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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO

GRANDE DO NORTE - IFRN


CAMPUS NATAL CENTRAL
CURSO DE COMÉRCIO EXTERIOR

Sugestão

OS DESAFIOS ENFRENTADOS PELO ESTADO DO RIO GRANDE DO


NORTE NA INTEGRAÇÃO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS LIMPAS
DENTRO DE SUA MATRIZ ENERGÉTICA.

NATAL
2023
1

BRUNA ABIGAIL DA PURIFICAÇÃO MATTOS


ISABELA LUCAS FIRMINO
MARIA CLARA GOMES DINIZ
MARIA LUÍSA LIMA MEDEIROS
RAYLAN DE SENA MORENO
THAMYRES TEMOTEO DE OLIVEIRA COSTA
WANDERSON SOUZA DANTAS

OS DESAFIOS ENFRENTADOS PELO ESTADO DO RIO GRANDE DO


NORTE NA INTEGRAÇÃO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS LIMPAS
DENTRO DE SUA MATRIZ ENERGÉTICA.

Projeto Integrador apresentado ao


Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Rio Grande do Norte
(IFRN) como requisito parcial para
obtenção de 60 horas-aula de prática
profissional no Curso de Comércio
exterior

Orientador (a): Prof (a). Mestra.


Elisangela Cabral de Meireles;
Doutora. Lucia de Fatima Lucio Gomes
da Costa.

NATAL
2023
2

BRUNA ABIGAIL DA PURIFICAÇÃO MATTOS


ISABELA LUCAS FIRMINO
MARIA CLARA GOMES DINIZ
MARIA LUÍSA LIMA MEDEIROS
RAYLAN DE SENA MORENO
THAMYRES TEMOTEO DE OLIVEIRA COSTA
WANDERSON SOUZA DANTAS

OS DESAFIOS ENFRENTADOS PELO ESTADO DO RIO GRANDE DO


NORTE NA INTEGRAÇÃO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS LIMPAS
DENTRO DE SUA MATRIZ ENERGÉTICA.
3

Aprovado em:____/____/_____

Nota: _____

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________________
Nome do(a) professor(a) Orientador
IFRN – Câmpus Natal Central

____________________________________________________
Nome do(a) professor(a)
Coordenação do Curso
IFRN – Câmpus Natal Central

____________________________________________________
Nome do(a) professor(a)
IFRN – Câmpus Natal Central
4

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO
2. JUSTIFICATIVA
3. OBJETIVO GERAL
4. OBJETIVO ESPECÍFICO
5. METODOLOGIA
6. REFERENCIAL TEÓRICO
7. CONCLUSÃO
5

1. INTRODUÇÃO

A energia esteve presente em cada etapa do processo do desenvolvimento


humano. Na antiguidade, o fogo foi o símbolo de melhoria energética para a população
da época, pois era fonte de cozimento, iluminação e segurança, servindo para afugentar
os animais selvagens.

As necessidades energéticas do homem estão em constante evolução. Para


satisfazer suas primeiras necessidades, que eram basicamente a alimentação,
uma fonte de iluminação noturna e aquecimento, o homem apropriou-se do
uso do fogo e desenvolveu a agricultura e a pecuária, armazenando energia
excedente nos animais e alimentos” (FONSECA, 1972; HÉMERY; BEBIER;
DELÉAGE, 1993)

Com o passar dos anos, as sociedades utilizaram-se dos moinhos que funcionam
a partir da energia dos ventos e das águas, o que seria talvez um indício de energia
renovável limpa. Na busca de outras alternativas energéticas, migrou-se para as não
renováveis, de acordo com as descobertas e as necessidades do homem. O carvão
mineral, um combustível fóssil de fonte energética não renovável, se expandiu
rapidamente em reservas ao redor do mundo e foi utilizado como uma ferramenta de
impulsão na Primeira Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX, e na iminente Era
do petróleo, (final do século XX). Essa expansão culminou após a invenção do motor a
combustão, encontrado nos automóveis que funcionavam apenas por gasolina e óleo
diesel, sendo este processo uma inovação relevante na Segunda Revolução Industrial.
Mas, em decorrência de sua alta demanda, eclodiu a pauta da dependência, causada por
essa fonte energética, quando em 1970, no chamado “Choque do petróleo”, a sociedade
descobriu que utilizava um recurso natural, que não era renovável e que poderia se
tornar escasso. Essa concepção, trouxe variações de preços do produto e seus derivados,
colocando em evidência a necessidade de explorar uma fonte de energia inesgotável. A
partir dessa preocupação, as fontes renováveis foram ganhando expressividade em todo
mundo, dando espaço para a criação das hidrelétricas, que se configuraram como um
meio de produção de energia, funcionando a partir do processo de movimentação de
turbinas pela força da água.Esses complexos hidrelétricos se instalaram rapidamente por
todo o mundo, principalmente no nosso país, como uma tentativa de enfrentamento face
a problemática da da escassez de energias não renováveis do planeta.

De acordo com o Global Wind Report 2023, a China, seguida dos Estados
Unidos e Alemanha, são os países que mais produzem energia eólica no mundo. No ano
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de 2022, o mercado eólico onshore incluiu 68,8 GW (Gigawatt) em todo o mundo,


sendo a China responsável por contribuir com 52% deste total. Diante deste cenário, o
compromisso da China é de continuar expandindo o seu protagonismo energético em
sua matriz, visando contribuir com mais de 80% do total do novo consumo de
eletricidade até o final do 14º Plano Quinquenal (2021-2025). O crescimento na China,
na Europa e nos EUA será a espinha dorsal do desenvolvimento global da energia eólica
onshore nos próximos cinco anos. No total, espera-se que representem mais de 80% da
capacidade adicional total de 2023 a 2027.

O Brasil emerge como um dos protagonistas neste cenário desde 2014, se


consolidando como um dos países mais visados para investimentos neste setor,
despontando um crescimento exponencial de energia eólica, apresentando uma
produção de 80%

Contudo, a iniciativa do Brasil de participar de um modelo de energia renovável,


se deu a partir da implantação de usinas hidrelétricas que datam desde de o século XX,
com a criação das hidrelétricas de Fontes no rio Lages (1908), de Itupararanga no rio
Sorocaba (1912), da Ilha dos Pombos no rio Paraíba do Sul (1924), de Henry Borden no
Rio das Pedras (1926) e de Americana no rio Atibaia (1949), localizadas na Região
Sudeste.

Todavia, o incidente da Usina Hidrelétrica de Balbina, que atingiu uma área de


2.360 km², ocasionando um desastre socioambiental de grande magnitude, trouxe
grandes desafios, um olhar mais técnico, exigindo marcos regulatórios, para
implantação de energias renováveis no Brasil, pois ainda não era colocado em prática
como uma necessidade integrada a um processo que geraria um grande salto para um
desenvolvimento econômico, social e ambiental no Brasil.

De acordo com Elbia Gannoum, presidente da ABEEólica e vice-presidente da


GWEC, citado em sua publicação no Global Wind Report 2023, idealizado pela Global
Wind Energy Council (GWEC, 2023);

A luta contra as mudanças climáticas, a proteção do meio ambiente,


especialmente da Amazônia, e a redução das desigualdades sociais. Estes são
assuntos que importam ao setor eólico, que impactam positivamente a
sociedade do ponto de vista ambiental, social e econômico. A revolução
brasileira na energia eólica está em andamento há alguns anos. (GWR, 2023,
p. 7, tradução Thamyres Costa).
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Observar os recursos naturais e tecnológicos disponíveis no Rio Grande do


Norte é uma análise que é segmentada pela força de sua gama de fontes energéticas
naturais já disponíveis em seu território. Mundialmente o Brasil é reconhecido por seus
ventos que possuem grande potencial e isso talvez se traduza pela quantidade de
parques eólicos, contabilizando um total de 972 nas regiões Sul e Nordeste, sendo o
Estado do Rio Grande do Norte o maior potencial eólico do Brasil. O estado possui 218
parques eólicos e atualmente gera 1⁄4 de energia eólica do País. Os estados do Ceará,
Bahia e Rio GraSugiro observar para a construção do texto a nde do Sul também se
destacam por suas potencialidades em gerar energia limpa e renovável. A energia eólica
do Rio Grande do Norte é apenas uma de suas potencialidades citadas, o estado também
é um grande produtor de energia solar, devido às altas incidências de sol o ano todo,
tornando esse um latente investimento nos últimos anos e se fomentando como uma
região cheia de potenciais, segundo anunciado pelo Instituto Senai de inovações em
Energias Renováveis e reportado pelo Canal Energia (2023),

O Rio Grande do Norte pode se tornar o primeiro estado brasileiro e polo da


América Latina a ter uma infraestrutura disponível para estudos que focam no
uso de recirculação química com captura de dióxido de carbono (CO2) para
produção de energia oriunda de biomassa.

Acarretando investimento e pesquisas cada vez mais diversas em diferentes


ramos das energias limpas e renováveis, é importante analisar: Quais estratégias para a
integração do desenvolvimento das energias renováveis no Rio Grande do Norte,
respeitando a existência socioambiental e econômica onde as energias estão sendo
implementadas, considerando os desafios enfrentados pelo Estado no processo de
expansão e integração de energias renováveis em sua matriz energética, frente às
oportunidades a ele, colocadas?
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2. JUSTIFICATIVA

A pesquisa sobre as energias renováveis no Rio Grande do Norte se mostra


essencial devido à necessidade de preencher lacunas recentes no entendimento da
integração dessas fontes no contexto regional. Embora haja uma expansão notável das
energias renováveis, especialmente eólica e solar, na região, ainda há entraves
significativos na compreensão de como a integração dessas energias necessitam de
impactos socioeconômicos, ambientais e tecnológicos dessa transição.

A justificativa para este estudo reside na escassez de pesquisas específicas que


abordem de maneira abrangente como a integração das energias renováveis está
moldando o panorama energético do Rio Grande do Norte. A análise das interações
entre as diferentes fontes renováveis, bem como a incorporação dessas energias no
sistema elétrico, proporcionará insights críticos para o desenvolvimento de políticas
públicas mais eficazes e estratégias de gestão de recursos.

Ao compreender as lacunas presentes nas pesquisas atuais, esta investigação visa


contribuir para o conhecimento científico ao abordar questões cruciais, como a
otimização da geração de energia renovável,a necessidade de políticas públicas e quebra
de algumas barreiras regulatórias, e investimentos tecnológicos.
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3. OBJETIVO GERAL

Analisar os desafios percorridos pelo Estado do Rio Grande do Norte no


processo de expansão e integração de energias renováveis em sua matriz energética,
juntamente com análise das oportunidades e desenvolvimentos que o Estado obtém.

4. OBJETIVO ESPECÍFICO

Investigar os desafios legais e regulatórios: Identificar e analisar as barreiras


legais e regulatórias que afetam a integração das energias renováveis no Rio Grande do
Norte.

Identificar os recursos e potenciais da região: pontuar os recursos naturais e


tecnológicos disponíveis no Rio Grande do Norte.

Verificar as estratégias de integração e potencialização: Quais estratégias para a


integração de energias renováveis na matriz energética que o Estado do Rio Grande do
Norte dispõe, considerando aspectos técnicos, econômicos e ambientais.

Avaliar a relação do impacto e os resultados dos esforços Potiguar em nível


nacional e internacional: Avaliar o progresso das estratégias implementadas nos últimos
anos.
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5. METODOLOGIA

Este projeto integrador utilizará uma abordagem de pesquisa qualitativa


descritiva exploratória para analisar como o estado do Rio Grande do Norte integra as
fontes de energia renovável em sua matriz energética, considerando diversos fatores,
desde técnicos, econômicos, comerciais e até mesmo ambientais.
Realizando uma análise de dados coletados, levantamentos de informações
bibliográficas, e de relatórios governamentais e de iniciativas privadas, juntamente com
o estudos de fontes acadêmicas de pesquisa, aproveitamento e interpretação qualitativa
de entrevistas de stakeholders envolvidos no setor de energia renovável, utilizamos
destes recursos para explorar as barreiras legais e regulatórias, recursos naturais e
tecnológicos, integração e distribuição de energias renováveis, estratégias
implementadas.
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6. REFERENCIAL TEÓRICO

Os antecedentes históricos que perpassam a evolução da matriz energética


nacional, como já visto de modo introdutório, traçam um caminho que vai desde o início
da história da humanidade, seguido dos avanços tecnológicos, com o uso do fogo,
unindo-se à revolução industrial e a crise do petróleo. Logo, ultrapassando todos estes
fatos e registros históricos, da-se início a um processo de investimento em energias
renováveis mundiais, culminando em estudos que puderam alavancar o uso destas
energias ao redor do mundo, inclusive no Brasil. (MORENO, 2023.)

Em relação com Direito Internacional:


No Brasil, devemos destaque a diversos estados como detentores de maiores
capacidades de produção das energias renováveis, entre eles o estado do Rio Grande do
Norte.
A região potiguar é caracterizada por possuir um vasto potencial de
desenvolvimento no setor de produção de eletricidade a partir de fontes limpas. Em
potência instalada, a matriz elétrica do Rio Grande do Norte é composta em 94% de
fontes renováveis, dentre as quais se destaca particularmente a energia eólica. Mesmo
nessa forma potencializada, nosso país se encontra limitado às questões jurídicas
formuladas diretamente o ramo energético limpo e sua negociação em ampla
escala,possuindo como lei base sobre matriz energética e sua distribuição internacional
somente a Lei nº 9.478/1997 que é responsável por estabelecer a política energética
nacional com diretrizes para o aproveitamento racional das fontes de energia, incluindo
a importação e exportação e também por determinar as atividades relativas, porém,
relacionando todas essas atribuições ao monopólio do petróleo, o que se torna destoante
da tentativa de perpetuar uma matriz energética limpa no nosso país.

Em relação a direito de Empresa:


Embora alguns benefícios do regime tributário geral se apliquem ao setor, como
a recuperação antecipada do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e o regime especial
de tributação, ainda há espaço para a criação de incentivos fiscais específicos para o
setor, para que se alinhe a comercialização de energia limpa e as questões ambientais,
que se relacionam em dois elementos:
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i) imposição de tributos com finalidades ambientais e,


ii) criação de incentivos à produção sustentável (CALIENDO, 2016, p. 23).

Em relação a economia brasileira:


Como ponto focal, um dos entraves econômico para uma boa perpetuação da
evolução da matriz energética potiguar, estão as políticas de investimento e os
desembaraços para perpetuá-los, pois, apesar de o governo do Rio Grande do Norte ter
estimulado a geração de energia limpa e se tornado um dos maiores representantes do
setor no país , apenas 38 repartições públicas têm placas solares, e os 21 hospitais
administrados pelo governo do Estado, só três utilizam energia limpa fotovoltaica e das
586 escolas públicas da rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte, apenas seis
possuem as placas solares (SEAD;2022). Impulsionar essa transição energética limpa
em diversos setores em contato com a população acaba acarretando um modelo
consciente e ao mesmo tempo atrai visões de investimento externo competitivo no
Nordeste, mas deixá-lo de maneira embargada se torna uma visão desestimulante desta
transição que tarda muito a acontecer.

Em relação com comércio internacional


Os mercados de painéis solares fotovoltaicos e de equipamentos e instalações
para a geração de energia eólica movimentam o mercado internacional de maneira bem
significativa, como por exemplo em 2013, cerca de US$150 bilhões em todo o mundo.
Sendo estimado que, até 2023, esses mercados façam circular quantias em torno de
US$250 bilhões (Pernick, Wilder e Belcher, 2014).Dito isso, em 2014, quatro firmas
chinesas (Goldwind, Guodian United Power, Ming Yang e Envision) lideravam entre as
dez maiores fornecedoras de turbinas eólicas no mundo (Broehl, Labastida e Hamilton,
2015) Sendo que desde 2010, o país asiatico frequenta a lista dos dez maiores
fabricantes globais de equipamentos eólicos, sendo associado a estes feitos, dois fatores:
i) os incentivos introduzidos em 2005 pela lei chinesa de energia renovável; e ii) a
ampla dimensão do mercado interno chinês (Wang, Qin e Lewis, 2012). Em suma, a
relação de um destaque internacional de um país em exportações e a alta dependência de
outro em importações, possuem algo fortemente em comum: políticas públicas de
investimento e capacitação tecnológica.

Em relação à estratégia empresarial:


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A aquisição das energias renováveis limpas são um ganho ainda não tão
disseminado para as empresas. Com políticas públicas de mais incentivos tributários,
diversos empreendimentos poderiam se beneficiar e auxiliar a região potiguar a fazer
essa transição, mas, algumas redes de empresas encaram como um investimento a partir
de uma ótica de responsabilidade social, por ser um tema debatido em peso, acarretando
“o novo contexto econômico tem, como característica, consumidores exigentes e mais
conscientes de seus direitos”, Abdala e Maemura (2014, p. 47). Pois essa transição
energética gera, a longo prazo, uma boa economia mensal, atraindo cada vez mais
empresas na realização de benchmarking e investimentos externos. Pois a rede de
academias Smart Fit, inclusive as unidades do estado potiguar,também adotou o uso de
energia renovável por meio dos serviços de Geração Distribuída da Raízen. E além de
reduzir a emissão de cerca de 370 toneladas de CO2 por ano,conquistaram uma
economia de R$1,5 milhão com energia elétrica (TIMES DE RAÍZEN POWER E
SUSTENTABILIDADE DA RAÍZEN;2022) Em suma, os empresários do estado estão
colocando em prática estratégias adquiridas no próprio ramo empresarial pois sua
performance são muito valorizadas por investidores, acionistas, clientes, fornecedores,
sociedade, culminando assim o pensamento organizacional que, “Agir pensando na
ótica social, significa uma vantagem competitiva, desde que seja a partir de uma
consciência sincera da empresa, para representar os verdadeiros valores de sua cultura,
demonstrando o respeito aos interesses da coletividade” (Silva,2010).
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7. CONCLUSÃO

O presente projeto integrador buscou analisar as nuances e desafios enfrentados


pelo Estado do Rio Grande do Norte no tocante à integração das energias renováveis em
sua matriz energética. Ao longo deste trabalho, exploramos a evolução do uso da
energia ao longo da história, sempre destacando a importância das energias renováveis
como uma das melhores alternativas de substituição energética que temos em nosso
(escopo) tecnológico, no tocante a diminuição ou total mitigação dos impactos
ambientais causados pelas atuais fontes tradicionais.
O Rio Grande do Norte, estado que se mantém como grande símbolo e
referência na produção de energia eólica no Brasil, tem no seu contexto atual
experimentado grandes e significativos avanços no setor de energias renováveis, no
entanto, essa transição não está livre ou isenta de desafios que exigem um trabalho
árduo e multidisciplinar para uma implementação positiva e sustentável.
Um dos principais desafios vistos aqui nesse trabalho diz respeito aos impactos
causados pela implantação de parques eólicos, como bem evidenciado em estudos que
apontam possíveis danos à fauna local, em especial aos morcegos e aos ecossistemas
das dunas. Na busca por uma possível melhoria surgem propostas de pesquisadores
como Gorayeb e Brannstrom que trazem à tona uma possível repartição da gestão
desses recursos como uma alternativa à melhoria dos possíveis impactos causados à
biodiversidade.
Além disso, as percepções públicas sobre a produção de energia eólica devem
vir à tona e serem levadas em consideração, uma vez que torres de aerogeradores estão
implantados em localidades de famílias simples, com pouco ou nenhum conhecimento
sobre a produção energética que em suas posses são produzidas. Há uma extrema
necessidade de uma abordagem de cunho social a essas famílias de forma a levar
conhecimentos das benesses e prejuízos acarretados pela implantação de turbinas em
suas posses, esse fator é crucial para o sucesso e crescimento da atividade no Rio
Grande do Norte.
Outro ponto de relevância significativa é o da produção de energia por meio de
placas solares, a energia fotovoltaica, apesar dos avanços nesse segmento é preciso
superar obstáculos em várias áreas, como a da regulamentação financeira e acadêmica, a
fim de maximizar a produção do Estado nesse segmento.
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As atuais políticas ambientais bem aqui exemplificadas na Resolução da


CONAMA N 369/2006 desempenham sem dúvidas um papel extremamente
fundamental na definição do equilíbrio entre o nosso desenvolvimento econômico e
prevenção ambiental. A via de seu monitoramento constante e adaptações necessárias
nas tecnologias e nos conhecimentos científicos sobre o assunto definidores para
garantir a eficácia e desenvolvimento contínuo.
Diante desse caso exposto, é evidente que o melhor caminho para a migração e
integração energética das energias renováveis no Estado do Rio Grande do Norte,
requer uma abordagem holística, considerando não apenas os aspectos técnicos, mas
também os econômicos, sociais e ambientais. Uma colaboração entre setores do
governos, setor privado e comunidades locais, essa é a chave para a construção de um
projeto que é fundamental para superar os desafios e construir um futuro mais resiliente
e sustentável.
À medida que o estado seguir avançando nas suas metas de desenvolvimento
energético, é de extrema importância o abraço a inovação e fomento a pesquisa, além de
criação de projetos educacionais onde a sociedade esteja essencialmente presente e
atuante, para promover acessibilidade e participação da sociedade civil no processo de
transição energética.
Diante desse desenvolvimento, concluímos que o Rio grande do Norte, está à
frente de uma oportunidade ímpar de liderar não somente a produção de energia
renovável, mas de estabelecer um modelo exemplar de produção e transmissão
sustentável, este é sem dúvidas um desafio que requer e exige esforços contínuos,
cooperação e visão compartilhada para garantir um futuro, limpo, justo e equitativo para
as futuras gerações.
16

REFERÊNCIAS

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