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Nome: Adriano de Azevedo da Silva

Matrícula: 201710018

Energia Eólica

Introdução

O primeiro registro histórico da utilização da energia eólica para bombeamento de água e


moagem de grãos através de cata-ventos é proveniente da Pérsia, por volta de 200 A.C..
Esse tipo de moinho de eixo vertical veio a se espalhar pelo mundo islâmico sendo utilizado
por vários séculos. Acredita-se, todavia, que antes da invenção dos cata-ventos na Pérsia, a
China (por volta de 2000 A.C.) e o Império Babilônico (por volta 1700 A.C) já se utilizavam
de cata-ventos rústicos para irrigação.

A introdução dos cata-ventos na Europa deu-se, principalmente, no retorno das


Cruzadas há 900 anos. O início da adaptação dos cata-ventos para geração de energia
elétrica teve início no final do século XIX Em 1888, Charles F. Bruch, um industrial voltado
para eletrificação em campo, ergueu na cidade de Cleveland, Ohio, o primeiro cata-vento
destinado a geração de energia elétrica.

A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) contribuiu para o desenvolvimento dos


aerogeradores de médio e grande porte uma vez que os países em geral empenhavam
grandes esforços no sentido de economizar combustíveis fósseis. Os Estados Unidos
desenvolveram um projeto de construção do maior aerogerador até então projetado.
Durante o período entre 1955 e 1968, a Alemanha construiu e operou um aerogerador com
o maior número de inovações tecnológicas na época. Os avanços tecnológicos desse
modelo persistem até hoje na concepção dos modelos atuais mostrando o seu sucesso de
operação.

O Início da Energia Eólica no Brasil

O primeiro incentivo à fonte eólica ocorreu durante a crise energética de 2001, quando
se tentou incentivar a contratação de geração de energia eólica no país, até então
insignificante, através do Programa Emergencial de Energia Eólica (PROEÓLICA) (BRASIL,
2001). O programa tinha como objetivo a contratação de 1.050 MW de projetos de energia
eólica até dezembro de 2003, contudo, não obteve resultados esperados (TOLMASQUIM,
2016). No ano de 2002, de modo a incentivar o incremento da energia eólica na matriz
elétrica brasileira, o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica
(PROINFA), instituído pela Lei nº 10.438 (BRASIL, 2002), entrou em vigor.

O Programa de Incentivo às Fontes Alternativas (Proinfa) foi o ponto de partida do setor


eólico nacional, ao contratar em 2004 um pouco mais de 1,4 GW de potência (54 usinas).
Na época, era a mais cara e a menos desenvolvida das três fontes incentivadas, superando
as térmicas a biomassa e as pequenas centrais hidrelétricas. Para 2015, a ANEEL estipulou
o preço médio de custeio de 372 R$/MWh, para a eólica do Proinfa. O catalisador foi o
primeiro leilão exclusivo para eólicas, em 2009, que iniciou a fase competitiva, na qual o
parque mais eficiente e barato era o ganhador. Imediatamente os preços recuaram,
atingindo, em 2012, o seu menor valor. Em 2013 e 2014 houve pequena recuperação. Em
2015, em razão da desvalorização do Real, os preços passam a subir significativamente,
mas mantendo uma trajetória quase constante nos valores em US$/MWh.

Como é Produzida a Energia Eólica?


O vento é gerado pelo aquecimento não homogêneo da atmosfera, que é uma
consequência das irregularidades da superfície terrestre (por exemplo terra versus mar), da
rotação da terra (noite versus dia) e da forma quase esférica do nosso planeta. As massas
de ar mais quentes sobem na atmosfera e geram zonas de baixa pressão junto à superfície
da terra. Como consequência, massas de ar frio deslocam-se para essas zonas de baixa
pressão e dão origem ao vento.

As hélices de uma turbina de vento são diferentes das lâminas dos antigos moinhos
porque são mais aerodinâmicas e eficientes. Elas possuem o formato de asas de aviões e
usam a mesma aerodinâmica e em movimento ativam um eixo que está ligado à caixa de
mudança. Através de uma série de engrenagens a velocidade do eixo de rotação aumenta
que por sua vez está conectado ao gerador de electricidade que com a rotação em alta
velocidade gera energia.

Utilização da Energia Eólica no Planeta

Com o advento do 1º grande aumento internacional do preço do petróleo, ocorrido em


1973 (de US$ 3 para US$ 12, o barril), os Estados Unidos, de 1974 até meados dos anos
1980 colocaram em prática com a NASA um programa que desenvolveu 13 diferentes
projetos de turbinas eólicas, objetivando escala comercial. Foi um programa pioneiro em
pesquisa e desenvolvimento para muitas das tecnologias de turbinas multi-megawatt em
uso hoje, incluindo torres de tubos de aço, geradores de velocidade variável, materiais de
lâminas compostas, controle de pitch-span parcial, bem como projetos de engenharia
aerodinâmica, estrutural e acústica. Em 1987, o MOD-5B foi a maior turbina eólica única
que funcionou no mundo, com um diâmetro de rotor de cerca de 100 metros e uma potência
nominal de 3,2 megawatts. O preço do petróleo ainda passou por mais um grande aumento
em 1979, de US$ 12 para US$ 40, mas quando iniciou processo de queda a partir de 1986,
recuando quase 70%, muitos dos fabricantes de turbinas de grande e pequeno porte
deixaram o negócio.

O início do século 21 foi marcado pela escalada crescente de aumentos nos preços do
petróleo (passando de US$ 100 o barril), o que motivou, em aderência com as questões de
aquecimento global do planeta, uma forte expansão na geração eólica centralizada. Em
2017, o mundo instalou um total de 52,57 gigawatts (GW) de potência à produção mundial,
totalizando 539,58 GW de capacidade instalada global. Líder mundial em instalações, a
China adicionou quase 20 GW em projetos eólicos a sua matriz energética. Na sequência
aparecem os Estados Unidos, que tiveram outro ano forte, com 7,1 GW instalados, e boas
perspectivas para os próximos anos, em grande medida favorecidas pela compra
corporativa de energia renovável por gigantes domésticas, como Google, Apple, Nike,
Facebook, Walmart e Microsoft.

No cenário mundial, a energia eólica avança com força no alto-mar. Análise recente da
consultoria Navigant Research indica que a indústria eólica global instalou 3,3 gigawatts
(GW) de capacidade offshore em 2017, elevando o total mundial para quase 17 GW no
acumulado. Na Alemanha, o setor teve seu primeiro leilão “sem subsídio” este ano, com
propostas para mais de 1 GW de nova capacidade. Nos próximos cinco anos, o mercado
global de energia eólica offshore deve instalar mais de 24 GW de nova capacidade,
atingindo no acumulado mais de 40 GW até o final de 2022.
Fonte:GLOBAL WIND STATISTICS 2017 / GWEC

Utilização da Energia Eólica No Brasil

Em 2015, O Brasil contava com com 9 fabricantes de turbinas eólicas com capacidade
anual de produção de um pouco mais de 4.200 MW, distribuídos nos estados do CE, PE,
BA, SP e SC. Apesar das crises políticas e econômicas, o Brasil instalou mais de 2 GW em
capacidade de energia eólica no ano passado. No ranking dos dez países com mais
capacidade de energia eólica no acumulado, o país subiu uma posição e aparece agora em
oitavo na lista, com 12,76 GW, ultrapassando o Canadá, que está com 12,39 GW.

“Temos hoje uma capacidade instalada que está quase chegando aos 13 GW, com mais de 500
parques eólicos, e chegamos a abastecer 11% do país e mais de 60% do Nordeste, na época que
chamamos de safra dos ventos, que vai mais ou menos de junho a novembro. Nos últimos anos, e
especialmente no ano passado, as eólicas salvaram o Nordeste de um racionamento em tempos de
reservatórios baixos e com bandeira vermelha”, diz em comunicado a presidente da Associação
Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Élbia Gannoum.
Fonte: GLOBAL WIND STATISTICS 2017 / GWEC

Perspectivas Futuras:

O aumento da importância e competitividade da energia eólica em comparação com


outras fontes vem atraindo empresas e investidores para participar nos leilões de geração
de energia agendados pelo governo federal. Especialmente no Nordeste, região com ótimas
condições para a geração dessa energia proveniente da força dos ventos, várias empresas
têm se interessado em investir no enorme potencial eólico brasileiro. Em menos de três
anos, a energia gerada a partir da força dos ventos deverá ser a segunda principal fonte de
energia do Brasil. Esta fonte, que já representa 8% da produção de energia do país, deve
crescer mais meio ponto percentual em 2019 e ultrapassar a biomassa até 2021.

De acordo com o Global Wind Energy Outlook, podemos prever um futuro no qual a
energia produzida a partir dos ventos forneça 20% da eletricidade de todo o mundo até
2030. Até lá, esta indústria poderá gerar mais de 2 GW e 2,4 milhões de empregos, além de
reduzir as emissões de carbono em cerca de 3,3 bilhões de toneladas por ano. “O Acordo
de Paris significa que precisamos produzir uma eletricidade descarbonizada até bem antes
de 2050 e a energia eólica será protagonista dessa mudança”, afirmou em comunicado
Steve Sawyer, secretário geral do Gwec.
Fonte: GLOBAL WIND STATISTICS 2017 / GWEC

Referências:

https://home.unicruz.edu.br/seminario/anais/anais-2017/XXII%20SEMIN
%C3%81RIO%20INTERINSTITUCIONAL%202017%20-%20ANAIS/GRADUA
%C3%87%C3%83O%20-%20TRABALHOS%20COMPLETOS_CI%C3%8ANCIAS
%20EXATAS,%20AGR%C3%81RIAS%20E%20ENGENHARIAS/ENERGIA%20E
%C3%93LICA%20-%20PERSPECTIVAS%20E%20DESAFIOS%20NO
%20BRASIL.pdf

Disponível em:

https://www.portal-energia.com/historia-e-funcionamento-da-energia-eolica-no-brasil/

mme.gov.br/documents/10584/3894319/Energia+Eólica+-+ano+ref++2015+(3).pdf/
f5ca897d-bc63-400c-9389-582cd4f00ea2

https://exame.abril.com.br/negocios/dino/energia-eolica-sera-a-segunda-maior-fonte-
energetica-do-brasil-em-2021/https://exame.abril.com.br/economia/os-numeros-do-
mercado-de-energia-eolica-no-mundo-brasil-avanca/

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