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Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI

Instituto de Física

Curso de Licenciatura em Física – EaD

Resenha

Aula 19

PABLO JOSÉ DA SILVA


Matrícula 29.199
LICENCIATURA EM FÍSICA - UNIFEI

Ano 2015
Prática de Ensino V
Assunto: Resenha
Aluno: Pablo José da Silva

Titulo: Resenha

A educação inclusiva é algo tão interessante e ao mesmo tempo tão desafiadora para o ensino
tradicional. Compreende-se que a educação é direito de todos, e, de posse disto, o aluno com algum tipo
de deficiência demanda uma postura distinta e um olhar mais dinâmico na forma de ensino. Assim esse
tema é tratado pela autora Ana Aline de Medeiros em que foi de encontro a meios (estratégias) de ensino
para alunos com deficiência visual utilizando destes para dar acesso ao ensino sobre associações de
resistores em série e paralelo.
A problemática instaurada pela autora do artigo ocorre quando se depara com as aulas totalmente
voltadas para o público vidente. São aulas na muita das vezes teóricas e tradicionalistas. Esbarra-se na
tradição, mas o público discente é variado e há a presença de alunos com algum tipo de deficiência.
É nesse contexto que os grupos de estudos elaboram formas para aproximar a física à totalidade
dos alunos. É a adaptação no ensino para alcançar a educação para todos, como objetivo do governo,
tornando a educação inclusiva um desafio e uma meta a ser cumprida, para o partilhamento do
conhecimento a todos.
A autora dedica-se a apresentar uma proposta inovadora para o ensino de associação de resistores
em série e paralelo num contexto inclusivo. Ela demonstra a proposta tanto para alunos videntes quanto
para alunos com deficiência visual. Ela cita que o aluno cego somente tem o apoio da leitura em Braille,
mas é muito pouco, pois ele têm a mesma capacidade cognitiva que um aluno vidente.
É proposto por pela autora uma construção e execução de uma maquete tátil. É o que chamamos de
construtivismo, onde o aluno consegue construir o conhecimento a partir do contato com materiais que lhe
contribuirão para o seu aprendizado. Utilizando de toda a segurança por se tratar de eletricidade,
utilizando de legendas em tinta e Braille, lâmpadas para os alunos videntes como recurso óptico e buzinas
como recursos sonoros para os deficientes visuais.
Trabalhos como estes voltados para alunos cegos ou com pouca visão vêm sendo realizados por
diversos autores na área de eletricidade como CAMARGO (2006), CAMARGO (2007), SOUZA et al
(2008), e em trabalhos de física de uma forma geral os autores SILVA et al (2010) e COZENDEY (S/D).
Portanto, os alunos videntes evidenciaram que a intensidade luminosa é diferente nos dois tipos de
associações, sendo que há mais brilho na associação em paralelo do que na associação em série. E para os
alunos com deficiência visual os efeitos são percebidos pela intensidade sonora das buzinas quando se faz
alteração nos dois tipos de ligação. Eles também sentiram a presença de eletricidade no circuito pelo calor
das lâmpadas. A expectativa do experimento foi considerado um sucesso visto que formas distintas de
ensinar pode levar o conhecimento aqueles que possuem dificuldades devido ao ensino tradicionalista.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAMARGO, E. P. É possível ensinar física para alunos cegos ou com pouca visão? Proposta de
atividade de ensino de física que enfocam o conceito de aceleração. Ensino de física para alunos
cegos ou com baixa visão. Física na Escola, v. 8, n. 1, p. 30-34. 2007.
http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol8/Num1/v08n01a08.pdf Acessado em 27 de setembro de 2015.

CAMARGO, E. P.; SILVA, D.; BARROS FILHO, J. Atividade de ensino de Física para alunos cegos
ou com baixa visão: conceito de aceleração da gravidade. ENCINE - Ensino de Ciências e Inclusão
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gravidade.php. Acessado em 27 de setembro de 2015.

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http://congressos.ifal.edu.br/index.php/connepi/CONNEPI2010/paper/viewFile/1037/79 3 acessado em 20
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COZENDEY, S. G.; COSTA, M. P. R.; PESSANHA, M. C. R.; Publicações sobre o ensino de Física
para alunos com deficiência visual.
https://www.google.com.br/url?
sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=5&cad=rja&uact=8&ved=0CDAQFjAEahUKEwjiv7Wh5oXI
AhVGHZAKHbp2CP4&url=http%3A%2F%2Fwww.ibc.gov.br%2FNucleus%2Fmedia%2Fcommon
%2FNossos_Meios_RBC_RevDez2011_Artigo_2.doc&usg=AFQjCNEIPRLcMUOh3569yDzXtAJ-
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SOUZA, M.M.; COSTA, M.P.R.; STUDART, N. Tecnologia para o ensino de eletrodinâmica para
aluno cego. Ensino de eletrodinâmica para aluno cego. Física na escola. V. 9 n. 2, 2008.
http://www.ead.unifei.edu.br/moodle/mod/folder/view.php?id=46275 Acessado em 27 de setembro de
2015.

MEDEIROS, A.A, NASCIMENTO JÚNIOR, M.J; JAPIASSÚ JÚNIOR, F., OLIVEIRA, W. C.,
OLIVEIRA, N.S.M. Uma estratégia para o ensino de associações de resistores em série/paralelo
acessível a alunos com deficiência visual. Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do
Norte – CEFET/RN

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