CAMPUS DE CURITIBA
E DE MATERIAIS - PPGEM
CURITIBA
DEZEMBRO - 2008
RODRIGO FÉDER PARANÁ
CURITIBA
DEZEMBRO - 2008
TERMO DE APROVAÇÃO
_________________________________
Prof. Giuseppe Pintaúde, D.Sc.
Coordenador do Programa
Banca Examinadora
______________________________ ______________________________
Prof. Carlos Alberto Bavastri, Dr.Eng. Prof. Vicente Lopes Junior, Dr.Eng.
(UTFPR) (UNESP/FEIS)
______________________________ ______________________________
Prof. Jucélio Tomás Pereira, D.Sc. Prof. Eduardo Márcio de Oliveira
(UTFPR) Lopes, Ph.D.
(UFPR)
RESUMO
ABSTRACT
Dynamic Vibration Neutralizers have been used for almost a century to reduce
vibration and acoustical noise in many mechanical structures. Nowadays, viscoelastic
neutralizers are used due to its accurate and simple modeling by fractional calculus
and generalized quantities, besides its easy manufacturing and design advantages
like wideband application and significant energy dissipation. However, the
viscoelastic material characteristics change as temperature varies, causing detuning
and low performance. In this study, a mathematical model that describes the natural
frequency variation of the viscoelastic neutralizer is proposed and numerical
simulations quantify the detuning phenomenon. A hybrid electro-viscoelastic dynamic
vibration neutralizer is modeled and its equivalent quantities are analytically obtained.
The electrodynamical component of this neutralizer is made of a permanent magnet,
a moving coil and a connected electric circuit. Its goal is to compensate temperature-
detuning loss. The model of the electrodynamical component is compared to
mechanical models. Optimum performance for the hybrid neutralizer is achieved and
its behavior is analyzed in many situations. The best performance occurs in high
temperatures, for primary systems with low natural frequencies, regardless of the
primary system mass or the used viscoelastic material. The hybrid neutralizer action
with short-circuited coil is similar to the obtained performance using optimum values
for a series RLC resonant circuit. A prototype device is built. Measures confirm its
action in compensating temperature-detuning loss, mainly by means of adding
damping to the system.
SUMÁRIO
RESUMO.................................................................................................................... iii
ABSTRACT ................................................................................................................ iv
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................. vii
LISTA DE TABELAS .................................................................................................. xi
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS .................................................................... xii
LISTA DE SÍMBOLOS ..............................................................................................xiii
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................1
REFERÊNCIAS.......................................................................................................106
vii
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.12 – Sistema composto: NDV e sistema primário com 1 grau de liberdade.
...........................................................................................................................20
temperatura........................................................................................................28
temperatura........................................................................................................29
*
Figura 2.21 – Curvas de Ω a = f (Ti ) . ......................................................................32
*
Figura 2.22 – Curvas de Ω a = f (T f ) e Ω a = f (Ti ) . ..............................................32
Figura 4.8 – Efeito da variação de Ωel no NDHEV, circuito RLC série, R nulo. ........66
ix
Figura 4.28 – Função objetivo, Ωsp = 300 Hz, e curva Ωel constante. ........................89
LISTA DE TABELAS
Tabela 4.9 – Resultados da otimização seqüencial, neBle duas vezes maior. ...........77
Tabela 4.10 – Resultados da otimização conjunta, neBle duas vezes maior. .............82
Tabela 4.11 – Otimização após dessintonização, neBle duas vezes maior. ...............82
Tabela 4.12 – Bobina curto-circuitada após projeto, neBle duas vezes maior. ...........84
LISTA DE SÍMBOLOS
ma massa de sintonização
i −1
Ω freqüência angular
ε (t) deformação
E0 módulo de elasticidade
φo constante de relaxação
T temperatura do material
T0 temperatura de referência
k(Ω) rigidez
xiv
La fator de forma
A área cisalhada
h espessura
x vetor projeto
fobj(x) função objetivo
Tf temperatura final
Ωa( j ) (T f ) j-ésimo Ωa (T f )
j contador
ε0 precisão
µ relação de massas
φ fluxo magnético
Ae área da espira
re raio da espira
R resistência elétrica
L indutância
C capacitância
r relação de rigidez
εa relação de freqüências
κ coeficiente de temperatura
1 INTRODUÇÃO
ka
Ωa = , Eq. 2.1
ma
−Ω 2 ma ka
Z b (Ω ) = , Eq. 2.2
iΩ ( −Ω 2 ma + ka )
−Ω 2 ma (ka + iΩca )
Z b (Ω ) = Eq. 2.3
iΩ ( −Ω 2 ma + iΩca + ka )
P
d pσ (t ) N
d nε (t )
σ (t ) + ∑ a p = E0ε (t ) + ∑ bn . Eq. 2.4
p =1 dt p n =1 dt n
t
1 d
D [ f (t ) ] = ∫
α
f (τ )(t − τ ) −α dτ , Eq. 2.5
Γ(1 − α ) dt 0
em que
∞
Γ( z ) = ∫ t z −1e −t dt Eq. 2.6
0
P N
σ (t ) + ∑ a p D [σ (t )] = E0ε (t ) + ∑ bn Dγ [ε (t )] .
αp n
Eq. 2.7
p =1 n =1
EL + EH φ0 (iΩ) β
E ( Ω) = . Eq. 2.10
1 + φ0 (iΩ) β
GL + GH φ0 (iΩ) β
G (Ω) = , Eq. 2.11
1 + φ0 (iΩ) β
−θ1 (T − T0 )
log α T (T ) = , Eq. 2.12
θ 2 + T − T0
Ω R = α T (T ) Ω , Eq. 2.13
GL + GH φ0 (iΩ R ) β
G (Ω, T ) = , Eq. 2.14
1 + φ0 (iΩ R ) β
Gi (Ω, T )
η (Ω, T ) = , Eq. 2.16
G ( Ω, T )
tem-se, portanto,
Figura 2.8 – Variação do módulo dinâmico e fator de perda com freqüência e temperatura.
Capítulo 2 Neutralizadores Dinâmicos de Vibrações 16
com
Capítulo 2 Neutralizadores Dinâmicos de Vibrações 18
A
La = , Eq. 2.19
h
F (Ω)
Z b (Ω) = , Eq. 2.21
iΩX b (Ω)
Capítulo 2 Neutralizadores Dinâmicos de Vibrações 19
Figura 2.12 – Sistema composto: NDV e sistema primário com 1 grau de liberdade.
−Ω 2 ma La G (Ω)
Z b (Ω) = ceq (Ω) + iΩmeq (Ω) = ,
Eq. 2.23
(
iΩ −Ω 2 ma + La G (Ω) )
Q ( Ω) 1
H (Ω) = = , Eq. 2.24
F (Ω) −Ω ( m + meq (Ω) ) + iΩ ( c + ceq (Ω) ) + k
2
Neste trabalho, a função objetivo utilizada foi sempre o maior valor do módulo
da função complexa H (Ω, x) , para uma faixa de freqüência especificada.
Discretizando a função em p pontos, outras funções objetivo podem ser utilizadas,
tal como a norma do vetor módulo da função resposta em freqüência
∗ T
{ H (Ω, x) } px1
{
ou, de forma mais genérica, o escalar H (Ω, x) } {H (Ω, x)}
px1 px1
.
LaG (Ω a )
Ωa = Eq. 2.26
ma
2.2.5 Aplicações
cálculo de Ωa. Ou seja, a freqüência natural do NDV não é uma função explícita da
temperatura. De fato, deduz-se das Equações 2.12, 2.14, 2.15 e 2.26 que
Capítulo 2 Neutralizadores Dinâmicos de Vibrações 26
−θ1 (T −T0 ) β
GL + GH φ0 iΩ a10 θ2 +T −T0
L
Ω a 2 = a Re .
β Eq. 2.27
ma −θ 1 ( T −
θ 2 +T −T0
T0 )
1 + φ iΩ 10
0
a
La Ωa 2
= , Eq. 2.28
ma G (Ωa , T )
tem-se que
Ω a 2 (Ti ) Ω a 2 (T f )
− = 0, Eq. 2.29
G (Ωa (Ti ), Ti ) G (Ω a (T f ), T f )
problema de otimização
Capítulo 2 Neutralizadores Dinâmicos de Vibrações 27
∆Ω a ( j ) (T f ) = k p e( j ) , Eq. 2.31
Ω a 2 (Ti ) Ω a (2 j ) (T f )
e( j ) = − , Eq. 2.33
G (Ω a (Ti ), Ti ) G (Ω a ( j ) (T f ), T f )
2
em que Ω a ( 0) (T f ) = Ω a (Ti ) , até que e( j ) < ε 0 , sendo Ω a( j ) (T f ) o j-ésimo Ω a (T f ) , j
proporcional e ε0 a precisão.
linha cheia mais clara. Esta redução foi obtida utilizando-se o material viscoelástico
neoprene, com uma temperatura de projeto de 25 oC. Neste caso, Ωa = 48,2 Hz.
*
µ = ma m . Eq. 2.34
Capítulo 2 Neutralizadores Dinâmicos de Vibrações 32
A Figura 2.22 sobrepõe as curvas mostradas nas Figuras 2.18 e 2.21. Nota-se
que existem pontos de intersecção entre as várias curvas. Dessa observação,
*
verifica-se que, partindo de uma certa Ω a1 (Ti1 ) , projetada para Ωsp1, e havendo
Ti 2 = T f 1 . Eq. 2.36
Exemplos desta afirmação são apresentados nas Tabelas 2.3 a 2.5 e ilustrados
na Figura 2.23.
segundo NDV, otimizado para Ti2, em Ωsp2. A Figura 2.26 mostra o comportamento
*
Figura 2.24 – Exemplo a: Ωsp1 , Ωa1 (Ti1) e Ωa1(Tf1).
Capítulo 2 Neutralizadores Dinâmicos de Vibrações 35
*
Figura 2.25 – Exemplo a: Ωsp2 , Ωa2 (Ti2).
A bobina é fixada no sistema primário de tal forma que fique exposta ao campo
magnético gerado pelo ímã. Este, por sua vez, é fixado em um anteparo imóvel. Ao
vibrar, o sistema primário desloca a bobina em relação ao campo magnético,
fazendo variar o fluxo magnético φ nas espiras, dado pela equação
le = 2π re , Eq. 2.39
A variação do fluxo magnético induz uma tensão elétrica e(t) nos terminais da
bobina, dada pela equação de Faraday
dφ (t )
e(t ) = −ne , Eq. 2.40
dt
O sinal negativo da equação indica que a tensão elétrica gerada na bobina está
em oposição de fase com a variação do fluxo magnético. Com isso, (HALLIDAY et
al., 1996; FALCONE, 1979)
dxe (t )
e(t ) = − ne Ble . Eq. 2.41
dt
No domínio da freqüência,
1
Z el (Ω) = R + iΩL + , Eq. 2.47
iΩC
1
Quando a freqüência natural Ω el = do circuito RLC coincide com a
LC
freqüência de excitação mecânica, a impedância mecânica é máxima e apenas
limitada pela resistência do circuito. Assim, a vibração do sistema primário é
reduzida devido à elevada impedância mecânica introduzida pelo neutralizador
eletromecânico. Este modelo também é descrito por BAVASTRI (2001):
−Ω 2 (ne Ble ) 2
Z b (Ω) = ceq (Ω) + iΩmeq (Ω) = . Eq. 2.48
(
iΩ −Ω L + iΩR + 1
2
C)
−Ω 2 ma (ka + iΩca )
Z b1 (Ω) = ,
iΩ ( −Ω 2 ma + iΩca + ka )
−Ω 2 ma ca ka
Z b 3 ( Ω) = ,
iΩ ( −Ω 2 ma ca + iΩma ka + ca ka )
Capítulo 2 Neutralizadores Dinâmicos de Vibrações 41
−Ω 2 (ne Ble ) 2
Z b 4 (Ω ) = ,
(
iΩ −Ω 2 L + iΩR + 1
C )
( ne Ble ) 2
ca = , Eq. 2.49
R
( ne Ble ) 2
ka = , Eq. 2.50
L
ma = C ( ne Ble ) 2 . Eq. 2.51
VISCOELÁSTICO
Verifica-se, pela Figura 3.1, que o material viscoelástico está rigidamente ligado
ao sistema primário, através da massa do ímã permanente, e que a bobina se
desloca relativamente entre o sistema primário e a massa de sintonização. Constata-
se, portanto, que para este modelo híbrido, o neutralizador eletromecânico situa-se
em paralelo com o material viscoelástico. A Figura 3.2 esclarece esse
posicionamento equivalente, que facilita o equacionamento do modelo.
F (Ω )
X (Ω ) = − . Eq. 3.3
Ω 2 ma
meq (Ω) =
{
ma γ (Ω) + Ω 2 La G (Ω) ( 2C Θ 2λ (Ω) − ma Ψ (Ω) ) + Ω 4C Θ 2 C Θ 2 + ma (1 − Ω 2CL ) } .
Eq. 3.9
2 4
{
γ (Ω) − 2Ω LaG (Ω) ( ma Ψ (Ω) − C Θ λ (Ω) ) + Ω ma Ψ (Ω) + CΘ CΘ 2 + 2ma (1 − Ω 2CL )
2 2 2
}
São utilizadas as definições das seguintes funções auxiliares:
Considerando as relações
La G (Ω)
r= , Eq. 3.14
La G (Ω a )
Ω
εa = , Eq. 3.15
Ωa
La G (Ω a )
Ωa 2 = , Eq. 3.16
ma
Capítulo 3 Neutralizador Dinâmico Híbrido Eletro-viscoelástico 47
meq (Ω a , Ω) =
{
ma ma 2γ (Ω) + ε a 2 ma ( 2CΘ2λ (Ω) − ma Ψ (Ω) ) + ε a 4CΘ 2 C Θ 2 + ma (1 − Ω 2CL ) }
{ }
ma 2γ (Ω) − 2ε a 2 ma ( ma Ψ (Ω) − C Θ2λ (Ω) ) + ε a 4 ma 2 Ψ (Ω) + C Θ 2 CΘ 2 + 2ma (1 − Ω 2CL ) Eq. 3.18
−Ω 2 ma La G (Ω)
Z b 6 (Ω ) = ,
( 2
iΩ −Ω ma + La G (Ω) )
−iΩ3ma ca ka − Ω 2 ma La G (Ω)(iΩca + ka )
Z b 8 (Ω ) = ,
(
−Ω 2ca ka + iΩ(iΩca + ka ) −Ω 2 ma + La G (Ω) )
(ne Ble ) 2
−Ω 2 ma (iΩL + R) 2 − Ω 2 ma La G (Ω)(iΩL + R)
Z b 9 ( Ω) = RL ,
(ne Ble ) 2
iΩ
RL
2
( 2
(iΩL + R) + iΩ(iΩL + R) −Ω ma + La G (Ω) )
Capítulo 3 Neutralizador Dinâmico Híbrido Eletro-viscoelástico 49
−Ω 2 ma (iΩca + ka ) 2 − Ω 2 ma La G (Ω)(iΩca + ka ) ,
Z b10 (Ω) = 2
( 2
iΩ(iΩca + ka ) + iΩ(iΩca + ka ) −Ω ma + La G (Ω) )
(ne Ble ) 2
3
−iΩ ma − Ω2 ma La G (Ω)
Z b11 (Ω) = R ,
2
2 ( ne Ble )
−Ω
R
2
(
+ iΩ −Ω ma + La G (Ω) )
−iΩ3ma ca − Ω 2 ma La G (Ω)
Z b12 (Ω) = ,
(
−Ω 2 ca + iΩ −Ω 2 ma + La G (Ω) )
(ne Ble )2
2
−Ω ma − Ω 2 ma La G (Ω)
Z b13 (Ω) = L ,
(ne Ble ) 2
iΩ
L
2
(
+ iΩ −Ω ma + La G (Ω) )
−Ω 2 ma ka − Ω 2 ma La G (Ω)
Z b14 (Ω) = ,
(
iΩka + iΩ −Ω 2 ma + La G (Ω) )
( ne Ble ) 2
ca = Eq. 3.25
R
( ne Ble ) 2
ka = . Eq. 3.26
L
Ωsp.
bobina, ZLe (Ω) é a impedância elétrica do indutor com perdas, Red (Ω) é a
Led (Ω) = K l Ω(
X l −1)
, Eq. 4.4
Capítulo 4 Resultados Numéricos e Discussões 55
SELENIUM/ Alto-falante
5,6 0,00368 4,69 0,78 39,66 0,61
woofer 15PW5
SELENIUM/ Alto-falante
5,6 0,00380 1,99 0,99 52,75 0,71
subwoofer 18SW2P
C 0,1 µF 1F
vetores restrição inferior e superior para as variáveis elétricas são obtidos a partir da
Tabela 4.6.
Capítulo 4 Resultados Numéricos e Discussões 60
condições
iniciais e de
Ω ai (Ti );[ R, L, C ]i
contorno Ωsp; m; material viscoelástico; Zel (Ω) ; neBle
Otimização
Otimização
variáveis PROJETO
conjunta
viscoelásticas
N
Otimização Ω a * (Ti );[ R, L, C ]*
variáveis
elétricas
GT = GR + GD , Eq. 4.10
( ne Ble ) 2
ca = , Eq. 4.11
R
( ne Ble ) 2
ka = , Eq. 4.12
L
Percebe-se que, para amortecimentos altos, que podem ser obtidos com baixa
resistência ou alto fator de força, o sistema composto se comporta como tivesse
apenas um grau de liberdade. Isso decorre da massa de sintonização ficar
rigidamente fixada ao sistema primário. Essa adição de massa faz a freqüência
natural do sistema reduzir.
muito alto em relação à rigidez equivalente. Desta forma, apenas a mola equivalente
exerce força perceptível no sistema composto. Nos demais casos, observa-se o
inverso: a rigidez equivalente é muito alta em relação ao amortecimento, fazendo
com que, praticamente, apenas o efeito dissipativo seja percebido pelo sistema
composto. Como os elementos mecânicos equivalentes estão em série, no limite,
para uma rigidez infinita, o amortecedor viscoso equivalente atua como se estivesse
conectando diretamente a massa do sistema primário à massa de sintonização.
Figura 4.8 – Efeito da variação de Ωel no NDHEV, circuito RLC série, R nulo.
Esta avaliação tem como objetivo mapear a ação do NDHEV sujeito a diversas
situações, sendo necessária para o entendimento de sua dinâmica e delimitação de
vantagens e restrições de uso.
(ne Ble ) 2
proporcional a , e admitindo a operação do circuito em ressonância,
Z el (Ω)
Θ2
percebe-se que, para o sistema primário com 50 kg, a constante = 32,11,
Re
Θ2
enquanto que para o sistema primário com 5 kg, = 3,16. Ou seja, a relação entre
Re
as constantes é aproximadamente a mesma que entre as massas de sintonização
dos dois sistemas. Essa característica faz com que os sistemas das figuras citadas
se comportem de maneira bastante aproximada, pois é somente a escala do NDHEV
Θ2
que é alterada. Já para o sistema primário de 500 kg, = 49,63. Para esse
Re
sistema, a constante aumenta apenas aproximadamente 1,5 vezes em relação à do
Capítulo 4 Resultados Numéricos e Discussões 74
Observa-se também que, apesar dos ganhos destacados na Tabela 4.7 serem
significativos, para os casos em que se utiliza borracha butílica pura e borracha de
alto amortecimento EAR Isodamp C-1002, a dessintonização com o aumento da
temperatura é bastante intensa, e o ganho com a atuação do NDHEV é quase
imperceptível nos gráficos. O aumento da temperatura causa no material
viscoelástico o decréscimo do valor do fator de perda e do módulo de cisalhamento.
Para estes materiais, ambos os decréscimos são expressivos, como mostra a
Tabela 4.8. Para o neoprene, a diminuição do fator de perda é mais significativa.
Neste caso, fica claro que a ação da componente eletrodinâmica do NDHEV é
adicionar uma força de amortecimento ao sistema, no sentido de compensar a perda
devido ao efeito da temperatura. Nos demais, apesar de, teoricamente, poder-se
esperar um efeito compensador de rigidez através do NDHEV, prevaleceu o efeito
do amortecimento.
As simulações 31b, 34b, 37b e 55b são mostradas nas Figuras 4.17 e 4.18,
também ilustrando o bom desempenho do NDHEV.
Capítulo 4 Resultados Numéricos e Discussões 77
simul. m (kg) Ωsp(Hz) Material Ωa* (Hz) R* (Ω) L* (mH) C* (µF) Ωel* (Hz)
viscoelástico
1c 5 50 neoprene 47,9 13,3 134,4 65,6 53,6
4c 5 50 butílica pura 45,8 7,0 178,9 175,0 28,4
7c 5 50 EAR Isodamp 38,9 7,0 159,6 103,9 39,1
simul. m (kg) Ωsp(Hz) Material Tf (oC) R* (Ω) L* (mH) C* (µF) Ωel* (Hz) GT (dB)
viscoelástico
1c 5 50 neoprene 60 7,0 61,9 167,5 49,4 -2,5
4c 5 50 butílica pura 60 7,0 104,0 101,7 48,9 -11,8
7c 5 50 EAR Isodamp 60 7,0 103,6 101,3 49,1 -14,1
Capítulo 4 Resultados Numéricos e Discussões 83
Tabela 4.12 – Bobina curto-circuitada após projeto, neBle duas vezes maior.
constante de 50 Hz, igual a Ωsp. Estão indicadas três condições iniciais distintas
para a otimização das variáveis elétricas e seus respectivos pontos ótimos. Nos três
casos, fobj = 32,6 dB. Nota-se que a região de mínimo da função é praticamente
A Figura 4.27 mostra a mesma função objetivo, mas para Ωsp = 300 Hz. O
mínimo desta função também praticamente coincide com a curva Ωel constante,
como mostra a Figura 4.28.
Figura 4.28 – Função objetivo, Ωsp = 300 Hz, e curva Ωel constante.
5 REALIZAÇÃO EXPERIMENTAL
5.1 Projeto
Bobina móvel
Conjunto magnético
Carcaça de suporte
Massa de sintonização
Material viscoelástico
5.2 Medições
acelerômetro
NDHEV
Programa de Medição
Martelo Piezelétrico
O sistema apresenta, na direção vertical, uma freqüência natural Ωsp = 50,4 Hz.
Com a adição da massa do conjunto magnético do NDHEV, calcula-se a redução
Capítulo 5 Realização Experimental 96
desta freqüência para Ωsp = 46,2 Hz. Este valor é obtido considerando o sistema
primário com apenas um grau de liberdade, o que é válido para uma modelagem do
sistema em torno de Ωsp. A Figura 5.6 mostra o sistema primário e o NDHEV.
Ponto de Excitação
Ponto de Medição
de Resposta
Termopar
REFERÊNCIAS
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Journal of Rheology, vol. 30(1), pp.133-155.1986.
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BAVASTRI, C.A.; FERREIRA, E.; ESPÍNDOLA, J.J; LOPES, E.M.O. Modeling of Dynamic
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