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4: Equação de Bernoulli
Capítulo 4
EQUAÇÕES FUNDAMENTAIS
Waldir de Oliveira
A) SISTEMA DIRETOR
Sistemas diretores aletados (pré-distribuidor e
distribuidor de algumas turbinas hidráulicas, difusor de
algumas bombas hidráulicas, sistema diretor antes do rotor
de alguns ventiladores e sistema diretor após o rotor de
alguns ventiladores) são sistemas fixos (não giram em
torno do eixo da máquina, portanto, são sistemas inerciais).
Nesses casos, a 2.a lei de Newton para um elemento de
fluido pode ser aplicada diretamente, ou seja,
D
dF = (dm c ) (4.55)
Dt
dFc = g dm (4.56.b)
onde g é a aceleração da gravidade local.
z = xi + yj + z k z = x2 + y2 + z 2
z
( ) ( ) ( )
( ) = i+ j+ k
z x y z
2 xi + 2 yj + 2z k
P z =
2z
z
ez y
Figura 4.17: z
z = ez
Eixo vertical z z
g g = g ez = g z
x
Instituto de Engenharia Mecânica Universidade Federal de Itajubá
EME705T: Máquinas de Fluxo I Item 4.4: Equação de Bernoulli
D( )
= V ( ) ou
Dt t
Derivada
Derivada Derivada convectiva
subs tan cial local
D( ) ( )2
= V [ ( )]
Dt t 2
Derivada Derivada Derivada
subs tan cial local convectiva
1 c c2
p ( gz ) c ( c ) 0 (A)
Força da
t 2
Força de gravidade Aceleração
pressão por por unidade absoluta
unidade de de massa
massa
Sendo = ( x, y, z ) uma função escalar genérica
(contínua e uniforme) e ds um elemento de uma linha de
de corrente do escoamento absoluto, tem-se do cálculo
vetorial ds = ds = d
No caso de escoamento irrotacional, c = 0 , ou, ao
longo de uma mesma linha de corrente, e considerado
escoamento permanente, c = 0 , obtém-se de (A)
t
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= 0 (H2) 2 = 0 (H3)
1 c c
p ds + g z ds ds ds c ( c ) ds 0
t 2
dp dz
c2
d
2
H1: escoamento não-viscoso (escoamento ideal), HG3
H2: escoamento (absoluto) permanente, HG1
H3: escoamento irrotacional, HG14
Portanto, a equação acima torna-se em
1 c2
dp d + g dz = 0 (4.57.c)
2
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p8 p7 p c72 c82
= 0 (4.58.b)
2
c8 c8 cm 8 b8
8 8
8
7
7 c7 b7
c7 7 cm 7
cu7
p8 p7 p c72 c82
= (4.58.b)
2
B) SISTEMA ROTOR
Nesse caso, não se aplica diretamente a equação (4.57.a),
repetida abaixo, uma vez que a aceleração absoluta em
sistema rotativo de MF (rotor) é composta pelas
acelerações aparente e relativa.
Dc c c2
= c ( c ) (4.57.a)
Dt t 2
B) SISTEMA ROTOR
Também, não se aplica diretamente a equação (4.56.c),
repetida abaixo, já que o escoamento relativo é referido a
um referencial não-inercial. Deve-se, portanto, considerar a
composição de acelerações.
Dc
p g + =0 (4.56.c)
Dt
Composição de velocidades (reveja as páginas 4.12 e 4.13
do Capítulo 4):
Dc
a= = a* + arel (4.61.a)
Dt
onde
Dw
arel w (4.61.b)
Dt rel
a* = ao + at + an + aco
ou
a* = Ro + rP + ( rP ) + 2 × w (4.61.c)
No caso de rotor, deve-se considerar a equação (4.61.a).
Então, a equação (4.56.c) é escrita como:
Dw
p g + a + *
=0 (4.62.a)
Dt rel
D( ) ( )2
= V [ ( )]
Dt t 2
Derivada Derivada Derivada
subs tan cial local convectiva
D( w ) w ( w)2
= w [ ( w)]
Dt rel t 2
Aceleração Aceleração
Aceleração local convectiva
relativa
a* = Ro + rP + ( rP ) + 2 × w (4.62.e*)
Sendo:
an = ( rP ) = 2r er (4.62.c)
aCo = 2 w = 2 ( wr e w er ) (4.62.d)
e considerando (4.56.c) e (4.56.d), a equação (4.62.e*)
torna-se em:
a* = 2r er + 2 ( wr e w er ) (4.62.e)
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= 0 (H5)
Dw w w2
= w ( w ) (4.62.b)
Dt rel t 2
a* = 2r er + 2 ( wr e w er ) (4.62.e)
w 2
p g 2rer +2 (wr e w er ) w ( w ) = 0
a a
2
fc = f g n Co
fs = f p arel (4.62.a*)
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Considerando a equação (4.63.b), p g p*, e sendo
2
u
rer = , a equação (4.62.a*), repetida abaixo,
2
2
w 2
p g 2rer +2 (wr e w er ) w ( w ) = 0
an aCo
2
fc = f g
fs = f p arel (4.62.a*)
torna-se
w 2
u2
p + + 2 ( wr e w er ) w ( w )
*
2
(4.63.a)
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r d dsrel
srel
dr
dsrel = dr er + r d e + dz ez
(4.64.a)
Figura 4.19 Elemento de uma LC rel
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w 2
u 2
p + + 2 ( wr e w er ) w ( w )
*
2
(4.63.a)
Então, multiplicando a equação (4.63.a) por ds rel, obtém-se
* w2 u2
p ds rel + ds rel +
2
w2 -u2
dp*
d
2
+2 ( wr e w er ) ds rel [w ( w )] ds rel
(4.63.d)
próximo slide próximo slide
1 w 2
u2
dp d
*
=0 (4.65.a)
2
torna-se em
1 w2 u2
dp d + g dz = 0 (4.65.d)
2
Considerando a hipótese adicional de escoamento
incompressível:
H4: escoamento incompressível, HG5
Aplicação:
Tomando-se como aplicação um rotor radial de máquina de
fluxo geradora de eixo vertical representado abaixo
CL
5 4 4 5
(a) o termo w4 w5
2 2
(efeito interno) representa a
2
diminuição da energia cinética do escoamento relativo
no caso de MF geradoras (no caso de MF motoras,
representa o aumento da energia cinética do escoamento
relativo), dependendo, evidentemente, dos triângulos de
velocidades envolvidos.
c4 w4
c5 w5
cm4 cm5
wm4 4 wm5
5 4 5
cu4 wu4 u4 u5
cu5 wu5
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(b) o termo u2
5 u2
4
(efeito centrífugo) contribui para o
2
aumento da pressão estática no caso de MF geradoras
(no caso de MF motoras, contribui para a diminuição da
pressão estática).
c4 w4
c5 w5
cm4 cm5
wm4 4 wm5
5 4 5
cu4 wu4 u4 u5
cu5 wu5
cu4 wu4 u4 = u5
cu5 wu5
REFERÊNCIA