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Energia Eólica

(Definição)

É um tipo de energia gerada por meio dos ventos (massas de ar em movimento). Seu
aproveitamento ocorre por meio da conversão da energia cinética de translação em energia
cinética de rotação, com o emprego de turbinas eólicas, também denominadas aerogeradores,
para a geração de eletricidade, ou cataventos (e moinhos), para trabalhos mecânicos como
bombeamento de água.

(Breve Historial)

Desde a antiguidade, a energia gerada pelos ventos vem sendo utilizada pela humanidade em
atividades como: navegação marítima, moagem de grãos e bombeamento de água. Acredita-se
que a energia eólica tenha sido utilizada pela primeira vez na Pérsia, por volta do ano 200 A.C.
na moagem dos grãos.

No ano de 1888, Charles F. Bruch montou o primeiro catavento destinado à geração de energia
elétrica. Esse mecanismo fornecia 12 KW de corrente contínua para carregamento de baterias
destinadas ao fornecimento de energia elétrica. Através de pesquisas, surgiram vários
aerogeradores eólicos de diferentes potências e formas. O desenvolvimento tecnológico fez com
que a capacidade da energia eólica fosse ampliada de alguns KW para bombeamento de água,
aquecimento e iluminação doméstica até vários MW para irrigação em grande escala e geração
de eletricidade para injeção na rede elétrica. Porém, as dificuldades de comercialização dos
aerogeradores fizeram com que a utilização da energia eólica não fosse adiante na década de 70.
Em 1978, o congresso americano aprovou a lei que incentivava a redução do consumo de
petróleo importado no país. Através de uma estrutura de créditos tributários, viabilizou a
primeira grande onda eólica da história. Com o avanço da tecnologia e o aumento do consumo de
energia, foi impulsionada a produção de novos aerogeradores, reduzindo gradativamente os
custos da geração de energia elétrica proveniente dos ventos.

Em 2015, a capacidade instalada de geração de energia eólica na União Europeia era de


aproximadamente 140 GW. O mundo produziu durante o ano de 2015 cerca de 838 TWh de
energia eólica, com países como EUA, China, Alemanha e Espanha liderando a produção
mundial (IEA, 2017). O aumento da capacidade instalada no mundo é recente no período de
2010, como mostra a figura abaixo. Segundo pesquisas feitas o perfil desse crescimento durante
a década de 90 indicava perspetivas promissoras para as próximas décadas.
Crescimento da capacidade eólica instalada mundial (2000-2013).

Conversão da Energia Eólica em Eletricidade

Nos últimos anos, a poluição ambiental tornou-se uma grande preocupação na vida diária das
pessoas e uma possível crise de energia tem levado pesquisadores a desenvolver novas
tecnologias para geração de energia limpa e renovável. A energia proveniente dos ventos, do sol,
dos rios e mares que são possíveis soluções para a produção de energia ambientalmente
amigável. Nesse contexto, destacam-se os Sistemas de Conversão de Energia Eólica (SCEE), que
encontrarão obstáculos de integração em larga escala e demandam estudos contínuos.

A turbina eólica é composta do rotor, da torre e da nacele, que abriga a caixa de velocidades, do
gerador e de outros componentes. O trem de acionamento mecânico é formado pelas pás, um
eixo de baixa velocidade, uma caixa de velocidades (engrenagens), um eixo de alta velocidade e
um gerador. O eixo de baixa velocidade conecta-se ao eixo de alta velocidade por meio da caixa
de engrenagens, e este é conectado ao gerador.

O processo de como o SCEE converte a energia mecânica do vento em energia elétrica resume-
se como se segue:

1. O vento atinge as pás da turbina, que faz com que o rotor gire e movimente o trem de
acionamento.

2. O eixo de baixa velocidade transfere a energia cinética para a caixa de engrenagens, que
tem a função de aumentar a velocidade de rotação e girar em um eixo de alta velocidade.

3. O eixo de alta velocidade movimenta o rotor do gerador, que gira em uma velocidade
próxima da velocidade nominal.
4. O gerador converte a energia mecânica em energia elétrica.

Geralmente, as tensões de saída do gerador são baixas, e, portanto, utiliza-se um transformador


para elevar a tensão de saída do gerador e permitir conexão a rede. Com base na direção do
vento, o sistema de yaw ira girar a nacele para posicionar a turbina contra o vento. Um freio de
emergência e equipado no eixo de alta velocidade para proteger o sistema de desgaste mecânico
quando submetido a rajadas de vento. Alem disso, existem controladores de bordo que ajustam o
ângulo das pás do rotor (ângulo de pitch) para regular a potencia entregue em velocidades de
vento acima da velocidade de vento acima da velocidade nominal.

Outros componentes presentes em um SCEE são os diferentes sensores, que incluem o cata-
vento, o anemómetro, sensores de velocidade ou posição, bem como sensores de tensão e
sensores de corrente. O cata-vento e utilizado para medir a direção do vento e em seguida, ajustar
o sistema de yaw. O anemómetro e usado para medir a velocidade do vento, para que seja
possível rastrear o ponto de máxima potencia ou fornecer potencia nominal, por meio do sistema
de controle do ângulo pitch.

Principais componentes de um SCEE.


(Eficiência na Conversão)

- Letícia…

Referencias Bibliográficas

GLOBAL WIND ENERGY COUNCIL – GWEC. Global wind report 2015: annual market
update. Bruxelas: GWEC, 2016. 76p. Disponível em:
http://www.gwec.net/wp-content/uploads/vip/GWEC-Global-Wind-2015-
Report_April2016_22_04.pdf.

TWIDELL, J.; WEIR, T. Renewable energy resources. Abingdon: Routledge, 2015. 816p.

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