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Geração de energia elétrica de


fontes alternativas
Energia eólica
Bloco 1
Giancarlo Michelino Gaeta Lopes
Evolução histórica da energia eólica
Figura 1 – Evolução histórica da energia eólica

Séc VII: 1888: 2008:


primeira contrução de União Européia
referência mais de 100 define meta para o
registrada de turbinas por aumento no uso
um moinho na Poul la Cour, de energias
Pérsia. na Dinamarca. renováveis.

1887: 1991: 2011:


primeiro primeiro Brasil quebra a
moinho de parque eólico barreira de 1
vento para offshore, na GW de geração
gerar Dinamarca. eólica.
eletricidade na
Escócia.

Fonte: elaborada pelo autor.


Utilização da energia eólica no mundo

• Segundo Pinto (2013), a Europa figura como uma das regiões do mundo
que mais utiliza a energia eólica  cerca de 4,1 % da demanda de toda
União Europeia.
• No Brasil, cerca de 9 % de toda energia elétrica gerada advém de 629
centrais geradoras eólicas, com potência instalada de aproximadamente
15 GW (ANEEL, 2020).
Caracterização dos ventos

• A instalação de uma central eólica requer um estudo da intensidade e


constância dos ventos.
• Como os ventos são gerados?
• Ventos de circulação local: brisas marítimas e terrestres; e ventos das
montanhas e vales.
• Ventos de circulação global: causados pelo aquecimento desigual da
terra devido a radiação solar.
Caracterização dos ventos

• Os ventos possuem variações temporais que podem ser: interanuais,


sazonais, diárias e de curta duração.
• As variações espaciais que influenciam o vento são:
• Obstáculos  como edifícios e árvores.
• Rugosidade do terreno  como vegetações e pequenas construções.
• Orografia  existência de colinas e depressões.
Caracterização dos ventos
Figura 2 – Mapa da velocidade dos Figura 3 – Ventos globais
ventos no Brasil

Fonte: Amarante et al. (2001, p. 23).

Fonte: Amarante et al. (2001, p. 23) .


Caracterização dos ventos

• Os atlas eólicos são uma boa fonte para a análise macrorregional dos
ventos.
• Para uma análise confiável são necessárias medições in loco.
• As torres anemométricas possuem:
• Anemômetros e lemes.
• Termômetro e barômetro.
• Sistema de aquisição de dados.
Caracterização dos ventos
Figura 4 – Turbina eólica
Potência contida no vento:
1
P A v3
2

Massa específica do ar:


P
Fonte: ekinyalgin/ iStock.com.
R T
Densidade de potência do vento:

P 1
v3
A 2
Energia eólica
Bloco 2
Giancarlo Michelino Gaeta Lopes
Turbinas eólicas

• As turbinas eólicas possuem a função de converter a energia cinética


presente nos ventos em energia mecânica.
• Devido a expansão do ar que ocorre após passar pela turbina, somente
59,3% da energia do vento pode ser aproveitada.
• Existem diferentes classes de turbina, conforme o nível da velocidade do
vento e potência.
Turbinas eólicas verticais
Figura 5 – Turbina Figura 6 – Turbina Figura 7 – Turbina
Darrieus eólica vertical eólica vertical

Fonte: mathieukor/ Fonte: ilbusca/ iStock.com. Fonte: lucentius/ iStock.com.


iStock.com.
Turbinas eólicas horizontais
Figura 8 – Aerogerador com turbina Figura 9 – Turbina eólica horizontal
eólica horizontal

Fonte: XtockImages/ iStock.com.

Fonte: ssuaphoto/ iStock.com.


Energia eólica
Bloco 3
Giancarlo Michelino Gaeta Lopes
Aerogerador
Figura 10 – Aerogerador Figura 11 – Partes de um aerogerador

Fonte: twilightproductions/ iStock.com. Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Wind_


turbine_int_pt.svg. Acesso em: 17 jun 2020.
Aerogerador
Figura 12 – Montagem de Figura 13 – Base de um Figura 14 – Detalhe da
um aerogerador aerogerador nacela de um aerogerador

Fonte: ZU_09/ iStock.com. Fonte: deepblue4you/ iStock.com. Fonte: sturti/ iStock.com.


Conexões de aerogeradores na rede elétrica

• Um aerogerador pode operar com velocidade da turbina constante ou


variável.
• Existem vários sistemas geradores que podem ser utilizados em um
aerogerador, com geradores de corrente contínua, de imã permanente,
síncronos e de indução (assíncronos).
Sistemas geradores com velocidade fixa
Figura 15 – Gerador síncrono acoplado diretamente na rede elétrica

Fonte: Fadigas (2011, p. 171).

Figura 16 – Gerador de indução com rotor de gaiola acoplado


diretamente na rede elétrica

Fonte: Fadigas (2011, p. 173).


Sistemas geradores com velocidade variável
Figura 17 – Gerador síncrono com inversor

Fonte: Fadigas (2011, p. 175).

Figura 18 – Gerador síncrono com imã permanente acoplado


diretamente a turbina

Fonte: Fadigas (2011, p. 180).


Teoria em Prática
Bloco 4
Giancarlo Michelino Gaeta Lopes
Reflita sobre a seguinte situação

Considere que você foi contratado (a) para trabalhar no projeto e instalação
de centrais eólicas para a geração de energia elétrica, no Brasil, e deve
realizar um estudo de viabilidade e projeto para instalação de novas centrais
eólicas onshore no país. Cabe a você determinar quais áreas do território
nacional estão aptas para a instalação de centrais eólicas e como você pode
garantir o potencial eólico de tais localidades e em quanto tempo. Além
disso, você deve determinar qual a potência dos aerogeradores a serem
utilizados e indicar qual topologia de gerador elétrico a ser utilizada.
Norte para a resolução...

• O primeiro passo, para a determinar o local, é consultar o atlas eólico


 sugestão: região norte de Minas Gerais.
• Determinada a região, deve ser instalada uma estação meteorológica
para monitorar os ventos no local por no mínimo um ano.
• Com os dados da estação, é possível concluir sobre a viabilidade.
• O modelo de gerador mais recomendado, atualmente, é o síncrono
com rotor de imã permanente, devido sua construção compacta.
Norte para a resolução...
Figura 19 – Potencial eólico da região Supondo uma turbina
sudeste
com diâmetro de 130m
e uma velocidade do
vento de 8,5 m/s:

1
P A v3
2
1
P 1,225 652 8,53
2
P 5.000 kW
Fonte: Amarante et al. (2001, p. 40).
Dica do Professor
Bloco 5
Giancarlo Michelino Gaeta Lopes
Dica do professor

Consulta ao Atlas do Potencial Eólico Brasileiro (AMARANTE et al., 2001).


Referências

AMARANTE, O. A. C. do; BROWER, M.; ZACK, J.; SÁ, A. L. de. Atlas do


Potencial Eólico Brasileiro. 2001. Disponível em: http://www.cresesb.
cepel.br/publicacoes/download/atlas_eolico/Atlas%20do%20Potencial%20E
olico%20Brasileiro.pdf. Acesso em: 17 jun 2020.

FADIGAS, E. A. F. A. Energia eólica. 1.ed. Barueri, SP: Manole, 2011.

PINTO, M. O. Fundamentos de energia eólica. 1.ed. Rio de Janeiro: LTC,


2013.
Bons estudos!

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