Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
ABSTRACT
2
uma visão sobre os benefícios e as desvantagens ambientais acerca da energia eólica,
que conforme Maeda e Watts (2019, p. 540) relatam:
3
faziam transmissões com um cano no centro da estrutura. Sua função era a de bombear
água pras lavouras. como conhecemos atualmente apareceu, principalmente na China e
na Índia.
4
Figura 5: Moinho de vento Figura 6: Moinho multi-pás
português (mediterrâneo) /imagem americano /imagem via
Figura 4: Moinho de vento
via Google Imagens Google Imagens
holandês/europeu /imagem
via Google Imagens
Em 1888, Charles Francis Bruch deu um ambicioso passo, combinando teste de
aerodinâmica, estrutura dos moinhos e as recentes inovações tecnológicas na produção
de energia elétrica. Charles construiu o primeiro cata-vento destinado à geração da
energia elétrica que a partir de então, ficou conhecido como “aerogerador” (Figura 7).
5
Por fim, a conexão com a rede elétrica como ainda é atualmente, data de 1941,
onde Smith-Putnam (EUA) produziu um aerogerador que possuía potência superior a
1MW, com rotor em aço inoxidável e com um sistema de regulação de potências por
variação de conicidade (Figura 9). Aqui no Brasil, segundo a Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel, 2008), a primeira experiência com energia eólica em solo
brasileiro ocorreu no ano de 1992, quando foi instalada a primeira turbina eólica (Figura
10) comercial, no arquipélago de Fernando de Noronha, no estado de Pernambuco (PE)
a partir de um projeto realizado pelo Grupo de Energia Eólica da Universidade Federal
de Pernambuco (UFPE), com financiamento do Folkecenter, um instituto de pesquisas
dinarmaquês, em parceria com a CELPE – Companhia Energética de Pernambuco.
Rodrigues (2015) cita que nos primeiros dez anos houveram poucos avanços para a
consolidação do setor eólico como uma fonte alternativa de geração elétrica no país. Só
no ano de 2002, um ano após os Blackouts que trouxeram a Crise Energética (2001), é
que começaram as tentativas de incentivar a contratação de energia eólica no Brasil,
com a criação da Proinfa – Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia
Elétrica.
6
diminuiu o nível de produção energética e aumentou os preços por demanda,
ocasionando uma inflação e uma menor movimentação econômica.
O Brasil sendo um dos maiores países do mundo, ter como meio de fonte
energética mais de 50% (vide Gráfico 1, abaixo) em apenas uma fonte energética é algo
desastroso. Na última década, vem se investindo lentamente em fontes de energias
renováveis, a ponto de que o crescimento dela já soma um total de 25%, segundo o
CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, 2016).
As grandes dependências de fontes não renováveis de energia têm acarretado, além da
preocupação permanente com o seu esgotamento, a emissão de gases tóxicos e
poluentes para a atmosfera. Principalmente os gases do efeito estufa (Nascimento, 2016;
Drumm, 2014). Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)
divulgados no primeiro semestre de 2020, a matriz elétrica do país é formada pelas
respectivas usinas de operação, abaixo, o gráfico do Perfil tecnológico brasileiro em
2017:
Gráfico 1
Fonte: ANEEL
7
No cenário mundial, o Brasil se destaca, uma vez que apresenta uma matriz de
geração de energia elétrica baseada em fontes renováveis, em que predomina o uso da
hidroeletricidade e da biomassa proveniente da cana-de-açúcar (Bezerra; Santos, 2017),
seguindo bem atrás com a energia dos ventos. Mesmo assim, podemos afirmar que o
Brasil apresenta um dos perfis energéticos mais limpos do mundo, consistindo quase
que 80% da matriz nacional, conforme dados do gráfico acima.
Com a energia eólica sendo a terceira maior fonte de energia do Brasil, se torna
importante especialmente porque em períodos de escassez hídrica os níveis dos
reservatórios ficam mais baixos, então é necessário recorrer a outras fontes de energia
para garantir o fornecimento para todo o país, ou parte dele.
3. OBJETIVO
8
4. METODOLOGIA
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O Ceará se destaca nesse processo de produção de energia dos ventos, por ser
geograficamente privilegiado. Como parâmetro dos impactos ambientais, analisaremos
os benefícios e malefícios a cerca das usinas de Beberibe (2008), no município de
mesmo nome e a Fleixeiras I (2011), no município de Trairi, ambos do estado do Ceará.
5.1 DESVANTAGENS
- Os impactos à fauna: terrestre e alada por conta do barulho e abertura das vias
de acesso para o transporte da estrutura, após a construção das torres, existe a
possibilidade de retorno da fauna local;
9
- Os impactos à flora: são relacionados à suspensão/retirada da vegetação nativa
apenas em locais pontuais, no caminho que serviria de via de acesso para a construção e
manutenção das torres, porém, o resto da área dentro do parque costuma ser usado como
a criação de pecuária, como ocorre no Parque Eólico Fleixeiras;
- É necessário uma grande área e que a mesma seja propícia a ventos para a
implementação dos parques eólicos para comportar os aerogeradores;
10
- Um grande impacto visual e sonoro é gerado para quem mora nas localidades
próximas ao parques;
5.2 BENEFÍCIOS
A energia eólica apresenta incontáveis benefícios quando posta lado a lado com
as outras fontes energéticas, além de ser uma fonte natural e renovável, não emite
poluentes para a atmosfera e não produz resíduos (EIA, 2018). Toda forma de produção
de energia gera algum impacto ambiental, seja em grande ou larga escala. As
instalações dos parques eólicos são a opção mais viável para uma energia limpa e de
baixo custo, contudo, em alguns casos, há impactos ambientais, sociais, econômicos e
tecnológicos que esse empreendimento traz durante o período de implantação dos
parques.
Como benefícios, nós temos além da geração de energia elétrica, que não
apresenta riscos da emissão de radiação, além de depender de uma fonte de energia livre
e renovável que se tem em abundância, pois é um recurso inesgotável;
Outra vantagem é que ela não contribui significativamente para a emissão de CO2,
principal Gás do Efeito Estufa (GEE) (Carneiro et al., 2013). Segundo Oebels e Pacca
(2013), a emissão de CO² produzido pela energia eólica está concentrada, quase que
totalmente, na fase de fabricação e, secundariamente nas fases de manutenção e
transporte. Durante a fase de construção e operação apresenta contribuição
insignificante.
11
Proporciona a redução da dependência dos combustíveis fósseis para a geração
de energia elétrica, pois hoje as usinas termelétricas são acionadas quando as usinas
hidrelétricas estão com reservatórios com níveis baixos; E gera empregos nas regiões
onde os parques eólicos são instalados.
Segundo Vogel et al. (2018), Melo (2013), Jung e Schindle (2018), esse pacote
de vantagens faz com que a energia produzida pelos ventos desempenhe um papel cada
vez mais significativo na geração de energia em todo o mundo, tanto visando atender as
demandas futuras por eletricidades, como também para balancear as alterações
climáticas provocadas pela emissão de GEE.
Para Jorge Trinkenreich, diretor da empresa PSR Consultoria, relata que o custo
de investimento de uma usina eólica dividido pela energia gerada resulta em um preço
de venda em torno de R$ 205,00 por megawatt hora (MWh), enquanto o de uma usina
térmica convencional, movida a óleo combustível por exemplo, apresenta custo de R$
145,00 por MWh. A diferença de R$ 60,00 entre essas duas fontes de energia pode se
reduzir para cerca de R$ 17,00, considerando-se que a usina eólica vai gerar mais
energia, além de substituir a geração térmica, cujo combustível tem preço elevado.
“O sistema vai pagar menos por combustível durante a geração. Isso significa
que o consumidor, no fundo, vai ter um benefício porque eu coloquei uma eólica no
sistema que vai gerar energia a um custo de operação nulo e vai deixar de gerar o óleo
combustível ou o gás natural”, explicou Jorge Trinkenreich em entrevista à Agência
Brasil, O diretor destaca que os valores citados se referem à diferença entre a opção
eólica e a opção térmica convencional e não ao preço efetivo de venda dessas energias.
12
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
13
As vias de acesso, sendo de piçarra, contribuem para um rápido desgaste do
caminho e o levante de poeira ocasionada com o trânsito de carros e caminhões e podem
causar doenças de caráter respiratório, além de sujar as residências próximas aos
parques eólicos. Em relação a fauna, é difícil ter dados, pois seria necessário ter dados
prévios antes da instalação dos parques.
Diante dessa expansão eólica, esses conflitos tendem a se tornar cada vez mais
corriqueiros e se intensificar naturalmente com a ocupação de grandes áreas mais
sensíveis do ponto de vista ambiental e social com aerogeradores de grande porte.
A ampliação de parques eólicos é a melhor estratégica, pois possibilita a
complementação eólico-hídrica, colaborando para o aumento das reservas energéticas
do Brasil, principalmente nos períodos de estiagem, onde a disponibilidade de água nos
reservatórios das usinas hidroelétricas é escassa. Ainda há muito a aperfeiçoar e a
estudar com o apoio de recursos do próprio setor energético para promover um
crescimento sustentável com essa energia eólica participando em peso como fonte
energética na matriz elétrica nacional.
14
REFERÊNCIAS
IEA – International Energy Agency. Global CO2 emissions in 2019. Technical report,
Paris, 2019. Disponível em: https://www.iea.org/articles/global-co2-emissions-in-2019
acesso em: 16 nov. 2021
Lei, Z., Zhang, et. al. Electricity generation from a three-horizontal-well enhanced
geothermal system in the Qiabuqia geothermal field, China: Slickwater fracturing
treatments for different reservoir scenarios. Renewable Energy, 145:65–83. China,
2020. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.renene.2019.06.024 acesso em: 17 nov.
2021.
Maeda, M. and Watts, D.. The unnoticed impact of long-term cost information on
wind farms’ economic value in the usa.–a real option analysis. Chile, 2019.
Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.apenergy.2018.11.065 acesso em: 16 nov.
2021.
CASA NOVA, Ricardo Filipe Crespo. Análise da potência observada num parque
eólico nacional. Lisboa, 2017. Disponível em:
https://repositorio.ipl.pt/bitstream/10400.21/8301/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o.pdf
acesso em: 14 out 2021.
15
JUÁREZ, A. A. et al. Development of the wind power in Brazil. Renewable and
Sustainable Energy Reviews, v.39, p.828-34, 2014.
OEBELS, Kerstin. B.; PACCA, Sergio. "Life cycle assessment of an onshore wind
farm located at the northeastern coast of Brazil,". São Paulo, 2013. Renewable
Energy, Elsevier, vol. 53(C), pages 60-70. Disponível em:
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0960148112006714 acesso em: 15
out. 2021.
16
DANTAS, Gerbeson Carlos Batista et. al. Panorama do setor eólico no estado do Rio
Grande do Norte no período 2004-2017. Rio Grande do Norte, 2021. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2021.35102.005 acesso em: 15 out 2021.
PINTO, Lucia Iracema C.; MARTINS, Fernando Ramos.; PEREIRA, Enio Bueno. O
mercado brasileiro da energia eólica, impactos sociais e ambientais. São Paulo,
2017. Disponível em: https://doi.org/10.4136/ambi-agua.2064 acesso em: 17 out 2021.
Stoodi. Crise do Petróleo: o que foi, fases e consequências! São Paulo, 2020.
Disponível em: https://www.stoodi.com.br/blog/historia/crise-do-petroleo-o-que-foi/
acesso em: 20 out 2021.
SANTANA, Amanda Oliveira de.; SILVA, Tarcísio Augusto Alves da. Produção de
energia eólica em Pernambuco e a injustiça ambiental sobre comunidades rurais
Pernambuco, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1982-0259.2021.e73663
acesso em: 21 out 2021.
17
2011. Disponível em: https://repositorio.upct.es/bitstream/handle/10317/1865/tfm5.pdf?
sequence=1&isAllowed=y acesso em: 27 out 2021.
FORTI, Juan Carlos.; ARILLA, Esteban Luis García. Mejora y fabricación para um
generador eólico vertical. Buenos Aires, 2017. Disponível em:
https://repositorio.uade.edu.ar/xmlui/bitstream/handle/123456789/7580/PFI%20-
%20Forti%20-%20%20Garcia%20Arilla.pdf?sequence=3&isAllowed=y acesso em: 28
out 2021.
18