 4.3 até 4.9, para diversos
componentes (estator e rotor) de MF.

Como sugestão, o(a) aluno(a) de EME705T deve complementar seus


conhecimentos estudando o Documento 4.2-EME705T-2020-1, o
Documento 4.3-EME705T-2020-1 e o Documento 4.4-EME705T-2020-
1, a fim de entender o desenvolvimento das diversas equações que
constam no Item 4.2 do Capítulo 4 (texto escrito pelo Prof. Dr. Euclides
- ITA), páginas 4.3 até 4.9.

A 4ª. Série de Exercícios – Parte A, referente ao Capítulo 4, trata


apenas do conteúdo exposto no Item 4.2 do Capítulo 4. Como sugestão,
o(a) aluno(a) de EME705T deve resolver os exercícios, no prazo
estabelecido, a fim de complementar seus conhecimentos.

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4.1 Introdução

Objetivos principais do Capítulo 4:

2) Obtenção da equação fundamental das máquinas de fluxo (equação


de Euler das MF), com base na equação da quantidade de movimento,
para rotores de MF.

Y pá  u5 cu5  u4 cu4 (Rotor de TMG radial) (4.45.c) 



Y pá  u4 cu4  u5 cu5 (Rotor de TMM radial) (4.51.a) 
 Escoamento ideal
Y pá  u (cu5 cu4 ) (Rotor de TMG axial) (4.47.c)  
  N pá  
Y pá  u (cu4 cu5 ) (Rotor de TMM axial) (4.50.a)  
Y pá  u5 cu5  u4 cu4 (Rotor de TMG diagonal) (4.50.a)  e pá desprezível

Y pá  u4 cu4  u5 cu5 (Rotor de TMM diagonal) 

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As Eqs. (4.45.c), ..., (4.50.a) anteriores, e outras referentes à equação


da quantidade de movimento, estão desenvolvidas no Item 4.3 do
Capítulo 4 (texto escrito pelo Prof. Dr. Euclides - ITA), páginas 4.10
até 4.24, para diversos tipos de rotor de MF.

Como sugestão, o(a) aluno(a) de EME705T deve complementar seus


conhecimentos estudando o Documento 4.5-EME705T-2020-1, a fim de
entender o desenvolvimento das diversas equações que constam no
Item 4.3 do Capítulo 4 (texto escrito pelo Prof. Dr. Euclides - ITA),
páginas 4.10 até 4.24.

A 4ª. Série de Exercícios – Parte B, referente ao Capítulo 4, trata


apenas do conteúdo exposto no Item 4.3 do Capítulo 4. Como sugestão,
o(a) aluno(a) de EME705T deve resolver os exercícios, no prazo
estabelecido, a fim de complementar seus conhecimentos. Todos os 12
(doze) exercícios desta série estão resolvidos no texto do Capítulo 4.

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4.1 Introdução

Objetivos principais do Capítulo 4:

3) Obtenção da equação de Bernoulli para o estator e para o rotor.

Estator:

Para escoamento ideal, permanente, ao longo de uma linha de corrente


(ou, também, escoamento (absoluto) irrotacional) e incompressível, a
equação de Bernoulli é dada, em termos de energia por de massa, por:

p c2  Energia 
  g z  K mE =constante  (4.57.d)
 2  Massa 

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4.1 Introdução

Objetivos principais do Capítulo 4:

3) Obtenção da equação de Bernoulli para o estator e para o rotor.

Estator antes do rotor:

A Eq. (4.57.d) aplicada nos pontos 1 (entrada) e 2 (saída) torna-se:


p1 c12 p2 c22
  g z1    g z2
 2  2
Considerando z1 = z2 (situação típica de estatores de MF axiais de eixo
horizontal e de estatores de MF radiais de eixo vertical), obtém-se:
p1 p2 c22 c12
   , como c2  c1 , então, p2  p1 , implicando que
  2 2
um estator posicionado antes do rotor funciona como um injetor.
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4.1 Introdução

Objetivos principais do Capítulo 4:

3) Obtenção da equação de Bernoulli para o estator e para o rotor.

Estator após do rotor:

A Eq. (4.57.d) aplicada nos pontos 7 (entrada) e 8 (saída) torna-se:


p7 c72 p8 c82
  g z7    g z8
 2  2
Considerando z7 = z8 (situação típica de estatores de MF axiais de eixo
horizontal e de estatores de MF radiais de eixo vertical), obtém-se:
p8 p7 c72 c82
   , como c8  c7 , então, p8  p7 , implicando que
  2 2
um estator posicionado após o rotor funciona como um difusor.
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4.1 Introdução

Objetivos principais do Capítulo 4:

3) Obtenção da equação de Bernoulli para o estator e para o rotor.

Rotor:

Para escoamento ideal, permanente (escoamento relativo), ao longo de


uma linha de corrente e incompressível, a equação de Bernoulli é dada,
em termos de energia por de massa, por:

p w 2 u2  Energia 
   g z  K mR =constante  (4.66.a)
 2 2  Massa 

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EME705T: Máquinas de Fluxo I Capítulo 4: Equações Fundamentais

4.1 Introdução

Objetivos principais do Capítulo 4:

3) Obtenção da equação de Bernoulli para o estator e para o rotor.

Rotor:

A Eq. (4.66.a) aplicada nos pontos 4 (entrada) e 5 (saída) torna-se:


p4 w42 u42 p5 w52 u52
   g z4     g z5
 2 2  2 2
Considerando z4 = z5 (situação típica de rotores de MF axiais de eixo
horizontal e de rotores de MF radiais de eixo vertical), obtém-se:
 0 implica em rotor de MFG
p5  p4 u5  u4 w4  w5
2 2 2 2
p5  p4 
  , sendo   0 implica em rotorde MF de Ação
 2 2  
 0 implica em rotor de MFM
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As Eqs. (4.57.d), ..., (4.66.a) anteriores, e outras referentes à equação


de Bernoulli, estão desenvolvidas no Item 4.4 do Capítulo 4 (texto
escrito pelo Prof. Dr. Euclides - ITA), páginas 4.25 até 4.32, para
estatores e rotores de MF.

Como sugestão, o(a) aluno(a) de EME705T deve complementar seus


conhecimentos estudando o conteúdo exposto no Item 4.4, a fim de
entender o desenvolvimento das diversas equações que constam no
texto escrito pelo Prof. Dr. Euclides - ITA), particularmente o das
páginas 4.25 até 4.32.

A 4ª. Série de Exercícios – Parte C, referente ao Capítulo 4, trata dos


conteúdos expostos nos Itens 4.4, 4.5 e 4,6 do Capítulo 4. Como
sugestão, o(a) aluno(a) de EME705T deve resolver os exercícios, no
prazo estabelecido, a fim de complementar seus conhecimentos. Todos
os 11 (onze) primeiros exercícios desta série referem-se ao Item 4.4 e
estão resolvidos no texto do Capítulo 4.

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4.1 Introdução

Objetivos principais do Capítulo 4:

4) Obtenção das formas equivalentes da equação de Euler das MF.

Exemplo para rotor de MFG radial:


Ypá  u5 cu5  u4 cu4 Equação de Euler para rotor de MFG radial (4.45.c)

u52  u42 w42  w52 c52  c42  Forma equivalente da equação de


Y pá     (4.74)
2 2 2  Euler para rotor de MFG radial
p p Ydin
Yest  5 4 
 
Observe que o aumento de pressão estática do fluido ao passar pelo
rotor, p5 – p4 , é obtido quase que na sua totalidade pelo “efeito
centrífugo”, (u52  u42 ) / 2, e somente uma pequena parcela é obtida pelo
“efeito interno”, ( w42  w52 ) / 2 , desde que w4 seja maior que w5 .
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4.1 Introdução

Objetivos principais do Capítulo 4:

4) Obtenção das formas equivalentes da equação de Euler das MF.

Exemplo para rotor de MFG axial:

Ypá  u (cu5  cu4 ) Equação de Euler para rotor de MFG axial

w42  w52 c52  c42  Forma equivalente da equação de


Y pá   
2 2  Euler para rotor de MFG axial
p p Ydin
Yest  5 4 
 

Observe que o aumento de pressão estática do fluido ao passar pelo


rotor, p5 – p4, é obtido somente pelo “efeito interno”, ( w52  w42 ) / 2.

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4.1 Introdução

Objetivos principais do Capítulo 4:

Considerando a equação de Euler das MF e a sua forma equivalente,


define-se o chamado “grau de reação”,  , ideal por

Yest Ydin
   1 (4.79.a)
Y pá Y pá

Sendo

u52  u42 w42  w52 c52  c42


Y pá    (MFGR) (4.74)
2 2 2
p p Ydin
Yest  5 4 
 

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4.1 Introdução

Objetivos principais do Capítulo 4:

Considerando (4.74), o “grau de reação”,  , segundo (4.79.a), torna-se


p5  p4 c52  c42

   1 2  0    1 (4.79.b)
u5cu5  u4cu4 u5cu5  u4cu4

No caso particular de MFGR com 4 = 90º (cu4 = 0) e cm4 = cm5 = cm,


resulta de (4.79.b)

cu5
  1  0    1 (4.80.d)
2u5

Para MF Motoras basta permutar os índices 4 e 5.

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4.1 Introdução

Objetivos principais do Capítulo 4:

Observa-se de (4.80.d) que se cu5 = u5, portanto, 5 = 90º, resulta  =


0,5, indicando que 50% de Ypá é transferido ao fluido pelo rotor na
forma de energia estática.
cu5
  1  0    1 (4.80.d)
2u5
Bombas hidráulicas têm ângulos de saída das pás, geralmente,
menores que 90º, portanto, apresentam graus de reação, geralmente,
maiores que 50%.

Ventiladores centrífugos com ângulos de saída das pás maiores que 90º
(ventiladores Sirocco), apresentam graus de reação menores que 50%.

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EME705T: Máquinas de Fluxo I Capítulo 4: Equações Fundamentais

As Eqs. (4.74), ..., (4.80.d) anteriores, e outras referentes às formas


equivalentes da equação de Euler das MF, estão desenvolvidas no Item
4.5 do Capítulo 4 (texto escrito pelo Prof. Dr. Euclides - ITA), páginas
4.33 até 4.37, para estatores e rotores de MF.

Como sugestão, o(a) aluno(a) de EME705T deve complementar seus


conhecimentos estudando o conteúdo exposto no Item 4.5, a fim de
entender o desenvolvimento das diversas equações que constam no
texto escrito pelo Prof. Dr. Euclides - ITA), particularmente o das
páginas 4.33 até 4.37.

A 4ª. Série de Exercícios – Parte C, referente ao Capítulo 4, trata dos


conteúdos expostos nos Itens 4.4, 4.5 e 4,6 do Capítulo 4. Como
sugestão, o(a) aluno(a) de EME705T deve resolver os exercícios, no
prazo estabelecido, a fim de complementar seus conhecimentos. Os
exercícios 12, 13 e 14 referem-se ao Item 4.5 e estão resolvidos no texto
do Capítulo 4.

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4.1 Introdução

Objetivos principais do Capítulo 4:

5) Obtenção das características ideais de MF geradoras radiais.

Considerando 4 = 90º, portanto, cu4 = 0, obtém-se:

pT pá   ( u5cu5  u4cu4 )   u5cu5


Sendo QR = cm5 A5 , A5 =  D5 b5 e pelo triângulo de velocidades na


saída das pás, cu5 = u5 – cm5 cotg 5 , obtém-se

 2 u5 cotg  5 
pT pá    u5  QR 

  D5 b5 

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pT pá  2 u5 cotg  5 


pT pá    u5  QR 

  D5 b5  (c)  5  90o

(b)  5  90o
5

 u52 (a)  5  90o

0
0 QR
Figura 4.1.7 Características ideais (pressão total em função da vazão) de
rotores de ventiladores radiais para rotação, n, constante e diâmetro, D5, fixado

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EME705T: Máquinas de Fluxo I Capítulo 4: Equações Fundamentais

pT pá (a)  5  90o ; n  cte.


 2 u5 cotg  5 
pT pá    u5  QR 

  D5 b5 
pT pá
pT pá   pT pá

pT pT  pTpá  ( Zh  Zch)


 u52
  u52
 , pT pá , Zh, Zch e pT
são assuntos de
EME803T

0 Qót Q
Figura 4.1.8 Características ideal e real de rotores radiais para 5 < 90o

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EME705T: Máquinas de Fluxo I Capítulo 4: Equações Fundamentais
LB  Limite de Bombeamento
pT pá pT pá pT pá

(a)  5  90o (b)  5  90o (c)  5  90o

pT pT pT


pT
LB
LB
pT LB
LB

pT LB
LB

Região Região Região


Estável Estável Estável
0 0 0
0 Q LB Q 0 Q LB Q 0 Q LB Q
Figura 4.1.9 Características ideal de rotores e real de ventiladores radiais em
função da vazão, Q, para 5 menor, igual e maior que 90o

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EME705T: Máquinas de Fluxo I Capítulo 4: Equações Fundamentais

As características ideais de MF geradoras radiais estão desenvolvidas


no Item 4.6 do Capítulo 4 (texto escrito pelo Prof. Dr. Euclides - ITA),
páginas 4.38 até 4.42.

Como sugestão, o(a) aluno(a) de EME705T deve complementar seus


conhecimentos estudando o conteúdo exposto no Item 4.6, a fim de
entender o desenvolvimento das diversas equações que constam no
texto escrito pelo Prof. Dr. Euclides - ITA), particularmente o das
páginas 4.38 até 4.42.

A 4ª. Série de Exercícios – Parte C, referente ao Capítulo 4, trata dos


conteúdos expostos nos Itens 4.4, 4.5 e 4,6 do Capítulo 4. Como
sugestão, o(a) aluno(a) de EME705T deve resolver os exercícios, no
prazo estabelecido, a fim de complementar seus conhecimentos. Os
exercícios 15, 16 e 17 referem-se ao Item 4.6. Os Exercícios 15 e 16
estão resolvidos no texto do Capítulo 4.

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EME705T: Máquinas de Fluxo I Capítulo 4: Equações Fundamentais

4.1 Introdução

Hipóteses gerais utilizadas no Capítulo 4:

HG1: Escoamento (absoluto) permanente no estator ( c /  t  0)


HG2: Escoamento relativo permanente no rotor (  w /  t  0 )
HG3: Escoamento ideal (despreza-se os efeitos da viscosidade)
HG4: Escoamento uniforme (teoria unidimensional)
HG5: Escoamento incompressível ( = constante)
HG6: Espessura das pás desprezível
HG7: Espessura das aletas desprezível
HG10: Máquina de fluxo estacionária ( c0  0 )
HG11: Rotor gira com rotação constante (  z eˆz   eˆz  constante )
HG12: Escoamento perfeitamente guiado no estator
HG13: Escoamento perfeitamente guiado no rotor (Npá = )
HG14: Escoamento absoluto irrotacional (  c  0 )

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EME705T: Máquinas de Fluxo I Capítulo 4: Equações Fundamentais

4.1 Introdução

Hipóteses particulares utilizadas no Capítulo 4:

HP1: Largura das aletas constante (dependendo do tipo de MF)


HP2: Largura das pás constante (dependendo do tipo de MF)

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EME705T: Máquinas de Fluxo I Capítulo 4: Equações Fundamentais

4.1 Introdução

Hipóteses utilizadas no Capítulo 4:

OBSERVAÇÕES:
O escoamento relativo no rotor pode ser permanente (HG2) ou não-
permanente, mas o escoamento absoluto no rotor não pode ser
permanente.

Escoamento uniforme (HG4) implica que as propriedades do


escoamento (c, w, p, , ...) são uniformes nas seções onde há
escoamento.
Se a máquina de fluxo é estacionária (HG10), ou seja, se a máquina
está fixada numa estrutura que não se move em relação ao referencial
inercial, então o vetor velocidade angular do seu rotor tem apenas a
direção axial (z ), isto é,   r eˆr   eˆ  z eˆz  z eˆz   eˆz .

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4.1 Introdução

Hipóteses utilizadas no Capítulo 4:

OBSERVAÇÕES:
Escoamento perfeitamente guiado no rotor (HG2) implica que o
escoamento relativo é tangente à pá em toda a sua extensão. Essa
hipótese corresponde ao chamado número infinito de pás.

No Capítulo 1 de EME803T, será mostrado que há um desvio entre o


ângulo do escoamento relativo e o ângulo das pás na saída do rotor,
principalmente em rotores de MF geradoras, quando o número de pás
é finito. Em MF motoras, esse desvio é praticamente desprezível.

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4.1 Introdução

Teorema de transporte de Reynolds (TTR):


 
DB
   dV    V  dA (4.0)
Dt sis t VC SC

B c ( VC inercial )  R ( VC inercial )
 V  R*  
m  w (VC não  inercial )  r ( VC não  inercial )
dA  ndA
ˆ Tabela 4.1.1
Conservação / Tipo de Grandeza Grandeza
Equação Grandeza B 
Massa Escalar m 1
Q.d.M. Linear Vetorial mV V
Q.d.M. Angular Vetorial R*  mV R*  V

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REFERÊNCIAS

Fernandes, E. C., 1985, “ENE 25 - Componentes de


Sistemas de Potência”, ITA

Dean Jr., R. C. ; Senoo, Y., 1960, “Rotating wakes in


vaneless diffusers”, ASME Journal of Basic Engineering,
Vol. 82, pp. 563-574

Lakshminarayana, B., 1996, “Fluid dynamics and heat


transfer of tubomachinery”, John Wiley & Sons Inc.

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