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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO – UPE

ESCOLA POLITÉCNICA DE PERNAMBUCO – POLI


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

LIGAÇÕES SEMIRRÍGIDAS EM ESTRUTURAS


PRÉ-FABRICADAS DE CONCRETO

Trabalho de Conclusão de Curso

Curso de Engenharia Civil

Aluno: DIOGO CAVALCANTI OLIVEIRA

Orientador: CLÁUDIO SOARES MOTA


UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - UPE

ESCOLA POLITÉCNICA DE PERNAMBUCO – POLI

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

Diogo Cavalcanti Oliveira

Ligações semirrígidas em estruturas pré-fabricadas de concreto

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito para
obtenção do diploma de Bacharel em
Engenharia Civil pela Escola Politécnica
de Pernambuco – Universidade de
Pernambuco.

Recife - Julho, 2014.


Dedico este trabalho a toda minha família

A grande causa desta conquista.


AGRADECIMENTOS

Ao meu DEUS, todo poderoso, no qual reponho minhas forças diante das dificuldades
e minha fé diante das impossibilidades;

À SUELENE E À LENIBERTO, como forma de compensar a minha ausência constante


e serem a causa desta conquista e de todas as lutas em minha vida;

À BRUNO E MINHA TITA que me deram o apoio necessário nas dificuldades do


cotidiano.

À GABRIELA que tanto me auxiliou para aqui chegar:

A UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO, pelo apoio para que esse trabalho fosse


desenvolvido;

Ao meu orientador, Cláudio Soares Mota, por desde o início ter acreditado neste
trabalho e contribuído pacientemente de diversas formas na construção de um
trabalho de qualidade. Minha eterna admiração e gratidão;

Aos DEMAIS PROFESSORES DO PROGRAMA, que contribuíram não só nesta


pesquisa, mas também no meu enriquecimento profissional;

Aos MEUS AMIGOS pelo companheirismo, amizade e trocas de experiências; pelos


maravilhosos momentos compartilhados e jamais esquecidos;

Enfim, a todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram na realização e


concretização de mais uma etapa da minha vida.
“Aprender sem pensar é perda de tempo”.
Confúcio.
RESUMO

Atualmente, observa-se um crescimento na utilização de edificações pré-fabricadas,


muito em virtude dos inúmeros benefícios proporcionados por esse tipo de solução.
Dentre os inúmeros benefícios, podemos citar o sistema industrial na produção dos
elementos estruturais, proporcionando um melhor controle de qualidade dos
elementos estruturais, canteiros mais limpos, otimização de mão-de-obra, dentre
outros benefícios. Porém, existem algumas diferenças da estrutura pré–fabricada
para a estrutura moldada no local, e uma das principais diferenças são as ligações.
Este trabalho visa avaliar a influência da rigidez das ligações semirrígidas na
estabilidade global de um edifício modelo, assim como essa influência no
dimensionamento das vigas pré-fabricadas protendidas. Foram avaliadas três
situações distintas de um mesmo modelo de edificação. Foram analisadas as
seguintes situações: articulada (fator de restrição 0), fator de restrição a rotação de
0,5 e fator de restrição a rotação de 0,8. Foi verificado que a rigidez da ligação viga-
pilar tem influência direta nos parâmetros de estabilidade global, e também na
distribuição dos esforços nos elementos estruturais, mais precisamente nas vigas.
Foram dimensionadas as vigas centrais nas três situações de engastamento e foi
comparada a significativa redução nos momentos positivos. Os parâmetros de
estabilidade GamaZ e Alfa, foram avaliados a partir de um sistema computacional
gráfico denominado CAD/TQS que é uma ferramenta que auxilia o engenheiro civil
estruturalista.

Palavras-chaves: Pórtico Plano. Parâmetro de Estabilidade Gama Z. Ligações


Semirrígidas. Viga protendida. Estrutura pré-fabricada.
LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: BARRA COM LIGAÇÕES SEMI-RÍGIDAS ............................................................... 20


FIGURA 2: GRANDEZAS USADAS NO CÁLCULO DO GAMA Z (YZ) ....................................... 27
FIGURA 3: BARRA VERTICAL ENGASTADA NA BASE E LIVRE NO TOPO ............................. 29
FIGURA 4: SEÇÃO DE LAJE ALVEOLAR. H=21CM................................................................ 31
FIGURA 5: SEÇÃO DE VIGA DE BORDO .................................................................................. 32
FIGURA 6: SEÇÃO DE VIGA INTERNA .................................................................................... 32
FIGURA 7: PLANTA BAIXA ESTRUTURA ................................................................................ 33
FIGURA 8: PÓRTICO COM OS MOMENTOS FLETORES MY GERADO PELO SOFTWARE TQS
17 – ESTRUTURA ARTICULADA ..................................................................................... 39
FIGURA 9: PÓRTICO COM OS MOMENTOS FLETORES MY GERADO PELO SOFTWARE TQS
17 – ESTRUTURA ARTICULADA ..................................................................................... 39
FIGURA 10: PÓRTICO COM OS MOMENTOS FLETORES MY GERADO PELO SOFTWARE TQS
17 – ESTRUTURA SEMIRRÍGIDA .................................................................................... 42
FIGURA 11: PÓRTICO COM OS MOMENTOS FLETORES MY GERADO PELO SOFTWARE TQS
17 – ESTRUTURA SEMIRRÍGIDA .................................................................................... 42
FIGURA 12: PÓRTICO COM OS MOMENTOS FLETORES MY GERADO PELO SOFTWARE TQS
17 – ESTRUTURA SEMIRRÍGIDA .................................................................................... 45
FIGURA 13: PÓRTICO COM OS MOMENTOS FLETORES MY GERADO PELO SOFTWARE TQS
17 – ESTRUTURA SEMIRRÍGIDA .................................................................................... 45
LISTA DE TABELAS

TABELA 1: TABELA DE MOMENTO FLETOR PARA DIFERENTES ETAPAS DA VIGA PRÉ-


FABRICADA – ESTRUTURA ARTICULADA ....................................................................... 40
TABELA 2: DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS PARTE 01– ESTRUTURA ARTICULADA ...... 40
TABELA 3: DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS PARTE 02– ESTRUTURA ARTICULADA ...... 41
TABELA 4: TABELA DE MOMENTO FLETOR PARA DIFERENTES ETAPAS DA VIGA PRÉ-
FABRICADA – ESTRUTURA SEMIRRÍGIDA ...................................................................... 43
TABELA 5: DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS PARTE 01– ESTRUTURA SEMIRRÍGIDA ...... 43
TABELA 6: DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS PARTE 02– ESTRUTURA SEMIRRÍGIDA ...... 44
TABELA 7: DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS PARTE 01– ESTRUTURA SEMIRRÍGIDA ...... 46
TABELA 8: TABELA DE MOMENTO FLETOR PARA DIFERENTES ETAPAS DA VIGA PRÉ-
FABRICADA – ESTRUTURA SEMIRRÍGIDA ...................................................................... 46
TABELA 9: DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS PARTE 02– ESTRUTURA SEMIRRÍGIDA ...... 47
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 11

1.1 JUSTIFICATIVA 14

2. OBJETIVOS 15

2.1 Objetivo Geral 15

2.2 Objetivos Específicos 15

3. METODOLOGIA DE PESQUISA 16

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 17

4.1 Ligações Viga-Pilar 17

4.2 Verificação da estabilidade global 21

5. DESENVOLVIMENTO DOS MODELOS 31

5.1 Características gerais dos edifícios 31

5.2 O sistema computacional: CAD/TQS 34

6. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 36

6.1 Flexibilização das Ligações viga-pilar 36

6.2 Parâmetro de estabilidade Gama Z (Yz) 37

6.3 Fator de restrição 0 (zero). Estrutura articulada 39

6.4 Fator de restrição 0,5. Estrutura semirrígida 42

6.5 Fator de restrição 0,8. Estrutura semirrígida 45

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 49

8. REFERÊNCIAS 50
11

1. INTRODUÇÃO

A prática de especificar as ligações viga-pilar como articuladas, por projetistas


em escritórios de cálculo de estruturas de concreto pré-moldado é de acordo com
AGUIAR(2001) uma pratica bem consolidada. Tal procedimento subestima o
desempenho das estruturas pré-moldadas, principalmente no que se refere a
estrutura de múltiplos pavimentos. Muitas das ligações típicas utilizadas em
estruturas pré-moldadas, conforme evidenciado em várias investigações
experimentais disponíveis na literatura técnica, apresentam comportamento
semirrígido.

Em razão desta afirmativa, e do uso cada vez mais frequentes de estruturas


pré-fabricadas, é oportuno dedicar atenção as ligações viga-pilar projetadas para este
tipo de estrutura, pois é considerado um dos fatores mais importantes para a
concepção estrutural de um edifício pré-fabricado e que deve ser sempre avaliado
pelo projetista estrutural.

KIMURA (2007) afirma que para se realizar uma análise estrutural é


necessário um modelo estrutural tridimensional composto por barras que
representam todos os pórticos presentes num edifício, possibilitando uma avaliação
completa e eficiente do comportamento global da estrutura, uma vez que se encontra
vulnerável a fatores que influenciam diretamente a estabilidade global das estruturas.

Entre esses fatores encontram-se: as cargas horizontais e verticais (como o


vento e as imperfeições geométricas), a rigidez dos elementos estruturais, os
deslocamentos horizontais (os que modificam a geometria inicial da estrutura) e o
modelo estrutural adotado (também conhecido como modelo mecânico) influenciam
a estabilidade global de um edifício, o que torna a estrutura sujeita aos efeitos de 2ª
ordem1. (KIMURA, 2007; MONCAYO, 2011; PLIZ et al., 2011).

A norma de projetos de estruturas de concreto, a NBR 6118/2004, classifica


dois tipos de estruturas – ligações rígidas e flexíveis – de acordo com os efeitos
globais de 2ª ordem. As estruturas de ligações rígidas sendo aquelas com pequenos

1 A NBR 6118 define os efeitos de 2ª ordem como sendo "aqueles que se somam aos obtidos numa análise de primeira

ordem (em que o equilíbrio da estrutura é estudado na configuração geométrica inicial), quando a análise do equilíbrio
passa a ser efetuada considerando a configuração deformada”
12

deslocamentos horizontais e que os efeitos de 2ª ordem são desprezíveis ao


considerar seus esforços totais e ligações flexíveis aquelas quando os efeitos de 2ª
ordem, superiores a 10%, contribuem de forma efetiva para o aumento dos esforços
totais.

GIOMBELLI et al (2010) afirmaram que para garantir a estabilidade da


estrutura a partir desse sistema, é fundamental que os vínculos sejam definidos
conforme a especificidade de cada caso para a utilização ligações rígidas ou flexíveis,
e assim garantir o adequado comportamento do conjunto. É relevante mencionar que
a estabilidade global pode ser alcançada, mesmo se durante o processo de análise
ocorrer alguma interferência, todavia, diante de um mal dimensionamento da
estrutura, a solução pode se tornar inadequada ao projeto.

Umas das principais diferenças na análise das estruturas de concreto pré-


moldado e moldado no local estão relacionadas à presença de ligações e as situações
transitórias que estarão submetidos os elementos pré-moldados. Quando se diz que
as ligações possuem um comportamento semirrígido, tem-se mente um
comportamento intermediário, em termos de flexão entre as articulações e o
engastamento perfeito, aproximando-se de uma das duas situações em função da
flexibilidade das ligações.

Segundo FERREIRA (1999), as considerações de deformabilidade das ligações nas


extremidades dos elementos da estrutura, promove uma modificação na rigidez dos
elementos, gerando uma redistribuição dos esforços e deslocamentos ao longo de
toda a estrutura. É proposta uma classificação para as ligações viga-pilar, com a
identificação de cinco zonas, sendo as ligações semirrígidas subdivididas em três
zonas de projeto. As zonas identificadas por essa classificação correspondem a:

Zona I: Ligação articulada com o fator de restrição 0 < R <0,14.

Zona II: Ligação semirrígida com baixa resistência e fator de restrição 0,14<R <0,4.

Zona II: Ligação semirrígida com média resistência e fator de restrição 0,4<R <67.

Zona II: Ligação semirrígida com alta resistência e fator de restrição 0,67<R <0,9

Ligação rígida com fator de restrição R >0,9.


13

FARIA (2001) afirma que para cada tipo de ligação empregada (rígida,
semirrígida ou articulada) há uma distribuição diferente para os momentos fletores
positivo e negativo. Na solução com ligação articulada não se transmite momento
fletor para os pilares, enquanto que a ligação rígida transfere momento fletor para o
pilar, diminuindo assim o momento positivo no meio do vão, não permitindo que haja
giro entre a viga e o pilar. Já as ligações semirrígidas são capazes de transmitir uma
parte do momento fletor pois há uma rotação relativa entre viga e pilar.

Diante do exposto, esta pesquisa surge imbuída da necessidade de aprofundar


o conhecimento a respeito da utilização de ligações rígidas e semirrígidas para
pórticos planos a partir de um estudo comparativo, uma vez que, a utilização de
elementos pré-fabricados vem crescendo muito e o desconhecimento em relação as
ligações viga-pilar pode prejudicar o custo e utilização desse tipo de solução. Essa
pesquisa pretende também, avaliar a influência no dimensionamento das vigas pré-
fabricadas protendidas com relação a flexão.
14

1.1 JUSTIFICATIVA

O crescimento da utilização das Estruturas pré-fabricadas e o interesse recente


por parte dos pesquisadores vêm possibilitando a otimização desse tipo de solução
estrutural. Um grande ponto de divergência entre os projetistas que trabalham com a
solução de pré-fabricados é a questão das ligações. O fato da não consideração da
rigidez nas ligações pode acarretar mudanças significativas na forma de projetar,
inclusive podendo impossibilitar algumas edificações. Uma análise da influência da
ligação viga-pilar numa estrutura pré-fabricada, demonstrando os benefícios gerados
por esta consideração, que dispõe de estudos recentes para embasar essa
consideração, vai evidenciar a necessidade dessa consideração.
15

2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral

A proposta desse trabalho e apresentar um estudo comparativo de uma estrutura


em concreto pré-moldado, com diferentes considerações de continuidade na ligação
viga-pilar avaliando a influência da continuidade das vigas na estabilidade global e no
dimensionamento a flexão das vigas.

2.2 Objetivos Específicos

Calcular o parâmetro de estabilidade Gama Z (Yz), e os mementos fletores positivos


nas vigas pré-moldadas em concreto protendido, considerando a estrutura articulada
(0% de continuidade na ligação viga-pilar), com 50% de continuidade, 85% de
continuidade e, uma estrutura rígida (100% de continuidade na ligação viga-pilar).
16

3. METODOLOGIA DE PESQUISA

Para a realização e desenvolvimento do estudo a seguir e atender as exigências


da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, foram estabelecidas as seguintes
etapas:

3.1 Definição do objeto de estudo

Por trata-se de um tema muito especifico, foi necessário a caracterização do


objeto de estudo a fim de prosseguir com as pesquisas e estudos;

3.2 Pesquisa bibliográfica

Posteriormente a escolha do tema, fez-se necessário uma pesquisa bibliográfica


especifica para levantar o referencial teórico necessário a fundamentação da proposta
do trabalho. Entre os pesquisados estão, monografias, dissertações, teses, normas
técnicas, livros e revistas especializadas.

3.3 Escolha do Modelo

Escolha de um modelo de edifício pré-fabricado, com pilares pré-fabricados em


concreto armado, vigas pré-fabricadas em concreto protendido e lajes pré-fabricadas
protendidas alveolares.

3.4 Apresentação e análise de resultados

Verificações dos modelos proposto para estudo e demonstração dos resultados e


realizada a discussão desses.
17

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 Ligações Viga-Pilar

Corriqueiramente, a ligação entre a viga e o pilar é denomina “nó de pórtico” e


apresenta um comportamento específico em relação ao resto da estrutura, tendo em
vista que neste ponto ocorre a mudança de direção do eixo da estrutura, o que
provoca alteração na direção dos esforços internos e, consequentemente, modificação
na distribuição de tensões na seção.
De acordo com STRAMANDINOLI (2007) as ligações viga-pilar podem ser
classificadas com relação à rigidez, à flexão em: articulada (aquelas que não
apresentam impedimento para a ocorrência de rotação relativa entre as peças
conectadas, como as rótulas perfeitas, utilizadas em elementos de treliças), rígidas e
flexíveis. Nesse estudo serão detalhadas as duas últimas ligações, uma vez que se
trata do objeto da pesquisa.
Para o caso de pórticos sujeitos a cargas horizontais, nas ligações entre vigas e
pilares, o efeito de cisalhamento é relevante visto que as elevadas tensões cisalhantes
provocam fissuras inclinadas e por isso é necessária uma modelagem mais refinada
da ligação entre os elementos.
Uma maneira de capturar adequadamente o comportamento das ligações é a
partir de uma modelagem de toda a estrutura por elementos finitos planos. No
entanto, o modelo resulta em um grande número de graus de liberdade, o que fica
quase impraticável para a análise de pórticos em escala real. Outros modelos
simplificados têm sido propostos.

4.1.1 Ligações Rígidas

Todas as estruturas são deslocáveis, entretanto, em algumas estruturas mais


rígidas, os deslocamentos horizontais dos nós são pequenos e, consequentemente, os
efeitos globais de segunda ordem têm pequena influência nos esforços totais,
podendo então ser desprezados. Estas estruturas são denominadas estruturas de nós
fixos. Nestes casos, as barras podem ser calculadas isoladamente, com suas
18

extremidades vinculadas, onde são aplicados os esforços obtidos pela análise de


primeira ordem (OLIVEIRA, 2002).

Conforme STRAMANDINOLI (2007) as ligações rígidas são aquelas nas quais


todos os deslocamentos relativos entre as peças são impedidos, isto é, não há
alteração no ângulo relativo entre elas: são as ligações comumente utilizadas em
elementos de pórticos.
Em conformidade com PESSIKI (apud ELMORSI,1998), a maioria dos
programas para análise de pórticos de concreto armado consideram as ligações, entre
vigas e pórticos, rígida e propõem uma alternativa para a modelagem destas ligações.

Para CARVALHO E PINHEIRO (2009), nas estruturas de nós fixos, é permitido


considerar cada elemento comprimido isoladamente, como barra vinculada nas
extremidades aos demais elementos estruturais que ali concorrem, onde se aplicam
os esforços obtidos pela análise da estrutura efetuada segundo a teoria de primeira
ordem.

Sob ação de forças horizontais, a estrutura é sempre calculada como


deslocável. O fato de a estrutura ser classificada como de nós fixos dispensa apenas a
consideração dos esforços globais de segunda ordem.

4.1.2 Ligações Semirrígidas

Em CATOIA (2007), uma ligação deve possuir bom desempenho de resistência,


rigidez e ductilidade. A resistência de uma ligação será determinada pela resistência
de cada elemento que a compõe, a rigidez a flexão de uma ligação está relacionada
com o momento fletor resistido por ela e a rotação ocorrida entre a viga e o pilar.

Para HANAI (2005), a ductilidade está relacionada com a capacidade do


material ou da estrutura de sofrer deformações plásticas significativas antes da
ruptura. Quando o material ou a estrutura possui pouco ou nenhuma ductilidade, é
qualificado como frágil. Uma ligação deve ser responsável pela transferência de
esforços e quando corresponder a uma ligação resistente a flexão pode auxiliar na
estabilidade global da estrutura.
19

De acordo com a norma NBR 9062:2006, as ligações podem ser consideradas


como dispositivos utilizados para compor um conjunto estrutural, sendo destinadas a
transmitir os esforços solicitantes nas várias fases de utilização, considerando as
condições de projeto e preservando as condições de durabilidade em toda a vida útil
da estrutura.

A execução das ligações corresponde a uma das atividades mais difíceis e caras
na produção de estruturas pré-moldadas. Dessa forma, a escolha da ligação afeta o
tempo de execução da mesma e o custo da construção, pois as facilidades na execução
das ligações permitem uma redução no tempo de utilização de equipamentos para a
montagem e com isso, uma redução de custos. As ligações dos elementos pré-
moldados podem ser realizadas através de diferentes dispositivos mecânicos como:
chumbadores, solda e transpasse de armadura com preenchimento de graute ou
concreto.

Em FERREIRA (1999), as ligações correspondem a região de descontinuidade


que podem ou não mobilizar deslocamentos e esforços proveniente dos elementos
por elas ligados, permitindo uma redistribuição desses esforços ao longo da
estrutura, influenciando no comportamento da mesma. Como as ligações se
encontram em regiões críticas é necessária a utilização de ligações resistentes e que
possuam rigidez e ductilidade, de forma a aproximar as estruturas pré-moldadas de
estrutura moldadas no local.

Segundo KIMURA (2007) as ligações flexibilizadas estão relacionadas a um


tratamento que permite um equilíbrio entre as ligações, ou seja, essas ligações não
são consideradas nem totalmente rígidas nem muito menos totalmente articuladas.
Esta flexibilização da ligação é realizada por uma formulação que considera a
existência de ‘molas’ nos extremos das barras

Em outras palavras, quando uma viga está apenas vinculada ao extremo do


pilar, embora esse pilar tenha uma rigidez a flexão elevada em ambas as direções ele
não é capaz de oferecer muita resistência à flexão na ligação com viga; apenas uma
faixa desse pilar trabalhará quando a viga for solicitada e não o pilar como um todo.
20

Ainda conforme este último autor: “Se a modelagem via pórtico espacial não
for adaptada para contemplar a rigidez efetiva nas ligações viga-pilar, esforços irreais
surgirão nesse local e o comportamento da estrutura poderá ser avaliado de forma
incorreta.” (KIMURA, 2007, p. 262).

Segundo HAUCH (2010) o comportamento não linear físico dos materiais afeta
a rigidez das seções transversais, e esta alteração não pode ser desprezada em uma
análise de segunda ordem, uma vez que os deslocamentos laterais da estrutura estão
intimamente relacionados com a rigidez dos membros constituintes.

Por outro lado, o autor anterior afirma que a análise de não-linearidade


geométrica deve ser levada em conta sempre que ocorram alterações significativas na
geometria. A interação das forças verticais com os deslocamentos horizontais torna a
estrutura cada vez mais distante de sua posição indeformada e uma nova posição de
equilíbrio, se existir, é alcançada.

O Método das Ligações Flexíveis, proposto por SAFFARINI E WILSON (1983),


consiste em representar as vigas e pilares por elementos de barras, mas no encontro
entre esses elementos utiliza-se um elemento finito plano, submetido a um estado
plano de tensões. Esse método foi proposto para análise elástico-linear, mas poderia
ser estendido para a consideração da não-linearidade do concreto, capturando assim,
as fissuras inclinadas.

Figura 1: Barra com Ligações semi-rígidas

Fonte: Saffarini e Wilson

BAO (2005) propôs um modelo onde a ligação viga-pilar é idealizada por um


elemento de junta que consiste de barras de pórtico formando um paralelogramo,
rígidas axialmente e com zonas de interface nas extremidades das barras. Estas zonas
são compostas de elementos de comprimento nulo e componentes de transição
rígidos. A deformação axial e por cisalhamento das extremidades dos elementos na
zona de interface são desprezadas, enquanto que a rotação destas interfaces causadas
21

por carregamento de flexão é levada em conta. Na modelagem, dois elementos de


comprimento nulo são utilizados para ligar os nós da extremidade dos componentes
de transição rígidos aos nós do paralelogramo, liberando o grau de liberdade de
rotação e restringindo os graus de liberdade de translação que possam causar
deformação por cisalhamento.

Portanto, nas estruturas de nós fixos, somente o efeito de 2ª ordem local deve
ser considerado. Já nas estruturas de nós móveis, os efeitos de 2ª ordem local e global
devem ser considerados.

4.2 Verificação da estabilidade global

Na engenharia de estruturas existem alguns requisitos que são relevantes na


elaboração de projetos de edifícios de concreto armado ou protendido, dentre esses
pode-se mencionar a verificação de estabilidade global que é obtido por meio de
coeficientes denominados de parâmetros de estabilidade global (MONCAYO, 2011).
Todavia, faz-se necessário uma compreensão prévia acerca a análise não-linear.

4.2.1 Análise não-linear

A análise não-linear consiste num cálculo no qual a resposta da estrutura –


seja em deslocamentos, esforços ou tensões – possui um comportamento
desproporcional à medida que o carregamento é aplicado (KIMURA, 2007).

Basicamente, existem três fatores que geram o comportamento não-linear são


eles: não-linearidade física ou material, não-linearidade geométrica e a não-
linearidade nas condições de contorno ou de contato (MUÑOZ-ROJAS et al, 2001).

Porém, neste estudo serão abordados os dois primeiros, pois na visão de


PROENÇA (2010) a não-linearidade nas condições de contorno ou de contato não é
comum.

4.1.1.1 Não-linearidade física (NLF)

A não-linearidade física (NLF), segundo Rodrigues Junior (2005), pode ser


definida como as alterações nas propriedades do material, por esse não apresentar
22

uma relação tensão-deformação linear. Este fenômeno ocorre em modelos inelásticos


(plasticidade, viscoplasticidade, etc.) e em modelos hiperelásticos (CREUS, 2001).

RAMALHO E PINTO (2007), ao complementar a ideia dos autores anteriores,


afirmam que é importante se observar o comportamento do material constituinte da
estrutura; neste caso o concreto, pois esse material está vulnerável aos efeitos da
fissuração, da fluência, do escoamento da armadura e outros fatores secundários.

A consideração da NLF para estruturas de grande porte de concreto armado é


uma tarefa complexa e difícil de ser implementada e por estas razões estudos são
realizados com a finalidade de se obter métodos que simplifiquem esta análise – que
muitas vezes precisam do apoio significativo de um sistema computacional
(RAMALHO e PINTO, 2002).

4.1.1.1 Não-linearidade geométrica (NLG)

Uma estrutura pode ter um comportamento não-linear, mesmo que o seu


material apresente comportamento linear-elástico. Deflexões muito grandes de um
membro estrutural podem ocasionar o aparecimento de momentos fletores
adicionais (denominados de segunda ordem), em virtude da presença de um esforço
normal. A esse tipo de comportamento não-linear, dá-se o nome de não linearidade
geométrica (NLG) (RODRIGUES JUNIOR, 2005).

A não-linearidade geométrica está relacionada a mudança da geometria da


estrutura. Esses efeitos são determinados por meio de uma análise na qual se
considera a estrutura na sua configuração final de equilíbrio, ou seja, o equilíbrio na
posição deformada (PINTO e RAMALHO, 2002; MONCAYO, 2011).

MUÑOZ-ROJAS et al (2001) afirmam que o processo de deformação do corpo


pode ocorrer devido a uma grande deformação, a grandes deslocamentos e rotações
da configuração de referência, ou dos dois concomitantemente.

Portanto, os efeitos não lineares estão associados às equações de equilíbrio,


que consideram a configuração deformada, e às relações deformação-deslocamento,
que incluem termos não lineares. Assim, a elevada esbeltes, cada vez mais presente
nos edifícios altos, conduzindo a efeitos de segunda ordem mais relevantes, torna
23

indispensável a consideração da não-linearidade geométrica nesta classe de


estruturas (RODRIGUES JUNIOR, 2005).

Ao basear nas colocações anteriores PINTO E RAMALHO (2002) afirmam que


no projeto de edifícios altos o problema da NLG é um efeito que deve ser observado
com cautela e atenção, principalmente, quando a estrutura é solicitada
simultaneamente pelo carregamento vertical e pelas ações horizontais. Isso porque, o
carregamento vertical agindo na estrutura deslocada pode ocasionar o aparecimento
de acréscimos de esforços capazes de conduzí-la ao colapso.

4.2.2 Parâmetro de Estabilidade Global e Efeito de Segunda


Ordem

Atualmente, em razão da escassez e do custo elevado de espaço, os grandes


centros urbanos exigem dos projetos arquitetônicos utilização total da pouca área
horizontal existente e maximização na altura das edificações (WORDELL, 2003).

Com este aumento significativo na altura das edificações, é importante que


durante a análise dos projetos estruturais os cálculos e verificações não sejam
efetuados analisando a estrutura isoladamente, mas o comportamento da estrutura
quando todas suas partes estiverem conectadas e recebendo carregamentos
(RIBEIRO, 2010).

Dessa forma, a avaliação da estabilidade global do edifício ganha considerável


relevância. Por isso, faz-se necessário compreender o seu significado.

De acordo FUSCO (1976) e KIMURA (2007) a verificação da estabilidade global


de um edifício de concreto armado é fundamental, logo deve ser avaliado no início da
elaboração do projeto estrutural e levando-se em conta o caráter tridimensional das
construções.

MONCAYO (2011) explica que a avaliação da estabilidade global de edifícios se


obtém a partir do cálculo dos chamados parâmetros de estabilidade e que alguns
deles avaliam concomitantemente a estabilidade e estimam os efeitos de segunda
ordem.
24

Os efeitos de segunda ordem ocorrem em razão da ação de cargas verticais e


horizontais e os deslocamentos laterais das ligações de uma estrutura (FRANCO,
1985). Na concepção de KIMURA (2007) e CARVALHO E PINHEIRO (2009) a análise
de segunda ordem pode ser definida como sendo aquela em que o cálculo da
estrutura é realizado na sua posição deformada, ocasionando o aparecimento de
efeitos adicionais chamados efeitos de segunda ordem, que tendem a desestabilizar a
edificação.

Contudo, segundo o Item 15.2, da NBR 6118 (2003), os efeitos de segunda


ordem podem ser desprezados sempre que não representarem acréscimo superior a
10% nas reações e nas solicitações relevantes da estrutura.

Na visão de BUENO (2009) duas grandes ferramentas auxiliam os projetistas a


analisar a estabilidade global e o efeito de segunda ordem: os parâmetros de
estabilidade global e os programas computacionais para análise estrutural.

Considerando os parâmetros de estabilidade global pode-se citar o parâmetro


de instabilidade α, o coeficiente FAV t e o coeficiente Gama Z (Yz). Em que apenas o
último parâmetro será objeto desta pesquisa juntamente com o CAD/TQS (programa
computacional para análise estrutural) que será detalhado no capítulo III.

4.2.2.1 Parâmetro de instabilidade α

Meados a década de 60, a partir da teoria de Euler, Beck e König deduziram o


parâmetro α que tem como finalidade avaliar a estabilidade global de estruturas de
concreto (ARAÚJO, 2004). Em 1985, Franco (1991) nomeou de parâmetro de
instabilidade α como é chamado ainda nos dias atuais.

Vasconcelos (1986) em consonância com Araújo (2004) afirmaram que o


parâmetro de instabilidade α seria o primeiro parâmetro capaz de avaliar os efeitos
de segunda ordem em uma estrutura; em contrapartida, Moncayo (2011) não
compartilha da mesma ideia, pois defende que esse parâmetro apenas indica ao
projetista se pode, ou não, desprezar os efeitos de segunda ordem.

Segundo a NBR 6118 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS –


ABNT – 2003), item 15.5.2, seu valor é calculado pela fórmula:
25

Onde:

 Htot: é a altura da estrutura, medida a partir do topo da fundação ou de um


nível pouco deslocável do subsolo;
 Nk: é o somatório de todas as cargas verticais atuantes na estrutura (a partir
do nível considerado para o cálculo de Htot), com seu valor característico;
 EcsIc: é o somatório dos valores de rigidez de todos os pilares na direção
considerada; no caso de estruturas de pórticos, de treliças ou mistas, ou com
pilares de rigidez variável ao longo da altura, pode ser considerado o valor da
expressão EcsIc de um pilar equivalente de seção constante.
É válido referir que a NBR 6118 considera uma estrutura reticulada simétrica
como sendo de ligações rígidas se α < α1, e se α ≥ α1, de ligações flexíveis (ABNT,
2007).

Ainda, conforme a ABNT (2007) caso o número de níveis (n) de barras horizontais
(andares) acima da fundação ou de um nível pouco deslocável do subsolo seja n ≥ 4, o
valor de α1 = 0,6. Porém, esse valor pode sofrer uma variação de acordo com as
associações. Pode ser aumentado para α1 = 0,7 no caso de contra-ventamento
constituído exclusivamente por pilares-parede e deve ser reduzido para α1 = 0,5
quando só houver pórticos. Caso seja o n ≤ 3, o valor de α1 = 0,2 + 0,1.

4.2.2.2 Coeficiente FAV t

Segundo MONCAYO (2011) outro parâmetro que avalia a estabilidade global é


o coeficiente FAVt (Fator de amplificação de esforços horizontais ou de vento), que
além desta função pode ser utilizado para estimar os esforços de segunda ordem,
semelhante ao Yz, por isso, em 2009 Bueno nomeou de Y’z.

É importante mencionar que este coeficiente FAVt é exclusivo do Sistema


CAD/TQS e é calculado utilizando-se exatamente a mesma formulação do coeficiente
Yz. A diferença consiste em considerar os deslocamentos horizontais provocados
26

pelas cargas verticais, assim, a única parcela que é calculada de uma maneira
diferente em relação ao Yz é o ΔMtot,d (esforços de segunda ordem).

Portanto, a formulação do FAVt é a seguinte:

Destarte, quando os deslocamentos horizontais provocados pelas cargas


verticais atuam no sentido do vento, FAVt >Yz. Em situações contrárias, isto é, quando
os deslocamentos oriundos das cargas verticais atuam em sentido oposto ao do vento
(favorecendo a estabilidade), é FAVt < Yz (ABNT, 2003).

O Sistema CAD/TQS opta pelo coeficiente FAVt como o majorador de esforços


de primeira ordem, e o descarta adotando o Yz quando FAVt < Yz.

4.2.2.3 Coeficiente Gama Z (Yz)

O parâmetro de instabilidade Gama Z ou coeficiente Gama Z (Yz) tem como


finalidade avaliar com eficiência a estabilidade global de um edifício com estrutura de
concreto armado e estimar os esforços de segunda ordem por uma simples majoração
dos esforços de primeira ordem (MONCAYO, 2011).

Este coeficiente surgiu no início da década de 90, quando Franco e Vasconcelos


(1991) observaram que se utilizasse o método P-Δ em estruturas regulares
submetidas às forças laterais e verticais, podia se aproximar os deslocamentos
horizontais por uma progressão geométrica.

Franco e Vasconcelos (1991) estabeleceram um limite de 1,20 para o valor de


ɣz. Contudo, a NBR 6118 (ABNT, 2003) estabeleceu o coeficiente Yz entre 1,0 e 1,3 (1,0
≤ Yz ≤ 1,3) como valores seguros, pois valores abaixo ou acima do determinado pode
tornar uma estrutura impraticável e incoerente, indicando uma instabilidade
estrutural.
27

Ainda, fundamentando-se no item 15.5.3 da NBR 6118 (ABNT, 2003) o valor


de ɣz para cada combinação de carregamento é dado pela expressão:

Onde:

 ΔMtot,d: é a soma dos produtos de todas as forças verticais atuantes na


estrutura, na combinação considerada, com seus valores de cálculo, pelos
deslocamentos horizontais de seus respectivos pontos de aplicação, obtidos da
análise de 1ª ordem;
 M1,tot,d: é o momento de tombamento, ou seja, a soma dos momentos de todas
as forças horizontais da combinação considerada, com seus valores de cálculo,
em relação à base da estrutura;
Na figura 2 observa-se as grandezas usadas no cálculo do coeficiente do γz;

Figura 2: Grandezas usadas no cálculo do Gama z (yz)

Fonte: GOULART,2008

Conforme Lima (2001), nas estruturas projetadas em concreto armado o


coeficiente Yz pode ser usado para classificar as estruturas quanto à deslocabilidade
das ligações. A NBR 6118 “considera-se que a estrutura é de ligações rígidas se for
28

obedecida a condição Yz ≤ 1,1, e de ligações flexíveis se for 1,0 < Yz ≤ 1,3”. (ABNT,
2007, p. 93).

Além dessa classificação, o coeficiente Yz fornece uma estimativa dos valores


adicionados nas reações e solicitações relevantes, pois de acordo com a NBR 6118
(ABNT, 2007, p. 94):

“Uma solução aproximada para a determinação dos esforços globais de 2ª ordem


consiste na avaliação dos esforços finais (1ª ordem + 2ª ordem) a partir da majoração
adicional dos esforços horizontais da combinação de carregamento considerada por
0,95 Yz. Esse processo só é válido para ɣz ≤ 1,3.”

Destarte, Wordell (2003, p. 21-2) reforça essa conclusão ao afirmar que “A


principal vantagem do parâmetro Yz sobre o parâmetro α, é que fornece uma
estimativa dos acréscimos dos esforços de segunda ordem, enquanto α indica apenas
a necessidade, ou não, da realização de uma análise de segunda ordem.”

Mediante ao exposto para este estudo, optou-se por se utilizar apenas como
parâmetro de instabilidade global o coeficiente Yz.

4.2.3 Fatores que influenciam a estabilidade global

As seções anteriores demonstravam como a estabilidade global de uma


estrutura poderia ser avaliada. Essa seção será reservada para apontar como alguns
fatores relevantes podem influenciar diretamente na estabilidade global das
estruturas de edifícios; alguns são mais significativos enquanto que outros podem ser
perfeitamente desprezíveis.

Por serem objetos de interesse do estudo serão abordados como as cargas


atuantes (horizontais e verticais), a rigidez dos elementos estruturais e o modelo
estrutural adotado (também conhecido como modelo mecânico) influenciam a
estabilidade global de um edifício.

4.2.3.1 Cargas atuantes na estrutura

Segundo KIMURA (2007) existem, basicamente, dois tipos de cargas que atuam
na estrutura: as horizontais e as verticais. Essas cargas serão discutidas, com relação
aos efeitos que elas podem causar na estabilidade de um edifício.
29

4.2.3.1.1 Cargas horizontais

A estabilidade de uma estrutura independe da magnitude das cargas


horizontais exercidas, por exemplo, pelo vento (MELGES, 2012). A velocidade do
vento pode sofrer uma variação de 30 a 50m/s e a estabilidade global do edifício não
altera em nada, ou seja, o coeficiente Yz permanece inalterado. Tal fato acontece
porque quando a força horizontal FHd é dobrada, o deslocamento ytd também dobra,
mantando a relação com o mesmo valor (KIMURA, 2007).

Por outro lado, CARVALHO E PINHEIRO (2009) afirmam que a força dos
ventos, se significativa – principalmente, em estruturas de grande altura ou em
edificações em que a relação entre a altura e dimensão em planta é grande – pode até
desencadear instabilidade na estrutura e por isso, deve ser considerado no cálculo.

4.2.3.1.2 Cargas verticais

Ao contrário das ações horizontais, a magnitude das cargas verticais tem


influência direta na estabilidade de uma estrutura, como por exemplo, o peso próprio
e a sobrecarga acidental (KIMURA, 2007).

Figura 3: Barra vertical engastada na


base e livre no topo
,
Pode-se observar que a relação
, ,

sempre será alterada, pois ao se considerar outro


valor para a ação vertical Fv, alteram-se apenas os
valores dos esforços de segunda ordem (ΔMtot,d),
permanecendo inalterado os de primeira ordem
M1tot,d; ratificando a premissa de que as ações
verticais têm influência direta na estabilidade de
um edifício (MONCAYO, 2011) conforme pode ser
observada na figura a seguir.

Fonte: MONCAYO,2011
30

4.2.3.2 Rigidez da estrutura

No âmbito da engenharia civil o termo rigidez está associado a um dos fatores


mais importantes, pois está relacionado a estabilidade global do edifício. Segundo
Kimura (2007), considerando os edifícios usuais, os pilares e as vigas são os
elementos de maior importância na avaliação da estabilidade e as lajes com
significância desprezível.

A NBR 6118 ao referir às lajes sugere uma redução de sua rigidez à flexão para
0,3. Ecilc, e a partir daí pode-se observar sua contribuição irrelevante na análise da
estabilidade (ABNT, 2003).

Para Bueno (2009) a garantia da estabilidade global de uma edificação é obtida


por meio de uma estrutura de contra-ventamento, geralmente, formada por sistemas
de pórticos resultante da união entre vigas e pilares em direções ortogonais.

É importante observar que a modificação no valor da rigidez à flexão, altera-se


apenas o valor dos deslocamentos horizontais, e consequentemente o valor do
esforço de 2ª ordem (ΔMtot,d), permanecendo inalterado o de primeira ordem M1tot,d,
,
ou seja, a relação sempre será alterada. Portanto, com este simples exemplo,
, ,

comprova-se que a alteração da rigidez tem influência direta na estabilidade de um


edifício (KIMURA, 2007; BUENO, 2009; MONCAYO, 2011).

É relevante mencionar que além dos pórticos viga-pilar, existem outros tipos,
tais como pilares parede e treliças, núcleos de pilares de grandes dimensões, em
formato de U, junto a escadas e elevadores, pois eles possuem grande rigidez à flexão
e contribuem de maneira significativa (BUENO, 2009).

Todavia, as construtoras discordam da utilização destes pilares devido a difícil


execução, e antecipadamente avisam ao projetista que não querem esses núcleos. Mas
isso não é muito grave, pois se pode alcançar bons resultados referentes à
estabilidade apenas com emprego dos pórticos formados por vigas e pilares
(MONCAYO, 2011).
31

5. DESENVOLVIMENTO DOS MODELOS

Foi estabelecido um modelo de edifício pré-fabricado, com pilares pré-fabricados


em concreto armado, vigas pré-fabricadas em concreto protendido e lajes pré-
fabricadas protendidas alveolares. Edifício com 4 pavimentos, modulação 10,0 x 8,0
(vigas com 7,50m e lajes com 9,75m), pilares com seção de 50cmx50cm, pé-direito
com 3m. O Edifício foi projetado com concreto de resistência característica à
compressão f ck mínimo (kgf/cm2) = 40 Mpa.

O edifício foi projeto para carregamento de 200kgf/m² como carga


permanente e 750kgf/m² para carregamentos acidentais.

5.1 Características gerais dos edifícios

Foram analisadas diferentes situações de rigidez da ligação viga-pilar, para


avaliar a influência na estabilidade global da edificação e a influência no
dimensionamento das vigas pré-moldadas protendidas.

As seções de projeto utilizadas são as seguintes:

Figura 4: Seção de laje alveolar. H=21cm

Fonte: Acervo do autor


32

Figura 5: Seção de viga de bordo

Fonte: Acervo do autor

Figura 6: Seção de viga interna

Fonte: Acervo autor


33

Figura 7: planta baixa estrutura

Fonte: Acervo autor


34

5.2 O sistema computacional: CAD/TQS

Desde meados da década de 80, a TQS Informática Ltda. disponibiliza


inovações tecnológicas para área de Engenharia Civil Estrutural. Dentre vários
programas, desenvolveu um sistema computacional gráfico denominado CAD/TQS
(TQS INFORMÁTICA, 2002).

O CAD/TQS é uma ferramenta que auxilia o engenheiro civil estruturalista


para a concepção, cálculo estrutural, análise de esforços e flechas, dimensionamento e
detalhamento de armaduras e desenho de estruturas de concreto armado, protendido
e em alvenaria estrutural (TQS INFORMÁTICA, 2009a).

O sistema CAD/TQS está preparado para calcular os mais variados tipos de


edificação de concreto, desde os pequenos até os de grandes portes; ainda, podem ser
analisados pavimentos simples ou complexos e modelar diversas torres conjuntas
num mesmo projeto; e embora com restrições – somente para análise de esforços e
deslocamentos – não pode esquecer-se de mencionar os elementos especiais
presentes no meio da estrutura (TQS INFORMÁTICA, 2009 a).

Portanto, trata-se de um sistema integrado, completo e integralmente baseado


nas normas técnicas de concreto armado e protendido (NBR 6118, 2003), bem como
na metodologia usual de elaboração e representação de projetos estruturais
empregadas pelas empresas brasileiras (TQS INFORMÁTICA, 2009 a;b).

O sistema CAD/TQS pode ser facilmente instalado em uma máquina individual


ou em uma rede de computadores cujo sistema operacional seja Windows e
compatível com todas as versões desse sistema; por possuir uma plataforma gráfica
própria, o sistema CAD/TQS não depende de nenhum outro software tipo CAD.

Segundo a TQS Informática (2010) o funcionamento do sistema CAD/TQS, de


forma didática e simplificada, pode ser resumido nas seguintes etapas:

a) Através de uma interface amigável e um editor CAD direcionado para


Engenharia, o Engenheiro/Usuário do sistema cria a estrutura, isto é, define a
posição e a dimensão dos elementos estruturais (pilares, vigas, lajes,etc.) bem
35

como as ações que atuarão na estrutura (sobrecarga permanente, acidental,


vento,etc.).
b) Com base neste lançamento de dados, o sistema gera e calcula
automaticamente modelos matemáticos, compostos por grelhas e pórticos
espaciais, que simulam o comportamento de toda a estrutura.
c) Através de visualizadores gráficos específicos que mostram diagramas de
esforços e deslocamentos, bem como de relatórios detalhados, o Engenheiro
analisa e interpreta os resultados oriundos do processamento.
d) De acordo com os esforços obtidos, o sistema automaticamente dimensiona e
detalha as armaduras necessárias em cada um dos elementos estruturais.
e) Através de editores especiais, o Engenheiro pode otimizar e refinar o
dimensionamento e detalhamento das armaduras em certos elementos, tendo
a possibilidade inclusive de fazer uma verificação local das alterações
realizadas.
f) Todo o conjunto de desenhos é rapidamente organizado pelo sistema em
pranchas com tamanho, margem e carimbo personalizados que,
posteriormente, podem ser impressas ou plotadas, de tal forma que o projeto
estrutural completo possa ser enviado para execução da obra.
Diante do exposto, percebeu-se que o sistema CAD/TQS é uma solução
completa e definitiva para o Engenheiro que necessita elaborar projetos estruturais
com qualidade e segurança (TQS INFORMÁTICA, 2009 a;b).

Baseando nas afirmações anteriores o autor utilizou o sistema CAD/TQS para


calcular os deslocamentos laterais e o parâmetro de estabilidade Gama Z (Yz)
utilizando os coeficientes de flexibilização 0 (zero), 1,5 e 3,0 para seis edifícios de
andares múltiplos.
36

6. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Serão apresentados os resultados das análises do parâmetro de estabilidade


gama z (Yz) utilizando os coeficientes de engastamento das vigas em 0 (zero), 0,5, 0,8
e 1,0 e o dimensionamento das vigas principais de acordo com a influência das
ligações viga-pilar.

6.1 Flexibilização das Ligações viga-pilar

É possível simular de maneira simplificada o comportamento das ligações viga-


pilar. Considera-se a inércia do pilar que recebe a viga não é do pilar inteiro,mas de
um pilar retangular fictício com a largura da viga multiplicada por um fator e o
comprimento da intersecção viga-pilar.Esta hipótese flexibiliza o apoio, considerando
que as seções do pilar se deformam de maneira não linear na prática, próximo da
viga. Modificando os coeficientes para controlar o grau de flexibilização desejada. Os
coeficientes de mola nas direções X e Y são calculados através da expressão

onde E é o módulo de elasticidade do concreto, I o momento de


inércia na direção considerada, L o pé direito do piso e REDMOL o redutor do
coeficiente de mola.

Se o piso continuar, o coeficiente de mola será a soma dos coeficientes calculados


para o piso atual e o de cima. A largura equivalente de apoio pode ser ampliada com a
multiplicação do coeficiente LEPMOL, definido pelo projetista.

A largura determinada pelo programa nunca é menor que a largura da viga, nem
maior que a largura real do pilar. Se o valor definido for zero, então será assumida
toda a largura real do pilar.
37

6.2 Parâmetro de estabilidade Gama Z (Yz)

Será demonstrado um cálculo do Gama Z de forma ilustrativa.

Exemplo:

Fck = 25Mpa Ações horizontais de cálculo entre


Número de pavimentos = 6 pisos:
Distância piso a piso = 3 metros Fh = Yf x Pk,vento x área entre pisos

Concreto armado = 25 KN/m³ Fh = 1,4 x 0,8 x (6m x 3m) = 20,2 KN

Carga estimada do piso = 12 KN/m²


Pk,vento = 0,8 KN/m²

Ações verticais de cálculo por piso: Ações verticais de cálculo por pilar:
Fv = Yf (g+ q) x área do piso Fvp= Fv / (n° de pilares)
Fv = 1,4 x 12KN/m² x (6m x 6m) = Fvp = 604,8 KN/ 4 = 151,2KN
604,8 KN
38

É relevante mencionar que o valor limite de referência para a aplicação


de estabilidade Gama Z (Yz) para os casos estudados foi de 1,20 valor
estabelecido por Franco e Vasconcelos (1991).
39

6.3 Fator de restrição 0 (zero). Estrutura articulada

Figura 8: Pórtico com os momentos fletores My gerado pelo software TQS 17 – estrutura articulada

Fonte: software TQS 17, editado pelo autor

Figura 9: Pórtico com os momentos fletores My gerado pelo software TQS 17 – estrutura articulada

Fonte: software TQS 17, editado pelo autor


40

Tabela 1: Tabela de momento fletor para diferentes etapas da viga pré-fabricada – estrutura articulada

Tabela 2: Dimensionamento das vigas parte 01– estrutura articulada


41

Tabela 3: Dimensionamento das vigas parte 02– estrutura articulada


42

6.4 Fator de restrição 0,5. Estrutura semirrígida

Figura 10: Pórtico com os momentos fletores My gerado pelo software TQS 17 – estrutura semirrígida

Fonte: software TQS 17, editado pelo autor

Figura 11: Pórtico com os momentos fletores My gerado pelo software TQS 17 – estrutura semirrígida

Fonte: software TQS 17, editado pelo autor


43

Tabela 4: Tabela de momento fletor para diferentes etapas da viga pré-fabricada – estrutura semirrígida

Tabela 5: Dimensionamento das vigas parte 01– estrutura semirrígida


44

Tabela 6: Dimensionamento das vigas parte 02– estrutura semirrígida


45

6.5 Fator de restrição 0,8. Estrutura semirrígida

Figura 12: Pórtico com os momentos fletores My gerado pelo software TQS 17 – estrutura semirrígida

Fonte: software TQS 17, editado pelo autor

Figura 13: Pórtico com os momentos fletores My gerado pelo software TQS 17
– estrutura semirrígida

Fonte: software TQS 17, editado pelo autor


46

Tabela 8: Tabela de momento fletor para diferentes etapas da viga pré-fabricada – estrutura semirrígida

Tabela 7: Dimensionamento das vigas parte 01– estrutura semirrígida


47

Tabela 9: Dimensionamento das vigas parte 02– estrutura semirrígida

Ao observar os Quadros, percebe-se que considerando os fatores de restrição


adotados na análise do edifício, para o fator de restrição 0 (zero), onde a estrutura é
articulada, o edifício não atende ao GamaZ mínimo para estabilidade global. Já para a
situação que foi utilizado fator de restrição de 0,5 e fator de restrição de 0,8, atende
ao parâmetro de estabilidade global, possibilitando o correto dimensionamento do
edifício.

Na análise da situação de fator de restrição 0 e fator de restrição 0,5, é possível


identificar que houve uma redução de 52,57% no parâmetro de estabilidade global
GamaZ. Já no caso de fator de restrição 0,8, o ganho foi de 56,25% em relação a
situação articulada.

Considerando os valores obtidos, para a situação de fator de restrição de 0,8, o


GamaZ é de 1,19, menor do que o máximo valor para utilização deste parâmetro
defendido por alguns autores. Já na situação de fator de restrição de 0,5, o GamaZ
obtido foi de 1,29, e para a situação do edifício articulado, o GamaZ encontrado foi de
2,72.
48

O item 15.7.2 da NBR 6118/2003 apresenta uma quantificação dos esforços


finais na estrutura mediante aplicação de Yz. Os esforços globais finais
(1ªordem+2ªordem) são determinados a partir da majoração adicional dos esforços
horizontais da combinação de carregamento considerada por 0,95 Yz . Esse processo
é válido para Yz <1,30. Para valores de Yz < 1,10, a estrutura pode ser considerada de
nós fixos, dispensando-se, portanto, os efeitos de 2ªordem globais.

PINTO (1997) concluiu que valores superiores a 1,20 devem ser evitados, e
chegou a essa conclusão comparando os valores de Yz aos resultados obtidos com um
método que considera a NLG de maneira mais refinada, através de alterações
incrementais na matriz de rigidez.

Em relação aos esforços obtidos com o Yz, percebeu que para valores entre
1,15 e 1,20 começam a aparecer diferenças de 3% contra a segurança, acima de 1,20
as diferenças tendem a aumentar para mais de 5%, e para Yz superior a 1,30
aparecem diferenças da ordem de 7% contra a segurança. LIMA (2001) também
concluiu que o limite 1,20 está mais compatível que 1,30. PINTO, CORRÊA E
RAMALHO (2005) chegaram a uma nova conclusão, em que o limite de 1,20 pode ser
um pouco conservador, podendo se estender o limite do coeficiente Yz para 1,25,
devendo ser evitados valores acima disso.
49

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir dos dados obtidos, considerando o parâmetro de estabilidade Gama Z (Yz),


pôde-se identificar a contribuição da rigidez da ligação viga-pilar para a estrutura.
Assim, fica claro que o simples fato de impor uma rigidez, mesmo que de forma
parcial, à ligação viga-pilar, pode viabilizar uma edificação quanto à estabilidade
global, reduzindo os deslocamentos e proporcionando estruturas mais econômicas, já
que não será necessário o aumento da rigidez da edificação com o aumento das
seções dos elementos estruturais, acarretando uma estrutura muito mais robusta e
um consumo de concreto muito maior. Além disso, foi verificado que a contribuição
da rigidez da ligação viga-pilar, reduz o momento fletor positivo das vigas,
possibilitando o dimensionamento de forma segura e econômica de seções mais
esbeltas.
50

8. REFERÊNCIAS

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MELO, C.E.E. Manual MUNTE de Projetos em Pré-fabricados de Concreto. Editora PINI,


São Paulo, 2004.
51

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