13º Congresso Ibero-americano de Engenharia Mecânica

13º Congreso Iberoamericano de Ingeniería Mecánica

Lisboa, Portugal, 23-26 de Outubro de 2017

A EVOLUÇÃO DO MARCO REGULATÓRIO PARA ENERGIA EÓLICA NO BRASIL

Sara Oliveira Nunes1, Eduardo Oliveira Teles2, Ednildo Andrade Torres3

1. Programa de Engenharia Industrial, Universidade Federal da Bahia , Salvador, Brasil, email:

saraoliveiranunes@gmail.com
2. Instituto Federal da Bahia, Salvador, Brasil, email:eoteles@gmail.com
3. Programa de Engenharia Industrial, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia, Brasil, email:
ednildotorres@gmail.com

Resumo

A crise hídrica no Brasil em 2001, aliada ao surgimento do Programa de Incentivo às Fontes

Alternativas de Energia Elétrica - PROINFA em 2002 estimulou o crescimento de outras fontes
alternativas de energia no país. A energia eólica ganhou maior visibilidade a partir de 2009 com o
crescimento de incentivos ao setor, permitindo que empreendimentos eólicos ganhassem maior
competitividade no mercado de energia do Brasil. A matriz energética brasileira diversificou-se nos
últimos anos, tendo a energia eólica papel significativo em sua nova configuração. O maior potencial
para geração de energia eólica encontra-se na Região Nordeste do país. Apesar do crescente
investimento em geração de energia através dos ventos, os números ainda são tímidos com relação
ao potencial da matriz eólica brasileira. O presente artigo tem por objetivo realizar uma projeção do
mercado eólico brasileiro para próxima década. Neste contexto, foram analisados dados extraídos de
relatórios técnicos emitidos por órgãos competentes (nacionais e internacionais) e as documentações
relacionadas às rodadas de licitação que já ocorreram. Dessa forma, foi possível observar que o
mercado eólico tende a possuir uma taxa de crescimento elevada até 2020, tendendo à queda no
desenvolvimento do setor após esse período. O mercado eólico cresceu significativamente nos
últimos anos e possui uma perspectiva positiva para os anos posteriores. Logo a energia eólica torna-
se uma alternativa viável para futuros investimentos.

Palavras chave: energia eólica, mercado eólico brasileiro

 XIII CIBEM – 2017 Lisboa
1. Introdução
Na década de 70, grandes debates cresciam em todo
o globo sobre a escassez dos recursos não
renováveis e os impactos ambientais do setor
energético no meio ambiente [1].
Além disso, a crise do petróleo em 1973 teve um
grande impacto no setor de energia [2]. Nesta época,
a matriz energética mundial tinha o centrais hidroelétricas, usinas eólicas e biomassa
desenvolvimento de energia por derivados de
petróleo como base, sendo responsável por 46,1 %
da demanda mundial no ano da crise [3].
Diante da crise, o governo brasileiro impulsionou a
construção de usinas e centrais hidroelétricas como
medida emergencial para reduzir a dependência que
as indústrias brasileiras possuíam do petróleo [4, 5].
O crescimento e desenvolvimento de geração de
energia por fontes renováveis suplantou a ideia de
que o impacto gerado na evolução do setor
energético não pode ser reduzido ou controlado. O
avanço no aproveitamento energético de fontes
renováveis ganha incentivos trazendo uma nova
abordagem para o chamado “desenvolvimento
sustentável [1].
O Brasil possuía um grande potencial hídrico e o
objetivo do governo militar foi explorar esse
potencial tanto quanto possível. O efeito das
medidas adotadas naquele momento foi
significativo. No início do século XXI, a
hidroeletricidade já era responsável por 42% da
matriz energética e 90% da eletricidade gerada no
país [6]. A dependência do petróleo deu lugar à
dependência da energia hidroelétrica.
Porém, os grandes projetos de UHE (Usinas
Hidroelétricas), quando em áreas remotas como a
Amazônia, tendem a gerar ônus ainda mais elevados
por fatores ambientais e baixa densidade energética
[7].
Uma grande seca assolou o Brasil nos anos de 2000
e 2001. Esta ocasionou uma grande redução no nível
dos reservatórios das usinas hidroelétricas
instaladas. A partir daí, o governo brasileiro
começou a perceber a necessidade de uma maior
diversificação da matriz energética brasileira [8].
O primeiro programa de incentivo do governo para
produção de energias para diversificação da matriz
foi o PROEÓLICA (Programa Emergencial de
energia Eólica) em 2001. Contudo, a ANEEL
(agência Nacional de energia Elétrica) nunca
regulamentou o programa, logo, nenhuma usina
entrou em funcionamento [9].
Foi quando em 26 de abril de 2002 o governo
sancionou a lei 10.438/02 com a proposta de
“expansão da oferta de energia elétrica emergencial,
recomposição tarifária extraordinária, cria o
Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de
Energia Elétrica (PROINFA)” [10].
O PROINFA foi lançado com o intuito de fomentar
a produção de energia através das matrizes eólicas e
de biomassa [9].
A criação do programa foi o estopim para o
surgimento de políticas regulatórias favoráveis para
o surgimento de energias alternativas assim como a
eólica. Inicialmente o estado pretendia gerar 3300
MW de energia através do PROINFA por pequenas
[11, 12].
Porém, inicialmente o desenvolvimento da geração
de energia por meio dos ventos não sofreu impacto
relevante de maneira que a energia eólica somente
iria ganhar destaque na matriz elétrica brasileira
anos depois.
O potencial eólico brasileiro está estimado da ordem
de 143,5 GW de energia [2]. O grande potencial
eólico do Brasil, especialmente no Nordeste, o
coloca entre os 15 países com maior produção de
energia eólica do mundo [13].
2. Evolução do mercado eólico brasileiro
Mesmo após a criação do PROINFA, o período de
1999 e 2005, foi marcado por modestos incrementos
na capacidade eólica instalada. A causa disso os
altos impostos e taxas significativas de importação
no período o que tornaram onerosos a implantação
de projetos.
As centrais eólicas implantadas se tornavam viáveis
apenas quando a produção e o abastecimento eram
locais [14]. A falta de desenvolvedores e indústrias
do mercado eólico (como fabricantes de turbinas)
no Brasil, forçava as empresas a utilizarem
materiais importados o que encarecia o preço do
MW/h e reduzia significativamente a
competitividade da energia eólica no mercado
nacional. Enquanto isso, o governo brasileiro
aumentava os incentivos fiscais para a geração de
energia com pequenas e grandes centrais
hidroelétrica e biomassa.
A figura 1 mostra a evolução da capacidade
instalada de energia eólica desde a criação do
PROINFA até Janeiro de 2017.
Até o final de 2005, a capacidade instalada foi de 29
MW. Em 2006, foram instalados 208MW, uma taxa
de crescimento de 717% [15].
A energia eólica ganhou mercado nos últimos anos
e atraiu uma parte significativa dos investimentos
em fontes de energia sustentável [13, 16, 17]. Porém
o investimento no setor é pequeno, considerando
seu potencial elétrico.
A figura 1 apontou um crescimento médio de 300%
ao ano de capacidade instalada entre 2006 e 2014.
 XIII CIBEM – 2017 Lisboa

se tornam as ferramentas mais eficientes e

2017 10850 transparentes de auxilio no desenvolvimento de
2016 10740 fontes alternativas de energia.
2015 8715 Os empreendimentos eólicos tiveram sua primeira
2014 5962 participação em leilões de geração no Brasil a partir
2013 3466 de 2007. A partir desse ano até meados de 2016
2012
ocorreram 21 leilões para energias renováveis,
2000
porém ocorreram 2 cancelamentos: leilões 08-2009
2011 1509
e 01-2012.
2010 931 A figura 2 mostra o número de empreendimentos
2009 606 eólicos licitantes nos leilões de energias renováveis
2008 341 no Brasil.
2007 247 Através a da análise do gráfico fica evidente o
2006 237 crescimento da participação dos empreendimentos
2005 29 eólicos a partir do leilão 03/2009, o qual foi
2004 29
específico para geração eólica. Após esse marco,
não ocorreu um leilão em que não houvesse
2003 29
empreendimentos eólicos licitantes.
2002 22 Além da crescente participação das usinas eólicas
0 3000 6000 9000 12000 nos leilões de geração de energia, uma das
principais consequências das mudanças regulatórias
Figura 1: Evolução da capacidade eólica instalada no Brasil
em MW.
favoráveis ao mercado foi uma maior
competitividade da matriz eólica no mercado. Com
Aproximadamente 60% dos parques eólicos exceção dos leilões 03-2007, 03-2008 e 01-2016,
instalados no Brasil estão localizados na região todos tiveram empreendimentos eólicos entre os
Nordeste do país [2, 18]. vencedores.
Mesmo com a criação do PROINFA o mercado
eólico ganhou incentivos importantes somente em 01/2016 0
2009 com a ocorrência do leilão de geração
09/2015 45
exclusiva para empreendimentos eólicos. Os
04/2015 19
resultados foram positivos e atraíram fabricantes da
02/2015 3
indústria eólica. Os resultados se repetiram no leilão
de 2010 com a adição de 325 MW na capacidade 08/2014 31
instalada, despertando ainda mais o interesse de 06/2014 36
investidores no setor [14]. 03/2014 21
A partir da melhora no ambiente regulatório do 10/2013 97
Brasil o número de empresas nacionais e 09/2013 39
internacionais dispostas a altos investimentos no 05/2013 66
setor eólico brasileiro cresceu. Com o crescimento 06/2012 10
do número de empresas atuantes no setor eólico, a 07/2011 39
competitividade frente às outras fontes de energia, 03/2011 34
antes predominantes no país, também cresceu. 02/2011 44
Os dois mecanismos mais utilizados para aquisição 07/2010 50
de energias renováveis em âmbito global são as
05/2010 20
tarifas fixas (feed-in-tariff) e leilões [19].
03/2009 71
Para a utilização de tarifas fixas é indispensável a
03/2008 1
utilização de contratos de longo prazo e
bonificações dos governos como, por exemplo, o 03/2007 0
congelamento das taxas pagas pela energia 0 20 40 60 80 100
produzida. Porém, caso as tarifas utilizadas estejam
Figura 2: Empreendimentos eólicos licitantes.
baseadas em informações insuficientes, a
consequência seria tarifas pouco competitivas ou
Um fato significativo ocorreu no primeiro leilão de
incorretas [20].
2010. Houve um grande número de
Com um grande potencial de rentabilidade, o leilão
empreendimentos eólicos ganhadores do leilão (20
é cada vez mais aceito como a melhor forma de
no total). Porém 95%, por problemas na
contratação de energias renováveis [21]. Para [19],
documentação, quase são desqualificados. Esse fato
quando os leilões são projetos de forma adequada,
 XIII CIBEM – 2017 Lisboa

retrata a necessidade que as empresas do setor de geração por carvão, biomassa, fotovoltaica e
eólico possuem de maiores informações e pequenas centrais hidroelétricas. No edital 06-2014,
instrumentos que as ajudem na implantação e a média de preço de venda por fonte eólica chegou
tomada de decisão de seus investimentos. a ser 30,63% inferior ao preço médio do mesmo
Desde a sua fundação em 2002, a ABEEólica vem leilão.
tentando impulsionar o crescimento de energia Apesar da energia eólica, no geral, possuir o menor
eólica e auxiliar as empresas atuantes no mercado preço de venda, os custos de instalação dessa
em questões regulatórias para diminuir essa tecnologia tende a apresentar uma queda acentuada
carência de informações. com a fabricação de turbinas eólicas no Brasil [2].
Apesar das incertezas que cercavam o mercado, a Com a queda dos preços da venda de energia, os
matriz eólica continuou ganhado destaque empreendimentos eólicos tendem a ganhar cotas de
econômico, impulsionando estudos para comprovar geração maiores nos leilões.
as vantagens financeiras dessa fonte de energia A figura 3 mostra a relação entre o número de lotes
quando comparada a outras fontes renováveis. licitados e o número de lotes contratados por
[22] fez uma contribuição relevantes quando trouxe centrais eólicas vencedoras nos editais.
um comparativo da viabilidade econômica da
geração de energia por fontes renováveis no Brasil
em seu trabalho. 09/2015 2626
5079
Realizando 13 projetos de estudos de caso com
tecnologias diferentes, [22] examinou que em um 04/2015 2378
3143
cenário com aplicação de 5% em taxas de
02/2015 297
descontos, o custo nivelado de eletricidade mais 969
baixo foi encontrado no empreendimento que 3332
08/2014 5353
utilizava energia hidroelétrica. Com essa mesma
taxa de desconto a energia eólica não ficou 06/2014 4151
demasiadamente a frente nos custos. Contudo, 27425
quando a taxa de desconto aplica foi de 10%, o 03/2014 2656
3952
empreendimento eólico obteve o menor valor
nivelado de eletricidade. 10/2013 9896
15995
Outro fato que se pôde comprovar com os estudos
09/2013 3325
de [22] foi que os custo de investimento de um 3325
empreendimento eólico é o grande responsável pelo 6755
05/2013
preço de geração. 6755
A tabela 1 contém os preços médios de venda dos 1516
06/2012 3022
certames que tiveram empreendimentos eólicos
vencedores. Al 07/2011 4524
5552
Tabela 1: Preços de vendas dos leilões 8462
03/2011 9208
Leilão/Ano Preço médio de Preço médio de venda
venda dos empreendimentos 8200
(R$/MWh) eólicos (R$/MWh) 02/2011 24911
03/2009 R$ 148,39 R$ 148,39
07/2010 6439
07/2010 R$ 148,39 R$ 131,83 7143
02/2011 R$ 102,07 R$ 99,50
03/2011 R$ 99,61 R$ 99,60 03/2009 753
753
07/2011 R$ 102,18 R$ 105,53
06/2012 R$ 91,25 R$ 87,98 0 10000 20000 30000
05/2013 R$ 110,51 R$ 110,51
09/2013 R$ 124,43 R$ 124,43 Lotes contratados para energia eólica
10/2013 R$ 109,93 R$ 107,27
Lotes licitados
03/2014 R$ 126,18 R$ 130,05
06/2014 R$ 196,11 R$ 136,05 Figura 3: Número de lotes licitados e contratados por
08/2014 R$ 169,82 R$ 142,31 empreendimentos eólicos.
02/2015 R$ 199,97 R$ 177,47
04/2015 R$ 188,87 R$ 181,09 O que se pode observar através da figura 3 é o nível
09/2015 R$ 249,00 R$ 198,43
de competitividade da energia eólica frente às outras
fontes renováveis de energia, visto o relevante
Em média, os preços de geração de energia por
número de lotes licitantes ganhos por
empreendimentos eólicos alcançaram valores
empreendimentos eólicos. Traçando a média de
inferiores à média geral, que compreende centrais
participação dos ventos na contratação de lotes
 XIII CIBEM – 2017 Lisboa
chegamos a 63%. Ou seja, mais da metade dos lotes
licitados são contratados para geração de energia
eólica. Nessa análise, temos uma máxima de 100%
e mínima de 15%.
Adicionalmente, nos primeiros editais de energias
renováveis lançados, a maioria das empresas
participantes eram de origem estrangeira. Mas com
o aumento de incentivos fiscais, esses números
foram se equilibrando e dando maior equidade ao
mercado brasileiro.
3. Análise do mercado eólico para os próximos
anos
Instituições nacionais e internacionais vêm tentando
prever o cenário para futuros investimento no
mercado de energia.
A ABEEólica (Associação Brasileira de Energia
Eólica), em seu boletim anual de 2012, estimou que
a capacidade instalada de energia eólica em 2016
seria de 8,76 GW [17]. Porém, os parques eólicos
em funcionamento ultrapassaram de forma
significativa esta marca neste mesmo ano. De
acordo com o último boletim anual publicado em
janeiro de 2017 pela ABEEólica, o Brasil atingiu a
marca de 10,74 GW de capacidade instalada. São
1,98 GW a mais do que previsto no boletim de 2012.
Ainda de acordo com o boletim anual de 2016, o
órgão estima que em 2020 a capacidade instalada de
geração de energia eólica chegará a 17,95 GW.
Para realizar uma análise de cenário não é suficiente
tomar por base apenas a economia, mas como a
mesma se estrutura, as tendências de
desenvolvimento da tecnologia, os padrões
tecnológicos, os recursos existentes e os possíveis
riscos. Portanto, o desenvolvimento de um cenário
com horizonte de anos deve ser feito com
considerável cautela [23].
As incertezas ao redor do mercado de energia
aumentam o nível de complexidade para a
montagem de cenário. Grande partes dessas
incertezas não podem ser quantificadas de modo a
inviabilizar uma análise estatística e,
consequentemente, probabilística [24].
O Ministério Brasileiro de Minas e Energia lançou
o Plano Nacional de Energia 2030 (PNE) em 2007.
Este Plano contém diretrizes e planejamento para o
setor de energia brasileiro. As expectativas contidas
no PNE 2030 para a matriz eólica foram modestas,
pois os estudos foram realizados num período de
pouca relevância [25].
Em seu trabalho, [26] traz a proposta de um modelo
de simulação para prospecção do cenário do
mercado eólico. Não obstante, faz uma análise
comparativa entre um o PNE 2030, o World Energy
Outlook (WEO) da Agência Internacional de
Energia (IEA) e os resultados obtidos na utilização
do seu modelo. Na simulação proposta pelo autor,
apresentou-se uma estimativa de 12 GW de geração
para 2016. A tabela 2 traz o comparativo os 3
estudos.
Quando comparados os cenários expostos por esses
estudos, com dados apresentados pelos órgãos
brasileiros, pode-se identificar um crescimento
considerável no desenvolvimento da matriz eólica
no Brasil. Dessa forma, entre os estudos analisados
e apresentados na tabela 2, o que possui maior
probabilidade de ocorrência é a simulação
desenvolvida por [26].
Tabela 2: Cenários de Crescimento do mercado de energia até
2030 em GW
Tecnologia [25] PNE 2030 WEO 2010
Eólica 19,00 4,60 7,60
Hidráulica 170,30 156,30 103,70
Biomassa 8,50 6,40 7,60
Total 238,30 211,70 161,50
Atualmente, o país possui 423 parques eólicos
instalados responsáveis pelo total da capacidade
instalada da matriz eólica. Possui, também, 181
empreendimentos com obras não iniciadas com
capacidade de geração de 4,16 GW e 149 para
término de construção com perspectiva de geração
de 3,5 GW [27].
Quando somadas as capacidades de geração de
todos esses empreendimentos, chegamos ao número
de 18,26 GW. Dessa forma, o cenário 2020
construído por [13] não está fora de alcance, se
tornando mais realista do que a simulação feita por
[26].
4. Conclusão
Através desse estudo foi possível observar que o
setor de energias renováveis necessita de incentivos
regulatórios para seu desenvolvimento. A matriz
eólica começou a se desenvolver no país a partir de
medidas de incentivos fiscais. Logo após, se
mostrou uma excelente alternativa para a geração de
energia elétrica no país.
A energia eólica tem sido uma grande opção para o
desenvolvimento do setor elétrico no país e
contribuindo significativamente. As vantagens
econômicas e a minimização de impactos
ambientais reforçam a discussão quanto a
necessidade do vento tornar-se protagonista na
matriz energética brasileira.
O grande potencial eólico brasileiro, timidamente
explorado, ainda aumenta as expectativas de
investidores para essa fatia de mercado. A evolução
progressiva do setor é motivadora para
investimentos futuros. Porém, ainda se fazem
necessários estudos para auxiliar empresas, muitas
delas nacionais, a se estabelecer no mercado.
 XIII CIBEM – 2017 Lisboa
Os estudos preveêm um aumento significativo na
capacidade instalada de energia eólica até 2020, a
partir de então, espera-se uma leve queda nos
investimentos do setor, mas que o mercado continue
aquecido até 2030. Ao logo dos anos, os cenários
desenvolvidos foram surpreendidos com o
crescimento acelerado da matriz. Espera-se, então
que o mecado aólico no Brasil continue com taxa de
crescimento elevada.
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