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ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
PROJETO DE DIPLOMAÇÃO
Porto Alegre
(2007)
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
PROTEÇÃO DE SUBESTAÇÕES
Porto Alegre
(2007)
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
PROTEÇÃO DE SUBESTAÇÕES
Banca Examinadora:
Dedico este trabalho aos meus pais e irmão, em especial pela dedicação e apoio em
Ao Brasil.
Aos colegas pelo seu auxílio nas tarefas desenvolvidas durante o curso e apoio na
do Rio Grande do Sul ora proposto consiste no estudo de sistemas desequilibrados e de faltas
51Q
ABSTRACT
The project described herein consists on a study of unbalanced systems and high
and how it could improve safety and efficiency in a protection system. This is the
undergraduate final project of the Electrical Engineering course at Federal University of Rio
DEDICATÓRIA .................................................................................................................. 4
AGRADECIMENTOS......................................................................................................... 5
RESUMO ........................................................................................................................... 6
ABSTRACT ......................................................................................................................... 7
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 13
2 PROPOSTA DE PROJETO........................................................................... 15
3 FUNDAMENTOS TEÓRICOS...................................................................... 16
3.1 FALTAS.......................................................................................................... 16
4.2.3 Simulação............................................................................................................ 74
6 CONCLUSÕES............................................................................................... 84
7 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 85
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Distribuição. ........................................................................................................................ 55
Figura 23 – Condutor de Fase Aberta em um Sistema da Distribuição a Quatro Fios. ........... 57
1 INTRODUÇÃO
Diante deste quadro, o foco das discussões tem sido a geração de energia, pois é
onde a cadeia de Sistemas Elétricos de Potência (SEP) tem seu início. Pode-se acompanhar os
grandes investimentos para o aproveitamento do gás natural como matriz alternativa, antes
viabilizando a importação do gás boliviano e agora com o objetivo de, cada vez mais,
diminuir a dependência deste gás, explorando os campos brasileiros e viabilizando o
escoamento do gás extraído (oportal.org, 2006). A retomada das obras da usina nuclear de
Angra III, no Rio de Janeiro, parada desde 1986, e o aumento da capacidade instalada das
usinas hidrelétricas. Este em menor escala, devido aos entraves ambientais (Meurer, 2004).
2 PROPOSTA DE PROJETO
coordenado com as demais proteções, pode ser utilizado com benefícios ao sistema de
proteção onde o mesmo está inserido. Será apresentado um estudo realizado na Subestação de
proposta é instalar o relé de seqüência negativa no lado de alta tensão do transformador como
por faltas nestes alimentadores e ainda auxiliando na proteção de terra, no caso de falha desta.
16
3 FUNDAMENTOS TEÓRICOS
3.1 FALTAS
• Faltas Simétricas
• Faltas Assimétricas
Nas próximas seções, os tipos de faltas que podem ocorrer em um SEP serão
descritos.
17
uma das fases, os sinais de tensão e corrente gerados são equilibrados (Stevenson, 2004).
Na análise deste tipo de falta, podem ser aplicados dois métodos distintos:
Figura 1 – Representação monofásica do gerador alimentando o motor e condição faltosa simulada pelo
fechamento da chave S.
Fonte: o autor
Vf é a tensão pré-falta;
Em” = Vf – jXdm”IL
Vf Vf
If” = + IL + − IL (2)
Zext + jXdg" jXdm"
Vf Vf
If” = + (3)
Zext + jXdg " jXdm"
Thévenin para o mesmo circuito. Observando a corrente de falta If”, é possível notar que ela
depende da tensão no momento anterior à ocorrência da falta, e não diretamente das forças
eletromotrizes das máquinas. O circuito equivalente de Thévenin mostrado abaixo chega aos
Fonte: o autor
Este método, de análise direta de circuitos, chega aos resultados esperados, mas à
medida que as redes ficam maiores, fica impraticável considerar todos os elementos
abordagem ao problema.
Fonte: o autor
A tensão pré-falta está representada pela fonte Vf” entre a barra 2 e os terminais
das máquinas. Para calcular a corrente de falta If” neste caso, é necessário considerar a
diferença de tensão entre o momento pré falta e pós falta, por isso foi acrescida na barra
faltosa a fonte –Vf que simula o curto circuito entre a barra 2 e os terminais das máquinas. A
∆V 1 − Z12 If "
∆V 2 − Z 22 If "
= (7)
∆V 3 − Z 32 If "
∆V 4 − Z 42 If "
se afirmar que:
Vf
If” = (8)
Z 22
Z12
− Vf
∆V 1 Z 22
∆V 2 − Vf
= Z 32
(9)
∆V 3 − Vf
Z 22
∆V 4 − Z 42
Vf
Z 22
Z12
V 1 Vf ∆V 1 1 − Z 22
V 2 Vf ∆V 2 0
= + = Vf Z 32 (10)
V 3 Vf ∆V 3 1 −
Z 22
V 4 Vf ∆V 4 1 − Z 42
Z 22
Vf
If” = (11) onde k é o barramento faltoso.
Zkk
22
Zjk
Vj = Vf – ZjkIf” = Vf - Vf (12) onde j é o número da barra de
Zkk
interesse.
Para calcular a parcela da corrente de falta que flui entre dois barramentos ij, basta
considerar a diferença de tensão entre as duas barras e a impedância Zb conectada entre elas.
desbalanceados, como, por exemplo, sistemas sob a condição de uma falta assimétrica. O
(Stevenson, 2004).
120º em fase e com mesma seqüência de fases dos fasores originais. A fem dos geradores é
Fonte: www.sel.eesc.sc.usp.br/protecao/surtosparte2.doc
seqüência a.
Matricialmente:
Va 1 1 1 Va 0
Vb = 1 a 2 a Va (22)
+
Vc 1 a a 2 Va −
Para obter as componentes de seqüência como função das tensões das fases, é
Va 0 1 1 1 Va
Va = 1 1 a a 2 Vb (23)
+ 3
Va − 1 a 2 a Vc
1
Va0 = (Va + Vb + Vc) (24)
3
1
Va+ = (Va + aVb +a2Vc) (25)
3
1
Va- = (Va + a2Vb + aVc) (26)
3
equilibrados (Em linhas com condutor de neutro, se a corrente In=0, então Ia0=0).
1
Ia0 = (Ia + Ib + Ic) (27)
3
25
In = Ia + Ib + Ic (28)
Logo:
1
Ia0 = In (29)
3
Matricialmente:
*
Ia
S3φ = [Va Vb Vc] Ib = VLTI* (31)
Ic
componentes:
T *
Va 0 Ia 0
S3φ = A Va + A Ia +
(32)
Va − Ia −
Da álgebra matricial:
[ A .V ] t = V t.At (33)
(34)
[ A . I ]* = A*.I *
Logo:
1 1 1 1 1 1 1 0 0
A A = 1 a 2
T *
a 1 a
a = 3 0 1 0
2
(36)
1 a a 2 1 a 2 a 0 0 1
*
Ia 0
S3φ = 3[Va0 Va+ Va-] Ia + (37)
Ia −
Va
a Zaa
Vb Mab= Mba
b Zbb
Mca= Mac
Vc Mbc= Mcb
c Zcc
Fonte: www.sel.eesc.sc.usp.br/protecao/surtosparte2.doc
1 1 1 Z M ab M ac 1 1 1
aa
2 (40)
[Z cc ] = 3 1 a a M ba Z bb M bc 1 a a
1 2
2 2
1 a a M ca M cb Z cc 1 a a
1 1 1 Z M M 1 1 1
[Z cc ] = 3 1 a a M Z M 1 a a
1 2 2 (41)
2 2
1 a a M M Z 1 a a
Z + 2M 0 0
(42)
[Zcc] = 0 Z −M 0
0 0 Z − M
impedância de neutro:
Z 0 0 0
[Zcc] = 0 Z+ 0 onde Z0 = Z + 2M, Z+ = Z- = Z - M (44)
0 0 Z −
Z0 > Z+ = Z- (45)
28
As faltas assimétricas são aquelas que acontecem mais comumente nos sistemas
elétricos (Stevenson, 1994). Estas faltas podem ser do tipo Fase-Terra, Fase-Fase ou Fase-
Com o maior grau de incidência, é o tipo de falta que ocorre em 70% dos casos
(www.sel.eesc.sc.usp.br).
G a
Sistema b
~ Zo, Z1, Z2 c
Zf Impedância
falta-terra
Fonte: www.sel.eesc.sc.usp.br/protecao/surtosparte2.doc
Va = ZfIa Ib = 0 Ic = 0 (46)
29
1 1 1
I a0 I a
I = 1 1 a a 2 0
a1 3 (47)
Ia2 2 0
1 a a
a1) Correntes:
1
Ia0 = Ia1 = Ia2 = Ia (48)
3
a2) Tensões:
Z0 0 0
Va 0 0 I a
(49)
Va1 = E1 − 0 Z1 0 1 I a
3
Va 2 0 I a
0 0 Z2
Va 0 = − Z 0 . 1 3 I a (50)
Va1 = E1 − Z 1 .1 3 I a (51)
Va 2 = − Z 2 .1 3 I a (52)
Retomando Va = Zf Ia
− Z0Ia ZI − Z2Ia
+ E1 − 1 a +
V
Ia = a = 3 3 3 (53)
Zf Zf
Tirando Ia:
3E1 (54)
Ia =
Z 0 + Z1 + Z 2 + 3Z f
30
Ia E1 (55)
= I a 0 = I a1 = I a 2 =
3 Z 0 + Z1 + Z 2 + 3Z f
E1 ~ Ia0
N1 3Zf
Ia1 Ia2
componentes
da
corrente C.C.
Fonte: www.sel.eesc.sc.usp.br/protecao/surtosparte2.doc
31
(www.sel.eesc.sc.usp.br).
G a
Sistema b
~ Zo, Z1, Z2 c
Zf
Fonte: www.sel.eesc.sc.usp.br/protecao/surtosparte2.doc
1 1 1
a0
I 0
I = 1 1 a a 2 − I (59)
a1 3 c
Ia2 2 I c
1 a a
Va 0 0 Z 0 0 0 I
ao
V = E − 0 Z1
0 I a1 (61)
a1 a1
Va 2 0 0 0 Z 2 I a 2
Analogamente:
(71)
Vb = Vb 0 + Vb1 + Vb 2
Vc = Vc 0 + Vc1 + Vc 2 (72)
(73)
I b = I b 0 + I b1 + I b 2 = 0
Ea1
I a1 = I a 2 = − I a1 I a0 = 0 (74)
Z f + Z1 + Z 2
(75)
33
I f = a 2 I a 1 − aI a 1 = ( a 2 − a ) I a 1 (76)
(77)
(a 2 − a) = − j 3
3Ea1 (78)
If = − j
Z1 + Z 2 + Z f
Ia1
Ic2 Ib2
Ia2 Ia1
Z1
Va1 Z2 Va2
Ea Ia2
Ic1 Ib1
Fonte: www.sel.eesc.sc.usp.br/protecao/surtosparte2.doc
34
(www.sel.eesc.sc.usp.br).
G a
Sistema b
~ Z o, Z 1 , Z 2 c
Zf
Fonte: www.sel.eesc.sc.usp.br/protecao/surtosparte2.doc
Ia = 0 Vb = Vc = ZfIf Ib + Ic = If (79)
Va2 2 Vb
1 a a
35
Va1 = Va 2 = Va 0
Va 0 = 0 − I a 0 Z 0
para Zf = 0
36
I a1 =
(Z 0 + Z 2 + 3Z f ) Ea1
(81)
Z1Z 2 + (Z 0 + 3Z f )(Z1 + Z 2 )
I a2 = −
(Z 0 + 3Z f ) Ea1 (82)
Z1Z 2 + (Z 0 + 3Z f )(Z1 + Z 2 )
− Z2
I a0 = Ea1
Z1Z 2 + (Z 0 + 3Z f )(Z1 + Z 2 ) (83)
(84)
I f = 3I a 0
Ia1
Ia0
Ia2
Z1 Z’0
Va1 Va2 Va0
Z2 Z0
3Zn
EG
3Zf
Fonte: www.sel.eesc.sc.usp.br/protecao/surtosparte2.doc
37
grandezas de seqüência negativa era uma tarefa não trivial, além de implicar em custos muito
mais altos em relação, por exemplo, aos filtros de seqüência zero (I0).
Fonte: http://www.selinc.com.br/art_tecnicos/6155.pdf
Fonte: http://www.selinc.com.br/art_tecnicos/6155.pdf
38
negativa. Xm é a reatância mútua entre as bobinas que deve ser igual `R/ 3 .
Vf = 2RI2 (86)
Já nos relés digitais, é possível obter uma precisão mais apurada. As grandezas de
fase são digitalizadas por um conversor A/D e passam por um filtro anti-aliasing. A partir das
harmônicas, bem como aplicar o algoritmo de obtenção das componentes de seqüência deste
para todas as fases. Esta facilidade permite ao engenheiro de proteção uma maior liberdade
para escolher sua estratégia para a proteção do sistema, uma vez que os problemas
Fonte: http://www.selinc.com.br/art_tecnicos/6155.pdf
39
conectar-se diretamente ao relé, então é preciso rebaixar estes níveis de forma a torná-los
compatíveis com as entradas do relé de proteção. Isto é feito por Transformadores de Corrente
valores do primário.
Fonte: http://www.selinc.com.br/art_tecnicos/6155.pdf
Estes dispositivos podem sofrer falhas no circuito secundário, como por exemplo,
correntes de seqüência zero em uma falta fase-terra. Mas isto não impede que sejam lidas as
correntes de seqüência negativa, que circulam pelo mesmo caminho das cargas.
40
segundo aterramento involuntário junto à entrada do relé, aterramento este que não é
afetadas pelo segundo aterramento involuntário no retorno, pois seguem os mesmos caminhos
de alta impedância;
seqüência zero;
41
Apesar de todas as vantagens e de uma vasta área em que este relé é aplicável, é
preciso entender os motivos que levam a sua pouca utilização até então.
preciso uma maior sensibilidade do que os TCs de fase podem proporcionar. Então utiliza-se
um TC de neutro com relação de transformação menor, fato este que determina uma maior
seqüência negativa. Quando os TCs de fase são utilizados para calcular ambas as correntes
de caso é quando o neutro é solidamente aterrado. Já nos casos em que o sistema não é
provenientes de faltas à terra), é preciso alta sensibilidade na detecção de faltas à terra, uma
vez que as correntes são de baixa magnitude e de difícil medição, o que termina por justificar
responderem à carga equilibrada, eles podem ser ajustados para operar mais rápido e com
maior sensibilidade do que os elementos de sobrecorrente de fase para faltas fase-fase nos
elementos de sobrecorrente de seqüência negativa podem ser ajustados abaixo dos níveis de
carga (Schweitzer, E. O.; Eineweihi, A.F.; Feltis, M. W.,1997). Por outro lado, os elementos
de sobrecorrente de fase têm de ser ajustados acima dos níveis máximos de carga. Os
fornecidos virtualmente sem nenhum custo adicional, podem melhorar a proteção contra faltas
para faltas entre fases. A coordenação para outros tipos de falta é, conseqüentemente, obtida.
Fonte: http://www.selinc.com.br/art_tecnicos/sequencia_negativa.pdf
Fonte: http://www.selinc.com.br/art_tecnicos/sequencia_negativa.pdf
Falta |3I2/IP|
AG 1
BC √3
BCG ≤√3
46
Fonte: http://www.selinc.com.br/art_tecnicos/sequencia_negativa.pdf
Fonte: http://www.selinc.com.br/art_tecnicos/sequencia_negativa.pdf
Falta |3I2/IP|
Ag √3
Bc 1,5
47
|3I2/IP| = √3 (89)
dispositivo de sobrecorrente de fase, tem a mesma sensibilidade para faltas primárias fase-
fase, e menos ou igual sensibilidade para outros tipos de falta, quando comparado ao mesmo
primário localizado à frente (“downstream”) que está mais distante (ex., relé de um
para faltas do tipo fase-fase, é tradicional considerar 50% da mínima corrente de falta entre
fases e a mesma curva do relé de sobrecorrente de fase (Basler Eletric, 1998). Obter o valor
de pickup, dial de tempo (alavanca), tipo da curva ou ajustes das temporizações para que esse
localizado à frente da mesma forma que qualquer coordenação de fase seria efetuada. As
considerações referentes à carga podem não ser levadas em conta quando da derivação dos
DE SOBRECORRENTE DE FASE
relé do alimentador (51F e 51QF, respectivamente) devem ser coordenados com o elemento
Fonte: http://www.selinc.com.br/art_tecnicos/sequencia_negativa.pdf
alimentador
Fonte: http://www.selinc.com.br/art_tecnicos/sequencia_negativa.pdf
de partida de cargas a frio (“cold load pickup”) (Schweitzer, E. O.; Eineweihi, A.F.; Feltis, M.
do alimentador não pode efetuar o backup do religador de linha para faltas entre fases
do relé de sobrecorrente de fase. A curva para 51F está mostrada somente para comparação.
Fonte: http://www.selinc.com.br/art_tecnicos/sequencia_negativa.pdf
faltas entre fases é obtida com o elemento 51EP. O valor de pickup de 300 A do elemento
51EP tem duas vezes a sensibilidade do valor de pickup de 600 A do elemento 51F. A
52
velocidade de operação do elemento 51EP para faltas entre fases com valores abaixo de 2.000
Figura 21) através da aplicação da equação (89) (Procedimento 4). O dial de tempo (alavanca)
Fonte: http://www.selinc.com.br/art_tecnicos/sequencia_negativa.pdf
linha localizado à frente (51R) para faltas entre fases, a coordenação entre os dois dispositivos
sobrecorrente de fase da barra da distribuição tem de ser ajustado acima da carga combinada
freqüentemente ajustado pelo menos quatro vezes maior do que o pickup do elemento de
sobrecorrente de fase do alimentador cuja proteção de backup é efetuada por ele. Dessa
forma, a sensibilidade para faltas entre fases tanto na barra quanto no alimentador é
ser ajustados com valores significativamente abaixo dos níveis de carga da barra de
distribuição e proporcionar uma sensibilidade bem maior para faltas entre fases. Eles são
sobrecorrente de terra, além dos elementos de sobrecorrente de fase, não haverá necessidade
quer ele opere mais rápido ou mais lento do que seu elemento de sobrecorrente de terra
negativa localizado atrás para todas as faltas, inclusive aquelas que envolvem a terra.
barra da distribuição, a qual, por sua vez, gera corrente de carga de seqüência negativa nos
alimentadores conectados à barra que não estão sob defeito. O efeito da corrente de carga de
negativa para o relé da barra (Schweitzer, E. O.; Eineweihi, A.F.; Feltis, M. W.,1997). Isso
dos elementos de sobrecorrente de seqüência negativa do relé da barra. A Tabela III mostra a
uma subestação da distribuição usada como exemplo. À medida que Z2S diminui (fonte mais
forte) ou Z2L aumenta (carga mais baixa), o efeito da diminuição da sensibilidade nos
aproxima de um).
Alimentador da Distribuição.
Fonte: http://www.selinc.com.br/art_tecnicos/sequencia_negativa.pdf
sem defeito.
Fonte: http://www.selinc.com.br/art_tecnicos/sequencia_negativa.pdf
|Z2L/Z2S| 3 4 5 6 8 12
|I2B/I2| para:
válidos somente para condições de pico de carga (Z2L pequeno). Na maioria das vezes, os
níveis de carga são muitos menores e os valores maiores das relações da Tabela III são os
aplicados.
negativa (ex., fase aberta no ponto de saída do alimentador da distribuição da subestação, logo
desequilíbrio. A análise do condutor de fase aberta considera que nenhum condutor da fase
está em contato com a terra ou outros condutores de fase. O objetivo da análise é mostrar os
níveis da corrente de seqüência negativa gerada pelas condições descritas do condutor de fase
Fios.
Fonte: http://www.selinc.com.br/art_tecnicos/sequencia_negativa.pdf
Fonte: http://www.selinc.com.br/art_tecnicos/sequencia_negativa.pdf
59
I1 = corrente de seqüência-positiva
I0 = corrente de seqüência-zero
(operando com base em 3I2) detecta a corrente de seqüência negativa gerada pela condição do
condutor de fase aberta se a magnitude do seu valor de pickup estiver ajustada igual a IL (IL
Fonte: http://www.selinc.com.br/art_tecnicos/sequencia_negativa.pdf
Fonte: http://www.selinc.com.br/art_tecnicos/sequencia_negativa.pdf
I1 = corrente de seqüência-positiva
62
(operando com base em 3I2) detecta a corrente de seqüência negativa gerada pela condição do
condutor de fase aberta se a magnitude do seu valor de pickup estiver ajustada igual a 1,5IL (IL
4 ESTUDO DE CASO
backup para faltas fase-fase em um alimentador da linha. Esta aplicação foi escolhida porque
Matlab, baseado nos dados da linha em questão, as correntes de falta para as diferentes
impedâncias de falta, verificando a atuação do relé de seqüência negativa para cada caso.
4.1 A CELTINS
feito pela Centrais Elétricas de Goiás S.A. - CELG. Em agosto de 1989 os ativos da CELG
foram transferidos para o governo do novo Estado e uma nova companhia a CELTINS -
concorrência pública. Esta foi a primeira concessionária de energia elétrica a ser privatizada
no país - numa parceria inédita com o governo do Tocantins. Assim, o Grupo Rede assumiu o
4.2 O CASO
pelo fornecimento de energia para a cidade, além de interligar outras cidades ao sistema. Por
ela passa a linha de transmissão que alimenta a metade norte do estado do Tocantins. A
subestação de Miranorte deriva desta linha cinco outras linhas no nível da subtransmissão
(34,5kV). Uma para alimentar a cidade de Miranorte, onde há um rebaixamento para 13,8kV
e mais dois alimentadores (um em fase de construção), e quatro para outras localidades
Fonte: Dnit
66
modo que o relé atue como backup dos alimentadores 1 e 2 no caso de faltas fase-fase.
Foram passados pela concessionária alguns dados primordiais para que seja
• Transformador TF2:
o Potência: 2,5MVA
o Zl2 = Zl1
o Zl0 = 1,5Zl1
68
Como os efeitos do desequilíbrio contínuo nas fases causado pelas cargas não
puderam ser quantificados (não foi realizado um estudo para embasar a corrente de seqüência
negativa que irá trafegar no sistema em condição normal de carga), o ajuste será baseado
apenas na mínima corrente de falta fase-fase à frente do transformador. Desta forma, acaba
sistema de proteção proposto para este caso, com a inserção do relé de sobrecorrente:
69
Para a obtenção das correntes e tensões para a coordenação, foi utilizado o Matlab
clc
clear all
switch tipo
case 0
Sb=20000000; %Potência base
VHb=34500; %Tensão base na alta
VLb=12470; %Tensão base na baixa
St=Sb; %Base trafo
k1=1.33; %fator de sobrecarga
HCT=60; %400/5 relação de transformação na alta
70
case 1
Sb=2500000; %Potência base
VHb=34500; %Tensão base na alta
VLb=13800; %Tensão base na baixa
St=Sb; %Base trafo
k1=1.20; %fator de sobrecarga
HCT=20; %100/5 relação de transformação na alta
LCT=40; %200/5 relação transformação na baixa
Zs1=0.16*j; %Impedância de seqüência da fonte
Zs2=Zs1; %Parâmetro auxiliar para ajuste do relé
S1=100000000; %Impedância base da fonte no exemplo
%l=20; %Comprimento da linha ate a falta
Zt=0.075*j; %Impedância trafo
%operador a 1<120
a=exp(2*pi/3*j);
%Corrente base
IHb=Sb/(sqrt(3)*VHb);
71
ILb=Sb/(sqrt(3)*VLb);
%Impedância base
ZHb=VHb^2/Sb;
ZLb=VLb^2/Sb;
%Impedância de seqüência
Z1=(Zs1*Sb/S1+Zt*Sb/St+Zl1);
Z2=Z1;
Z0=(Zt+Zl0);
Zf=Zfo/ZLb;
%Falta fase-fase
I1p=1/(Z1+Z2+Zf); %Corrente seqüência positiva na baixa (pu)
I2p=-I1p; %Corrente seqüência negativa na baixa (pu)
%Falta fase-terra
I1=1/(Z1+Z2+Z0+3*Zf); %Corrente seqüência positiva na baixa (pu)
I2=I1; %Corrente seqüência negativa na baixa (pu)
I0=I1; %Corrente seqüência zero na baixa (pu)
If=I1+I2+I0; %Corrente falta na baixa (pu)
I_1=I1*exp(j*pi/6); %Corrente seqüência positiva na alta (adiantada de 30
graus)(pu)
I_2=I2*exp(-j*pi/6); %Corrente seqüência negativa na alta (defasada de 30
graus)(pu)
IA=I_1+I_2; %Corrente fase A (pu) na alta
IB=a^2*I_1+a*I_2; %Corrente fase B (pu) na alta
IC=a*I_1+a^2*I_2; %Corrente fase C (pu) na alta
IF=If*ILb; %Corrente de fase de falta na baixa (base)
IF_abs=abs(IF); %Módulo corrente de fase de falta na baixa (base)
IFa=IA*IHb; %Corrente de fase de falta na alta (base)
IFa_abs=abs(IFa); %Módulo corrente de fase de falta na alta (base)
I_2F=I_2*IHb; %Corrente de seqüência negativa de falta na alta
(base)
I_2F_abs=abs(I_2F); %Módulo corrente de seqüência negativa de falta na
alta (base)
K1lg=abs(IA/If); %Relação da corrente de falta na baixa com a de
seqüência negativa na alta
K2lg=abs(I_2/If); %Relação da corrente de falta na baixa com a de fase
na alta
I_2F_IF=3*I_2F_abs/IFa_abs; %|3I2/IFa|
4.2.3 SIMULAÇÃO
linha.
Com base nestes valores, optou-se pelas seguintes relações de transformação para
HCT = 20 LCT = 40
Inicia-se pelos cálculos das correntes para as faltas fase-terra. A falta simulada
ocorre na fase A:
IA = 0.6930 - 1.4602i
IB = 0
IC = -0.6930 + 1.4602i
negativa é maior. A falta simulada ocorre entre as fases B e C, não sendo gerada a
I0p = 0
Em módulo:
Ifp_abs = 285.3316 A
I2lp_abs = 164.7363 A
adiantada de 30º, enquanto a de seqüência negativa sofre um atraso de 30º quando refletida
tensão as correntes de falta aparecem nas três fases e as correntes de mesmo módulo não
Em módulo tem-se:
I_2Fp_abs = 65.8945 A
Então chega-se a mais duas relações importantes, agora para faltas fase-fase:
|3I2/Ip| = 1,5 (confere com o valor encontrado na tabela II para faltas fase-fase).
MPU_1A = 3,9222 A
Das curvas utilizadas pelo relé BE1-851, optou-se pela V1 (Very Inverse Curve),
a mesma utilizada no ajuste do relé 51P, 51N e 51Q em outros casos pesquisados e cujos
Fonte: http://www.basler.com/downloads/2899_990/Appendix_A.pdf
Fonte: http://www.basler.com/downloads/2899_990/Appendix_A.pdf
79
tempo de disparo:
T1 = 0,4910s
(disjuntor 52.1), focando em manter uma alta sensibilidade e a coordenação para faltas fase-
fase ocorridas nos alimentadores. Por este motivo, o ajuste do MPU corresponderá a 50% da
corrente de seqüência negativa refletida para o lado da alta quando é atingida a mínima
Illmin = 2.7280 pu
MPU_2A = 1.6474 A
tempo de disparo:
T2 = 6.3933s
necessário considerar que os desequilíbrios no sistema podem ser gerados por chaveamentos
assimétricos nas linhas e demais manobras que podem gerar um transitório de corrente
negativa. Uma vez que o ajuste prioriza a sensibilidade, tendo seu MPU abaixo inclusive da
corrente nominal de fase, e a magnitude destas correntes de chaveamento podem ser maiores
que o ajuste. O relé de seqüência negativa não pode ser sensível a estas situações, normais na
operação do sistema. O gráfico abaixo mostra o melhor ajuste obtido na coordenação do relé
80
É possível observar que a curva inversa do relé 51Q somente irá atuar mais rapidamente
quando a corrente de fase na baixa não estiver 22% acima da corrente de pickup do elemento
de fase.
Fonte: o autor
MPU_3 = 0,5 pu
MPU_3A = 1,3074 A
81
tempo de disparo:
T3 = 15,2030s
junto ao disjuntor 52.1, é possível verificar que o mesmo só atuará no caso de falha do relé
Fonte: o autor
82
4.2.7 RESULTADOS
(51Q) para detectar faltas fase-fase nos alimentadores. Se posicionado na alta tensão do
neutro, já que as correntes de seqüência zero não são refletidas no lado delta do transformador
TF-2. O gráfico abaixo varia a mínima corrente de pickup necessária para o trip em função da
0,7875 pu, ajustado abaixo da corrente nominal de carga e apto a detectar faltas à 20km de
Fonte: o autor
83
seqüência negativa geradas pelas cargas. Além de considerar este efeito de forma precisa na
análise e ajuste da corrente de pickup, poderia ser feito um segundo estudo junto aos
de forma regular na rede. Desta forma seria possível deixar o pickup do elemento de
sobrecorrente de seqüência negativa ainda mais sensível e eficaz na proteção do sistema. Foi
verificado um estudo onde foi possível reduzir de 50% para 10% a percentagem da corrente
de seqüência negativa na corrente da linha apenas realizando melhorias nas contatoras e nos
6 CONCLUSÕES
ajustados abaixo dos níveis de carga para operar mais rápido e com maior sensibilidade do
que os elementos de sobrecorrente de fase para faltas entre fases no sistema da distribuição.
Esta vantagem é acentuada se a falta for de alta impedância, caso em que os relés de
sobrecorrente de fase podem não reconhecer a falta, uma vez que o módulo da corrente de
fase não está significativamente maior que o módulo da corrente nominal do sistema. Um
possível impedimento para esta aplicação é a falta de diretrizes sobre como coordenar os
sistema da distribuição que operam com base em grandezas elétricas diferentes, como as
correntes de fase e de seqüência zero. Uma vez ajustada para faltas fase-fase, a coordenação
para outras faltas e com elementos de sobrecorrente de terra é, conseqüentemente, obtida, sem
7 REFERÊNCIAS
[1] Anderson, Paul; Analysis of Faulted Power Systems; The Iowa State University Press;
1973.
[2] Grainger, John J.;Stevenson, WilliM d. Jr.; Power System Analysis; McGraw Hill Book
[3] Horowitz, S. H.; Phadke, A. G.; Power System Relaying; Baldock, Hertfordshire,
[4] Schweitzer, E. O.; Eineweihi, A.F.; Feltis, M. W.; Coordenação e Aplicação do Elemento
http://www.intelog.net/site/default.asp?TroncoID=907492&SecaoID=508074&SubsecaoID=
715548&Template=../artigosnoticias/user_exibir.asp&ID=837038&Titulo=Aneel%20j%E1%
[7] Beach, David; Negative Sequence Relaying Applications in Ungrounded and High
[8] Hannah, Alan; Negative-Sequence Relay Protection for Blown High-Side Transformer
Fuse Detection; IEEE Transactions on Industry Applications, Vol 35, No. 1, 1999.
Novembro/2007.