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30 de Setembro de 2021
Quinta-feira
Informações geradas em: 30/09/2021, às 18:21
BR - BBC BRASIL
CE - DIÁRIO DO NORDESTE
CORREIO BRAZILIENSE
PE - JORNAL DO COMMERCIO
MG - ESTADO DE MINAS
O ESTADO DE S. PAULO
O ESTADO DE S. PAULO ONLINE
O GLOBO
O GLOBO ONLINE
RS - ZERO HORA
VALOR ECONÔMICO
VALOR ECONÔMICO ONLINE
MG - HOJE EM DIA ONLINE
CNN BRASIL
SENADO NA MÍDIA
https://www12.senado.leg.br/senado-na-midia
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**INICIO**
SUMÁRIO **SUMARIO**
BR - BBC BRASIL
ECONOMIA
Gasolina mais cara: 4 motivos para disparada de preço dos combustíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
SAÚDE
Luciano Hang na CPI: dono da Havan defende Prevent Senior e diz que não pediu para omitir 4
Os perigosos 'produtos químicos eternos' que você tem em casa e não sabe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
CIÊNCIA
As perguntas sobre vulcões que a ciência ainda não sabe responder . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Por que somos 'programados' a cooperar - mas isso nem sempre funciona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Vulcão em erupção nas ilhas Canárias: lava chega ao mar e gases tóxicos preocupam . . . . . . . . . . . . 15
CE - DIÁRIO DO NORDESTE
MANCHETES
ENEYLÂNDIA RABELO: ATENÇÃO ÀS DÍVIDAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
DJ FAZ SURDOS VIVENCIAREM A EXPERIÊNCIA DOS SONS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
ARTIGOS
MAURO BENEVIDES - Chefe da saúde com Covid . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
FERNANDA GOMES LOPES - Cuidados paliativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
COLUNAS
INÁCIO AGUIAR - Poder . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
DESTAQUES
PROTEÇÃO AMPLIADA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Aluguel deve ficar 25% mais caro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
‘Mande seu marido se vacinar’ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
NEGÓCIOS
CHANCE PARA QUITAR DÍVIDAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
PAÍS
Hang nega fraude . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
METRO
Cinco indiciados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
SEGURANÇA
ESQUEMA NA MIRA DA JUSTIÇA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
REGIÃO
Mais vigilância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Vacinas perdidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
VERSO DIÁRIO
REINVENÇÃO DO SOM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
PONTO PODER
Como conciliar opostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
CORREIO BRAZILIENSE
MANCHETES
PETROBRAS DARÁ AUXÍLIO PARA GÁS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
CPI TEM SESSÃO TENSA E CONFUSA COM HANG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
ELES SOCAM, ELA PASSA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
2. Restrição de oferta
3. Dólar alto
A valorização do barril de petróleo tem um duplo efeito para países como o Brasil, que
passam por uma profunda desvalorização cambial.
O preço sobe não apenas porque a commodity em si custa mais, mas porque o dólar
também está mais caro.
Uma série de fatores explica porque a moeda americana tem se mantido em patamar
elevado, acima de R$ 5 por dólar. Alguns são externos, como a expectativa de aumento de
juros nos Estados Unidos e de retirada do programa de estímulos monetários, outros,
internos.
"Aí entra muito da crise institucional, a briga entre os poderes", explica Braga.
"E essa imagem muito ruim que o Brasil passa para o mundo inteiro, não apenas na parte
política, mas também a visão anti-Ciência [do governo], a política ambiental, com aumento
das queimadas, em um momento em que o mundo está cada vez mais sensível a essas
questões. Tudo isso acaba afetando a decisão dos investidores internacionais de apostar no
Brasil", avalia.
E a Petrobras?
O dólar e a cotação do petróleo vêm tendo mais influência sobre os preços de combustíveis
no Brasil desde 2016, quando a Petrobras passou a praticar o Preço de Paridade
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30/09/2021
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SAÚDE
Luciano Hang na CPI: dono da Havan defende Prevent
Senior e diz que não pediu para omitir covid em
atestado da mãe
Leandro Prazeres
Da BBC News Brasil em Brasília
29 setembro 2021
Em seu depoimento à CPI da Covid na quarta-feira (29/9), o empresário bolsonarista
Luciano Hang defendeu a operadora Prevent Senior e disse que não pediu aos
médicos da empresa que omitissem do atestado de óbito de sua mãe o fato de que ela
morreu por covid-19.
Hang disse ainda que autorizou os médicos da operadora a realizarem o tratamento
conhecido como ozonioterapia, que consiste na aplicação de doses de ozônio em pacientes
com a doença. Não há comprovação científica sobre a eficácia do tratamento.
O empresário foi convocado à CPI na condição de investigado. Ele é suspeito de ter
financiado a disseminação de notícias falsas sobre a covid-19 e de ter incentivado o uso de
medicamentos sem comprovação contra a doença como a cloroquina e hidroxicloroquina.
Hang também viu seu nome relacionado ao escândalo ligado à operadora de saúde Prevent
Senior. Documentos encaminhados à CPI mostram que sua mãe, Regina Hang, que foi
internada em um hospital da rede, teve covid-19, mas a informação foi omitida do seu
atestado de óbito.
Ao ser perguntado sobre a morte de sua mãe pelo relator da comissão,
Renan Calheiros (MDB-AL), Hang disse que decidiu levá-la a um hospital da Prevent Senior
após indicações de amigos médicos.
"Levei para o melhor hospital que as pessoas me deram", afirmou. Na sequência, Hang saiu
em defesa da empresa.
"Por incrível que pareça, nesse mesmo hospital, eu peguei covid. Minha esposa pegou covid
e nós dois fomos tratados. Tem um advogado amigo nosso que foi pra lá entubado e foi
salvo. Tragam essas pessoas pra cá. Traz o meu advogado pra cá. Tenho a foto dele andando
entubado indo pra Prevent Senior e saiu curado como outras milhares e milhares de
pessoas", afirmou.
Em outro momento do depoimento, Renan Calheiros perguntou se Hang tinha
conhecimento de que médicos da Prevent Senior que se posicionavam contra o uso do
chamado "kit covid" eram punidos pela operadora. Ao responder, Hang saiu, mais uma vez,
em defesa da companhia.
"Não posso responder pela Prevent Senior, mas tenho toda confiança neles", disse.
Em outro momento do depoimento, o empresário negou ter pedido aos médicos da Prevent
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30/09/2021
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SAÚDE
Os perigosos 'produtos químicos eternos' que você tem
em casa e não sabe
Christine Ro
Repórter de Tecnologia e Negócios
Há 4 horas
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Alguns fabricantes podem nem perceber que estão usando PFAS em seus produtos.
Os países da União Europeia (UE) restringiram certos tipos e usos de PFAS. Mas ativistas
ambientais e alguns governos europeus estão pedindo que o PFAS seja regulamentado em
conjunto.
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30/09/2021
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CIÊNCIA
As perguntas sobre vulcões que a ciência ainda não
sabe responder
Antonio M. Álvarez Valero
The Conversation*
29 setembro 2021
Viver nas encostas de um vulcão carrega obviamente um risco muito elevado. Os
habitantes das áreas afetadas pelos fluxos de lava e piroclastos (fragmentos de rocha
expelidos na erupção) da espetacular erupção na bela ilha de La Palma, nas Canárias,
estão sofrendo com a perda de suas casas.
Diante disso, é a ciência que deve dar uma mão. Uma mão informativa. Porque a ciência só
pode tentar compreender para explicar os processos da natureza, mas não pode pará-la;
nem um sistema vulcânico como este, nem a dinâmica atmosférica que um tufão gera, nem
a dinâmica litosférica que move algumas placas tectônicas para mais perto e para longe
umas das outras.
Sempre podemos estudar e compreender para reagir melhor, mas nunca deter a natureza.
Explicar a erupção
Pouco se pode acrescentar a tudo o que foi mencionado e descrito até o momento deste
episódio de erupção.
Muito foi explicado nas primeiras entrevistas em improviso (algumas até mesmo no solo)
por técnicos e cientistas. Eles têm se esforçado para atender também a esta frente de
informação, em qualquer nível de conhecimento, desde a disseminação para crianças em
idade escolar (o que é um vulcão, qual a diferença entre magma e lava, etc.), até o mais
avançado detalhe científico (química composição, mecanismos de desgaseificação, imagens
de satélite, atividades de monitoramento, etc.).
Mas tudo isso não parece ajudar no que é necessário.
A erupção por definição na Geologia vai de efusiva a levemente explosiva, porque o magma
que a nutre é de composição básica, ou seja, pobre em sílica e pouco viscoso e, portanto, de
emanações fluidas de lava. Essa composição química do magma pode alimentar erupções
do tipo estromboliano (erupções medianamente explosivas), como no caso de La Palma, ou
do tipo havaiano (erupção efusiva) — que todos reconhecemos como "torneiras abertas" de
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30/09/2021
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CIÊNCIA
Por que somos 'programados' a cooperar - mas isso
nem sempre funciona
Paula Adamo Idoeta
Da BBC News Brasil em São Paulo
Há 6 horas
A cooperação é tanto o "superpoder" da raça humana e o motivo pelo qual evoluímos
como espécie, quanto nossa fragilidade - seja quando cooperamos de um jeito ruim,
por exemplo por meios corruptos, seja pela nossa dificuldade em coordenar a
resposta a problemas globais, como a pandemia ou as mudanças climáticas.
Como, então, podemos estimular a "boa" cooperação entre as pessoas e as sociedades, de
forma a superar desafios que temos em comum?
Essa pergunta é uma das que permeiam o trabalho da psicóloga britânica Nichola Raihani,
professora de evolução e comportamento na prestigiosa Universidade College London, no
Reino Unido, e autora do livro recém-lançado The Social Instinct - How Cooperation
Shaped the World (O instinto social - como a cooperação moldou o mundo, ainda sem
tradução em português).
Ela pesquisa a cooperação desde 2004.
"(Essa) palavra virou sinônimo de metáforas corporativas insossas, evocando imagens de
apertos de mão e trabalho em equipe animado. Mas a cooperação é muito mais do que isso:
está costurada no tecido das nossas vidas, das atividades mais mundanas, como o
transporte público para o trabalho, às nossas conquistas mais extraordinárias, como os
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"É muito difícil conciliar essas forças; é algo que nos causa muita ansiedade e confusão. Por
isso, de certo modo é perigoso depender de apelos à natureza do indivíduo, pedir que 'façam
a coisa certa' - que foi a abordagem usada no início da pandemia", aponta.
Como, então, estimular o tipo de cooperação necessária para superar desafios como o
vírus? Para Raihani, a saída é estabelecer normas claras, além de benefícios pelo "bom"
comportamento (e, em certos casos, punições para o "mau").
"No campo em que eu trabalho, o da Teoria dos Jogos, estudamos esses dilemas sociais em
laboratório o tempo todo, usando jogos em que as pessoas interagem, cooperam ou não. E
uma coisa que vimos estudando o comportamento humano nesses ambientes
supercontrolados é que se você não tem instituições ou incentivos que tornem a
cooperação atrativa - por exemplo, se você não tem mecanismos de punição ou incentivos
para as pessoas ou para suas reputações - em geral a cooperação é muito baixa entre as
pessoas."
Mudanças climáticas, o maior desafio da cooperação
Que lições podemos tirar disso para as mudanças climáticas, cuja reversão exige
cooperação em escala gigantesca?
Para Raihani, nossa resposta coletiva à pandemia não trouxe muito alento, infelizmente.
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"No entanto, o que vimos - e que deve nos servir de alerta, no que diz respeito a como
enfrentar as mudanças climáticas - é que a resposta à pandemia foi caracterizada por uma
reação muitas vezes paroquial e fragmentada em diferentes governos ao redor do mundo, e
pelo fracasso em percebermos que estamos todos no mesmo barco, para usar uma frase
bastante desgastada, e que somos muito interdependentes - nenhum país sairá (da
pandemia) até que todos saiam."
Sendo assim, ela avalia, "a pandemia nos faz sentir um pouco pessimistas em lidar com um
dilema social ainda mais difícil, mas pessoalmente acho que somos capazes. Só não estou
convencida de que o faremos. Mas temos que nos manter esperançosos, ou então o que
fazer?"
O valor da cooperação em pequena escala
Nesse contexto, diz Raihani, ganha relevância a ideia de "pensar globalmente e agir
localmente".
"Um modo efetivo de enfrentar problemas de grande escala é quando grupos de agentes
locais trabalham de modo autônomo para prover benefícios globais", ela diz.
Ela cita como exemplo o movimento criado dentro dos EUA após o ex-presidente Donald
Trump decidir tirar o país do Acordo Climático de Paris (decisão revertida pelo sucessor Joe
Biden).
Esse movimento, chamado "we are still in" (ainda estamos dentro, em tradução livre),
acabou agregando cerca de 4 mil líderes, políticos, acadêmicos, empresários e investidores
se comprometendo a continuar a apoiar medidas de mitigação do aquecimento global e de
cumprimento das metas estabelecidas em Paris, a despeito da posição do governo federal
da época.
"Essa ideia de que não necessariamente precisamos trabalhar em escala global para obter
benefícios globais é importante: há muito o que indivíduos podem fazer em grupos locais,
iniciativas comunitárias, em pequena escala, que podem gerar benefícios globais", explica
Raihani.
"É uma mensagem importante, porque se insistirmos que as soluções virão apenas se
agirmos todos juntos, a solução vai parecer inatingível, assustadora."
Como a orientação política afeta a cooperação
Para entendermos a cooperação, também precisamos entender que diferentes grupos vão
enxergar suas obrigações morais de modo distinto entre si.
No livro, Raihani fala do conceito de "círculo de apreço moral" (no original em inglês, "circle
of moral regard").
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"O interessante para mim é o quanto podemos aprender sobre nós mesmos como espécie
profundamente social e cooperativa ao olhar não apenas aos primatas, mas a toda a árvore
da vida e ver o que temos em comum com outras espécies que têm vida social."
A cooperação entre estranhos
Dito isso, a cooperação humana tem diferenciais marcantes, é claro.
"Somos a única espécie com uma Capela Sistina, que construiu cidades para milhões de
pessoas que não são relacionadas entre si e sequer se conhecem, então somos claramente
diferentes na escala e na extensão em que cooperamos", explica a autora.
Primeiro, ela diz, nós humanos cooperamos dentro de instituições, com incentivos e
punições para quem se enquadra ou não nas regras sociais.
Em segundo lugar, uma grande diferença reside na psicologia humana.
"A formiga que heroicamente se sacrifica pela colônia, sob a nossa perspectiva, (praticou)
um ato de bravura. Mas da perspectiva da formiga, a cognição que embasa esse
comportamento dificilmente será sequer remotamente parecida a isso. Então embora
possamos ter comportamentos (cooperativos) parecidos, usamos uma cognição
completamente diferente para atingi-los, o que em parte nos permitiu escalonar nossa
cooperação em diferentes contextos e diferentes frequências."
'O Aprendiz' na evolução humana
A raiz disso está, também, na cooperação e na competição entre nossos genes, ela
argumenta.
Raihani defende ideias similares às de Richard Dawkins, autor de O Gene Egoísta (1976),
que teoriza como as espécies surgem e se diversificam. O título do livro, diz Raihani, fez
muita gente relacionar essa teoria a "algo nefasto, ruim, malévolo - atributos de pessoas
egoístas. Há um erro (de compreensão) quanto ao livro, de que apenas genes egoístas
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30/09/2021
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CIÊNCIA
Vulcão em erupção nas ilhas Canárias: lava chega ao
mar e gases tóxicos preocupam
Redação
BBC News Mundo e BBC News Brasil
29 setembro 2021
A lava do vulcão da ilha de La Palma, nas Ilhas Canárias (Espanha), chegou ao oceano
Atlântico na noite de terça-feira (28/09), cerca de nove dias depois de ter entrado em
erupção.
Imagens exibidas em emissoras de televisão e redes sociais mostram um rio de lava caindo
de um penhasco na água do mar e produzindo uma grande nuvem de fumaça.
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"São toneladas de gases expelidos pelo vulcão, dentre eles dióxido de carbono e dióxido de
enxofre", explica a geóloga e vulcanóloga Carla Barreto, professora da Universidade Federal
de Pernambuco (UFPE). "Em quantidade acima do limite aceitável na atmosfera, eles se
tornam nocivos às pessoas dessas regiões, causando efeitos físicos e mentais."
Há também risco de novas erupções, tremores de terra e problemas causados pelas cinzas
expelidas pelo vulcão.
Por outro lado, um solo de origem vulcânica costuma ser muito fértil, já que o material
expelido acaba trazendo uma farta riqueza de sais minerais, em um processo de
"reabastecimento natural de nutrientes do solo", segundo explica Barreto.
Esse processo pode levar alguns anos, se o solo foi atingido "apenas" pelas cinzas, ou
milhares de anos, se foi coberto pela lava ressecada e transformada em rochas.
Essa fertilidade é o principal motivo que faz com que muitas populações humanas estejam
vivendo em regiões onde no passado houve atividade vulcânica. Mas, como se vê, os efeitos
colaterais positivos da erupção podem levar muitos e muitos anos até serem sentidos.
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30/09/2021
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MANCHETES
DJ FAZ SURDOS VIVENCIAREM A EXPERIÊNCIA DOS SONS
Reinvenção do som
P.13
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30/09/2021
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ARTIGOS
MAURO BENEVIDES - Chefe da saúde com Covid
Mauro Benevides
Jornalista e senador constituinte
Surpreendentemente, a comitiva presidencial que se descolocou a Nova York para a
abertura, pelo presidente Jair Bolsonaro, da 76ª Assembleia Geral da ONU, despontou em
evidente complicação diante da Covid-19, ensejando a que membros da delegação
retornassem ao Brasil, enquanto o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ali permanecesse, a
fim de se recuperar de inesperada ocorrência viral, com assistência de profissionais da área,
dentro de adequada metodologia de imunização a ele recomendada.
Há quem vaticine para Queiroga iminente cura, já que o ilustre paciente possui formação
cientifica compatível para debelar tal vírus.
Já o nosso Primeiro Mandatário, ao regressar ao País, deliberou isolar-se no Palácio da
Alvorada, acompanhado por especialistas competentes, convictos de que o titular do
Planalto se mantém ileso, já tendo retomado os pesados encargos do Poder Executivo.
No discurso proferido por Bolsonaro, no evento anual da Organização das Nações Unidas,
sua diligente equipe projetou imagem de proficiência no panorama do nosso território, a
principiar pela Região Amazônica, alvo de atenções do universo inteiro, em virtude da
alegada devastação da floresta, inserida no bioma internacional, em desgaste sempre
contestado pelo dirigente máximo e seus auxiliares, especialmente, o vice-presidente da
República, responsável por direcionar, corretamente, os programas que norteiam
providências capazes de suplantar quaisquer meios de explorações do nosso importante
espaço ambiental.
Mencione-se, por oportuno, que a Conferência sempre reservou ao Brasil prioridade, na fala
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CE - DIÁRIO DO NORDESTE
30/09/2021
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ARTIGOS
FERNANDA GOMES LOPES - Cuidados paliativos
Fernanda Gomes Lopes
Psicóloga, paliativista e diretora do Instituto Escutha
Os cuidados paliativos se referem a uma abordagem multiprofissional voltada para
pacientes – de todas as idades – com doenças que ameacem a vida e seus familiares.
Doenças estas que requerem uma assistência complexa e contextualizada, pautada no
cuidado integral. O foco, portanto, não é apenas na cura, como previsto pelo modelo
biomédico, mas no sofrimento psicológico, dores sociais, angústias espirituais e sintomas
físicos envolvidos em todo o processo de adoecimento. Torna-se essencial destacar que essa
prática não desiste do paciente, acelera o processo de morrer ou exclui os tratamentos
curativos quando necessários, como muitos pensam. Mas trata-se de uma assistência
complementar, que amplia o olhar para esse sujeito adoecido e todo seu entorno.
A busca então é pela qualidade de vida, em toda a sua essência, contextualizada a biografia
daquele sujeito. E, caso a morte se apresente como possibilidade, almeja-se a dignidade do
processo, para que seja vivido de maneira individualizada e com minimização dos
sofrimentos que podem estar associados. Sabemos que a palavra “paliativo” em nossa
sociedade é permeada de estigmas, como se viesse associada a reparos momentâneos para
algo que não tem conserto, o que faz as pessoas entenderem que “não há mais nada pra
fazer” e de que “a morte está próxima”.
Mas temos muito a fazer, e cada detalhe desse cuidado importa muito para os pacientes e
seus familiares. O acompanhamento pode durar dias, meses ou anos, desde o diagnóstico
até os momentos finais de vida, viabilizando um tempo de qualidade. De maneira ativa e
holística, sem acelerar nem adiar a finitude, as condutas afirmam a vida e a morte como
processos naturais que precisam ser acolhidos e mediados entre equipe, familiares, e
principalmente, pelo paciente, como protagonista de sua história. À vista disso, a principal
função dos cuidados paliativos é proteger os pacientes, através de uma prática íntegra,
responsável e ética em prol da vida com qualidade. E qualquer desinformação acerca desse
fazer pode comprometer seu compromisso com o cuidado (...)
Leia mais: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/
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30/09/2021
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DESTAQUES
‘Mande seu marido se vacinar’
Prefeito de Nova York manda recado para Michelle Bolsonaro
Bill de Blasio fez pedido direcionado à primeira-dama do Brasil para que ela mande o
presidente Jair Bolsonaro se vacinar contra a Covid. O recado foi dado após de Blasio
compartilhar a notícia de que Michelle se imunizou contra a doença nos EUA
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30/09/2021
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NEGÓCIOS
CHANCE PARA QUITAR DÍVIDAS
Entrevista com a diretora do Procon Eneylândia Rabelo
Mutirão de negociação de dívidas do Procon terá 100% de desconto
#DefesaDoConsumidor Ingrid Coelho ingrid.coelho@svm.com.br
Pela primeira vez, órgão de defesa prepara um site próprio para o evento virtual, que já tem
35 empresas confirmadas e deve ser realizado entre novembro e dezembro
Com a economia ainda cambaleante após os impactos da pandemia e a elevação do
endividamento e inadimplência, uma boa oportunidade para renegociar as dívidas é
interesse de muitos consumidores no vermelho. Aos olhos dos credores, a iniciativa
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30/09/2021
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PAÍS
Hang nega fraude
Luciano Hang nega participação em fraude de atestado de óbito da mãe, na CPI da Covid
#CPIdaCovid pais@svm.com.br
Empresário sugeriu que tudo pode ter sido resultado de um erro de anotação. No
depoimento, ele ainda manteve a postura negacionista, em relação à vacina
O empresário Luciano Hang negou participação na fraude do atestado de óbito da mãe,
Regina Hang. Durante depoimento na CPI da Covid, na quarta-feira, 29, Hang disse ter
achado “estranho” não haver menção à covid no atestado. O empresário declarou que, como
leigo, não sabe as informações que deveriam constar do documento.
Regina Hang foi internada em um hospital da Prevent Senior, em São Paulo, e morreu em 3
de fevereiro. O empresário disse que procurou a rede e afirmou acreditar que os senadores
foram levados a erro. “Achei estranho de não estar no óbito. Mas, sinceramente, sou leigo.
Cheio de doenças, são 5 doenças lá colocadas e não estava o pós-covid.
Mas aqui, eles me provaram que foi colocad”, afirmou.
O empresário apresentou um documento à CPI que, segundo ele, é da Comissão de Controle
e Infecção Hospitalar, da rede. Hang afirmou que no documento, que teria sido feito no dia
seguinte à morte de sua mãe e enviado a uma secretaria “federal”, há menção à covid. Por
isso, disse, não teria havido subnotificação da morte de Regina Hang por covid.
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30/09/2021
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METRO
Cinco indiciados
Safadão, Thyane e mais 5 pessoas são indiciadas por peculato no caso da vacinação
irregular
#VacinaçãoIrrregular Matheus Facundo e Jéssica Costa
O inquérito terminou com oito pessoas indiciadas. Sabrina Tavares Brandão, foi indiciada
por infração sanitária
O cantor Wesley Safadão, a esposa dele, Thyane Dantas, e mais cinco pessoas foram
indiciadas pelo crime de peculato devido à vacinação irregular contra a Covid-19 do casal e
da assessora do artista. A imunização fora de local e data, em Fortaleza, foi alvo inquérito
policial pela Delegacia de Combate a Corrupção (Decor).
Grupo ainda foi indiciado "por infração a determinação do poder público, destinada a
impedir introdução ou propagação de doença contagiosa, cujas penas somadas podem
chegar a treze anos de prisão", de acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa
Social (SSPDS).
Já a assessora de Safadão, Sabrina Tavares Brandão foi indiciada por infração de medida
sanitária. No total, o inquérito terminou com oito pessoas indiciadas. A investigação, que
durou dois meses e ouviu um total de 19 de pessoas, foi finalizada pela Polícia Civil do Ceará
(PC-CE) nesta quarta-feira (29). Inquérito já foi enviado ao Poder Judiciário para apreciação.
Procurada pelo Diário do Nordeste para comentar o caso na noite desta quarta, a assessoria
de Safadão informou que não irá se pronunciar. Segundo os delegados que conduziram as
apurações do caso, Safadão, Thyane e Sabrina combinaram previamente os trâmites para
serem vacinados. Conforme a SSPDS, articularam o momento uma pessoa próxima ao
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CE - DIÁRIO DO NORDESTE
30/09/2021
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SEGURANÇA
ESQUEMA NA MIRA DA JUSTIÇA
Esquema de corrupção na Pefoce envolvendo servidores e funerárias é alvo de operação da
CGD
#Crime Emanoela Campelo de Melo emanoela.campelo@svm.com.br
Mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 10ª Vara Criminal de Fortaleza. Um
dos fatos investigados é a comercialização ilegal de formol
A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema
Penitenciário (CGD) deflagrou operação para apurar um esquema de corrupção envolvendo
funerárias e servidores públicos da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce). Mandados
de busca e apreensão foram expedidos pela 10ª Vara Criminal da Comarca de Fortaleza e
cumpridos na última sexta-feira (24).
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CE - DIÁRIO DO NORDESTE
30/09/2021
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REGIÃO
Mais vigilância
Moradores de um bairro no interior do Ceará instalam câmeras de segurança para inibir
crimes
#Monitoramento Antonio Rodrigues antonio.rodrigues@svm.com
As imagens do sistema de monitoramento estarão integradas ao Centro Integrado de
Operações e Emergências Municipais (CIOEM) do Crato
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CE - DIÁRIO DO NORDESTE
30/09/2021
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REGIÃO
Vacinas perdidas
Jaguaruana pode ter perdido quase 3,4 mil vacinas contra Covid-19 por problema técnico
em freezer
#Prejuízo regiao@svm.com.br
Secretaria Estadual da Saúde aguarda parecer técnico do Ministério da Saúde sobre
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CE - DIÁRIO DO NORDESTE
30/09/2021
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PONTO PODER
Como conciliar opostos
Movimentação nacional de fusão do PSL e do DEM pode ter impactos sobre a eleição de
2022 no Ceará
#Partidos Luana Barros e Letícia Lima politica@svm.com.br
Com o DEM na base governista de Camilo Santana e o PSL na oposição, possível união, caso
seja efetivada, deve gerar disputa interna no Estado
A fusão entre o DEM e o PSL vem sendo discutida, há algumas semanas, pelos dirigentes
nacionais dos dois partidos. Com as articulações avançadas e uma previsão de oficializar a
união ainda em outubro -, a junção das duas legendas pode gerar um impasse no Ceará.
De um lado, o DEM, presidido no Estado pelo ex-deputado Chiquinho Feitosa, faz parte do
arco de alianças do governador Camilo Santana (PT). Do outro lado, o PSL integra a oposição
ao petista e ao grupo político comandado pelo ex-ministro Ciro Gomes e pelo senador Cid
Gomes, ambos do PDT posição reforçada após aliado do deputado federal Capitão Wagner
(Pros) assumir a presidência estadual do partido.
Parlamentares estaduais e municipais das duas siglas apontam que acordo sobre se o novo
partido irá para a base governista ou para a oposição deve ser determinante inclusive, para
definir quem fica e quem sai da nova legenda a ser criada.
Por enquanto, contudo, as discussões em âmbito estadual estão em compasso de espera:
qualquer definição só irá começar a ser debatida pelas lideranças no Ceará quando o
martelo for batido nacionalmente.
A Executiva nacional do DEM aprovou, no último dia 21 de setembro, dar o pontapé inicial à
união entre as legendas. Na terça-feira (28), a deliberação sobre o assunto também chegou
ao PSL. A executiva nacional do partido aprovou, por unanimidade, a fusão. Agora, a decisão
precisa ser aprovada por convenção conjunta, prevista para o dia 6 de outubro.
Disputa pelo comando
Membro da executiva nacional do PSL e presidente do diretório municipal do partido em
Fortaleza, o deputado federal Heitor Freire afirma que o diálogo no Ceará deve ser iniciado
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CORREIO BRAZILIENSE
30/09/2021
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MANCHETES
CPI TEM SESSÃO TENSA E CONFUSA COM HANG
Bate-boca, ironias e disputas entre oposição e governistas no Senado marcaram o
depoimento do dono das lojas Havan. O empresário aproveitou os holofotes da comissão da
covid-19 para defender o tratamento precoce.
CORREIO BRAZILIENSE
30/09/2021
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MANCHETES
ELES SOCAM, ELA PASSA
Em entrevista no CB.Poder, a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) fala dos ataques que sofre
por rejeitar tanto Bolsonaro quanto Lula. "Se eu a encontro na rua, soco até ser preso", dizia
texto retuitado por José de Abreu. "O machismo é estrutural e suprapartidário", lamenta
Tabata.
CORREIO BRAZILIENSE
30/09/2021
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MANCHETES
PRIMEIRA PÁGINA
MANCHETES
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30/09/2021
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ARTIGOS
FERNANDO BRITO - Cuidem das crianças
fernandobrito.df@dabr.com.br
Teach your children, a singela segunda faixa do clássico álbum Déjà vu, do fantástico
quarteto Crosby, Stills, Nash & Young, sempre me comoveu de forma especial. Ainda jovem,
embalado por sonhos hippies atemporais, escutei aquela canção que me pareceu um
definitivo tratado sobre a educação das crianças — mesmo que ainda não compreendesse
ao certo o sentido total dos versos, mas profundamente tocado pela beleza da melodia e
harmonia das vozes e cordas. Pensava: "Se algum dia tiver filhos, espero que possa ser
assim".
O tempo transcorre, sonhos amadurecem, passamos lentamente pelo inferno e nos
despedimos do passado. A tarefa de zelar pelas crianças, no entanto, impõe-se com
urgência. É estranho viver em um mundo à beira do abismo, mas perceber que sucessivas
gerações repetem os equívocos dos pais — apenas para lembrar o que também cantou
Belchior. O que fazer, então, para semear um futuro de mais paz e prosperidade?
Além de apresentar aos filhos os melhores discos de rock (e também outros gêneros, claro),
talvez possamos deixar de tantas "promessas vazias e blablabla", como duramente criticou
a jovem ativista Greta Thunberg, nesta semana, em discurso na ONU, e partir para ações
práticas que evitem o colapso climático e ambiental — há tanto tempo alertado pela
ciência. É aquela velha história, mas vale a pena repetir: "Pensar global e agir localmente".
Em um espectro mais abrangente, devemos sempre cobrar das autoridades políticas
investimentos em iniciativas de proteção e restauração ambiental, além da sempre
prioritária educação das crianças. Afinal, espera-se que pessoas bem instruídas não repitam
os erros daqueles que degradam a vida no planeta. Em âmbito doméstico, sempre educar
pelo exemplo e nos aliarmos a ações voluntárias que se dediquem às questões ecológicas.
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CORREIO BRAZILIENSE
30/09/2021
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ARTIGOS
LUIS CARLOS ALCOFORADO - Prevaricação e
improbidade
Os ministros do Supremo Tribunal Federal são nomeados pelo presidente da República,
depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. Cabe à Comissão de
Constituição e Justiça do Senado Federal — composta por 27 senadores — o tradicional
processo de sabatina do indicado ao posto, bem como análise dos seus predicativos técnicos
e morais: notável saber jurídico e reputação ilibada.
Aprovada no âmbito da Comissão de Constituição de Justiça, a escolha é, finalmente,
submetida ao plenário do Senado Federal, ao qual compete a aprovação do nome proposto
pelo chefe do Poder Executivo, em regime de votação que exige a maioria absoluta dos
senadores.
Verifica-se que a escolha de ministro do Supremo Tribunal Federal constitui ato complexo,
por depender do concurso da vontade de mais de um órgão do Estado. Assinale-se que ato
complexo não se confunde com morosidade e infidelidade aos princípios constitucionais a
que se sujeitam os agentes públicos envolvidos na escolha do novo ministro do Supremo
Tribunal Federal.
No caso concreto, registra-se comportamento inusitado do presidente da Comissão de
Constituição e Justiça, ao retardar e procrastinar a instauração do procedimento de
sabatina de André Mendonça, homem reconhecido pela comunidade jurídica pelos
predicativos morais e profissionais, em relação ao qual se impõe tratamento deselegante e
desrespeitoso.
A rigor, a conduta do senador Davi Alcolumbre, típica de vontades ocultas e oclusas, sem
transparência e lealdade aos princípios constitucionais, tem todos os elementos que
tipificam a prevaricação, como ilícito penal e administrativo. Certamente, o represamento
injustificado do processo apequena, mais ainda, os critérios republicanos, tão escassos na
vida político-administrativa nacional, sem olvidar o prejuízo ao interesse público da
jurisdição do Supremo Tribunal Federal, carente na sua composição plena.
Malgrado o cochilo legislativo, à falta de fixação do tempo em que o ato deva ser produzido,
carece de legitimidade o arrastamento da solução, ao alvitre de quem se sente
desconfortável em cumprir uma obrigação legal, que não pode sofrer tratamento arbitrário,
em claro desvio de finalidade e abuso de poder.
No jogo de cena político, há, também, limites para a atuação dentro da competência
conferida pela lei, a qual escancara a compreensão segundo a qual o agente público,
excessiva e injustificadamente moroso, busca amealhar vantagens ou benefícios
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CORREIO BRAZILIENSE
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BRASIL
Atraso na 2ª dose
Mais de um em cada 10 brasileiros está com a segunda dose da vacina contra a covid-19 em
atraso. Os dados foram apresentados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que acompanha
a efetividade das vacinas utilizadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Segundo a
fundação, a taxa de atraso da segunda dose para quem se imunizou com a vacina da
AstraZeneca é de 15%, da Coronavac é de 32%, e da Pfizer, 1%. A Fiocruz ressalta que a
vacinação com Pfizer é mais recente e, por isso, existem ainda poucos casos possíveis de
atraso de segunda dose.
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O Brasil precisa evoluir na legislação de proteção aos animais e, para isso, pode se espelhar
no exemplo de países que já se dedicam há mais tempo a esse assunto. O ponto de partida é
entender que o animal não é uma coisa, mas que tem direitos que precisam ser respeitados.
O tema foi tratado ontem pelo deputado Célio Studart (PV-CE), em entrevista ao CB. Poder,
uma parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília.
"É necessário observar os países com direitos mais antigos que os nossos. Há mais de 10
códigos civis de nações da Europa em que o animal não é uma coisa. Eles não querem legar
aos animais todos os direitos dos humanos, porque se pode questionar em situações como
a de herança, por exemplo, como um cachorro lidaria com dinheiro. Mas, a partir da
compreensão de que não se pode tratar o animal como coisa, a sociedade evolui e é possível
minimizar a comercialização, o lucro ostensivo em cima de vidas animais", disse o deputado.
O direito dos animais é recente, e vem se separando do direito ambiental amplo, porque os
animais são seres sencientes, explicou o parlamentar. "Eles devem ter direitos especiais.
Isso envolve a lei, as instituições, a polícia, o Ministério Público, o Poder Judiciário e a
percepção de que a sociedade tem acerca desse direito. É uma evolução de como a
sociedade como um todo interpreta isso", observou.
Para o deputado, as questões ambientais e de direito afetam não apenas os animais
domésticos, os pets. "Quando nós tivemos alto índice de queimadas na Amazônia, por
exemplo, houve um grande problema com o remanejamento dos animais que estavam
naquele habitat", disse. E acrescentou: "Todos os animais comercializados, por mais que
estejam cumprindo "obrigações comerciais", devem ter direitos também. A forma como essa
comercialização é feita pelo homem não pode ser indiscriminada", afirmou.
Na opinião de César, a pandemia trouxe uma realidade difícil para muitas pessoas, que
passaram a viver em situações de solidão, tendo, às vezes, apenas o animal de estimação
como companhia. "O animal acaba preenchendo um papel fraterno, ou criando uma relação
semelhante à de pai e filho. A pandemia mostrou de forma mais intensa que o animal está
sempre presente, é leal, é fiel, e transmite, comprovadamente, amor, pelo que as pessoas
relatam."
Videochamadas
O deputado é autor do projeto de Lei nº 2.136/2020, sancionado em 2021, que regulamenta as
visitas virtuais (feitas por videochamada) de familiares a pacientes internados em unidades
de terapia intensiva (UTIs) , enfermarias e apartamentos hospitalares. O parlamentar
explicou que o projeto se baseou na história de uma jornalista que perdeu a mãe para a
covid-19 e só pôde dar adeus a ela pelo telefone.
"O projeto refletiu o que muitas famílias estavam passando. Foi utilizada a tecnologia na
saúde. Muitas pessoas da área da enfermagem vieram nos colocar essa necessidade
também. Como não era lei, não era obrigatório. Isso é bom para a recuperação e para os
casos que não têm recuperação. É uma forma de dizer adeus. É lei para casos de covid ou
não", disse.
COP-26
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CORREIO BRAZILIENSE
30/09/2021
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BRASIL
Saúde pulmonar em discussão
CORREIO TALKS » Impacto social e tratamento de doenças que afetam o sistema
respiratório serão debatidos hoje por especialistas em evento virtual promovido pelo
Correio. Enfermidades desse tipo estão entre as principais causas de mortes em nível global
João Vitor Tavarez *
Fibrose cística
Segundo a Associação Brasileira de Assistência a Mucoviscidose (Abram), cerca de 70 mil
pessoas no mundo possuem fibrose cística, uma doença crônica, de origem genética, que
afeta em especial os pulmões, e, nos casos mais graves, também o pâncreas e o sistema
digestivo.
"A fibrose cística é uma doença rara e não tem cura. Assim, buscamos utilizar tratamentos
contínuos e acompanhamento médico. Os diagnósticos geralmente são feitos na infância, e
permanecem com o indivíduo pelo resto da vida. Contudo, temos pacientes que
descobriram com mais de 50 anos. O mais comum é fazer o rastreio ainda na juventude, até
por volta dos 14 anos", disse o pneumologista e presidente da fundação ProAr, Rafael
Stelmach.
A enfermidade é caracterizada pelo aumento da viscosidade do muco, que pode gerar
bactérias e o desenvolvimento da infecção crônica. Segundo a Fundação ProAr, quando o
pulmão está comprometido, ocorre lesão pulmonar e, dependendo do grau, pode levar à
morte por disfunção respiratória. "No pâncreas, quando os ductos estão obstruídos pela
secreção espessa, há uma perda de enzimas digestivas, levando à má nutrição. No passado
chamada de mucoviscidose, a doença acomete 3 a 4 mil pessoas no país, aproximadamente",
diz texto elaborado pela fundação.
Frente Parlamentar
Com o objetivo de ampliar a articulação e o debate em prol da elaboração de políticas
públicas para tratamento dos distúrbios no SUS, estão sendo coletadas assinaturas, na
Câmara dos Deputados, para a criação da Frente Parlamentar de Prevenção às Doenças
Pulmonares Graves. De acordo com Abraf, a iniciativa precisa da assinatura de 198
deputados para ser criada na casa legislativa.
"Com a frente de Doenças Pulmonares Graves, casos como a falta de medicamentos para
pacientes de hipertensão pulmonar terão mais visibilidade e, possivelmente, uma resposta
mais imediata das autoridades", diz a Abraf.
Programação
MEDIAÇÃO
Vicente Nunes – Editor Executivo do Correio Braziliense
11h30
Abertura e apresentação dos painelistas
11h35
Pedro Westphalen – Deputado Federal (PP-RS)
11h45
Cristiano Silveira, Diretor de Políticas Públicas e Advocacy do Instituto Unidos pela Vida
11h55
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CORREIO BRAZILIENSE
30/09/2021
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BRASIL
ONU: ações integradas para o Brasil pós-covid
Em relatório, Organização das Nações Unidas recomenda 55 medidas para o país se
recuperar da pandemia. É preciso fortalecer o sistema de saúde, criar oportunidades
econômicas e combater a desigualdade social, que se aprofundou
GABRIELA BERNARDES*
Educação
O levantamento reserva uma parte específica à educação. Segundo o estudo, ao menos 147
países fecharam escolas por causa da pandemia, o que representaria mais de 1,4 bilhão de
alunos afetados, ou cerca de 86% da população estudantil mundial — 5,5 milhões de
crianças e adolescentes só no Brasil. "Se no início da pandemia não foram considerados
como grupos de risco direto, são elas, de fato, as vítimas ocultas da covid-19", comenta o
relatório.
A suspensão das atividades escolares não representa apenas impasses no aprendizado. Em
muitos casos, ficar afastado das instituições de ensino também prejudica a segurança
alimentar e o acesso à infraestrutura de saúde, água, saneamento e higiene. "Os impactos
para crianças e adolescentes podem perdurar por toda a vida", ressalta o estudo. "Sem
deixar de lado as medidas essenciais para conter a propagação do novo coronavírus, é
preciso ter clareza sobre os impactos do fechamento de escolas por um longo período na
aprendizagem, na nutrição — uma vez que muitos deles dependem da merenda escolar — e
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CORREIO BRAZILIENSE
30/09/2021
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COLUNAS
DENISE ROTHENBURG - Brasília DF
Curto-circuito no PL e um “não” a Valdemar
O partido de Valdemar da Costa Neto está em pé de guerra. O líder da bancada, Wellington
Roberto (PB), não gostou de ser surpreendido com o vídeo em que Valdemar defendeu a
demissão de Romildo Rolim da diretoria do Banco do Nordeste — chegou, inclusive, a
colocar o cargo à disposição da bancada. Para completar, o indicado de Valdemar para o
cargo, o engenheiro Ricardo Pinheiro, não vai emplacar porque lhe falta experiência no
setor financeiro.
O entrevero é suficiente para dar aos partidos que buscam uma via alternativa à
polarização PT versus Bolsonaro rumo ao 2002 — e até ao próprio Lula — um terreno fértil
para buscar aliados para as eleições do próximo ano. Aliás, embora seja muito cedo para
fazer qualquer aposta em relação a 2022, tem muito deputado apostando hoje, a um ano da
eleição, que Bolsonaro não chegará ao segundo turno.
Se não votar, arque com o ônus
Caso o Senado não aprove a mudança no Imposto de Renda, o governo colocará os
senadores como os culpados pela falta de recursos para incrementar os programas sociais.
A estratégia foi usada por vários governos no passado. E deu certo.
No Congresso, funcionou
No início da semana, os congressistas ameaçaram nem colocar para votar o projeto que
vinculava os recursos do IR ao novo Bolsa Família. Porém, ao perceberem que poderiam ser
acusados nas redes sociais de “atrapalhar o Brasil”, aprovaram a proposta. Agora, não vai
ser diferente.
Ainda tem bambu e flecha
A avaliação de muitos parlamentares é a de que o presidente Jair Bolsonaro ainda é quem
melhor navega no mundo das redes sociais. E por mais que os adversários tenham
ingressado nesse terreno, ainda não conseguiram superar Bolsonaro e seus apoiadores
nesse campo.
Por falar em flechas...
Presidente do PTB paulista, o empresário Otávio Fakhoury soube apenas na terça-feira que
iria depor hoje na CPI da Covid. A amigos, ele atribuiu a convocação ao fato de ter se
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CORREIO BRAZILIENSE
30/09/2021
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COLUNAS
VISTO, LIDO E OUVIDO
Criada por Ari Cunha desde 1960
jornalistacircecunha@gmail.com
com Circe Cunha e Mamf
Tempos luleiros
Enquanto a população brasileira permanece distraída com as revelações que vão sendo
levantadas pela CPI da Covid e que indicam, até aqui, o cometimento, de uma série dos mais
variados e graves crimes, tanto por empresários quanto por políticos e pelo governo
durante a pandemia, o país vai sendo virado ao avesso pelo Legislativo, na sua tentativa de
desfigurar a lei de improbidade administrativa, um dos maiores avanços já conquistados
pelos cidadãos no controle dos gastos públicos.
Caso vingue a proposta defendida pela maioria da classe política das duas Casas do
Congresso e que conta com o apoio também da maioria dos prefeitos e governadores, a Lei
da Improbidade Administrativa (LIA) sofrerá um processo de abrandamento chamado
ardilosamente de “flexibilização”.
Com isso, um dos mais modernos mecanismos para coibir que maus gestores permaneçam
cometendo barbaridades e crimes com o orçamento público — um dos marcos da cidadania
contidos na Constituição — perderá sua eficácia, em nome de uma vaga segurança jurídica
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CORREIO BRAZILIENSE
30/09/2021
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COLUNAS
LUIZ CARLOS AZEDO - Nas entrelinhas
(...)
O espetáculo da pandemia
Ninguém tem dúvida de que a CPI da Covid no Senado tornou-se o epicentro da disputa
política entre governo e oposição na conjuntura marcada pelo novo coronavírus.
Entretanto, a pandemia está sendo domada, na medida em que a vacinação avança,
enquanto o desemprego e a alta da inflação, dos juros e da cotação do dólar começam a ser
os fatores de maior repercussão na vida da população. Ou seja, a urgência política está
mudando e a comissão começa a perder o protagonismo que tinha, apesar de o elevado
número de óbitos por covid-19 ter se tornado um trauma que enluta mais de 600 mil
famílias. É muita gente.
O depoimento do empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, ontem, na CPI,
ilustra a nova situação, na sequência das espantosas revelações da advogada Bruna Morato,
na terça-feira, cujo relato da rotina de ameaças a médicos da operadora de saúde Prevent
Senior durante a pandemia foi estarrecedor. Enquanto Morato denunciou a falta de
autonomia dos profissionais, a exigência da prescrição de remédios ineficazes e o
envolvimento da empresa em um "pacto" com o chamado "gabinete paralelo" do Palácio do
Planalto, Hang fez de seu depoimento um case de marketing político e comercial ao
confrontar a CPI, porque sustentou as posições negacionistas de Jair Bolsonaro e seus
apoiadores, e ainda aproveitou para fazer propaganda de sua cadeia de lojas de
departamentos.
Segundo o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), Hang orientava o presidente
sobre condutas para o enfrentamento da pandemia e fazia parte do chamado "gabinete
paralelo", supostamente o estado-maior da política de enfrentamento da pandemia
executada pelo Ministério da Saúde na gestão do general Eduardo Pazuello. A grande
contradição de seu depoimento foi o fato de não ter questionado o atestado de óbito de sua
mãe, que morreu de covid-19, quando estava sob os cuidados da Prevent Sênior — a
informação não consta como causa mortis no documento. O empresário admitiu que
autorizou a utilização do chamado kit covid durante o tratamento, porém atribuiu a
subnotificação a um erro do plantonista e não à intenção de omitir o fato da opinião
pública.
Outras prioridades
Mais importante do que o conteúdo do depoimento, porém, foi o circo armado pelo "velho
da Havan" e o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) na própria CPI, cuja sessão foi das mais
tumultuadas. Hang foi evasivo e driblou perguntas feitas pelos senadores sobre a operadora
de saúde Prevent Senior, o que irritou o presidente da comissão, senador Omar Azis (PSD-
AM), e o chamado grupo dos sete, formado por senadores de oposição e independentes. A
maior utilidade do depoimento foi revelar que a atuação de empresários bolsonaristas na
pandemia, a estratégia adotada pela Prevent Sênior e a política de Eduardo Pazuello no
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30/09/2021
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COLUNAS
SAMANTA SALLUM - Capital S/A
samantasallum.df@cbnet.com.br
DF sobe no indicador Empreendedorismo em pesquisa nacional da indústria
A terceira edição do Índice de Inovação dos Estados, realizado pelo Observatório da
Indústria, da Federação do Estado do Ceará (Fiec) com apoio da ABDI, revela como está o
nível do setor em cinco regiões brasileiras. O Distrito Federal ficou na 7ª posição no ranking
nacional, situando-se em 1º lugar na região Centro-Oeste. Em relação à edição anterior,
manteve-se na mesma posição tanto no ranking nacional quanto no regional. No indicador
Empreendedorismo, subiu de 11º para 7º; e de Investimento Público em C&T, de 9º para 7º.
Bússola para o desenvolvimento
O índice funciona como uma bússola e tem potencial para nortear os estados a traçar ações
ainda mais estratégicas para fomentar o desenvolvimento. São Paulo foi, mais uma vez, o
estado mais inovador do Brasil. Santa Catarina e Rio Grande do Sul aparecem na segunda e
terceira colocações, respectivamente. Espírito Santo e Maranhão foram os estados que mais
cresceram no ranking.
Destaque em capital humano
Na dimensão Capacidades, o levantamento aponta que o Distrito Federal tem um grande
potencial para ser revertido em resultados mais promissores. Os melhores foram
conquistados nos indicadores de Infraestrutura, de Inserção de Mestres e Doutores e de
Capital Humano — Pós-Graduação, ficando nesse quesito no top 5 nacional e na 1ª colocação
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), busca chegar a um acordo para
aprovar o projeto de lei que altera a cobrança de ICMS em combustíveis. O PLP 11/2020
prevê a uniformização das alíquotas do imposto em todas as unidades da Federação, que
seria definido pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Com isso, o imposto,
que hoje varia de estado para estado, seria único e atrelado à quantidade do combustível.
O texto chegou a entrar na pauta de ontem, mas a discussão dessa e de outras iniciativas
semelhantes será feita nos próximos dias para levar os projetos o mais rápido possível ao
Plenário, algo que pode ocorrer na próxima semana. Lira, que na terça-feira havia feito
duras críticas à Petrobras e exigido "sacrifício" dos governadores, adotou ontem um tom
mais ameno. Ele disse entender que a uniformização do ICMS é importante, mas admitiu
que esse não é o principal problema na alta dos combustíveis — que é influenciado
principalmente pelo preço do petróleo no mercado internacional e pelo dólar.
"Nós não podemos dizer que o ICMS é quem puxa o aumento, mas ele contribui
sobremaneira para que, com alguns excessos, o combustível fique muito mais caro. E não é
justo que nessas composições a gente não possa estratificar e discutir mais amiúde qual a
composição e o que está impactando tanto na vida do brasileiro: o gás de cozinha, a
gasolina e, na vida do caminhoneiro e dos transportes, o que impacta direto na inflação: o
preço do óleo diesel", pontuou.
A ideia do presidente da Câmara é consultar governadores, a Receita Federal, o Ministério
da Economia e até a própria Petrobras para discutir soluções com relação ao ICMS e aos
reajustes — que devem continuar severos, uma vez que o preço do barril de petróleo
continua em alta, acima dos US$ 77, e chegou a passar dos US$ 80 na última terça-feira (28),
um recorde histórico.
Como a Petrobras adota a política de paridade de preços com o mercado internacional, a
alta lá fora se traduz em alta aqui dentro. Questionado sobre eventuais perdas de
arrecadação dos estados caso haja mudança no ICMS dos combustíveis, Lira disse que esse
não é o caso e que as unidades da Federação têm arrecadado mais com a alta.
Colchão
Lira também manifestou vontade de criar uma espécie de "colchão" para os reajustes da
Petrobras, através de um fundo de estabilização que, segundo ele, aliviaria a alta para os
consumidores. Na prática, isso poderia significar tanto um maior intervalo entre os
reajustes quanto um reajuste gradual.
Paulo Tavares, presidente do Sindicombustíveis-DF, disse que a unificação das alíquotas do
ICMS seria positiva, mas ressaltou que o problema da alta de preços só será resolvida com
uma mudança na política da Petrobras. "A Petrobras está praticando aumentos acima da
inflação, isso não é bom e não é saudável para a economia." (Colaborou Fernanda
Fernandes)
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Ação social
Já o programa da Petrobras, segundo a empresa, visa alinhar a atuação social da companhia
ao praticado por outros pares de mercado, e se justifica pelos efeitos da situação
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CORREIO BRAZILIENSE
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EDITORIAL
Os preços dos combustíveis
VISÃO DO CORREIO
É compreensível que todos estejam apavorados com os preços dos combustíveis, que,
segundo a Petrobras, ainda vão subir mais. Nos valores atuais, gasolina, gás e diesel
contaminam toda a economia e empurram a inflação para níveis não vistos desde o início
do Plano Real, em 1994. Mas não se resolverá esse problema por meio de decretos ou de
arroubos políticos. O tema merece um amplo e transparente debate.
A estrutura de preços dos combustíveis é hoje muito confusa, o que permite que prevaleça
um jogo de empurra entre os entes federados e a Petrobras. Cada um apresenta a sua
versão como se fosse verdade absoluta, confundindo a população, que, desprotegida, é
obrigada a pagar quase R$ 7 pelo litro da gasolina e mais de R$ 100 pelo gás de cozinha,
além de arcar com o forte aumento dos fretes que encarecem de alimentos a
eletrodomésticos e medicamentos.
Dois dos principais componentes dos preços dos combustíveis são o dólar e o petróleo
negociado no mercado internacional. A moeda norte-americana, ressalte-se, está em
disparada porque há um enorme clima de desconfiança no país. Os investidores temem o
descontrole das contas públicas e os resultados das próximas eleições. Como proteção,
correm para comprar dólares. Se o Brasil estivesse vivendo tempos menos incertos, a divisa
dos Estados Unidos estaria sendo negociada entre R$ 3,90 e R$ 4,50, admite o ministro da
Economia, Paulo Guedes. Seria um problema a menos.
A cotação do petróleo, por sua vez, responde à demanda internacional. Como as principais
economias do mundo estão se recuperando, depois do tombo provocado pela pandemia do
novo coronavírus, o barril do óleo atingiu quase US$ 80, o nível mais alto em três anos.
Sobre esse valor, nenhum país tem controle. Portanto, é preciso que o governo contribua
por meio de outros amortecedores, como o dólar. Basta não criar tumultos na economia.
Há, ainda, a questão dos impostos. Tanto a União quanto os estados têm nos combustíveis
uma importante fonte de arrecadação. Com tantas despesas para bancar, rejeitam abrir mão
de receitas. Não há dúvida de que uma ampla reforma tributária, com simplificação de
impostos, ajudaria muito a reduzir os encargos sobre os derivados do petróleo. O problema
é que não há disposição efetiva por parte dos governos federal, estaduais e municipais de
levar essa discussão adiante. Todos reconhecem os problemas, mas preferem continuar
usufruindo de um sistema que pune empresas e consumidores.
Já que o presidente da Câmara, Arthur Lira, decidiu tomar a frente no debate sobre os
preços da gasolina e do diesel, que aproveite o momento para também discutir a
dependência do país por combustíveis fósseis e altamente poluentes. O Brasil tem a
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CORREIO BRAZILIENSE
30/09/2021
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NEGÓCIOS
Emprego formal cresce em agosto
TRABALHO » Foram criadas 372.265 vagas com carteira assinada no mês. Dados são do
Caged, e não podem ser comparados aos do IBGE
Fernanda Strickland
Gabriela Chabalgoity*
Em agosto, a economia brasileira gerou 372.265 empregos novos com carteira assinada. As
informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados
pelo Ministério do Trabalho e Previdência. É o 8º mês seguido com alta nos números.
Para o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, os dados mostram a
recuperação da economia. Ele destacou o avanço da vacinação contra a covid-19 no país e
disse que houve impacto positivo do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e
da Renda (BEm) — que permitiu a redução dos salários da jornada de trabalho — sobre
todos os números da economia formal. "Para este ano, o governo espera atingir a meta de
criação de 2,5 milhões de postos formais de trabalho com carteira assinada", afirmou Onyx.
A advogada Juliana Guimarães, especialista em empreendedorismo, acredita que, mesmo
com esse bom resultado, deve-se levar em consideração que a metodologia de coleta de
dados do Caged foi alterada em dezembro de 2019.
"Até aquela data, eram monitorados dados da CLT. A partir de janeiro de 2020, passaram a
ser considerados também os do eSocial e Empregador Web. Os dados do eSocial são mais
amplos porque consideram trabalhadores formais em categorias não consideradas pelo
CLT, como: estagiários, cooperados, trabalhadores eventuais, autônomos, entre outros.
Como o novo sistema considera uma base muito maior, a comparação com anos anteriores
é prejudicada pela alteração metodológica de coleta de dados", afirmou.
Para a advogada, sob esse prisma, deve-se ter cautela ao avaliar a performance desses
dados e, principalmente, de conectá-los a um crescimento ou retomada econômica
considerável. "Sugiro também analisar os dados levantados pelo IBGE — metodologia que
registra recorde de desemprego e leva em consideração também o trabalho informal, sem
carteira assinada. Também deve-se considerar o aumento notável do número de empresas
abertas no último ano, muito impactada por aberturas de MEIs (empresas de
microempreendedores individuais)", observa.
Segundo Juliana, a dinâmica do mercado mudou. Com tantas bases e metodologias
diferentes, é difícil responder com certezas. "O fato é que podemos falar que a diferença
entre emprego e trabalho está sendo percebida pela população brasileira. Percebemos o
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CORREIO BRAZILIENSE
30/09/2021
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POLÍTICA
Empresário é ciceroneado por "tropa de choque"
O empresário Luciano Hang chegou para depôr na CPI da Covid, ontem, escoltado pela tropa
de choque governista. Os senadores Marcos Rogério (DEM-RO), Luís Carlos Heinze (PP-RS) e
Jorginho Melo (PL-SC) foram reforçados pela presença de Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e
Marcos do Val (Podemos-ES) , além da deputada Caroline de Toni (PSL-SC) e de outros
deputados bolsonaristas que foram se revezando ao longo da sessão.
Mas, antes de se dirigir à comissão, Hang tomou café da manhã com o líder do governo na
CPI, Ricardo Barros (PP-PR). E durante a sessão no Senado, o que se viu foi um bem ensaiado
esquema de tentativa de irritar e provocar.
Além de Marcos Rogério, senador que reage prontamente quando as críticas a Jair
Bolsonaro e ao governo se avolumam, o filho do presidente participou da sessão com o
intuito apenas de desequilibrar o depoimento por meio de provocações. Seus comentários
eram dirigidos principalmente ao relator Renan Calheiros (MDB-AL), com quem quase
trocou tapas em um dos primeiros depoimentos da comissão, o do ex-secretário de
Comunicação da Presidência, Fabio Wejngarten. Flavio reapareceu na CPI depois de 17
sessões ausente.
Fake News
No depoimento, Hang negou que tivesse conexões com o chamado "gabinete paralelo" da
saúde — que teria aconselhado o presidente Jair Bolsonaro a adotar a tese da "imunidade de
rebanho" e também de que os medicamentos do kit covid —; que tenha financiado sites
disseminadores de desinformação; e que tenha financiado "impulsionamentos" de notícias
falsas em redes sociais. A suspeita de que o empresário bancaria a disseminação de
mentiras surgiu depois que veio à tona um diálogo entre o deputado Eduardo Bolsonaro
(PSL-SP) e o blogueiro Allan dos Santos, que pretendia contatar Hang para pedir-lhe que
ajudasse financeiramente.
O empresário confirmou que foi procurado pelo blogueiro bolsonarista, mas que muitos o
procuram pedindo alguma espécie de ajuda. Conforme disse, submete a demanda ao
departamento que cuida do assunto na sua empresa para, só então, decidir se auxilia.
Um vídeo que chamou a atenção e que reforçaria a ligação com o "gabinete paralelo" traz
Hang ao lado do deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), que ficou conhecido por errar
todas as previsões que fez sobre a pandemia. Nele, ambos duvidavam da quantidade de
mortos pelo novo coronavírus. Ao vê-lo, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM),
reagiu irritado. "Isso é monstruoso! Você age monstruosamente, rapaz", disse.
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CORREIO BRAZILIENSE
30/09/2021
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POLÍTICA
CPI VIRA PALCO PARA A AUTOPROMOÇÃO DE HANG
Empresário tenta passar a ideia de que o "tratamento preventivo" que queria para a mãe
não era o ineficaz "tratamento precoce", que defende, estimula e financiou a distribuição.
Admite que não se imunizou e garante que não bancou campanha antivacina
Tainá Andrade
Raphael Felice
A CPI da Covid tornou-se, ontem, palco para o negacionismo do empresário Luciano Hang,
que, entre outras coisas, admitiu não ter se vacinado contra o novo coronavírus porque tem
um "índice de anticorpos altíssimo", que faz uso e recomenda o "tratamento precoce" —
composto de medicamentos sem qualquer eficácia contra a covid-19 — e também ter
financiado a compra desses remédios por hospitais. Também tentou desqualificar as
perguntas do relator Renan Calheiros (MDB-AL) dizendo que eram "narrativas" e desde o
início mostrou disposição para o confronto. Montou, com a ajuda da tropa de choque do
Palácio do Planalto na comissão, uma estratégia de tentar passar a ideia de que o colegiado
promove uma perseguição ao governo, que incluía até mesmo exibir cartazes nos quais
diria estar sendo censurado caso não pudesse dar sua versão.
Os senadores já trabalhavam com a expectativa de que a sessão fosse tensa, pouco
produtiva e de resultados pífios para a composição do relatório final da comissão. Hang
chegou escoltado por parlamentares governistas dizendo que tinha todo tempo do mundo,
que devolveria com respeito o tratamento respeitoso, mas que exigia dar respostas a todas
as perguntas. Antes mesmo de os trabalhos começarem, circulava entre os integrantes do
colegiado a dúvida sobre se fora uma boa iniciativa a convocação do empresário — muitos
teriam sido contra exatamente por terem a certeza de que ele tentaria fazer da participação
um cenário de defesa do governo e de projeção de si mesmo. Mas não viam outra
alternativa a não ser inquiri-lo, sobretudo depois do vídeo publicado, na segunda-feira,
ironizando a CPI com uma algema — Hang disse que estava preparado caso tivesse de sair
preso do depoimento.
Às longas perguntas de Renan, o empresário se recusou a respondê-las de modo sucinto.
Ao contrário, tentou, em todas, passar suas versões e dar explicações amplas, o que foi
irritando não apenas o relator, mas o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) . Como
provocação, também reclamou daquilo que lhe era indagado, considerando os temas
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Não vacinado
Hang também procurou passar a imagem de que é um defensor e acredita na vacina. Para
isso, lembrou que liderou um grupo de empresários, ao lado de Carlos Wizard — outro
bolsonarista crítico das medidas de afastamento social —, de compra de imunizantes a fim
de que pudesse administrar 50% das doses nos funcionários das próprias empresas — os
outros 50% seriam repassados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Mas admitiu que não se
vacinou e explicou por quê.
"Não tomei vacina porque eu tenho índice de anticorpos altíssimo. Tenho neutralizante
natural", respondeu à senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), reproduzindo o mesmo
argumento utilizado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Ele, porém, comparou a ação de remédios sem eficácia contra a covid com a vacina, ao
afirmar que pessoas vacinadas também podem contrair a doença e que os medicamentos,
por sua vez, "fortalecem a célula". Hang admitiu que incentivou o tratamento precoce e
financiou a compra de medicamentos para hospitais.
CORREIO BRAZILIENSE
30/09/2021
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POLÍTICA
Senado enfraquece Lei de Improbidade
CONGRESSO » Projeto prevê que acusado de lesar cofres públicos só será punido se
constatada intenção do crime. Para relator, é preciso separar quem erra sem querer de
quem age dolosamente
Jorge Vasconcellos
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"Vergonha"
Já Alessandro Vieira (Cidadania-SE) considerou o projeto um "retrocesso" e uma "pedrada"
no combate à corrupção. "Esse projeto não é favorável à transparência, não é favorável à
administração pública, não protege o bom gestor", disse o parlamentar.
Vieira também criticou o dispositivo que diminui o prazo de prescrição dos crimes de
improbidade administrativa. Segundo ele, essa redução poderá levar ao arquivamento cerca
de 40% das ações relacionadas a delitos dessa natureza e que estão em andamento. O
senador afirmou que, por trás da proposta, está o interesse de proteger políticos
investigados por suspeitas de irregularidades. Ele citou como exemplo o presidente da
Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
"Esse projeto, aprovado nos termos do relatório, vai arquivar, instantaneamente, processos
que correm contra Arthur Lira, deputado e presidente da Câmara. Instantaneamente vamos
mandar para o arquivo 40% das ações de improbidade que tramitam, inclusive de membros
desta Casa. Tenho dificuldade em encontrar outra expressão que não seja vergonha. Dá
vergonha ver que está sendo um projeto em flagrante benefício daqueles que cometem
erros", afirmou.
O projeto aprovado pelo Senado também retira da Lei de Improbidade Administrativa o
ponto que classifica como ilícito a ação negligente na arrecadação de tributo ou renda e na
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CORREIO BRAZILIENSE
30/09/2021
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POLÍTICA
ENTREVISTA - TABATA AMARAL
O machismo é suprapartidário
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CORREIO BRAZILIENSE
30/09/2021
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POLÍTICA
Tumulto e tensão estavam no radar
Antes mesmo de começar, o depoimento de Luciano Hang era visto com reservas por
integrantes da CPI da Covid. Nos bastidores da comissão, a decisão de chamá-lo partiu do
relator Renan Calheiros (MDB-AL) e foi tomada sobretudo depois do comparecimento de
Pedro Benedito Batista Júnior, diretor-executivo da Prevent Senior, na semana passada. Foi
ele que admitiu que a citação à covid-19 era retirada dos prontuários de pacientes que
morriam devido à doença e que uma dessas vítimas seria Regina Hang, mãe do empresário.
A preocupação era dar ribalta para o dono de uma rede de loja de departamentos passar
ideias que se conflitam com aquilo que a ciência já confirmou.
Antes de começar a CPI, Renan deu a entender de que a sessão seria tensa e repleta de
provocações — embora tenha, na introdução que fez antes das perguntas, classificado Hang
como "bobo da corte". "É um depoimento normal, como qualquer outro ele vai ter que se
adequar às regras da CPI. Esse tipo de personagem sempre existiu na história do Brasil. Não
é incomum que exista hoje. É uma espécie de bobo da corte, que vive da sabujice eterna
para prestar serviços ao poder e ganhar dinheiro. Ele tem envolvimento óbvio nas fake
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CORREIO BRAZILIENSE
30/09/2021
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POLÍTICA
PGR apura ameaça de general a pleito de 2022
O procurador-geral da República, Augusto Aras, abriu uma apuração preliminar contra o
ministro da Defesa, Walter Braga Netto, por ameaça à realização das eleições em 2022. O
presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), recebeu, em 8 de julho, um recado de Braga
Netto. Por meio de um importante interlocutor político, o general pediu para comunicar, a
quem interessasse, que não haveria eleições no ano que vem sem voto impresso.
Na notificação, Aras afirma que vai apurar "possível infração político-administrativa"
cometida pelo ministro da Defesa. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que
propunha o voto impresso em eleições foi rejeitada pelo Congresso no mês passado
A decisão de Aras foi comunicada na segunda-feira ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo
Tribunal Federal (STF) , que é relator de quatro ações contra Braga Netto. O chefe do
Ministério Público Federal pede que esses outros pedidos de investigação sejam arquivados,
uma vez que já há procedimento aberto na Procuradoria-Geral sobre o caso. Integrantes do
Supremo leram a iniciativa de Aras como uma manobra para tirar o caso das mãos da
Corte. Aliado do presidente Jair Bolsonaro, o PGR tem usado desse expediente em episódios
que envolvem aliados do governo.
A apuração foi instaurada no dia 26 de agosto a partir de uma notícia de fato que tramita
em caráter sigiloso na PGR. O vice-procurador-geral, Humberto Jacques de Medeiros, e a
subprocuradora Lindôra Araujo são os responsáveis pelo caso.
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PE - JORNAL DO COMMERCIO
30/09/2021
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ARTIGOS
ROBERTO GUSMÃO - Suape continua nos trilhos
Ao decidir se reunir com as lideranças empresariais e com a bancada federal do Estado na
busca de um entendimento para viabilizar a Ferrovia Transnordestina, Pernambuco mostra
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PE - JORNAL DO COMMERCIO
30/09/2021
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BRASIL
Veleiro apreendido com haxixe
TRÁFICO
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Essa atuação integrada tem sido intensificada no intuito de assegurar a proteção ao meio
ambiente e a segurança nas fronteiras marítimas, em especial na repressão a crimes
transnacionais, como o tráfico internacional de drogas.
Somente este ano, a Polícia Federal no Rio Grande do Norte e a Marinha do Brasil,
participaram de outras duas grandes apreensões de drogas em alto-mar: a primeira, em 14
de fevereiro, quando foram apreendidas 2,2 toneladas de cocaína na costa pernambucana e,
a segunda, em 16 de junho, oportunidade em que 4,3 toneladas de haxixe foram
encontradas, a bordo de um veleiro, a 426 km de Recife/PE.
PE - JORNAL DO COMMERCIO
30/09/2021
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BRASIL
Governo planeja vacinação em 22
Agência O Globo
O Ministério da Saúde admitiu, ontem, que planeja um novo ciclo de imunização contra a
covid-19 em 2022. Segundo a pasta, o Brasil dispõe de doses suficientes para aplicar reforço
em idosos a partir de 60 anos e pessoas imunodeprimidas (com baixa imunidade) em 2021,
além das duas doses em toda a população adulta. O órgão, contudo, não menciona a
vacinação de adolescentes ou a terceira dose para profissionais de saúde, já anunciadas.
A pasta planeja a compra de novos lotes de vacina para 2022, mas ainda não divulgou as
quantidades e quais seriam os laboratórios. De acordo com o ministério, a cobertura neste
ano se dará por meio de 600 milhões de doses. Desse total, faltam receber 100 milhões da
Pfizer, 36,1 milhões da Janssen e 50 milhões de AstraZeneca.
"O Ministério da Saúde informa que já foram contratadas mais de 600 milhões de doses de
vacinas covid-19 apenas neste ano. O quantitativo é suficiente para concluir a vacinação de
toda a população brasileira com duas doses e a dose de reforço em idosos acima de 60 anos
e imunossuprimidos. (...) A pasta mantém diálogo com laboratórios para analisar a aquisição
de doses adicionais para um possível novo ciclo de imunização no ano de 2022", diz a nota.
O país está atrasado nas negociações e não há acordos fechados para o próximo ano. A
pasta não prevê firmar um novo contrato com o Insituto Butantan para a compra de
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PE - JORNAL DO COMMERCIO
30/09/2021
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CIDADES
AUMENTO DAS FORMAS GRAVES
DENGUE Em Pernambuco, além do crescimento dos casos de infecção, 36 municípios
estão em situação considerada de alta incidência
CINTHYA LEITE
cleite@jc.com.br
Em relação a incidência dos casos prováveis de dengue, 105 municípios estão em situação
de baixa incidência e 33 de média incidência. Além deles, 36 estão em situação de alta
incidência, ou seja, 300 casos a cada 100 mil habitantes (Veja arte ao lado).
Ainda de acordo com o balanço da SES, até 20 de setembro, foram notificados 79 casos de
dengue com sinais de alarme e 14 de dengue grave, o que corresponde a um aumento de
63,2%, em relação ao mesmo período de 2020, quando foram registrados 43 casos de
dengue com sinais de alarme e 14 da grave.
Em agosto deste ano, a Secretaria de Saúde do Recife confirmou um óbito por dengue, de
um homem de 76 anos, que morava no bairro de San Martin, Zona Oeste da cidade. Já na
última semana, a cidade confirmou um óbito por chicungunha: de uma mulher de 90 anos,
que morava no bairro de Jardim São Paulo, na Zona Oeste da capital pernambucana.
Além dessas mortes confirmadas, a capital pernambucana ainda investiga outros quatro
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A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e
sangramento de mucosas. Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de
saúde para diagnóstico e tratamento adequados.
TRATAMENTO
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RAPHAEL GUERRA
rguerra@tvjornal.com.br
Após o aumento dos assaltos denunciado nos últimos meses por moradores do bairro de
Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, novas medidas de segurança começarão a ser adotadas
pela Polícia Militar e também pela prefeitura. A partir de amanhã, haverá um reforço de
policiamento na orla. Essa foi uma das promessas feitas, ontem, durante audiência pública
proposta pelo vereador Paulo Muniz (SD) para discutir a violência no bairro.
"Nos meses de julho e agosto houve crescimento dos crimes contra o patrimônio (roubos e
furtos). Mas em setembro estamos com decréscimo de 17%. Houve um estudo e estamos
fazendo algumas mudanças e haverá reforço de policiamento na orla de Boa Viagem e ruas
adjacentes", afirmou o major Joseval Sandoval da Silva, subcomandante do 19º Batalhão da
PM, que, além de Boa Viagem, é responsável pela segurança de mais sete bairros.
Ele reconheceu que o número de policiais militares nas ruas não é o ideal. Segundo o
subcomandante, há cerca de 400 PMs fazendo a segurança dos oito bairros. No entanto,
deveriam ser pelo menos 700.
Em 23 de agosto, um turista carioca foi atingido por facadas durante abordagem bem perto
do hotel onde estava hospedado, em Boa Viagem. Ele teve o celular levado. O turista
precisou de atendimento no Hospital da Restauração. Imagens ajudaram na identificação do
suspeito do assalto, que foi detido no dia seguinte.
O subcomandante também foi questionado sobre a desativação de postos fixos da PM. Ele
explicou que esses equipamentos "têm utilidade, mas o mais efetivo é o lançamento de
viaturas a duas ou quatro rodas" nas ruas.
CÂMERAS
PE - JORNAL DO COMMERCIO
30/09/2021
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COLUNAS
MIRELLA MARTINS - Social1
A briga pelo posto do mais rico do mundo
Elon Musk e Jeff Bezos brigam em duas frentes. Primeiro, para saber quem é o homem mais
rico do mundo. Segundo, na corrida espacial. Sobre o topo da pirâmide, o fundador da Tesla
e da SpaceX voltou a ser o mais rico do mundo, superando novamente o CEO da Amazon e
da companhia aeroespacial Blue Origin. De acordo com a Forbes, Musk tem fortuna avaliada
em 200,3 bilhões de dólares, enquanto a de Bezos marca 193,1 bilhões de dólares.
Negócios
André Farias vai entrar para a história da retomada ao fazer o primeiro evento presencial,
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Bancada de PE
Gustavo Freire participou, terça-feira, da plenária do Conselho Federal da OAB em Brasília,
também prestigiada pelo presidente da OAB-PE, Bruno Baptista
Arte no Agreste
Após hiato de dois anos, volta a Residência Belojardim, projeto do Instituto Conceição
Moura realizado na cidade do Agreste. Por causa da pandemia, será digital. A artista Camila
Sposati (SP) desenvolverá o projeto Corpos de Phonosophia. Ela apresenta hoje, às 17h, numa
live pelo IG @residenciabelojardim.
Na Bienal
A Fundaj vai homenagear Edson Nery da Fonseca — bibliotecário, escritor e prof. falecido
em 2014 — na 13ª Bienal Internacional do Livro de PE, que começa amanhã, no Centro de
Convenções. A fundação estará presente num estande de 200 metros quadrados com várias
ações e uma instalação artística.
Bromélias
No Jardim Botânico do Recife desde 2011, raridades como coleção de herbáceas da família
Bromeliaceae. São mais de 500 amostras em 60 espécies. O acervo possibilita ao espaço ser
classificado como nível A, principalmente, para fins de proteção de espécies ameaçadas.
Identidade
O Sertão e seus encantos é o tema do projeto Vitrine Expo Casapronta. Assinada pela
arquiteta Cecilia Lemos, traz elementos da arte de J. Borges e aspectos culturais locais, para
valorizar a arte regional. Os tapetes e tons utilizados revelam através das cores e texturas a
identidade sertaneja.
Montessori
A empresária Carol Pugliesi, do Espaço Criançar, em Setúbal, inicia mestrado em pedagogia
montessoriana pela Univ. de Barcelona. O espaço, que completa um ano em novembro, já
aplica essa abordagem e pretende aprofundar.
Meditação
Segundo pesquisa do V.Trends, a pandemia aumentou em 45% o número de pessoas
adeptas da meditação. O estudo mostra que uma em cada três que meditam atualmente
começou durante este período. As mulheres compõem a maioria dos praticantes, com 58%.
No app Vivo Meditação tem, inclusive, versão gratuita para quem não é cliente da
operadora.
De verdade
A foodtech Liv Up vai compensar embalagens utilizadas, devido ao aumento da
preocupação ambiental alarmada pelo alerta vermelho da ONU. Até hoje, foram 127
toneladas de materiais reciclados.
TikTok
Recentemente, o principal órgão regulador de dados do TikTok na União Europeia abriu
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Política
O estrategista político Paulo Moura entregou a Heitor Pontes a capa e a direção de arte do
seu livro Inteligência Política e Campanhas Eleitorais, que será lançado ainda este ano. A
foto de capa será de Carlos Cajueiro e a revisão já está com a cientista política Priscila Lapa.
Lesão
O ortopedista Fernandes Arteiro alerta para o risco de lesões na chegada do verão. "Muitas
pessoas iniciam repentinamente atividades ao ar livre, aproveitando o sol. No entanto, é
necessária uma preparação."
Rápidas
A ativista da causa animal Goretti Queiroz está em São Paulo acompanhando a chegada da
ursa Úrsula, que deixou o Parque Dois Irmãos, no Recife, onde vivia desde 2003, para o
Rancho dos Gnomos, em Cotia, interior de SP.
Para comemorar o Dia das Crianças, o Shopping Tacaruna monta o Circuito de Brincadeiras
Mundo Bita, de sábado até o 12 de outubro.
O ETC vai realizar programação especial nos três primeiros finais de semana de outubro.
Terá contação de histórias, mágicas e encontrinho com as personagens Elza, Anna e Moana.
Karol Arruda e Amanda Lourenço confirmaram a Out Fashion Recife, feira de moda e
negócios. Será no RioMar, de 29 a 31.
A Arezzo Outlet Boa Viagem abraçou o Bazar Solidário da Apaf, associação que acolhe
doentes de fígado, doando vários produtos. O bazar vai de segunda a sexta, em frente ao
Hospital Oswaldo Cruz. Toda a renda vai para a instituição, que funciona há 18 anos.
Eleições
O presidente do TRE-PE, Carlos Moraes, e o chefe do cartório eleitoral de Palmeirina, Ítalo
Rocha, realizam teste, auditoria e preparação das urnas
(...)
PE - JORNAL DO COMMERCIO
30/09/2021
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COLUNAS
FERNANDO CASTILHO - JC Negócios
Festa para dar escritura
Sem perspectiva de voltar a fazer novos conjuntos habitacionais, além dos que está
finalizando (um deles anunciado na gestão de João Paulo), a Prefeitura do Recife fez a
primeira entrega de documentos do programa de regularização fundiária A Casa é Sua. O
objetivo do programa é regularizar unidades habitacionais e moradias em território
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O programa oferece isenção de IPTU, da Taxa de Lixo e ITBI por, no mínimo, cinco anos -
desde que a família se mantenha inscrita no CadÚnico. O projeto de lei para isso ainda será
encaminhado à Câmara Municipal, o que só revela a pressa do prefeito João Campos em
entregar os documentos de 308 casas na ZEIS da João de Barros. Pelas contas dele, 17 mil
imóveis estão sendo regularizados.
O A Casa é Sua é a versão local do que Bolsonaro fez com o MCMV para ter uma mínima
atuação na área. Sem orçamento para fazer casa nova para eliminar favela e palafita, a
proposta é dar a escritura com o discurso de que, com ela, o imóvel vira propriedade
negociável. Como se isso já não acontecesse.
Vai ficar nisso. Até o primeiro semestre de 2022, todos os cinco habitacionais ainda em fase
de conclusão estarão entregues. A partir daí, não existe perspectiva habitacional. O que
significa dizer que nenhuma comunidade será realocado para uma habitação mais digna. O
cenário habitacional do Recife vai ficar nessa mediocridade de entregar a escritura de
quem, por iniciativa própria, já resolveu sua questão habitacional. Sem ajuda do governo ou
da prefeitura.
Dallas vai...
A construtora Dallas entregará mais um home-service, o Golden Home Boa Viagem, em
outubro. Em Recuperação Judicial, a empresa descentralizou a gestão de custos das obras
para 12 empreendimentos em construção no Recife.
...entregar home
Dessa maneira, em vez do regime de incorporação, comum no mercado imobiliário, a
empresa passa a adotar o regime de condomínio para cada um dos projetos em andamento,
conferindo autonomia aos proprietários sobre os investimentos futuros.
Asfalto caro...
Nem só de gasolina e diesel vive a inflação do petróleo. O setor de asfalto explodiu os custos
em mais de 30% em 2021, inviabilizando a entrega de parte dos serviços de asfaltamento nas
cidades e forçando reajuste de milhares de contratos.
...piso concreto
Diante do cenário, entidades como a Associação Brasileira de Cimento Portland, de Serviços
de Concretagem e o Instituto Brasileiro de Telas Soldadas começaram uma campanha para
a ampliação do do uso do pavimento urbano de concreto, que agora sai mais barato.
Fonset com PE
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CD da Império
Liderada por Cristiano Vilar, a empresa pernambucana Império Móveis e Eletro anunciou,
ontem, a construção de Centro de Distribuição que atenderá 90 lojas no Estado, Paraíba,
Alagoas e Ceará, além do e-commerce, investindo R$ 70 milhões.
Cenário ruim
Os microempreendedores individuais (MEIs) têm até esta quinta-feira (30) para regularizar
os débitos com o Fisco. De acordo com a Receita Federal, cerca de 1,8 milhão de
microempreendedores individuais podem ser inscritos na Dívida Ativa da União.
Consignado
Resultado da pressão dos consumidores, a Autorregulação do Consignado - que começou
em janeiro de 2020 - puniu até julho 605 correspondentes bancários com advertências,
suspensão de atividades e perda do direito de atuar em definitivo.
(...)
PE - JORNAL DO COMMERCIO
30/09/2021
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COLUNAS
CLÁUDIO HUMBERTO
CPI não humilhou Hang
Chamado de "bobo da corte", Luciano Hang acabou demonstrando, em 5 horas de
interrogatório, que nada tem de bobo. Ao contrário. Aproveitou para fazer propaganda
gratuita de suas lojas Havan, nas emissoras que transmitiam ao vivo a sessão da CPI, e
ainda contou sua história de filho de operários que prosperou até comprar a fábrica onde
os pais trabalharam por 40 anos e ele próprio, em seu primeiro emprego. A ideia de
humilhar e até prender o comerciante bolsonarista resultou frustrada. Durante seu
depoimento, Hang mandou mal ao não se penitenciar do fato de não haver se vacinado,
como é dever de todo cidadão. Ao final, presidindo a sessão já sem o titular e o relator,
Randolfe Rodrigues agradeceu a presença de Hang e desejou-lhe boa sorte. Após a sessão,
Luciano Hang ainda fez uma declaração dura, comparando a CPI da Covid a tribunal da
Santa Inquisição. Luciano Hang explicou que sofre com fake news desde o governo do PT e
disse estar feliz em explicar que não é sócio de Dilma ou Lula.
Não houve
Acusado de "financiar fake news" por ter recebido pedido de patrocínio de um blogueiro
bolsonarista, Hang disse isso foi negado tanto quanto uma solicitação idêntica do senador
Jorge Kajuru. Ao defender o colega, o relator desfez a própria pergunta: "Não é crime pedir
patrocínio."
Faltou agradecer
Na CPI, Omar Aziz, disse que o "voluntarismo" de Luciano Hang "matou pessoas". Teve que
engolir seco quando o dono da Havan revelou, sob aplausos, haver doado a Manaus, sua
cidade, 200 cilindros de oxigênio.
Empregos
Como previsto, com presença de Onyx Lorenzoni (Trabalho), os dados do Caged mostraram
que foram criados 372.265 novos empregos com carteira assinada em agosto e o acumulado
do ano supera 2,2 milhões.
Duas medidas
Marcos Rogério (DEM-RO) afirmou que "regra de um dia não vale para o outro", após a CPI
exigir que Hang expusesse os nomes de médicos que atenderam sua mãe. Não fizeram o
mesmo com a depoente da véspera.
Cavalo de Troia
Tem ministro com gabinete no Planalto acreditando que o aparelhamento petista
transformou a Petrobras em uma espécie de "cavalo de Troia". É como chamam a estatal
esquizofrênica que age como empresa privada.
Vítimas
A escalada de preços do diesel, com alta acumulada de 51%, agrava a crise no setor de
transportes urbanos, que já soma prejuízos de R$ 16,7 bilhões desde 2020. A advertência é
da NTU, entidade nacional do setor.
Frase
Nunca imaginei na minha vida passar por este tribunal de inquisição"
Luciano Hang, empresário, logo após o final de seu depoimento na CPI da Covid
(...)
PE - JORNAL DO COMMERCIO
30/09/2021
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COLUNAS
JAMILDO MELO - Blog de Jamildo
82
Para tanto, a Prefeitura do Recife usou uma edição extra do Diário Oficial, nesta quarta-feira
(29) , para publicar uma série de documentos necessários para a captação de novas
operações. Um dos objetivos da documentação é facilitar a liberação de novos empréstimos
para a gestão municipal, segundo fonte na Prefeitura.
Ou seja, uma margem liberada para João Campos de R$ 700 milhões para novos
financiamentos. A "Dívida Consolidada Líquida" do Município do Recife atualmente está em
R$ 869 milhões, mas o "Limite Definido por Resolução do Senado Federal" para aumento da
dívida chega a R$ 6,2 bilhões.
As finanças da Prefeitura, a exemplo do Estado, estão boas. A "Despesa Total com Pessoal"
ficou em 45,18% da receita. Dessa forma, cumpriu os três limites definidos pela Lei de
Responsabilidade Fiscal: 54% (máximo), 51,3% (prudencial) e 48,6% (alerta).
Nem aí
O empresário Otávio Fakhoury diz que recebeu com naturalidade e tranquilidade a
convocação para depor na CPI da Covid nesta quinta. "Afirmo aos senadores o que amigos e
ex-colegas de mercado financeiro já sabem: minha conduta sempre foi e continuará sendo
pautada pela transparência, legalidade e moralidade"
Menos um
A Procuradoria-Geral da República pediu o arquivamento de inquérito contra o líder do
governo Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra Coelho, apontando não existirem provas
contra o senador. "Não existem elementos para oferecimento de denúncia, com a
instauração de ação penal", escreveu a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo.
83
Aeroclube
A Prefeitura do Recife apresenta hoje, pela primeira vez em detalhes, o Complexo do
Aeroclube, às margens da Via Mangue, e que será o maior parque urbano da cidade. O
projeto é tema da primeira audiência pública da Comissão de Acompanhamento das Obras
do Parque do Aeroclube, da Câmara do Recife, presidida pelo vereador Paulo Muniz.
Preço médio
Alegando que busca ajudar o Governo de Pernambuco a implementar medidas que evitem
que o aumento do preço dos combustíveis chegue ao consumidor final, o deputado Romero
Albuquerque (PP) informou ao Blog que encaminhará a Paulo Câmara um apelo pelo
congelamento da atualização da pauta fiscal pelos próximos meses.
(...)
PE - JORNAL DO COMMERCIO
30/09/2021
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COLUNAS
ALBERTO BOMBIG - Coluna do Estadão
Com Hang, governistas prevalecem no Twitter
O depoimento de Luciano Hang fez o jogo virar a favor dos bolsonaristas e contra a CPI da
Covid no Twitter, de acordo com dados da consultoria Bites levantados a pedido da Coluna.
Até as 17h da quarta-feira (29), cerca de 465 mil tuítes foram publicados com protagonismo
do engajamento à direita. O nome do depoente e a hashtag #CPIdoCirco dominaram os
trending topics. Em picos de interação anteriores desde o início da comissão, a responsável
por aumentar a temperatura online tinha sido a esquerda, ofuscada nessa quarta pelos
bolsonaristas.
Cansou?
O volume de citações à CPI durante o depoimento foi maior que a média de 219 mil diárias
desde a instalação da comissão, mas não supera os seis maiores picos, quando figuras como
Eduardo Pazuello (foto), Fábio Wajngarten e Mayra Pinheiro depuseram. Para a Bites, além
de demonstrar dificuldade da esquerda em se manter pautando o debate, o clima nas redes
é resultado da estratégia do próprio Hang, que inflamou seguidores contra a CPI desde o dia
de sua convocação.
Fogo
Começou quando Hang divulgou vídeo em tom de deboche segurando uma algema, dizendo
que os senadores não precisariam gastar dinheiro comprando uma para ele. À comissão ele
disse que tinha sido uma brincadeira.
84
Ondas 2
Enquanto opositores do governo viam absurdo por parte da comissão em permitir a
exibição do vídeo, aliados celebravam, mantendo ataques também à comissão.
Vamos...
Neste início de segundo mandato, Augusto Aras levantará como bandeira de sua gestão, no
aspecto interno, a busca por maior diálogo e unidade do Ministério Público.
...juntos
Em evento de entidades do setor hoje (30), em Gramado (RS), o PGR pretende tocar em
pontos como pluralidade e respeito na instituição. O tema do encontro é "O Ministério
Público de uma Nova Era: Reflexões e Projeções".
Paper
Em meio à disputa do Centrão pelo controle do Banco do Nordeste (BNB), um documento
sigiloso da própria instituição está incendiando os grupos de WhatsApp do bloco.
Paper 2
O documento cita investigações contra assessores do presidente Romildo Rolim: Bruno
Roberto e Gustavo Brasil Passos. Ambos aparecem com salário de R$ 50 mil/mês nos cargos
de assessores especiais da presidência.
Laços
Bruno Roberto é filho do deputado Wellington Roberto (PL-PB), que também teria indicado
Passos. Segundo o documento, ambos nunca são vistos no gabinete da presidência do BNB,
em Fortaleza.
Laços 2
"Os dois têm muitas atividades fora do escritório ou em Brasília", diz Evangelina Aragão,
superintendente do banco.
Ditar-te-ei
Autor de cartas que fizeram história na política e poeta diletante, Michel Temer não
manuscreve nem digita as produções de sua lavra. O ex-presidente vai ditando e um
programa de computador transforma tudo em texto. Até as famosas mesóclises a máquina
entende e registra.
(...)
85
Pernambuco criou 17.215 novos postos de trabalho com carteira assinada em agosto e 2021.
O resultado vem dentro das expectativa de recuperação após o pior período da pandemia.
Com isso, o Estado registrou o maior saldo de novas vagas formais do ano, superando julho
último, que detinha o recorde até agora e o melhor desempenho para o mês em 10 anos. Os
dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado
ontem (29) pelo Ministério da Economia.
Os números colocam Pernambuco como o segundo estado do Nordeste que mais abriu
postos no mês passado, atrás apenas da Bahia, que abriu 17.882 novas vagas formais. Em
terceiro lugar ficou o Ceará, respondendo por 16.507 dos 82.878 novos postos abertos na
região.
No acumulado no ano, o saldo passou a somar 45.069 postos ocupados, decorrente de
304.702 de admissões e de 259.633 demissões. Na comparação com agosto de 2020, quando
12.420 vagas foram geradas, o crescimento foi de 38,6%.
O governo do Estado comemorou o resultado, já que o desempenho em agosto passou a
representar o melhor para o mês nos últimos dez anos. "Em 2011, a situação do Brasil era
diferente, vivíamos pleno emprego, não enfrentávamos esta crise. Então, os números deste
mês são positivos para Pernambuco", diz o secretário do Trabalho, Emprego e Qualificação,
Alberes Lopes.
O resultado do Estado também já registra um efeito sazonal das contratações. Dos 45.069
novos postos gerados em 2021, 25.751 foram abertos a partir de julho, início do segundo
semestre do ano, quando normalmente há um número maior de contratações.
O setor de maior crescimento no mês foi o da indústria, com 6.348 contratações. Os
números positivos seguem no setor de serviços (5.155), no comércio (2.763), na agropecuária
(2.638), na construção civil (311). As cidades que mais geraram empregos, por sua vez, foram
Recife (3.891), Igarassu (2.385), Petrolina (1.845), Lagoa de Itaenga (1.642) e Caruaru (698).
Na capital, agosto foi o sexto mês consecutivo de alta no indicador e o sétimo no ano. Os
setores que mais impactaram positivamente na cidade no mês foram Serviços (2.852); (668) e
Indústria (354.
"Já são sete meses de alta no emprego no ano e projetamos que o indicador avance ainda
mais", previu o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação
do Recife, Rafael Dubeux.
O Caged é reflexo do envio de informações repassadas pelas empresas ao governo federal,
indicando as admissões e demissões dentro do mercado formal. Embora haja uma
recuperação dos postos com carteira no Estado e também no Recife, o maior desafio para o
mercado de trabalho local ainda é a informalidade.
Pela última pesquisa Pnad Contínua do IBGE, que leva em consideração essa parcela da
população e também aqueles que buscam algum emprego, o Estado ainda seguia na
contramão do Brasil, com a taxa de desemprego oscilando 0,3 ponto percentual para cima e
atingindo 21,6% ao fim do segundo trimestre de 2021, o pior resultado desde 2012, e a maior
taxa entre os estados brasileiros.
Na comparação com o mesmo trimestre de 2020, o indicador havia crescido 6,5 pontos
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BRASIL
No País registrado um saldo de 372.265 novos trabalhadores contratados com carteira
assinada em agosto de 2021. O saldo é o resultado de um total de 1.810.434 admissões e
1.438.169 desligamentos.
De acordo com o Caged, o salário médio de admissão caiu 1,42% na comparação com o mês
anterior, ficando em R$ 1.792,07.
No acumulado no ano, o saldo passou a somar 2.203.987 postos ocupados, decorrente de
13.082.860 de admissões e de 10.878.873 demissões. O estoque nacional, que é a quantidade
total de vínculos celetistas ativos, em agosto de 2021, contabilizou 41.566.955, o que
representa uma variação de 0,9% em relação ao estoque do mês anterior.
De acordo com o Novo Caged, em agosto, os dados registraram saldo positivo no nível de
emprego nos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas: Serviços (180.660
postos), distribuído principalmente nas atividades de informação, comunicação e atividades
financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (79.832 postos); Comércio (77.769
postos); Indústria geral (72.694 postos), concentrado na indústria de transformação (69.266
postos); Construção (32.005 postos); e Agricultura, Pecuária, Produção florestal, Pesca e
Aquicultura (9.232 postos).
PE - JORNAL DO COMMERCIO
30/09/2021
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ECONOMIA
LEITE EM PE BATE RECORDE, MAS VIVE CRISE
IMPACTO Em 2020 produção cresceu; mas custo já reduz a perspectiva
LUCAS MORAES
lmoraes@jc.com.br
Já o valor de produção teve um salto de 31% no período, chegando a R$ 1,67 bilhão no ano
passado, deixando Pernambuco em sétimo lugar no Brasil.
"A gente não parou, as indústrias continuaram comprando em 2020, o pessoal das
queijarias puderam circular também normalmente e o maior entrave, que foi crescendo foi
o custo da produção. Isso já em 2020, porque agora está pior", diz o presidente do sindicato
dos produtores (Sinproleite-PE) Saulo Malta.
De acordo com ele, a perspectiva é de que este ano o recorde não seja alcançado. "Em outros
estados o leite é vendido entre R$ 2,40 e R$ 2,60. Aqui estamos na casa dos R$ 1,90 aos R$
2,27. Enquanto o custo da produção praticamente dobrou", reclama.
Com o entrave, parte dos 70 mil produtores já estão migrando para outros segmentos,
como o gado de corte, com melhor perspectiva de lucro. "A tendência é de queda na
produção pelo custo e preço pago pelas indústrias. O Estado não tem concorrência e
ficamos encurralados", ressalta Malta.
Segundo ele, uma das saídas agora buscadas para reverter o cenário é uma articulação
junto ao governo do Estado, já aprovada na Câmara Setorial da AdDiper, para isentar a
cobrança de ICMS das indústrias de fora que compram o leite produzido no Estado, que hoje
arcam com uma alíquota de cerca de 12%, segundo o Sinproleite, para saída do produto.
IBGE
No Estado, em 2020, o valor de produção em produtos de origem animal aumentou 16,5%,
chegando a R$ 2,8 bilhões. O estado também se destacou na caprinocultura e bateu
recordes na ovinocultura. Por outro lado, os ovos de galinha tiveram redução de -2,1%.
PE - JORNAL DO COMMERCIO
30/09/2021
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EDITORIAL
Vacina é saúde coletiva
Embora se ressalte a importância individual contra o contágio e a internação por caso
grave, a vacinação contra a Covid-19 representa uma solução coletiva para conter a
pandemia - a infestação do planeta por uma doença que pode matar, e vem mudando o
cotidiano de bilhões de pessoas há quase dois anos. O coronavírus e suas variantes se
mostraram suscetíveis à barreira das substâncias imunizantes produzidas na maior corrida
farmacêutica da história da humanidade - mas essa barreira somente será efetiva quando a
aplicação de doses chegar a todos, na medida certa. Enquanto tanta gente continuar se
negando a tomar a vacina, seja por qual alegação for, os riscos individuais de parcelas
reativas ou negacionistas das populações são mantidos e a saúde coletiva não pode ser
alcançada.
Sob o trauma de ter sido a nação recordista de casos e mortes, os Estados Unidos buscam
impedir a circulação de não vacinados, como meio de conter o avanço da variante Delta. Em
agosto, por exemplo, a cidade de Nova York anunciou a obrigatoriedade de teste negativo
para a Covid ou comprovante de vacinação para qualquer um que desejar entrar em
restaurantes, academias de ginástica, cinemas e teatros. Para o prefeito Bill de Blasio, a
vacina deve ser vista como necessidade para uma vida boa, plena e saudável. O mesmo tipo
de medida já vem sendo adotada em alguns países da Europa, como a Itália e a França.
PE - JORNAL DO COMMERCIO
30/09/2021
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POLÍTICA
CPI tenta usar Hang para provar “pacto
DENÚNCIA Senadores tentam provar que bolsonaristas tinham aliança com a Prevent
Senior
Agência O Globo
Hang confirmou que ela morreu - num hospital administrado pela Prevent Senior - por
complicações provocadas por coronavírus, informação que não constava no atestado. Aos
senadores, ele afirmou que soube de tal omissão pela própria CPI.
89
Uma reportagem publicada pelo G1 revela, entretanto, que ele já havia recebido essa
informação em abril. Naquele mês, um repórter do portal lhe questionou sobre o fato de a
verdadeira causa da morte ter sido ignorada no documento. O presidente da comissão,
Omar Aziz (PSD-AM), leu trechos da reportagem na frente de Hang. Ele, então, deu outra
versão, sem explicar por que disse que tomou conhecimento da ausência do diagnóstico
por meio do colegiado.
"Não... Sabia. Quando eu perguntei ao Pedro (Benedito Batista Júnior, diretor da Prevent
Senior): 'No atestado não está marcado...' Ele disse: 'É normal'", afirmou.
Logo no início da sessão, o advogado do empresário lembrou que, apesar de ter sido
convocado como testemunha, Hang foi incluído na lista de investigados na comissão e, por
isso, se recusaria a assinar o termo em que se comprometeria a só dizer a verdade.
O relator Renan Calheiros (MDB-AL) confrontou o depoente sobre um vídeo em que ele
lamenta o fato de sua mãe, supostamente, não ter recebido tratamento precoce, termo
usado para especificar remédios comprovadamente ineficazes no combate ao coronavírus,
como a hidroxicloroquina. Para o senador, Hang construiu a narrativa de que ela não
recebeu o chamado "kit covid" com o objetivo de afastar as desconfianças em torno da
eficiência desses remédios. O empresário reafirmou a defesa dessas drogas, mas disse que,
na gravação citada por Renan, ele lamentara a falta do que classificou como tratamento
preventivo e não precoce.
CONTAS
Noutro momento, embora tenha resistido inicialmente, Hang admitiu manter três contas
no exterior, mas afirmou que todas foram declaradas à Receita Federal. Omar Aziz
justificou o questionamento: a CPI tem indícios de que ele tem recursos mantidos em
outros países para financiar a disseminação de notícias falsas. Renan questionou se as
empresas do depoente, dono das lojas Havan, já receberam benefícios fiscais de governos
federal, estaduais e municipais. Hang disse que sim.
90
Leia : https://impresso.jc.ne10.uol.com.br/
PE - JORNAL DO COMMERCIO
30/09/2021
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POLÍTICA
ACS contra; Sintepe e Sinpol favoráveis
IMUNIZAÇÃO Alepe vota hoje projeto que obriga servidores estaduais a se vacinarem
MIRELLA ARAÚJO
msaraujo@jc.com.br
Em meio a polêmica sobre o Projeto de Lei Complementar que trata da obrigatoriedade para
os servidores, empregados públicos e militares de estado a imunização completa contra a
covid-19, as entidades de classe não têm posicionamento unânime com relação a proposta
de autoria do governador Paulo Câmara (PSB).
De acordo com o PLC, não será permitido o exercício regular de suas funções públicas para
estes servidores. Acontece que a ausência ao serviço, sem justa causa, por mais de 30 dias
consecutivos ensejará a instauração de processo administrativo para apurar o abandono de
serviço.
"Não podemos negar que o mundo está na pandemia e a vacina, a partir do momento que
começou a ser expandida, conseguimos ver que tem diminuído o número de casos, de
internações na UTI. Então ela está mostrando efetividade no combate à doença e isso é uma
realidade. Entretanto, a obrigatoriedade a ponto do servidor ou militar, correrem o risco de
perderem seus empregos, é que sou contra. É importante estar imunizado, mas as pessoas
têm o direito de escolher se querem ou não serem vacinadas", declarou Albérisson.
Ele também defende que o projeto seja melhor discutido, já que de uma maneira geral, na
sua opinião, há pessoas que também são resistentes à vacinação, mas só o servidor público
seria penalizado, caso o texto seja aprovado na Assembleia Legislativa de Pernambuco
(Alepe). "Não sou negacionista, tomei a vacina, e sei que muitas pessoas perderam suas
vidas, muitas coisas demoraram a serem feitas", afirmou.
Por outro lado, outros dois sindicatos ouvidos pelo JC, defendem a obrigatoriedade da
91
"Nosso posicionamento é o mesmo desde janeiro de 2021 quando pedimos que a nossa
categoria também tivesse prioridade para a vacinação. Os policiais junto com os
profissionais de saúde, foram os únicos servidores que não puderam parar na pandemia.
Não tivemos adaptação das nossas unidades, para ter fornecimento de álcool em gel e
máscara, nós tivemos que ir para a Justiça para conseguir.", declarou Cavalcanti.
Na mesma linha de luta pela prioridade na vacinação do setor, a presidente do Sindicato dos
Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe), Ivete Caetano, afirma que o
sindicato é favorável a aprovação do PLC nº 2661/2021. "Nós fizemos greve para que
pudéssemos antecipar a vacinação da nossa categoria, pois sabemos a importância dela
para a preservação da vida. Nós defendemos a saúde, a ciência e o SUS. Acreditamos que o
argumento utilizado para este projeto, que fala que os direitos coletivos se sobrepõem aos
direitos individuais, é fundamental e necessário", declarou a dirigente.
O Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) também foi procurado pela reportagem e
disse que ainda está debatendo internamente um posicionamento oficial.
PE - JORNAL DO COMMERCIO
30/09/2021
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POLÍTICA
MPF pede arquivamento
INQUÉRITO
Agência O Globo
Leia : https://impresso.jc.ne10.uol.com.br/
PE - JORNAL DO COMMERCIO
30/09/2021
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POLÍTICA
SENADORES APROVAM MUDAR A IMPROBIDADE
TRAMITAÇÃO Texto com as alterações segue agora para a Câmara dos Deputados
Agência O Globo
Por 47 votos a 24, o Senado aprovou nessa quarta-feira (29) o projeto que altera a Lei da
Improbidade Administrativa para que a responsabilização só ocorra se houver
comprovação de dolo, ou seja, intenção do agente de lesar a administração pública. A
legislação atual também prevê punição ampla por ato culposo, o que seria completamente
modificado com as novas regras. O texto terá que voltar à Câmara dos Deputados.
Se aprovada, a matéria, entre outras mudanças, impede a punição do gestor que deixar de
cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na legislação e daquele que
transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de serviços na área de saúde,
sem a prévia celebração de contrato.
Outro ponto controverso diz que a sanção de perda de cargo passa a valer apenas para
cargos de mesma natureza da época da infração cometida. Ou seja, no caso de um prefeito
condenado por improbidade com pena de multa que atualmente é governador, por
exemplo, não haverá perda de cargo. O mesmo vale para senador que foi alvo de ação
durante mandato de deputado.
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A lei atual estabelece que as ações poderão ser propostas até cinco anos após o término do
exercício de mandato; dentro do prazo prescricional previsto em lei específica; ou até cinco
anos após a apresentação à administração pública da prestação de contas final.
No caso dos partidos e suas fundações, as penalidades passarão a ser definidas apenas pela
Lei dos Partidos Políticos, e não mais pela Lei de Improbidade.
Senadores mantiveram trecho que exige a necessidade de dolo específico dos atos de
improbidade decorrentes do descumprimento da legislação de acesso à informação. Nestes
casos, será preciso comprovar a intenção do agente com a atitude de obter proveito ou
benefício indevido para si ou para outra pessoa ou entidade.
Além disso, ele aumentou o limite do inquérito de 180 dias para um ano, prorrogável por
mais um. Hoje, não há prazo para os processos terminarem. Weverton também ampliou o
período para que o Ministério Público se manifeste sobre a intenção de continuidade dos
processos após a sanção da lei. Inicialmente, o MP teria até 120 dias para agir, do contrário a
ação seria extinta.
Leia : https://impresso.jc.ne10.uol.com.br/
PE - JORNAL DO COMMERCIO
30/09/2021
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POLÍTICA
PGR investiga Braga Netto
VOTO IMPRESSO
Agência Estado
Integrantes do Supremo leram a iniciativa de Aras como uma manobra para tirar o caso das
mãos da Corte. Aliado do presidente Jair Bolsonaro, o PGR tem usado desse expediente em
episódios que envolvem aliados do governo.
A apuração foi instaurada no dia 26 de agosto a partir de uma notícia de fato que tramita
em caráter sigiloso na PGR. O vice-procurador-geral, Humberto Jacques de Medeiros, e a
subprocuradora Lindôra Araujo são os responsáveis pelo caso.
Braga Netto não comentou ontem a investigação. Na ocasião da divulgação dos fatos,
divulgou nota na qual afirmou que "não se comunica com presidentes de Poderes por meio
de interlocutores" e classificou a reportagem como "desinformação". O general, no entanto,
defendeu a discussão do voto impresso como "legítima".
O ministro da Defesa repetiu a mesma posição no dia 17 de agosto, quando foi chamado a ir
à Câmara para prestar esclarecimentos. Parlamentares reagiram à intromissão do general
nas questões da política. "Eu quero dizer que quem decide sobre o voto impresso não é
vossa excelência. É o Congresso Nacional. E vossa excelência caberá obedecer. E caso não
obedeça, será preso", afirmou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) , que participou da
audiência.
Apesar da defesa de Bolsonaro e seus aliados ao voto impresso, a Câmara rejeitou a PEC no
dia 10 de agosto. A pauta, no entanto, não saiu do radar do governo e permaneceu forte
entre os bolsonaristas, que defenderam o projeto durante as manifestações
antidemocráticas de 7 de Setembro.
PE - JORNAL DO COMMERCIO
30/09/2021
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POLÍTICA
‘Quero ver valente criticar o TJ’
95
Dois dias após o deputado estadual Alberto Feitosa (PSC) classificar como "nazifascista" o
projeto que obriga a vacinação dos servidores, o deputado João Paulo (PCdoB) questionou
quem seria "valente" o suficiente para criticar e chamar de nazifascista o presidente do
Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Fernando Cerqueira. Na terça-
feira (28) , a Corte aprovou resolução que determina a imunização compulsória para
magistrados, servidores e prestadores de serviço contratados pela instituição.
"Eu quero ver os questionamentos e ataques que serão feitos para o Tribunal de Justiça de
Pernambuco. Eu quero ver os valentes se posicionando agora. Atacar o presidente do
Tribunal de Justiça como atacam o governador. Chamar o presidente do Tribunal de Justiça
de nazifascista", disparou João Paulo, durante sessão da Comissão de Saúde da Assembleia
Legislativa de Pernambuco (Alepe) ontem.
A crítica de Feitosa à proposição de Paulo Câmara foi feita durante análise do PLC pela
Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) da Casa, quando ele afirmou que o
governador estaria tentando obrigar servidores públicos a participarem de "experimentos
vacinais". Feitosa foi o único a votar contra.
Nenhuma das vacinas aplicadas hoje no Brasil, porém, está em fase experimental. Todas
elas foram testadas e a eficácia e segurança dos imunizantes foram analisados pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Ontem, na comissão de Administração Pública da Alepe, Feitosa mais uma vez votou contra
a aprovação do projeto e voltou a criticá-lo. "O texto contraria o direito fundamental ao
trabalho, previsto na Constituição Federal. Ele tem imposições draconianas e
antidemocráticas", observou. Na sessão de hoje da Comissão de Saúde, a deputada estadual
Clarissa Tércio (PSC) também teceu várias críticas à proposta. Ela argumentou, inclusive,
que caso o texto seja aprovado, ele retirará das pessoas o direito de decidir sobre os seus
corpos.
"A gente tem ouvido tanto absurdo de uma deputada aparentemente tão inteligente. É
inadmissível em pleno século 21", reagiu João Paulo.
Apesar das críticas dos deputados bolsonaristas, o PLC, de autoria do Executivo estadual, foi
aprovado nas duas comissões e ficou pronto para ser apreciado em plenário nesta quinta-
feira (30) pela manhã.
A relatora da proposta na comissão, deputada Teresa Leitão (PT), declarou que impor a
imunização é "necessário, por responsabilidade com a vida dos servidores e dos usuários de
serviços públicos". "Nós fizemos, inclusive, diversas solicitações para que categorias
profissionais do Estado fossem vacinadas. E precisamos tomar cuidado, pois estamos num
momento em que o vírus ainda não foi vencido", afirmou a petista.
Sobre a resolução do TJPE, o projeto foi publicado na Edição 169/2021 do Diário da Justiça
Eletrônico em 14 de setembro, e o substitutivo aprovado é da Comissão de Organização
Judiciária e Regimento Interno da corte. Segundo a norma, magistrados e servidores vão ter
que comprovar que estão imunizados contra a covid-19 ou apresentar justificativa para não
se vacinar. Aqueles que não se vacinarem e não apresentarem nenhuma justificativa serão
impedidos de acessar seus locais de trabalho.
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MG - ESTADO DE MINAS
30/09/2021
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CULTURA
Heloísa Starling fala sobre 'a internet da época da
Independência'.
Historiadora analisa panfletos apócrifos que traduziam as ideias políticas do período em
palestra exibida no canal da Academia Mineira de Letras
Daniel Barbosa
30/09/2021 04:00
A Academia Mineira de Letras (AML) transmite nesta quinta-feira, às 19h30, pelo YouTube, a
entrevista que seu presidente, Rogério Faria Tavares, fez com a historiadora Heloísa
Starling sobre o tema “As ideias políticas no tempo da Independência”. O conteúdo da
conversa, que foi gravada e integra o projeto “22 entrevistas no bicentenário da
Independência”, se relaciona com o livro “As vozes da Independência”, organizado por
Heloísa juntamente com Marcela Telles Elian de Lima.
O volume acaba de ser lançado e trata do retorno ao Brasil de uma rica documentação que
estava há 100 anos nos Estados Unidos. Conforme explica a historiadora, é um conjunto de
panfletos, a maioria apócrifa, chamados “Panfletos da Independência”, que circularam por
diversas partes do Brasil entre 1817 e 1825. Eles foram reunidos pelo diplomata Oliveira Lima
(1867-1928), que os doou para a Universidade de Washington nas primeiras décadas do
século 20.
“O livro traz de volta a história dos panfletos e de vozes que há 100 anos não eram ouvidas
no Brasil. Isso foi uma proeza dos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que é presidente
da comissão criada para cuidar do bicentenário da Independência no Senado, e Rodrigo
Pacheco (DEM-RO), membro dessa comissão. Quando souberam dessa história, eles ficaram
muito empolgados com a ideia de trazer de volta esses panfletos. Eu os atazanei muito
nesse sentido”, conta a historiadora.
CERTIDÃO
Classificados por Rodrigues como a “certidão de nascimento” do Brasil, os panfletos,
segundo Heloísa Starling, revelam novas perspectivas sobre o período em que foram
produzidos. “Estamos acostumados a pensar a Independência só do ponto de vista da
monarquia no Rio de Janeiro, mas os projetos de Independência entre 1817 até o
reconhecimento, em 1825, são muitos. Essa questão de olhar só para o Rio é um equívoco”,
diz.
Ela destaca que os “Panfletos da Independência” foram produzidos nas províncias, então
narram episódios e acontecimentos relativos ao período do ponto de vista de um Brasil
profundo, distante da corte. “Eu não sabia, por exemplo, dos levantes que ocorreram em
Recife no momento da Independência, levantes dos ‘pardos e pretos’, como diziam os
panfletos, marchando em nome da República”, aponta.
Segundo a professora, esses panfletos podem ser entendidos como a “internet daquela
época”. Ela destaca que era por meio deles que qualquer pessoa podia participar dos
debates em pauta. Bastava a disposição para escrevê-los e divulgá-los.
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30/09/2021
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POLÍTICA
Petrobras anuncia programa social de R$ 300 milhões
Brasília – A alta frequente do preço do gás, tema, inclusive, do discurso do presidente Jair
Bolsonaro no Norte do país ontem, levou a Petrobras a anunciar que pretende destinar R$
300 milhões para a criação de um programa social de apoio a famílias de baixa renda para
compra de insumos essenciais, durante 15 meses, com foco no produto usado para
cozinhar. Os recursos já foram aprovados pelo Conselho de Administração da empresa. O
anúncio é feito no momento em que a estatal é criticada por lideranças políticas e
empresariais por causa de sua política de preços que segue o mercado internacional.
A estatal informou que o formato do novo programa ainda está em fase final de estudos,
como também a definição dos critérios de escolha das famílias que estão em situação de
vulnerabilidade e a busca de parceiros para captação dos investimentos necessários. Há
possibilidade de criação de um fundo para que outras empresas participem do programa,
segundo a Petrobras.
''O programa visa alinhar a atuação social da empresa ao praticado por outros players de
mercado e se justifica pelos efeitos da situação excepcional e de emergência decorrentes
da pandemia da COVID-19. Somos uma empresa socialmente responsável e comprometida
com a melhoria das condições de vida das famílias, particularmente das mais vulneráveis'',
informou o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, em nota distribuída à
imprensa.
''A pandemia e todas as suas consequências trouxeram mais dificuldades para as pessoas
em situação de pobreza. Tal fato alerta a Petrobras para que reforce seu papel social,
contribuindo ainda mais com a sociedade”, disse o dirigente também.
REAJUSTE
Coma alta seguida da inflação, o preço médio do botijão de gás já chegou a R$ 100 em
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30/09/2021
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POLÍTICA
Bolsonaro visita BH hoje
Dentro das comemorações dos mil dias do seu governo, presidente participa de atos para
sanção de projeto sobre expansão do metrô e para criação de centro de vacina
MATHEUS MURATORI E ÉMILE PATRÍCIO
O presidente Jair Bolsonaro faz visita hoje a Belo Horizonte para participar de dois atos
simbólicos, um relativo ao metrô da capital mineira e outro sobre o Centro Nacional de
Vacinas. Os dois eventos integram as comemorações dos mil dias do seu governo,
alcançados na última segunda-feira. A chegada dele à cidade está prevista para antes das
9h. Autoridades, como os ministros Tarcísio Gomes (Infraestrutura) e Marcos Pontes
(Ciência, Tecnologia e Inovações), além de senadores e deputados, vão acompanhar o
presidente. O governador Romeu Zema (Novo) estará com o chefe do governo federal,
enquanto o prefeito belohorizontino, Alexandre Kalil (PSD) , não confirmou se
acompanhará o presidente.
O primeiro evento, sanção do projeto de lei do Congresso Nacional (PLN) do metrô de BH,
está marcado para as 10h30. O texto foi aprovado pelo Congresso na segunda-feira, ao
passar por Câmara dos Deputados e Senado Federal no mesmo dia, e dá esperanças a
respeito da modernização e ampliação do transporte sobre trilhos na região metropolitana.
O projeto, anunciado em agosto deste ano como solução para ampliação do metrô, demanda
antiga de BH e de municípios próximos, prevê a privatização da Companhia Brasileira de
Trens Urbanos (CBTU), empresa que administra o metrô da cidade. A nova concessionária
terá um aporte de R$ 2,8 bilhões mais R$ 400 milhões do governo estadual para
pagamento de dívidas, término da linha1 (Eldorado/Venda Nova) e construção da linha2
(Calafate/Barreiro).
Depois, Bolsonaro participa, ainda na sede do governo de Minas, de lançamento oficial do
primeiro Centro Nacional de Vacinas, sediado na capital mineira. A iniciativa, anunciada em
2 de setembro, é uma parceria do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O presidente oficializa a criação do centro de vacinas uma semana depois de se envolver em
polêmica em Nova York, nos Estados Unidos, durante a 76ª Assembleia-Geral da
Organização das Nações Unidas (ONU), quando admitiu que não foi imunizado contra a
COVID-19 e ser cobrado por isso pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e pelo
prefeito da cidade americana, Bill de Blasio.
Ainda não há informações sobre a sequência da agenda de Bolsonaro na capital mineira,
mas apoiadores se organizaram em grupos de WhatsApp para fazer ações para recepcionar
o chefe do Executivo. A tendência é que o presidente retorne a Brasília à tarde.
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MG - ESTADO DE MINAS
30/09/2021
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POLÍTICA
“Se deus quiser, preço do gás vai cair pela metade
Em viagens pelo país para comemorar mil dias de governo, Bolsonaro fala da alta
de produtos e da necessidade de governadores atuarem também para conter aumentos
INGRID SOARES
Brasília – No segundo dia de viagens pelo país para participar de eventos das
comemorações de mil dias do seu governo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem que,
"se Deus quiser", o valor do gás de cozinha vai cair pela metade. No entanto, a medida
dependeria da venda direta, sem passar pelas distribuidoras. A declaração ocorreu durante
evento em Boa Vista, em Roraima, onde o chefe do Executivo anunciou a entrega das
obras do Linhão do Tucuruí. Bolsonaro e disse que o valor cobrado pelos revendedores é
injustificado. "O [governador de Roraima, Antonio Denarium falou do gás de cozinha,
diminuindo imposto de gás de cozinha, de 17% para 12%. E disse ainda que no corrente ano
irá zerar o imposto do gás de cozinha. Dizer a vocês que, no início deste ano, eu zerei os
impostos federais no gás de cozinha". ''A mesma coisa vem fazendo o nosso governador
Wilson [Lima], aqui presente, do estado do Amazonas. O preço do gás, lá onde
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MG - ESTADO DE MINAS
30/09/2021
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POLÍTICA
Improbidade só com intenção
Senado altera proposta já aprovada na Câmara e passa a considerar crime apenas se
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Brasília – O plenário do Senado aprovou ontem, por 47 a 24 votos, projeto de lei que
enfraquece a Lei de Improbidade Administrativa no país. A proposta determina que o
agente acusado de lesar o patrimônio público só será punido quando comprovada a
intenção de cometer o crime. Atualmente, é considerada improbidade administrativa
qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que cause lesão ao erário. Outra mudança é
o impedimento de punição do gestor que deixar de cumprir a exigência de requisitos de
acessibilidade previstos na legislação e daquele que transferir recurso a entidade privada,
em razão da prestação de serviços na área de saúde, sem a prévia celebração de contrato.
Como a proposta foi alterada, terá de voltar para nova análise na Câmara dos Deputados.
O projeto também retira da lei o ponto que classifica como ilícito a ação negligente na
arrecadação de tributo ou renda e na conservação do patrimônio público. A proposta
estabelece que só estará sujeito à lei quem agir ilicitamente, e não negligentemente. Do
mesmo modo, será preciso configuração de ilícito, e não apenas negligência, na celebração,
fiscalização e análise das prestações de contas de parcerias firmadas pela administração
pública com entidades privadas.
Além disso, o projeto retira da Lei de Improbidade Administrativa o trecho que classifica
como ilícito liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com
entidades privadas sem a observância das normas, ou mesmo influir para a sua aplicação
irregular. Também foram revogados os incisos que classificam como improbidade
administrativa praticar ato visando ao fim proibido em lei ou regulamento e retardar ou
deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício.
"Esse projeto, aprovado nos termos do relatório, vai arquivar, instantaneamente, processos
que correm contra o senhor Arthur Lira, deputado presidente da Câmara.
Instantaneamente, vamos mandar para o arquivo 40% das ações de improbidade que
tramitam, inclusive de membros desta Casa. Tenho dificuldade em encontrar outra
expressão que não seja vergonha. Dá vergonha ver que está sendo um projeto em
flagrante benefício daqueles que cometem erros", afirmou o senador Alessandro Vieira
(Cidadania-SE).
Outra questão controversa aponta que a sanção de perda de cargo passa a valer apenas
para cargos de mesma natureza da época da infração cometida.
Isso que dizer que no caso de um prefeito condenado por improbidade com pena de multa
que hoje é governador, por exemplo, não haverá perda de cargo. O mesmo vale para o
senador que foi alvo de ação quando exercia mandato de deputado. Com a mudança no
Senado, ficou estabelecido ainda que o prazo para prescrição de crimes de improbidade
será antecipado e começa a contar a partir do atoe não do fim do mandato, como é hoje.
A proposta aprovada ontem prevê a prescrição em oito anos ''a partir da ocorrência do fato
ou, no caso de infrações permanentes, do dia em que cessou a permanência''. A lei vigente
determina que as ações poderão ser propostas até cinco anos depois do término do
exercício de mandato, dentro do prazo prescricional previsto em lei específica, ou até
cinco anos depois da apresentação à administração pública da prestação de contas final.
No caso dos partidos, as penalidades passam a ser definidas apenas pela Lei dos Partidos
Políticos, e não mais pela Lei de Improbidade.
Os senadores mantiveram trecho que exige a necessidade de dolo específico dos atos de
improbidade oriundos do descumprimento da legislação de acesso à informação. Nesses
casos, será necessário comprovar a intenção do agente com a atitude de obter proveito
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MG - ESTADO DE MINAS
30/09/2021
Internet voltar ao topo
POLÍTICA
Pesquisa: Lula se consolida na liderança em todos os
cenários em 2022
Números mostram a polarização entre o ex-presidente e o atual, e que se criou uma
barreira quase intransponível para uma eventual terceira via
L e i a e m :
https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2021/09/30/interna_politica,1310224/pesquisa-
lula-se-consolida-na-lideranca-em-todos-os-cenarios-em-2022.shtml
MG - ESTADO DE MINAS
30/09/2021
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POLÍTICA
Luciano Hang nega ter divulgado fake news
Em depoimento tumultuado e contraditório à CPI da COVID, empresário admite ter contas
no exterior, mas afirma que não financia ou dissemina conteúdo falso
TAINÁ ANDRADE E RAPHAEL FELICE
Brasília – O empresário bolsonarista Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, prestou
depoimento ontem na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID marcado por
bate-bocas e contradições. Ele chegou à sessão acompanhado por senadores governistas,
inclusive Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ). Suspeito de financiar disseminação de fake news e
estimular tratamento contra o coronavírus com medicamentos sem eficácia científica
comprovada, ele admitiu que tem contas no exterior, mas negou que divulgue ou banque
fake news. Hang confirmou que a certidão de óbito da sua mãe foi emitida com a causa
mortis para coronavírus e entregou aos senadores um documento do controle de infecção
hospitalar para comprovar a informação. Afirmou também que nunca houve erro da
operadora de plano de saúde Prevent Senior e que “os senadores foram levados ao erro”. O
relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), perguntou a Hang se ele tem contas no exterior.
O empresário perguntou se deveria responder "sim" ou "não". O presidente da comissão,
Omar Aziz (PSD-AM), então, disse: ''Não interessa. Tem ou não tem? Sabe por que ele está
perguntando? Porque a gente tem indícios de que Vossa Excelência usa suas contas no
exterior para financiar fake news".
Hang, em seguida, se dirigiu a Omar Aziz e declarou: "Não, não. Omar, eu tenho tudo, eu
estou tranquilo. Senador, eu tenho todo tempo do mundo para responder a todas as
perguntas de maneira lógica para quem está nos vendo atrás das câmeras. Tenham a
tranquilidade de receber a informação correta. Faz a pergunta e eu respondo". "O senhor
tem conta no exterior?", perguntou novamente Renan Calheiros. "Temos", respondeu o
empresário.
Hang negou que divulgue fake news. ''Quero afirmar aqui nesta Casa, com a consciência
tranquila e com a serenidade de quem tem a verdade ao seu lado, que não conheço, não
faço e nunca fiz parte de nenhum gabinete paralelo. Nunca financiei nenhum esquema de
fake news e não sou negacionista", declarou Luciano Hang. Em maio, a Polícia Federal
cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Hang, a fim de apurar
suposto envolvimento de políticos, empresários e blogueiros na disseminação de
informações falsas na internet.
Mesmo admitindo que não tomou vacina contra a COVID-19, o empresário alegou que nunca
foi contrário à imunização. ''Tanto que disponibilizei todos os nossos estacionamentos
como pontos de vacinação. Além disso, juntamente com outros empresários, fizemos
campanha para que a iniciativa privada pudesse comprar e doar para acelerar o processo
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Leia em: https://digital.em.com.br/estadodeminas/30/09/2021/p5
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Leia em: https://digital.em.com.br/estadodeminas/30/09/2021/p5
MG - ESTADO DE MINAS
30/09/2021
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POLÍTICA
Lira fala em “fundo” para valor de combustíveis
Brasília – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou ontem que
tem discutido com líderes da base do governo propostas que busquem melhorar a
composição de preços dos combustíveis de forma a mantê-los mais estáveis diante das
variações do dólar e do barril do petróleo. Uma das propostas, segundo Lira, seria a criação
de um fundo “para dar conforto às oscilações”. Ele também voltou a abordar a proposta
que altera a cobrança do ICMS, unificando a tarifa e mantendo um valor fixo para o
imposto estadual. “Não podemos dizer que é o ICMS que puxa o aumento, mas contribui
com alguns excessos para que fique mais caro. Queremos discutir um fundo de
estabilização, sem mexer no preço da Petrobras, para não agredir com taxação ou
definição de valores, mas para dar conforto para essas oscilações. Vamos passar a semana
discutindo rapidamente, porque esse assunto não pode ser protelado”, afirmou o
presidente em entrevista, ao chegar à Câmara.
Lira disse que pretende se reunir com os governadores assim que um texto for
apresentado. Ele ressaltou que a proposta não é contra nenhum estado especificamente,
mas disse que, com as mudanças da cobrança do ICMS, não haveria compensação, já que a
arrecadação dos entes federados tem aumentado muito nos últimos meses. “Não fazemos
política populista na Câmara”, ressaltou Lira.
“A partir do momento em que chegarmos a um texto, lógico que vamos ouvir os
governadores, os secretários de Fazenda. Não há nenhum movimento contra os
governadores ou a favor da Petrobras. É um movimento para resolver um problema sério
no Brasil, para encontrarmos a melhor alternativa que atenda a todos”, defendeu.
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O ESTADO DE S. PAULO
30/09/2021
B6 voltar ao topo
ARTIGOS
JOSÉ PASTORE - O Brasil é vítima do seu Congresso
A frase não é minha. É do professor Frédéric Louault, da Universidade de Bruxelas, que
escreveu um capítulo sobre o Brasil no Relatório do Observatório Político da América
Latina em 2018. Ele argumentou que o Congresso Nacional tem força para manter ou
afastar o presidente do Brasil, assim como para acelerar ou retardar mudanças em função
das vantagens políticas e dos privilégios que os parlamentares podem obter.
A frase me veio à mente quando vi o Senado Federal acabar com as medidas referentes à
redução de jornada e à suspensão do contrato de trabalho que, comprovadamente,
preservaram milhares de empresas e milhões de empregos a um custo moderado.
Afinal, a pandemia não acabou. Seiscentas mil empresas fecharam. Dentre as sobreviventes,
muitas continuam com problemas gravíssimos. Uma legião de trabalhadores está
desempregada. A metade dos brasileiros vive em domicílios sem nenhuma renda do
trabalho. A fome se espalha. O pleno crescimento da economia está longe. As estimativas
para 2021-2022 se reduzem a cada dia.
No meio desse quadro dramático, desumano e doloroso, os senadores decidiram arquivar a
MP 1.045 que dava uma sobrevida às referidas medidas: jogaram fora a água do banho junto
com a criança. As empresas em dificuldades despedirão empregados.
Realmente, fomos vítimas do Congresso Nacional. E não é a primeira vez. Dezenas de leis
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O ESTADO DE S. PAULO
30/09/2021
A2 voltar ao topo
ARTIGOS
MARIA ALICE SETUBAL, DAVID SAAD, PAULO EMÍLIO
ANDRADE, RICARDO HENRIQUES E FERNANDA RENNÓ -
Uma ponte entre a escola e as Amazônias
“Entre ideia/lugar existem muitas Amazônias porque são muitas! tantas, que para quem
vive do lado de dentro, diversidade não é só possível; é real; (...)
” (Marcela Bonfim, 2021)
A Amazônia deve fazer parte de cada um dos brasileiros, como algo vivo, que cabe a todos
cuidar e conservar. É preciso conhecer essa diversidade, essas tantas regiões e tempos
amazônicos exaltados no texto de Marcela Bonfim, ativista cultural que vive em Porto
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O ESTADO DE S. PAULO
30/09/2021
B2 voltar ao topo
COLUNAS
FERNANDA GUIMARÃES, CYNTHIA DECLOEDT E MARCELO
MOTA - Coluna do Broadcast
XP oferece Alliar a fundos, além de Rede D'OR e Fleury
Com o mandato para a venda da participação dos médicos na empresa de diagnósticos
clínicos Alliar nas mãos, a XP está conversando com potenciais interessados no negócio.
Estão no grupo a gigante Rede D'OR, dona dos Hospitais São Luís, e o Grupo Fleury. Ambos
já demonstraram publicamente interesse no ativo, mas a competição não vai ficar apenas
entre eles: fundos de private equity (que compram participação em empresas) também
estão sendo sondados pela XP. Na manga, a Alliar, que é dona de 15 marcas, entre elas o
laboratório CDB, tem um parque instalado de máquinas, no qual a XP prioriza sua
estratégia para atrair interessados. No total, são 17 aparelhos de ressonância e mais de 50
para a realização de tomografias.
Vai e vem. As ações da Alliar chegaram a subir 60% em agosto, em meio às manifestações
de interesse pelo ativo. Caíram 9% em setembro, quando a Rede D'OR recolheu sua oferta de
compra via Bolsa.
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Contestação. O MAM pediu uma assembleia geral extraordinária para deliberar sobre a
destituição do atual conselho de administração e a eleição de nova chapa, bem como um
aumento de capital. Tanure ainda deseja a aprovação de novo plano estratégico, a
constituição de novo conselho médico e a destituição do conselho fiscal. O prazo para a
convocação da AGE solicitada pelo MAM termina em 4 de outubro. Procurada, a Alliar não
comentou.
Fatia. A parcela a ser levada ao mercado deve ficar entre 15% e 18% do capital. A tática é
deixar o mercado com gosto de ‘quero mais’ e, ao mesmo tempo, pôr na Bolsa capital
bastante para dar liquidez ao papel.
Fermento. Para fazer sua gestão de recursos de terceiros crescer mais rápido, a Caixa tem
jogado com seu peso. Condiciona a abertura de uma agência em um município desassistido
à cessão da exclusividade do fluxo de pagamentos do funcionalismo e também da gestão do
caixa dessas prefeituras. Procurada, a Caixa não se pronunciou.
Cheque em branco. O Mercado Livre e o fundo Kaszek levantaram US$ 250 milhões, na
terça-feira, na Nasdaq, na oferta de sua Companhia com Propósito Específico de Aquisição
(SPAC, na sigla em inglês). Os recursos serão usados para comprar empresas de tecnologia
na América Latina. O Kaszek já é investidor do Nubank e Quintoandar.
Internacional. A SPAC foi batizada de Meli Kaszek Pioneer. A maior parte dos investidores
foi de estrangeiros. O Mercado Livre e a Kaszek haviam se comprometido a colocar US$ 50
milhões cada na SPAC, segundo o prospecto.
Encaixe. Para as aquisições, a prioridade são empresas com negócios que tenham sinergia
e sejam complementares à atuação do Mercado Livre. São avaliadas as que sejam integradas
à cadeia de fornecedores e que se beneficiem da rede de distribuição. Bank of America,
Goldman Sachs, Allen & Company e Jpmorgan são os coordenadores da oferta.
(...)
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O ESTADO DE S. PAULO
30/09/2021
B2 voltar ao topo
COLUNAS
CELSO MING
Escassez de energia e a pressão sobre a Petrobras
As projeções mais ousadas sobre o avanço dos preços internacionais do petróleo estão
sendo confirmadas. Na última terça-feira, a cotação do barril (196 litros) de óleo tipo Brent
(referência do Mar do Norte) ultrapassou os US$ 80 pela primeira vez em três anos. E a
tendência é de alta.
De repente, ficou evidenciada uma forte escassez de combustíveis, principalmente de gás
natural – com que a maioria dos analistas não contava.
Por toda a parte, sobreveio uma crise de energia. Não foi apenas o aumento do calor no
Hemisfério Norte no último verão que exigiu mais dos aparelhos de arcondicionado e do
consumo de energia elétrica. A recuperação da pandemia, especialmente na China e nos
Estados Unidos, passou a exigir mais energia. Muitas unidades de produção foram
paralisadas na Europa para atender às novas exigências ambientais. Nos Estados Unidos, a
produção de óleo e gás de xisto vem sendo desestimulada pela nova política empreendida
pelo presidente Biden. Aqui no Brasil, as autoridades se viram na contingência de canalizar
mais gás natural para a operação das termoelétricas, para compensar, nesta crise hídrica, a
redução da geração de energia pelas hidrelétricas. Enfim, por motivos vários, estamos
diante de uma escassez global de energia, que pode ser temporária, mas que não tem data
para acabar.
O governo Bolsonaro parece não ter desistido de adotar soluções populistas para estancar a
alta dos combustíveis. Desta vez, não é apenas o presidente Jair Bolsonaro que pretende
segurar ou reverter artificialmente os preços. O presidente da Câmara dos Deputados,
Arthur Lira, advertiu que: “O Brasil não pode tolerar gasolina a quase R$ 7 por litro e gás de
cozinha a R$ 120”. Mas ainda não explicou como pretende impedir o intolerável.
O impacto da alta dos combustíveis sobre o custo de vida é muito forte. Apenas neste ano,
os preços da gasolina subiram 31,0%; os do óleo diesel, 28,0%; e os do gás de cozinha, 23,7%.
As pressões para conter os preços não vêm sendo feitas apenas sobre a Petrobras. O
governo quer que os Estados abandonem a sistemática atual que prevê determinada
porcentagem sobre os preços dos combustíveis e que passem a adotar um valor fixo,
independentemente das variações de preços, que hoje são determinadas pelas cotações
internacionais e pela variação do câmbio.
No gráfico, você tem a alíquota de ICMS cobrada em cada Estado sobre os preços da
gasolina comum ou aditivada. Atualmente, cada Estado tem competência para definir a
alíquota, que hoje varia entre 25% e 34%.
A ideia de definir um imposto fixo por litro parece aproveitável. O problema aí é convencer
os Estados (e sete municípios que têm participação nessa receita) a abrir mão de
arrecadação, que é relevante. Em 2020, do total arrecadado com o ICMS no Estado do
Tocantins, 31,7% foram com a tributação de combustíveis. O Piauí obteve 29,7%; e o Pará,
26,7%, segundo dados do Confaz.
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COMENTARISTA DE ECONOMIA
O ESTADO DE S. PAULO
30/09/2021
Especial / H2 voltar ao topo
COLUNAS
SONIA RACY – Direto da Fonte
Bola dividida
Antes de marcar encontro com João Doria, previsto para este fim de semana, Romeu Zema,
do Novo, consultou o PSDB mineiro e ouviu um sim. O diretório regional apoia oficialmente
Eduardo Leite. E realizará dois atos em torno do governador gaúcho dia 15, em Governador
Valadares, e no dia seguinte, em Poços de Caldas.
Minas é o segundo maior colégio eleitoral do País.
Porque...
Além de lideranças de diferentes colorações, a manifestação contra Bolsonaro, programada
para sábado, na Av. Paulista, deve atrair grupo de famosos. A atriz Dira Paes, por exemplo,
confirmou, segundo apurou a coluna.
...hoje é
Sabe-se também que integrantes da organização do protesto tentam resgatar as cores
verde amarelo, usadas como bandeira por seguidores de Bolsonaro em manifestações a
favor do presidente. Junto com o hino nacional que será ouvido na avenida. A cor
majoritária nos últimos eventos da campanha Fora Bolsonaro foi a vermelha.
...sábado
Os organizadores tentam também aplacar ao ânimos de filiados ao PCO. O partido da causa
operário é contra a união da esquerda e da direita nas ruas. E hostilizou tucanos em ato em
julho na Paulista.
No papel
Os registros de união estável cresceram 14% nos oito primeiros meses de 2021 em relação
ao mesmo período de 2020. Segundo o Colégio Notarial do Brasil, que fez o levantamento,
entre os motivos está a necessidade de comprovação da relação de convivência para ser
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No papel 2
A fila de espera no INSS, que pode durar 40 dias para concessão de benefícios, passou de 1,8
milhão de pedidos. E 25% dos casos estão travados por falta de documentação completa.
Impulso
A Play9, estúdio de conteúdo de João Pedro Paes Leme e Felipe Neto, dá o start na parceria
com a Mônada Analytics. A empresa brasileira gerencia métricas de diversidade e inclusão.
NA FRENTE
•vahan Agopyan, reitor da USP, convida para a cerimônia de outorga da medalha Armando
de Salles Oliveira ao ministro José Antonio Dias Toffoli. Amanhã, na Cidade Universitária.
• Gloria Coelho lança bolsa psicodélica feita em parceria com Raquel Kogan e Doris Bicudo,
hoje, em sua loja dos Jardins. Na segunda-feira, a estilista lança linha de móveis feitos com
couro certificado da Leather Labs para a Breton – que acaba de ganhar o selo carbono zero.
• Charlô Whately assina menu que conta a história da região dos Jardins. Hoje, no jantar de
lançamento do Haus Mitre Jardins, na rua Itapeva.
(...)
O ESTADO DE S. PAULO
30/09/2021
A8 voltar ao topo
COLUNAS
WILLIAM WAACK
Nunca foi tão bom
Em 2005 o então presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (1930-2020),
insistia com a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, para que ela realizasse uma
promessa feita pelo presidente Lula. "O que o presidente me ofereceu foi aquela diretoria
que fura poço e acha petróleo. É essa que eu quero", foi a célebre frase de Severino,
empenhado em colocar um afilhado na Petrobras.
Para os herdeiros políticos de Severino Cavalcanti o mundo melhorou muito nesses últimos
16 anos. Depois de um mensalão, uma Lava Jato, um impeachment e uma onda disruptiva
(com a promessa de que tudo ia mudar), o cargo de presidente da Câmara que ele ocupou
equivale hoje ao de um primeiro-ministro. Com poderes para vociferar, ao mesmo tempo,
contra a Petrobras, os governadores e mantendo a faca no pescoço do presidente da
República.
Foi o caso no "show" armado pelo atual presidente da Câmara, Arthur Lira, em torno da
política de preços da Petrobras. Não se tratou apenas do costumeiro espetáculo eleitoreiro
de políticos preocupados com o efeito corrosivo do formidável aumento dos preços de
combustíveis sobre a popularidade de quem disputa votos. Foi uma manifestação eloquente
de como as forças unidas do Centrão ditam hoje a agenda política, além de mandar no
Orçamento.
No caso da estatal do petróleo, Lira fala por uma espécie de "consenso" de amplo espectro,
nacional-desenvolvimentista/varguista/petista ou o que seja, segundo o qual empresas
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O ESTADO DE S. PAULO
30/09/2021
A4 voltar ao topo
COLUNAS
ALBERTO BOMBIG - Coluna do Estadão
Com Hang, governistas prevalecem no Twitter
O depoimento de Luciano Hang fez o jogo virar a favor dos bolsonaristas e contra a CPI da
Covid no Twitter, de acordo com dados da consultoria Bites levantados a pedido da Coluna.
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Topo. O volume de citações à CPI durante o depoimento foi maior que a média de 219 mil
diárias desde a instalação da comissão, mas não supera os seis maiores picos, quando
figuras como Eduardo Pazuello, Fábio Wajngarten e Mayra Pinheiro depuseram.
Fogo. Começou quando Hang divulgou vídeo em tom de deboche segurando uma algema,
dizendo que os senadores não precisariam gastar dinheiro comprando uma para ele. À
comissão ele disse que tinha sido uma brincadeira.
Ondas 2. Enquanto opositores do governo viam absurdo por parte da comissão em permitir
a exibição do vídeo, aliados celebravam, mantendo ataques também à comissão.
Vamos... Neste início de segundo mandato, Augusto Aras levantará como bandeira de sua
gestão, no aspecto interno, a busca por maior diálogo e unidade do Ministério Público.
...juntos. Em evento de entidades do setor hoje, 30, em Gramado (RS), o PGR pretende tocar
em pontos como pluralidade e respeito na instituição. O tema do encontro é “O Ministério
Público de uma Nova Era: Reflexões e Projeções”.
Laços. Bruno Roberto é filho do deputado Wellington Roberto (PL-PB), que também teria
indicado Passos. Segundo o documento, ambos nunca são vistos no gabinete da presidência
do BNB, em Fortaleza.
Laços 2. “Os dois têm muitas atividades fora do escritório ou em Brasília”, diz Evangelina
Aragão, superintendente do banco.
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PRONTO, FALEI!
RODRIGO MAIA (SEM PARTIDO)
SECRETÁRIO DE PROJETOS E AÇÕES DO GOVERNO DE SP
“Lira pode contribuir (para evitar o aumento dos combustíveis) se aprovar o Orçamento
incluindo o novo Bolsa Família e precatórios dentro do teto.”
O ESTADO DE S. PAULO
30/09/2021
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COLUNAS
ADRIANA FERNANDES
A gravidade da crise de energia
Todos os sinais são de formação de uma crise global no mercado de energia, mas no Brasil
as autoridades insistem no jogo diário de empurrar a culpa uns para os outros.
O problema é grave e exige, mais do que nunca, uma resposta organizada porque o
horizonte atual é de continuidade dos preços altos de combustíveis e gás depois da
pandemia da covid-19, com repercussões macroeconômicas gigantescas.
Um gabinete de crise com governo federal, Estados e – por que não? – caminhoneiros.
O que é mais recomendável é uma abordagem ampla, com a visão de que se trata de uma
crise que não é só brasileira, mas global.
O que chama atenção no debate político de Brasília é que as pessoas não estão se dando
conta do ambiente hostil no mundo. O tema não foi trazido com a relevância e a seriedade
necessárias. O foco na disputa com governadores em cima das alíquotas elevadas do ICMS
não reflete a gravidade do problema, que elevou as preocupações do mercado com os
gargalos de oferta que comprometem a recuperação econômica global.
No mundo, os preços dos combustíveis e do gás natural estão em forte alta no rastro do
processo de normalização da pandemia da covid-19. Na fase pré-pandêmica, havia
abundância de combustíveis, e muitos falavam que se estava se chegando ao pico de
consumo de petróleo.
A pandemia deu uma chacoalhada no mercado de energia com uma redução abrupta da
oferta, que se seguiu a uma volta rápida da demanda.
Na Inglaterra, falta combustível nas bombas. O primeiro-ministro Boris Johnson chegou a
colocar centenas de soldados do Exército de sobreaviso para agir, caso a escassez de
gasolina nos postos do país causada pelas chamadas “compras nervosas” de combustível
agravem a crise de abastecimento que atinge o Reino Unido.
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O ESTADO DE S. PAULO
30/09/2021
Especial / H6 voltar ao topo
COLUNAS
DANIEL MARTINS DE BARROS
Caçador de falácias
Eis que, quase 20 meses depois, pude voltar finalmente a assistir a uma apresentação ao
vivo. Quanta diferença em relação às melancólicas lives do início da pandemia. Show é
show, como dizia Tim Maia. Claro que ajudou – muito – o fato de ser a Orquestra Jazz
Sinfônica se apresentando com o Edu Lobo e a Mônica Salmaso. Memorável.
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O ESTADO DE S. PAULO
30/09/2021
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ECONOMIA
Projeção é de 400 mil famílias beneficiadas
Fernanda Nunes/ RIO
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O ESTADO DE S. PAULO
30/09/2021
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ECONOMIA
Congresso deve manter desoneração
Lauriberto Pompeu/ BRASÍLIA
O deputado Jerônimo Goergen (Progressistas-RS) afirmou ontem que não há acordo com o
governo sobre o projeto que prorroga a desoneração da folha de pagamento para os 17
setores que mais empregam no País. Segundo o deputado, que participou de reunião no
Ministério da Economia, o Palácio do Planalto planeja vetar o texto caso ele seja aprovado,
mas há apoio no Congresso para que o veto seja derrubado e a prorrogação seja posta em
prática.
"O governo vai vetar, mas o importante é que dê tempo para a derrubada do veto. Pedi ao
governo para que não atrapalhe a tramitação do projeto", disse Jerônimo ao Estadão. A
expectativa do deputado é de que o texto seja encaminhado ao Senado até o fim da próxima
semana.
Autor do projeto, o deputado Efraim Filho (DEM-PB) também disse ter ciência de que o
governo vai vetar o texto. "No ano passado, o governo chegou a vetar, e o Congresso
derrubou o veto. O projeto é muito forte, e isso pode voltar a se repetir."
A desoneração está em vigor desde 2011. Pelas regras atuais, a validade da desoneração
acaba no fim de 2021.
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Camila Turtelli
Adriana Fernandes/ BRASÍLIA
A equipe econômica vai lançar três medidas para estimular o crédito no País. A proposta é
dar um "choque" no mercado de garantias para aumentar as operações de crédito com
taxas mais baixas. O governo estima que as medidas têm potencial para impulsionar mais
de R$ 10 trilhões em crédito.
O pacote já vinha sendo estudado havia mais de um ano pela equipe do ministro da
Economia, Paulo Guedes, mas agora técnicos da área econômica afirmam que as medidas
vão finalmente sair do papel nos próximos dias, segundo apurou o Estadão. Uma medida
provisória (MP) será enviada ao Congresso, entre os dias 6 e 13 de outubro, e um decreto
deverá ser editado amanhã.
Em meio às críticas na semana dos mil dias de mandato do presidente Jair Bolsonaro, o
governo está buscando reverter o ambiente de pessimismo com o crescimento da economia
em 2022 com a divulgação de uma agenda positiva de medidas.
Em outra frente, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) prepara anúncio de mudanças
para estimular os pequenos investidores, com redução de taxas para os Agentes
Autônomos de Investimento (AIS).
A MP vai permitir a criação da chamada Instituição Gestora de Garantias. As garantias
dadas poderão ser fracionadas, permitindo um uso maior delas nas operações de crédito.
O melhor uso das garantias no cenário de retomada econômica pós-pandemia é
considerado um catalisador das operações de crédito para quem tem patrimônio (lastro) na
busca de financiamentos mais baratos. A proposta é aumentar a eficiência do uso dessas
garantias, trazendo maior competitividade ao segmento, como ocorre em outros países.
Uma segunda medida acoplada à primeira vai facilitar o uso de garantias com lastro em
bens móveis, como carros, máquinas e, até mesmo, estoques de produtos acabados e
matérias-primas.
Hoje, as empresas têm dificuldade para utilizar bens móveis como garantias. Embora as
empresas tenham a maior parte dos ativos em bens móveis, mais de 70% das garantias são
dadas com imóveis.
A gestora vai avaliar o bem (móvel ou imóvel) e dizer quanto a pessoa física ou a empresa
pode pegar de financiamento.
O tomador do crédito poderá escolher qualquer instituição financeira e buscar o
empréstimo. Uma vez que pague o valor do empréstimo, libera espaço para pegar mais
crédito com outro banco, se quiser. Poderá escolher o banco que oferece a melhor condição.
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Bancos. Nos bastidores, os bancos apontam restrições à criação de uma central de crédito
para administrar as garantias, já que avaliam que seria de difícil implementação e controle.
Procurada, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) diz que apoia todas as iniciativas de
melhoria do ambiente de crédito e tem participado das discussões da Iniciativa de Mercado
de Capitais, que é uma ação estratégica do governo voltada para o desenvolvimento do
mercado de capitais, coordenada pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da
Economia.
Segundo a Febraban, o Brasil tem uma das menores taxas de recuperação de garantia, 15%,
segundo análise da Acceture. Esse porcentual é muito inferior aos 81% verificado nos
Estados Unidos, aos 41% do Chile ou à mediana global, de 69%.
O tempo para recuperação do crédito também é extremamente elevado: quatro anos.
Superior ao dos Estados Unidos, de um ano, e do Chile, de dois anos. Todos esses fatores
influenciam diretamente no custo do crédito e no desenvolvimento econômico do País, diz
a Febraban.
Obstáculos
"Os pequenos negócios têm muita dificuldade de emprestar essas garantias reais (exigidas
pelas instituições financeiras de quem busca crédito)."
Giovanni Beviláqua
ANALISTA DE CAPITALIZAÇÃO E SERVIÇOS FINANCEIROS DO SEBRAE
MAIS LIQUIDEZ
Medida provisória
• Criação da Instituição Gestora de Garantias, que administrará as garantias. As garantias
dadas poderão ser fracionadas, permitindo um uso maior delas nas operações de crédito
• Facilitar o uso de garantias com lastro em bens móveis, como carros, máquinas e, até
mesmo, estoques de produtos acabados e matérias-primas
Decreto
• Cria a Cédula de Produto Rural (CPR) verde para obtenção de crédito voltado à preservação
ambiental
• Taxa de recuperação de garantias
Brasil: 15%
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O ESTADO DE S. PAULO
30/09/2021
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ECONOMIA
Linhão sai sem acordo para perdas de indígenas
Bolsonaro anuncia início de construção de linha de energia que corta a Amazônia
A Fundação Nacional do Índio (Funai) deu aval para o início das obras do linhão Manaus
(AM) - Boa Vista (RR) sem definir um acordo básico e obrigatório do processo de
licenciamento do projeto: quais serão as compensações socioambientais que os indígenas
da região devem receber devido aos impactos que serão causados pelo empreendimento.
O Estadão teve acesso ao ofício que o presidente da Funai, Marcelo Xavier, encaminhou ao
Ibama na tarde de segundafeira. No documento, ele dá autorização para que o projeto seja
realizado e, em uma breve lista de condicionantes ambientais do projeto, afirma que uma
das exigências será "implementar grupo de trabalho para monitoramento dos impactos
potenciais e discussão da valoração da compensação acerca dos impactos irreversíveis". Não
há nenhuma informação sobre como funcionará esse grupo, como será composto e qual
será sua agenda de trabalho.
A linha de transmissão de energia, também conhecida como "linhão de Tucuruí", ficou na
gaveta do Ministério de Minas e Energia por uma década, depois de ser leiloado, em
setembro de 2011. O motivo da paralisação foi o impacto que a linha impõe à terra indígena
Waimiri Atroari, onde hoje vivem mais de 2.300 indígenas. Dos 720 km da linha de
transmissão, 122 quilômetros passam no meio de suas terras. Os indígenas não se
posicionavam contra a obra de energia, mas exigiam ser consultados.
Ontem, junto com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o presidente Jair
Bolsonaro esteve em Boa Vista, onde anunciou o início das obras. "Ontem (terça-feira )à
noite, o último obstáculo para o início das obras foi vencido. E nós temos uma pedra aqui
do lado, a pedra fundamental para o início da construção do linhão", afirmou Bolsonaro. As
obras estão previstas para durar 36 meses.
Em resposta à decisão de liberar o projeto, a associação que representa os indígenas já
acionou o Ministério Público Federal para que peça a nulidade da licença de instalação da
obra.
"Soubemos da informação pela imprensa. Fomos pegos de surpresa. O povo Kinja não
concorda com o que o governo decidiu. Por isso, fizemos o protocolo junto ao Ministério
Público Federal do Amazonas, na pessoa do procurador da República, Fernando Soares, com
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Impactos. Por lei, o Ibama é o órgão responsável por liberar a licença ambiental que
autoriza a obra. A Funai, porém, responde pela temática indígena e deve ser consultada por
anuência ou não de um projeto, quando este envolve impacto a terras e vidas dos povos
originários.
O plano básico ambiental cita 37 impactos à terra indígena, dos quais 27 são irreversíveis e
terão de ser devidamente indenizados e mitigados. Alguns se esgotam com a construção da
obra, mas outros serão permanentes. É sobre esses impactos que não se sabe como será a
compensação.
Por meio de nota, a Funai declarou que "o processo de licenciamento atendeu às
regulamentações nacionais e internacionais, o que incluiu a consulta livre, prévia e
informada às comunidades indígenas afetadas, bem como o cumprimento do Protocolo de
Consulta Waimiri Atroari, estabelecido pelos indígenas".
Segundo o órgão federal, "os programas ambientais que visam mitigar ou compensar os
impactos da passagem da linha de transmissão na terra indígena foram definidos entre
técnicos da empresa responsável pelo empreendimento e lideranças indígenas, conciliando
o processo de consulta com o procedimento administrativo de licenciamento ambiental".
A fundação afirmou ainda que "a aprovação se deu em reunião convocada pela comunidade
indígena em agosto deste ano".
Os 2,3 mil indígenas da terra Waimiri Atroari vivem em 82 aldeias distribuídas na região.
Por vários anos, a Funai esteve ao lado do povo indígena na avaliação do projeto, em busca
de respostas e estudos técnicos sobre a viabilidade da obra. Na gestão atual do órgão,
porém, seu posicionamento se inverteu e a fundação passou a apoiar o início das
obras./ COLABORARAM EDUARDO GAYER e MARLLA SABINO
Exemplo
"O processo de licenciamento ambiental, incluindo o processo de consulta, foi devidamente
realizado, sendo um exemplo de superação."
Marcelo Xavier
PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO (FUNAI), EM OFÍCIO ENCAMINHADO AO
IBAMA
O ESTADO DE S. PAULO
30/09/2021
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ECONOMIA
Megaprograma tem dívidas ocultas e projetos com
falhas
Dívidas ocultas e projetos problemáticos surgem como parte de grandes iniciativas de
investimentos da China, especialmente no âmbito do Belt and Road, programa internacional
de infraestrutura criado pelo presidente do país asiático, Xi Jinping.
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O ESTADO DE S. PAULO
30/09/2021
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ECONOMIA
PETROBRAS LIBERA R$ 300 MI PARA ‘VALE-GÁS’
Anunciados após críticas de Bolsonaro aos preços dos combustíveis, recursos serão
destinados a famílias de baixa renda durante 15 meses
Luísa Laval
Na mesma semana em que foi alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro e do presidente
da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), por causa do preço dos combustíveis, a Petrobras
aprovou ontem a criação de um programa social no valor de R$ 300 milhões para subsidiar
a compra de gás de cozinha por famílias de baixa renda.
A empresa informou que o programa foi aprovado por seu conselho de administração e
terá uma duração de 15 meses – o prazo coincide com o período eleitoral, quando Bolsonaro
tentará a reeleição. Segundo a Petrobras, o projeto apoiará famílias em situação de
vulnerabilidade social “para contribuir com o acesso a insumos essenciais, com foco no gás
liquefeito de petróleo (GLP), conhecido popularmente como gás de cozinha”.
Em 12 meses até agosto, o preço do botijão de gás subiu 31,7%, o triplo da inflação
acumulada no período (9,7%), segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – que
é o indicador oficial de inflação do País. Em alguns Estados, o preço já passa de R$ 100.
O valor do gás de cozinha segue a variação dos preços internacionais e, por isso, também
sofre a influência do câmbio, assim como ocorre com os combustíveis. A desvalorização do
real frente ao dólar contribui para elevar os preços, que já estão em um nível alto por causa
da alta demanda internacional e de problemas logísticos que encareceram o custo do
transporte no mundo. Ontem, o dólar encerrou o dia valendo R$ 5,43.
Bolsonaro tem feito ataques à política de preços da Petrobras. Na segunda-feira, ele disse
ter conversado com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, sobre como
“melhorar ou diminuir” o preço aos consumidores.
Segundo a Petrobras, o programa social se justifica por causa dos efeitos da situação
excepcional e de emergência decorrentes da pandemia da covid-19 e busca alinhar a
atuação social da empresa às práticas no mercado. “Somos uma empresa socialmente
responsável e comprometida com a melhoria das condições de vida das famílias,
particularmente das mais vulneráveis”, afirmou o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e
Luna, em comunicado ao mercado.
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O ESTADO DE S. PAULO
30/09/2021
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EDITORIAIS
COMBUSTÍVEL PARA A DEMAGOGIA
O presidente Jair Bolsonaro ganhou um reforço de peso em sua campanha para confundir a
opinião pública a respeito dos preços dos combustíveis e atribuir a terceiros uma
responsabilidade que é parcialmente sua e de seu governo. Trata-se do presidente da
Câmara, Arthur Lira, que, na terça-feira passada, sem nenhum pudor, disse que “ninguém
aguenta mais” a alta da gasolina e anunciou que vai colocar em debate um projeto para
fixar o valor do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre
os combustíveis.
“Sabe o que faz o combustível ficar caro? São os impostos estaduais”, declarou o deputado,
acrescentando que os governadores têm arrecadado muito na pandemia – sugerindo haver
interesse dos Estados na carestia.
Trata-se de uma farsa em múltiplas dimensões, a começar por uma inexistente relação de
causalidade. De fato, os Estados estão aumentando expressivamente sua arrecadação,
graças em parte ao aumento dos preços dos combustíveis e da tarifa da energia elétrica,
principais fontes de cobrança de ICMS. Mas, no caso dos combustíveis, o ICMS é cobrado
sobre o preço médio ponderado ao consumidor final – ou seja, mesmo na hipótese maluca
de que o ICMS fosse zero (o que, diga-se, o presidente Bolsonaro já teve a audácia de propor,
ignorando a enorme importância desse imposto para os Estados), o preço provavelmente
seria pouco afetado.
Por isso, não é o aumento da arrecadação do ICMS que faz subir o preço do combustível,
como dizem os bolsonaristas; é, ao contrário, o aumento do preço dos derivados de petróleo
que faz crescer a arrecadação, porque a base de cálculo sobre a qual incide o tributo é o
preço final do combustível; se essa base aumenta, necessariamente aumentará a
arrecadação sobre esse produto, sem que tenha havido mudança nas regras de cálculo ou
aumento da alíquota.
Na segunda-feira passada, o presidente da República queixou-se de novo do alto preço dos
combustíveis. De maneira elegante, o presidente da Petrobras, general da reserva Joaquim
Silva e Luna – escolhido por Bolsonaro com a intenção óbvia de interferir na estatal para
frear os preços dos combustíveis –, disse que a empresa não alteraria sua política de
preços, que procura acompanhar as alterações do mercado internacional. Ato contínuo, a
Petrobras aumentou o preço do diesel, o que afetará os fretes rodoviários, num país cuja
matriz de transporte é predominantemente rodoviária.
Em favor de Bolsonaro e Arthur Lira, é preciso reconhecer que os dois não são os únicos
demagogos a oferecer aos incautos a ilusão de que o preço dos combustíveis sobe ou desce
por ato de vontade, e não por força das circunstâncias de mercado. A política da Petrobras
foi criticada também pelo antípoda de Bolsonaro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para o chefão petista, “o que está acontecendo é que a Petrobras está acumulando verba
para pagar acionista americano”. É o estado da arte da vigarice lulopetista – a mesma que,
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O ESTADO DE S. PAULO
30/09/2021
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EDITORIAIS
A reforma previdenciária em SP
Com um déficit de R$ 171 bilhões, as contas do Instituto de Previdência Municipal de São
Paulo (Iprem) não fecham. É louvável, portanto, a iniciativa do prefeito de São Paulo, Ricardo
Nunes (MDB), de encaminhar à Câmara Municipal um projeto de reforma previdenciária que
avança sobre pontos importantes que não foram cobertos pelo projeto aprovado no
governo de seu antecessor, Bruno Covas (PSDB), em dezembro de 2018. Caso seja aprovada, a
nova reforma proposta por Nunes reduzirá o déficit projetado para R$ 60 bilhões em 75
anos.
A perseverança de Covas para aprovar seu projeto de reforma da Previdência municipal, no
fim vitorioso, por si só já havia representado um considerável avanço na direção do
saneamento das finanças públicas da capital paulista. Mas é preciso ir além. Questões como
idade mínima para aposentadoria e contribuição de inativos, não tratadas na reforma de
2018, deverão ser enfrentadas agora. Não será fácil. O tema é tão espinhoso, mexe com
tantos interesses localizados, que, na última década, a despeito da premência de uma
revisão dos meios de financiamento do Iprem, os ex-prefeitos Fernando Haddad (PT) e João
Doria (PSDB) simplesmente desistiram de seus projetos para reduzir o déficit do sistema
previdenciário e o volume de aportes anuais do Tesouro para subsidiá-lo, tão fortes foram
as resistências.
A reforma de 2018 elevou de 11% para 14% a alíquota de contribuição dos servidores.
Naquela ocasião, também foi criada a Sampaprev, entidade de previdência complementar à
qual podem aderir os servidores que desejam receber benefícios acima do teto do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS), de R$ 6,4 mil, contribuindo a mais para isso. O projeto
apresentado pela atual gestão mantém a alíquota de contribuição em 14% – embora a
Constituição autorize um aumento de até 19% –, mas propõe o fim da isenção de
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O ESTADO DE S. PAULO
30/09/2021
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EDITORIAIS
PROPAGANDA DESCARADA
O presidente Jair Bolsonaro é conhecido por não separar assuntos de Estado, de governo e
os relativos a seus interesses particulares. Na visão deturpada do mandatário sobre os
limites do cargo e a relativa autonomia de ação que a legitimidade das urnas lhe confere,
toda política pública implementada por seu governo tem de vir em benefício do próprio
presidente ou de seus apaniguados antes de qualquer outra coisa. Essa má concepção do
que seja exercer a Presidência da República está na origem de uma série de atitudes de
Bolsonaro que têm levado o País à ruína moral, política, econômica e social.
O exemplo mais recente dessa perniciosa confusão se deu na zona rural do Piauí, no
município de Santa Filomena, escolhido para a instalação de um novo hub de internet sem
fio do projeto Conecta Brasil, do Ministério das Comunicações. Estudantes, professores e
moradores da cidade têm de assistir, obrigatoriamente, a 30 segundos de propaganda sobre
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O ESTADO DE S. PAULO
30/09/2021
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POLÍTICA
Leite diz que tem 'respaldo' de FHC
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Leia :http://digital.estadao.com.br
O ESTADO DE S. PAULO
30/09/2021
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POLÍTICA
‘NUNCA SE VIU ESSA DEMORA NO SENADO’.
Presidente do Supremo, ministro Luiz Fux questiona atraso na sabatina de André
Mendonça, indicado por Bolsonaro para vaga na Corte
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, manifestou ontem preocupação com a
demora inexplicável do Senado em sabatinar o exministro da Justiça André Mendonça para
a 11.ª vaga do tribunal. Isso cria constrangimentos e um problema institucional, porque o
plenário e a Segunda Turma da Corte passam a julgar e decidir com risco de empate no
resultado.
Segundo Fux, o longo atraso em aprovar o substituto do ministro Marco Aurélio Mello
causa prejuízos à pauta e ao trabalho do Supremo. “Por que essa demora? Outros que foram
indicados depois do ex-ministro da Justiça já foram sabatinados e confirmados”, disse Fux
ao Estadão, citando o procurador-geral da República, Augusto Aras, que já foi até
empossado para um segundo mandato.
“A indicação de um nome para o Supremo (pelo presidente da República) pode até demorar,
porque é preciso analisar nomes e escolher o melhor, mas nunca se viu essa demora no
Senado para sabatinar o escolhido”, lembrou Fux, negando, porém, que tenha dado um
único telefonema que fosse para o senador Davi Alcolumbre (DEMAP), principal responsável
pelo adiamento sem prazo da sabatina de Mendonça.
Fux disse que já conversou institucionalmente, sim, com o presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco (DEM-MG), para defender a agilização de sabatinas, não só de Mendonça, mas do
indicado pelo Supremo para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Ele, porém, afirmou que não tentou e nunca tentaria pressionar Alcolumbre para marcar
logo a sabatina e desmentiu que tenha falado com o senador sobre as posições de
Mendonça quanto à Lava Jato e quanto à prisão após condenação em segunda instância.
“Desafio qualquer um a identificar um telefonema meu para o senador Alcolumbre”, disse.
“E eu nunca falei com o ex-ministro André Mendonça sobre Lava Jato e segunda instância,
nem sei o que ele pensa sobre essas questões. Minha posição é institucional”, acrescentou,
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Julgamento. Na noite de ontem aconteceu o que Fux previra horas antes em entrevista ao
Estadão: deu empate de cinco a cinco no plenário. Só com a posse do 11.º ministro o
julgamento poderá ser concluído, para um lado ou para outro.
No caso, foram três ações contra o ex-prefeito de Pirambu (SE) e ex-deputado André Moura.
Ele foi condenado nas duas primeiras, por 6 a 4, mas houve empate de 5 a 5 na terceira.
Como o regimento do Supremo diz que nesses casos não vale a regra de “na dúvida, pró-
réu”, o julgamento ficará inconcluso até ser preenchida a vaga do ministro Marco Aurélio
Mello, que se aposentou em julho.
A expectativa de senadores ouvidos pelo Estadão é de que a sabatina de Mendonça seja
marcada para a semana de 16 de outubro, mas Alcolumbre continua fazendo mistério e
guerra de nervos. Isso não apenas desgasta Mendonça como incomoda o presidente e os
ministros do Supremo e cria o risco de empate nas votações da Suprema Corte. Tudo por
birra de um único senador.
Leia em : http://digital.estadao.com.br
O ESTADO DE S. PAULO
30/09/2021
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POLÍTICA
Hang cita 'erro' em atestado de óbito
GABRIELA BILO / ESTADÃO
Senado. Luciano Hang (à dir.) e o senador Flávio Bolsonaro; empresário foi ouvido em
sessão da CPI que durou 6 horas
Em sessão conturbada na CPI da Covid, o empresário Luciano Hang negou ontem ter
participado de fraude no atestado de óbito de sua mãe, Regina Hang. A irregularidade foi
revelada pelo Estadão. Ele disse ter achado "estranho" a ausência de menção à covid no
documento, mas apontou um "erro" do plantonista de um hospital da rede Prevent Senior,
em São Paulo, onde ela ficou internada para tratar a doença.
À CPI, Hang confirmou que sua mãe fez o chamado "tratamento precoce", com
medicamentos sem eficácia comprovada contra covid, como hidroxicloroquina e
azitromicina, antes de ser internada. No depoimento, que durou mais de seis horas, ele
ainda declarou ter contas no exterior e offshores em paraíso fiscal e negou ter financiado a
disseminação de fake news. / JULIA AFFONSO e DANIEL WETERMAN
Leia :http://digital.estadao.com.br
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Pedro Venceslau
Após o Diretório Nacional do Novo vetar seu retorno à direção da legenda, o empresário
João Amoêdo afirmou ao Estadão que não planeja, "por enquanto", deixar a agremiação que
fundou há 10 anos e pela qual disputou o Palácio do Planalto em 2018. Nesta entrevista,
porém, ele faz críticas ao partido, que, segundo ele, tem "um problema de identidade". "O
Novo é oposição ou linha auxiliar ao governo Bolsonaro?", questionou.
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Como avalia a relação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, com Bolsonaro?
Ele fez um vídeo (na segundafeira) no qual faz agressões fortes a mim, mas sem citar meu
nome. O governador teve uma atitude muito machista. Disse que eu pareço aquela mulher
que o marido se divorciou, mas não consegue deixá-lo em paz. Ele está muito incomodado
porque faço críticas ao governo Bolsonaro e adotou uma narrativa fora da realidade: de que
eu não teria me conformado por ter perdido a eleição em 2018. Isso passa longe da verdade.
Fica claro, infelizmente, que Zema tem um viés de apoio ao Bolsonaro. Isso torna ainda mais
complexo o quadro do Novo. Deveríamos deixar de lado os cálculos eleitorais e fazer o que é
o certo.
Foi uma decisão sua deixar a presidência do Novo, já que seu mandato não tinha
acabado. Por que mudou de ideia?
Fui eleito por unanimidade por todos os diretórios. Meu mandato iria até 2023. Saí porque
queria um pouco mais de tempo depois de dez anos dedicados ao partido. Em segundo
lugar, porque eu queria mostrar que construímos uma cultura dentro da organização na
qual ela podia andar dentro dos princípios nos quais o partido foi concebido e que eu não
era a pessoa que mandava no Novo. Mas, vendo hoje, essa cultura ainda está em construção.
Posição
"Depois de mil dias de governo e de tudo que ele fez, não dá para se colocar em uma posição
de independência em relação ao governo Bolsonaro. Isso traz uma confusão para o partido
entre filiados, apoiadores e, certamente, para os eleitores."
143
A disputa política pelo controle do Banco do Nordeste (BNB), a um ano das eleições de 2022,
oculta um interesse do mercado financeiro pelo principal ativo da instituição, a carteira de
microcrédito avaliada internamente em cerca de R$ 30 bilhões. O banco está no centro de
uma crise desde que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, aliado do governo Jair
Bolsonaro, pediu a demissão de toda a diretoria. Costa Neto fez chegar ao Palácio do
Planalto que seu novo indicado para presidir o banco é Ricardo Pinto Pinheiro, consultor do
setor regulatório de energia e saneamento.
O objetivo da cúpula do PL é destituir Romildo Carneiro Rolim, servidor de carreira que
ascendeu à presidência da instituição no governo Michel Temer. Ele já se amparou em
diferentes apoios políticos para permanecer na cúpula do banco. Rolim se opõe à ideia que
lobistas do mercado financeiro tentam emplacar há anos: vender ao mercado privado a
carteira de microcrédito no Nordeste, a mais bem sucedida do País com escala e referência
nessa modalidade de crédito que não recebe atenção dos grandes bancos de varejo.
Rolim não era a primeira opção de Costa Neto. Em 2020, quando Bolsonaro cedeu o banco
ao Centrão, quebrando promessa de campanha, o PL chegou a emplacar na presidência do
BNB o nome de Alexandre Borges Cabral. Porém, Cabral foi demitido após o Estadão revelar
que era suspeito de "gestão temerária" na Casa da Moeda, segundo o Tribunal de Contas da
União. Ele teria deixado um prejuízo de R$ 2,2 bilhões. Rolim teve apoio de integrantes da
equipe econômica para retornar, entre eles o do ministro, Paulo Guedes.
O ESTADO DE S. PAULO
30/09/2021
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POLÍTICA
Mudanças aumentam dificuldade de condenação
ANÁLISE: Vera Chemim
A aprovação das mudanças da Lei de Improbidade Administrativa leva a crer que o objetivo
é introduzir mecanismos determinantes para a restauração do velho status quo peculiar à
história e cultura brasileira. Uma das principais modificações remete à necessidade de
comprovação de dolo (intenção) do agente público em lesar a administração pública para
que ele possa ser enquadrado em um ato ímprobo e sofrer as sanções de natureza político-
administrativa, tais como a perda de função pública, suspensão dos direitos políticos,
ressarcimento de danos, além de outras previstas no diploma legal.
O tratamento jurídico para os casos de dolo ou culpa minimiza a gravidade do ato praticado,
uma vez que amplia a dificuldade de condenação por improbidade ao impor o ônus da
prova ao Estado para o seu enquadramento.
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O ESTADO DE S. PAULO
30/09/2021
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POLÍTICA
SENADO APROVA PROJETO QUE AFROUXA LEI DE
IMPROBIDADE
Legislativo. Proposta restringe punição a políticos ao exigir comprovação de que
houve intenção de lesar a administração pública; texto deve passar por nova votação
na Câmara
Breno Pires
Amanda Pupo/ BRASÍLIA
Com aval de aliados do governo Jair Bolsonaro e da oposição, o Senado aprovou ontem, por
47 votos a 24, projeto que afrouxa a Lei de Improbidade Administrativa e dificulta a
punição de políticos. Agora, um prefeito, por exemplo, só será punido pela lei se ficar
comprovado que ele teve a intenção de lesar a administração pública. Não basta apenas ele
ter lesado.
O ministro do Superior Tribunal de Justiça, Herman Benjamin, disse que a medida “é um
enfraquecimento sem precedente da legislação de combate a administradores e empresas
corruptos”. “Seremos cobrados, inclusive internacionalmente”, disse ele ao Estadão. A
posição é corroborada por integrantes do Ministério Público e especialistas, que veem
brechas para a impunidade.
Parlamentares, por outro lado, argumentam que era preciso atualizar a legislação que
permite punir, por exemplo, atraso na apresentação de uma prestação de contas.
Atualmente a pena vai de aplicação de multa até a cassação de mandato.
Para que a medida pudesse avançar no Senado, o relator, senador Weverton Rocha (PDTMA),
fez alguns ajustes no texto aprovado na Câmara, em junho, mas manteve a essência do
projeto. O principal ponto é o que prevê punição por improbidade apenas nos casos em que
seja comprovado o “dolo específico”, ou seja, a intenção de cometer irregularidade. Assim,
mesmo que a conduta de um prefeito ou de qualquer agente público resulte em prejuízo à
administração pública, ele só será condenado se for provada a sua intenção. Como o texto
foi alterado, será necessária uma nova votação pelos deputados antes de ir à sanção
presidencial.
Com as mudanças aprovadas ontem, o Senado restringiu também os casos que podem gerar
punição por violação aos princípios da administração pública. A chamada “carteirada” de
agentes públicos e até mesmo “furar a fila” da vacina não poderão mais ser enquadrados na
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PONTOS
Intenção
Como é
Lei prevê punição a ato de improbidade culposo – quando não há intenção de cometer a
irregularidade
Como fica
Só podem ser punidos casos em que ficar provado que o gestor teve a intenção de infringir
a lei
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O ESTADO DE S. PAULO
30/09/2021
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POLÍTICA
Câmara aprova projeto que regulamenta 'IA'
Proposta aprovada cria princípios e normas gerais para o uso da inteligência artificial
no País; texto vai ao Senado
A Câmara dos Deputados aprovou ontem um projeto de lei para regulamentar o uso e o
desenvolvimento da inteligência artificial no Brasil. Com apenas nove artigos, o projeto não
traz detalhes sobre o uso da tecnologia no Brasil, criando apenas princípios gerais para o
desenvolvimento e a aplicação da tecnologia. O texto teve o apoio de todos os partidos, com
exceção do PSOL, e foi aprovado por 413 votos a 15. Agora, o projeto segue para o Senado
Federal.
O projeto aprovado é de autoria do deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE), e foi relatado pela
deputada Luísa Canziani (PTB-PR). De acordo com o texto, os softwares de inteligência
artificial devem ser construídos respeitando princípios como a dignidade humana, a
proteção de dados pessoais, a não discriminação, a transparência e a segurança dos
usuários – embora não haja detalhes sobre como estes princípios serão garantidos.
Na ficção, a inteligência artificial geralmente é retratada em histórias ameaçadoras, às
vezes envolvendo máquinas que se rebelam contra os seres humanos. Ela está, por
exemplo, em filmes como 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968), ou Matrix (1999). Na vida real,
a inteligência artificial é um tipo de programa de computador capaz de interpretar dados,
aprender a partir deles e tomar decisões de forma autônoma para cumprir uma
determinada tarefa definida pelo seu criador. É usada em lojas online, no controle de
estoques de empresas, em ferramentas de reconhecimento facial, em sistemas de
prevenção de fraudes e na análise de padrões de comportamento de consumidores, entre
outras aplicações.
"O projeto de Bismarck também cria a figura do 'agente de IA', que pode ser tanto o
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O ESTADO DE S. PAULO
30/09/2021
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POLÍTICA
Fusão entre DEM e PSL resultará na sigla 'União Brasil'.
Nome é definido após reunião com dirigentes das duas legendas; nova sigla criará
maior bancada da Câmara
DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
Deputado. Bivar será o presidente nacional da União Brasil
O novo partido que resultará da fusão do DEM com o PSL deve se chamar União Brasil e
aparecer nas urnas com o número 44. As marcas foram definidas ontem, em reunião com
dirigentes das duas legendas. O encontro teve a participação dos presidentes do DEM, ACM
Neto, do PSL, Luciano Bivar, do vice-presidente do PSL, Antonio Rueda, e do governador de
Goiás, Ronaldo Caiado (DEM).
O líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB), disse que a escolha atende à ideia de não
aproveitar o 17 do PSL, que foi usado na última campanha presidencial por Jair Bolsonaro, e
nem o 25 do DEM. Para ajudar na decisão desses detalhes, os articuladores da fusão
contrataram, na semana passada, uma pesquisa. "A premissa era de nome novo e número
novo. Foram os melhores avaliados na pesquisa qualitativa", disse.
A nova legenda será presidida por Bivar e terá ACM Neto na secretaria-geral. As executivas
nacionais dos dois partidos já aprovaram a fusão e convocaram para o dia 6 de outubro
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O ESTADO DE S. PAULO
30/09/2021
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POLÍTICA
Procuradoria abre apuração contra Braga Netto por
ameaça à eleição
Como revelou o 'Estadão', o ministro da Defesa condicionou realização da disputa de
2022 à adoção do voto impresso no País
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Tida como uma das principais soluções para a grave crise financeira pela qual as equipes de
futebol do Brasil sofrem há anos, a lei do clube-empresa (nº 14.193) teve uma mudança
importante na última segunda-feira, dia 27. O Congresso derrubou parte dos vetos do
presidente Jair Bolsonaro ao projeto no que diz respeito à tributação e incentivo fiscal, mas
manteve o trecho que aborda a transparência. O restabelecimento da ideia original foi
recebida com entusiasmo pelas agremiações, abrindo caminho para uma negociação mais
atrativa para investidores. Por outro lado, a falta de clareza quanto a origem do dinheiro
investido pode levantar dúvidas sobre a lisura de projetos.
Sancionado no dia 9 de agosto, o texto, que tem como autor o senador Rodrigo Pacheco
(DEM), prevê a criação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), permitindo aos clubes, que
em sua ampla maioria são Sociedades Anônimas, se tornarem empresas. Originalmente, o
projeto obrigava as SAFs a informar o nome dos donos de cotas com 10% ou mais do clube-
empresa. Essa parte foi retirada da legislação antes de sua aprovação, com o veto sendo
mantido pelo Congresso posteriormente. Sob o argumento de atrair investidores para
aquecer a prática, o trecho resguardava conflito de interesses ou, até mesmo, a lavagem de
dinheiro.
No entanto, a manutenção do veto fere o princípio da integridade desportiva, no qual
nenhum fator externo pode influenciar no resultado das partidas. Para André Sica,
advogado de direito desportivo e sócio CSMV Advogados, apesar de a lei do clube-empresa
deixar claro que o acionista de uma SAF não pode ser o mesmo de outras entidades
esportivas, a falta de exigência dessa divulgação coloca em risco a integridade do projeto,
com investidores escondidos em sofisticadas estruturas societárias para deter mais de dois
clubes.
"Esse para mim não foi um veto inteligente. Esse era um artigo interessante que, apesar de
afastar alguns investidores, ele também afastava maus investidores", diz Sica. "Em nome da
integridade no esporte, esse veto também tinha de ser derrubado".
Ponto mais sensível aos clubes - e investidores - que desejam ingressar no modelo de
clube-empresa, o trecho sobre o Regime de Tributação Específica (TEF) foi mantido pelos
congressistas após ser vetado por Bolsonaro. Assim, a lei volta a instituir que as SAFs
paguem 5% de imposto de suas receitas mensais nos cinco primeiros anos de operação,
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Rayssa Motta
29 de setembro de 2021 | 17h48
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu cinco dias para a
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BRASÍLIA – O novo partido que resultará da fusão do DEM com o PSL deve se chamar União
Brasil e aparecer nas urnas com o número 44. As marcas foram escolhidas nesta quarta-
feira, 29, em reunião com dirigentes das duas legendas. O encontro teve a participação dos
presidentes do DEM, ACM Neto, do PSL, Luciano Bivar, do vice-presidente do PSL, Antonio
Rueda, e do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM).
O líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB), disse que a escolha atende a ideia de não
aproveitar o 17 do PSL, que foi usado na última campanha presidencial de Jair Bolsonaro, e
nem o 25 do DEM. Para ajudar na decisão desses detalhes, os articuladores da fusão
contrataram, na semana passada, uma pesquisa. "A premissa era de nome novo e número
novo. Foram os melhores avaliados na pesquisa qualitativa", disse Efraim ao Estadão.
O novo partido será presidido pelo atual presidente do PSL, Luciano Bivar, e terá o
presidente do DEM, ACM Neto, na secretaria-geral. As executivas nacionais dos dois
partidos aprovaram a fusão e convocaram para o dia 6 de outubro, quinta-feira da próxima
semana, uma reunião conjunta dos diretórios nacionais das duas legendas, quando serão
decididos o estatuto e o programa do novo partido. De acordo com nota do PSL, "também
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Aconteceu no início da noite desta quarta-feira, 29, o que o presidente do Supremo Tribunal
Federal, Luiz Fux, previra horas antes em entrevista ao Estadão: deu empate de cinco a
cinco no plenário. Só com a posse do 11º ministro o julgamento poderá ser concluído, para
um lado ou para outro.
Por decisão de Fux, as ações penais não podem mais ser decididas numa das duas turmas,
têm de ser julgadas pelo plenário. No caso, foram três ações contra o ex-deputado André
Moura.
Ele foi condenado nas duas primeiras, por 6 a 4, mas houve empate de 5 a 5 na terceira.
Como o regimento do Supremo diz que nesses casos não vale a regra de "na dúvida, pro
réu", o julgamento ficará inconcluso até ser preenchida a vaga do ministro Marco Aurélio
Mello, que se aposentou do Supremo em 12 de julho deste ano.
A vaga está em aberto porque o presidente Jair Bolsonaro indicou o ex-ministro da Justiça
e ex-advogado geral da União André Mendonça, mas o Senado está há mais de dois meses
fazendo corpo mole, sem marcar a sabatina para aprovar, ou não, o nome de Mendonça.
Segundo Fux, para o Estadão, isso cria dificuldades e "incômodo" para os ministros do
Supremo. E ele citou justamente o risco de empate. Foi o que aconteceu e pode voltar a se
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O GLOBO
30/09/2021
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ARTIGOS
MERVAL PEREIRA - O 'PATO MANCO'
O presidente Bolsonaro já não governa mais. Os vetos derrubados nos últimos dias o
consolidam na posição de presidente mais derrotado pelo Congresso nos últimos 20 anos.
Na questão dos preços da Petrobras para gasolina, óleo diesel e gás, Bolsonaro tenta há
meses encontrar uma maneira de reduzir os aumentos constantes. E agora tem de
enfrentar o general Silva e Luna, colocado por ele na presidência da estatal no lugar de
Roberto Castello Branco justamente para estancar a alta dos preços.
O general interventor assumiu completamente a tese técnica da Petrobras e, apesar das
reclamações de Bolsonaro, anunciou nos últimos dias mais aumentos, na mesma direção da
diretoria anterior. A autonomia do Banco Central foi outra "derrota" do governo, embora
tenha sido dele a proposta. O presidente Roberto Campos Neto, usando a liberdade que lhe
deu a legislação, ficou mais à vontade para criticar a política econômica do governo. Como
quando, recentemente, disse que se percebe "o aumento da incerteza do momento
presente", referindo-se à crise deflagrada pelo presidente nos atos de 7 de setembro.
O acordo feito pelo presidente Bolsonaro com o Centrão, se lhe trouxe a segurança de que
os pedidos de impeachment continuarão na gaveta do presidente da Câmara, Arthur Lira,
também tirou-lhe o controle do Congresso, que passou integralmente para os partidos que
formam a maioria. A base governista está disposta a superar a impopularidade crescente de
Bolsonaro em ano eleitoral aprovando medidas que desarranjam o equilíbrio fiscal ou o jogo
eleitoral. O valor e a abrangência do novo Bolsa Família deverão ser bem maiores do que o
equilíbrio fiscal recomenda, mas os efeitos eleitorais serão grandes.
Não há ideologia predominante na derrubada de vetos, tanto quando os congressistas
votam a seu favor, como no caso das federações partidárias que preservarão pequenos
partidos diante da cláusula de barreiras, quanto no caso da Lei de Abuso de Autoridade, em
que o Congresso recuperou medidas importantes que haviam sido cortadas pelo presidente,
como "constranger presos a produzir provas contrárias a si mesmo" ou "negar acesso aos
autos da investigação ou ao inquérito".
Nos dois casos, houve ideologia por parte do presidente Bolsonaro, que vetou as federações
"para derrotar os comunistas", como explicou o deputado Eduardo Bolsonaro, e trechos da
Lei de Abuso de Autoridade a pedido de policiais.
A indicação do "terrivelmente evangélico" André Mendonça para a vaga de Marco Aurélio
Mello no Supremo Tribunal Federal (STF) é outro exemplo de como Bolsonaro está
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O GLOBO
30/09/2021
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ARTIGOS
FERNANDO VERNALHA - Irreverência institucional
A presente crise institucional não passará despercebida pelo setor de infraestrutura. É
bastante conhecida a relação entre a estabilidade institucional do país e sua capacidade de
atrair investimentos de longo prazo. As últimas semanas foram de muita tensão
institucional, originada principalmente dos ataques do presidente da República ao STF. Sua
repercussão política e econômica levou o presidente a divulgar uma nota de
reconhecimento dos excessos retóricos, num gesto de distensão. Mas a crise instalada
ainda mostra potencial de produzir estragos relevantes na construção de um ambiente
institucional maduro e estável para conquistar a confiança do investidor.
O Brasil vem, ao longo dos últimos anos, esforçando-se para construir um ambiente jurídico
e regulatório mais propício a engajar o capital privado em investir em projetos de
infraestrutura. Afinal, precisamos urgentemente ampliar o volume de investimentos em
infraestrutura para viabilizar o crescimento do país. Os diversos levantamentos já feitos
indicam que seria necessário, no mínimo, dobrar nossa média histórica de investimentos
pelos próximos 20 anos para que possamos nos aproximar dos níveis desejáveis. Sem poder
contar com orçamento estatal, em virtude das conhecidas restrições fiscais e orçamentárias
das administrações públicas, restam as desestatizações, particularmente os negócios de
concessão e parceria público-privada, para viabilizar uma agenda de investimentos
privados em infraestrutura pública. Esse investimento é ainda mais relevante no contexto
de superação das sequelas da pandemia da Covid-19, com o potencial de estimular a
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O GLOBO
30/09/2021
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BRASIL
LEI PEGOU, PRENDEU E PROCESSOU
Prejuízo. Vítima de ataque na cidade de Palmas mostra dor nas costas por queda
causada por passageiro que a incomodava enquanto andava de bicicleta
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O GLOBO
30/09/2021
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COLUNAS
MALU GASPAR
Candidatos repetem propostas inócuas de gasolina
Enquanto parte do país oscilava entre o choque com as revelações do caso Prevenir Idosos
e a irritação com as cenas patéticas do depoimento de Luciano Hang, os dois principais
candidatos à presidência da República em 2022 se afastaram da CPI da COVID e mudaram de
posição. baterias para o alto de combustíveis.
Jair Bolsonaro culpa o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e quer
que o Congresso aprove uma lei que estabeleça uma alíquota fixa e uniforme em todo o
país para o imposto, que hoje varia de estado para estado.
- Peço a Deus que ilumine os parlamentares durante a semana para aprovar esse projeto na
Câmara e depois no Senado. Esse é o problema do dia-disse o presidente em comício no
Nordeste.
Eu estava com o prefeito, Arthur Lira, que fez o refrão:
- O Brasil não tolera gasolina em quase R 7 7 e gás em RR 120.
Lula recorreu à parábola do gringo que leva nossas riquezas.
- O que está acontecendo é que a Petrobras está acumulando dinheiro para pagar ao
acionista americano - disse ele a uma rádio de Cuiabá.
Para o petista "" só seria possível subordinar o preço nacional ao internacional se o Brasil
fosse importador de petróleo, mas o Brasil é autossuficiente ".
Tanto Lula quanto Bolsonaro sabem que estão oferecendo soluções simplistas para um
problema complexo. O presidente da República tenta há meses colocar a narrativa de que,
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O GLOBO
30/09/2021
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COLUNAS
PRISCILLA PRIMI - Bem Estar
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Que ele atire a primeira Pedra que nunca fez dieta para emagrecer na segunda-feira e
"enfiou o pé na jaca" na sexta! Vários motivos nos fazem desistir de adotar uma dieta
regulada, temos a sensação de que o mundo conspira contra a alimentação saudável e nos
empurra uma série de tentações tornando-se difíceis de resistir, e acabamos voltando à
velha rotina.
O principal sabotador é o ambiente familiar. É comum quando estamos à mesa e alguém
pergunta: você vai comer só isso? Você está em um regime? Vai virar lagarta com tanta
salada que você fizer! Coma mais um pedaço de bolo, que fiz só para você! Se você não
comer tudo, terei que jogar fora! As refeições são momentos em que compartilhamos não
só a comida, mas também conversas, sentimentos, estreitamos relacionamentos e, quando
decidimos mudar o hábito alimentar, é necessário que a família participe, apoie e acolha
essa decisão, contribuindo para a adesão. a dieta.
Festas de aniversário, casamentos, happy hour, almoços de negócios, viagens, jantares de
noivado, enfim, os eventos sociais que aos poucos vão sendo retomados são outra causa
comum para extrapolar calorias, álcool, gordura e açúcar e dizer adeus a qualquer tentativa
de mudança. Após essas orgias alimentares, somos tomados por um sentimento de culpa e
frustração por não termos resistido ao pecado da gula e acabamos abandonando o projeto
de uma vida saudável. É importante dizer que não é preciso se isolar ou deixar de ter
convivência social, o principal é prestar atenção no que se come, degustar cada prato,
escolher o que comer e prestar atenção nas quantidades servidas. E se abusado, coma um
pouco menos na refeição posterior, compensando o deslize.
Aplicativos de entrega de comida, que se tornaram parte da rotina de muitas famílias, é um
forte boicote à perda de peso. Com três toques na tela e menos de 30 minutos, é possível ter
qualquer prato na nossa frente, os mesmos que aparecem nas fotos dos restaurantes, e
quase sempre escolhemos algo fora do padrão "dieta para emagrecer ". Há 10 anos, o
processo de preparação de uma refeição demorava pelo menos duas horas. Envolvendo
escolher, comprar e cozinhar os ingredientes, esse planejamento contribui para a seleção de
opções mais saudáveis. O parto é apenas um facilitador no parto, por isso é possível optar
por refeições mais próximas da dieta domiciliar sem comprometer a meta de
emagrecimento.
O escritório em casa, as acusações, o medo e o estresse que vivemos neste período
pandêmico também se mostram prejudiciais na perda de peso. A possibilidade de beliscar
ou fazer as refeições durante o trabalho, o que não era possível quando estávamos no
escritório, nos faz comer sem perceber e em quantidades maiores, dificultando a tentativa
de comer de forma consciente. A comida também serve como anestesia, o único prazer que
se consegue em um cenário de inquietação. É preciso resgatar a rotina de horários e locais
das refeições e buscar alternativas para o gerenciamento das emoções, como a prática de
exercícios físicos, ioga ou meditação.
Estamos cada vez mais imediatos, o mundo tecnológico tem despertado uma impaciência
que se reflete em decepção e desistência quando os efeitos não aparecem. Com as dietas
não é diferente. Ao contrário da internet, onde os resultados vêm em poucos minutos, a
perda de peso saudável ocorre de forma lenta e gradual. Nosso corpo não é um "aplicativo"
que responde tão rapidamente às mudanças, somos dotados de mecanismos fisiológicos de
preservação da vida e é preciso persistir para que o corpo "entenda" e aproveite o que está
armazenado: as gorduras indesejáveis. Demora pelo menos 15 dias de restrição calórica para
realizar a redução de peso e medidas. Portanto, a estratégia alimentar para emagrecer deve
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O GLOBO
30/09/2021
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COLUNAS
MÍRIAM LEITÃO
O mundo fica pior, o Brasil derrapa
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O GLOBO
30/09/2021
SEGUNDO CADERNO 6 voltar ao topo
COLUNAS
CORA RÓNAI
NINGUÉM SONHA COM O EXÍLIO
Não gosto do termo história em quadrinhos. Ele define, em tese, quadrinhos com
pretensões literárias, mas essa definição não funciona, a partir da expressão "pretensões
literárias". As histórias em quadrinhos não têm "pretensões literárias", são outra forma de
arte, em que o desenho tem tanto ou mais peso que as palavras, não têm que ser o que não
são para brilhar no mundo.
Infelizmente, não posso descartar o termo porque ainda não há outro para definir as
histórias em quadrinhos, que são histórias em quadrinhos que vão além dos HQs clássicos
como os conhecemos nas bancas de jornal e nos jornais - seja em tamanho, seja em
profundidade filosófica; quadrinhos com um ou dois pés no romance, história, ficção
científica ou autobiografia; quadrinhos, então, com ... pretensões literárias?
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O GLOBO
30/09/2021
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COLUNAS
GUGA CHACRA
O RISCO DO DECLÍNIO AMERICANO COM A VOLTA DE TRUMP
Se você me perguntar hoje o que pode acontecer nos próximos três anos, eu diria que
existe uma grande possibilidade de Donald Trump ser presidente dos Estados Unidos
novamente e de os republicanos dominarem a Câmara e o Senado. Também acho que a
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O GLOBO
30/09/2021
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ECONOMIA
Lira quer unificar ICMS sobre combustíveis
Os impostos, porém, são de responsabilidade dos estados. Em outra frente para
tentar segurar preços altos, prefeito pretende criar um fundo que serviria de
'colchão' para oscilações de valores
Plenário da Câmara. Arthur Lira quer discutir na Câmara a questão dos preços dos
combustíveis, cuja alta do Bolsonaro atribuiu aos impostos estaduais
Em meio à pressão cada aumentando governo por conta dos preços dos combustíveis, o
presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), abriu duas frentes para tentar
evitar novas altas: unificar o ICMS e criar um fundo "para dar conforto aos as oscilações "das
citações. Essas soluções, no entanto, não são fáceis de implementar e envolvem as finanças
dos estados. A primeira reunião entre líderes da Câmara para tratar do assunto terminou
sem acordo.
- Claro que vamos ouvir os governadores, os secretários da Fazenda. Não há movimento
contra os governadores ou a favor da Petrobras. É um movimento para resolver um grave
problema do Brasil, para encontrar a melhor alternativa que atenda a todos - disse Lira ao
final do encontro.
AÇÃO DOS ESTADOS
Depois de endossar, nesta terça-feira, o argumento do presidente Jair Bolsonaro de que os
impostos estaduais são os culpados pela alta dos combustíveis, Lira tentou ontem adotar
um tom mais brando:
- Não podemos dizer que é o ICMS que puxa o aumento, mas contribui para alguns
excessos. Queremos discutir um fundo de estabilização, sem tocar no preço da Petrobras,
não para atacar com tributação ou definição de valores, mas para dar conforto a essas
oscilações.
A legislação do ICMS é de competência estadual, e qualquer mudança deve enfrentar
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O GLOBO
30/09/2021
19 voltar ao topo
ECONOMIA
Câmara aprova vale-gás para bancar 50% do produto
aos mais pobres
BRUNO GÓES E MANOEL VENTURA
economia@oglobo.com.br
BRASÍLIA
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O GLOBO
30/09/2021
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ECONOMIA
Pacheco diz que busca alternativa de mudança no RI
para bancar auxílio.
Depois de ser acusado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de orientar a reforma do
Imposto de Renda, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (Dem-MG), disse que a
Câmara busca outra alternativa para bancar o programa de ajuda ao Brasil, propôs pelo
governo para substituir o Bolsa Família:
- O espaço fiscal está na solução do problema da precariedade. E, como o Ministério da
Economia apontou que a origem dos recursos seria o projeto de RI, vamos identificar se
existe alternativa ou se é uma realidade que não podemos retirar. Teremos toda a
responsabilidade de definir essa equação.
Na terça-feira, ele havia afirmado que as propostas de natureza tributária deveriam ser
avaliadas "o quanto antes" na Câmara, mas ponderou que é preciso respeitar a realização de
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O GLOBO
30/09/2021
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ECONOMIA
SUBSÍDIO AO BOTIJÃO
Sob pressão de Bolsonaro e Lira, Petrobras vai destinar R $ 300 milhões à baixa renda
Após críticas ao governo por manter preços apolíticos que já levaram ao reajuste
acumulado de 51% no ano Oriente, a Petrobras vai destinar R $ 300 milhões para famílias de
baixa renda, até o final do ano eleitoral de 2022, para garantir o acesso à gás antes, o
presidente Bolsonaro havia afirmado que o preço do tanque cairia à meia. O prefeito, Arthur
Lira (P P-AL), propôs unificar a alíquota de ICMS entre os estados e criar um fundo contra
oscilações nos preços dos combustíveis. Bolsonaro culpou novamente os governadores pela
alta, que pressiona a inflação.
Após afirmar no início da semana que sua política de preços de combustíveis seria mantida
e que não participaria de iniciativas para baratear o preço do gás, a Petrobras anunciou na
noite passada a criação de um programa social de apoio a famílias de baixa renda, no valor
de R .300 milhões. O objetivo do programa, com duração de 15 meses, seria garantir que eles
tenham acesso a insumos essenciais, com foco no botijão de gás. O programa estará em
vigor durante toda a campanha eleitoral de 2022.
O anúncio foi feito no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro disse que o preço da
lata poderia cair pela metade:
- O preço do gás onde é envasado gira em torno de R 5 50. Não justifica no final da linha
estar custando R 1 130. Esse preço vai cair pela metade, se Deus quiser, pode ter certeza.
Ao longo da semana, a Petrobras esteve sob pressão. Comentando o aumento da inflação,
que já ultrapassou 10% na taxa acumulada em 12 meses do IPCA-15 de setembro, Bolsonaro
citou a política de preços da empresa como um entrave à redução do valor dos
combustíveis. No mesmo dia, o estado foi a público anunciar que os produtos sofrem o
impacto da variação do dólar e do petróleo e que é responsável por apenas uma fração do
preço cobrado nas bombas. Na terça-feira, ela reajustou novamente o diesel, que já acumula
alta de 51%.
Na mesma entrevista, o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, que assumiu a
presidência por indicação de Bolsonaro, descartou a possibilidade de colaborar com alguma
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O GLOBO
30/09/2021
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ESPORTES
Assembleia confirma afastamento de Caboclo
Decisão foi tomada pelos presidentes das 27 federações estaduais de forma unânime
ATHOS MOURA
athos.moura@oglobo.com.br
Assembleia Geral da CBF, formada pelos 27 presidentes das federações estaduais, aprovou
ontem, por unanimidade, a destituição de Rogério Caboclo da presidência da entidade por 21
meses. Ele responde a uma acusação de assédio sexual contra um funcionário do Conselho
de Ética. Para que a sanção fosse confirmada, era necessária a anuência da
assembléia. Caboclo ainda pode recorrer ao Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem
(CBMA).
Após a Assembleia, o presidente em exercício da CBF, Ednaldo Rodrigues, disse que os
presidentes das 27 federações tiveram acesso ao processo e tiveram a convicção de que
caboclo cometeu crime:
- Aqueles que ainda tinham dúvidas se votariam a favor do arguido tinham plena convicção
de que existia o crime de assédio. Foi uma decisão sensata, por tudo o que aconteceu no
processo. E ele recebeu todo o direito de defesa.
A CBF permanece sob o comando provisório de Ednaldo. Como a destituição de Caboclo
não contempla todo o mandato - volta um mês antes do término -, não há necessidade de
provisório para convocar novas eleições, conforme determina o estatuto da CBF.
No entanto, dentro da CBF, a expectativa é que o Caboclo seja retirado definitivamente em
breve. Ele também responde a outras duas denúncias ao Comitê de Ética da CBF, também
por assédio sexual e moral às funcionárias. Ele nega as acusações.
Rogério Caboclo foi afastado da presidência da CBF em 6 de junho, após ser acusado de ter
praticado assédio moral e sexual contra funcionário.
Em julho, uma segunda mulher, ex-funcionária da CBF, disse em depoimento ao Ministério
Público do Rio que também foi vítima de assédio moral e sexual praticado por Caboclo,
enquanto ele era presidente da entidade. Uma terceira denúncia, feita em agosto, também
por um ex-funcionário, relata casos, além de assédio, agressão.
O GLOBO
30/09/2021
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MUNDO
No Reino Unido, soldados farão transporte de com
bustíve
lApós dias de crise por falta de produtos, governo mobiliza 150 motoristas do Exército
para compensar a falta de caminhoneiros
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O GLOBO
30/09/2021
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POLÍTICA
VERSÕES EM CONFLITANTES
Sessão tumultuada. Luciano Hang na chegada a seu depoimento à CPI da Covid,
marcado por contradições, ironias e bate-bocas
ANDRÉ DE SOUZA
politica@oglobo.com.br
BRASÍLIA
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O GLOBO
30/09/2021
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POLÍTICA
O juiz ordena que a Prevent pague RR 1,9 milhões ao
paciente pelo 'kit Covid'
A Justiça de São Paulo determinou nesta segunda-feira que a Prevent Senior pagasse R.1,9
milhões pelo tratamento de um paciente que mudou de hospital em março após ser tratado
com medicamentos do "Covid Kit".
O plano de saúde é alvo da CPI da COVID no Senado para, entre outras denúncias, ocultar
mortes de pacientes que participaram de um estudo realizado para testar a eficácia da
hidroxicloroquina, um remédio ineficaz contra a infecção pelo coronavírus.
O paciente, aposentado de 61 anos, segundo o portal G1, apresentou ao tribunal prova de
que tomava "medicamentos comprovadamente ineficazes, como ivermectina e
hidroxicloroquina", para o tratamento do coronavírus, conforme liminar do juiz Guilherme
Santini Teodoro, da 30ª Vara Cível de São Paulo.
Depois de perceber piora do quadro clínico e orientada por médico particular, a família
decidiu transferir o aposentado para o hospital israelense Albert Einstein, o único que
estava com leitos desocupados naquele mês, que registrou alta dos casos. Com insuficiência
respiratória, o idoso ainda passou 60 dias internado antes da alta. A família afirma que
recorreu a empréstimos para pagar a conta. O relatório dos médicos do Einstein aponta que
a alta foi atrasada "devido a complicações e atrasos não homologação adequada" na
Prevenir.
O magistrado determinou então que o plano de saúde depositasse um valor que cubra as
despesas de internação no Einstein até meados da próxima semana.
"Foi aplicado 'Kit Covid' e não houve internação na UTI, indicada pela gravidade do paciente,
atendido inicialmente na enfermaria", relatou a juíza.
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O GLOBO
30/09/2021
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POLÍTICA
SENADO APROVA PROJETO DE LEI QUE ATENUA LEI DE
IMPROBABILIDADE
O texto retorna à câmara; matéria estabelece punição apenas para atos maliciosos, ou
seja, com intenção
JULIA LINDNER
julia.lindner@bsb.oglobo.com.br
BRASÍLIA
Por 47vo tosa 24, o Senado aprovou ontem o projeto de lei que altera a lei de
improbabilidade administrativa para que a responsabilização só ocorra e haja prova da
intenção, ou seja, intenção do agente de prejuízo à administração pública. A legislação atual
também prevê punições amplas para ato culposo, que seriam totalmente modificadas com
as novas regras. O texto terá que voltar para a Câmara dos Deputados.
Se aprovada, a matéria, entre outras alterações, evita que as punições doges torque deixem
de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na legislação e de quem
transfere recurso a entidade privada, em razão da prestação de serviços na área da saúde ,
sem prévia celebração de contrato.
Outro ponto polêmico diz que a pena de perda do mandato passa a valer apenas para cargos
da mesma natureza à época da infração cometida. Ou seja, no caso de prefeito condenado
por improbabilidade com pena de Multa que atualmente for governador, por exemplo, não
haverá perda do mandato. O mesmo vale para o senador que foi alvo de ação durante a
gestão do deputado.
Também fica estabelecido que o prazo de prescrição para os crimes de improbidade
começará a contar a partir do ato e não do final do mandato, como ocorre atualmente. O
texto prevê o prazo de prescrição em oito anos "a partir da ocorrência do fato ou, no caso
de infrações permanentes, a partir do dia em que cessou a suspensão". A lei atual
estabelece que as ações podem ser propostas até cinco anos após o término do mandato;
dentro do prazo previsto em lei específica; ou até cinco anos após a apresentação à
administração pública da prestação de contas final.
No caso de partidos e suas fundações, as penas serão definidas apenas pela lei dos partidos
políticos, e não mais pela lei da improbabilidade.
Os senadores mantiveram um trecho que exige a necessidade de dolo específico de atos de
improbabilidade decorrentes do descumprimento da legislação de acesso à Informação.
Nesses casos, será necessário comprovar a intenção do agente com a atitude de obter lucro
ou benefício indevido para si ou para outra pessoa ou entidade.
Durante as discussões na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), pela manhã, o relator da
matéria, Weverton Rocha (PDT-MA) , acatou emendas sugeridas por senadores e
representantes da sociedade civil para garantir a aprovação do texto. Mas admitiu que a
solução ainda não é o "ideal", pois permanecem os pontos principais, como a configuração
do ato apenas com intuito específico, a prescrição intercorrente e a exclusão da hipótese de
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O GLOBO
30/09/2021
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POLÍTICA
Carlos mantém assessores investigados por
'rachadinha'
Apontados como 'fantasmas' pelo Ministério Público têm salários acima de R mil 10
mil e tiveram segredos bancários e fiscais quebrados
O GLOBO
30/09/2021
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POLÍTICA
PINOCHET, FAKE NEWS E PIADAS HOMOFÓBICAS
O globo teve acesso às mensagens enviadas nos últimos dias por Jair Bolsonaro aos
seus contatos do WhatsApp, que incluem notícias falsas sobre vacinação de jovens,
vídeo elogiando o ditador chileno, piadas preconceituosas e ataques a oponentes
PAULO CAPPELLI
cappelli@oglobo.com.br
BRASÍLIA
Vídeos com elogios ao ditador chileno Augusto Pinochet, divulgação de notícias falsas sobre
a vacinação de jovens, além de piadas homofóbicas e um infindável arsenal de seu já
conhecido sanha anticomunista. O globo teve acesso às mensagens do WhatsApp enviadas
pelo número pessoal de Jair Bolsonaro para fechar pessoas que expõem como o presidente
da República tem utilizado o aplicativo de mensagens nos últimos dias.
O material foi enviado pelo Bolsonaro entre quinta-feira da semana passada e ontem por
meio de um número adquirido recentemente. Receberam o mesmo conteúdo diferentes
pessoas do Círculo da presidência, inclusive outras importantes autoridades da República, o
que indica o uso de lista de transmissão.
Em mensagem anteontem, às 20h50, o Bolsonaro utilizou o app para divulgar notícias
falsas e desestimular a vacinação, escrevendo: "jovens morrendo com Pfizer". No mesmo
momento, ele compartilhou um vídeo com as palavras: "riscos - precisa investigar! Jovem
morr3ndo de parada card1aca (sic) ". No vídeo também consta a inscrição "Bolsonaro tem
razão" ". O material reproduz uma fala da comentarista Cristina Graeml, do programa" OS
Pingos nos Is ", da rádio" Jovem Pan ", no qual ela cita cinco casos de adolescentes que
faleceram recentemente, lançando dúvidas sobre a aplicação das doses da Pfizer. Duas das
mortes citadas, no entanto, foram de adolescentes que nem mesmo haviam sido vacinados.
O texto foi disparado por Bolsonaro justamente no dia em que o governo voltou atrás e
decidiu liberar a imunização dos adolescentes,
Uma das principais linhas de investigação da CPI da COVID é o atraso na compra do governo
federal da vacina da Pfizer. No total, 86 e-mails enviados pela farmacêutica ficaram sem
resposta do Ministério da Saúde.
Em outra mensagem, disparada na última quinta-feira, Bolsonaro postou vídeo elogiando o
ditador chileno Augusto Pinochet e deu a entender que, se a esquerda voltar ao poder, o
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O GLOBO
30/09/2021
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POLÍTICA
Provocação e bate-bocas marcam a sessão
> O antes, durante e depois de Luciano Hang na CPI da COVID deixaram claro que este é um
personagem caro ao Palácio do Planalto. Chegou ao Congresso rodeado de senadores do
governo, como Marcos Rogério (DEMRO) e Jorginho Mello (PL-SC), recepção raramente dada
aos convocados para a comissão.
> O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) participou da sessão, em uma demonstração da
importância dada ao depoimento. Normalmente, ele só participa de sessões consideradas
estratégicas pelo governo.
> Ao pedir a palavra, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) criticou a figura do "bobo da corte",
que foi interpretada como uma ofensa a Hang, embora não tenha sido citado.
> - Em todas as épocas do nosso país existiu a figura do bobo da corte, independente dos
trajes usados ao longo do tempo, servem para bajular o rei e criar cortinas de fumaça para
desviar a atenção dos problemas dramáticos e reais - disse Renan, gerando um conversar
com o Flavio.
> - Que cinismo. Respeitaram o filho do presidente.
Mais tarde, foi a vez de Hang provocar o senador Humberto Costa (PT-PE), que não lhe fez
perguntas.
> - Estou muito triste por não me fazer perguntas e ficar com dez minutos de narrativas, de
mentiras - disse o empresário, que, após ser repreendido pelo vice-presidente da CPI,
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O GLOBO
30/09/2021
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POLÍTICA
Apoiador de Doria nas prévias, FH se reúne com
Eduardo Leite
Ex-presidente recomenda ao tucano gaúcho adicionar 'partidos e gente'
GUSTAVO SCHMITT
gustavos@sp.oglobo.com.br
SÃO PAULO
Um dia depois de obter o apoio do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), o governador do Rio
Grande do Sul, Eduardo Leite, se reuniu com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
em São Paulo. FH, que já havia declarado apoio ao governador de São Paulo João Doria nas
prévias do PSDB, recomendou que Leite trabalhasse para agregar "partidos e povo" na
tentativa de unir a terceira via.
- O importante nessa eleição é a capacidade de agregar partidos e pessoas e dar um
direcionamento ao Brasil. Se você fizer isso, você ganha a eleição - disse Fernando
Henrique, em vídeo ao lado de Tasso e Leite.
Nos bastidores, o depoimento do ex-presidente foi lido como um recado para Doria, que é
vista no partido como alguém com mais dificuldade em compor com outras legendas e
acaba desistindo da cabeça de prato, se for decisão do partido. O governador de São Paulo
buscou minimizar a aproximação do leite, Tasso e do ex-presidente.
- É normal. O presidente Fernando Henrique não só falou, mas disse duas vezes, gravou
dois vídeos, nos quais mencionou apoio ao nosso nome (...) E vale a palavra de um
presidente da República - disse Doria, em entrevista coletiva antes do encontro .
MUDANDO OS LADOS
Alguns tucanos acreditam que o FH ainda pode mudar de posição caso a aplicação do leite
ganhe massa muscular nos próximos meses.
- Não existe "ele declarou apoio para mim". Se houver alguma liderança capaz de acabar
com esse extremismo, com essas alternativas pobres que existem e fazer essa união com as
forças do centro, as coisas mudam - disse Tasso, após se reunir com Leite e o ex-presidente.
- Estou com Fernando Henrique há 40 anos. Tenho certeza de que não votaremos de
maneira diferente um do outro.
Em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo" ontem, Tasso disse que vê Leite mais disposto a
negociar para abrir mão da cabeça se for preciso, e que avalia o estilo de Doria de
confrontação mais do que de diálogo.
O discurso ecoou na sigla, uma vez que algumas alas ligadas ao deputado mineiro Aécio
Neves já defenderam que o partido desista de uma candidatura em uma composição que
permite focar na ampliação da bancada no Congresso.
Questionado sobre o assunto, Leite descartou a possibilidade de ser vice.
—Não faz sentido deixar meu governo no Rio Grande do Sul em abril do ano que vem
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O GLOBO
30/09/2021
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POLÍTICA
PGR diverge de PF e pede para abrir inquérito contra
líder governamental
Cobrar. Senador Fernando Bezerra Coelho ( MDB-PE): PF apontou pagamento de
propina feita ao parlamentar
O senador Fernando Bezerra foi indiciado por corrupção e lavagem de dinheiro, mas
equipe de Aras não viu provas contra parlamentar
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O GLOBO
30/09/2021
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POLÍTICA
O NOME ESCOLHIDO
Os possíveis logotipos e o nome da futura partido.
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O estado brasileiro gastou R $ 1,062 milhão com apenas três motociatas feitas pelo
presidente Jair Bolsonaro: Ado Rio, em maio, e as de São Paulo e Chapecó (Sc), em junho. O
valor, informado pela Presidência da República e pela Secretaria de Segurança Institucional
ao Tribunal de Contas da União (TCU), é um processo sigiloso em julgamento pelo tribunal.
Ministros do TCU avaliam se o presidente cometeu irregularidade ao promover esses três
eventos com dinheiro público para segurança bancária e transporte para ele e seus
convidados.
Também foi avaliado um quarta motociata, ade Brasília, no dia 9 de maio, o ma Sessa custou
apenas R $ 249,64, segundo informou o TCU.
O processo é tratado como sigiloso na Justiça por envolver despesas como segurança do
presidente, mas também por tratar de assunto politicamente delicado para o Bolsonaro. A
libertinagem foi requisitada por membros da CPI da COVID, incomodados pelo fato de o
Bolsonaro reunir multidões sem máscara durante a pandemia e para fins de autopromoção.
Ao avaliar os gastos com as motociatas, a equipe técnica do TCU considerou apenas os
gastos com a segurança do presidente e a estrutura utilizada nos deslocamentos, como
veículos, combustíveis.
As moticiatas de Bolsonaro em Brasília, Uberlândia (MG), Santa Cruz do Sul (RS) e Santa Cruz
do Capibaribe (PE) não foram incluídas no relatório, pois ocorreram após a pesquisa.
A análise inclui apenas despesas do governo federal. Não leva em consideração gastos de
estados e municípios com a organização da estrutura local. No relatório enviado aos
ministros, a área técnica do tribunal disse não ter sido possível apontar irregularidades nas
despesas do presidente. Segundo os auditores, não existe nenhum alei que diga o que é e o
que não é uma viagem de interesse público.
Nesse caso, os técnicos do TCU recomendam o ajuizamento da investigação e o envio dos
documentos não só à CPI da COVID, mas também às Comissões de Fiscalização e Controle
da Câmara e do Senado. A investigação, porém, pode ser utilizada em outro órgão: o TSE,
que analisa se as motociatas foram atos de antecipação de campanha política. O próprio
procurador do tribunal, Paulo go net, já pediu o compartilhamento de informações.
O relator do caso, Raimundo Carreiro, que já está com a mudança para Lisboa acertou com
Bolsonaro como embaixador do Brasil em Portugal, optou por abrir a investigação. Na
votação já distribuída seguiu-se a recomendação da área técnica. Mas o ministro descartou
a indicação de que o material seja encaminhado à CPI da COVID e às Comissões de
Fiscalização e Controle da Câmara e do Senado.
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As cúpulas DEM e PSL decidiram ontem em reunião em Brasília que o nome da parte que
surgirá da fusão das duas legendas será União Brasil e terá o número 44, informou o
colunista Lauro Jardim. Os marqueteiros ligados às duas siglas passaram os últimos dias
pesquisando para chegar à nova identidade. A convenção conjunta para sacramentar a
fusão está programada para ocorrer em 6 de outubro, quando o estatuto e o programa do
novo partido deverão ser definidos.
Como o globo mostrou na edição de ontem, os dirigentes queriam que a marca
representasse o que consideram a "essência" dos dois partidos, que hoje se chamam Partido
Democrata e Social Liberal. Seus respectivos números, 17 e 25, serão deixados para trás. A
lenda em formação será presidida pelo atual presidente do PSL, Luciano Bivar, e terá ACM
Neto, presidente do DEM, na função de Secretário-Geral e a fusão dará origem ao maior
partido do país - 81 deputados na bancada da Câmara, sete senadores e cinco governadores.
Terá também a maior parcela dos recursos eleitorais, somando cerca de R.330 milhões em
2022, valor que pode ser ainda maior caso o Congresso opte por aumentar os percentuais
destinados a todas as legendas.
A ideia do novo partido é lançar uma candidatura própria à presidência da República. Hoje,
estão na partida os pré-candidatos Luiz Henrique Mandetta (DEMMS), ex-ministro da Saúde;
Rodrigo Pacheco (Dem-MG), presidente do Senado, e o apresentador José Luiz Datena (PSL).
O GLOBO
30/09/2021
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RIO
PERIGO NA PISTA
Linha Vermelha e Avenida Brasil têm iluminação e conservação precárias
A Linha Vermelha e a Avenida Brasil têm muito em comum, além de funcionarem como os
dois principais acessos terrestres ao rio: ambas enfrentam problemas de manutenção e
ordem urbana que vão desde a má conservação da via e paradas de ônibus degradadas até a
iluminação precária, um perigo para tráfego e segurança pública. Desde a semana passada,
equipes do mundo todo percorreram toda a extensão das duas pistas, em momentos
diferentes, e detectaram problemas diversos que colocam em risco motoristas e pedestres.
Só na Avenida Brasil, que tem 58 quilômetros de extensão, quase 300 postes estão
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O GLOBO
30/09/2021
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SEGUNDO CADERNO
OS BASTIDORES DA AQUISIÇÃO DE IMUNIZANTES
'AO MENOS 95 MIL VIDAS TERIAM SIDO POUPADAS SE NÃO HOUVESSE TANTO
ATRASO NA COMPRA DE VACINAS', DIZ ÁLVARO PEREIRA JR., QUE DIRIGE SÉRIE
SOBRE O TEMA
MARIANA TEIXEIRA
mariana.neves@infoglobo.com.br
O GLOBO
30/09/2021
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SEGUNDO CADERNO
PORTARIA QUER RESTRINGIR 'PASSAPORTE DA VACINA'
JUSSARA SOARES
jussara.soares@bsb.oglobo.com.br
BRASÍLIA
A Secretaria Especial de Cultura, liderada pelo ator Mário Frias, elabora portaria para evitar
que atrações financiadas com recursos da Lei Rouanet exijam a apresentação do
comprovante de vacina contra Covid-19. A medida vai ao encontro de um desejo do
presidente Jair Bolsonaro, que não se vacinou e é contra o chamado “passaporte da
imunidade”.
A informação de que o texto está a ser elaborado foi divulgada ontem à tarde pelo
secretário Nacional de Incentivo e Promoção da Cultura, André Porciuncula, numa rede
social. O braço direito de Frias e ex-policial militar Porciúncula, que defende
veementemente as políticas do presidente, classificou a exigência da prova de imunização
como “abominável”.
“Já estou finalizando uma portaria para proibir o uso do passaporte de vacinação em
projetos financiados pela Lei Rouanet. Não aceitaremos, na Century, essa medida ilegal e
abominável ”, escreveu Porciúncula.
A publicação foi compartilhada pelo secretário Mario Frias em suas redes, confirmando a
portaria: “o acesso à cultura deve ser amplo e irrestrito. Não aceitaremos medidas
discriminatórias”.
PORCIUNCULA DIZ MEDIDA PARA EVITAR A EXIGÊNCIA DE ATRAÇÕES FINANCIADAS POR
ROUANET ESTÁ SENDO FINALIZADA
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RAFAEL GARCIA
rafael.garcia@sp.oglobo.com.br
SÃO PAULO
Um grupo de cientistas publicou ontem novos resultados do teste clínico da vacina Covid-19
da AstraZeneca / Oxford e, em um recorte diferente dos resultados divulgados no ano
passado, a eficácia geral da vacina contra infecções foi de 74%, quando considerada
condições de severidade média e alta.
O novo trabalho, redesenhado por cientistas da própria farmacêutica e do NIH (Instituto
Nacional de Saúde dos Estados Unidos), incluiu apenas dados de voluntários dos Estados
Unidos, Peru e Chile.
No mesmo estudo, os cientistas afirmam que a eficácia da vacina foi menor, em 70%,
quando também incluídos os casos com sintomas leves. Se forem incluídos casos
assintomáticos, a eficácia da vacina cai para 64,3%.
Publicado na revista acadêmica New England Journal of Medicine, o estudo não inclui dados
do Reino Unido, África do Sul e Brasil, países que participaram dos primeiros braços do
ensaio clínico. A vacina AZD1222 da AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a
Universidade de Oxford, é a que vem sendo produzida pela Fiocruz no Brasil.
O estudo atual se refere a um ramo separado do ensaio clínico da vacina que foi agrupado
após o final do ano passado, após erros ocorridos na aplicação do imunizador em alguns dos
voluntários britânicos do estudo. Alguns dos primeiros recipientes de vacina no Reino
Unido receberam injeções com apenas metade da dosagem planejada, o que comprometeu a
análise de parte dos dados, principalmente do recorte de eficácia por faixa etária.
MAIS SUCESSO EM IDOSOS
No atual estudo, foram incluídos mais de 32 mil pacientes, entre recipientes de vacina e
placebo, e os cientistas buscaram fazer um recorte dos resultados para voluntários com
mais de 65 anos.
"Este estudo do AZD1222 foi projetado para incluir vários grupos com alto risco de
exposição ao vírus SarsCoV-2 e populações com risco aumentado de complicações da
Covid-19", afirmam os autores, liderados pelas cientistas Ann Falsey e Magdalena
Sobieszczyk, da Universidade de Rochester nos EUA.
Curiosamente, a vacina pareceu ter mais sucesso em idosos do que em adultos jovens,
tendo apresentado no estudo uma marca de 83,5% de eficácia. O estudo não detalha as
razões pelas quais isso pode ter ocorrido, embora os idosos em geral tenham uma resposta
imunológica mais fraca.
Todos os valores do estudo são inferiores aos 90% de eficácia relatados pela AstraZeneca,
em novembro de 2020, quando o resultado preliminar do ensaio clínico abriu os dados para
análise pela primeira vez. Esse percentual se referia apenas a um subgrupo excluindo
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O GLOBO
30/09/2021
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SAÚDE
Governo lança vacinação simultânea
Decisão de imunizar contra diferentes doenças visa aumentar a adesão ao PNI.
O GLOBO
30/09/2021
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SAÚDE
Fiocruz: 11% das pessoas estão na 2ª dose atrasada
São mais de sete milhões de brasileiros com o esquema vacinal incompleto e,
portanto, sem a devida proteção garantida
204
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MARIANA ROSÁRIO
mariana.rosario@sp.oglobo.com.br
SÃO PAULO
Testes de laboratório mostraram que o antiviral de uso oral molnupiravir é eficaz contra as
variantes do covid-19, anunciou a empresa farmacêutica Merck. A pesquisa abrange duas
vertentes: profilaxia e tratamento de pacientes infectados que não precisam de
internação. Outras empresas trabalham no desenvolvimento de pílulas contra a doença. A
Pfizer anunciou esta semana um novo passo deteste para as drogas.
A Afarmaceutics Merck Sharp & Dohme (MSD) anunciou ontem, em uma conferência
médica, que seu antiviral oral molnupiravir provou ser eficaz contra variantes do Covid-19,
em testes de laboratório.
O medicamento, apresentado na forma de comprimidos, está na Fase 3 de estudos em duas
frentes: profilaxia - que é a proteção preventiva após exposição a um agente infeccioso - e
tratamento para infectados que ainda não precisam de internação.
O trunfo contra as variantes, noticiou a agência Reuters, seria por causa do foco de ação da
droga. Em vez de atingir a proteína s, parte do vírus que sofre algumas alterações graças
às mutações, a droga atua sobre uma enzima responsável pela replicação do
coronavírus. O objetivo da administração do remédio é introduzir “erros” no código
genético do agente infeccioso, inibindo sua replicação.
Segundo a empresa, o novo antiviral seria potente, inclusive contra a variante Delta, a cepa
mais transmissiva e responsável pela maioria dos casos sequenciados do Covid-19 em
países como Brasil, Reino Unido e Estados Unidos.
OUTROS ESFORÇOS
A Merck não é a única. A Pfizer anunciou esta semana o início dos testes intermediários
para seu candidato a medicamento profilático covid-19. Os estudos incluem pessoas com
mais de 18 anos que moram em casas com alguém cujo teste é positivo para Covid-
19. Participam da pesquisa cerca de 2,6 mil pessoas que tomarão o medicamento duas vezes
ao dia, durante cinco ou dez dias. Prevê-se também o uso de placebo para ratificar o bom
desempenho do medicamento.
Outras empresas farmacêuticas também estão trabalhando no desenvolvimento de
medicamentos antivirais contra a Covid-19. Isso inclui a norte-americana Enanta
Pharmaceuticals e Pardes Biosciences, a japonesa Shionogi e a suíça Novartis AG.
Um medicamento com potencial para prevenção e tratamento para Covid-19 funcionaria
nos moldes do Oseltamivir, comercializado como Tamiflu, desenvolvido para combater o
vírus da influenza (influenza) . Com um medicamento desse tipo em mãos, é possível
inaugurar uma nova etapa no combate ao coronavírus, dentro de um esquema que é
chamado entre os médicos de “mandala da prevenção”.
Nesse esquema, a primeira etapa são os cuidados não farmacológicos, como máscaras,
distanciamento social e higienização das mãos. Depois, vêm as medidas farmacológicas de
proteção, como vacinas e medicamentos profiláticos, e também aqueles utilizados como
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O GLOBO
30/09/2021
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SAÚDE
Casais com HIV vivem revolução afetiva com trata
mentos contínuos
Ciência consagra eficácia dos antirretrovirais em tornar vírus indetectável, afastando
temor de contaminação dos parceiros
MARIA CORISCO
O GLOBO
30/09/2021
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SAÚDE
Profissionais de saúde receberão terceira dose em
SP
Previsão é de que um milhão de pessoas sejam vacinadas no novo grupo; reforço
começa a ser aplicado na próxima segunda
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Os profissionais de saúde poderão receber uma terceira dose da vacina contra a Covid-19
em São Paulo a partir da próxima segunda-feira, anunciou ontem o governo do estado. A
aplicação de dose de reforço foi uma reivindicação do grupo que foi um dos primeiros a se
imunizar na campanha e que está na linha de frente no combate à pandemia, em alta
exposição. Só na capital paulista, a prefeitura já havia registrado um aumento de 46,7% nos
casos de Covid entre os profissionais de saúde recentemente.
- Vamos começar a vacinar os profissionais de saúde. Começa nesta segunda-feira, 4 de
outubro, para fortalecer ainda mais a imunidade de quem está na linha de frente no
combate à pandemia - afirmou o governador de São Paulo, João Doria, em entrevista
coletiva no Palácio dos Bandeirantes.
Os especialistas já haviam alertado, também, sobre o maior grau de exposição desse grupo
às variantes mais agressivas do coronavírus e o tempo decorrido desde a última
imunização. A maioria recebeu a vacina há oito meses, período em que os Centros de
Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos avaliaram a eficácia dos
imunizadores contra a Covid.
A previsão é que um milhão de profissionais de saúde sejam vacinados no estado. Para
receber a nova dose, eles devem ter completado o ciclo de vacinação, com as duas doses do
imunizante, sendo que a última deve ter sido aplicada há pelo menos seis meses. Até
então, apenas pessoas com mais de 60 anos e imunossuprimidas recebiam a dose de
reforço de Covid no estado.
- Para os profissionais de saúde que já tomaram as vacinas entre fevereiro e março,
estamos disponibilizando um milhão de doses para que comece a campanha da terceira
dose para esses profissionais - afirmou a coordenadora-geral do Programa Estadual de
Imunizações (Pei), Regiane De Paula .
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Julia Lindner
29/09/2021 - 18:14 / Atualizado em 29/09/2021 - 19:07
BRASÍLIA — Após ser cobrado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, a pautar a reforma
do Imposto de Renda, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que a
Casa busca outra alternativa para bancar o programa Auxílio Brasil, proposto pelo governo
para substituir o Bolsa Família.
A análise, segundo ele, será feita através de audiências públicas.
— O espaço fiscal se encontra na solução do problema dos precatórios. E, como há por parte
do Ministério da Economia o apontamento de que a fonte dos recursos seria o projeto do IR,
nós vamos identificar se há uma alternativa ou se é uma realidade que não temos como
afastar. Vamos ter toda a responsabilidade para definir essa equação — disse Pacheco a
jornalistas, nesta quarta-feira.
Na semana passada, Pacheco indicou que não vai abrir mão de pautar a reforma tributária
que já tramita na Casa em detrimento da prioridade que o governo quer para a mudança
nas regras do Imposto de Renda.
Na terça-feira, ele afirmou que as propostas de natureza tributária devem ser apreciadas "o
mais rapidamente possível" na Casa, mas ponderou que é preciso respeitar a realização de
audiências públicas.
Questionado se sente pressão do Ministério da Economia para tocar a pauta com mais
agilidade, Pacheco afirmou que a Casa é "madura o suficiente" para não se render a isso:
— Não considero que há pressão, e se houvesse também o Senado é uma Casa madura o
suficiente para não se render a pressão alguma. Na verdade, nós temos um senso de
responsabilidade com a reforma tributária, com este projeto que veio da Câmara e até em
respeito à Câmara precisa ser apreciado no Senado, que é referente à reforma do Imposto
de Renda. Sabemos da nossa responsabilidade com aquilo que nos une que é o
estabelecimento de um programa social do Bolsa Família para poder atingir o maior
número de pessoas.
Há dois dias, o ministro Paulo Guedes afirmou que o Senado vai demonstrar não estar
preocupado com o Bolsa Família caso deixe de pautar em plenário o projeto que muda as
regras do Imposto de Renda.
— [Se] botar na gaveta, na verdade ele está dizendo ao povo brasileiro que não está
preocupado com o Bolsa Família — declarou Guedes.
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RS - ZERO HORA
30/09/2021
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ARTIGOS
ANA PAULA BECK DA SILVA ETGES - Saúde: remuneração
baseada na ciência
O investimento em saúde representa uma parcela expressiva do PIB em todos os países e
uma pauta constante de agências e escolas de economia da saúde. Enquanto as tecnologias
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30/09/2021
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COLUNAS
DAVID COIMBRA
Acordei rico
Ontem acordei me sentindo rico. Foi uma sensação agradável. Em primeiro lugar, porque
ricos dormem bem. O sono deles é restaurador e macio, eles ronronam feito gatinhos
debaixo de edredons brancos e acordam quando tênues raios de sol se esgueiram pela
janela. Ricos, já percebi, não gostam de dormir com o quarto totalmente escuro, como gosto.
Eles querem sentir a manhã despertar, querem ouvir o canto dos pássaros e tudo mais.
Talvez seja por isso, por desfrutarem de noites de sono perfeitas, que a pele dos ricos é tão
boa. Ontem, minha pele estava impecável, graças a minha súbita riqueza.
Tenho a impressão de que sei qual é a origem dessa minha afortunada sensação. Foi um
vídeo da Camila Coelho que vi no Instagram. A Camila Coelho morava em Boston na época
em que morei lá. Ela é modelo internacional. É morena, pequena e magrinha. Tem uns
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30/09/2021
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COLUNAS
GISELE LOEBLEIN - Campo e Lavoura
Apetite maior apesar de custos e preços em alta
A escalada dos custos foi e continuará sendo o principal entrave para a indústria de aves,
suínos e ovos. Ainda assim e, apesar da redução do poder de compra do consumidor, deve
navegar por águas de crescimento neste e no próximo ano, aponta a Associação Brasileira
de Proteína Animal (ABPA). Projeção da entidade mostra que a carne suína tende a fechar
2021 com a maior expansão percentual em produção: até 6% (veja gráfico). Cenário
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30/09/2021
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COLUNAS
GIANE GUERRA – Acerto de Contas
Cerveja ficará mais cara
Vem chegando o calor e, de lambuja, um aumento no preço da cerveja. Dona de marcas
como Skol, Brahma, Antarctica, Bohemia e Stella Artois, a gigante Ambev comunicou
reajustes aos clientes. À coluna, a empresa disse que muda, periodicamente, os preços de
seus produtos tendo como base a região, o canal de venda e a embalagem. No setor da
alimentação, a informação é de que o reajuste fica em cerca de 10%, o que é inflação
acumulada ao consumidor no último ano. Pela pesquisa do IBGE, a cerveja subiu 9,32% na
região metropolitana de Porto Alegre em 12 meses. O vinho aumentou um pouco mais,
9,57%. Empresário gaúcho da RH Bebidas, Ricardo Holz foi informado na semana passada
por um vendedor de que ocorreria o aumento das bebidas alcoólicas da empresa. As demais
já foram reajustadas na metade de setembro.
- Todos os anos tem (aumento dos preços). Faz parte do jogo. Vai subir em torno de R$ 6 a
caixa - diz ele.
Segundo Holz, as bebidas que usam embalagens descartáveis já haviam aumentado em
2021. Faltou alumínio para latinhas e vidro para garrafas, o que elevou o preço e afetou
entregas, até fixando limites por estabelecimento. Não foi uma peculiaridade da Ambev, que
concentra 60% do mercado de cerveja. Outras marcas, como Heineken, apresentaram o
problema ainda na metade do ano passado. Além disso, o custo da energia e do transporte
pesa no caixa das empresas.
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30/09/2021
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COLUNAS
L.F. VERISSIMO
Inimaginável
Como já contei mais de uma vez, eu estava em Nova York quando mataram o John Lennon,
em 1980. Anos depois, estava em Nova York quando a cidade fechou para enfrentar a fúria
de um furacão que, mesmo chamado "Hugo", prometia ser o mais destrutivo de todos os
tempos. Nos recolhemos ao nosso quarto de hotel com um bom sortimento de água
mineral, preparados para o pior.
"Hugo" chegou com vento e chuva fortes e, que se saiba, não derrubou uma árvore ou
carregou uma velhinha, mas durante um dia inteiro manteve a cidade acuada. E estávamos
no mesmo hotel quando destruíram as torres do World Trade Center.
***
Não, não estou recontando isto para recomendar que, por precaução, nunca vá a Nova York
quando eu estiver lá. É que, no recente aniversário do 11 de Setembro, me lembrei de que
uma das músicas cantadas num concerto em benefício das famílias das vítimas logo depois
dos atentados foi Imagine, do John Lennon. Justamente a música em que ele pede à sua
geração que imagine um mundo sem países e sem religião, ou sem nada pelo qual lutar e
morrer. Cantar Imagine foi uma maneira de evocar outra tragédia da cidade, o assassinato
de Lennon, um nova-iorquino por adoção, anos antes.
Mas não foi exatamente uma escolha adequada. O fanatismo religioso era responsável pela
loucura suicida dos que atacaram o World Trade Center, e o patriotismo ultrajado moveu a
reação americana que culminou com o ataque igualmente irracional ao Iraque.
***
Não lembro como o público reagiu à música. O tamanho do ultraje não deixava muito lugar
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30/09/2021
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COLUNAS
RODRIGO LOPES - Diários do mundo
A social-democracia ressurge
O serviço de imprensa do governo da Alemanha informou ontem que a chanceler Angela
Merkel parabenizou Olaf Scholz pela vitória nas eleições de domingo. Isso significa três
coisas. A primeira - e mais óbvia: Scholz será o futuro chanceler. Os sociais-democratas
voltarão ao poder da maior economia europeia pela primeira vez desde 2005, quando
Gerhard Schröder ocupou o posto.
A segunda - também óbvia e dependente da primeira -, Armin Laschet, o candidato de
Merkel, fica desautorizado pela chefe, mesmo que a União Democrata Cristã (CDU)
represente a segunda força política da Alemanha, a tentar disputar, na mesa de
negociações, o governo em uma eventual coalizão como a que está no poder. Na prática, os
conservadores, que hoje lideram a aliança de governo com Merkel, jogaram a toalha. E, mais
do que isso, provavelmente passarão para a oposição.
A terceira leitura exige retirar a lente de Berlim e ampliá-la sobre a União Europeia (UE). A
vitória do Partido Social-Democrata (SPD) na Alemanha representa o retorno do
protagonismo dessa força política ao cenário europeu, depois de anos em que muitos
analistas consideraram a social-democracia na lona - ou, na melhor das hipóteses, sob
hibernação.
A se confirmar a previsão de que Scholz será o futuro chanceler, os sociais-democratas
somarão a liderança de sete nações do bloco econômico - além de Alemanha, governam
Espanha, Suécia, Portugal, Malta, Dinamarca e Finlândia. Em outros (além da própria
Alemanha) , eles compõem alianças hoje no poder - na Bélgica, em Luxemburgo e na
República Tcheca.
A UE é filha dileta da social-democracia europeia pós-Guerra Fria. Logo, não é difícil
concluir que o bloco tem tudo para ser fortalecido com Scholz no poder. Essa sensação de
retorno aos anos de glória dos europeístas é reforçada no momento em que o Reino Unido
exibe ao mundo a primeira fotografia - que não é boa - da era pós-Brexit: a falta de
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30/09/2021
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COLUNAS
NÍLSON SOUZA
O calendário da desigualdade
Eu, você e todos os sapiens que andam por aí ou já passaram pelo planeta temos 300 mil
anos de existência. Parece muito, mas é um nada se compararmos com as demais formas de
vida desde aquela célebre ameba da sopa primordial - que, segundo os cientistas, surgiu há
400 bilhões de anos. Esses números assombrosos ficam mais compreensíveis no calendário
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30/09/2021
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COLUNAS
ROSANE DE OLIVEIRA - Política +
Embaixadores da solidariedade
No secretariado adulto do prefeito Sebastião Melo, as mulheres são minoria, mas na equipe
mirim montada para promover a Campanha do Brinquedo 2021, as meninas dão as cartas:
seis contra três.
As gurias mandam na Comunicação, na Educação, na Cultura, na Governança, na Educação,
nas Parcerias Estratégicas e na Procuradoria-Geral do Município. Aos guris couberam a
Administração e Patrimônio, a Saúde e a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc).
As crianças são filhas e filhos de secretários municipais, que farão o papel de embaixadores
da campanha promovida pelo gabinete da primeira-dama Valéria Leopoldino.
Na medida do possível, os organizadores tentaram fazer com que cada criança ocupasse o
cargo do pai ou da mãe. Bruno Barbosa, de 11 anos, virou secretário de Administração, como
o pai, André Barbosa, mas não gostou. Como quer ser jornalista, preferia a Comunicação,
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Fábia no PSD
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Nome genérico
Nem Liberal Democrata, nem Democrata Liberal. O novo partido que nascerá da fusão
Democratas-PSL deverá ter o nome genérico de União Brasil, que nada diz sobre a sua
orientação político-ideológica.
O nome foi lançado ontem como uma espécie de balão de ensaio, para testar a repercussão.
Se for boa, será referendado no congresso conjunto do DEM e do PSL, na próxima semana.
Se for ruim ou se surgirem brincadeiras com a sigla UB, ainda poderá ser modificado.
O número utilizado não será nem 25 do DEM, nem o 17 do PSL, mas o 44, que está vago
desde que o extinto PRP foi incorporado ao Patriota. No jogo do bicho, 44 é cavalo.
rosane.oliveira@zerohora.com.br @rosaneoliveira
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30/09/2021
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COLUNAS
RICARDO CHAVES - Almanaque Gaúcho
A força da eletricidade
Em editorial do dia 7 de abril de 1891, sob o título "Uma Nova Empresa", o Jornal do
Comércio comentava:
"Ultimamente foi aqui introduzida a luz elétrica para a iluminação de casas de comércio e,
desde logo, ficou firmada sua incontestável superioridade. [...] Aproveitando a preferência
que vai sendo dada à luz elétrica em estabelecimentos importantes da Capital, pensam
diversos respeitáveis cavalheiros na organização de uma empresa em condições de
fornecer luz aos edifícios tanto públicos como particulares".
Conforme o historiador Sérgio da Costa Franco, as experiências com a iluminação elétrica
haviam sido limitadas, como vimos acima, a algumas casas de comércio. Mas foram
suficientes para interessar acionistas, que constituíram, no dia 11 de maio daquele ano, a
Cia. Fiat Lux. Em 1893, essa empresa já faria a instalação de luz elétrica no Palácio do
Governo (antiga sede).
Em crônica assinada por Eça d?Oliveira (pseudônimo de Zeferino Brasil), lê-se, em 1º de
maio de 1895, uma interessante descrição da Rua dos Andradas - já sob a influência da luz
elétrica: "Acendem-se os primeiros lampiões, e o foco elétrico do Pátria, como um grande
luar, ilumina a fachada das casas fronteiras. As lâmpadas elétricas das lojas dão-lhe o ar
majestoso dessas noites brancas de lua cheia".
No final da década de 1890, os serviços da Fiat Lux já não agradavam muito a população,
que reclamava. Preocupações com a iluminação pública dos bairros (uma vez que as ruas do
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30/09/2021
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COLUNAS
MARTA SFREDO - + Economia
O lado gaúcho do crescimento verde
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30/09/2021
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COLUNAS
TULIO MILMAN - Informe Especial
DO BEM
Em campanha pelo Outubro Rosa, a rede de franquias Bella Gula transformou a tradicional
torta red velvet em pink velvet, em alusão à cor que representa a luta contra o câncer de
mama. Parte das vendas do produto realizadas até o fim do mês será doada ao Instituto de
Mama do RS. Um material informativo também será distribuído, ensinando a fazer o
autorreconhecimento das mamas.
Empatia
Para quem gosta de andar com as magrelas pela cidade, passar ao lado de um ônibus pode
ser um verdadeiro pesadelo. Pensando em proporcionar uma experiência real, a Coleurb,
empresa de transporte coletivo urbano que atende Passo Fundo, instalou bicicletas fixas no
pátio para que motoristas e cobradores tenham uma vivência diferente da qual estão
acostumados no cotidiano. A iniciativa faz parte das ações da Semana Nacional do Trânsito.
Nota 10
O papai pop Marcos Piangers é a atração principal de um evento online e gratuito
promovido pelo Sebrae para os professores gaúchos.
O objetivo é compartilhar reflexões e informações sobre saúde emocional e autocuidado
com os mestres, que enfrentam os desafios da adaptação às novas plataformas de ensino e
às tendências educacionais em transformação.
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30/09/2021
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EDITORIAL
O PARADOXO DO EMPREGO
OPINIÃO DA RBS
Uma das iniciativas aprovadas no âmbito do Pacto Alegre, o projeto Cidade Educadora, que
teve a largada na terça-feira, tem relação direta com a solução de um dos grandes
problemas que afetam o país. O objetivo é preparar a Capital para os desafios do futuro,
tendo o ensino como base, preparando jovens e a população em geral para uma nova
realidade, em que o conhecimento digital, por exemplo, será um dos diferenciais para o
desenvolvimento. Graças a esse movimento, Porto Alegre voltou a integrar a Rede
Internacional das Cidades Educadoras.
A formação adequada, incluindo a necessidade de preparar crianças e adolescentes para a
vida profissional, é hoje um dos principais gargalos da economia, notadamente de alguns
setores promissores, não apenas em Porto Alegre, mas no Estado. Parece paradoxal, mas
enquanto o país vive um período de desemprego elevadíssimo, existem milhares de vagas
que não são preenchidas porque as empresas não encontram mão de obra com a
qualificação exigida. Isso ocorre na área de TI e outras correlatas ligadas a inovação, por
exemplo. Reportagem publicada no início do mês por Zero Hora mostrou que a Associação
das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação no Estado (Assespro-RS) calculava
que, apenas no Rio Grande do Sul, existiam cerca de 6 mil postos de trabalho abertos. Em
alguns empregos, há salários oferecidos de até R$ 15 mil.
As empresas gaúchas ligadas à TI cresceram 10% no ano passado, em meio à crise da
pandemia, e projetam manter o ritmo de evolução na casa de dois dígitos em 2021 e 2022. A
falta de capital humano na quantidade adequada, no entanto, se torna um empecilho para
um avanço potencialmente ainda maior. A alta procura por mão de obra capacitada não é
uma exclusividade do Rio Grande do Sul. Em todo o país, serão necessários cerca de 400 mil
profissionais até 2024, estima a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da
Informação e Comunicação (Brasscom), dando uma dimensão da carência.
Diante da escassez de pessoal, há iniciativas das próprias empresas e do Instituto Caldeira
que buscam captar jovens interessados, capacitá-los e, com isso, criar um banco de talentos
capaz de ofertar o capital humano demandado. O esforço para evitar esse verdadeiro
apagão, no entanto, tem de ser conjunto, unindo capital privado, poder público, academia e
sociedade civil. Enquanto o país padece com mais de 14 milhões de desempregados,
constata-se que existe procura firme por mão de obra qualificada. Mas ainda se peca na
formação. Toda a base, no entanto, tem de estar na escola, garantindo a crianças e
adolescentes as capacidades mínimas para explorarem as oportunidades existentes e se
desenvolverem profissionalmente. Aptas, ajudarão no crescimento de setores portadores de
futuro e contribuirão para o fortalecimento da economia gaúcha.
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30/09/2021
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OPINIÃO
Opinião do leitor
CPI DA COVID
Deprimente. É a palavra que me ocorre ao assistir ao comportamento de todos os
participantes da sessão de ontem da comissão. Desde o depoente até os senadores e
penetras. O nível não poderia ser mais baixo. Infelizmente estamos pessimamente
representados.
SALUS FINKELSTEIN
Arquiteto - Porto Alegre
VIOLÊNCIA URBANA
Registro minha indignação e perplexidade pela menina assassinada em assalto ocorrido em
Porto Alegre. Não bastasse tomar os celulares das pessoas que estavam na parada de
ônibus retornando para casa após o trabalho, conforme relato de ZH (28/9), o assaltante
ainda executa a menina a sangue frio por ter se atrapalhado na hora de entregar seu
telefone. É preciso que nossa sociedade reaja. Os roubos a pedestres estão ocorrendo dia e
noite. Caminhar nesta cidade virou uma atividade de risco. Necessitamos de mais
policiamento, mais vigilância, leis mais severas para combater e punir a criminalidade.
ROGÉRIO FERRAZ
Advogado - Porto Alegre
MINA GUAÍBA
Finalmente podemos elogiar o governo do Rio Grande do Sul, que arquivou o projeto da
Mina Guaíba. Parabéns ao jornalista Flávio Tavares e ao geólogo Dr. Rualdo Menegat, da
UFRGS, que há anos denunciam os perigos ambientais dessa iniciativa.
FLÁVIO FEIJÓ
Geólogo - Porto Alegre
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30/09/2021
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ZERO HORA
CHAMOU ATENÇÃO - Um lugar ao sol em Camboriú
A prefeitura de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, liberou na terça-feira o acesso do
público ao trecho de dois quilômetros de alargamento da faixa de areia da praia na região
central da cidade. O espaço vai da altura da Rua 4.000 até o molhe da Barra Sul. No total, a
obra deve ampliar a faixa de areia de 25 metros para 75 metros, e tem previsão de
conclusão para novembro. O custo do alargamento é orçado em R$ 66,8 milhões.
O trecho ainda estava interditado para que a prefeitura finalizasse a obra e para que
houvesse acomodação do aterro, especialmente dentro da água.
Segurança
Segundo a prefeitura de Balneário Camboriú, as características do declive no mar são
bastante parecidas com a da praia original. Ou seja, a cada 40 metros avançados para
dentro do mar, a profundidade ganha um metro.
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30/09/2021
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ZERO HORA
PGR abre apuração contra Braga Netto
ELEIÇÕES 2022
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Por 47 votos a favor e 24 contrários, os senadores aprovaram ontem projeto que enfraquece
a Lei de Improbidade Administrativa. A proposta passou por ajustes com o relatório do
senador Weverton Rocha (PDT-MA) para poder avançar, mas, ainda assim, gerou polêmica
no plenário. Agora, volta para a Câmara dos Deputados.
Um dos itens do projeto estabelece que será exigida a comprovação de dolo (intenção de
cometer irregularidade) para a condenação de agentes públicos. Atualmente, a Lei de
Improbidade permite a condenação por omissões ou atos dolosos e culposos (sem intenção
de cometer crime). Casos em que se constatou culpa grave e negligência, por exemplo, não
poderão mais ser sancionados.
Outra modificação, em especial, causou resistência entre alguns parlamentares: a redução
do prazo que o poder público tem para concluir os processos. Os senadores Alessandro
Vieira (Cidadania-SE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disseram que a regra foi feita para
livrar de processos autoridades como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), réu em
ação de improbidade.
- Não há razoabilidade na redução do prazo prescricional para a Lei de Improbidade como
colocado. Não há urgência que não seja favorecer quem cometeu o ilícito. Esse artigo 23 cria
o ?in dubio? pró-Lira - afirmou Randolfe.
Assim como entre os deputados, o projeto no Senado teve o apoio do centrão, do governo
federal e do PT. Em busca de acordo na Comissão de Constituição e Justiça, o relator
ampliou o tempo de duração do inquérito civil de seis meses para um ano, renovável por
uma única vez. E Weverton voltou atrás em mudanças que permitiriam a aplicação
retroativa das disposições da lei e que levariam à impossibilidade de punir casos de
nepotismo.
Empresas
Mesmo assim, uma ala minoritária no Senado protestou contra a criação de nova regra que
pode levar ao encerramento de até 40% dos casos. Essa é a alteração que encurta para
quatro anos para um ato de improbidade ser punido na primeira instância. A maioria dos
casos, de acordo com relatório do Conselho Nacional de Justiça, leva mais tempo para ser
concluído.
E mesmo que ao fim do processo seja determinada a perda do cargo, essa punição não vai
valer mais para um agente público que trocou de função. Para dar exemplo concreto, Lira,
condenado por improbidade administrativa em um caso de desvio de dinheiro público na
Assembleia Legislativa de Alagoas, na época em que era deputado estadual, não estará mais
sujeito à perda do cargo porque já não é mais deputado estadual.
Além disso, o texto limita as possibilidades de punir empresas e empresários por meio de
ações de improbidade. Com a fusão e incorporação de companhias, ficariam livres de
punições que, antes disso, poderiam receber. E o projeto prevê que empresas punidas com
base na Lei Anticorrupção não possam ser punidas pelos mesmos fatos na Lei de
Improbidade.
Há também um artigo que diz que sócios, cotistas, diretores e colaboradores de pessoas
jurídicas e de direito privado não respondem por ato de improbidade que venha a ser
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30/09/2021
8 voltar ao topo
ZERO HORA
Emprego com carteira no RS sobe pelo oitavo mês
seguido
MERCADO DE TRABALHO
O Rio Grande do Sul engatou o oitavo mês consecutivo com saldo positivo na geração de
emprego com carteira assinada. Ou seja, mais contratou do que demitiu. Foram abertas
11.801 vagas em agosto, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Previdência.
No ano, são 118.816 postos abertos no Estado. Mesmo no azul, esse montante ainda é menor
do que o total de vagas fechadas no período de março a junho no ano passado, de 138.322
vagas, no auge dos estragos causados pela pandemia no mercado de trabalho. No
acumulado de 12 meses, a quantidade de empregos soma 188.098.
O saldo de agosto no Estado ocorre diante de 109.402 admissões e 97.601 demissões.
Serviços e comércio lideram entre os setores, somando 10.197 vagas. Indústria é o único com
resultado negativo no mês (veja gráfico ao lado).
Economista da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado (Fecomércio-RS),
Giovana Menegotto diz que o bom desempenho de serviços e comércio ainda ocorre na
esteira do avanço do combate à pandemia.
- Tem o aspecto de maior controle da pandemia, que dá uma perspectiva de maior
segurança para as pessoas poderem ir retomando a demanda de serviços que dependem de
atendimento presencial - observa a economista.
Recuperação
Dentro do setor de serviços, Giovana salienta o avanço nas contratações no ramo de
alojamento e alimentação, um dos mais afetados pelas restrições. Após meses com números
mais tímidos, o segmento registrou abertura de 1.852 postos em agosto.
- Eles são os mais afetados e tendem a continuar se recuperando à medida que a gente
continue avançando e possa continuar nesse cenário de controle maior da pandemia -
pontua.
Datas como o Dia das Crianças, a Black Friday e as festas de final de ano somadas ao espaço
para avanço das contratações devem manter a geração de emprego aquecida até o fim do
ano no Estado, segundo a economista. Giovana afirma que a inflação alta no país gera
preocupação, mas não deve interromper o movimento. No entanto, ela avalia que o
crescimento poderia ser ainda maior sem esse problema.
Analisando o desempenho da indústria em agosto, a economista Maria Carolina Gullo,
professora da Universidade de Caxias do Sul (UCS), afirma que o resultado negativo não
preocupa. Conforme Maria Carolina, o setor segue aquecido e o saldo de agosto deve ter
ocorrido em razão de algum movimento pontual. A economista afirma que o desajuste na
entrega de insumos ainda freia avanço maior no setor.
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Leia mais: https://valor.globo.com/impresso/noticia/2021/09/30/lira-e-pacheco-querem-
reforma-tributaria-resolvida-neste-ano.ghtml
VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
B12 voltar ao topo
AGRONEGÓCIOS
Pecuária brasileira avança em todas as frentes
Pesquisa do IBGE confirma crescimentos do rebanho bovino e dos efetivos de aves e
suínos em 2020
O rebanho bovino brasileiro somou 218,15 milhões de cabeças em 2020, 1,5% mais que em
2019 e maior patamar desde 2016 (218,19 milhões), segundo a nova Pesquisa da Pecuária
Municipal (PPM) divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Estado de Mato Grosso manteve a liderança no segmento, com 32,7 milhões de cabeças
(aumento de 2,3% em relação a 2019), seguido por Goiás (23,6 milhões de cabeças). O Pará
ultrapassou Minas Gerais e ficou com a terceira posição no ranking estadual, com 22,27
milhões.
Para a pecuária bovina brasileira, foi mais um ano marcado pelo crescimento da demanda
da China. Por causa da peste suína africana, houve redução do plantel de porcos no país
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VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
B12 voltar ao topo
AGRONEGÓCIOS
Geração própria de energia avança no campo brasileiro
Meio rural atingiu a marca de 1 gigawatt de potência instalada em geração
distribuída, segundo a ABGD
VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
A22 voltar ao topo
ARTIGOS
JOAQUIM LEVY - Soluções baseadas na natureza em
Glasgow
Investidores começam a criar demanda por padronização, atividades que merecem
contar com o apoio do governo
Os riscos climáticos podem ser classificados entre físicos e de transição. Os primeiros
derivam do impacto das mudanças de temperatura, regime de chuvas, altura do mar, etc. Os
outros têm a ver com mudanças tecnológicas ou regulatórias.
A agricultura brasileira está sujeita aos dois tipos de risco. Alterações na floresta
amazônica em decorrência do aquecimento global, aceleradas ou não pelo desmatamento,
são riscos físicos que afetarão os regimes de chuva do Centro-Oeste e demais regiões
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VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
22 voltar ao topo
ARTIGOS
MOHAMED EL-ERIAN - Queda dos bônus é alerta para o
Fed
Quanto mais o ‘tapering’ demorar, maior o risco de turbulências
A combinação de rendimentos extremamente baixos e relativamente estáveis dos bônus do
governo dos Estados Unidos há um bom tempo confunde muitos observadores do mercado,
desafiando também as análises econômicas tradicionais.
Isso tornou o aumento dos rendimentos nas últimas duas semanas particularmente
notável, levantando questões interessantes para os mercados, políticas e desse modo para a
economia mundial.
(...)
É comum caracterizar os rendimentos dos bônus soberanos americanos como o mais
importante indicador de mercado. Tradicionalmente, eles sinalizam as expectativas sobre o
crescimento e a inflação na economia mais poderosa do planeta. São a base para a definição
dos preços em muitos outros mercados mundiais. Contrariando um longo histórico, essas
medidas referenciais se desvincularam nos últimos anos da evolução e das perspectivas
econômicas. Suas correlações com outros ativos financeiros, incluindo as ações, foram
rompidas.
E seu conteúdo de informação ficou distorcido e menos valioso. Saindo da crise financeira
mundial de 2008, isso foi atribuído ao excesso de poupança global que exerceu pressões de
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VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
A6 voltar ao topo
BRASIL
Funchal defende teto apesar da pressão de
precatórios.
No ano que vem, o governo precisará pagar R$ 89 bilhões em precatórios
Colocar o teto de gasto em xeque não é o caminho para resolver o problema de falta de
espaço fiscal para o grande volume de precatórios a pagar em 2022, disse ontem o
secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Bruno Funchal, na
primeira audiência pública da comissão especial da Câmara que analisa a Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 23/21.
Ele concordou que algumas ações do governo não são executadas por falta de espaço sob o
teto, mas disse que é preciso "avançar em um segundo ponto, que é discutir qualidade do
gasto público".
O teto, atacado na reunião principalmente por deputados de oposição, não pode ser
abandonado, defendeu o secretário. Ele frisou que a regra fiscal cria um ambiente de
previsibilidade que permite a redução dos juros no país.
E para cada ponto percentual de queda nas taxas, a União economiza R$ 35 bilhões. Como a
queda na taxa de risco foi de 2,7 pontos, a economia estaria em R$ 100 bilhões. "É o que todo
mundo quer, economizar com juros para poder gastar com políticas públicas", comentou.
No ano que vem, o governo precisará pagar R$ 89 bilhões em precatórios. Com isso, todo o
espaço que havia sob o teto de gastos para acomodar novas despesas, como a criação do
Auxílio Brasil, ficou tomado. Para reabrir espaço, o governo propôs, por meio da PEC,
parcelar em dez vezes o pagamento dos grandes precatórios e limitar o pagamento dos
demais a 2,6% de sua receita corrente líquida.
Essa foi a proposta debatida ontem na comissão, embora a discussão já tenha evoluído para
um desenho totalmente diferente. Entendimentos do ministro da Economia, Paulo Guedes,
com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-
MG), vão na direção de deixar R$ 40 bilhões em precatórios sob o teto no próximo ano e o
restante entrar em uma fila de pagamento.
Essa nova arquitetura deverá tomar a forma de um novo texto da PEC 23/21, a ser elaborado
por seu relator, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) . Como ainda não existe
formalmente, a comissão discutiu ontem a proposta original do governo.
Motta disse que o atual problema dos precatórios ocorreria mais cedo ou mais tarde, por
causa do teto de gastos, que limitou o espaço fiscal para os pagamentos de despesas. Ele
considera não ser razoável sair de pagamentos de R$ 30 bilhões para cerca de R$ 90 bilhões
em curto espaço de tempo.
A proposta do governo para os precatórios é um calote, afirmou o deputado Danilo Cabral
245
VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
A6 voltar ao topo
BRASIL
Governo Bolsonaro dribla LRF para pagar Auxílio Brasil,
dizem especialistas
Críticas têm como alvo projeto que compensa gastos do novo Bolsa Família com
reforma do IR
VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
A2 voltar ao topo
COLUNAS
CRISTIANO ROMERO.
A mais difícil e a mais urgente das reformas
Todos querem mudança tributária há trinta anos
247
248
VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
A14 voltar ao topo
COLUNAS
MARIA CRISTINA FERNANDES
Luciano Hang lidera bolsonarismo contra o Leviatã
Enquanto dono da Havan explora revolta contra poder do Estado na pandemia,
Bolsonaro cuida de manter o espetáculo na outra ponta com carimbo sobre wi-fi e
microcrédito
O depoimento do dono das lojas Havan à CPI da Covid no Senado mostrou que a oposição
ainda está despreparada para enfrentar o bolsonarismo na sucessão presidencial de 2022.
Levou quatro horas para Luciano Hang começar a falar o que, de fato, importava para sua
vinculação com o gabinete paralelo da pandemia e o financiamento das "fake news".
Até lá, Hang teve palco para se apresentar como representante daquela fatia do eleitorado
que está mais fechada com o presidente Jair Bolsonaro. Até vídeo-propaganda de sua
249
250
VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
21 voltar ao topo
EDITORIAL
Congresso admite programa social com verbas
inexistentes
É preciso acabar com a mamata anti-republicana das emendas do relator
A ação legislativa está se deteriorando a olhos vistos com a adesão lucrativa dos partidos
fisiológicos à sustentação do governo de Jair Bolsonaro. Muitas das propostas que estão
sendo aprovadas, ou encaminhadas, sobre temas essenciais são uma amostra real do
quanto é ruim deixar o Centrão solto, a realizar seus desejos, boa parte deles contrários às
necessidades do país. O exemplo mais recente, que não será o último, foi a aprovação de
projeto que destina recursos para o Auxílio Brasil, novo nome do Bolsa Família, que
Bolsonaro quer propagandear durante as eleições.
251
(...)
252
VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
B1 voltar ao topo
EMPRESAS
Petrobras viola acordo com Cade por abertura do gás,
diz indústria
Associações do setor se queixam ao órgão antitruste de que estatal fecha mercado
VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
A22 voltar ao topo
ESPECIAL
Nordeste aposta no turismo em 2022
Avanço da vacinação e a retirada gradual de medidas de isolamento social já ajudam
a impulsionar setor
VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
A13 voltar ao topo
ESPECIAL
Congresso decide reforma tributária este ano.
Senador Rodrigo Pacheco: teto de gastos não impedirá a criação de um novo
255
Lira e Pacheco esperam que votação aconteça até dezembro e dizem que teto de
gastos será mantido
O Congresso Nacional pretende concluir, ainda este ano, a tramitação da reforma tributária,
seja para aprovar ou mesmo descartar as propostas em discussão. É o que asseguraram os
presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco
( DEM-MG), em entrevista ao Valor. Os dois presidentes, que comandarão o Poder
Legislativo até o fim de 2022, afirmaram, também, que não permitirão o rompimento do
teto de gastos, um compromisso assumido desde fevereiro, quando foram eleitos.
Lira e Pacheco afirmaram que reforma tributária é o tema da agenda legislativa que causa
mais divergências, seja entre as duas Casas do Congresso, seja entre o parlamento e o
governo federal, bem como entre os vários setores da economia e também entre a União e
os Estados e municípios. O setor privado tem feito várias críticas, sobretudo à proposta que
envolve mudanças no Imposto de Renda e a taxação de dividendos, por temer aumento de
carga tributária. Esses pontos foram propostos pelo governo para custear um programa de
transferência de renda à beira das eleições de 2022.
O assunto relativo a tributos é delicado, em especial, no que diz respeito às propostas de
unificação e simplificação contidas na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 110, que
tramita no Senado.
A conversa de Lira e Pacheco com a diretora de Redação do Valor, Maria Fernanda Delmas,
ocorreu na tarde da segunda-feira passada, e foi transmitida ontem durante a cerimônia
virtual do prêmio "Valor 1000". Os dois parlamentares disseram que chegou a hora de
esgotar a discussão do assunto tributário.
"É óbvio que a reforma tributária guarda uma série de divergências. É sem dúvida a
proposta com maior dificuldade de conciliação, de entendimento do que é bom para o país",
disse Pacheco. "As discussões estão sendo feitas, é o que vamos buscar evoluir, quero crer,
ainda este ano, para se ter uma decisão, de sim ou de não, para que se possa virar a página,
ou eventualmente reinaugurar um novo modelo que possa ser discutido", informou o
senador. "Mas, é preciso exaurir esse tema. Esta é a tarefa minha e do Arthur [Lira], de dar
essa previsibilidade ao mercado, ao setor produtivo e aos contribuintes brasileiros."
Um dos senadores mais próximos do governo do presidente Jair Bolsonaro, Roberto Rocha
(PSDB-MA) é o encarregado de apresentar o relatório da PEC, o que deve ocorrer nas
próximas semanas. "Não é fácil equilibrar uma legislação tributária tão complexa sem
romper paradigmas, sem incomodar certas situações de conforto que persistiam ao longo
de uma vida", observou Lira.
O principal objetivo da PEC 110 é colocar na Constituição modelo tributário a partir de dois
tributos: um imposto sobre valor agregado de caráter federal, a ser instituído a partir da
unificação de tributos da União incidentes sobre o faturamento das empresas (PIS e Cofins),
e um imposto sobre valor agregado subnacional, que resultaria da unificação do ICMS
(cobrado pelos Estados) e do ISS (pelos municípios).
"Algumas premissas temos que ter: identificar se estamos aumentando ou não a carga
tributária do contribuinte em geral. Pode às vezes aumentar para um determinado
segmento, mas significar a desoneração para os contribuintes do Brasil. A segunda
premissa é ver se é um projeto que simplifica, desburocratiza e torna mais previsível o
256
Os presidentes da Câmara e do Senado também garantiram que não darão aval a medidas
que signifiquem o rompimento do teto de gastos, seja para o pagamento de precatórios ou
para financiar um novo programa social. Para cumprir a promessa, Lira e Pacheco terão
que atuar para rever decisões tomadas recentemente pelo Congresso.
Na segunda-feira à noite, após a gravação da entrevista, passou na Câmara e no Senado
projeto que autoriza o uso de possíveis ganhos de arrecadação com a reforma do Imposto
de Renda, ainda não aprovada, como fonte de recursos para o Auxílio Brasil, programa cuja
criação foi proposta pelo governo Bolsonaro para aumentar as transferências feitas hoje a
famílias beneficiárias do Bolsa Família.
"Nosso problema não é financeiro, mas orçamentário. Também pensando na criação do
novo programa dentro do teto, balanceamos para que não tivéssemos que explicar como
romperíamos o teto de gastos para pagar precatórios, mas não fazer a mesma coisa para
um programa social", disse Lira, na conversa.
"Simplesmente, isso seria o caos administrativo, com volta da inflação e sem nenhuma
perspectiva de respeito a uma política austera. Isso, tanto eu como o presidente Rodrigo
acertamos, seria um marco de nossas eleições. Que fique claro: o Congresso, em suas ações,
nunca permitiu a possibilidade de rompimento do teto", enfatizou.
Pacheco foi na mesma linha. "Compreendemos que, neste momento do país, não
poderíamos nos permitir essa exceção ao teto." O presidente do Senado disse, porém, que
isso não impedirá a criação de um novo programa social que alcance os mais pobres, um
"compromisso inadiável".
"Quanto a qualquer especulação contrária disso, pode afastar: a única razão de ser para se
abrir esse espaço fiscal é poder encaixar um programa social que seja efetivo, com um valor
que seja condizente, para que as pessoas vulneráveis possam ser atendidas por esse
programa social. Acredito muito nesse encaminhamento", afirmou o senador mineiro.
Não é fácil equilibrar uma legislação tão complexa sem romper paradigmas"
— Deputado Arthur Lira
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VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
A24 voltar ao topo
ESPECIAL
Apesar da retomada, inflação deve minar PIB dos
Estados em 2022
Recuperação neste ano foi mais díspar, com impactos econômicos distintos pela
pandemia
Passado o tombo com a pandemia em 2020, que atingiu a economia dos Estados brasileiros
de formas diferentes, e a natural recuperação neste ano, também marcada por ritmos
258
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VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
C2 voltar ao topo
FINANÇAS
Política monetária é pouco eficaz contra choque de
oferta, dizem BCs
260
Os presidentes de quatro dos principais bancos centrais do mundo - Federal Reserve (Fed,
dos EUA), Banco Central Europeu (BCE), Banco da Inglaterra (BoE) e Banco do Japão (BoJ) -
disseram ontem concordar que a inflação que está se vendo em várias das principais
economias globais se deve a fatores transitórios, e que a política monetária provavelmente
não é a melhor ferramenta para lidar com este problema.
"A política monetária não pode resolver problemas de choques de oferta", disse Andrew
Bailey, presidente do BoE, em um painel de política monetária organizado pelo BCE, depois
que os quatro banqueiros centrais concordaram que o salto da inflação se deve a gargalos
na oferta de bens e serviços. "A política monetária age sobre a demanda. Ela não pode
aumentar a produção de chips ou o número de caminhões disponíveis", argumentou.
"Dizer que a inflação é transitória não significa que esperamos que os preços caiam
rapidamente", esclareceu o presidente do Fed, Jerome Powell, explicando que o termo se
refere à ideia de que o aumento dos preços não terá um efeito permanente sobre o regime
esperado de inflação.
Powell reconheceu, porém, que, se a inflação permanecer alta por muito tempo, ela pode
alimentar as expectativas das pessoas para os preços, ancorando-as em níveis mais
elevados. "Estamos monitorando isso, e não vemos motivos para acreditar" que isso está
ocorrendo, disse.
Christine Lagarde, a presidente do BCE, concordou com a avaliação de Powell e adicionou
que grande parte do choque de oferta está relacionado aos problemas com o transporte de
bens. "Os países exportadores poderiam ter se recuperado bem mais rapidamente sem
estes gargalos no transporte", disse.
Bailey, por sua vez, apontou que a disparada dos preços de energia no Reino Unido também
está relacionada aos gargalos de transporte no país. "Não é que não temos combustível
disponível, mas os gargalos de transporte impedem que ele chegue ao consumidor",
explicou. "Já passamos do pico da escalada dos preços de combustível."
Powell disse também que o choque de oferta torna os desafios à política monetária únicos,
e que por isso é difícil seguir exemplos históricos. "Normalmente estaríamos dando suporte
à demanda a esta altura da recuperação, mas a demanda já está forte", disse o presidente do
Fed.
O Japão, por sua vez, enfrenta problemas diferentes. O país também tem encarado
problemas com os gargalos de transporte, que limitam a forte recuperação do setor
industrial e das exportações, mas não tem visto o mesmo nível de recuperação do consumo
interno, o que por sua vez limita também a inflação.
"A recuperação econômica no Japão está atrasada em alguns meses, em relação aos EUA e à
Europa", disse o presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, acrescentando que espera que o
consumo interno se recupere com o avanço da vacinação contra covid no país.
VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
B1 voltar ao topo
FINANÇAS
Ação nova de tecnologia sofre na bolsa
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A Caixa planeja vender ao mercado 15% de sua gestora de recursos, a Caixa DTVM, em um
IPO (oferta pública inicial de ações) programado para o começo do ano que vem, apurou o
Valor. O percentual pode aumentar com a colocação dos lotes extras, a depender da
demanda.
Ainda não há uma estimativa de valor para a companhia, mas a operação será menor que a
da Caixa Seguridade. A holding de seguros captou R$ 5 bilhões e chegou à bolsa valendo R$
29 bilhões em abril deste ano.
O Banco Central (BC) aprovou nesta semana a criação da Caixa DTVM como uma empresa à
parte da Caixa, passo necessário para a oferta de ações. Agora, a estruturação e o IPO
também precisam ser aprovados pelo conselho de administração do banco, o que deve
ocorrer nas próximas semanas.
A Caixa ainda tem dois trabalhos pela frente. Um deles é a migração, para a asset, de fundos
que estão debaixo do banco, o que deve levar 20 dias. Operações como a do FI-FGTS, as
carteiras administradas do FGTS e do Fundo de Desenvolvimento Social não serão
transferidas e continuarão com a instituição financeira. A DTVM deve nascer com cerca de
R$ 450 bilhões sob gestão, segundo fonte a par do assunto. No fim de junho, a Caixa tinha
R$ 694 bilhões sob gestão e 426 fundos administrados.
Outra missão da Caixa será melhorar os produtos que ficarão sob a gestora. A avaliação
interna é que nunca se deu atenção ao segmento, que explodiu nos últimos anos com a
busca do investidor por diversificação no contexto de juros baixos. Os produtos disponíveis
são muito "passivos", segundo esse interlocutor, e a ideia é ampliar a oferta com fundos de
crédito, por exemplo.
No entanto, o cardápio neste momento deve ser composto majoritariamente por fundos da
própria Caixa. A abertura da plataforma para produtos de terceiros só é prevista para
depois do IPO, e com foco nos clientes de alta renda.
Ao mesmo tempo, a Caixa vem tentando atrair fundos de prefeituras, aproveitando um
"cross-selling" com esse segmento, até agora pouco explorado.
A leitura no banco é a de que a DTVM é atrativa para investidores porque vem crescendo e
tem potencial para melhorias. Porém, o cronograma é apertado. Há ainda toda a fase de
preparação e, em 2022, a janela para IPOs será curta por causa das eleições. A volatilidade
pode atrapalhar, mas ao mesmo tempo o aumento das taxas de juros tende a ajudar a asset,
pois tira parte da pressão sobre as taxas cobradas pela gestora, diz a fonte.
Procurada, a Caixa não comentou o assunto.
A movimentação despertou a reação da Fenae, a associação dos funcionários, que
manifestou preocupação com "o futuro do banco e seus programas sociais".
264
Os economistas do setor privado calculam que o hiato do produto, uma das principais
medidas de ociosidade da economia, estará negativo em 2% no último trimestre deste ano.
É o que mostram as estatísticas do questionário anterior à última reunião do Comitê de
Política Monetária (Copom) , divulgadas pelo Banco Central (BC) ontem. Para o quarto
trimestre de 2022, por sua vez, a estimativa mediana era de um hiato negativo de 1,5%.
O hiato é o que os economistas chamam de "variável não observável", cuja medição pode ser
feita com base em diferentes metodologias - o que, por sua vez, pode levar a resultados
também diferentes. A variável é importante para a condução da taxa básica de juros: de
maneira simplificada, quanto mais negativo for o hiato, menor pode ser a taxa.
Hoje, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, o BC deve divulgar as suas
novas estimativas para o hiato. No RTI de junho, a autoridade monetária apresentou
projeções apenas para os dois primeiros trimestres deste ano, negativas em 3,1% e 2,5%,
respectivamente. Mas afirmou que, em seu cenário-base, "o hiato vai fechando ao longo do
tempo, chegando a níveis próximos de neutros em 2022".
Já as estimativas mais recentes do questionário pré-Copom mostram que a parcela mais
numerosa, de 30 analistas, calcula o fechamento do hiato, ou o fim da ociosidade, em 2023.
Nesse grupo, 13 calculam fechamento no quarto trimestre, 10 no segundo, 5 no primeiro e 2
no terceiro. Outros 17 analistas esperam o fechamento somente em 2024. Nesse caso, não
há divisões por trimestre. Já outros 16 calculam o fechamento no ano que vem, sendo 7 no
terceiro trimestre, 5 no quarto, 3 no primeiro e 1 no segundo.
O questionário também mostrou que 44% dos analistas consideram que a crise hídrica terá
"impacto relevante" sobre a atividade econômica em 2021. Entre todos os analistas, 38%
avaliam que o impacto será "via maiores preços", enquanto 1% espera que ele se dará "via
restrições diretas" e 6% calculam impactos "via os dois canais".
Para o ano que vem, o percentual daqueles que consideram que haverá impacto relevante
sobre a atividade cai para 39%, sendo que 27% esperam impactos via preços, 6% via
restrições diretas e 6% via os dois canais.
No caso do Produto Interno Bruto (PIB), a projeção mediana para o crescimento do produto
no ano que vem era de 1,5% antes da última reunião do Copom. Entre os analistas, 83%
afirmavam que a sua projeção tinha viés de baixa, contra 16% apostando em estabilidade e
1% prevendo viés de alta. Para 2021, a projeção mediana era de crescimento de 5,1%. Nesse
caso, as estimativas de 37% dos analistas tinham viés de baixa, com 62% apostando em
estabilidade e 1% com viés de alta.
Em relação ao cenário externo para emergentes, 42% dos analistas afirmavam que ele
estava menos favorável do que no encontro anterior do Copom. Outros 51% disseram não
ter percebido mudanças relevantes, enquanto 8% diziam que o ambiente estava mais
favorável.
O questionário pré-Copom é enviado pela autoridade monetária a instituições financeiras e
265
VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
E1 voltar ao topo
LEGISLAÇÃO & TRIBUTOS
Decisão do Carf amplia base de cálculo de PIS/Cofins
dos bancos
Para Câmara Superior, tributos incidem em rendimentos de aplicações com recursos
próprios
267
VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
E1 voltar ao topo
LEGISLAÇÃO & TRIBUTOS
Receita exige Imposto de Renda sobre valor pago a
herdeiro no exterior
Interpretação consta na Solução de Consulta da Coordenação-Geral de Tributação
(Cosit) nº 142, publicada na terça-feira
A Receita Federal publicou uma nova orientação sobre a tributação de heranças recebidas
por pessoas que vivem fora do país. Para o órgão, incide Imposto de Renda Retido na Fonte
(IRRF) sobre pagamento feito a residente no exterior pela venda de parcela de bem herdado.
Se o herdeiro estiver no país, não há cobrança do tributo.
A interpretação consta na Solução de Consulta da Coordenação-Geral de Tributação (Cosit)
nº 142, publicada na terça-feira, que passa a orientar os fiscais do país. Especialistas em
tributação questionam, porém, o entendimento do Fisco. A alíquota sobre a remessa é de
15% e sobe para 25% se destinada a país com tributação favorecida.
Advogados tributaristas afirmam que a Lei nº 7.713, de 1988, isenta do IR o valor dos bens
adquiridos por doação ou herança. "A Constituição é clara ao atribuir aos Estados a
competência para tributar doações e heranças", afirma Frederico Bastos, sócio do BVZ
Advogados.
A resposta da Receita veio em consulta feita por um homem que recebeu do pai doação de
parte de um imóvel, sem o consentimento da irmã. Por um acordo judicial, ele pagou à irmã
R$ 180 mil pela parte que cabia a ela por herança do imóvel. Ele perguntava se deveria
recolher o IR sobre esse pagamento.
"Se ela [irmã] for residente no país, não há incidência do IRRF, por ausência de previsão
legal. No entanto, se ela for não residente no país, há incidência do imposto, na forma do
artigo 741 do Regulamento do Imposto de Renda (Decreto nº 9.580, de 2018)", diz a Receita na
solução.
Pelo dispositivo, ficam sujeitos ao IRRF as rendas e proventos de qualquer natureza
provenientes de fontes situadas no Brasil, quando percebidos por pessoas físicas ou
jurídicas residentes ou domiciliadas no exterior.
Segundo Bastos, a preocupação é que a Receita queira ganhar terreno para dizer que
doações e heranças são tributadas no Brasil quando remetidas para não residentes.
Acrescenta que esse é um ponto de atenção para famílias que fazem planejamento
patrimonial e sucessório.
O advogado Humberto Sanches, sócio do escritório que leva seu nome, aponta que a
interpretação está em linha com a Solução de Consulta nº 309, de 2018. Mas que o
268
VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
E1 voltar ao topo
LEGISLAÇÃO & TRIBUTOS
Destaques
Isenção do IR
É irrelevante a modalidade do plano - PGBL ou VGBL - para a aplicação da isenção do
Imposto de Renda (IR) sobre resgate de investimento em previdência complementar por
pessoa portadora de moléstia grave. Com esse entendimento, a 2ª Turma do Superior
Tribunal de Justiça (STJ) deu provimento por unanimidade ao recurso de um contribuinte
que, por ser portador de câncer, pleiteou a isenção do IR sobre o resgate de aplicações em
previdência privada PGBL e VGBL. No caso, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região
(Sul do país) negou a isenção do IR sobre os rendimentos da VGBL e reconheceu a isenção
sobre os proventos do PGBL, mas não sobre o resgate - o que levou o contribuinte a
recorrer ao STJ. A Fazenda Nacional também recorreu, alegando que a isenção pleiteada
ocorreria apenas sobre benefícios recebidos, mas não em caso de resgate. O ministro Mauro
Campbell Marques, relator, afirmou que PGBL e VGBL são espécies do mesmo gênero que se
diferenciam em razão do momento em que o contribuinte paga o IR sobre a aplicação. Essa
diferenciação, disse, não importa para a validade da isenção sobre proventos de portadores
de moléstia grave, estabelecida na Lei nº 7.713, de 1988, porque ambos irão gerar efeitos
previdenciários, uma renda mensal ou um resgate único (REsp 1583638).
Discriminação religiosa
A 5ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) rejeitou recurso do HSBC Bank Brasil
contra decisão que o condenou ao pagamento de indenização de R$ 100 mil por danos
morais coletivos em caso que envolve discriminação religiosa no ambiente de trabalho.
Segundo ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) , uma
bancária fora hostilizada por gestores e uma colega de trabalho depois de denunciar
irregularidades e promover atividades sindicais. A funcionária, umbandista, foi acusada
ainda de colocar "pó de macumba" nas mesas dos colegas. Mais tarde, foi apurado que o pó
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VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
E2 voltar ao topo
LEGISLAÇÃO & TRIBUTOS - Artigo
MAX MUSTRANGI - Cinco condições para um turnaround
de sucesso
Não é segredo nem novidade que a pandemia colocou muitas empresas em situação
financeira complicada. Chama a atenção a movimentação da nova onda de pedidos de
recuperação judicial dado o aprofundamento dos efeitos da crise da covid-19 decorrentes da
ineficiência das ações de socorro às médias empresas, elevado nível de desemprego e
subocupação, e ao advento recente da estagflação decorrente do aumento de custo com
energia elétrica, combustíveis e derivados, elevação cambial e seus reflexos diretos e da
redução temporária dos estoques e da capacidade de oferta de bens e serviços, espalhando-
se, feito rastilho de pólvora, para o restante da economia. O uso indiscriminado da
recuperação judicial e seus pífios resultados confirmam a surpreendente "ineficiência e
ineficácia" do procedimento, a cloroquina da reestruturação de empresas.
A Lei de Recuperação Judicial entrou em vigor em fevereiro de 2005 para substituir a
antiga Lei da Concordata que, na prática, não funcionava bem. Entre 80% e 90% das
concordatas eram convertidas em falência após o período de carência. Para tentar reverter
esse quadro, surgiu a nova norma.
(...)
Infelizmente o resultado foi oposto ao pretendido. Menos do que 1% das empresas que
peticionaram pedido de recuperação judicial no Brasil conseguiram recuperar a sua
condição de atuação autônoma da justiça e de dívidas anteriores ao período da solicitação
da recuperação judicial.
A maioria dos planos de recuperação judicial aprovados não são projetos de reestruturação
de negócios e de empresas. São meras renegociações de dívidas para ganhar tempo e
270
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VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
A14 voltar ao topo
POLÍTICA
ICMS fixo tem impasse e Câmara analisa fundo para
combustíveis.
Petrobras e os Estados também serão chamados para o debate
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) , discutiu com líderes
partidários governistas ontem duas alternativas para ajudar a estabilizar o preço dos
combustíveis: a criação de um fundo de equalização e mudar a forma de cobrança do ICMS.
Não houve, contudo, decisão tomada e o debate ocorrerá por mais alguns dias com os
partidos. A Petrobras e os Estados também serão chamados.
A ideia do fundo de equalização, segundo Lira, poderia ter como fonte de financiamento os
dividendos distribuídos pela Petrobras ao governo ou os recursos do pré-sal. O assunto,
afirmou, será discutido com técnicos da Câmara, do Executivo e da Petrobras. "Não saiu
nenhuma definição hoje [ontem] com relação a mérito. Saiu de quais são as discussões",
disse.
Especialistas do setor alertam, contudo, que esse fundo teria que ser construído antes para
fazer efeito porque a operação é muito difícil em períodos em que o combustível já está
alto. O formato seria arrecadar recursos na baixa para ajudar a amortizar os preços nos
períodos de alta.
Além disso, o custo seria bem elevado: reduzir a gasolina em R$ 0,10, valor irrisório, custaria
cerca de R$ 3,5 bilhões por ano. A isso se somaria uma pressão também pelos produtores de
etanol e os caminhoneiros com o diesel, tornando a conta ainda mais alta, sem efeito
significativo nos preços para o consumidor.
Outra possibilidade discutida esbarra em embates políticos do presidente Jair Bolsonaro
com os governadores e num acordo firmado há meses na Câmara. O governo enviou projeto
para mudar a forma de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS) sobre os combustíveis. A intenção é que o tributo deixe de ser um percentual sobre
o produto e se torne um valor fixo por litro, como já ocorre com os impostos federais.
Lira afirmou que o objetivo do debate não é culpar os governadores e que a alta dos
combustíveis foi puxada pelo aumento do dólar e da cotação internacional do barril do
petróleo, mas defendeu que estabilizar o ICMS num valor por litro ("ad rem") daria mais
estabilidade aos preços.
"O imposto federal é de R$ 0,89 por litro, independentemente do valor da gasolina. O dos
272
VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
A19 voltar ao topo
POLÍTICA
Nunes planeja aumento de salário para servidores da
cidade de São Paulo
Proposta de reajuste salarial de parte dos servidores é vista por vereadores como
uma forma de o prefeito driblar as críticas recebidas com a reforma da Previdência e
deve provocar impacto de R$ 1,1 bilhão
A Prefeitura de São Paulo, comandada por Ricardo Nunes (MDB), estima um impacto de mais
de R$ 1,1 bilhão em 2022 com a reforma administrativa enviada à Câmara Municipal para
reajustar o salário dos servidores públicos.
Nunes planeja aumentar o salário de cargos de chefia, como subprefeitos e secretários-
adjuntos, e prevê um percentual de reajuste maior para cargos comissionados do que para
servidores concursados. A prefeitura diz que o salário dos funcionários está defasado e que
o aumento é necessário para evitar que servidores deixem o governo rumo à iniciativa
privada.
Segundo o secretário-executivo de Gestão, Fabricio Cobra Arbex, a média do reajuste para
os cargos comissionados ficará entre 40% e 45%. O governo tem aproximadamente 8 mil
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VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
A14 voltar ao topo
POLÍTICA
Petrobras deve reduzir lucro, diz Meirelles
Governo de SP rebate críticas feitas por Arthur Lira aos Estados sobre a política de
preço dos combustíveis e rechaça mudança na alíquota do ICMS
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O governo de São Paulo criticou ontem a proposta defendida pelo presidente da Câmara,
Arthur Lira (PP-AL), de mudar a cobrança do ICMS sobre combustível, com a previsão de um
valor fixo por litro e a unificação das alíquotas do imposto em todo o país. O secretário
estadual da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a iniciativa não resolve a alta no
preço dos combustíveis e disse que o problema principal é a "margem de lucro
extraordinária" da Petrobras.
"Para atender a uma série de interesses, de empresas, indivíduos e do governo federal,
temos uma tentativa de punir os Estados", afirmou Meirelles. "Se queremos controlar o
preço da gasolina ou do óleo diesel, é muito simples. É preciso diminuir a margem de lucro
da Petrobras. Já está com margem extraordinária e precisa diminuir um pouco a
remuneração da Petrobras e dos acionistas. É uma tentativa de desviar o assunto", afirmou
o secretário, ao falar com a imprensa sobre a proposta defendida por Lira de mudança no
ICMS.
Ex-ministro da Fazenda, Meirelles disse que assim como o ICMS, há também imposto
federal que incide sobre os combustíveis e afirmou que não são esses impostos os
responsáveis pelas constantes altas no preço dos combustíveis no país, com a gasolina a R$
7.
"Quem sobe o preço dos combustíveis ou desce é a Petrobras. Os Estados cobram
percentual fixo de ICMS, que não mudou nada. O resto é desvio de assunto. Petrobras quer
manter a margem de lucro. Precisamos separar a realidade do desvio de assuntos."
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), reiterou as críticas e disse que quem fixa o
preço do combustível não são os Estados, mas sim a Petrobras. "A Petrobras, neste
momento, pertence ao governo federal. A quem compete estabelecer preço de combustível
é a Petrobras. Recomendo a Arthur Lira que indague a Petrobras o aumento constante do
preço de combustíveis no Brasil", disse. Pré-candidato à Presidência, Doria defende a
privatização da Petrobras.
As declarações do governo paulista foram uma reação a Arthur Lira, que, ao lado do
presidente Jair Bolsonaro, culpou os Estados pelo encarecimento no preço dos
combustíveis.
Em meio à pressão de Lira e do governo federal para mudar o ICMS sobre os combustíveis,
o governo paulista anunciou a redução de impostos e a antecipação de desonerações fiscais
de 2023 para 2022.
Segundo a gestão paulista, o setor de medicamentos e de equipamentos de petróleo e gás
terão isenção total de ICMS. A alíquota do ICMS para o setor de veículos usados será de 1,8%;
para veículos elétricos, 14,5% e para sucos e bebidas naturais, 3% a partir de janeiro.
Doria anunciou também a previsão de R$ 50 bilhões para investimentos até 2022. "Isso não
é custeio da máquina pública. É investimento direto", disse o governador à imprensa. Doria
afirmou ainda que o Estado deve ter um crescimento econômico maior do que o do país e
estima para o próximo ano um Orçamento de R$ 286,5 bilhões. Para 2021, a projeção da
Fundação Seade para o PIB de São Paulo é de alta de 7,5%. O governo paulista comparou o
desempenho com o previsto para o país, de 5,3%
275
O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luis Felipe Salomão, abriu prazo para que
a defesa do presidente Jair Bolsonaro acesse o material compartilhado com o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) pelo ministro Alexandre de Moraes, referente ao inquérito das "fake
news" e à investigação sobre atos antidemocráticos, que tramitam no Supremo Tribunal
Federal (STF).
A medida é um dos últimos passos das investigações do TSE sobre os supostos disparos em
massa pelo WhatsApp - prática ilegal que, se comprovada, pode levar à cassação da chapa
de Bolsonaro e de seu vice, Hamilton Mourão, por abuso de poder durante a campanha
eleitoral.
No despacho assinado ontem, Salomão diz que as partes têm dez dias para tomar
conhecimento das novas informações e, depois, outros dez dias para apresentarem as suas
alegações finais - etapa imediatamente anterior ao julgamento de condenação ou
absolvição.
O acesso de Bolsonaro a esses dados pode reabrir a tensão entre ele e o Poder Judiciário,
que está em uma aparente trégua desde que o presidente fez uma "Declaração à Nação" e
recuou nos ataques à Corte.
Conforme antecipou o Valor, o TSE trabalha para que as duas ações sobre o tema sejam
julgadas em até um mês, para marcar o encerramento do período de Salomão no cargo. Em
29 de outubro, ele será substituído pelo ministro Mauro Campbell.
Nos bastidores, as equipes de ambos já começaram a falar sobre a transição. Fontes ligadas
aos ministros afirmam que eles são "muito alinhados". Como os dois são considerados juízes
rigorosos, a expectativa é a de que a mudança não prejudique as investigações em curso.
Ainda assim, Salomão pretende passar o bastão ao sucessor com pelo menos esse caso
julgados em plenário. O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, tem
acompanhado de perto essa possibilidade.
Segundo fonte com acesso aos autos, as novas provas anexadas ao processo são um
"material forte", pois turbinam os indícios de que o uso de sistemas automatizados para
envio massivo de mensagens - algumas contendo informações falsas sobre os demais
candidatos à Presidência da República - foi bancada por apoiadores do presidente.
A prática é proibida pela legislação eleitoral. Pagamentos feitos por empresários em favor
de um candidato, por exemplo, devem ser declarados, caso contrário podem ser
considerados crime de caixa dois.
O Valor apurou que o material enviado por Moraes ao TSE também inclui dados obtidos a
partir de quebras de sigilo de pessoas investigadas por integrar uma organização criminosa
digital que atua desde 2018 - um esquema de financiamento, produção e publicação de
notícias falsas e ataques às instituições democráticas, com participação inclusive de um
276
VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
A15 voltar ao topo
POLÍTICA
Luciano Hang diz ter incentivado doações do kit covid
Empresário consegue se desvencilhar das principais acusações levantadas pelos
parlamentares
Por Vandson Lima, Marcelo Ribeiro, Renan Truffi e Matheus Schuch — De Brasília
O empresário bolsonarista Luciano Hang afirmou ontem à CPI da Covid que mobilizou
empresários de sua cidade, Brusque (SC) , para comprar e doar a hospitais locais
medicamentos do chamado "kit covid", que não tem eficácia científica comprovada no
combate à doença.
Dono da Havan, ele também disse ter contas no exterior e offshores em paraísos fiscais, que
garantiu serem legais e declaradas na Receita Federal. Ele negou ter financiado o
impulsionamento de mensagens a favor do tratamento precoce.
Apesar das revelações, a avaliação de integrantes do colegiado foi de que o depoente
escapou praticamente ileso do depoimento, principalmente ao conseguir se desvencilhar
das principais acusações. Ele negou participar ou conhecer a existência do chamado
"gabinete paralelo", que teria aconselhado o presidente Jair Bolsonaro na pandemia. "Não
conheço, não faço e nunca fiz parte de nenhum gabinete paralelo. Nunca financiei
disseminação de informações falsas. Não sou negacionista".
Hang procurou passar a imagem de ser um empreendedor que estaria sendo perseguido
por seu posicionamento político. "Nunca neguei a gravidade da doença. Destinamos mais de
R$ 5 milhões para a área de saúde. Nunca fui contra a vacina. Sou vítima de um conjunto de
narrativas por não ter medo de falar a verdade e mostrar meu apoio [ao presidente]".
Hang também se colocou como vítima na controvérsia envolvendo a morte de sua mãe, por
complicações com o coronavírus. "Imagine o quanto é duro que usem a morte da minha
mãe politicamente, de forma vil, baixa e desrespeitosa".
Regina Hang faleceu um mês após dar entrada no hospital com a doença. Cliente da Prevent
Senior, ela foi submetida ao tratamento do kit covid e também passou por sessão de
ozonioterapia, prática que é proibida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), salvo de
forma experimental. Hang confirmou que autorizou os procedimentos.
Em vídeo, Hang havia dito que sua mãe não havia recebido o tratamento preventivo com
medicamentos, e que acreditava que ela poderia ter se salvado se o tivesse feito. Diante da
controvérsia, Hang recorreu a um artifício linguístico. Disse que "tratamento preventivo é
uma coisa e tratamento precoce é outra", para justificar que sua mãe recebeu remédios do
"kit covid", com recomendação médica, logo após descobrir que ela havia contraído o vírus,
em dezembro de 2020. "Eu tomo até hoje o preventivo, ela não tomava. Quando fomos
medicar a minha mãe, ela já estava com o pulmão bastante comprometido", alegou.
"Vocês, senadores, foram induzidos ao erro", disse Hang. "Avisei no vídeo que minha mãe
pegou covid, que foi à Prevent Senior e lamentei não ter feito tratamento preventivo antes
277
VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
A16 voltar ao topo
POLÍTICA
Cota para mulher no Legislativo trava e não valerá para
2022
Divergências afetaram até mesmo a bancada feminina
Sem acordo entre deputados e deputadas, a cota para mulheres no Legislativo não valerá
para as eleições de 2022. O Senado aprovou um projeto com esse objetivo em julho, mas não
houve acordo para pautar o projeto na Câmara, nem mesmo dentro da própria bancada
feminina.
Houve divergências na Câmara por dois motivos: os homens queriam reduzir o percentual
de cadeiras reservadas para as mulheres no Legislativo e as mulheres não se entenderam
sobre a flexibilização da exigência de que 30% dos candidatos nas eleições proporcionais
(para deputados e vereadores) precisam ser de um dos sexos.
O projeto cria "cadeiras cativas" para as mulheres, que são minoria no Congresso, nas
assembleias legislativas e câmaras de vereadores. Hoje elas são 79 dos 513 deputados, 15%
da Câmara, enquanto correspondem a 52,2% da sociedade brasileira.
Pela versão aprovada pelos senadores, em 2022 e 2024, 18% das vagas em cada Estado
seriam reservadas para as candidatas, mesmo que tivessem votação inferior a dos homens.
O percentual subiria gradativamente a cada campanha, até alcançar 30% nas eleições
nacionais de 2038.
A regra não valeria para o próprio Senado, onde a eleição é pelo voto majoritário. Na
Câmara, contudo, onde os deputados serão afetados, os partidos informaram à bancada
feminina que só aceitavam cota de 10% no primeiro ano, menos do que hoje, e queriam
278
VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
A19 voltar ao topo
POLÍTICA
Prévias do PSDB: Leite descarta vice e disputa apoio de
FHC
Doria ressalta que a "palavra de um presidente vale"
Em companhia do senador Tasso Jereissati (CE), o governador do Rio Grande do Sul e pré-
candidato do PSDB à Presidência, Eduardo Leite, visitou ontem o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso, em São Paulo. FHC já anunciou apoio ao governador paulista João Doria
na disputa interna da sigla e ontem fez uma declaração protocolar, divulgada em vídeo. "Eu
acho que o importante em toda eleição é capacidade de agregar. Partidos e pessoas, em todo
o Brasil. Se você fizer isso, ganha a eleição", disse o ex-presidente ao governador gaúcho. "É
isso aí, vamos trabalhar nisso, presidente", responde Leite na gravação.
Horas antes do encontro de Leite e Tasso com FHC, em uma entrevista coletiva, Doria havia
minimizado a importância do encontro do rival com o ex-presidente. "É natural e normal
isso. Mas o [ex-] presidente Fernando Henrique não só já se pronunciou como fez esse
pronunciamento duas vezes, gravou dois vídeos e nos vídeos ele manifestou seu apoio ao
nosso nome. É o presidente nacional do PSDB e uma das figuras mais ilustres da vida
política brasileira em todos os tempos. Tem o nosso respeito e a palavra de um [ex-]
279
VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
A14 voltar ao topo
POLÍTICA
Câmara ignora governo e recria o Vale Gás
Partido Novo foi o único a votar contra o projeto
280
VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
A19 voltar ao topo
POLÍTICA
PGR pede arquivamento de caso contra Bezerra Coelho
Manifestação contraria parecer da PF, que afirma ter encontrado indícios de que líder
recebeu propina
281
VALOR ECONÔMICO
30/09/2021
A17 voltar ao topo
POLÍTICA
Senado aprova nova lei da improbidade.
Texto que flexibiliza a legislação foi modificado e irá retornar para exame da Câmara
dos Deputados
282
283
284
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), decidiu adiar a votação do marco legal
das ferrovias, matéria que estava prevista para ser analisada nesta quarta-feira (29) no
plenário. O motivo foi a apresentação de um novo relatório final do projeto, entregue pelo
senador Jean Paul Prates (PT-RN) , com mudanças em trechos considerados sensíveis.
Pacheco decidiu atender pedido de adiamento da senadora Kátia Abreu (PP-TO) e reagendou
a votação para terça-feira.
O marco legal trata da modernização e ampliação da malha ferroviária nos setores de carga
e passageiros. Uma das principais inovações do projeto é o modelo de autorização, como
opção de outorga para a exploração de ferrovias por parte do privado. Após a apresentação
de uma série de emendas, no entanto, Jean Paul decidiu fazer ajustes também em relação à
"reserva de capacidade".
A reserva de capacidade era um pleito de alguns senadores, como Kátia Abreu e Welligton
Fagundes (PL-MT), para que agentes ferroviários independentes e operadoras ferroviárias
pudessem acessar trechos fora dos limites de sua malha. Jean Paul entendeu que a
imposição dessa "reserva", como pré-requisito para quaisquer novas concessões, poderia
impedir a estruturação de novas linhas porque tenderia a aumentar os custos da ferrovia.
"Concurso aberto"
Diante do impasse, o relator sugeriu a criação do "concurso aberto", procedimento que
garantirá ao interessado a possibilidade de transporte na malha de terceiros sob
pagamento de receita ao operador ferroviário que está ofertando sua capacidade de
transporte. "Desse modo, o acesso às ferrovias é ampliado, sem prejudicar a operação
ferroviária", explicou o senador do PT no relatório final.
Há, no entanto, uma diferenciação entre o "concurso aberto" que será praticado nas
ferrovias privadas e nas concessões. No caso do malha privada, é livre a oferta de
capacidade de transporte, "ressalvados os contratos firmes obtidos por concurso aberto". Já
no caso das ferrovias outorgadas em regime público, a oferta de capacidade mínima para a
execução do transporte por agente transportador ferroviário deve obedecer ao que for
estabelecido no contrato de outorga.
Na esteira dessa mudança, também foi criada a figura do operador ferroviário, que pode
atuar mesmo sem ser titular da infraestrutura ferroviária.
"A presença desses atores no mercado pode aumentar a competitividade e, por sua
vez, garantir preços melhores", afirma o relatório. Este dispositivo era uma demanda
de entidades como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil ( CNA),
Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Frente Parlamentar da Agropecuária
(FPA), entre outras.
286
O presidente da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, garantiram que não
darão aval a medidas que signifiquem o rompimento do teto de gastos, seja para o
pagamento de precatórios ou para financiar um novo programa social, durante entrevista
concedida durante cerimônia de premiação do "Valor 1000".
Para cumprir a promessa, Lira e Pacheco terão que atuar para rever decisões tomadas
recentemente pelo Congresso - na segunda-feira, aprovou-se projeto que autoriza o uso de
possíveis ganhos de arrecadação com a reforma do Imposto de Renda (IR), que ainda nem foi
aprovada, como fonte de recursos para criar o Auxílio Brasil, programa cuja criação foi
proposta pelo governo Bolsonaro para aumentar as transferências feitas hoje a famílias
beneficiárias do Bolsa Família.
"Nosso problema não é financeiro, mas orçamentário. Também pensando na criação do
novo programa dentro do teto, balanceamos para que não tivéssemos que explicar como
romperíamos o teto de gastos para pagar precatórios, mas não fazer a mesma coisa para
um programa social", explicou Lira. "Simplesmente, isso seria o caos administrativo, com
volta da inflação e sem nenhuma perspectiva de respeito a uma política austera. Isso, tanto
eu como o presidente Rodrigo acertamos, seria um marco de nossas eleições. Que fique
claro: o Congresso, em suas ações, nunca permitiu a possibilidade de rompimento do teto",
enfatizou.
Pacheco foi na mesma linha. "Compreendemos que, neste momento do país, não
poderíamos nos permitir essa exceção ao teto." O presidente do Senado disse, porém, que
isso não impedirá a criação de um novo programa social que alcance os mais pobres, um
"compromisso inadiável".
"Quanto a qualquer especulação contrária disso, pode afastar: a única razão de ser para se
abrir esse espaço fiscal é poder encaixar um programa social que seja efetivo, com um valor
que seja condizente, para que as pessoas vulneráveis possam ser atendidas por esse
programa social. Acredito muito nesse encaminhamento", afirmou o senador mineiro.
287
Dívida ativa
Com um regime simplificado de tributação, os MEIs recolhem apenas a contribuição para a
Previdência Social e pagam, dependendo do ramo de atuação, o Imposto sobre a Circulação
de Mercadorias e Serviços (ICMS) ou o Imposto sobre Serviços (ISS). O ICMS é recolhido aos
estados e o ISS, às prefeituras.
Em caso de não pagamento, o registro da dívida previdenciária será encaminhado à
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), para cobrança na Justiça, com acréscimo
288
A taxa de desocupação caiu 1,0 ponto percentual no trimestre encerrado em julho, indo
para 13,7% na comparação com o trimestre finalizado em abril. Mesmo com a queda, o país
tem 14,1 milhões de pessoas em busca de um trabalho. Os dados foram divulgados nesta
quinta-feira (30), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
que produziu a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
Segundo o instituto, houve aumento de 3,6% no número de pessoas ocupadas, com mais 3,1
milhões no período analisado, chegando a 89 milhões de pessoas.
A analista da pesquisa, Adriana Beringuy, disse que, com isso, o nível de ocupação subiu 1,7
ponto percentual, para 50,2%, primeira vez acima de 50% desde o início da pandemia de
covid-19, em março de 2020.
“Essa é a primeira vez, desde o trimestre encerrado em abril de 2020, que o nível de
ocupação fica acima de 50%, o que indica que mais da metade da população em idade para
trabalhar está ocupada no país”, afirmou.
Empregos recuperados
Ela explicou que, no trimestre e no ano, houve recuperação dos empregos com carteira
assinada. Mas ainda há cinco milhões de pessoas ocupadas a menos do que no período pré-
pandemia.
“Se você olhar do ponto de vista da população ocupada, a gente está em 89 milhões. Bem no
início de 2020 estávamos na casa de 94 milhões, ou seja, ainda temos cinco milhões a
menos do que no período pré-pandemia. Mas houve um crescimento bastante significativo
da população ocupada, que volta a ficar acima dos 50%, mas ainda é bem menor do que o
que tínhamos no período pré-pandemia. O crescimento maior no trimestre e no ano foi do
emprego com carteira”, afirmou Adriana.
O emprego com carteira assinada subiu 3,5%, com mais um milhão de pessoas, totalizando
30,6 milhões no trimestre móvel analisado. Na comparação com o mesmo período de 2020,
o número aumentou 4,2%. Segundo o IBGE, este é o primeiro aumento no emprego com
carteira desde janeiro de 2020, na comparação anual.
289
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (29) a proposta que cria o auxílio Gás
Social a fim de subsidiar o preço do gás de cozinha para famílias de baixa renda. A matéria
segue para análise do Senado.
O texto estabelece que o Ministério da Cidadania terá 60 dias para regulamentar os
critérios para definir as famílias a serem contempladas, a periodicidade do benefício, a
operacionalização do benefício e a forma de pagamento, cujas parcelas não podem passar
de 60 dias de intervalo. Pelo texto, o Poder Executivo será autorizado a pagar o auxílio
diretamente às famílias beneficiadas na modalidade de transferência de renda.
A matéria assegura um benefício mensal às famílias inscritas no Cadastro Único para
Programas Sociais (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio
salário mínimo ou que tenham entre os seus integrantes pessoa que receba benefício de
prestação continuada (BPC) . Os créditos poderão ser concedidos por meio de cartão
eletrônico ou outro meio previsto na regulamentação.
Segundo o projeto, a primeira fonte de recursos para assegurar a medida é a parcela dos
royalties e de participação especial, decorrentes da exploração de petróleo e gás natural
que cabe à União. De acordo com o relator, deputado Christiano Aureo (PP-RJ), o preço do
gás tem sido impactado, entre outros fatores, pela desvalorização do real frente ao dólar.
"O GLP, impactado pela formação de preços vinculada ao barril de petróleo, ao brent, à
variação do câmbio, atinge, em algumas praças o valor de até R$ 120, que é um valor
insuportável para as famílias de um modo geral, mais especificamente para as famílias que
compõem o CadÚnico e ainda mais especificamente para um corte de famílias na extrema
pobreza”, argumentou.
Desastres
O parlamentar destacou ainda que tem sido noticiado frequentemente casos de
tragédias com pessoas que utilizam meios como álcool e carvão em substituição ao gás
para preparar refeições. Levantamento realizado pela a Agência Nacional de Petróleo (ANP)
apontou que o preço médio do gás de cozinha, na terceira semana de setembro, era de R$
98,70.
“O noticiário tem trazido toda semana desastres acontecidos no interior dos lares em
função da utilização de meios para cozinhar que não são adequados nem seguros, como
álcool, carvão e lenha, na maioria das comunidades e na zona rural", disse o deputado
290
A Receita Federal paga nesta quinta-feira (30) as restituições do quinto e último lote do
Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2021. Estão sendo depositados R$ 562 milhões para
358.162 contribuintes. Clique aqui e faça sua consulta.
Além dos contribuintes que entregaram a declaração no prazo, até 31 de maio, a Receita
pagará restituição a contribuintes que entregaram a declaração com atraso, até 15 de
setembro, e não caíram na malha fina.
O restante tem prioridade legal, sendo 4.955 contribuintes idosos acima de 80 anos, 47.465
contribuintes entre 60 e 79 anos, 4.927 contribuintes com alguma deficiência física, mental
ou moléstia grave e 19.211 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.
A partir do próximo mês, o Fisco só liberará as restituições a contribuintes que tenham
caído na malha fina em 2021 ou em anos anteriores e tenham retificado a declaração,
corrigindo inconsistências ou erros de informação.
Inicialmente prevista para terminar em 30 de abril, o prazo de entrega da Declaração do
Imposto de Renda Pessoa Física foi encerrado em 31 de maio por causa da segunda onda da
pandemia de covid-19. Apesar do adiamento, o calendário original de restituição foi
mantido, com cinco lotes a serem pagos entre maio e setembro, sempre no último dia útil
de cada mês.
Como consultar
A consulta pode ser feita na página da Receita Federal da internet. Basta o contribuinte
clicar no campo “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, “Consultar Restituição”. A consulta
também pode ser feita no aplicativo Meu Imposto de Renda, disponível para os
smartphones dos sistemas Android e iOS.
Quem não está na lista pode consultar o extrato da declaração para verificar eventuais
pendências. Nesse caso, o contribuinte deverá entrar na página do Centro Virtual de
Atendimento da Receita (e-CAC) e verificar se há inconsistências de dados. Nessa hipótese, o
contribuinte pode avaliar as inconsistências e fazer a autorregularização, mediante entrega
de declaração retificadora.
A restituição fica disponível no banco durante um ano. Caso o valor não seja creditado, o
contribuinte poderá contactar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar
para a Central de Atendimento da Receita por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-
729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes
auditivos) para agendar o crédito em conta corrente ou poupança, em seu nome, em
qualquer banco.
291
Instrução normativa
Todas as regras para a entrega da DITR de 2021 foram definidas pela Instrução Normativa nº
2.040/2021, da Receita Federal. De acordo com a norma, também está obrigada a entregar a
declaração a pessoa física ou jurídica que, entre 1º de janeiro de 2021 e a data da
apresentação da declaração, perdeu a posse do imóvel rural ou o direito de propriedade pela
transferência ou incorporação do imóvel rural pelo novo proprietário.
Para ajudar na declaração, a Receita Federal disponibiliza os núcleos de Apoio Contábil e
Fiscal (NAF) , uma parceria com instituições de ensino superior que oferece serviços
contábeis e fiscais à população. Durante a pandemia, também há núcleos operando de
forma remota. Os locais de atendimento e os respectivos contatos estão disponíveis na
página da Receita Federal.
292
294
A retomada econômica do turismo em Minas só deve acontecer a partir do ano que vem,
segundo avaliação da analista de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG), Milena Soares. Apesar da projeção, ela
diz que o setor está caminhando e voltando a crescer gradativamente.
As restrições sanitárias de outros países em relação aos brasileiros e o avanço da vacinação
contra a Covid-19 ajudaram a modificar o perfil do turismo. Como consequência, as viagens
domésticas, ou seja, dentro do Brasil, estão em alta
Bom para os destinos turísticos mais procurados pelo país. Os empresários do setor em
Minas Gerais estão otimistas, pois, depois de muito tempo em isolamento social, o turista
agora busca experiências, expertise que muitas cidades mineiras já tem consolidada.
Milena explica que, desde junho, o setor vem registrando avanço no volume de receita.
“Ter quatro Patrimônios Históricos da Humanidade - Ouro Preto; o centro histórico de
Diamantina; o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas; e o Conjunto
Moderno da Pampulha, em Belo Horizonte -, a capital ter recebido o título de Cidade
Criativa da UNESCO pela Gastronomia e o estado ser o único destino brasileiro na lista das
regiões mais acolhedoras do planeta, segundo o ranking global da premiação Traveller
Review Awards 2021, fazem a diferença, e os turistas querem conhecer”, conta Milena.
A tendência é que todos os serviços ganhem dinamismo, mas, especialistas e empresários
do setor são cautelosos e só esperam a recuperação econômica de toda a cadeia de turismo
em Minas para 2022.
295
Aliados do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) estão usando um precedente dos Estados
Unidos para justificar a inércia do presidente da Comissão de Constituição e Justiça do
Senado em relação à sabatina de André Mendonça, indicado há mais de dois meses pelo
presidente Jair Bolsonaro para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal).
Pessoas próximas a Alcolumbre apontam um paralelo com o caso de Merrick Garland,
indicado a uma cadeira na Suprema Corte americana, em 2016, pelo então presidente Barack
Obama, em seu último ano na presidência dos EUA. À época, o Senado, controlado por
republicanos, recusou-se a realizar a audiência de confirmação da indicação de Garland.
A CNN apurou que o senador avalia citar o caso norte-americano em sua manifestação ao
STF. Na semana passada, o ministro Ricardo Lewandowski pediu explicações a Alcolumbre
sobre a sabatina de Mendonça.
Embora o magistrado não tenha determinado prazo para a resposta, a lei estabelece dez
dias úteis para o retorno das explicações. O pedido do ministro foi feito no último dia 21.
Apesar da resistência de Alcolumbre, a percepção de uma ala do Senado e do próprio
Supremo é a de que o senador muito dificilmente conseguirá segurar a votação do nome de
Mendonça na CCJ por muito tempo.
Como mostrou a CNN na semana passada, o pedido de explicações de Lewandowski tem
sido usado pelo senador como justificativa para segurar ainda mais a data da apreciação do
nome do ex-chefe da AGU. De acordo com relatos, Alcolumbre deve dizer ao Supremo que a
questão é “interna corporis”, ou seja, deve ser resolvida internamente pelo Senado, e que,
como presidente da CCJ, ele tem a prerrogativa de definir a pauta do colegiado.
No caso dos EUA, a maioria republicana no Senado, então sob a liderança de Mitch
McConnell, defendia a tese de não considerar nenhum candidato apresentado por Obama, e
que a nomeação para a Suprema Corte deveria ser deixada para o próximo presidente
daquele país. À época, a recusa de McConnell foi alvo de inúmeras críticas, classificada
como um flagrante abuso das normas constitucionais.
A indicação de Garland perdurou por 293 dias e expirou em 3 de janeiro de 2017, com o final
da 114ª Legislatura do Congresso. Com a eleição presidencial nos EUA, o presidente Donald
Trump nomeou, em 31 de janeiro de 2017, Neil Gorsuch para preencher a vaga no tribunal.
A indicação foi confirmada pouco tempo depois, em abril do mesmo ano. Quanto a Garland,
quatro anos após ser vetado, o veterano juiz foi indicado por Joe Biden para a Procuradoria
Geral, e, desta vez, confirmado pelo Senado americano.
296
CNN BRASIL
30/09/2021
Internet voltar ao topo
POLÍTICA
Encontro entre Pacheco e Leite é visto como chance
para tratar sobre eleições.
Tanto o presidente do Senado quanto o governador do RS planejam disputar a presidência
no próximo ano
Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini
Rachel Vargasda CNN
em Brasília
29/09/2021 às 22:40 | Atualizado 29/09/2021 às 22:45
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o governador do Rio Grande do
Sul, Eduardo Leite (PSDB-RS), têm encontro marcado para a próxima sexta-feira (1º). A
agenda acontece após o presidente do PSD, Gilberto Kassab, declarar que torce pela vitória
do governador gaúcho nas prévias do PSDB que definirão o candidato dos tucanos para
disputar a presidência em 2022.
A fala de Kassab aconteceu durante entrevista à rádio Bandeirantes, nesta quarta-feira (29),
quando ele disse que é “bem possível” uma aliança entre Leite e Pacheco, nome apoiado
pelo PSD para a disputa presidencial.
À CNN, Kassab ponderou sobre a declaração dada à rádio e disse enxergar, nos dois
políticos, perfis parecidos de “conciliação” . Na avaliação do cacique do PSD, tanto Pacheco
quanto Leite têm total legitimidade para concorrer ao cargo de presidente da República.
Mas Kassab admite que será Pacheco o candidato da legenda. Pacheco vai participar do
encerramento do evento “O Ministério Público de uma nova era: reflexões e projeções”. A
agenda com Eduardo Leite vai ocorrer antes da cerimônia e é vista como a oportunidade
para que os dois potenciais nomes à corrida presidencial conversem sobre o pleito de 2022.
Em evento na Câmara dos Deputados, na semana passada, para celebrar o aniversário do
PSD, Pacheco fez um discurso recheado de elogios ao partido e admitiu ter a sigla “no
297
CNN BRASIL
30/09/2021
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BUSINESS
Mercados monitoram crise de combustíveis e dados de
emprego no Brasil
Morning Call, com Priscila Yazbek, destaca o de mais importante na economia mundial e
nacional nesta quinta-feira
Priscila Yazbek do CNN Brasil Business
Em São Paulo
30/09/2021 às 10:50 | Atualizado 30/09/2021 às 11:04
Investidores começam a quinta-feira (30) monitorando a crise de combustíveis e os dados
de emprego no Brasil.
No exterior, os Estados Unidos precisam aprovar hoje a extensão do Orçamento ou correm
risco de paralisação dos serviços federais, o shutdown, já que o ano fiscal termina à meia-
noite. A expectativa é que a extensão seja aprovada, mas a solução é provisória, já que o
impasse sobre o teto da dívida deve continuar.
Na quarta-feira (29), Janet Yellen, secretária do Tesouro, disse que, sem a elevação do teto da
dívida, os EUA terão o primeiro default da história, o que poderia trazer colapso financeiro e
recessão no país.
Mercados acompanham de perto o impasse, que o Goldman Sachs descreveu como “o prazo-
limite de dívida mais arriscado em uma década”.
Na China, aos poucos a situação da Evergrande parece estar se resolvendo. A
megaincorporadora anunciou que pagou parte dos títulos que venceram na semana
passada.
Também saiu o PMI da indústria chinesa, que mostrou em setembro a primeira retração
desde fevereiro de 2020, influenciada pela crise de energia. Por outro lado, o PMI de serviços
avançou.
O mercado nacional segue de olho na Petrobras, que aprovou programa social que vai
destinar R$ 300 milhões para famílias de baixa renda comprarem itens essenciais, entre
eles, gás de cozinha.
Analistas acham que a medida é populista, mas não deve mexer com as ações porque de
certa forma pode diminuir a pressão sobre mudança na política de preços, que seria o pior
cenário do ponto de vista dos investidores.
Ontem, a Câmara dos Deputados aprovou projeto que recria o vale-gás para subsidiar o
botijão vendido a famílias de baixa renda. Arthur Lira (PP-AL), presidente da Casa, disse que
está em discussão a criação de um fundo de estabilização dos combustíveis, sem mexer na
política de preços da Petrobras, o que aliviou investidores.
Em entrevista ao Valor, Lira e o Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG),
disseram que o Congresso quer concluir neste ano a reforma tributária, seja para aprovar
ou descartar as propostas em discussão.
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30/09/2021
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Guedes teme usar crédito extraordinário para bancar
auxílio emergencial, dizem interlocutores.
Em caráter reservado, interlocutores junto ao ministério disseram à reportagem da CNN
que para Paulo Guedes a expectativa é de aprovação do projeto de lei do Imposto de Renda
e da PEC dos Precatórios
A equipe econômica do governo federal corre para viabilizar o Auxílio Brasil, aposta do
governo para substituir o Bolsa Família, por meio da resolução do rombo dos precatórios e
da aprovação do projeto de lei do Imposto de Renda.
A fórmula, segundo fontes ligadas ao Ministério da Economia, seria a seguinte: PEC dos
Precatórios + PL do IR = Bolsa Família dentro do teto e da Lei de Responsabilidade Fiscal. A
aprovação da PEC dos precatórios dará espaço fiscal; e o PL do IR, indicará a fonte.
Em caráter reservado, interlocutores junto ao ministério disseram à reportagem da CNN
que para Paulo Guedes a expectativa é de a coisa andar. O ministro acredita que deve ser
aprovado tanto o IR quanto a PEC de precatórios.
E com os dois, o Auxílio Brasil será mantido dentro do teto. Ainda segundo as fontes, Paulo
Guedes teria dito que a oposição tentar obstruir seria um erro, porque prorrogaria o
Auxílio Emergencial.
A equipe do ministro Paulo Guedes vê com bons olhos a entrada em campo dos presidentes
da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e entende que os
próximos 30 a 40 dias serão os mais importantes para uma solução.
Ainda segundo interlocutores junto à pasta, o temor de Paulo Guedes e da equipe
econômica é o de que se não for viabilizado por bem, seja por mal: por meio de crédito
extraordinário, prolongando o pagamento do auxílio emergencial por mais meses e com
valores maiores do que a média atual, de R$ 250.
O próprio ministro é resistente à alternativa. E o Tesouro Nacional já ressaltou a
importância de problemas estruturais não serem solucionados com medidas
extraordinárias.
O Auxílio Brasil foi criado com a medida provisória 1061 de 2021, mas o governo ainda
precisa resolver o espaço dentro do teto de gastos e a compensação financeira. A partir de
novembro, o benefício substituirá o Bolsa Família, programa associado com os governos
petistas.
A Câmara dos Deputados já aprovou o projeto de lei de reforma do Imposto de Renda. O
texto está, atualmente, no Senado.
O relator, senador Angelo Coronel (PSD-BA), estima que entregará o relatório até o fim de
outubro. A votação no plenário do Senado ficaria para novembro.
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30/09/2021
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Lira diz que busca saídas para a alta dos combustíveis.
Presidente da Câmara dos Deputados garantiu, ainda, que governadores, secretários de
Fazenda e Petrobras serão chamados à discussão
Maria Carolina Marcelloda Reuters
29/09/2021 às 22:27
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta quarta-feira (29)
que discute alternativas como fixar a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços) e a criação de um fundo de estabilização em busca de saídas para a
alta dos combustíveis, enquanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG),
defendeu que a Petrobras adote seu “papel social”.
Lira, que se reuniu com líderes da base nesta quarta-feira, disse que não há nada definitivo
sobre os caminhos a serem tomados e a ideia é buscar informações junto a técnicos do
Congresso Nacional, da Receita Federal, e do Ministério da Economia. O presidente da
Câmara garantiu, ainda, que governadores, secretários de Fazenda e Petrobras serão
chamados à discussão.
Segundo Lira, esse fundo de estabilização poderia ser criado a partir de recursos advindos
de dividendos ou ainda a partir de recursos relacionados ao gás do pré-sal.“Essa discussão
iniciou-se hoje. Nós estamos com três assuntos… que é o projeto que trata do PLP da
questão do ICMS ad rem, e a questão de uma possível criação de um fundo de estabilização
sem mexer na política de preços da Petrobras no sentido de agredir com ingerências de
taxação ou de definição de valores, não. Mas um fundo que dê, justamente, um conforto
para essas oscilações”, explicou o deputado.
No caso de alíquota fixa para o ICMS, Lira defendeu que tal adoção poderia ajudar a conter a
elevação dos preços e citou governadores que já tomaram decisões relacionadas ao tributo.
“Essa unificação ou um valor ad rem também no ICMS ajudaria muito na contenção do
aumento. Não é que ele influencie no aumento, não é que ele puxe no aumento, nem que
ele seja o motivador, como estão tentando desviar o assunto, não. Não é o ICMS que puxa o
aumento do combustível. Mas toda vez que o petróleo e que o dólar puxam o aumento do
combustível, o ICMS ele é alterado e os estados estão necessariamente arrecadando mais,
sim”, avaliou o presidente da Câmara.
Na véspera, em evento em Alagoas ao lado do presidente Jair Bolsonaro, Lira foi mais duro
em relação aos governadores, afirmando que os impostos estaduais deixam os
combustíveis caros. “Sabe o que é que faz o combustível ficar caro? São os impostos
estaduais”, afirmou Lira em seu discurso.
Na entrevista desta quarta, o presidente da Câmara argumentou que não haverá perda de
arrecadação aos estados, ao afirmar que “você mantém a arrecadação, ela só não será móvel
para cima”.
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30/09/2021
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Senado avalia soluções além de reforma do IR para
financiar programa social.
Na segunda-feira, o Congresso Nacional aprovou projeto que cria as bases para um novo
programa social em substituição ao Bolsa Família
29/09/2021 às 22:36
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nesta quarta-feira (29) que a
Casa busca uma solução que garanta espaço fiscal para um programa social “robusto” sem
ferir o teto de gastos e avaliará se o projeto de reforma do Imposto de Renda (IR), apontado
como fonte compensatória pela equipe econômica, é a melhor alternativa.
Pacheco afirmou que por respeito à Câmara dos Deputados o projeto que trata de
mudanças na cobrança do IR será votado no Senado, mas ressaltou que haverá uma análise
sobre outras possibilidades de fontes de recursos para um novo Bolsa Família.
“Sabemos da nossa responsabilidade com aquilo que nos une, todos, que é o
estabelecimento de um programa social do Bolsa Família para poder atingir o maior
número possível de pessoas, e com valor de compra que seja capaz de comprar o básico de
famílias que hoje passam fome e têm problemas gravíssimos”, disse o presidente do Senado
a jornalistas.
“O espaço fiscal se encontra na solução do problema dos precatórios, e como há, por parte
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