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Fontes Renováveis e Não Renováveis Geradoras de Energia Elétrica no Brasil.

Conference Paper · November 2015

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Giselle V Trevisan
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Catarinense
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FONTES RENOVÁVEIS E NÃO RENOVÁVEIS GERADORAS DE ENERGIA
ELÉTRICA NO BRASIL

Paola Ribas Gonçalves dos SANTOS, Maria Caroliny Camargo FLORENTINO, Jhennyfer Lopes Cerqueira BASTOS,
Giselle Vanessa TREVISAN.
Alunas do Curso Técnico Integrado ao Ensino Médio em Administração IFC-Campus São Francisco do Sul. Orientador IFC-
Campus São Francisco do Sul.

Introdução

Desde o principio o homem buscou a produção da energia. No início, o homem dominou


o fogo, depois ele domesticou e usou a força da tração animal, posteriormente utilizou
recursos naturais, como a água e o vento, para gerar energia através moinhos e da roda da
água. Após a revolução industrial, quando foram inventadas as máquinas, o homem começou
a usar a lenha e o carvão para gerar energia elétrica, necessária para impulsionar o sistema
(CPFL, 2011).
O aperfeiçoamento das máquinas, o advento tecnológico, a descoberta e uso do petróleo e
da energia nuclear tornou a sociedade cada vez mais dependente de diferentes de energia
elétrica. Atualmente, sabe-se o consumo per capita de energia cresce mais do que o aumento
populacional (Herzog e Gianini, 2011). Mas essa dependência, além de garantir o
desenvolvimento socioeconômico, também traz conforto e segurança para a população, ou
seja, oferece subsídios para a melhoria da qualidade de vida. Em contrapartida, o consumo
excessivo de fontes não renováveis, como o petróleo, o gás natural e o carvão mineral, causou
a redução destes recursos naturais e o aumento da emissão de dióxido de carbono com
consequências a nível mundial, como o aquecimento global (Dias, 2011). Esses problemas
socioambientais levou a sociedade na busca da sustentabilidade, focando no uso racional dos
recursos naturais não renováveis como fonte de energia elétrica (petróleo, carvão mineral, gás
natural) e o aumento da utilização de fontes de energia renováveis para este fim, como a água,
a luz solar e o vento (CPFL, 2011).
O presente trabalho teve como objetivo pesquisar as vantagens e desvantagens das fontes
renováveis e não renováveis de energia elétrica; avaliar as melhores opções de fontes de
geração de energia renovável para o Brasil; e projetar possibilidades de instalação de geração
de energia por meio de fontes renováveis, por região, para o Brasil.
Material e Métodos

O presente estudo foi realizado em duas etapas, inicialmente foi realizada uma
pesquisa bibliográfica sobre as vantagens e desvantagens de dez fontes geradoras de energia
elétrica: 1) Hidrelétrica, 2) Eólica, 3) Solar, 4) Geotérmica, 5) Biomassa, 6) Lixo (Waste
Energy), 7) Gás natural, 8) Carvão, 9) Maremotriz, e 10) Nuclear.
Os dados foram reunidos numa tabela comparativa e, numa segunda etapa, a partir
da análise das estruturas socioeconômicas e ambientais do país, foi proposto o uso de fontes
renováveis geradoras de energia elétrica, num quadro complementar às fontes renováveis
preexistentes, nas cinco macrorregiões do Brasil.

Resultados e discussão
A partir da pesquisa bibliográfica, sobre as fontes renováveis e não renováveis
geradoras de energia elétrica, foi elaborada uma tabela comparativa das vantagens e
desvantagens socioeconômicas e ambientais destas fontes (Tabela 1).

Tabela 1. Vantagens e desvantagens de dez fontes de geração de energia elétrica.

A atual matriz energética instalada no Brasil é formada por quase 67% de energia
hidrelétrica, aproximadamente 30% de térmica de diferentes fontes (gás natural, biomassa,
petróleo, carvão e nuclear) e somente 3,7% de eólica e menos de 0,1% de solar (MME, 2015).
Apesar das hidrelétricas serem consideradas fonte de energia renovável e limpa, sabe-se que,
além dos impactos causados na área limítrofe à formação (derrubada da vegetação,
encobrimento pela água de áreas férteis para lavoura, deslocamento de comunidades inteiras e
destruição do patrimônio histórico-cultural local) as alterações no fluxo e leito do rio afetam
diretamente a ictiofauna (Maternatura, 2015). Desta forma, foi considerada a complementação
da matriz já instalada com outras fontes de energia renováveis (Figura 1).

Figura 1. Mapa Proposto de Fontes de Energia Renováveis complementares à Matriz


Energética Pré-Existente no Brasil.

Para as regiões Nordeste, Sudeste e Sul, foi proposto aumentar o aproveitamento da


massa de ar equatorial atlântica (ao norte) e a massa de ar tropical atlântica (sul-sudeste), da
energia eólica. Na região Nordeste e ao norte do Sudeste, assim como nas regiões Norte e
Centro-Oeste, é possível aproveitar o grande potencial da radiação solar incidente com a
instalação de painéis solares em edifícios e residências. Na região Sul, além da energia eólica,
pode-se aproveitar ao longo do litoral do Rio Grande do Sul a força das marés com a
instalação de usinas de maremotriz. Não foi proposta a implantação da maremotriz em toda a
costa brasileira para não coincidir com as rotas comerciais marítimas e para evitar a alteração
da paisagem litorânea na região de águas quentes (correntes marítimas Sul Equatorial e do
Brasil), onde o turismo prevalece.
Foi proposto para todas as regiões do país o uso do lixo para produção de energia
elétrica. Conhecido pela expressão inglesa waste energy (energia do lixo), é uma forma
sustentável de, além de complementar a matriz energética atual, resolver o problema da
geração, acúmulo e deposição do lixo, principalmente nos grandes centros urbanos.
O uso da matéria seca proveniente da sobra das culturas agrícolas (biomassa) é outra
fonte de energia que pode ser utilizada nas regiões produtoras do país, principalmente a região
centro-oeste, onde predomina a cultura da soja, mas também as regiões sudeste (com
predomínio da cana-de-açúcar) e sul (com o milho).
Por fim, o potencial hídrico do Brasil que já é bastante explorado (66,6% da matriz
energética), poderia continuar sendo utilizado considerando a redução da dimensão das obras
(pequenas centrais hidrelétricas), para redução tanto dos impactos ambientais e sociais.

Conclusão

A pesquisa verificou que, independente do tipo de fonte geradora, se renovável ou não


renovável, não existe impacto zero na geração de energia elétrica. O conhecimento da baixa
eficiência enegética das fontes renováveis e da intermitência característica de muitas delas
demonstrou que as fontes de energias renováveis serão sempre complementares às não
renováveis. O Brasil, devido sua grande dimensão e características socioambientais peculiares
possui, nas diferentes regiões, condições específicas de implantação de fontes geradoras
renováveis de energia elétrica.

Referências

CPFL Energia. Caminhos da Energia: Energia é Tudo Episódio 1. 2011. Vídeo-reportagem.


Disponível em: < https://m.youtube.com/watch?v=3j8DV2W1nWg > Acesso em: 26 ago
2015.
DIAS, R. Gestão Ambiental: Responsabilidade Social e Sustentabilidade. São Paulo:
Atlas. 2011.
MME - Ministério de Minas e Energia. Boletim Mensal de Monitoramento do Sistema
Elétrico Brasileiro – Janeiro 2015. Disponível em: < http://www.mme.gov.br > Acesso em:
15 ago 2015.
HERZOG, A. L.; GIANINI, T. O futuro da Energia (no Brasil e no Mundo). Revista Exame.
Edição 06/04/2011.
MATERNATURA. O que fazer quando uma hidrelétrica “bate à sua porta”? Os Impactos
Sociais e Ambientais. Disponível em: < http://www.maternatura.org.br/hidreletricas/guia/Leia
Mais_Osimpactosambientaisesociais.pdf. > Acesso em: 21 ago 2015

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