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CONVERSÃO ELETROMECÂNICA
DE ENERGIA
Sumário
INTRODUÇÃO..................................................................................................................................... 2
ASPECTOS CONSTRUTIVOS ................................................................................................................. 3
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DOS GERADORES SÍNCRONOS ........................................................ 6
REGIMES DE OPERAÇÃO – PARÂMETROS ........................................................................................... 8
CIRCUITO EQUIVALENTE DA MÁQUINA SÍNCRONA ............................................................................10
O BARRAMENTO INFINITO ................................................................................................................12
CONEXÃO DO GERADOR SÍNCRONO AO BARRAMENTO INFINITO ......................................................16
O CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO - CAG ...............................................................................25
MECANISMO CARGA FREQÜÊNCIA ....................................................................................................28
INTRODUÇÃO
Três tipos de máquinas síncronas são utilizados em sistemas de energia elétrica: geradores, motores
e compensadores síncronos. Praticamente toda a potência ativa consumida no Sistema Elétrico de
Potência é gerada por meio de geradores síncronos. A utilização de motores síncronos é menos
difundida. Já os compensadores síncronos são utilizados na compensação de potência reativa, pois
essas máquinas operam com potência ativa nula, ou seja, não são geradores nem motores.
Máquinas síncronas são utilizadas, primariamente, como geradores de potência elétrica. Neste caso
elas são denominadas de “geradores síncronos” ou “alternadores”. Elas são usualmente grandes
máquinas geradoras de potência elétrica instaladas em plantas (usinas) hidrelétricas, nucleares ou
termelétricas.
Os geradores síncronos são acionados por turbinas hidráulicas ou a vapor. No caso das turbinas
hidráulicas, a fonte primária de energia é a energia potencial armazenada nos reservatórios. Já nas
turbinas a vapor, a fonte primária de energia, geralmente a energia potencial química, é utilizada na
produção do vapor, o que pode ser feito por queima de combustível (carvão, óleo, gás, renovável ou
nuclear).
As usinas hidráulicas utilizam barragens para elevar o nível da água e garantir a pressão necessária
para mover as turbinas. As barragens podem também ter o papel de formar reservatório de
acumulação e podem ter longos períodos de operação (ciclos plurianuais de captação e de depleção,
como é o caso do reservatório de ilha solteira, por exemplo). Existem também as chamadas usinas
tipo “fio d’água”, nas quais a capacidade de armazenagem de água é limitada (ciclos diários de
operação, por exemplo). Não existe, entretanto, relação direta entre a capacidade de geração
instalada em uma usina e a capacidade de armazenagem de energia em seu reservatório: Itaipu, por
exemplo, uma das maiores usinas em operação, tem um reservatório tipo “fio d’água”.
O custo de operação de usinas hidráulicas é relativamente barato quando comparados com a maioria
dos outros tipos de usinas que queimam algum tipo de combustível. Já os investimentos necessários
são relativamente elevados, e considerando-se que “capital” é um bem escasso e de custo elevado,
pode-se avaliar as dificuldades de se desenvolver um sistema nesse tipo de aproveitamento. Os
geradores síncronos acionados por turbinas hidráulicas usualmente são de polos salientes e
funcionam em rotações relativamente baixas quando comparados com turbinas a vapor, o que
reflete num elevado número de polos em alguns geradores de polos salientes.
As usinas térmicas utilizam vapor produzido em caldeiras que queimam algum tipo de combustível.
No caso do carvão, por exemplo, a energia primária está originalmente na forma de energia potencial
química e é transformada, pela queima, em energia térmica do vapor aquecido e em alta pressão
que, por sua vez, produz energia mecânica de rotação ao passar pelas aletas da turbina. Desse ponto
de vista, não existe grande diferença entre os vários tipos de fonte primária utilizados na produção
de vapor, pois, até mesmo no caso das usinas nucleares, esse mecanismo básico continua válido. Os
geradores síncronos acionados por turbinas a vapor normalmente têm polos lisos e funcionam em
rotações relativamente altas quando comparados com turbinas hidráulicas, e conseqüentemente
fazendo-se com que o número de polos seja relativamente menor que no caso de turbinas
hidráulicas.
O torque mecânico no eixo de uma máquina síncrona se deve à interação de dois campos
magnéticos girantes. Um desses campos é produzido pela corrente no enrolamento de campo que se
move a uma velocidade constante (localizado no rotor da máquina síncrona), e o outro campo
girante é produzido pelas correntes trifásicas nos enrolamentos da armadura (fixos no estator).
A potência mecânica no eixo de uma máquina é medida pelo produto da velocidade angular do rotor
pelo torque [P = ω. T]. No caso do gerador, o torque mecânico é fornecido pela turbina. No caso do
motor o eixo da máquina é que fornece um torque a uma carga mecânica ligada ao seu eixo.
A geração de energia elétrica em grandes blocos processa-se pela ação de máquinas rotativas que
acionadas mecanicamente por uma máquina primária (turbina hidráulica, a vapor, a gás, ou máquina
de combustão interna, ou turbina eólica) produzem através de campos de indução eletromagnéticos,
uma onda senoidal de tensão com freqüência fixa e amplitude definida pela classe de tensão do
gerador. Uma máquina síncrona gira numa velocidade constante em condições de regime
permanente. Diferentemente das máquinas assíncronas, o campo girante no entreferro e no rotor
giram na mesma velocidade, e é denominada “velocidade síncrona”.
A palavra “síncrona” significa que o campo girante no entreferro tem a mesma velocidade angular
que a do rotor. A freqüência da tensão induzida é diretamente proporcional ao número de polos e a
velocidade de rotação do rotor. A freqüência é determinada por:
Onde:
f: freqüência elétrica [Hz]
n: velocidade síncrona [RPM]
p: número de polos da máquina.
ASPECTOS CONSTRUTIVOS
Basicamente, uma máquina síncrona é composta de duas partes: estator, ou armadura e rotor. O
estator de uma máquina síncrona trifásica tem um enrolamento trifásico distribuído, similar a uma
máquina de indução trifásica.
O enrolamento do estator, o qual é conectado a um sistema de suprimento AC, é denominado de
“enrolamento de armadura” ou “enrolamento de estator”, e é designado para tensões e correntes
alternadas elevadas.
O rotor é equipado com um enrolamento excitado com corrente contínua DC, denominado
“enrolamento de campo”, que age como um eletroímã, ou seja, produz um fluxo magnético
constante por polo. Quando o rotor gira e o enrolamento de campo é excitado com corrente
contínua, por meio de anéis deslizantes e escovas, um campo magnético girante aparece no
entreferro da máquina, entre o rotor e a armadura. Como a armadura é constituída por um
enrolamento trifásico uma força eletromotriz (FEM) variável no tempo é gerada pelo campo
magnético, com base nos princípios da Lei de Faraday.
A estrutura básica de uma máquina síncrona está ilustrada conforme figura 1 a seguir:
Figura 02 - gerador trifásico elementar a) rotor cilíndrico de dois polos, e b) rotor de polos salientes de quatro polos.
O ponto preto indica que o sentido positivo da corrente está dirigido para fora do plano do papel.
A cruz indica que o sentido positivo da corrente está dirigido para dentro do plano do papel.
A alta velocidade de rotação do rotor produz elevada força centrífuga, a qual impõe um limite
superior ao diâmetro do rotor. No caso de um rotor girando a 3600 rpm, o limite elástico do aço
impõe um diâmetro máximo de 1,5m. Por outro lado, para construir geradores de elevada potência
(1.000MVA a 1.500MVA) o volume do rotor tem de ser grande. Para isso os rotores de alta potência,
alta velocidade são bastante longos.
Já os rotores de “polos salientes” têm enrolamentos concentrados nos polos e um entreferro não
uniforme. Pelo fato de operarem com baixa velocidade rotacional possuem um grande número de
polos, geralmente com mais de 50 para garantir uma freqüência de 60 Hz, o que implica num grande
diâmetro para prover o espaço necessário ao acondicionamento dos polos, conforme figura 04.
Os rotores de polos salientes são em geral acionados por turbinas hidráulicas (hidro-geradores) de
baixa velocidade (entre 50 e 300 rpm) a fim de extrair a máxima potência de uma queda d’água.
A eficiência dos geradores é muito importante. Geradores síncronos em plantas de potência podem
atingir 99% de eficiência. Isto significa que para uma máquina de 600 MW que possui essa eficiência,
produz 6 MW de calor, portanto, essa máquina precisa ser refrigerada.
Grandes turbo-geradores em plantas térmicas são refrigerados por meio de hidrogênio ou água. O
hidrogênio tem sete vezes a capacidade de refrigeração em relação ao ar, e a água doze vezes. O
hidrogênio ou a água fluem através de cavidades específicas no interior dos enrolamentos do
estator.
A refrigeração equaliza a distribuição da temperatura no gerador, porque pontos quentes de
temperatura afetam o ciclo de vida da isolação elétrica. A evolução dos grandes turbo-geradores tem
sido determinada por melhores materiais e técnicas de refrigeração sofisticadas.
Já os geradores de baixa velocidade em plantas hidráulicas são sempre maiores que máquinas de alta
velocidade de igual potência em plantas de térmicas, e um bom sistema de ar refrigerado com
trocadores de calor, usualmente é empregado nesses geradores.
Conforme a figura 05a, assumindo que uma corrente de campo (If) flua através do enrolamento de
campo do rotor, e que o rotor seja acionado por uma máquina primária (turbina ou motor diesel ou
DC, ou motor de indução), será estabelecido um fluxo senoidal distribuído no entreferro, ou seja, um
campo girante estabelecido por um fluxo é produzido no entreferro. Este campo é denominado
“campo de excitação”, porque ele é produzido por uma corrente de excitação contínua (If). O fluxo
girando, produziria, então, variações pelos enrolamentos do estator aa’, bb’ e cc’, e como
conseqüência, haveria a indução de tensões em seus terminais. Essas tensões induzidas (Eg),
conforme figura 05b, tem a mesma magnitude, mas estão defasadas de 120° elétricos.
; onde: “n” é a velocidade do rotor [rpm], “p” é o número de polos e “f” é a freqüência
[Hz].
O valor eficaz da tensão de excitação é dado por:
Onde: “Øf” é o fluxo por polo para uma corrente de excitação; “N” é o número de espiras do
enrolamento para cada fase, e “Kw”é o fator de enrolamento.
Das equações anteriores, tem-se:
Se os terminais do estator da máquina (figura 01c) estão conectados a uma carga trifásica, fluirá uma
corrente Ia pelo estator. A freqüência de Ia será a mesma que a da tensão de excitação Eg . As
correntes estatóricas fluirão nos enrolamentos trifásicos, as quais estabelecerão um campo
magnético girante no entreferro. O fluxo no entreferro é resultante dos fluxos produzidos pela
corrente rotórica If e pela corrente estatórica Ia.
Sendo Øf o fluxo decorrente de If e Øa o fluxo decorrente de Ia , conhecido como fluxo de reação de
armadura, então:
Ør = Øf + Øa = fluxo resultante no entreferro (em condição de não saturação do núcleo).
Pode-se notar que a resultante e a componente dos fluxos no entreferro giram na mesma velocidade
dada por n = 120.f/p. O diagrama fasorial para estes fluxos é mostrada na figura 07. A Fmm do
campo do rotor Ff (decorrente de If ) e o fluxo Øf produzido pela Fmm Ff estão representadas ao
longo da mesma linha. A tensão induzida Eg está atrasada de 90° em relação ao fluxo Øf e a corrente
estatórica Ia está atrasada θ graus em relação à tensão Eg .
A Fmm Fa (decorrente de Ia) e o fluxo Øa produzido pela Fmm Fa estão ao longo do mesmo eixo,
assim como a corrente Ia . Considerando-se que o núcleo não irá saturar o fluxo resultante Ør é a
soma vetorial dos fluxos Øf e Øa.
Uma máquina como tal, conforme citado, possui uma série de parâmetros a serem especificados,
durante o seu projeto construtivo. Entre os vários que acompanham tal procedimento, podemos
mencionar aqui alguns dos principais, tais como:
Potência nominal [ kVA ].
Tensão nominal [ kV].
Classe de Isolação [kV].
Freqüência nominal [Hz].
Corrente nominal [A].
Fator de potência nominal.
Corrente de excitação nominal [A].
Tensão nominal de excitação [V].
Reatância síncrona nominal para os diferentes regimes de trabalho (Permanente - RP,
Transitório - RT e Sub-transitória - ST).
Limites operacionais: estatórico (térmico), rotórico (excitação), mecânico (turbina), etc.
Assim sendo, esta máquina síncrona pode operar em condições tais que, a carga por ela atendida
seja definida em Regime Permanente (RP), em concordância com os seus valores nominais e,
portanto a reatância que a representará nesse caso será a reatância síncrona nominal (Xs). Esse
procedimento será adotado na representação da máquina síncrona durante os estudos de Fluxo de
Potência em Regime Permanente (RP).
Se eventualmente, esta máquina síncrona estiver operando em paralelo (mesmo nível de tensão)
com outras num barramento comum (usinas), ou então, interligadas através de uma barra de
sincronismo com outras fontes externas (concessionárias indústrias) estabelecendo situações de
paralelismo remoto, onde podem ocorrer entradas e saídas de cargas de valores expressivos, isso
pode induzir a pequenas oscilações na operação da máquina síncrona e nesse caso, a reatância que a
representa, não é mais a síncrona e sim, um valor transitório, denominado de reatância transitória
(X’s), ligeiramente inferior à anterior Xs e que será usada nas simulações dinâmicas de sistemas
envolvendo oscilações transitórias em redes. Essa ação é caracterizada como Regime Transitório
(RT).
Porém, se durante tal operação ocorrer um curto-circuito próximo aos terminais da máquina
síncrona, um corte brusco da carga atendida ocasionará a elevação instantânea da corrente a valores
muito maiores que o nominal. Isso é justificado por uma variação brusca do fluxo interno da máquina
síncrona, implicando na redução do nível de permeabilidade magnética do ferro e conseqüente
queda no valor da indutância, acarretando, portanto, uma redução no valor da reatância que a
representa nessas condições. Essa reatância é denominada de reatância sub-transitória (X”s) a qual
representa a máquina síncrona nas condições críticas de curto-circuito, operando no Regime Sub-
transitório (RS).
Assim, durante os estudos de representações de máquinas para efeitos de cálculos de estabilidade,
fluxo de carga, de curto-circuitos, sejam eles terminais ou não, os parâmetros representativos da
máquina síncrona são diferentes.
Existem vários modelos que permitem se fazer tais representações, como as clássicas modelagens
por componentes de fases para as máquinas síncronas de polos lisos, ou pela modelagem das duas
reatâncias Xd e Xq para as máquinas síncronas de polos salientes, ou ainda, pelas relações
estabelecidas por meio da teoria das componentes simétricas (sequência positiva, negativo, zero),
largamente usadas em estudos de operação desequilibrada da máquina síncrona.
De forma mais simplificada, pode-se resumir essa modelagem conforme mostrado na Figura 08,
abaixo:
Se o circuito de armadura for fechado por meio de uma carga, circulará por ela uma corrente que
produzirá perdas por efeito Joule na resistência do próprio enrolamento, e também pela existência
de fugas magnéticas em torno dos condutores. Estes efeitos, semelhantes aos que se verificavam
para outros tipos de máquinas, levam-nos ao modelo de circuito equivalente.
Figura 09 - o circuito equivalente por fase de um gerador síncrono sob condição de regime permanente.
Este modelo é usado para analisar o funcionamento em Regime Permanente tanto em motor, como
em gerador. Como se trata de regime permanente os transitórios ocorridos tanto no circuito de
excitação como no enrolamento amortecedor são desprezados. Trata-se de um modelo fase-neutro
(monofásico).
A tensão eg induzida pelo fluxo do enrolamento de campo (freqüentemente referida como tensão
gerada ou tensão interna) pode ser obtida da derivada do fluxo em relação ao tempo, multiplicada
pelo número de espiras do enrolamento, lembrando-se que o fluxo magnético tem um
comportamento senoidal [ Ø(t) = Ømáx sen t ], logo:
onde: “Øf” é o fluxo por polo para uma corrente de excitação; “N” é o número de espiras do
enrolamento para cada fase, e “Kw”é o fator de enrolamento.
Assim, um circuito equivalente em notação complexa está mostrado na figura a seguir, com seu
respectivo diagrama fasorial. Deve-se observar que a figura e a equação abaixo foram escritas com o
sentido de referência de Ia tomado como positivo quando a corrente está entrando nos terminais da
máquina. Isso é conhecido como sentido de referência do tipo motor para a corrente. Conforme
figura 10.
Figura 10 - Circuito equivalente de máquina síncrona com o sentido de referência do tipo motor e respectivo diagrama fasorial.
da máquina, conforme figura 11, a seguir. Com essa escolha de sentidos de correntes de referência
para a corrente do estator a equação torna-se:
Figura 11 - circuito equivalente de máquina síncrona com o sentido de referência do tipo gerador e respectivo diagrama fasorial.
Observe que essas duas representações são equivalentes, pois, quando se analisa uma dada
condição de operação em particular de uma máquina síncrona, a corrente real é a mesma. O sinal de
Ia será determinado simplesmente pela escolha do sentido de referência. Ambas as operações são
aceitáveis, não dependendo se a máquina síncrona sob análise está operando como motor ou como
gerador.
No entanto, na análise do funcionamento de um motor, como a potência tende a fluir para dentro
dele, intuitivamente, seja mais razoável escolher o sentido de referência em que a corrente flui para
dentro da máquina. O oposto, também é verdadeiro quando se analisa a máquina operando como
gerador. Nesse caso, a potência tende a fluir para fora da máquina.
Em sua maioria, as técnicas de análise de máquinas síncronas apresentadas foram desenvolvidas
inicialmente para analisar o desempenho dos geradores síncronos em sistemas elétricos de potência.
Como resultado, o sentido de referência do tipo “gerador” é mais comum.
Para efeito de facilidade de cálculo, normalmente se despreza a resistência do próprio enrolamento
(Ra) sem que alterações significativas sejam inseridas no resultado da análise, conforme figura 12.
Figura 12. Circuito equivalente simplificado por fase de Gerador Síncrono para Ra = 0.
O BARRAMENTO INFINITO
Geradores síncronos são raramente usados como fonte de suprimento de carga individual. Estes
geradores, em geral, são conectados a um sistema de suprimento de potência conhecido como
Barramento Infinito. Pelo fato de um grande número de geradores síncronos estarem conectados
juntos, a tensão e a freqüência do barramento infinito raramente mudam.
Cargas são derivadas do barramento infinito para vários centros de cargas. Um barramento infinito
típico é mostrado na figura 13.
A transferência da energia produzida nas plantas de potência (usinas hidrelétrica, por exemplo) até o
consumidor final é realizada por meio de linhas de transmissão a um nível de tensão elevado,
geralmente da ordem de centenas de kV, de forma a obter maior eficiência no processo de
transmissão. No entanto, a geração de energia elétrica em potência elevada é efetuada por meio de
geradores síncronos a um nível de tensão relativamente baixo, da ordem de 15 kV.
Um transformador de potência elevada é utilizado para elevar o nível de tensão de saída do gerador
de forma a compatibilizá-la ao nível de tensão do barramento infinito, para que a energia possa ser
transmitida aos centros de consumo, onde haveria a redução deste nível de tensão para níveis
compatíveis com o consumo residencial, comercial e industrial.
Nas plantas de potência os geradores síncronos são conectados ou desconectados do barramento
infinito dependendo da demanda de potência solicitada pelo sistema (consumo). A operação de
conexão de um gerador síncrono ao barramento infinito é conhecida como “paralelismo com o
barramento infinito”. Antes que se estabeleça o paralelismo do gerador síncrono com o barramento
infinito, é necessário que ambos estejam com o mesmo nível de tensão e ângulo de fase, bem como,
com a mesma freqüência e seqüência de fase.
Nas plantas de potência estas condições são verificadas por um instrumento conhecido como
“sincronoscópio”, conforme figura 14 a seguir:
Posição de
defasagem nula
Figura 14 – sincronoscópio
A figura 15 mostra o diagrama de ligação montado em laboratório para esse propósito. A máquina
primária pode ser um motor DC, ou um motor de indução. Ela pode ser ajustada para uma
velocidade tal que a freqüência do gerador síncrono seja a mesma que a do barramento infinito. Por
exemplo, se o gerador síncrono tem 4 polos, a máquina primária deve ser ajustada para 1.800 rpm
para que a freqüência seja de 60 Hz, a mesma que a do barramento infinito.
A corrente de campo If poderá, então, ser ajustada para que os dois voltímetro (V1 e V2) mostrem o
mesmo nível de tensão.
Se a seqüência de fase estiver correta todas as lâmpadas terão o mesmo brilho, e se as freqüências
não são exatamente a mesma as lâmpadas se acenderão e se apagarão em degraus.
Examinando-se o efeito das lâmpadas quando as condições adequadas não são satisfeitas é possível
efetuar uma análise do comportamento dos parâmetros do gerador síncrono frente ao barramento
infinito. O fenômeno pode ser explanado por meio dos diagramas fasoriais das tensões do gerador a
ser conectado e do barramento infinito, a seguir:
EA, EB, EC : representam a tensão fasorial do barramento infinito.
Ea, Eb, Ec : representam a tensão fasorial do gerador síncrono a ser conectado.
EAa, EBb, ECc : representam a tensão fasorial das lâmpadas de sincronização. A magnitude destas
tensões representa o brilho das correspondentes lâmpadas.
Conforme diagrama da figura 15 pode-se analisar diferentes situações entre a máquina síncrona a ser
conectada e o barramento infinito, com efeitos sobre as lâmpadas de sincronismo, as quais serão
descritas a seguir.
Uma vez que a máquina síncrona é conectada ao barramento infinito, sua velocidade não poderá
ser alterada novamente. Contudo, a transferência da potência ativa da máquina ao barramento
infinito poderá ser controlada por meio do ajuste da potência da máquina primária (turbina –
controle do fluxo de água ou vapor, por exemplo). A potência reativa (e por conseqüência o fator
de potência do gerador) poderá ser controlado por meio do ajuste da corrente de campo If .
Figura 16 - circuito equivalente de um gerador síncrono conectado a um barramento infinito (sistema) com o correspondente diagrama
fasorial; o gerador está acoplado ao sistema, mas não fornece potência.
Se mais vapor é fornecido à turbina poderia se esperar que o gerador acelerasse, mas isso não é
possível porque o gerador está conectado a um barramento infinito. É como se dois objetos
estivessem presos, um ao outro, por meio de uma mola elástica. O barramento infinito está numa
extremidade da mola e se move com uma velocidade constante, e o gerador síncrono está conectado
à outra extremidade da mola, conforme figura a seguir, na qual para a situação “a” não há potência
trocada entre gerador e sistema. O que aconteceria se mais vapor fosse fornecido à turbina, como
mostra a situação “b” da figura.
Figura 17 - gerador e sistema (barramento infinito) representado por dois objetos atados por uma mola elástica; a) nenhuma potência
trocada entre gerador e sistema (situação da figura 16), e b) o gerador injeta potência à sistema (situação da figura 18).
O torque mecânico suprido ao eixo do gerador pela turbina tenta acelerar o gerador, mas somente
estende sensivelmente a mola que está presa ao barramento infinito, e toda a energia extra é
transformada em energia elétrica e absorvida pela carga, ou seja, a máquina fornece potência à
sistema. Análogo à extensão da mola, a força eletromotriz interna do gerador (Eg) adianta-se à
tensão terminal (Vt).
Figura 18 - circuito equivalente de um gerador síncrono conectado a um barramento infinito (sistema) com o correspondente diagrama
fasorial; o gerador fornece potência ao sistema.
onde:
Ia : corrente [A]
Partindo desta expressão pode-se obter a expressão da potência ativa e reativa, por meio da
eliminação da variável Vt, conforme segue:
ou
Por outro lado, partindo da mesma expressão pode obter a expressão da potência ativa e reativa, por
meio da eliminação da variável Ia, conforme segue:
ou onde:
ou
Uma breve análise na equação da potência ativa observa-se que o seu sinal é determinado somente
pelo ângulo de potência ( ):
a) se > 0 P > 0, a máquina fornece potência ativa ao sistema, portanto é um GERADOR;
b) se = 0 P = 0, a máquina não fornece potência ativa ao sistema, portanto é um
COMPENSADOR; e
c) se < 0 P < 0, a máquina absorve potência ativa do sistema, portanto é um MOTOR;
Figura 19 - comportamento do Torque em função do ângulo de potência para motor e gerador síncrono
Por outro lado, e de forma similar uma análise aproximada na equação da potência reativa mostra
que o seu sinal é determinado pela seguinte relação:
se ; a máquina fornece potência reativa, e está “sobre-excitada”;
se ; a máquina não troca potência reativa com o sistema; e
se ; a máquina absorve potência reativa, e está “sub-excitada”.
Assim, com base nessas análises é possível construir um diagrama fasorial de tensão projetado em
eixos de potência ativa e reativa, conforme figura a seguir:
Na figura observa-se que o ponto de trabalho da máquina síncrona está indicado pelo ponto de cor
preta. Portanto, esta máquina injeta ambas potências (ativa e reativa) no sistema, e é, portanto, um
gerador sobre-excitado.
Para converter este diagrama fasorial de tensão em um sistema de coordenadas de potência ativa e
reativa, os fasores de tensão necessitam ser multiplicados por , conforme equações da potência
ativa e reativa.
Figura 21 - diagrama fasorial projetado num sistema de coordenadas de potência ativa e reativa trifásica
O ponto de trabalho da máquina síncrona é indicado pelo ponto preto, e a quantidade de potência
ativa e reativa que a máquina injeta no sistema pode ser lida facilmente no diagrama.
O gerador está limitado em sua saída e é conveniente para operação segura da máquina no
diagrama, dada uma tensão terminal constante (Vt). A região de operação do gerador síncrono está
limitada pelo máximo aquecimento permitido no estator (perdas ) e no enrolamento de
campo. Estes dois limites podem ser construídos para o diagrama fasorial conforme figura a seguir.
O comprimento dos dois fasores que indicam o ponto de trabalho corresponde à máxima corrente
permitida no enrolamento de estator (Ia) e à máxima corrente permitida no enrolamento de campo
(If ), pois If .
Assim, pode-se encontrar o limite de aquecimento girando os dois fasores ao redor do seu respectivo
ponto de origem, tal como os círculos descritos no diagrama, conforme ilustrado na figura anterior.
Na área confinada pelo semicírculo, o máximo aquecimento permitido no estator e no enrolamento
de campo, não poderá ser excedido.
Ademais, a região de operação do gerador síncrono não está somente restrita pelo máximo
aquecimento no estator e no enrolamento de campo, mas também por diversos outros fatores,
como por exemplo, pelo limite de estabilidade em regime permanente de funcionamento.
Como a potência ativa varia senoidalmente com o ângulo , logo, o gerador poderá ser carregado até
o valor limite (Pmax), conhecido como o “limite de estabilidade em regime permanente”. Quando o
ângulo torna-se maior que 90° o gerador perderia o sincronismo.
Para uma operação num determinado ponto de trabalho, conforme figura 24 a seguir, o ângulo de
potência () e o ângulo do fator de potência (Ø) são determinados. Os vários círculos mostrados
correspondem aos diversos valores de tensão de excitação (Eg). O ponto de máxima potência
representando o limite de estabilidade em regime permanente é uma linha horizontal, na qual =90°.
Em resumo, a máquina síncrona não pode funcionar em todos os pontos do interior do círculo sem
ultrapassar os seus limites estabelecidos. As restrições devem-se ao:
aquecimento do enrolamento de campo, provocado pela corrente de campo (If);
aquecimento do enrolamento do armadura, provocado pela corrente de armadura (Ia);
limite de potência da máquina primária;
limite de sub-excitação; e
limite de estabilidade estático.
A parte superior do eixo vertical na Figura 25 (I quadrante) indica a potência reativa (MVAr) suprida
ao sistema, enquanto a parte inferior (IV quadrante) indica a potência reativa (MVAr) absorvida pelo
gerador. Portanto, a curva da Figura 25 mostra três zonas de aquecimento que afetam a capacidade
de geração do equipamento. Entre os pontos:
A-B - Curva de limite de campo: indica a capacidade do gerador quando a corrente de campo
está a um valor máximo permissível devido às limitações térmicas dos enrolamentos de
campo.
B-C e D–E - Curva de limite de armadura: indica a máxima corrente de armadura permitida
devido às limitações térmicas dos condutores de armadura; a geração é limitada pelo
aquecimento nos enrolamentos do estator.
C-D - Curva de limite de potência da turbina (máquina primária), que está relacionada à
potência mecânica que o gerador poderá receber em seu eixo por meio da turbina. O limite
da fonte primária somente afeta a potência ativa, motivo pelo qual se trata uma reta paralela
ao eixo da potência reativa.
E-F - Curva de sub-excitação: corresponde ao menor valor de nível de excitação (If(mínimo) e
consequentemente, Eg(mínimo)), quando a máquina absorve potência reativa do sistema.
Reta horizontal passando pelos pontos (0; -3Vt2/Xs) - Curva de limite de estabilidade: indica a
máxima capacidade de absorção de potência reativa do gerador quando operando a fator de
potência adiantado.
S P 2 Q 2 3.Vt .I a
Uma potência aparente constante corresponde a um círculo centrado na origem de um plano P=f(Q),
como o da Figura 25, cujo raio é 3.Vt .Ia. Como Vt é mantido constante e Ia é considerado em seu
valor limite térmico, tem-se que a curva B-C e D-E define o limite de operação da máquina, além do
qual resultaria em sobre-aquecimento do estator.
Consideração semelhante pode ser feita para a primeira condição (a) de operação. Um círculo
centrado em P = 0 e Q = -3.Vt2/XS , e com raio igual a 3.Vt . Eg/Xs determina o limite de aquecimento
do enrolamento de campo na operação da máquina.
É comum especificar o valor nominal (potência aparente e fator de potência) da máquina como
sendo o ponto de interseção das curvas limites de aquecimento de armadura e campo.
Se uma unidade opera além de sua capacidade especificada, o excesso de calor no estator e no rotor
fará com que o isolamento dos enrolamentos se deteriore com rapidez. Isolamento exposto ao calor
intenso torna-se quebradiço, apresenta fissuras e pode eventualmente transformar-se em material
condutor.
Um Regulador Automático de Tensão monitora a tensão terminal do gerador e controla sua
excitação para manter a tensão nos terminais dentro de uma faixa especificada de tensão. O gerador
é protegido de gerar e absorver potência reativa além de sua capacidade através da proteção de
sobre-excitação e sub-excitação.
Um Controle Automático de Geração - CAG regula a velocidade e potência de saída do gerador para
garantir uma freqüência do sistema constante sob condições normais de operação.
O regulador de velocidade (RV) controla a “velocidade do gerador” para que seja mantida constante,
atuando sobre o registro (válvula) para controle do fluxo de entrada de água na turbina.
De acordo com a Figura 11 a equação do gerador síncrono operando em Regime Permanente é dada
para qualquer corrente de carga por:
Dependendo da impedância da carga, a corrente Ia em cada fase de um gerador síncrono pode ser
atrasada, em fase, ou adiantada da tensão terminal Vt.
Considerando um gerador ligado a um “barramento infinito” em que Vt é mantida constante, a
magnitude da tensão gerada Eg é controlada regulando a excitação do campo CC, por meio de If. À
medida que a magnitude do campo de excitação CC aumenta, a tensão gerada Eg e a potência
reativa de saída aumentam. Um limite na capacidade de potência reativa de saída é alcançado
quando a corrente de campo CC (If) atinge seu valor máximo permissível.
Quando o gerador está suprindo potência reativa ao sistema seu fator de potência está atrasado, ou
seja, o gerador vê o sistema como se fosse uma carga indutiva. Se a magnitude da f.e.m. gerada (Eg)
excede a tensão terminal, o gerador é dito estar operando no modo sobre-excitado. Ainda, pode
ocorrer um sobreaquecimento do rotor quando operando a um fator de potência atrasado.
À medida que o campo de excitação CC (If) diminui a magnitude da f.e.m gerada (Eg) diminui até
igualar-se à tensão terminal. Sob estas circunstâncias, o gerador é dito estar operando a uma
excitação normal aproximadamente a um fator de potência unitário.
Se a excitação de campo CC (If) é diminuída ainda mais, o gerador passará a absorver potência
reativa do sistema e o seu fator de potência estará adiantado. Nestas circunstâncias, a magnitude da
f.e.m gerada (Eg) é inferior à da tensão terminal, e o gerador estará operando no modo sub-
excitado. A capacidade do gerador em manter sincronismo sob estas condições é enfraquecida dada
que a corrente de excitação é pequena.
Portanto, a capacidade de produzir ou absorver reativos é controlado pelo nível de excitação.
Aumentando-se a excitação, aumentam os reativos produzidos.
Reduzindo-se a excitação, diminuem os reativos produzidos e o gerador passará a absorver reativo
do sistema. Por convenção, os reativos supridos pelo gerador recebem sinal positivo, ao passo que os
reativos absorvidos recebem sinal negativo.
As condições acima expostas podem ser representadas graficamente na Figura 27.
Essas considerações realçam e se prendem apenas à parte de Potência Ativa que envolve a operação
dessas máquinas. Entretanto, o fluxo magnético criado no campo está diretamente vinculado ao
valor da Potência Reativa fornecida pela máquina, e a relação entre essas duas potências, é
fundamental para efeito de análise e determinação de níveis limítrofes que orientam os ajustes dos
relés de proteção da mesma.
Para que esses procedimentos possam esclarecer e auxiliar a interpretação das condições operativas
dessas máquinas, recorre-se então aos diagramas P-Q (figura 28), bem como, às curvas de
capacidade da máquina síncrona. Observe que nos quadrantes I e IV tem-se a máquina síncrona
operando como gerador, sobre-excitado e sub-excitado respectivamente, enquanto que no II e III
quadrante tem-se a máquina síncrona operando como motor sobre-excitado e sub-excitado,
respectivamente.
Portanto, a passagem de operação do I para o II quadrante, pode representar um processo de
motorização de um gerador, colocando-o em operação como um motor sobre-excitado (situação
análoga a de um capacitor – gerador de reativo capacitivo para o sistema), enquanto que, uma
passagem do I para o IV quadrante, pode representar uma perda de excitação dessa máquina
síncrona, por exemplo, um curto-circuito no campo, uma abertura do disjuntor de campo, um
problema na excitatriz (regulador de tensão), etc.
Observa-se ainda que nessa condição representada pelo quadrante IV, a máquina síncrona ainda
continua operando como gerador, porém a natureza operativa agora é capacitiva, uma vez que com
a perda de seu próprio campo, há a necessidade de se buscar o reativo no sistema; outras
implicações decorrem com a perda de campo da máquina, tais como o aumento de corrente
estatórica e conseqüente aumento de sua temperatura, e ainda, observa-se que a máquina tem
tendência a se disparar, através da abertura do ângulo do rotor, isto é, a máquina síncrona perde o
sincronismo com o sistema e como conseqüência, se transforma em um gerador de indução, até que
a proteção de velocidade comande o seu desligamento do sistema.
Aqui se pretende examinar as razões pela qual a freqüência de um sistema tende a variar. A
freqüência está intimamente relacionada com o balanço de potência ativa no sistema inteiro. Sob
condições normais de funcionamento, os geradores do sistema giram em sincronismo, e, juntos
geram a potência que, a cada instante está sendo consumida por todas as cargas, mais as perdas
ativas de transmissão. Estas consistem em perdas ôhmicas nos vários componentes de transmissão,
em perdas por efeito corona nas linhas, e em perdas nos núcleos dos transformadores e geradores.
Deve-se lembrar que a energia está sendo transmitida com a velocidade da luz, e, uma vez que ela
não está sendo armazenada em nenhuma parte do sistema, concluímos que a taxa de produção de
energia deve ser igual à taxa de consumo mais as perdas do sistema.
Deve-se ressaltar que o funcionamento sincronizado dos geradores representa um estado estável do
sistema. Com a velocidade do gerador “amarrada” com a do restante do sistema pode-se controlar a
geração de potência ativa, controlando o torque aplicado ao gerador, pela máquina motriz.
Abrindo as entradas de água (caso de geração hidráulica) e, portanto, aumentando a pressão sob as
lâminas da turbina, aplica-se um torque maior ao gerador, tendendo a acelerá-lo. No entanto, a sua
velocidade está pressa a do resto do sistema, e o que ocorre é que o rotor avança seu ângulo de
rotação de uns poucos graus. Isso resulta o aumento na corrente e na potência fornecidas e, ao
mesmo tempo, a corrente cria um torque de desaceleração no interior da máquina, que é
exatamente oposto ao aumento do torque de aceleração.
No interior de cada gerador tem-se, assim, um delicado mecanismo automático de balanceamento
de torque. Se esse balanceamento fosse perfeito em todos os geradores, suas velocidades e,
portanto, a freqüência permaneceria constante. A maneira ideal de operar o sistema seria a
regulagem de todas as entradas de água, em valores que correspondam exatamente à demanda da
carga.
Mas todavia, a carga do sistema pode ser prevista apenas dentro de certos limites. Suas flutuações
são tais que se torna realmente impossível conseguir um perfeito equilíbrio instantâneo entre a
geração e demanda, e esse constante desequilíbrio causará flutuações de freqüência.