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TRABALHO DE GRADUAÇÃO

Planejamento energético brasileiro para 2050

Brasília, Novembro 2019

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Faculdade de Tecnologia
Departamento de Engenharia Elétrica

Planejamento energético brasileiro para 2050

Trabalho de Conclusão da matéria de Planejamento


Energético submetido ao Departamento de Engenharia
Elétrica da Universidade de Brasília como requisito
parcial para aprovação na matéria.

Orientador: Rafael Amaral Shayani

Brasília, Novembro 2019

1. Introdução

Com o aumento das mudanças climáticas e a crescente da demanda


de energia o futuro da oferta de energia elétrica ganha um papel de
destaque no debate social e político ao redor do mundo. A necessidade de
proteção ao meio ambiente é o que pode garantir uma maior sobrevida a raça
humana com uma maior qualidade de vida, pois sem um meio ambiente

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estável e seguro não existirá nem uma segurança energética. Com o
agravamento do efeito estufa, devido ao grande nível de gases poluente
gerados pelas ações industriais, a temperatura média mundial tem
aumentado consideravelmente. O aquecimento global tem enorme implicação
na economia e segurança, incluindo quebras de safra em áreas chaves da
produção de alimentos, tensões interfronteiras por causa de recursos,
movimentos em massa de refugiados “ambientais”, gasto de bilhões de
dólares necessários para enfrentar os desastres naturais e a redução da
energia ofertada pelas hidrelétricas.
No Brasil as hidrelétricas são responsáveis por mais de 75% da
produção de energia elétrica, ao redor do mundo são grandes produtoras de
energia elétrica. As termelétricas são responsáveis por grande parte também
da produção de energia , usando combustíveis fósseis na produção são
responsáveis por uma boa quantidade de gases estufas lançados na
atmosfera. O sistema de produção de energia está intimamente interligado,
seja pelas consequências ou pelas causas da degradação do meio ambiente.
Aumentando assim a necessidade de se discutir políticas públicas , novas
tecnologias de geração, novos meios de se diminuir a dependência dos
combustíveis fósseis, para que em um futuro exista uma matriz energética
brasileira, global, mais limpa e segura.
A fim de discutir tais questões esse trabalho foi elaborado, para que
através da nossa visão e dos conhecimentos adquiridos e de vários
documentos , possamos montar um cenário para o Brasil de 2050. Mostras
que com políticas públicas, avanços tecnológicos a matriz energética
brasileira pode ser mais limpa e sustentável. Mostrar os grandes potências
que outras fontes de energia tem no nosso país , além das hidrelétricas
consideradas energia limpa no entanto com grandes impactos ambientais,
assim trazer uma maior diversidade para matriz energética diminuindo esses
impacto.
Sabemos que para construção de um cenário tão vasto e com
inumeras variaveis exige uma grande analise de dados estatisticos. Através
de diversos documentos conseguimos chegar em taxas a serem usadas para
projeções de crescimento, demanda e oferta de energia no país. Taxas que
vistas de forma otimista possam trazer crescimento e desenvolvimento não
só tecnológico mas social também o que gera uma maior necessidade de
energia em cada lar brasileiro. Buscamos nesse cenário gerar
desenvolvimento social , ambiental e tecnológico de forma a convergir com
as ideias de sustentabilidade .
O trabalho começa com uma análise atual do cenário energético
brasileiro passando por suas estruturas , geração e consumo de energia.

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Para que possamos gerar uma demanda para o ano de 2050 é essencial que
saibamos como está nossa matriz energética. Em seguida seguimos para as
inovações tecnológicas que vão afetar drasticamente o consumo de energia,
inovações que dependem diretamente de energia elétrica para seu
funcionamento e desenvolvimento. Essas implicam diretamente no consumo
energético que é o próximo ponto abordado , mostrando como vai aumentar e
a quais taxas o consumo , fazendo de fato a projeção do consumo de energia
elétrica no brasil de 2050 em um valor exato.
Para concluirmos então o nosso cenário faremos a projeção da matriz
energética brasileira. Passando pelas fontes de energias usadas e mostrando
seus potenciais, que nesse cenários já estarão em devidos funcionamento.
Assim conseguimos encerrar o cenário mostrando uma matriz energética
mais limpa e segura.

2. Setor elétrico Brasileiro

a. Estrutura

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) é o órgão responsável pela


coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de
energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) e pelo planejamento da

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operação dos sistemas isolados do país, sob a fiscalização e regulação da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O Sistema interligado nacional é definido como a interconexão dos sistemas
elétricos, por meio das malhas de transmissão. O SIN, com 141.388 Km de
extensão é constituído por quatro subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-Oeste,
Nordeste e Norte. A ONS prevê que até 2023 haverá uma aumento de 30% em sua
extensão.

Figura 01: Extensão do SIN

A interligação das fontes minimiza os riscos de interrupção e melhora o


balanço de uso das fontes de geração garantindo a segurança energética e
aumentando a eficiência.
Entretanto, o SIN não alcança 237 localidades isoladas no Brasil, como Ilha
Fernando de Noronha (PE) e Boa vista (RR). A energia consumida nesses locais,
que representam 1% da carga total do país, são provenientes dos chamados
Sistemas Isolados, com fontes majoritariamente térmicas.

b. Parque gerador atual

A energia elétrica demandada é proveniente de um conjunto de fontes ao


qual denominamos de matriz elétrica. De acordo com o relatório de Mercado de

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Energias Renováveis 2018 da Agência Internacional de Energia (AIE), o Brasil é dito
como o país com uma das matrizes mais limpas do mundo por ser baseado
majoritariamente em hidrelétricas, enquanto a maioria dos países do mundo usa
usinas de carvão, gás e combustível a base de petróleo para gerar eletricidade.

Fonte: EPE; Agência Internacional de Energia. Elaboração: EPE


Figura 02: Participação das renováveis na matriz elétrica brasileira

De acordo com a ONS, em 2018, as três maiores fontes de capacidade


instalada na matriz elétrica Brasileira foram de 67,6% de hidrelétricas, 8,9% de
eólica e 7,9% de termelétrica a gás. Contudo, a capacidade instalada no SIN em
31/12/2018, totaliza 161.526 MW, dos quais 102.874 MW (63,7%) em usinas
hidroelétricas, 22.875 MW (14,2%) em termoelétricas convencionais e nucleares e
35.776 MW (22,1%) em pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), usinas a biomassa,
eólicas e solares.
Diante da base de avaliação da conjuntura econômica e o monitoramento do
consumo e da carga, ao longo do ano de 2018 e nos primeiros meses de 2019, a
ONS realizou uma projeção de carga instalada para 2023. Em 31/12/2023, a
capacidade instalada no SIN, totalizará 178.041 MW, dos quais 107.601 MW
(60,4%) em usinas hidroelétricas, 28.768 MW (16,2%) em termoelétricas
convencionais e nucleares e 41.672 MW (23,4%) PCHs, usinas a biomassa, eólicas
e solares.

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Figura 03: Capacidade instalada no SIN - 2018 / 2023

Embora a hidroeletricidade continuem como principal fonte, vale destacar que


em percentual, terá uma queda de 2,7% em quatro anos. A eólica e solar terão um
crescimento de, respectivamente, 0,9% e 1% na matriz elétrica nacional.
O maior incremento anual ocorre entre 2018 e 2019 com acréscimo de 5.711
MW. Os acréscimos se reduzem até 2022. Em 2023, o aumento de 3.947 MW é
proveniente preponderantemente da entrada de 1.522 MW de eólicas no Nordeste e
2 usina termelétrica (UTEs) a gás no Sudeste/Centro-Oeste. Esses incrementos
podem ser alterados em função de novos leilões de energia nova com produtos a
serem entregues até 2023.(Plano de operação energética 2019-2023).

Gráfico 01: Incremento Anual da Oferta SIN 2018-2023 - MW

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c. Consumo atual

O setor energético Brasileiro é responsável por 11,2% do consumo de


energia, se colocando em terceiro lugar no ranking. Na liderança, se destaca o setor
de transporte seguido do setor de indústrias. Os três últimos consumidores são,
respectivamente as residências, o setor de serviços e a agropecuária (Balanço
energético nacional, 2019).

Figura 04: Consumidores de energia

O Brasil está entre os dez maiores consumidores de eletricidade do mundo,


registrando um crescimento de consumo de 1,2%, uma capacidade instalada de
geração com uma expansão de 4,5% e um crescimento de 1,6% de geração de
eletricidade, em 2017, em relação ao ano anterior. (Anuário estatístico de energia
elétrica, 2018).
De acordo com o Anuário estatístico de energia elétrica 2018, a região
Sudeste é a maior consumidora por região geográfica brasileira, marcando 232.515
GWH em 2017, produzindo assim um aumento de 0,7 em relação a 2016. Porém, a
maior taxa de crescimento está na região Sul, com 3,1%, maior que a taxa de
crescimento nacional com 1,2%.

Fonte : Anuário estatístico de energia elétrica 2018


Tabela 01: Consumo por região geográfica (GWh)

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Na divisão por classes, a industrial se desta por ser a maior consumidora de
energia e a segunda maior taxa de crescimento(1,3%) em 2017, em relação ao ano
anterior. O consumo residencial brasileiro em 2018 foi da ordem de 134.368 GWh,
representando um crescimento de 1,12% em relação ao ano anterior. As maiores
taxas de crescimento estão na classe rural e iluminação pública que mesmo com o
crescimento ainda representa apenas, respectivamente, 6% e 3,3% do consumo
nacional.

Fonte : Anuário estatístico de energia elétrica 2018


Tabela 02: Consumo por classe (GWh)

Por questão de simplificação na análise dos consumos e da projeção das


taxas de crescimento, as classes: rural, poder público, iluminação pública, serviços
públicos e próprio por subsistemas foram adicionadas em um setor definido como:
comercial, serviços e públicos. Este setor obteve o consumo de 165.396 GWh, o
que equivale a um crescimento de 1,1% anual.

Taxa de
2017
Setor 2016 (GWh) crescimento
(GWh)
(%)
Residencial 132.872 134.368 1,1
Comercial, serviços
163.594 165.396 1,1
e público
Industrial 165.314 167.398 1,3
Total 461.780 467.162 1,17
Tabela 03 - Crescimento setorial 2016-2017

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3. Fatores que afetarão o consumo de energia

Ano após anos, identificamos o consumo energético crescente na matriz


energética brasileira e a implementação de novas tecnologia e o barateamento das
existentes intensificaram a ascendência da utilização do consumo elétrico, com isso
alguns levantamentos baseados em estudos e ensaio mostram fatores que irão
afetar o consumo até 2050.

Eletromobilidade:

Veículos movido a eletricidade está cada vez mais em pauta por ser não
emissor de gases de efeito estufa e por nossa mobilidade ser essencialmente
rodoviária, então, segundo a EPE, haverá o aumento da utilização de veículos
elétricos e híbridos gradualmente até 2030, sendo uma acentuação de troca de frota
a partir de 2030 e a substituição completa em 2045.

Gráfico 02 - Curva de penetração de tecnologia

Sendo, a curva de penetração de tecnologias Alternativo uma projeção


levando-se em conta as fontes de energia renováveis intermitentes.

Consumo residencial:

Com o avanço gradual de tecnologias e consequentemente seu


barateamento e o aumento do poder aquisitivo da população, as residências tendem
a aumentar a quantidade de aparelhos eletroeletrônicos, principalmente ar
condicionados e máquinas de lavar, onde vai gerar um aumento percentual de
acordo com a EPE em 1,2% e 1,7% ao ano no cenário inferior e superior.

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Gráfico 03 - Projeção de consumo EPE

O gráfico acima mostra o crescimento do consumo de energia elétrica


residencial principalmente após 2040.

Serviços:

O setor de serviços tem a inclusão de edifícios comerciais ou instalações


públicas, no qual tendem a usufruir do aumento da demanda da energia elétrica,
sendo o consumo dado pelo uso ar condicionados, motores, maquinários de alta
potência, com isso é seguindo os parâmetros da EPE, a taxa de crescimento estar
em torno de 2,3% a 3,3% ao ano até 2050 onde é mostrado tabela a seguir.

Gráfico 04 - Evolução do consumo final do setor de serviços por fonte

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4. Projeção do cenário de energia elétrica para o Brasil em 2050

Realizar a projeção de demanda e consumo de energia elétrica para um país


requer a análise dos cenários sócio-econômicos, investimentos, condução das
contas públicas, expansão dos setores, redes de geração, transmissão, distribuição
e comercialização de energia, impactos ambientais, eficiência energética bem como
os setores de composição nacional, condicionados a uma taxa de crescimento e sua
relação com o produto interno bruto (PIB).

Fonte: Modelo de Projeção da Demanda de Eletricidade EPE 2019

Figura 05 - Fluxograma da modelagem da demanda de energia elétrica

Assim como os processos metodológicos da PCE (Plataforma de cenários


energéticos) foi realizado a simplificação da modelagem desprezando a evolução
dos preços associados aos combustíveis fósseis. Em contrapartida, foram
consideradas projeções que permita a confiabilidade e segurança do sistema de
energia elétrica brasileiro e com foco em um matriz com redução de gases de efeito
estufa.

Os cenários de demanda para o PNE 2050 realizado pela EPE considera


dois contextos diferentes para realizar a estimativa de demanda de energia elétrica.
O primeiro contexto denominado de cenário inferior considera um crescimento
econômico modesto com um taxa média do PIB nacional de 1,6%a.a. Para o
segundo contexto denominado de cenário superior é caracterizado por uma elevada
demanda de energia, apresentando uma taxa média de crescimento do PIB em
3,0%a.a.

Tendo em vista a crescente da variação anual do PIB passando de 1,06% em


2017 para 1,12% em 2018 e considerando a estimativas de mercado e estimativas
do FMI, incluindo o World Economic Outlook Database de 2019 é esperado que
entre 2020 e 2024 o PIB permaneça entre 2,2% e 2,5%.

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Diante das incertezas e premissas adotadas nos três setores apresentados,
considerando ainda que as taxas setoriais empregadas no relatório da EPE
considera característica advindas da produção de energia não destinada a
eletricidade, é definido neste planejamento uma taxa média advinda do cenário
inferior e superior realizada pela EPE, isto é , o cenário médio é definido realizando
uma média aritmética entre as taxas dos dois cenário apresentados pela EPE. Com
essa nova taxa de crescimento esperar expressar um planejamento que esteja entre
o crescimento modesto e o avanço elevado.

Tabela 04 - Cenário médio

No setor residencial destaca-se o aumento da posse média de


eletrodomésticos decorrente da elevação da renda das famílias e do número de
novos domicílios para o aumento do consumo de eletricidade. Em contrapartida,
políticas e programas de eficiência energética induziram a redução do consumo
médio de eletricidade do estoque de equipamentos, acarretando a menos das três
taxa de crescimento.

O setor comercial, serviços e público apresentou maior aumento do consumo


final de energia nas últimas duas décadas (EPE, 2017).Considerado o setor com
maior propensão de crescimento com uma taxa de 2,8%a.a, o consumo de energia
neste setor é caracterizado pelo crescimento da população, aumento da renda das
famílias e expansão da área construída, uma vez que acarreta o aumento da
eletricidade para iluminação e refrigeração. Contudo, é esperado, mesmo que com
menor intensidade, que os mesmos programas de eficiência energética empregados
no setor residencial sejam aplicados também no comercial, serviços e público.

Atualmente, o setor industrial conta com uma faixa entre 20% e 21% da
produção de energia voltada para eletricidade. Existe uma tendência de eletrificação
e redução do consumo de carvão devido às mudanças no perfil das indústrias. A
taxa de crescimento para o cenário média é 2,15%a.a.

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Tabela 05 - Total de consumo por setor

As perdas nas linhas de transmissão podem ser definidas de duas formas


distintas. As perdas técnicas são inerentes ao sistema devido a transformação de
energia elétrica em energia térmica. Já as perdas não técnicas ou comerciais se
devem a furtos através de ligações clandestinas ou adulterações nos medidores.O
anuário estatístico de 2018 define as perdas em percentual de consumo para os
sistemas isolados e para o SIN.

Tabela 06 - Perdas e diferenças para SIN

Tabela 07 - Perdas e diferenças para sistemas isolados

Diante do consumo em GWh e das perdas referentes ao sistemas isolados é


possível observar a tendência decrescente de consumo, reduzindo a metade entre
2013 e 2017, nos sistemas isolados proveniente da ampliação da rede de
distribuição. È esperado que mesmo com esta queda os sistemas isolados não
deixem de existir mas por simplificação da metodologia a projeção das perdas
levarão em consideração apenas as perdas atuais associadas ao SIN.
Observando o aumento das perdas em 1,15% entre 2013 e 2017 é esperado
que este potencial continue em crescimento. Em contrapartida, o avanço da
geração distribuída em função da implementação de energia fotovoltaica acarretará
uma queda nas perdas. Para esta projeção é considerado uma taxa constante de

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perdas que serão balanceada devido à crescente do consumo e da geração
distribuída.

Tabela 08 - Total de consumo e perdas

Considerando o consumo setorial com suas devidas taxas de crescimento e o


percentual de perdas no sistema é esperado um consumo na rede aproximado de
1151 TWh em 2050.

5. Fontes de energia elétrica

5.1 Recursos Hídricos

A hidreletricidade é uma técnica de geração de energia madura que a


décadas é usada para sustentar diversos países, com papel principal em suas
matrizes energéticas. No Brasil, não teria papel diferente por se um país que possui
abundância em recursos hídricos, historicamente é a principal fonte de geração de
energia elétrica. Por ser uma fonte de energia renovável e economicamente
competitiva , e possuir uma grande flexibilidade operativa sendo capaz de
acompanhar a demanda quase que imediatamente, fez se assim um dos principais
investimentos brasileiros. Os estudos para implementação dessa forma de produção
de energia dura anos, passando por diversas etapas que avaliam minuciosamente o
impacto da construção, se seria viável e se não afetaria muito o bioma alterado. O
que de uma certa forma é impossível os impactos existiram devem ser eles
minimizados ou quase inexistentes. Uma vez que essa produção de energia é
considerada limpa e renovável , seu ciclo se repete , no caso da água ,
possibilitando assim uma duração maior para esse meio de produção que se dá de
várias formas.
Aspectos importantes é a decisão de construir usinas com reservatório de
acumulação ou usinas a fio d'água. Os reservatorios de acumulaçao geram um
maior gasto do meio ambiente, trazendo mais impactos sociais e ambientais
maiores, por possuírem necessidade de áreas maiores alagadas, e mexer de forma
mais acentuada nas vazões dos rios. Entretanto possuem uma maior segurança nos
sistemas elétricos pois são capazes de suprir de forma imediata altas demandas de
energia, podendo equilibrar melhor o sistema energético e dar maior confiabilidade.

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Um sistema assim que poderia suprir uma rede mais distribuída de energia sendo
usada para garantir a demanda quando outras fontes, que são intermitentes,
necessitem. Por sua vez as usinas fio d'água não possuem reservatórios , assim
está mais disposta a oscilações climáticas, dependendo da vazão de água dos rios,
que gera uma maior insegurança em um sistema elétrico.
As usinas hidrelétricas reversíveis ,que será a usina do nosso cenário, essas
possuem uma maior capacidade de estabilidade, podendo funcionar como grandes
reservatórios de energia. Essas hidrelétricas possuem bombas que drenam a água
para reservatórios para que possam passar pelas turbinas mais uma vez gerando
mais energia. Essas bombas podem ser alimentados de várias formas, no entanto
como buscamos um cenário mais sustentável , agregar essas bombas a sistemas
de energia e renováveis é uma solução viável e coerente. Assim ela suprirá a
demanda das produções intermitentes quando necessário, e gera uma matriz
energética limpa , sustentável e segura. Estudos futuros que possam transformar as
usinas já existentes em reversas se faz necessário, para que possamos nao causar
mais danos em reservatórios, e poder aproveitar da melhor forma as já existente.
O potencial determinado no PNE 2030 , em 2006, a ponta um potencial de
251 GW distribuídos em até 78 GW de potencial aproveitado, potencial inventariado
de 126 GW e por um potencial estimado de 47 GW. Desse potencial estudado uma
parte está em áreas de proteção ambiental, reservas indígenas ou quilombolas , o
que inviabiliza a construção de usinas. Portanto o potencial esperado para os
recursos hídricos é de 176 GW, atualmente 108 GW em operação e construção e
68 GW de potencial hídrico inventariado, esperamos que com as políticas públicas
até 2050 todo esse potencial já seja instalado.

5.2 Biomassa
O uso da biomassa como fonte de energia é uma antiga prática da
humanidade, seu recurso é o que possibilitou grande parte do desenvolvimento
social, econômico e industrial. O desenvolvimento dessa fonte acompanhou o ser
humano desde o simples fogo para proteção até os modernos meios de
transformação e uso de biocombustíveis para geração de calor, força motriz e
eletricidade. A principal fonte de biomassa no brasil é o bagaço de cana, devido a
grande quantidade de produção de etanol e açúcar derivados da cana. Com o
programa Proálcool, criado em 1975 , para produção de um biocombustível
nacional a indústria sucroenergética nacional foi consolidada.
A bioeletricidade , no brasil , é derivada da cogeração no setor de unidades
dos segmentos industriais sucroenergético e, em menor escala, de papel e celulose,
tendo como fonte a lixívia ( Outro derivado da madeira que é bastante utilizado
como combustível para a geração de energia elétrica é o licor negro). E com a
modernização desses parques , a eficiência passou a ser melhor e a bioeletricidade

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ganhou um peso maior na matriz energética brasileira. O gráfico abaixo mostra a
tendência de crescimento da bioeletricidade na matriz energética brasileira.

Gráfico 05 - Evolução da oferta de bioeletricidade, em TWh, e a evolução da


participação da bioeletricidade na geração total, de 1970 a 2014, no Brasil

Outras fontes de biomassa podem ser usadas para produção de energia


elétrica, no entanto essas fontes representam menos de 4 % o que é pequeno para
ser destacado na estatística nacional. A biomassa de cana-de-açúcar é a que mais
se destaca , por ser historicamente uma commodity de grande crescimento e
produção para exportação no brasil , devido a fabricação do açúcar.
Para projeção para 2050 diversas fontes de biomassa devem ser levadas em
consideração, abaixo uma tabela que mostra a projeção de cada resíduos de
biomassa de 2015 e suas projeções para 2050.

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Fonte: EPE Potencial dos Recursos Energéticos no Horizonte 2050
Tabela 09 – Produção de biomassa que pode ser utilizada para fins energéticos em 2015 e
2050, em milhões tep.

Essa projeção não leva em consideração o potencial amazônico de reflorestamento de


palma para a produção de biodiesel, nem expansão agrícola nesse bioma devido a sua
preservação. Com isso a produção esperada, para 2050 de energia devido a biomassa, é de
cerca de 45 GWh.

5.3 Eólica

A produção de energia através do vento é usada a muitos anos pela


humanidade, através dos moinhos de vento , que possibilita a moagem de grãos e a
elevação de água, as velas dos barcos que faziam com que o esses ganhasse
velocidade. Ao longo dos anos esses métodos de transformação da velocidade dos
ventos em energias direcionada ao trabalho humano , foram evoluindo para grandes
aerogeradores produtores de grande quantidade de energia elétrica. Apontando no

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cenário atual como uma das grande promissoras de geração de energia limpa e
sustentável, com grande potencialidades para todo o mundo.
A geração eólica pode ser dividida em onshore, que significa uma produção
na costa próximo ao mar, e a produção offshore que é uma produção em mar, uma
região mais afastada da costa. A despeito da capacidade instalada da energia eólica
em 2014 ela representava cerca de 3% da energia mundial , o que abre uma grande
possibilidade de crescimento para essa fonte vista que não é muito explorada.No
brasil por possuir um grande litoral sua potencialidade para essa fonte de energia é
enorme e pode garantir uma diminuição de dependência de fontes fósseis. Abaixo a
figura 06 que representa os ventos no litoral brasileiro que mostram como essa
produção de energia pode ter um peso significativo na matriz energética brasileira
nos próximos anos. Em seguida a tabela 10 que mostra os potenciais energéticos
de acordo com a distância da costa, onde os vendo e o potencial pode ser bem
maior.

Fonte: Elaboração a partir de Ortiz e Kampel (2011)


Figura 06 - Campo de vento médio no Atlântico Sudoeste

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Fonte: Ortiz e Kampel (2011)
Tabela 10 -Potência de acordo com a distância da costa
.Assim se reconhecermos as dificuldades de um sistema offshore, e os seus
custos elevados , garantido que até 2050 possamos ter tecnologia barata e segura
para uma transmissão de até 100km da costa , poderemos aproveitar o potencial de
514 GW oferecidos por essa fonte de energia, segundo estudos da EPE.

5.4 Solar fotovoltaica e Solar Heliotérmica

Historicamente, o uso de energia solar como fonte de energia elétrica e


datada de meados da década de 1950, sendo essa fonte inesgotável como citado
por (VIANA, 2010).
A energia proveniente do Sol é uma forma de energia renovável,
praticamente inesgotável e que pode ser aproveitada pela sociedade para suprir
suas necessidades energéticas.
Contudo, era uma fonte de energia absurdamente cara e de difícil desenvolvimento,
mas com o avanço tecnológico ao longo do tempo fez com que as as tecnologias
usando energia solar baratear-se e tornar-se atrativa sua instalação como fonte de
geração.
A despeito das muitas aplicações para esta energia, os estudos do PNE 2050
consideraram as aplicações derivadas de duas principais formas de capturar a
energia do Sol, quais sejam, através do calor e do efeito fotovoltaico. Partindo
destas duas formas, distinguem-se, predominantemente, quatro aplicações finais
para a energia solar: geração de eletricidade fotovoltaica; aquecimento e
resfriamento de ambientes, aquecimento d’água e geração de eletricidade
heliotérmica (PNE 2050, 2018)

5.4.1 Potencial da geração fotovoltaica

Em relação a PNE 2050, vemos que a geração fotovoltaica pode ser utilizada
de forma centralizada, sendo em plantas geradoras em parques de geração ou de

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forma distribuídas sendo utilizado telhados residenciais, prédios ou espaços não
utilizáveis nos qual a grande incidência energia solar.
O potencial brasileiro para parque fotovoltaicos estar ligados a regiões onde a um
grande nível de incidência solar para que a eficiência produção seja a melhor
possível, com isso a figura 07 abaixo mostra as regiões onde a instalação de
parques fotovoltaicos são melhores, excluindo-se regiões de preservação
ambientais, aldeias indígenas e quilombos.

Fonte: EPE (2016)


Figura 07 - Áreas aptas para implementação de centrais fotovoltaicas no Brasil

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Segundo a (PNE 2050, 2018) segue a seguinte citação:
Ao considerar apenas a faixa de melhor irradiação (6,0 a 6,2 kWh/m²), ou
seja, a quinta-essência do aproveitamento solar no Brasil, estima-se a possibilidade
de instalação de 307 GWp em centrais fotovoltaicas, com geração aproximada de
506 TWh/ano.
Entretanto, o estudo da PNE 2050 não leva em consideração toda a faixa do país
com irradiação abaixo ou acima de ( 6,0 a 6,2 kWh/ (m^2)) e o futuro subsídio que poderá
haver por parte do governo para a geração de parque fotovoltaicos e o constante
barateamento tecnológico a quantidade de energia produzida onde deverá superar
facilmente os 506T Wh/ano.
Em outra partida, os parques de fotovoltaicas aumenta o seu fator de
capacidade de acordo com sua orientação em relação ao sol tornando-as mais
eficientes em produção, pois o fator de capacidade tem valor de 17,5% com eixo
fixo em direção ao norte, contudo a utilização do eixo aumenta consideravelmente a
porcentagem como mencionado na EPE 2016:
Segundo os dados dos projetos cadastrados no 2° LER de 2015(EPE,
2016), estima-se que sistemas com seguidores de um eixo possam atingir um
FCCC superior a 25% no Brasil.
Outro ponto relevante é a geração distribuída na matriz fotovoltaica
brasileira, onde cada residência, prédios em grandes centros urbanos ou em
regiões distantes da rede de transmissão do SIN tenderá a ter suas próprias
placas fotovoltaicas, isso consistirá em mais geração de energia, principalmente
nos horários com mais incidência solar e menos consumo energia , no qual em
metrópoles teremos a produção de energia e a liberação dela na rede, contudo
em sistemas isolados onde a geração de energia é dado por termelétricas,
podemos ter a geração distribuídas com o auxílio de armazenamento de energia
em baterias.
Tendo em vista o grande potencial brasileiro para a geração distribuída a
(PNE 2050, 2018) mostra o potencial brasileiro por residências principalmente
em grandes centros urbanos como segue a tabela 11.

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tabela 11- Potencial técnico fotovoltaico residencial
Contudo, podemos ver na figura que o potencial fotovoltaico por residência é um
valor médio, então o potencial em GWh/ano pode ser maior ou menor do que
apresentado pela PNE 2050.

5.4.2 Potencial da geração Heliotérmica


A geração heliotérmica ainda é algo bastante inovador no brasil, sendo que ela não
pode ser destinada em qualquer região pela complexidade de sua instalação em
terrenos, pois temos que onde é instalado um sistema fotovoltaico pode ser
instalado uma central heliotérmica, mas o contrário não aplica-se.
Então, tendo em vista a sua complexidade a (PNE 2050, 2018), desenvolveu uma
tabela ,mostrado na tabela 12, no qual mostra os potenciais energéticos da
Heliotérmica, utilizando o espaço dos parques fotovoltaicos como dinamização.

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Tabela 12- - Potencial Heliotérmico por tecnologia
Sendo a Bahia e Mato Grosso do Sul com os melhores potências brasileiros.

5.5 Oceânica

Com a constante demanda de energia de fontes renováveis, a Energia Oceânica


tem uma grande perspectiva de geração de energia para o futuro, pois a sua forma
de geração existente estar entre Energia das Ondas, Energia das Marés, Energia
das Correntes, Diferença de energia térmica e Gradiente de salinidade.
Com isso, temos:
● Energia das Ondas
Transforma a energia cinética da massa de água formada pela energia dos ventos
em potencial energético, sendo o fator de acumulação de energia eólica em energia
de onda é de aproximadamente 5 vezes.
Então a energia cinética da massa de água é feita por trajetórias circulares.

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Figura 08 - Representação das duas formas de energia das ondas
Fonte: Adaptado de CRES, 2006.
● Energia das Marés
A marés é fontes de energia gerada pela resultante gravitacional entre o
Sol-Lua-Terra e a influência da faixa litorânea, o fundo do mar e outros fenômenos
meteorológicos.
Com isso, a plataforma precisam estar continental ou em área costeira adjacentes,
onde temos uma grande amplitude das ondas das marés pela transformação de
refração, reflexão e difração. Contudo, citado na PNE 2050 temos que as marés são
previsíveis então de fácil manejo para geração de energia elétrica.
● Energia das Correntes
As energias das correntes são contínuos deslocamentos de águas oceânicas, com
velocidade e sentidos, tendo em vista a variação de profundidade e densidade
d'água geram diferença de temperatura consequentemente o deslocamento da
massa de água, no qual é essa energia cinética que é usada para geração de
energia, sendo bastante semelhante a forma de geração de energia eólica
conforme figura XX abaixo.

Figura 09 - Ilustração de geração de energia das correntes

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● Diferença de energia térmica Oceânica
Essa é uma geração movida conversão térmica de diferença mínima de temperatura
de 20º C, onde é um recurso mais propício principalmente entre os trópicos onde as
temperatura permanecem constantes.
● Gradiente de salinidade
E um potencial dado pela diferença de pressão osmótica entre a água doce e a
água salgada, onde é feita por membrana semipermeável feito por eletro-diálise
reversa.

Com isso o potencial de geração oceânica no brasil é altíssima, por termos uma
faixa litorânea grandes e por termos variações de profundidades na nossa costa
marítima e variação de temperatura que vai do sul brasileiro ao nordeste.
Decorrentemente o nosso litoral de variação de potencial de GW de potência
variaveis e acordo com os parâmetro marítimos, segundo dado da PNE temos um
potencial de 114 GW conforme figura 10 abaixo:

Fonte: COPPE/UFRJ & Seahorse Wave Energy, 2013


Figura 10 - Potencial teórico brasileiro estimado de ondas e marés
Legenda: verde = ondas; vermelho = marés.

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Sendo que a PNE ainda mostra quais as unidades federativas têm o seu potencial
em MW de potência, sendo que a Bahia tem o maior destaque novamente nesse
tipo de geração de energia renovável, visto na tabela abaixo.
font

Fonte: COPPE/UFRJ & Seahorse Wave Energy, 2013


Tabela 13 - Potencial energético oceânico por UF

6. Inovações de geração de energia

Com o passar do tempo, novas formas de desenvolvimento de fontes de


energia renováveis são descobertas, sendo que sua implementação ajuda na
redução do uso da matriz principal energética brasileira.
● Geração de energia a partir de tubulação d'água com isso numa
cidade de Portland no estado norte-americano do Orengon, estar
sendo apresenta uma solução de geração de energia a partir do canos
de abastecimento de água conforme figura 11 abaixo.

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Fonte https://tecnoblog.net/190221/tubulacao-agua-energia-eletrica
figura 11- imagem ilustrativas das turbinas

Onde, essa estrutura pode ser implementada em grandes centros urbanos,


sendo esses os principais consumidores de energia em horário de pico.Então, a sua
utilização, se dar pela diferença de altura da rede de águas fluviais, no qual o
sistema da LucidEnergy serve como as válvulas de diminuição de pressão dos
encanamentos.
Segundo a LucidEnergy, empresa desenvolvedora:
Indústrias que usam alto volume de água para processar ou resfriar máquinas,
como fábricas de alumínio,datacenters, entre outros, podem instalar esse tipo de
tubo para reduzir os gastos. Além disso, empresas de irrigação ou de transmissão e
distribuição de água podem aproveitar o método para vender energia para
distribuidora de energia elétrica.
● Piezoelétrico
Uma forma de geração inovadora, no qual é feita a partir da deformação de
materiais que produzem uma diferença de potencial.
Sendo assim, o piezoelétrico será de grande vantagem de geração de
energia principalmente em grandes metrópoles, onde a um grande fluxo de pessoas
ou em rodovias com uma quantidades massante de veículos.

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7. Matriz Elétrica para 2050
Conforme calculado a demanda para 2050 , que é de 1151 TWh,
mostraremos como suprimos essa demanda com as fontes de energia já citadas
anteriormente.

Fontes De Potencial Produção em Porcentagem na


energia Máximo estimado 2050 Matriz Energética
(TWh) (TWh) (%)

Hidrelétrica 1541,76 847,97 68,10

Biomassa 0,45 0,18 0,14

Eólica 500,00 135,00 10,80

Fotovoltaica / 508,75 228,94 18,40


Heliotérmica

Oceânica 118,00 31,86 2,56


Tabela 14 - Produção e porcentagem de geração para 2050

Para as demanda energéticas de 2050, o primeiro fato foi analisar o que cada
uma das fontes terá de geração efetiva para 2050, sendo que a sua efetividade real
depende de fatores sócio-ambiental, investimentos governamentais, políticas
públicas, entre outros.
Então, admitindo o total potencial de cada fonte de geração dado pela sua
implementação e estrutura física, com exceção da hidroelétricas e biomassa, seja
de apenas 60%, e que sua geração utilizada para produção de energia será
multiplicadas pelo fator de capacidade retirados da PNE 2050, no qual gera a todas
as potências de cada fonte.
Sendo assim, obtivemos o valor da potência total produzida no planejamento
que será de 1243,9475 TWh, considerando uma potencial eólico de 259 GW a 50
km de distância da costa, e consequentemente a porcentagem de cada uma das
fontes visualizada mostrada na tabela 14.
Contudo ao pegamos a porcentagem e multiplicar pela proposta de demanda
para 2050, que é de 1151 TWh, obteremos os valores que cada fonte deverá
produzir para suprir o consumo, no qual é mostrado no gráfico 06 abaixo.

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Gráfico 06 - Porcentagem de geração para suprir a demanda energética

Abaixo, a tabela 15 com os valores das potências das fontes geradas para
suprir a demanda

Tabela 15 - Potência produzida em TWh.

30
8. Conclusão

O principais desafios para as fontes de energias , para um cenário promissor


em 2050, são os diversos estudos e investimentos que devem ser realizados para
que estas se desenvolvam e possam alcançar a produção alegada. A fonte de
produção oceânica merece uma atenção maior visto que as tecnologias existentes
em outros países não se adequam facilmente a realidade brasileira. Assim se faz
necessário um maior investimento nessa área para que possamos gerar tecnologia
nacional capaz de preservar o meio ambiente marinho , ser competitiva e eficiente.
Dentre as outras fontes se destaca também as usinas hidrelétricas
reversíveis, que atualmente em estudo pela EPE para ser implementadas no Rio de
Janeiro e São Paulo ,devem ganhar maior visibilidade visto que sua eficiência pode
chegar a 80%. Estudos são necessários para que possam ser implementadas essas
tecnologia nos reservatórios já existentes , uma vez que não seria necessário o
alagamento de novas áreas para construção de novos reservatórios , assim poderia
aumentar a eficiências nas usinas hidrelétricas já existentes , e que possuem vida
útil de muitos anos.
De um modo geral todas as fontes de energias levantadas neste estudo
necessitam de estudos aprofundados e novas tecnologias para que possam
alcançar os potenciais almejados por nosso cenário. A energia solar que por sua
característica que pode ser usada como energia distribuída, onde cada casa,
comércio ou indústrias de pequeno possam ter suas próprias produções de
energia, dependendo apenas do sistema integrado nos períodos intermitente. Com
isso conseguimos um sistema elétrico mais independente buscando assim a
extinção das termelétricas a combustíveis fósseis.
Outro ponto que deve ser levantado são as formas de armazenamento de
energia, para que possamos gerar uma maior automação para energia distribuída.
Assim poderíamos trabalhar de forma isolada a eficiência do sistema energético,
pois diminuiria as longas distâncias das linhas de transmissão. Estudos e
investimentos se faz necessário nessas áreas de eficiência e armazenamento, pois
elas têm grande capacidade de melhor a matriz energética de forma significativa,
melhorando o fator de capacidade de todas as formas de geração de energia.
O cenário apresentado mostra de maneira otimista os crescimento sociais,
populacional e econômico brasileiro. A ideia foi montar uma estrutura livre de
combustíveis fósseis , alcançado assim um dos objetivos propostos pela ONU , a
redução dos gases estufas lançado na atmosfera. Priorizamos uma matriz limpa
com uma maior participação das hidrelétricas, que já fazem parte da matriz atual
como maioritaria. Demos destaques a produção por meios que trazem menos
agressão ao meio ambiente , energia solar, eólica, oceânica entre outras formas de
gerar energia através de processos já existentes. Abordando novos processos que

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possuem capacidade pequena de produção , se compara a outras formas, mas que
podem ajudar de forma significativa localmente.
Encerramos , portanto , esse projeto de forma satisfatória. Agregando várias
formas de ver um futuro mais limpo e mais seguro para matriz energética brasileira.
Abordando aspectos e visões que foram passadas pela leitura de vários
documentos importantes, e por conhecimentos adquiridos ao longo do curso,
aspectos estes importantes para formação de bons engenheiros.

9. Bibliografia

● http://www.ons.org.br/AcervoDigitalDocumentosEPublicacoes/PEN_Executivo
_2019-2023.pdf acessado em Novembro de 2019
● http://epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/Publicacoes
Arquivos/publicacao-160/topico-168/Anuario2018vf.pdf acessado em
Novembro de 2019
● http://www.ons.org.br/paginas/sobre-o-sin/o-sistema-em-numeros acessado
em Novembro de 2019
● http://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/Publica
coesArquivos/publicacao-374/NT%20Metodologia_Novo%20Modelo%20de%
20Eletricidade%20(MDE).pdf acessado em Novembro de 2019
● http://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/Publica
coesArquivos/publicacao-227/topico-416/03.%20Potencial%20de%20Recurs
os%20Energ%C3%A9ticos%20no%20Horizonte%202050%20(NT%20PR%2
004-18).pdf acessado em Novembro de 2019
● http://www2.aneel.gov.br/arquivos/pdf/atlas_fatoresdeconversao_indice.pdf -
Fatores de conversão acessado em Novembro de 2019
● http://lucidenergy.com/
● https://tecnoblog.net/190221/tubulacao-agua-energia-eletrica/

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