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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Pós-Graduação em Engenharia de Estruturas

Rhayan de Almeida Cabral

MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ESTRUTURAS METÁLICAS

JUIZ DE FORA

2020
Rhayan de Almeida Cabral

MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ESTRUTURAS METÁLICAS

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao


programa de Pós-Graduação em Engenharia de
Estruturas da Pontifícia Universidade Católica
de Minas Gerais – PUC Minas, como requisito
parcial para obtenção do título de Especialista
em Engenharia de Estruturas.

Orientador: Prof. Laura Maria Paes de Abreu

Área de concentração: Estrutura Metálica

JUIZ DE FORA

2020
AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente à Deus por ter me dado o privilégio de estar


completando mais uma etapa na minha vida, que esteja sempre olhando e guiando
meus passos nas próximas etapas.

Agradeço a minha mãe, Lucivana Fonseca de Almeida, e minha avó, Maria


José Fonseca de Almeida, que sempre me apoiaram e me incentivaram a ir até o fim
em meus objetivos, por mais difíceis que pudessem parecer. Por me amarem e se
dedicarem a mim em tudo que precisei até agora em minha vida. E por mais fácil ou
difícil que tudo possa parecer, nunca deixaram de acreditar em mim.

A meu irmão, Rhuan de Almeida Marques, por sempre me apoiar e sempre


estar comigo em todas as etapas da minha vida, sendo uma inspiração para mim.

A minha irmã, Mariana Fonseca de Almeida Barbosa, por sempre me apoiar e


por sempre querer que eu alcance meus objetivos. E que isso sirva de inspiração para
ela em algum momento de sua vida.

Agradeço a minha namorada, Jéssica Alves de Oliveira, por sempre torcer por
mim, me incentivar e me apoiar em todas as etapas e obstáculo que passamos juntos.

Agradeço a minha professora orientadora, Laura Maria Paes de Abreu, pelo


aprendizado em sala de aula, por sempre transmitir novos conhecimentos com toda
disposição, pela paciência e compreensão em me ajudar a concluir mais essa etapa
da minha vida.
RESUMO

As construções em geral possuem um período de vida útil, no entanto, a intenção de


todos os envolvidos, seja o profissional, construtora ou proprietário, é buscar o
máximo aproveitamento e funcionamento de sua edificação. As falhas e erros em
todas as etapas da construção, trazem posteriormente uma série de anomalias nas
quais devem ser solucionadas para não criar problemas maiores. Geralmente, as
correções e adequações que precisam ser feitas, aparecem após a conclusão da
construção, e essas manifestações patológicas tem um custo elevado para correção.
Nas construções em estruturas metálicas não são diferentes, as manifestações
patológicas são inimigas da vida útil e prejudicam diretamente a segurança,
funcionalidade e durabilidade desta modalidade construtiva. Portanto o conhecimento
das causas, falhas e soluções ajudam a tomar as medidas preventivas em cada etapa
da obra e auxiliam nas manutenções necessárias para se prolongar a vida útil da
construção de forma acessível e com baixo custo.

Palavras-chave: Construções. Estrutura metálica. Falhas. Manifestações patológicas.


ABSTRACT

The buildings in general have a useful life period, however, the intention of everyone
involved, be it the professional, builder or owner, is to seek the maximum use and
functioning of your building. The failures and errors at all stages of construction
subsequently bring a series of anomalies in which they must be resolved in order not
to create major problems. Generally, the corrections and adjustments that need to be
made, appear after the construction is completed, and these pathological
manifestations have a high cost for correction. Metal structures are not different in
construction, pathological manifestations are enemies of useful life and directly affect
the safety, functionality and durability of this constructive modality. Therefore, the
knowledge of the causes, failures and solutions help to take preventive measures in
each stage of the work and assist in the necessary maintenance to extend the useful
life of the construction in an accessible and low cost.

Keywords: Buildings. Metal structure. Failures. Pathological manifestations.


LISTA DE IMAGENS

Imagem 1 - Galpão em estrutura metálica...................................................................16

Imagem 2 - Edifício em estrutura metálica..................................................................16

Imagem 3 - Ferramenta Clash Detective.....................................................................18

Imagem 4 - Principais causas de falhas em projetos de estruturas metálicas.............19

Imagem 5 - Falhas na soldagem de estruturas metálicas............................................20

Imagem 6 - Falhas nas furações para ligações parafusadas.......................................20

Imagem 7 - Falha devido à má qualidade da proteção anticorrosiva...........................21

Imagem 8 - Falha devido ao erro de confecção do gabarito........................................22

Imagem 9 - Lei de evolução dos custos.......................................................................24

Imagem 10 - Corrosão localizada................................................................................26

Imagem 11 - Corrosão generalizada...........................................................................27

Imagem 12 - Deformações excessivas.......................................................................28

Imagem 13 - Flambagem............................................................................................29

Imagem 14 – Fraturas e propagações de faturas........................................................30


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Classificação dos aços estruturais conforme a tensão de


escoamento......................................................................................10

Tabela 2 - Aços de uso frequente especificados pela ASTM para uso


estrutural...........................................................................................11

Tabela 3 - Principais causas de anomalias na construção civil...........................17


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................8

2 OBJETIVO.........................................................................................................9

3 JUSTIFICATIVA................................................................................................9

4 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................9
4.1 Estruturas metálicas........................................................................................9
4.1.1 Propriedades do aço........................................................................................12
4.1.2 Vantagens........................................................................................................13
4.1.3 Desvantagens..................................................................................................14
4.1.4 Aplicações gerais.............................................................................................15
4.2 Falhas em estruturas metálicas....................................................................17
4.2.1 Falhas em projetos...........................................................................................18
4.2.2 Falhas na execução.........................................................................................19
4.2.3 Falhas na manutenção....................................................................................23
4.3 Patologia em estruturas metálicas...............................................................24
4.3.1 Corrosão..........................................................................................................25
4.3.1.1 Corrosão localizada......................................................................................26
4.3.1.2 Corrosão generalizada.................................................................................27
4.3.2 Deformações execissvas.................................................................................28
4.3.3 Flambagem......................................................................................................28
4.3.4 Fraturas e propagação de fraturas..................................................................30

5 CONCLUSÃO..................................................................................................31

6 REFERÊNCIAS...............................................................................................32
1 INTRODUÇÃO

Embora as construções em estrutura metálica não sejam utilizadas com muita


frequência nos dias atuais e no Brasil, houve um aumento considerável desse sistema
construtivo em construções onde requerem alguma de suas vantagens, tornando-o
assim, a solução mais viável e adequada para o produto final desejado.

Enquanto as estruturas convencionais ainda impõem uma limitação criativa,


o aço permite construir estruturas com maior precisão, qualidade, possuindo
a inovação, praticidade, e ganho de tempo. Por essas, entre outras
vantagens, que há muito tempo se utiliza a estrutura metálica como um dos
principais elementos para vários tipos de estrutura (CORTEZ et al., 2017,
MANGIAPELO et al., 2014 apud GOMES et al., 2018, p. 2).

A criação de despesas não previstas em construções, na maior parte das


vezes, se dá pela ausência de planejamento, uso inadequado de materiais, falta de
cuidados na execução, adaptações feitas ao decorrer e após a construção, e a
carência de manutenção ao longo da vida útil da edificação (IANTAS, 2010).

A construção metálica tem várias etapas na qual devem ter todo cuidado e
atenção, pois todas essas fases são suscetíveis a erros e falhas, mesmo sendo sem
más-intenções, põe em risco o bom funcionamento e, consequentemente, os
utilitários.

Os erros e falhas ocorridos nas etapas das construções causam, mais adiante,
danos as edificações, e estes recebem o nome de: manifestações patológicas. As
manifestações patológicas mais comuns em estruturas metálicas são: corrosão
localizada, generalizada, deformações excessivas causada por sobrecargas ou
efeitos térmicos, flambagem local ou global, fratura e propagação de fraturas.

Como as manifestações geralmente não são previstas, cabe ao profissional


tentar ao máximo evita-las, ou pelo menos minimizá-las, para posteriormente, não
gerar custos adicionais e elevados para tratá-las.

8
2 OBJETIVOS

O objetivo desse trabalho é discutir as principais causas e mecanismos de


manifestações patológicas em estruturas metálicas, abordar situações reais que
acontecem com maior frequência e apresentar noções sobre como trata-las, evita-las
e/ou corrigi-las.

3 JUSTIFICATIVA

Segundo CASTRO (1999), toda edificação a ser construída deve oferecer


condições de uso, segurança e conforto de forma que as atividades a serem
desenvolvidas não sofram interferências. Qualquer situação anormal que venha a
ocorrer com a edificação pode causar prejuízos de toda ordem de grandeza em
consequência da alteração destas atividades.

Por tratar-se de um assunto de relevância que têm uma significativa carência


de informações e publicações, entende-se que é de suma importância no âmbito da
construção e da pesquisa científica mais divulgações e esclarecimentos. Todos os
profissionais que trabalham diretamente ou indiretamente com estrutura metálica, ou
até mesmo outros métodos construtivos, devem estar preparados para perceber,
identificar e propor soluções para estes problemas.

Portanto quanto maior o número de contribuições de informações consistentes,


maior serão os materiais e fontes e maior será o impacto no corpo de conhecimento
a fim de estabelecer novos fatos e chegar a novas conclusões.

4 REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 Estruturas metálicas

Segundo Sacchi (2016), o aço é uma liga de ferro e carbono no qual possuem
quantidades limitadas dos elementos químicos: carbono, silício, manganês, enxofre e

9
fósforo. Sendo que a quantidade de carbono presente no aço é que define a sua
classificação (Tabela 1).

Tabela 1 – Classificação dos aços estruturais conforme a tensão de


escoamento
TIPO LIMITE DE ESCOAMENTO MÍNIMO, MPa

Aço carbono de média resistência 195 a 259

Aço de alta resistência e baixa liga 290 a 345

Aço ligados tratados termicamente 630 a 700


Fonte: Centro Brasileiro da Construção em Aço [CBCA] (2014).

Os aços estruturais (Tabela 2), dentro da construção civil, estão muito ligados
a construção de shoppings centers e prédios industriais, edifícios comerciais de
grande porte, teatros e até mesmo em escolas nas quais necessitam de alguma de
suas vantagens. A possibilidade de alcançar grandes vãos utilizando estruturas mais
leves é um dos fatores em que os projetistas levam em consideração na escolha da
concepção arquitetônica e estrutural.

Uma das características da estrutura metálica é a fácil adaptação e


versatilidade de concepção às necessidades específicas de cada aplicação.
Raramente uma solução adotada para uma aplicação é aproveitada em outra.
É, na maioria das vezes, um produto produzido por encomenda e, nesse
sentido, o projeto é uma atividade necessária e específica para cada um dos
pedidos a serem colocados em produção. [. . .] (LOPES, 2001, p. 3).

Com o avanço tecnológico e o despertar de profissionais que querem inovar


em seus projetos e construções, a estrutura metálica tem sido muito bem aproveitada
pela sua característica estética e pela sua rapidez de execução. A construção em aço
ainda não é popularizada no Brasil, pois apesar de ser um dos maiores produtores
mundiais de aço, o preço ainda é maior do que a construção convencional de concreto
armado, mas mesmo perante isso, com o passar do tempo vem ganhando mais
espaço em áreas onde não eram tão utilizadas, como em edificações residenciais.

10
Tabela 2 - Aços de uso frequente especificados pela ASTM para uso estrutural

Fonte: ABNT NBR 8800 (2008).

11
4.1.1 Propriedades do aço

De acordo com a ABNT NBR 8800 (2008), as propriedades mecânicas gerais


que são estabelecidas pelas constantes físicas dos aços estruturais são:

a) Módulo de elasticidade: E = Ea = 200 000 MPa;

b) Coeficiente de Poisson: νa = 0,3;

c) Módulo de elasticidade transversal: G = 77 000 MPa;

d) Coeficiente de dilatação térmica: βa = 1,2 × 10-5 °C-1;

e) Massa específica: ρa = 7 850 kg/m3.

Outras propriedades dos aços estruturais são:

f) Dureza: É a resistência ao risco ou abrasão e pode ser medida pela resistência


com que a superfície do material se opõe à introdução de uma peça de maior
dureza. Os ensaios de dureza são bastante utilizados para verificar a
homogeneidade do material;

g) Ductilidade: É a capacidade do material de se deformar sob a ação de cargas


e as estruturas dotadas de maior ductilidade sofrem grandes deformações
antes de se romperem, o que na prática constitui um aviso da existência de
tensões elevadas, ou seja, o aço vai além do seu limite elástico;

h) Tenacidade: É a energia mecânica total que o material pode absorver em


deformações elásticas e plásticas até a sua ruptura;

i) Resiliência: É a energia mecânica total que o material pode absorver em


deformações elásticas até a sua ruptura;

j) Efeito de alta e baixa temperaturas: As altas temperaturas modificam as


propriedades mecânicas dos aços estruturais;

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k) Ruptura frágil: São muito perigosas, pois são bruscas e não apresentam
avisos pelas deformações exageradas das peças estruturais;

l) Fadiga: É a ruptura de uma peça sob esforços repetitivos, em geral


determinantes em peças de máquinas e estruturas sob efeito de cargas móveis.

4.1.2 Vantagens

Pode-se citar como vantagens a execução de uma construção em estrutura


metálica pelas seguintes características:

a) Alta resistência do material nos diversos estados de solicitação (Tração,


compressão, flexão, etc.), permitindo grande eficiência estrutural e
elementos de dimensões menores;

b) As estruturas metálicas são mais leves e com menores dimensões do


que as estruturas convencionais de concreto armado, proporcionando,
assim, fundações com menos solicitação e, consequentemente, com o
custo mais baixo;

c) As propriedades dos materiais (homogêneo e isotrópico) e a precisão


dimensional dos elementos estruturais oferecem grande margem de
segurança, devido ao processo de fabricação industrializada;

d) Montagem industrializada, permitindo maior segurança, canteiro de obra


limpo e prazos mais curtos de execução de obras;

e) Flexibilidade de montagem e fabricação permitem a realização de


eventuais reforços de ordem estrutural, caso haja a necessidade;

f) Grande trabalhabilidade do material, permitindo vencer grandes vãos e


trabalhar sob altas tensões devido à sua propriedade dúctil.

13
4.1.3 Desvantagens

Pode-se citar como desvantagens a execução de uma construção em estrutura


metálica pelas seguintes características:

a) Limitação de fabricação em função do transporte até o local da


montagem final, assim como o custo desse mesmo transporte, em geral,
alto custo;

b) Necessidade de tratamento superficial das peças estruturais contra


oxidação e proteção contra incêndio, apesar da utilização de perfis de
alta resistência à corrosão atmosférica;

c) Necessidade de mão-de-obra e equipamentos especializados para a


fabricação e montagem.

d) Alto custo da matéria prima e do processo de fabricação e montagem.

Dentre os fatores que influenciam no alto custo da estrutura metálica, pode-se citar:

 Matéria prima;

 Sistema de proteção contra corrosão e incêndio;

 Seleção do sistema estrutural: ao se considerar qual o sistema estrutural


que se propõe dimensionar, é necessário levar em consideração os
fatores de fabricação e montagem;

 Projeto dos elementos estruturais: dimensionamento econômico,


procurando manter a padronização dos elementos;

 Projeto e detalhe das conexões: as ligações devem levar em


consideração os aspectos de fabricação (ligações soldadas em fábrica
e parafusas no canteiro de obras);

 Processo de fabricação, especificações para fabricação e montagem:


esses fatores são os que mais influenciam nos custos da obra, pois caso

14
haja alguma falha, consequentemente, irão gerar atrasos e/ou
retrabalhos de certas etapas de execução.

4.1.4 Aplicações gerais

Pode-se citar como aplicações gerais das estruturas metálicas as seguintes


concepções:

a) Telhados ou coberturas; h) Torres;

b) Edifícios Industriais, i) Guindastes;


residenciais e comerciais;
j) Postes;
c) Residências;
k) Passarelas;
d) Hangares;
l) Indústria naval;
e) Pontes e viadutos;
m) Escadas;
f) Pontes rolantes e
n) Mezaninos;
equipamentos de
transporte (esteiras); o) Silos;

g) Reservatórios; p) Helipontos.

Nota-se que a estrutura metálica não é somente utilizada para estruturas


convencionais, mas também é utilizada para outras áreas e até mesmo para
construção de equipamentos.

Desse modo, segue algumas fotos para exemplificar o emprego e a utilização


de estrutura metálica:

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Imagem 1 – Galpão em estrutura metálica

Fonte: METAL CEDRO PRÉ FABRICADOS E ESTRUTURAS METÁLICAS.

Imagem 2 – Edifício em estrutura metálica

Fonte: Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Arquitetura (2020).

16
4.2 Falhas em estruturas metálicas

“As anomalias em estruturas metálicas também são, na grande maioria,


resultantes de falhas de projetos, erros de fabricação e montagem das estruturas,
causadas por negligência ou inexistência de controle de qualidade ou então da falta
de manutenção.” (SACCHI, 2016, p. 112)

Tabela 3 – Principais causas de anomalias na construção civil


CAUSAS PORCENTAGEM
Projeto 42,00%
Execução 28,40%
Materiais 14,50%
Uso 9,50%
Vários 5,60%
Fonte: HENRIQUES (2001).

A vida útil das estruturas esta diretamente ligada aos fatores que causam as
anomalias. A cada falha ocorrida ou detectada posteriormente, ocasiona,
consideravelmente, a diminuição do tempo de vida da construção e isso vai contra a
perspectiva do projetista e também do utilitário, pois mesmo que nada dure para
sempre, todos nós esperamos uma longa e benéfica utilização sem que aconteça
nenhum transtorno futuro.

Além das causas de pré-utilização (projeto, execução e materiais), existem as


causas de anomalias que são consequências do uso inapropriado e negligente das
construções. Um exemplo básico e que ocorre com certa frequência, é a falta de
comunicação entre o proprietário da edificação e o responsável técnico pelo projeto,
pois o profissional ao dimensionar as estruturas e fazer os estudos adequados para a
respectiva edificação, entende-se que tem o domínio do que poderá ser utilizado e
para qual solicitação de carregamento foi estabelecido e suportará, já o proprietário,
buscando novos arranjos nas edificações, fazendo reformas e adequações, muita das
vezes acaba modificando a concepção estrutural e as cargas previstas em projeto,
causando assim uma possível manifestação patológica com o passar dos dias.

Dentre todas as causas das anomalias, pode-se citar e conceituar as seguintes:


17
4.2.1 Falhas em projetos

Segundo Sacchi (2016), a vida útil de uma estrutura nasce do projeto e se


consolida na execução, mas os conceitos do projeto devem chegar até a conclusão
da execução.

A construção em estrutura metálica deve ser muito bem planejada em sua fase
de projeto, nesta fase pensa-se também na fabricação e na montagem, pois para obter
o sucesso em uma das suas vantagens principais (rapidez de execução), todos as
dificuldades, processos e possíveis falhas, devem ser previstas e solucionadas para
que na execução da obra tudo flua como planejado.

No desenvolvimento dos projetos deve-se levar em conta todo processo de produção, e no


caso das construções metálicas, incluem-se a fabricação de componentes industrializados, o
transporte e a montagem dos mesmos, resultando em um plano de atividade que deve ser
desenvolvida pelos especialistas envolvidos no projeto. (BAUERMANN, 2002, apud SACCHI,
2016, p. 115)

A compatibilização de projetos (Imagem 3), é um fator essencial que deve ser


executado em todas as construções na etapa de projeto, com o objetivo de detectar
interferências ao fazer a interação das diversas disciplinas abordadas dentro do
desenvolvimento de uma edificação. A compatibilização nada mais é do que reunir os
diversos setores de projetos, sobrepondo-os, para que seja capaz a visualização de
possíveis problemas que podem ser constatados no momento de sua execução.

Imagem 3 – Ferramenta Clash Detective (compatibilização de projetos)

Fonte: PROJETCTS: BIM CLASH DETECTION

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Segundo Bureau Securitas (1979), as falhas de projetos são provenientes de
algumas causas como: detalhamento deficiente, concepção geral, erros de calculo e
materiais inadequados. (Imagem 4)

Imagem 4 – Principais causas de falhas em projetos de estruturas metálicas

CAUSAS DE FALHAS EM PROJETOS


Materiais
inadequados
10%
Erros de cálculo
13%

Detalhamento
deficiente
Concepção geral 59%
18%

Fonte: BUREAU SECURITAS (1979).

4.2.2 Falhas na execução

As falhas mais comuns que podem ocorrer na execução são relacionadas a


fabricação das peças e perfis e na montagem das estruturas.

O processo de fabricação deve ser supervisionado por um funcionário muito


bem qualificado e certificado para exercer esta função, pois ele será o controle de
qualidade visual da fábrica. Portanto o profissional atestará, após suas inspeções, se
o material está de acordo com o projeto e pronto para transportá-lo para local onde
será montado.

Pode-se citar como exemplo as falhas na soldagem (Imagem 5) e furações


(Imagem 6):

19
Imagem 5 – Falhas na soldagem de estruturas metálicas (Foto esquerda: Falta
de Fusão na soldagem. / Foto direita: Falta de penetração da solda)

Fonte: NETTO (2010).

Imagem 6 – Falhas nas furações para ligações parafusadas

Fonte: SACCHI (2016).


20
Outro fator muito importante na fabricação são as pinturas nas estruturas, a
tinta deve ser de ótima qualidade e com características especificas ao devido fim.
Geralmente, as empresas utilizam sempre a mesma tinta pois obtiveram ótimos
resultados e custos para novos testes de tintas não são viáveis e a diferença chega a
ser insignificante.

A pintura industrial é uma proteção anticorrosiva do aço, desse modo, a má


qualidade de aplicação desta proteção ou então alguma brecha onde não houve
aplicação da proteção, traz, por consequência, uma redução do desempenho da
estrutura, causando uma degradação proporcional ao tempo de exposição e
inversamente proporcional para a vida útil. (Imagem 7)

Imagem 7 – Falha devido à má qualidade da proteção anticorrosiva

Fonte: SILVA NETO e FERREIRA.

Devido às condições particulares de cada obra, como acessibilidade,


topografia local, disponibilidade de canteiro, tipo de estrutura entre outras, a
montagem estará sujeita a desafios específicos e próprios de cada
empreendimento. Sendo assim, deve ser elaborado um plano de montagem
que comtempla desenhos e diagramas de montagem, desenhos e
constituintes dos subconjuntos da estrutura (treliça), programação de
embarque, lista de expedição (define composição de cada subconjunto e
modo a ser enviado para obra), cronograma e prazo final, no intuito de
orientar todo processo relacionado aos aspectos específicos de montagem,
tipo de estrutura e concepções de fabricação. (RAAD JUNIOR, 1999, apud
SACCHI, 2016, p. 122)
21
A precisão das construções em estruturas metálicas é milimétrica, portanto,
qualquer erro de posicionamento irá interferir em algum momento outras peças que
compõe o produto final (Imagem 8). Essas falhas na montagem da estrutura geram
improvisos na execução da obra, como por exemplo, a execução de uma solda de
campo não prevista em projeto, e por ter que fazer esta solda não prevista, ainda cria
o risco de falha na fabricação desta nova peça de campo, sem contar o aumento do
prazo e do custo da obra por motivos de retrabalho.

Imagem 8 – Falha devido ao erro de confecção do gabarito

Fonte: (PRAVIA; BETINELLI, 1998).

22
4.2.3 Falhas na manutenção

A ausência de manutenção preventiva compromete a segurança da estrutura,


acelerando o seu processo de degradação. A manutenção é tão importante quanto os
cuidados no projeto, fabricação e montagem das construções. A manutenção é
relativa aos processos citados anteriormente, ela deve estar prevista no custo inicial
da obra mesmo tendo seu início após a conclusão da mesma para os devidos fins.

Os custos de manutenção é um dos fatores que as construtoras mais sentem


medos, pois quanto menor os custos maiores são os lucros, e convenhamos, não é
bom para os utilitários e nem para a empresa voltar ao local da obra após sua
conclusão para poder fazer alguma manutenção.

Por outro lado, as manutenções preventivas ou inspeções rotineiras, são um


bom negócio para as empresas, pois como o próprio nome já diz, busca a prevenção
e consequentemente a redução de possíveis falhas no desempenho das estruturas,
aumentando seu grau de confiança e evitando a execução de manutenções corretivas.

Já a manutenção corretiva tem um custo bem elevado (Imagem 9), pois quando
chega a este ponto, seja por falha de projeto, execução, material e até mesmo por
falta de manutenção preventiva, há a necessidade de grandes reparações. Em certos
casos, quando a estrutura tem um alto grau de avaria se faz necessário demolição de
parte da edificação, gerando assim custos altos que com certeza não foram previstos,
desconforto e insegurança por parte dos utilitários.

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Imagem 9 – Lei de evolução dos custos

Fonte: HELENE (1992).

4.3 Patologia em estruturas metálicas

O termo “patologia”, é a ciência que estuda a origem, os sintomas e as


naturezas das doenças. Relacionando essa definição com as construções em geral,
a patologia significa o estudo das anomalias relacionadas a deterioração dos
componentes estruturais.

Patologia das Estruturas é definido como o “campo da Engenharia das Construções que se faz
estudos das origens, encontrando as formas de manifestação, consequências e mecanismos
de ocorrência das falhas e dos sistemas de degradação das estruturas". Este ramo de
engenharia tem sua grande importância devido à necessidade e objetivo de prorrogar a vida
útil das estruturas. (LAUREN,2010 apud SOUZA e RIPPER, 1998)

As patologias são originadas por falhas que incidem durante a realização de


uma ou mais atividades do processo da construção civil, assim como, dispostas no
capítulo anterior.

De forma geral, as patologias das estruturas podem ser divididas em três categorias:

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• Adquiridas: São patologias estruturais procedentes de atuação externa, como a
poluição atmosférica, umidade, gases ou líquidos corrosivos e vibrações excessivas
provocadas pelo uso indevido da estrutura. Os efeitos geram problemas que
relacionam com a falta de preparo inicial da estrutura ou com a falta de manutenção;

• Transmitidas: Hábitos ou desconhecimento técnico do pessoal de fabricação ou


montagem da estrutura. Transmitidas de obra para obra, como soldadores que não se
preocupam em retirar a pintura dos pontos de solda, ignorando que a carbonização da
tinta prejudica a qualidade do serviço e também os casos de falta de prumo;

• Atávicas: São patologias resultantes de má concepção de projeto, erros de cálculo,


escolhas de perfilados ou chapas de espessuras inadequadas ou, ainda, do uso de
tipos de aço com resistência diferente das consideradas no projeto. Não são fáceis de
reparar, costumam exigir reforços, adições, escoramentos etc. (SILVA JUNIOR, apud
DAL’ BÓ, 2012)

As manifestações patológicas em construções de estrutura metálica, salvo


algumas exceções, possuem características semelhantes mesmo sendo construções
distintas, locais distintos e concepções diferentes. Todo material fabricado para ser
utilizado no ramo de estruturas metálicas da construção civil, possuem propriedades
bem semelhantes, as mudanças são relativamente poucas levando em consideração
mesma classificação e denominação do aço escolhido, mas com fabricantes
diferentes.

Perante isso, pode-se citar como principais manifestações patológicas no aço


as seguintes: corrosão localizada, corrosão generalizada, deformações excessivas,
flambagem local, flambagem global, fraturas e propagação de fraturas.

4.3.1 Corrosão

A corrosão nada mais é que um processo de perda de elétrons dos metais,


transformando-os em íons que reagem com outros tipos de materiais formando
óxidos, sais, hidróxidos, que também são conhecidos como produtos de corrosão.

Corrosão é um tipo de deterioração que pode ser facilmente encontrada em


obras metálicas e se caracteriza como um fenômeno patológico de maior
conhecimento público. O aço oxida quando em contato com gases nocivos ou

25
umidade, necessitando por isso de cuidados para prolongar sua durabilidade.
(SACCHI, 2016, p. 114)

A corrosão pode-se manifestar de diversas maneiras diferentes, sendo de


acordo com o tipo de material empregado, do meio de exposição como: água,
concreto, solo, produtos químicos e até mesmo a própria atmosfera; entre outras. Os
tipos de corrosão mais conhecidos são as localizadas e as generalizadas.

4.3.1.1 Corrosão localizada

Causada pela deficiência de escoamento de águas, por consequência na maior


parte das vezes, de falta de detalhes construtivos no projeto, fazendo com que permita
o acúmulo de umidade e de agentes agressivos, ocasionando a deterioração da
superfície de contato direto. Geralmente são locais específicos com pouca, ou até
mesmo nenhuma, ramificação no restante da estrutura. (Imagem 10)

Imagem 10 – Corrosão localizada

Fonte: Engenheiro de Materiais (2017).

Para não ocorrer essa manifestação patológica, se faz necessário um projeto


que tenha devida preocupação com o escoamento águas, e uma pintura apropriada

26
para o tipo de aço e o grau agressividade ambiental em que a estrutura estará
submetida.

4.3.1.2 Corrosão Generalizada

Não fugindo do conceito anterior, a corrosão generalizada ocorre da mesma


forma que a localizada, só que na maior parte das vezes ocorre após esta. Se não
houver execução das devidas medidas nas corrosões localizadas, estas tendem a
proliferar. Causada, muita das vezes, pela ausência de proteção contra o processo de
corrosão, na qual a pintura é o fator de suma importância. (Imagem 11)

Imagem 11 – Corrosão generalizada

Fonte: BRINCK, CÂNDIDO e NEVES (2005).

A pintura anticorrosiva e a preparação da base para a aplicação da mesma são


os fatores cruciais para que não ocorra o processo de corrosão do aço. Deve-se levar
em consideração também a manutenção como um dos fatores indispensáveis, pois
se a película protetora do aço sofrer desgaste ou dano ao longo da vida útil, o
tratamento imediato é crucial para que não prejudique a estrutura.

27
4.3.2 Deformações excessivas

As deformações excessivas são causadas por sobrecargas ou efeitos térmicos


que não foram considerados em projeto, ou ainda, deficiência na disposição e na
execução dos travejamentos. (Imagem 12)

Imagem 12 – Deformações excessivas

Fonte: CASTRO (1999).

Para que não ocorra esta manifestação patológica é necessário que o projeto
esteja devidamente dimensionado para as solicitações as quais serão submetidos, a
fabricação e montagem da estrutura deve sempre estar consoante ao projeto, para
que não crie interferências que prejudiquem o bom funcionamento das estruturas, e
após a conclusão da construção, os utilitários devem sempre respeitar as premissas
de acordo com o manual de utilização da construção, evitando assim a utilização
indevida da edificação.

4.3.3 Flambagem

A flambagem é um fenômeno físico no qual a estrutura está sujeita a esforços


de compressão axial não suportáveis, causando assim uma instabilidade. Esta
instabilidade pode ser considera global, levando em consideração a estrutura como
28
um todo, e local, quando há instabilidade nos elementos que compõe a estrutura (alma
e/ou mesa de perfil I). (Imagem 13)

Imagem 13 – Flambagem

Fonte: O calculista de aço.

A flambagem está atrelada ao projeto e também a deformação excessiva, na


qual a estrutura não foi dimensionada para o devido uso, portanto deve-se tomar
cuidado no dimensionamento, na verificação da estabilidade, defeitos de fabricação
dos componentes estruturais e respeitar rigorosamente as premissas de cálculo em
sua utilização.

29
4.3.4 Fraturas e propagação de fraturas

As farturas em estruturas metálicas estão ligadas, muita das vezes, a


concentrações e grandes variações de tensões não previstas em projeto. Há também
uma parcela a ser considerada devido aos detalhes inadequados dos projetos, esses
causam problemas na fabricação e montagem, assim como por exemplo, defeitos em
ligações soldadas e parafusadas. (Imagem 14)

Imagem 14 – Fraturas e propagação de fraturas

Fonte: ENGENHARIACIVIL.COM.

Essas manifestações patológicas estão atreladas ao projeto, fabricação e


montagem das estruturas, reforçando novamente, a devida atenção e

30
responsabilidade na elaboração dos projetos, no setor de controle de qualidade da
fabricação do material e também na equipe técnica especializada execução da obra.

5 CONCLUSÃO

O presente artigo visou apresentar algumas falhas, causas e possíveis


soluções sobre as principais manifestações patológicas que podem ocorrer nas
construções em estruturas metálicas. Constatou-se que há uma certa quantidade de
anomalias que prejudicam os fatores primordiais desta modalidade de construção, a
segurança, a funcionalidade e a durabilidade, que se, não tomar as devidas
prevenções, podem ocasionar diversos transtornos a vida útil da edificação, trazendo
assim, insegurança para os utilitários.

Os profissionais do ramo da construção civil, devem sempre estar atentos e


preparados para perceber, identificar e propor soluções para os problemas que virão
a acontecer. Vários são os motivos pelos quais deve-se ressaltar a importância do
estudo das patologias e seus processos de ocorrência.

Para a excelência em um tratamento de patologia, é necessário um diagnóstico


adequado e completo, onde deve-se esclarecer todos os aspectos do problema,
como: sintomas, mecanismos, origens e causas. O que se deve ter em mente é que,
a vistoria é somente realizada para levantamento de dados e não para prescrever
correções imediatas. As análises são feitas após o levantamento de dados e,
posteriormente, buscar as melhores soluções.

Ao buscar a solução das anomalias deve-se não ter como primeira e principal
a execução de reforços, pois não se reforça uma estrutura sem antes eliminar a causa
das manifestações patológicas.

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6 REFERÊNCIAS

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