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MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL
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ÍNDICE
COBERTURA ......................................................................................................................... 17
CAIXILHARIAS ...................................................................................................................... 18
PAVIMENTOS ....................................................................................................................... 19
TETOS .................................................................................................................................. 21
ESCADAS .............................................................................................................................. 22
COBERTURA ......................................................................................................................... 23
TETOS .................................................................................................................................. 25
ESCADAS .............................................................................................................................. 25
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PARÂMETROS A QUANTIFICAR ............................................................................................... 66
PROJETO – PAREDES E ABERTURAS ........................................................................................ 67
VENTILAÇÃO ............................................................................................................................ 73
VERIFICAÇÃO DE REQUISITOS MÍNIMOS DE ACÚSTICA .......................................................... 76
CLASSIFICAÇÃO DO LOCAL ...................................................................................................... 76
ISOLAMENTO SONORO EM RELAÇÃO AO EXTERIOR .............................................................. 77
PROJETO DE ACÚSTICA............................................................................................................ 78
ESTIMATIVA ORÇAMENTAL ......................................................................................................... 81
PLANEAMENTO DE OBRA ............................................................................................................ 82
CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 84
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................. 85
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ÍNDICE DE FIGURAS
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INTRODUÇÃO
CONCEITOS GERAIS
Em primeiro lugar, interessa referir que uma das principais causas das anomalias
em edifícios antigos é natural e prende-se com o envelhecimento inevitável dos próprios
materiais. Um edifício de habitação é projetado e construído para uma vida média de 50
anos, idade que já está ultrapassada em qualquer edifício antigo.
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ESTUDOS PRÉVIOS DE INSPEÇÃO E ANÁLISE
MEMÓRIA INTRODUTÓRIA
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LEVANTAMENTO DETALHADO
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Figura 3 – Alçado posterior
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Figura 4 – Corte do edifício existente
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PLANTA DO RÉS-DO-CHÃO EXISTENTE
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PLANTA DO 1º PISO EXISTENTE
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PLANTA DO SÓTÃO EXISTENTE
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PLANTA DA COBERTURA EXISTENTE
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DEFICÊNCIAS EXISTENTES E SUA LOCALIZAÇÃO
FACHADAS
As paredes exteriores são de alvenaria de granito, com espessura de 50cm,
assim como as paredes com os edifícios vizinhos que representam um papel importante
na estrutura do edifício no que se refere à resistência a cargas verticais, nomeadamente
as cargas de natureza gravítica, assim como também a forças horizontais, como o vento
e os sismos. As faces exteriores são revestidas com um reboco de argamassa de cal e
na face interior, com estuque de gesso tradicional.
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COBERTURA
A coberta do edifício é constituída por elementos estruturais de madeira de
eucalipto. As suas asnas apresentam o esquema mais tradicional (asnas simples), com
linha, pernas, escoras e pendural com seções varáveis, e têm um espaçamento de
2,80m. Na figura seguinte apresenta-se um alçado da asna.
(8x22cm²)
(8x8cm²)
(8x22cm²)
(8x22cm²)
(8x16cm²)
(8x22cm²)
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Figura 9 – Cobertura existente no edifício
CAIXILHARIAS
Os vãos possuem caixilharia de madeira, com vidro simples, alguns deles
partidos e encontram-se em elevado estado de degradação. Alguns vãos possuem
portadas de madeira pelo interior. Contudo, devido à sua localização estão sujeitas à
ação da radiação solar e da chuva.
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As portas de acesso ao interior da habitação são de madeira, estão sem
fechadura e encontra-se muito degradadas na parte inferior.
PAVIMENTOS
O edifício é constituído por um pavimento térreo á base de enrocamento de
pedra, com uma camada de revestimento em sobrados de madeira.
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Figura 12 – Pavimento revestido a ladrilho cerâmico
PAREDES INTERIORES
As paredes interiores são de tabique com 10cm de espessura, constituídas por
um fasquiado aplicado sobre tábuas, colocadas na vertical, sendo este conjunto,
revestido em ambas as faces com um reboco de argamassa de cal e “saibro”, finalizado
por um estuque tradicional. É patente a falta deste fasquiado em certas zonas,
principalmente nas paredes da caixa de escadas e o destacamento do reboco. A
fendilhação e as eflorescências também se encontram constantes nas paredes
interiores do edifício.
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Figura 14 – Paredes interiores
TETOS
Já ao nível dos tetos, é notório a presença de desprendimentos e desagregações
nos cantos. Várias infiltrações e presença de plantas.
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ESCADAS
As escadas são em estrutura de madeira, formadas por dois lanços, que se
desenvolvem ao longo da parede, apoiando-se os lanços e os patamares na estrutura
desta.
INSTALAÇÕES TÉCNICAS
É visível a degradação e a possível deficiência da instalação elétrica do edifício,
tornando-se um risco. Vários interruptores danificados e tomadas que já nem têm o
próprio espelho. Falta de luz nas casas de banho e na cozinha, tubagem elétrica á vista
no rés-do-chão e no quadro principal da moradia só contem três disjuntores.
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Figura 17 – Esquentador existente
ESTRUTURA
A estrutura da fachada apresenta sinais de fendilhação nas padieiras e
desprendimento de pedaços de reboco, devido à entrada de água pela cobertura.
COBERTURA
A cobertura é constituída por uma armação de madeira e com telha tradicional
em argila recozida. As telhas estão envelhecidas e pontualmente em falta, originando
fortes infiltrações. A nível estrutural, apresenta alguma deformação devido a alguns
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ligadores (cintas metálicas) já estarem destruídos pela corrosão e existe uma certa
corrosão da madeira.
PAREDES EXTERIORES
As paredes das fachadas encontram-se com fendilhação localizada e de
abertura considerável. Também há revestimentos de paredes com sinais de
eflorescências ou vestígios de ataque biológico (térmitas; desenvolvimento de
vegetação parasitária: musgos).
PAREDES INTERIORES
As paredes interiores, constituídas em madeira, tabique, encontram-se muito
degradadas, com uma desagregação elevada e apresentam sinais visíveis de risco de
ruir, assim como fendilhação. A fendilhação é uma das principais anomalias presentes
nas paredes interiores do edifício, junto a aberturas para portas, janelas e na ligação de
paredes ortogonais, principalmente nos cantos, onde ocorrem concentrações de
tensões que estão na origem do início e progressão do fenómeno de fendilhação.
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TETOS
É visível a presença de desprendimentos e desagregações em certos pontos dos
tetos. Forte presença de humidades, queda de algumas chapas de madeira e na zona
do sótão está muito degradado, tendo presença de vegetação.
ESCADAS
A estrutura de madeira das escadas encontra-se em muito mau estado, grande
nível de desgaste dos lanços, nomeadamente na o rés-do-chão e falta de alguns
espelhos.
EQUIPAMENTO SANITÁRIO
Os esquipamentos estão gastos e a banheira está fraturada. O móvel está com
as portas partidas.
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EQUIPAMENTOS DE COZINHA
Os armários da cozinha estão partidos e alguns com portas partidas. O armário
suspenso, de madeira, está inclinado, com risco de queda. A perda da banca de cozinha
encontra-se partida e as torneiras na asseguram a estanquidade.
INSTALAÇÃO DE GÁS
O mais preocupante nesta área é a forma como os aparelhos de queima de gás
são instalados nos edifícios, como o esquentador, neste edifício encontra-se nas
próprias instalações sanitárias, não tendo a devida ventilação, exposto a grandes
humidades, podendo ocorrer fugas através das válvulas de segurança, por deficiente
funcionamento.
INSTALAÇÃO ELÉTRICA
A instalação elétrica é muito antiga, começando pelo quadro geral que está em
mau estado e no seu interior contém ferrugem em algumas partes de ligação.
Relativamente a pontos de luz e às tomadas são em número reduzido e com algumas
anomalias, algumas partidas e outras sem funcionarem.
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ANTEPROJETO
COBERTURA
O sistema europeu de classificação de madeiras em classes de qualidade
baseia-se nas 4 normas da série EN 14081, editadas a partir de 2005 e ainda não
traduzidas para o português:
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Numa reabilitação de uma estrutura de madeira quatro situações podem ser
observadas:
No presente projeto, opta-se pela opção “b”; este processo implica a remoção de
telhas, ripas, forros e guarda-pós, de modo a colocar a estrutura à vista tanto pela parte
inferior como superior. Tal decisão baseia-se em inspeção, que focou principalmente:
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Sempre que possível, deve-se evitar desmontar os elementos estruturais em
madeira, pois a futura montagem os colocará em diferentes estados de tensão, como
resultado das novas ligações.
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PLANTA DA COBERTURA – ALTERAÇÕES
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CORTE LONGITUDINAL - C-01
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CORTE LONGITUDINAL - C-02
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Figura 19 – Pormenor proposto da cobertura
PAREDES EXTERIORES
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Figura 20 – Fechamento de juntas
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Figura 22 – Sistema de ventilação para controlo da humidade ascensional
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PAREDES INTERIORES
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PLANTA DO PISO 1 – PAREDES A DEMOLIR E CONSTRUIR
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PLANTA DO SÓTÃO – PAREDES A DEMOLIR E CONSTRUIR
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LAJES
1º piso: laje colaborante (0,20m) com nervuras e forma perdida em aço galvanizado.
Sótão: laje aligeirada (0,30m). Será utilizada, como interface entre esta nova estrutura
e os elementos originais, uma espuma de polietileno de baixa densidade, de forma a
estabelecer uma junta de dessolidarização.
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ESQUEMA ESTRUTURAL DAS LAJES DE PISO
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Figura 28 – Pormenor proposto das lajes e demais elementos
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REVESTIMENTOS DOS TETOS
Laje colaborante: será instalado um forro em
lambri de madeira (carvalho), com
acabamento em verniz aquoso, de forma a
referenciar a aparência original.
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ESCADAS
Serão executados dois novos lanços de escadas em betão leve, entre o rés-do-
chão, 1º andar e o sótão habitável, revestidos a madeira de carvalho natural e
acabamento idêntico aos pavimentos.
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Figura 31 – Esquema estrutural das escadas
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Figura 32 – Espuma (pré-fabricada e injetada) de polipropileno expandido para proteção de
tubagens
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Figura 34 – Rede de distribuição de águas (rés-do-chão)
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Figura 35 – Rede de distribuição de águas (piso 1)
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Figura 38 – Painel de aquecimento para rede de distribuição de águas (cobertura)
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DIMENSIONAMENTO DA REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUAS
• - Rugosidade do material;
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K = rugosidade da tubagem (considera-se aqui K = 120 𝑚1/3 . 𝑠 −1 )
i = inclinação (m/m)
55
Os diâmetros nominais mínimos admissíveis para os ramais de descarga
individuais dos aparelhos sanitários são:
Bidé (Bd) 40
Banheira (Ba) 40
Tanque 50
40 36,4 16 23 28 33
50 45,6 30 42 52 60
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Caudas de descargas normalizados são os seguintes:
Em função das alturas em que ocorre sucção e das em que ocorre sobrepressão,
é fundamental um adequado dimensionamento do sistema de modo a garantir a
ventilação necessária. No caso dos tubos de queda esta ventilação é condicionada pela
taxa de ocupação, que se baseia na seguinte relação:
Em que: Ses = secção ocupada pelo caudal de esgoto Sar = secção ocupada
pelo caudal de ar
A taxa de ocupação não deve ser superior a 1/3 em sistemas com ventilação
secundária e deve estar compreendida entre 1/7 e 1/3 em sistemas sem ventilação
secundária como consta na tabela:
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Diâmetro dos tubos de queda e taxas de ocupação são os seguintes:
Portanto, para o caudal drenado pelos dispositivos de utilização, com uma taxa
de ocupação igual a 1/5, o diâmetro necessário para o tubo de queda é de Ø 75 mm e
para a rede de drenagem Ø 90 mm.
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Figura 41 – Condições de abertura dos tubos de queda para o exterior
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CARACTERIZAÇÃO DA REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
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i = inclinação (m/m)
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ISOMETRIA DA REDE DE GÁS E DISTÂNCIA DE SEGURANÇA A OUTRAS
INFRAESTRUTURAS
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CARACTERIZAÇÃO DA REDE DE GÁS
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PROJETO DE TÉRMICA
Por outro lado, as perdas por ventilação chegam a representar, no inverno, cerca
de 30% das perdas térmicas totais. Portanto, o equilíbrio entre as exigências de
ventilação e de eficiência energética passará por limitar o número de renovações
horárias sem comprometer a qualidade do ar interior e o conforto higrotérmico.
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Valores convencionais de renovações horárias (Rph) definidas no RCCTE:
PORTO:
Duração da estação de
aquecimento (meses): 6,7
Temperatura externa do
projeto (°C): 30
Fonte: RCCTE
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PARÂMETROS A QUANTIFICAR
[kWh/(m².ano)]
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Serão calculados, ainda, os coeficientes de transmissão térmica, superficiais e
lineares, dos elementos da envolvente (U, ψ e ꚍ para locais não aquecidos), o factor
solar dos vão envidraçados (relação entre a energia solar transmitida para o interior,
através do vão envidraçado, e a radiação solar incidente na direcção normalao
envidraçado), e a inércia térmica do edifício ou da fracção autónoma (função da
capacidade de armazenamento de calor que os locais apresentam e depende da massa
superficial útil de cada um dos elementos da construção).
Elementos exteriores:
Zonas opacas verticais 1,80 1,60 1,45 0,70 0,60 0,50 1,40
Zonas opacas horizontais 1,25 1,00 0,90 0,50 0,45 0,40 0,80
Elementos interiores em contacto com zonas anexas não úteis e outros edifícios
Zonas opacas verticais 2,00 2,00 1,90 1,40 1,20 1,00 2,00
Zonas opacas horizontais 1,65 1,30 1,20 1,00 0,90 0,80 1,25
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Figura 47 – Projeto de térmica – piso 1
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Figura 48 – Projeto de térmica - sotão
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Figura 49 – Corte com visão genérica dos 3 níveis de paredes
71
Figura 50 – Projeto de térmica - cobertura
Por fim, conforme ilustrado em pormenor acima, a cobertura terá, sob as telhas,
isolamento térmico em poliestireno extrudido com 10cm de espessura (massa volúmica
de 40kg/m³ e condutibilidade térmica de 0,037) e placa de gesso cartonado com 2 cm
de espessura (massa volúmica aparente de 1000 kg/m³ e coeficiente de condutibilidade
térmica de 0,25W/m.ºC).
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As janelas terão caixilharia em alumínio com rotura térmica, com vidro duplo
(portanto com uma câmara de ar), com uma película termorefletora e mecanismo oscilo batente.
Terão coeficiente de transmissão térmica (U) igual a 1.78W/(m².ºC).
VENTILAÇÃO
73
O Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) desenvolveu, para aferir a
eficiência energética, uma ferramenta de cálculo da ventilação para edifícios de
habitação e para pequenos edifícios de comércio e serviços.
Rés-do-chão
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Piso 1
Sótão
Cobertura
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VERIFICAÇÃO DE REQUISITOS MÍNIMOS DE ACÚSTICA
▪ tempo de reverberação – T
CLASSIFICAÇÃO DO LOCAL
Zonas sensíveis 55 45
Zonas mistas 65 55
Zonas sensíveis 28
Edifícios habitacionais e mistos
Zonas mistas (ou sensíveis com grande
Edifícios escolares (e similares) 33
infraestrutura de transporte)
[dB]
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Por fim, para fachadas heterogêneas, calcula-se um Rw médio:
[dB]
em que:
PROJETO DE ACÚSTICA
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Figura 54 – Isolamento acústico – alvenaria (alçado)
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21 REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS vg 1,00 3 500,00 €
PLANEAMENTO DE OBRA
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PLANO DE TRABALHOS
2 DEMOLIÇÕES
3 MOVIMENAÇÃO DE TERRAS
4 ESTRUTURA
5 IMPERMEABILIZAÇÕES E ISOLAMENTOS
6 PAREDES
7 PAVIMENTOS
8 TETOS
9 PINTURAS
10 COBERTURAS
11 CARPINTARIAS
13 VIDRACEIRO
14 FERRAGENS E ACESSÓRIOS
15 SERRALHARIAS
16 EQUIPAMENTOS SANITÁRIOS
18 ARRANJOS EXTERIORES
19 DIVERSOS
20 REDE DE ÁGUAS
23 INFRA-ESTRUTURAS ELECTRICIDADE
24 INFRA-ESTRUTURAS DE TELECOMUNICAÇÕES
26 REDES DE GÁS
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CONCLUSÃO
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BIBLIOGRAFIA
Decreto-Lei nº9/2007;
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