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FORTALEZA
2019
DANIEL VIDIGAL DUARTE SOUZA
FORTALEZA
2019
DANIEL VIDIGAL DUARTE SOUZA
BANCA EXAMINADORA
______________________________________/___/___
Prof.
Universidade Paulista - UNIP
______________________________________/___/___
Prof.
Universidade Paulista - UNIP
______________________________________/___/___
Prof.
Universidade Paulista – UNIP
Dedico este trabalho à Melina Sales Oliveira,
por ser uma companheira nessa jornada que
escolhi para empreender no Universo dos
Números e das Estruturas.
AGRADECIMENTOS
Tanto em prédios residenciais como industriais, o calculista deve ter a preocupação com o
Estado Limite de Serviço e Estado Limite Último, um quesito em que o estudo de vibrações em
vigas merece especial atenção. Uma resposta dinâmica acentuada pode acarretar problemas
graves na estrutura, podendo causar desconforto ao usuário e ocasionar prejuízos aos
componentes, inclusive o colapso total da mesma. Uma das formas de garantir que não haverá
problemas na resposta dinâmica de determinada estrutura é garantindo que as frequências de
excitação estejam a 1/3 abaixo das frequências naturais de vibração, que se chama resposta
quase estática. A (NBR 8800, 2008) estabelece critérios simplificados para afastar o
dimensionamento da análise dinâmica, estabelecendo limites da frequência natural e limites de
deslocamento em análise estática, porém, a própria norma cita que a análise dinâmica é um
método mais confiável para se ter a mais confiabilidade de como a estrutura vai se comportar.
Existem equações analíticas para algumas respostas dinâmicas, que fornecem soluções exatas,
as mesmas são úteis para diversos problemas na prática, porém, há exemplos em que é preciso
outros recursos, por isso, o método dos elementos finitos pode ser um grande aliado nesse tipo
de análise. Neste trabalho após analisado uma viga de um ginásio de esportes e outra de
aplicação industrial, pôde-se comparar os resultados com o os obtidos nas instruções
simplificadas no anexo L da NBR 8800, e verificou-se que este método não é 100% confiável.
A vantagem em relação a utilização dos métodos dos elementos finitos, ficou evidente nesse
trabalho, em virtude da real natureza do tipo de ligação das vigas, onde verificou-se que uma
viga que teoricamente seria considerada articulada, por ser fixada apenas na alma, apresentou
uma resposta dinâmica diferente e a favor da economia em comparação com a solução permitida
na articulação perfeita.
In both residential and industrial buildings, the calculator should be concerned about the State
Limit of Service and State Limit Ultimate, a subject in which the study of vibrations in beams
deserves special attention. A sharp dynamic response can cause serious structural problems,
which can cause discomfort to the user and cause damage to the components, including total
collapse. One way to ensure that there is no problem in the dynamic response of a given
structure is to ensure that the excitation frequencies are 1/3 below the natural frequencies of
vibration, which is called a quasi-static response. A (NBR 8800, 2008) establishes simplified
criteria to exclude the design of dynamic analysis, establishing limits of natural frequency and
limits of displacement in static analysis, however, the standard itself states that dynamic
analysis is a more reliable method to have the more reliability of how the structure will behave.
There are analytical equations for some dynamic responses, which provide exact solutions, they
are useful for several problems in practice, however, there are examples where other resources
are needed, so the finite element method can be a great ally in this type of analyze. In this work,
after examining a beam from a sports gymnasium and an industrial application beam, one can
compare the results with those obtained in the simplified instructions in Annex L of the NBR
8800, and found that this method is not 100% reliable. The advantage in terms of the use of
finite element methods was evident in this work, due to the real nature of the type of joining of
the beams, where it was verified that a beam that would theoretically be considered articulated,
being fixed only in the soul, presented a dynamic response different and in favor of economy
compared to the solution allowed in perfect articulation.
Figura 1 - Sistema Massa Mola com um grau de Liberdade (UFPB 2018) ............................. 16
Figura 2 - Sistema massa-mola com excitação senoidal (PUC RIO 2018 [2]).......................... 16
Figura 3 - Tela Retirada do Mecway 2.0 , escolha de Elementos para geração de malha ......... 20
Figura 4 - Extraída do Trame 4.1- Diagrama de Momento Fletor Devido a carga Pontual..... 25
Figura 5 - Extraída do Trame 4.1- Diagrama de Momento Fletor Devido a carga Pontual..... 25
Figura 6 - Deslocamento total devido as cargas para o estado limite de serviço....................... 26
Figura 7 - Imagem Extraída Trame 4.1- Valor estático do momento provocado pela carga
rotativa. ..................................................................................................................................... 26
Figura 8 - Apoios Articulados na extremidade para garantir Fidelidade aos modelos teóricos
(Mecwa 2.0). ............................................................................................................................. 28
Figura 9 - Valor Teórico de Flecha- Imagem Extraída do Mecway 2.0 .................................... 29
Figura 10 - Valor de Tensão Encontrado no eixo X, no meio da viga, na altura máxima. ........ 29
Figura 11 - Frequência natural para o primeiro modo de vibrar. .............................................. 30
Figura 12 - Frequência Natural do Segundo modo de Vibrar ................................................... 30
Figura 13 - Modelo de Ligação com 03 pontos de fixação (Mecway 2.0) ................................ 34
Figura 14 - Modo de Vibrar para novo modo de vibração ....................................................... 34
Figura 15 - Frequência Natural para o segundo modo de vibrar ............................................... 35
Figura 16 - Valor máximo de flecha para a nova condição com flecha 17,0 mm. .................... 35
Figura 17 - Resposta Dinâmica Deslocamento 19,25 mm ........................................................ 36
Figura 18 - Efeito da Carga Senoidal..........................................................................................37
Figura 19 - Engastamento das Abas .......................................................................................... 39
Figura 20 - Primeiro Modo de Vibrar após engastar as abas.................................................... 39
Figura 21 - Flecha para a viga engastada na resposta dinâmica. .............................................. 40
Figura 22 - Deslocamento considerando apenas a carga senoidal............................................. 40
LISTA DE GRÁFICOS
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 12
6 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 44
REFERÊNCIAS............................................................................................................45
12
1 INTRODUÇÃO
exemplo, passou-se a ter mais cautela com o controle de vibrações em projetos de pontes.
(ROSA, 2016).
Deve-se tomar cuidado quando se amplifica as cargas pseudo-estáticas. Em construção
civil, o aumento da resistência do aço e do concreto, permite que se façam estruturas cada vez
mais esbeltas, porém, cada vez mais suscetíveis às vibrações e com menor capacidade de
absorção de energia. Em áreas como Mecânica e Aeronáutica tem crescido a preocupação com
o controle de vibrações (SORIANO, 2014).
As ações dinâmicas em analise estrutural podem ser chamadas de determinísticas, onde
se faz uma previsão das forças que atuarão em determinada estrutura em função do tempo. As
ações também podem ser randômicas, onde as mesmas têm comportamento probabilístico. Para
o cálculo dessas últimas, precisa-se de grande apoio de métodos estatísticos, para se obter a
resposta dinâmica de determinada estrutura (SORIANO, 2014).
Um esforço em função do tempo, pode ser representado pela soma de diversas funções
senoidais, cada uma dessas terá seus valores de amplitude e frequência. Assim, estas podem ser
representadas em função do espectro da função. Para funções com intervalos de tempo curtos, o
valor do período tende ao infinito e assim vem a necessidade de utilizar as transformadas de
fourrier, para que surja um novo conceito, o de densidade espectral (AVELINO, 2008).
No caso de prever a falha da estrutura por fadiga, os parâmetros mais importantes para
essa análise são as cargas alternadas e o número de ciclos. As cargas de impacto, mesmo que
ocorram uma única vez em determinada estrutura, podem ser suficientes para causar danos
permanentes na mesma. Os impactos podem ser de longa ou curta duração, a depender se o
período de excitação é maior ou menor que o período natural. Sendo maior, chama-se impacto
de longa duração e menor, impacto de curta duração (AVELINO, 2008).
O MEF quando elaborado no modo dinâmico é muito mais trabalhoso que no modo
estático, pois no modo estático, temos apenas uma representação, enquanto na análise dinâmica,
o problema é dividido em diversos intervalos de tempo, onde, para cada intervalo é necessária
uma análise do modelo com as forças inerciais. Uma maneira de fazer com que a análise se torne
mais simples, é fazer com que alguns graus de liberdade participem apenas no modo estático, e
apenas os principais, participem no modo dinâmico. Esse método se chama método da
condensação estática e o engenheiro para aplica-lo deve ter experiência, visto que haverá, uma
divergência maior em relação à resposta teórica, cabendo ao calculista saber se é tolerável ou
não (AVELINO, 2008).
O método da superposição modal, em que participam de modo exato e analítico, todos
os autovalores e autovetores da estrutura junto ao fator de participação que é função do tempo,
14
torna-se inviável para estruturas com diversos graus de liberdade. Nessa tarefa, dois métodos
merecem destaque: o Método do Deslocamento Modal e o Método da Aceleração Modal. Um
grande auxílio a esses dois últimos métodos são a Integração direta, muito útil para sistemas não
lineares e para sistemas onde é preciso incluir grande número de autovalores na resposta
dinâmica. O método se chama assim, pois, ele utiliza diretamente a equação de equilíbrio
dinâmico. Quando se consegue estimar os valores diretamente a partir dos dois instantes
anteriores, chama-se método da integração direta explícito (AVELINO, 2008).
Há métodos interativos para se obter os autovalores e autovetores, e que são excelentes
opções para sistemas com grande grau de liberdade. Como exemplo está o método de Stodola
(AVELINO, 2008).
15
2.1 Sistema Massa – Mola Com Um Grau De Liberdade Sem Amortecimento E Fonte De
Excitação
O sistema massa mola com um grau de liberdade, pode ser observado na Figura 1.
16
A equação de equilíbrio que define o sistema massa-mola com um grau de liberdade com
amortecimento e fonte de excitação senoidal é (|Figura 2):
Uma informação relevante é que a vibração acontecerá apenas se ζ <1, que se chama
amortecimento subcrítico. Por isso aumentar o fator de amortecimento é uma solução
interessante para diversos, sistemas reais.
A solução da equação 06, para sistemas F(t)≠0 e em t=0, o repouso, formato senoidal
(AVELINO, 2008):
𝐹𝑜 1
𝑥 = (𝐾)[ ]𝑠𝑒𝑛(𝑤𝑡 + ø) (8)
√(2𝜁𝑟)2 )(1−𝑟 2)2
𝑤
Onde 𝑟 = 𝑤𝑛
1
O termo [ ] é conhecido como fator de amplificação dinâmica, pois ele
√(2𝜁𝑟)2 )+(1−𝑟 2)2
fornece o quanto os deslocamentos aumentam em relação à análise estática. Este termo é muito
útil para análises simplificadas. Pode-se observar que quanto mais próximo w de wn, maior será
o fator de amplificação dinâmica, tendendo inclusive ao infinito, no ponto, onde wn=w, chama-
se de ressonância, situação em que em sistemas estruturais pode resultar em catástrofe
(AVELINO, 2008).
Nesse sentido é importante o projetista, conhecer os valores de frequência natural do
sistema, para que eles não sejam coincidentes com os valores de excitação do mesmo. Vale
ressaltar também, que a frequência natural é de propriedade exclusiva do sistema, dependendo
de sua massa m e sua rigidez k. Já a frequência de excitação w é propriedade da fonte de
excitação. Inicialmente não havendo repouso, a solução geral, será a soma da solução em (7) e
(8), onde, tem-se (AVELINO, 2008):
𝐹𝑜 1
𝑥 = 𝐴𝑒 −𝜁𝑤𝑛𝑡 𝑠𝑒𝑛(𝑤𝑑𝑡 + 𝜓) + ( 𝐾 ) [ ]𝑠𝑒𝑛(𝑤𝑡 + ø) (9)
√(2𝜁𝑟)2 )(1−𝑟 2)2
18
O primeiro termo é uma resposta que com o tempo tende a zero, já o segundo termo
chama-se resposta permanente, pois ela permanece com a mesma amplitude ao longo do tempo.
É comum em análises dinâmicas, desprezar o fato de amortecimento ζ, pois a obtenção dos
mesmos é de grande dificuldade. As validações de modelos computacionais desse trabalho, por
meio, de equações analíticas serão feitas, sem fator de amortecimento, aplicando essas condições
a equação 09, obtém-se a equação 10:
𝐹𝑜
𝑥 (𝑡) = 𝑚(𝑤 2 −𝑤𝑑𝑟 2) 𝑥 [𝐶𝑜𝑠(𝑤𝑑𝑟𝑡) − 𝐶𝑜𝑠𝑤𝑡] (10)
2𝑥 𝐹𝑜
Para esse caso, o fator de amplificação dinâmica é dado por , termo que
𝑚(𝑤 2 −𝑤𝑑𝑟 2)
facilita as análises.
em (8) e as equações (10) e (11), pode-se obter a resposta dinâmica para vigas, com
carregamentos de cargas pontuais e ligações teóricas rotuladas ou engastadas. Porém, em muitos
casos, essas equações não são suficientes, ou pelo formato do carregamento ao longo do tempo,
ou pela própria configuração do carregamento em regime estático. Outra questão, é que nem
sempre as vigas serão simplesmente apoiadas, ou bi-engastadas, elas podem ter diversas
configurações como continuas, e diversos tipos de apoios e interação com o meio.
O método dos Elementos Finitos (MEF) para a análise de estruturas ganhou projeção
internacional a partir de meados dos anos cinquenta. No Brasil, a primeira tese sobre MEF foi
defendida na Coppe-UFRJ em 1970, pelo Engenheiro Alcebíades Vasconcelos. O método tem
como princípio, a formulação inicial e a elaboração da matriz de rigidez de um único elemento,
para gerar posteriormente a matriz de rigidez geral da estrutura. Inicialmente o MEF era utilizado
apenas para análise estática linear, porém, com o tempo, o método ganhou aplicação em análises
estáticas não lineares e análise dinâmica (ELOY, 2011).
Não é possível passar à parte de análise dinâmica, sem antes estudar a parte estática do
MEF, pois a compreensão do comportamento estático é pré-requisito para entender o
comportamento dinâmico. A fórmula de equilíbrio matricial para análise estática é (AVELINO,
2016):
{𝑓 } = [𝐾 ]ᵉ 𝑥 {𝛥} (13)
- Onde {f} são as forças nodais no sistema local.
- [K]e é matriz de rigidez geral da estrutura.
- {Δ} São os deslocamentos nodais.
A resolução desse sistema, em seus diversos graus de liberdade caracteriza o método dos
elementos finitos. A escolha do elemento correto, para um determinado tipo de análise, é garantia
de que os resultados serão confiáveis. Um elemento que representa bem o comportamento de
vigas é o Sólido hexaédrico Parabólico que tem variação da tensão ao longo do cubo,
representando os gráficos de resistência ao momento fletor em vigas de uma determinada seção.
A escolha é feita no momento da geração da malha, conforme figura 03:
20
Figura 3: Tela Retirada do Mecway 2.0, escolha de Elementos para geração de malha
Observa-se pela Figura 03, que cada elementos possui 20 nós, cada um desses com três
graus de liberdade, ou seja, apenas um elemento possui 60 graus de liberdade. Isso fornece uma
noção do quanto MEF é dependente de recursos computacionais para a solução do problema.
Será analisada uma viga de comprimento de 6 m, espaçamento entre vigas 4 m, pela NBR
8800, com aplicação de ginásio de esportes e aplicação industrial, em que sofre os seguintes
esforços:
- Revestimento 0,7 KN/m2
-
Ferro 0,3 KN/ m2
- Laje: 2,5 KN/ m2
- Divisórias: 0,5 KN/ m2
- Carga: 5,0 KN/ m2 (NBR, 6120).
Antes de iniciar a análise dinâmica, será realizado o dimensionamento da mesma.
Conforme Item da NBR 8800, aplicando-se a equação do ELU para esse estudo de caso,
obtém-se a equação (15) de carga Linear:
𝐾𝑁
𝑞 = 4 𝑚 𝑥 [1,4 𝑥 (0,7 + 0,3 + 2,5 + 0,5) + 5𝑥1,5] = 46 = 0,46 𝐾𝑁/𝑐𝑚 (16)
𝑚
Conforme Item da NBR 8800, aplicando-se a equação de estado limite de serviço para
esse estudo de caso, obtém-se a equação (18) de carga Linear:
𝐾𝑁
𝑞 = 4 𝑚 𝑥 [1,0 𝑥 (0,7 + 0,3 + 2,5 + 0,5) + 5𝑥0,6] = 28 = 0,28 𝐾𝑁/𝑐𝑚 (19)
𝑚
Caso não fosse possível calcular a frequência natural, a norma oferece a opção de não
deixar ultrapassar os deslocamentos de 9 mm e 5 mm, conforme combinações frequentes de
serviço:
Por tanto, para a condição de 9 mm e 5mm, gera-se a equação 21:
5𝑥0,16𝑥6004 5𝑥0,12𝑥6004
= 0,94 𝑐𝑚 = 9,4 𝑚𝑚 / = 0,7 𝑐𝑚 = 7,05 𝑚𝑚 (22)
384𝑥20000𝑥14222 384𝑥20000𝑥14222
2
[ ] = 2,12 (23)
√(1−(32,65/82 )2
Ou seja, uma carga pontual seria aumentada em até 2,12 vezes seus deslocamentos, não
havendo amortecimento, caso fosse excitada por uma fonte com frequência de 8Hz. Assim, os
recursos matemáticos já não são válidos para que se tirem conclusões mais profundas, do quanto
esse deslocamento pode significar, visto que a carga distribuída, como está sendo feita a análise
e estudo dos deslocamentos, significam uma quantidade grande de graus de liberdade, diferente
da análise baseada na equação (10). Caso o amortecimento fosse incluído na fórmula, teríamos
uma amplificação de 1,06 que seria a resposta quase estática.
Agora se fará o dimensionamento da mesma viga para uma casa de máquinas com um
grupo gerador, onde as cargas permanentes são mesmas, porém, varia-se a sobre carga de
trabalho:
- 2,0 KN/m2 de Sobre carga (NBR 6120).
- 5KN de caga Pontual no Centro da viga.
- Rotação de Trabalho do Grupo Gerador 1800 RPM.
- Massa de Desbalanceamento: 10 kgf
- Excentricidade do Desbalanceamento: 0,005 m
Como a viga já foi dimensionada, utilizaremos o Trame 4.1, para obter os valores de
momento solicitante e deslocamentos.
Para o ELU teremos uma soma de carga distribuída mais carga pontual:
𝐾𝑁
𝑞 = 4 𝑚 𝑥 [1,4 𝑥 (0,7 + 0,3 + 2,5 + 0,5) + 2𝑥1,5] = 39,2 = 0,39 𝐾𝑁/𝑐𝑚 (24)
𝑚
Figura 4: Extraída do Trame 4.1 – Diagrama de Momento Fletor Devido a carga Pontual
Figura 5: Extraída do Trame 4.1 – Diagrama de Momento Fletor Devido a carga Pontual
𝐾𝑁
𝑞 = 4 𝑚 𝑥 [1,0 𝑥 (0,7 + 0,3 + 2,5 + 0,5) + 2𝑥0,6] = 20,8 = 0,208 𝐾𝑁/𝑐𝑚 (27)
𝑚
Conforme Anexo C da NBR 8800 (2008) o valor calculado é menor que L/350.
Figura 7: Imagem Extraída Trame 4.1- Valor estático do momento provocado pela carga
rotativa.
Esse valor continua atendendo os valores estabelecidos no equação (17) para o estado
limite último, porém, o último termo dessa equação tem que ser multiplicado pelo fator de
amplificação dinâmica, conforme a equação 08. O primeiro passo será calcular os modos de
vibrar da viga, e comparar os valores mais próximos com a frequência de excitação do gerador.
Gerando-se a tabela 01 a partir da equação 11:
Analisando a tabela, o único fator de amplificação dinâmica que tem função analítica, é
para o primeiro modo de vibração, pois a solução do fator de amplificação dinâmica, foi
desenvolvida para um sistema associado a um grau de liberdade. No primeiro modo de vibrar, a
resposta dinâmica amplifica em até 12,84 vezes a resposta estática. Ou seja, o momento fletor
gerado pela carga pontual, baseado no valor obtido na figura 06, passa a ser 5169,28 KNcm. E
o momento total, conforme equação 31, passa a ser 24293,34 KNcm. Este valor ainda continua
atendendo o ELU, porém, o estado limite de serviço já não é atendido. Para este exemplo,
diferente do ginásio de esportes, todo o procedimento poderia ser feito a partir de equações
analíticas, engastando a viga por exemplo, e aplicando o mesmo estudo, com as equações
analíticas de viga engastadas. Justo por isso, torna-se um bom exemplo para efetuar um modelo
dinâmico, e comparar com a equações analíticas. A carga é aplicada ao primeiro grau de
liberdade, porém, haverá um fator de participação no segundo grau de liberdade, mesmo que a
previsão destes é que sejam pequenos. Essas análises serão feitas pelo método dos elementos
finitos.
28
A viga será alimentada com refinamento de malha adequado, pois o mesmo será validado
com os valores de equações analíticas conhecidas. Conforme mencionado os elementos
utilizados serão Hexaédricos Parabólicos.
Figura 8: Apoios Articulados na extremidade para garantir Fidelidade aos modelos teóricos
(Mecwa 2.0).
O valor teórico de flecha provocado pela carga de 0,28 KN/cm calculado em (30):
5𝑥0,28𝑥6004
= 1,66 𝑐𝑚 = 16,6 𝑚𝑚 (32)
384𝑥20000𝑥14222
Como o Elemento Finito é conectado por nós, esse pequeno erro é aceitável para os
valores de dimensionamento.
O segundo teste para validação do modelo será o estudo das tensões, no regime elástico
no ELU. Conforme equação (6), o momento Fletor calculado para o estado limite é de 20.700
KNcm. Com isso as tensões devido ao momento fletor na direção Z:
𝑀𝑠 20700 25,83𝐾𝑁
𝜎 = 𝑤𝑥 = = = 258,3𝑀𝑃𝑎 (34)
801,2 𝑐𝑚2
Na figura 09 pode ser observado o valor tensão encontrado para essa situação:
Figura 10: Valor de Tensão Encontrado no eixo X, no meio da viga, na altura máxima.
Comparando-se com o valor encontrado na Tabela 01, tem-se um erro relativo de:
32,65−32,53
𝑒= = 0,0036 = 0,36% (36)
32,65
Comparando-se com o valor encontrado na Tabela 01, tem-se um erro relativo de:
130,61−120,81
𝑒= = 0,075 = 7,5% (37)
130,61
4.1 Análise Dinâmica Da Carga De Ocupação Humana Com Mef Valor De Frequência 8hz
A carga total veja equação 39 ( o programa faz a distribuição linear da mesma) variável
no tempo:
𝑞 = | 6 𝑥4 𝑥 5 𝑥 0,6 𝑥 𝑠𝑒𝑛50,24𝑡 | (39)
Para alimentação no programa será alimentado 21 passos, com intervalos de 0,00125s ,
na direção –[y} totalizando dois períodos, conforme gráfico 01:
32
Ou seja, houve um aumento de 9,11 mm em relação a resposta estática, que era 16,6 mm.
A tensão no vão central na direção ZZ, varia conforme gráfico 03:
33
Para efeitos didáticos, conforme calculado em 21, a resposta estática devido a carga
variável foi de 7,05 mm. Alimentando o programa sem as cargas permanentes, apenas com a
carga dinâmica (36):
Para essa nova configuração temos uma mudança no primeiro e segundo modo de vibrar,
conforme figura 13, o valor 39 Hz, enquanto para uma rótula perfeita calculamos conforme
figura 10, 32,53 Hz.
Se for calculado o modo de vibrar para um engaste perfeito conforme equação 11, temos
para o primeiro modo de vibrar 74 Hz, ou seja, estamos em valor intermediário entre uma rótula
perfeita e um engaste, porém, como recomenda-se nesse caso, mais próximo da rótula teórica.
Para o segundo modo vibrar, observa-se a figura 14:
Figura 16 : Valor máximo de flecha para a nova condição com flecha 17,0 mm.
seria suficiente para uma boa previsão de análise dinâmica, para ginásios e outras aplicações.
Porém, a título de verificar se o item normativo é ou não econômico, uma maior quantidade de
vigas teria de ser estudada para tal fim. No entanto, ficou evidente que se a análise fosse feita
apenas pela análise de frequência de excitação, 8Hz, poderia haver um pequeno aumento da
flecha, que este, deve ou ser evitado, ou estar previsto no projeto, a fim de não causar desconforto
ou danificar outros componentes.
Para este exemplo, o programa será alimentado com 90 passos de 0.0033segundos cada.
Para a carga senoidal isolada, obtém-se conforme Figura 17, (4,411 mm).
Para a carga está de 177,7 kgf, obtém-se flecha de 0,29 mm, o que significa em termos
de amplificação dinâmica:
(4,4+4,0)𝑥0,5
𝑎= = 14,48 (40)
0,29
Erro relativo:
14,48 − 12,84
𝑒= = 0,1134 = 11,34%
14,48
Esse erro relativo é aceitável, visto que a resposta pode ter um melhor aproveitamento,
caso os “passos” em um determinado intervalo de tempo sejam aumentados.
O comportamento analítico, que pode ser calculado pela equação 09, pode ser visto no
gráfico 06, onde se obtém a resposta teórica correta:
38
Esse resultado é coerente, com o resultado analítico calculado. Esse erro, na resposta de
amplificação dinâmica poderia ser reduzido, aumentando o número de “passos”, ou seja,
subdivisões de tempo. Esse dado, entretanto, traz segurança de que as soluções propostas estão
corretas. O elemento já foi validado por meio de vários outros parâmetros, a carga senoidal é
uma estimativa de comportamento e por isso, não é válido aumentar o custo computacional, para
se obter o formato senoidal de maneira mais precisa. Mesmo a carga desbalanceada tendo
amplitude baixa, por estar muito próximo ao valor do primeiro modo de vibrar, a mudança de
apoios terá de ser mudada para ligação rígida, visto que as condições de flecha L/350 foram
ultrapassadas. Assim o primeiro modo de vibrar para uma viga bi engastada é 74Hz, já distante
da frequência de excitação de 30Hz. Apenas as abas serão engastadas (o que não caracteriza um
engastamento 100% perfeito). Engastar as ligações, trazem automaticamente redução de flechas
e aumento dos modos de vibrar, porém, em uma visão mais ampla do projeto, traria maior custo
para os pilares e para a fundação, conforme figura 19:
39
Com a nova configuração, o deslocamento máximo foi para 4,53 mm, conforme figura
21 pois além de diminuir a flecha, o modo de vibração está mais distante da frequência de
excitação:
A resposta estática para a carga de 177,7 kgf seria um deslocamento de 0,0847 mm, a
amplificação dinâmica para frequência de excitação 30Hz e frequência natural em seu primeiro
modo 67,7 Hz conforme calculado anteriormente por (38) , é de 2,49. A resposta por essa linha
teórica daria um deslocamento de :
𝛥𝑦 = 0,0847𝑚𝑚 𝑥 2,49 = 0,21 𝑚𝑚 (42)
Para esse caso o erro relativo é de:
0,21−0,2092
𝑒% = = 0,0038 = 0,38% (43)
0,21
Assim que, como um erro relativo de 0,38%, obteve-se o mesmo valor da solução
analítica. A análise de Fadiga não será feita, visto que esse equipamento entraria em operação
por um curto período de tempo insuficiente, para que se justifique a análise.
42
dinâmico. Admitiu-se para efeitos de estudos, que a máquina estaria instalada exatamente no
centro da viga. Para uma consideração de rótula perfeita, ou engaste perfeito, existem recursos
100% analíticos para se obter a resposta dinâmica dessa configuração. Na prática, porém, os
projetos dificilmente terão uma configuração tão favorável para análise analítica.
Este trabalho, assim foi feito, pois o referencial teórico ajuda na apuração e
confiabilidade do método proposto. Para a carga desbalanceada de apenas 10 kg de massa,
devido a energia de rotação da mesma, esta passa a ter valor de 177,7 Kgf, e como a frequência
de excitação de 30Hz, ficou muito próxima de seu primeiro modo de vibrar, a mesma foi
amplificada na ordem de 12,84 vezes, atingiu-se valor de 2281,68 kgf.
Esta carga não foi suficiente para ultrapassar o ELU, previsto anteriormente, porém, a
mesma ultrapassou o ELS. Por isso a mesma teve de ser engastada e o engastamento não foi
perfeito, ficando parte da alma livre, o que modificou ligeiramente a resposta em relação aos
valores teóricos. Engastar a viga, também seria uma solução pouco usual nos projetos, visto
que essa ação apesar de ter resolvido os problemas de ELS, acarretam em transmitir Momento
Fletor aos pilares e a fundação, engastar foi uma solução teórica para este estudo. Na prática, a
solução mais comum, seria aumentar a Inercia de viga, o que acarretaria em um pequeno
acréscimo de peso aos pilares a fundação.
O trabalho permitiu observar como o MEF, pode ser um bom aliado dos calculistas nas
análises de vibrações de vigas, pois, em diversas situações, a estrutura pode estar submetida a
várias condições de apoios e engastamento, o que as soluções analíticas e softwares tradicionais
sem acréscimo de MEF, tem maior dificuldade de fornecer uma resposta mais apurada.
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6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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