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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E


TECNOLÓGICAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – BACHARELADO
CONFORTO AMBIENTAL

PLANEJAMENTO
ENERGÉTICO E FONTES DE
ENERGIA NO BRASIL

Discentes: Israel D. Pires; Jaddy Oliveira do N. Gomes;


Jonihson Moraes Dias.

Professor: Me. Bruno do Nascimento Silva.


MACAPÁ/AP, 2023
sumário

01 Introdução
Eficiência energética na
Planejamento
energético no
04 construção civil brasileira
02 brasil
05 Considerações finais
Fontes de energia
03 NO BRASIL
01
INTRODUÇ
ÃO
Conceitos e relevância
01 INTRODUÇÃO
● Planejamento energético e as fontes de energia no Brasil:
extrema importância para o desenvolvimento sustentável do
país.
● Brasil: matriz energética diversificada que inclui fontes
renováveis e fontes não renováveis.
● Planejamento energético visa analisar a demanda energética
atual e projetar as necessidades futuras, levando em
consideração aspectos econômicos, sociais e ambientais.
● Responsabilidade: definir as estratégias e políticas para o
desenvolvimento do setor energético, visando garantir o
suprimento seguro, sustentável e competitivo de energia
para a população.
01 INTRODUÇÃO

● Brasil: tem uma matriz energética bastante favorável à


utilização de fontes renováveis;
● Hidrelétrica: principal fonte de energia no país;
● O país investe cada vez mais em outras fontes de energia
renováveis, como a solar e a eólica, que têm crescido nos
últimos anos;
● Contudo: o país é grande produtor de combustíveis fósseis,
como petróleo e gás natural.
● DESAFIOS: mudanças climáticas e esgotamento dos
combustíveis fósseis.
02
PLANEJAMENT
O ENERGÉTICO
no brasil
Breve histórico e desafios
02 PLANEJAMENTO
ENERGÉTICO
● Planejamento Energético: conjunto de ações ou intenções
estabelecidas previamente considerando as necessidades
futuras de energia e como o país poderá atendê-las. Figura 1 – Planejamento Energético

● Elaboração: mediante a um Plano Decenal de Expansão


de Energia, que leva em consideração variáveis como:
- Fontes de energias disponíveis;
- Crescimento populacional;
- Demanda energética;
- PIB.
● Plano Decenal de Expansão de Energia: documento
informativo voltado para toda a sociedade, com uma
indicação, e não determinação, das perspectivas de
Fonte: Empresa de Pesquisa Energética – EPE
expansão futura do setor de energia sob a ótica do
Governo no horizonte decenal.
2.1 EVOLUÇÃO DO SETOR
ENERGÉTICO BRASILEIRO
Figura 2 – Evolução
das ações de
Planejamento
Energético Brasileiro

CAN/USA/BRA
Fonte: Soares & Cândido (2020)
Saúde, alimentação, transporte e energia.
2.1 EVOLUÇÃO DO SETOR
ENERGÉTICO BRASILEIRO
● Processo evolutivo do planejamento do setor elétrico brasileiro: foi motivado
por mudanças necessárias na forma de condução do setor para atender as
necessidades da sociedade frente:
- Crescimento da demanda;
- Períodos de estiagem;
- Falta de investimento em expansão da capacidade de oferta.
● Crises econômicas, do petróleo e a crise fiscal: também influenciaram a
necessidade de redefinição estrutural e institucional do setor.
● Após um período de condução centralizada por parte do estado, foi necessário
repensar toda uma estrutura que resultou no processo de:
- Liberalização econômica;
- Início de privatizações;
- Criação de instituições importantes para a condução do planejamento e
comercialização de energia no país.
2.2 CONCEPÇÃO MODERNA DO PLANEJAMENTO
ENERGÉTICO NO BRASIL E OS LEILÕES DE ENERGIA

● Para Bajay (2013), em uma concepção moderna, o Estado (governo) pode


atuar em três esferas, distintas e complementares:
- Formulação de políticas energéticas;
- Planejamento energético (indicativo ou determinativo);
- Regulação dos mercados de energia.

● Papéis do planejamento energético:


1. Possibilitar a elaboração de metas quantitativas realistas para as políticas
energéticas do governo;
2. Balizar o comportamento dos mercados de energia e a atuação dos seus
agentes (produtores, transportadores, armazenadores, distribuidores,
comercializadores, governo e órgãos reguladores).
2.2 CONCEPÇÃO MODERNA DO PLANEJAMENTO
ENERGÉTICO NO BRASIL E OS LEILÕES DE ENERGIA

● MUDANÇAS IMPORTANTES:
- Privatização das empresas estatais que atuavam no setor elétrico:
permitiu a entrada de investimentos privados e a modernização das
estruturas e equipamentos das empresas.
- Criação do modelo de leilões de energia: são realizados para contratar
novos empreendimentos de geração de energia elétrica.
● LEILÕES DE ENERGIA:
- Garantir a segurança no abastecimento de energia no país;
- Promover a diversificação da matriz energética brasileira;
- Reduzir a dependência de fontes de energia mais caras, como as
termelétricas a gás ou diesel;
- Reduzir os custos da energia elétrica para os consumidores finais (oferecem
preços mais competitivos).
Condução do Setor elétrico brasileiro

Figura 4 – Condução do Setor elétrico brasileiro

Fonte: Soares & Cândido (2020)


2.3 PRINCIPAIS ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS PELO
PLANEJAMENTO ENERGÉTICO NO BRASIL

● Ministério de Minas e Energia (MME): formula e


executa a política nacional de energia, promove o
desenvolvimento do setor energético e coordena
regulamentação do setor.
● Empresa de Pesquisa Energética (EPE): elabora
estudos e projetos relacionados ao planejamento
energético pela elaboração do Plano Decenal de
Expansão de Energia (PDE).
● Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL):
regula e fiscaliza o setor elétrico, promovendo a
concessão de licenças, autorizações e autorregulação
para as atividades de geração, transmissão, distribuição e
comercialização de energia elétrica.
2.4 DESAFIOS DO PLANEJAMENTO ENERGÉTICO NO BRASIL

1. Diversificação da matriz energética: o país é muito


dependente da energia hidroelétrica, o que torna o setor
vulnerável à escassez de chuvas e mudanças
climáticas.
2. Expansão e modernização da infraestrutura: é
preciso investir na infraestrutura e em tecnologias mais
eficientes de geração, distribuição e armazenamento de
energia.
3. Integração de fontes intermitentes de energia: é
preciso investir em sistemas de armazenamento de
energia e em tecnologias de controle e gestão da rede
elétrica.
2.4 DESAFIOS DO PLANEJAMENTO ENERGÉTICO NO BRASIL

4. Descentralização da geração de energia: maior


descentralização da geração de energia, com a produção
cada vez maior de energia em pequena escala, como
painéis solares em residências.
5. Eficiência energética: é preciso incentivar
políticas e programas que promovam o uso racional da
energia e a adoção de tecnologias eficientes.
6. Planejamento integrado: O planejamento
energético deve ser integrado com políticas de
desenvolvimento sustentável, meio ambiente, economia e
outros setores.
03
FONTES DE
ENERGIA
NO BRASIL
Principais Fontes de
Energia do país
FONTES DE ENERGIA
São recursos naturais ou
tecnológicos dos quais é possível
obter energia para suprir diversas
necessidades humanas, como a
produção de eletricidade, o
aquecimento de ambientes, o
transporte de veículos, entre outros.
As fontes de energia podem ser
renováveis ou não renováveis.
FONTES DE ENERGIA
RENOVÁVEIS
● São aquelas formas de produção de energia em
que suas fontes são capazes de manter-se
disponíveis durante um longo prazo, contando
com recursos que se regeneram ou que se mantêm
ativos permanentemente.
● Fontes de energia renováveis são aquelas que
contam com recursos não esgotáveis ou que
podem se regenerar naturalmente.

14%
Média mundial da utilização de energias renováveis
FONTES DE ENERGIA
RENOVÁVEIS
Tipos de fontes de energia renovável
no Brasil:
● Solar (energia do sol);
● Eólica (energia do vento);
● Hídrica (energia da água dos rios);
● Biomassa (energia de matéria
orgânica).
Energia Solar
● É uma fonte de energia proveniente da luz e do
calor do sol. É uma forma de energia renovável Figura 5 – Painéis fotovoltaicos
e limpa, que pode ser convertida em eletricidade
ou utilizada diretamente para aquecer água,
aquecimento residencial, aquecimento de
piscinas, etc.
● É captada através de painéis solares, que são
compostos por células fotovoltaicas que
convertem a luz do sol em eletricidade.
● Brasil: possui um grande potencial para a
geração de energia solar devido à sua localização
geográfica e clima favoráveis. Fonte: https://ciclovivo.com.br

● Energia solar no Brasil: cerca de 2% da matriz


energética do país.
Energia Solar
● Vantagens da energia solar:
- Energia renovável; Figura 5 – Painéis fotovoltaicos

- Redução das emissões de carbono;


- Baixo custo de manutenção;
- Autossuficiência energética;
- Incentivos governamentais.
● Desvantagens da energia solar:
- Custo inicial elevado;
- Dependência da luz solar;
- Espaço necessário;
- Impacto ambiental na fabricação de painéis Fonte: https://ciclovivo.com.br
solares;
- Inconsistência na produção de energia.
Energia eólica
● É a energia cinética contida nas massas de ar, vento, que tem
condições de ser aproveitada e utilizada na geração de energia
elétrica, por meio da indução eletromagnética, e para trabalhos
mecânicos como bombeamento de água e trituração de grãos.
● Aerogeradores - equipamentos utilizados para, a partir do
contato com o vento, rotacionarem e gerarem outras formas de
energia.
● Brasil: é um dos líderes na produção de energia eólica na
América Latina e já ocupa a oitava posição mundial em
capacidade instalada.
● Condições favoráveis: extensa faixa litorânea e o vento
constante em algumas regiões (900 usinas instaladas na
região Nordeste).
Energia eólica
Figura 7 – Turbinas eólicas em funcionamento
● Vantagens da energia eólica:
- Renovável;
- Redução das emissões de carbono;
- Custo operacional baixo;
- Geração de empregos;
- Impacto ambiental limitado.
● Desvantagens da energia eólica:
- Variação climática;
- Impacto visual e sonoro;
- Localização limitada;
- Custo inicial alto;
- Impacto na fauna. Fonte: https://lubrication-management.com
Energia hídrica 261.400 MW
Potencial hidrelétrico brasileiro
● É a energia obtida a partir da conversão da energia
potencial da água em energia elétrica.
● Brasil: é um dos países que possuem a maior
nove milhões
reserva mundial de hidroenergia devido à imensa Barris (petróleo)/dia
quantidade de rios que o cobre.
● Este recurso é o mais utilizado para geração de
eletricidade (cerca de 70%).

Figura 8 – Barragem
Hidrelétrica

Fonte: https://eletrobras.com
participação de energia hidrelétrica na
matriz energética brasileira

84,5% Contudo, teve um


Em 2012 aumento de 3.177 MW
na potência instalada.

79,3%
Em 2013

65,2%
Em 2014

BRASIL (2015)
Energia hídrica

● Vantagens da energia hídrica:


Figura 8 – Barragem Hidrelétrica
- Renovabilidade;
- Baixo custo operacional;
- Energia limpa: não emite poluentes
atmosféricos;
- Controle do fluxo de água.

● Desvantagens da energia hídrica:


- Impacto ambiental na instalação;
- Dependência climática;
- Deslocamento forçado: comunidades e
Fonte: https://eletrobras.com
povos indígenas;
- Prejuízo à fauna aquática.
Energia DA BIOMASSA
● É aquela obtida a partir do processamento de resíduos
orgânicos de origem vegetal, animal ou microbiana.
Figura 9 – Biomassa
● Esses resíduos podem ser transformados:
biocombustíveis sólidos, líquidos ou gasosos, como
a lenha, o etanol, o biodiesel e o biogás.
● Brasil: a produção está diretamente ligada ao uso de
fontes primárias a cana-de-açúcar, madeira e até lixos
orgânicos.
● ONU: o país ocupa a segunda posição na fabricação
Fonte: www.lippel.com.br
de bioetanol no mundo.
● International Energy Agency (2019): corresponde a
29,9% da matriz energética brasileira (18% foram
ocupados pela cana-de-açúcar).
Energia DA BIOMASSA
● Vantagens da energia proveniente da biomassa:
- Renovável; Figura 9 – Biomassa
- Redução de resíduos;
- Baixa emissão de carbono;
- Geração de empregos.
● Desvantagens da energia proveniente da biomassa:
- Emissões poluentes;
- Uso de recursos limitados: disponibilidade de matéria
orgânica;
Fonte: www.lippel.com.br
- Conflito com a produção de alimentos: pode competir
com a produção de alimentos, levando a problemas de
segurança alimentar;
- Desmatamento.
FONTES DE ENERGIA
NÃO RENOVÁVEIS

● Energias não renováveis são aquelas que possuem fontes esgotáveis, ou


seja, que são geradas a partir de recursos naturais que não se regeneram ou
que demandam um longo período de tempo para se renovarem. São
exemplos de energia não renováveis o petróleo, o carvão mineral e o gás
natural.
● Essas formas de energia são obtidas a partir da queima desses combustíveis
fósseis, liberando dióxido de carbono e outros gases poluentes na atmosfera,
o que contribui para o aquecimento global e o efeito estufa.
ENERGIA FÓSSIL
● Proveniente da combustão de fontes fósseis;

● Segundo dados de 2017 da Agência Internacional de Energia, cerca de


81,63% de toda a matriz energética global advém dos três principais
combustíveis fósseis citados acima. No mesmo ano, essas fontes
representaram 57% da matriz energética brasileira.
PETRÓL
EO
Sendo uma molécula de carbono e hidrogênio proveniente da decomposição
de matéria constituída de bactérias mortas a milhões de anos, esse material
acumulou-se no fundo dos oceanos, mares onde recebeu a pressão da crosta onde
originou-se. Usado para a produção de gasolina, diesel, querosene, entre outros
produtos.
GÁS
NATURAL

Trata-se de uma mistura de hidrocarbonetos gasosos, incluindo metano, que


também é extraído do subsolo e é usado para a produção de eletricidade,
aquecimento de edifícios e como combustível veicular.
CARVÃO
MINERAL
Rocha sedimentar encontrada em jazidas subterrâneas, que é queimada para
gerar eletricidade em usinas termelétricas

O carvão mineral pode ser dividido em quatro categorias principais, porém o


mais utilizado é a hulha – formada por 80% de carbono.
Figura 10 – Produção Média Anual de Petróleo
e Gás Natural

No ano de 2022, a produção média


anual de petróleo ficou em 3,021 milhões de
barris/dia, valor 2,47% acima do recorde que
foi observado no ano de 2020, quando atingiu
2,948 milhões de barris/dia. A produção de
gás natural no ano de 2022 foi recorde, tendo
atingido a produção média anual 138 milhões
de m³/dia, superando em 2,98% a marca de
134 milhões de m³/dia, observada no ano de
2021. Os gráficos abaixo ilustram a variação
da produção de petróleo e gás natural de
2018 a 2022. Fonte: https://www.canalenergia.com.br/
Há reservas de carvão no Brasil nos
Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa
Figura 13 – Jazida de Carvão
Catarina, em grande quantidade e também, nos
Estados de Minas Gerais, São Paulo, Bahia,
Pernambuco, Piauí, Maranhão, Pará, Amazonas e
Acre, sendo que, nestes últimos, a quantidade é
economicamente pouco relevante. Motivo pelo
qual se considera apenas a região sul na
produção de carvão brasileiro. As minas da região
sul do Brasil são responsáveis por 99,98% das Fonte: https://www.crm.rs.gov.br/minas

reservas de carvão mineral brasileiras, sendo os


outros 0,02% em São Paulo.
VANTAGENS DOS
COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS
● Abundância e disponibilidade: Os combustíveis fósseis, como o petróleo, o carvão e o
gás natural, são amplamente encontrados no mundo e podem ser facilmente extraídos.
● Baixo custo de produção: A produção de combustíveis fósseis é relativamente barata
em comparação com fontes de energia renováveis, como a solar e a eólica.
● Confiabilidade: Os combustíveis fósseis têm um histórico comprovado de fornecimento
de energia confiável e consistente, o que ajuda a atender às demandas de consumo
energético.
● Praticidade: Os combustíveis fósseis são altamente eficientes e podem ser facilmente
armazenados e transportados, permitindo seu uso tanto em indústrias como para uso
doméstico.
DESVANTAGENS DOS
COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS
Efeito estufa e mudanças climáticas: A queima de combustíveis fósseis libera dióxido
de carbono (CO2) e outros gases de efeito estufa, contribuindo para o aquecimento
global e as mudanças climáticas.
Poluição do ar e saúde humana: A utilização de combustíveis fósseis, especialmente
na queima de carvão e diesel, resulta na emissão de poluentes atmosféricos, como
óxidos de enxofre, óxidos de nitrogênio e material particulado, que poluem o ar e podem
afetar a saúde humana.
Esgotamento dos recursos naturais: Os combustíveis fósseis são recursos não
renováveis, ou seja, uma vez que são extraídos e queimados, não podem ser
substituídos. Com o consumo contínuo desses recursos, pode ocorrer o
esgotamento e falta de disponibilidade futura.
Dependência de importações: Muitos países dependem de importações de
combustíveis fósseis para suprir suas necessidades energéticas, o que pode criar
vulnerabilidades econômicas e políticas.
Impactos na biodiversidade: A exploração e extração de combustíveis fósseis
podem resultar na destruição de habitats naturais e na perda de biodiversidade,
além de causar danos aos ecossistemas marinhos e terrestres.
ENERGIA
NUCLEAR
Figura 14 – Indústria Nuclear no Brasil
Em termos físico e químico é a energia
térmica e elétrica proveniente da separação
(fissão) ou união (fusão) dos núcleos atômicos
de elementos químicos com alta incidência
radioativa.
O Brasil atualmente conta com o
Plano Nacional de Energia 2050, aprovado em
dezembro de 2020 pelo Ministério de Minas e
Energia (MME). O documento prevê o aumento
de até cinco vezes da oferta de energia nuclear Fonte: https://www.gov.br

dentro da matriz elétrica brasileira nos próximos


30 anos.
VANTAGENS DA
ENERGIA NUCLEAR
Alta eficiência energética: A energia nuclear possui uma alta densidade energética,
o que significa que a quantidade de energia produzida é significativamente maior do
que em outras formas de energia.
Baixa emissão de gases de efeito estufa: A energia nuclear não emite quantidades
significativas de dióxido de carbono ou outros gases de efeito estufa, o que contribui
para diminuir o impacto ambiental e o aquecimento global.
Continuidade de fornecimento: Às usinas nucleares operam de forma constante,
proporcionando um fornecimento contínuo de eletricidade, independentemente das
condições climáticas ou de outros fatores externos.
Autonomía energética: A energia nuclear permite que um país se torne autosuficiente
em termos energéticos, uma vez que não é necessária a importação de combustíveis

DESVANTAGENS DA
fósseis para a geração de eletricidade.

ENERGIA NUCLEAR
Alto custo: A construção e manutenção de usinas nucleares são extremamente caras.
Além disso, o processo de desativação de uma usina nuclear também envolve altos
custos.
Gestão de resíduos: A energia nuclear gera resíduos radioativos que precisam ser
armazenados de forma segura por longos períodos de tempo. A gestão desses
resíduos é um desafio, pois eles podem representar riscos para a saúde humana e o
meio ambiente.
Risco de acidentes nucleares: Embora sejam raros, os acidentes nucleares podem
causar danos significativos, tanto nas instalações quanto nas áreas circundantes.
Acidentes como o de Chernobyl e Fukushima demonstraram os riscos associados à
energia nuclear.
Potencial para proliferação nuclear: A tecnologia nuclear usada para a produção de
energia também pode ser utilizada para a produção de armas nucleares. Portanto, a
expansão da energia nuclear em algumas regiões pode aumentar o risco de proliferação
nuclear.
04
Eficiência energética
na construção civil
brasileira
Cenário Nacional
A eficiência energética é um tema que vem sendo muito debatido nos últimos
tempos. Sua finalidade é a economia no uso de energia, atingindo a melhoria na
qualidade do meio ambiente, ou seja, é a utilização de menos energia para realizar o
mesmo trabalho com desempenho similar. Esse tópico é cada vez mais central como
uma solução fundamental nas discussões a respeito dos impactos dos processos
humanos no planeta.
● Tratando-se de eficiência energética nas edificações, o conhecimento e a aplicação
de novas alternativas de materiais e técnicas contribuíram para o aprimoramento
da consciência de construtores, investidores e consumidores finais quanto aos
benefícios socioculturais, financeiros e ambientais obtidos.

● Dentre as maneiras de aumentar a eficiência energética e ainda contribuir para a


preservação do meio ambiente estão a utilização de materiais verdes e reciclados,
blocos ecológicos e reutilização da água, por exemplo; essas soluções podem ser
aplicadas em janelas, isolamentos, aquecedores, dentre outras formas que
contribuem para uma diminuição considerável de energia.
● No caso do Brasil, o sistema energético é considerado um dos mais complexos,
em função das próprias características físicas e climáticas do território nacional e
da forma como os recursos energéticos estão distribuídos.

● Embora se verifique uma maior participação, nos últimos anos, de fontes


alternativas como biomassa, eólica e solar, na matriz energética, existe ainda
uma predominância do recurso hidráulico para geração de energia elétrica e uma
parcela considerável, quando comparada às outras fontes, da fonte termelétrica
como complementar.
● Essa condição pressupõe que as matrizes energéticas sejam diversificadas com
fontes de menor impacto ambiental, como é o caso das energias renováveis
quando comparadas às fontes fósseis, e que a operação do sistema funcione.

● Apesar de contar com a presença de fontes de combustíveis fósseis, a matriz


energética brasileira é considerada uma das mais renováveis dentre as
economias mundiais. Enquanto o Brasil utiliza mais de 48% de fontes renováveis,
a média mundial é de 14%.de forma eficiente e otimizada para garantir acesso
justo e seguro para todos.
● Atualmente, a matriz elétrica brasileira é dependente da fonte hidráulica. Ou seja,
65,2% da energia gerada para o consumo no país, vêm de hidrelétricas. A grande
questão é que em casos de escassez de chuva.

● Segundo o Ministério de Minas e Energia, a participação das renováveis na matriz


elétrica deve continuar acima de 80% até 2030, chegando a 85% em 2050.

● No relatório do PDE (Plano Decenal de Expansão de Energia) 2031, também há a


previsão de diminuição da dependência das hidrelétricas.
4.1
EFICIÊNCIA
ENERGÉTICA E
CONFORTO AMBIENTAL
Cenário Nacional
● Um projeto que procure uma eficiência energética aliada ao conforto precisa buscar
soluções que levem a edificação ao ponto de equilíbrio;

● Considerar as necessidades fisiológicas do ser humano e a necessidade de estar em


conforto, o que sem dúvida, depende de muitas variáveis a serem consideradas;

● Como por exemplo: a posição geográfica da sua região, o clima predominante, se o


espaço próximo é a ruas com muito barulho, a intensidade de ruído e de luz, todos a
serem considerados para uma boa concepção de um projeto.
● Todas estas variantes citadas anteriormente e
controladas, além de nos proporcionar
conforto, farão com que tenhamos mais Figura 15 – Residência Eficiente

qualidade de vida e podem ajudar a evitar


determinados problemas de saúde que
podem ser ocasionados por esses fatores.

● Mas também se deve pensar no ser humano


e suas particularidades. Cada pessoa terá
uma reação com meio em que está inserido,
dependendo da sua personalidade, cultura,
estado de ânimo e experiências.
Fonte: https://br.pinterest.com
● E nesse contexto podemos utilizar largamente
da eficiência energética, para sentirmos
conforto, seja ele no verão ou no inverno pode
Figura 16 – Conforto X Eficiência Energética X
utilizar aparelhos que aquecem ou refrigerem Sustentabilidade

sem gastar tanta energia.

● Como já sabemos, vivemos em mundo de


escassez de recursos naturais.

● E foi nesse processo que surgiram novos


conceitos, entre eles, o de eficiência
energética.
Fonte: https://arqnorm.com/
● A eficiência energética é uma forma de continuar utilizando a mesma energia,
porém consumindo menos;
● Essa preocupação ganhou força no Brasil após o apagão de 2001, quando
programas de eficiência para equipamentos eletroeletrônicos;
● Foi essa iniciativa que fomentou o setor a produzir aparelhos melhores que se
adaptassem a essa realidade;
● A iniciativa deu tão certo que, em 2003, foi lançado o Procel edifica;
● É cada vez maior a tendência de se produzir energia a partir de fontes renováveis.
● No caso brasileiro, de acordo com dados do Balanço Energético Nacional
(BEM) de 2012, 44% da energia produzida no país é de fonte renovável
(hidrelétricas, energia solar, eólica, biomassa, entre outras);
● O Brasil um dos líderes na produção de energia renovável, mesmo a matriz
energética (usina hidrelétrica) causando um grande impacto onde são
instaladas.
● Para enfrentar a crescente demanda por energia os engenheiros e arquitetos
precisam adotar medidas que promovam o consumo de energias renováveis
● As edificações projetadas e construídas nos dias atuais ainda irão existir quando
as transformações climáticas se tornarem mais intensas;
● Os usuários buscam cada vez mais que as edificações ofereçam conforto,
atenuando os impactos negativos do clima ou consumo excessivo de energia;
● Eles exigem um alto nível de conforto, mesmo sob as condições climáticas mais
adversas, e se o projeto arquitetônico não resolver essas questões de forma
eficiente e com menor impacto, os usuários o farão e, na maioria das vezes, com
um alto consumo energético e artificial.
Figura 18 – Ar condicionado
● Antes do surgimento e da disseminação da
utilização do ar condicionado o excesso de
calor era amenizado com elementos de
sombreamento, circulação de ar e, em climas
secos, pela massa térmica dos materiais;

Fonte: https://climatizacao.multtecriopreto.com.br/
● Um projeto deve considerar a eficiência energética aliada ao conforto precisa
buscar soluções que levem a edificação ao ponto de equilíbrio energético e
ambiental. A temperatura de ponto de equilíbrio da edificação se refere a
temperatura do ar externo necessária para que a temperatura interna fique
confortável sem depender do uso de qualquer sistema mecânico de
aquecimento ou refrigeração (KEELER, 2010).
05
Considerações finais
Destaques
O conhecimento sobre o planejamento energético e fontes de energia são importantes, pois o
primeiro é responsável em prever e se preparar para o futuro, para que não ocorra falta de
abastecimento desse bem tão importante para a população e o segundo nos mostra um leque de
opções de geração de energias renováveis.

Contudo, para chegarmos a uma sustentabilidade energética será preciso mudar muita coisa
além do nosso modo de construir. Não existem edificações sustentáveis, mas sim sociedades
sustentáveis. Porém, projetar construções que privilegie o conforto ambiental, sustentáveis
energeticamente é essencial para vencer os desafios ambientais.

Portanto, através desse trabalho podemos adquirir conhecimento necessário para uma
solução energética eficaz, considerando fontes viáveis para o futuro do país e uma alternativa de
planejamento adequado para comunidades isoladas considerando as regiões longínquas do Brasil.
referÊncias
REFERÊNCIAS
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SOARES, Joyce Aristércia Siqueira; CÂNDIDO, Gesinaldo Ataíde. Planejamento energético no Brasil: a
caminho de uma política energética de inserção da matriz nos moldes da sustentabilidade. R. gest. sust.
ambient., Florianópolis, v. 9, n. 3, p. 637-662, jul/set. 2020. Disponível em:
<https://portaldeperiodicos.animaeducacao.com.br/index.php/gestao_ambiental/article/view/7580> Acesso em:
02.out.2023.
“Uma nação que não consegue
controlar suas fontes de energia não
pode controlar o seu futuro.”

— Barack Obama
Obrigado
(a).
Israel Pires
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Jaddy Oliveira
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Jonihson Dias
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