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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

DIAMANTINA – MINAS GERAIS


INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Modelagem de Materiais Compósitos

Discentes:
Arthur de Carvalho Laini (20191026002)
Elidaiany Silva Santos (20191026007)
Luiz Gustavo Batista Figueredo (20191026011)
Lucas Araújo Rocha (20172026019)
Gabriel Rezende Batista (20192026008)
Marcos Henrique Palma Lopes (20191026012)

Docente:

Thiago Henrique Lara Pinto

Trabalho referente à Disciplina EME102 –


Modelagem de materiais Compósitos do curso de
Engenharia Mecânica, 1° semestre de 2021.

Diamantina
2021
1. Disserte sobre materiais compósitos levando em conta suas características quanto a
existência de isotropia e/ou anisotropia (ou níveis intermediários) e
homogeneidade/heterogeneidade, para:constituintes isolados do material (matriz,
reforço) material composto (matriz reforçada por fibras longas).

Considerando os constituintes isolados do material, a fase de reforço é apresentada na


forma de fibras contínuas ou curtas, partículas de várias formas ou fibras discutidas, o que
determina a resistência e dureza de um compósito. Nisso, é desejável: alta resistência, alta
rigidez e baixa densidade relativa. Note que ela é uma fase descontínua, como mostra a figura
abaixo:

Figura 1: ... (Referência)


Compósitos particulados: partículas de tamanhos variados e formato aleatório disperso
dentro da Matriz. devido esta aleatoriedade de distribuição, elas são consideradas como quase-
homogêneos e quase isotrópicos numa escala muito maior que o espaço e tamanho da partícula.
no caso dos nanocompósitos polímero argila, devido algum grau de paralelismo, ela poderá ser
considerada anisotrópica.
Compósitos descontinuamos ou fibra curta: estas fibras curtas podem ser bastante
longas quando comparadas com seu diâmetro, além de poderem estar orientadas ao longo de
uma única direção ou orientadas aleatoriamente. No primeiro caso, o composto é considerado
como anisotrópico ou ortotrópico, já no segundo caso quase- isotrópicos, além de serem quase
homogêneos.
Compósitos de fibras contínuas: reforços ocorrem ao longo de fibras conte-nos e são
mais eficientes considerando rigidez e resistência. as fibras podem ser todas paralelas ( fibras
contínuas unidirecionais), perpendicularmente umas às outras ( fibras contínuas de tecido
1
Cruzado) ou orientadas em várias direções. Neste último caso, o material é considerado um
quase isotrópico e quase homogêneo.
Ainda neste item os compósitos reforçados com fibras podem ser classificados quanto
a sua matriz usada: polímero, metal, serão cerâmicas e carbono.
Compósitos de Matriz polimérica: inclui resinas termossensíveis ou termoplásticas,
reforçadas com vidro, carbono, aramida (Kevlar). são usadas em baixa temperatura de
aplicação.
Compósitos de Matriz de metal: consiste de metais ou ligas reforçadas com Boro,
carbono ou fibra de cerâmica. sua temperatura de uso é limitada pela temperatura de fusão e
amolecimento do metal.
Compósitos de Matriz de cerâmica: Matriz de cerâmica reforçadas com fibra de
cerâmica, e são adequadas para aplicação de alta temperatura.
Compósitos de Matriz de carbono: Matriz de carbono ou grafite reforçadas com fio de
grafite ou tecido, possui alta rigidez e moderada ou baixa resistência à altas temperaturas junto
com a baixa expansão térmica e densidade.
Considerando qualquer uma das matrizes acima reforçadas por fibras longas (ou
contínuas), o material poderá ser quase isotrópico e quasi homogêneo se suas fibras estiverem
dispostas aleatoriamente, ou também serem anisotrópicas se forem dispersas de modo orientado
(também ditas ortotrópicas). Uma lâmina é constituída pelas fibras de reforço envolvidas numa
matriz, logo é um material heterogêneo, mas que pode ser determinado homogêneo
determinando suas propriedades com base na propriedade dos seus constituintes.

2. Diferencie micromecânica (nível dos constituintes) e macromecânica (nível da lâmina) de


materiais compósitos e relacione as propriedades dos materiais em cada um destes dois
níveis.

A micromecânica é o estudo das interações dos constituintes, onde a escala de


observação é da Ordem do diâmetro das fibras do tamanho da partícula ou dos interstícios da
Matriz entre os reforços, lidando com deformação e tensão dos componentes e falhas locais
como falha de fibra (tração, flambagem e rachadura), falha de Matriz (tração, compressão e
cisalhamento) e falha de interface de fase (descolamento, falha interfiber). Ela é
particularmente importante no estudo de propriedade como mecanismos de falha e resistência,
tenacidade à fratura e Vida de fadiga (todas influenciadas por características locais que não

2
podem ser Integradas ou calculadas). Além disso, permite prever o comportamento médio no
nível da lâmina considerando as condições apresentadas.
A macromecânica, por sua vez, considera o nível da lâmina homogêneo, embora
anisotrópico, e o uso das propriedades médias na análise. considera-se aqui então o laminado
unidirecional como um material quase homogêneo e anisotrópico com suas próprias
propriedades de rigidez e resistência. assim, o critério de falha é expresso em termos da tensão
média e forças globais, mas sem referências às quaisquer mecanismos de falhas locais
específicos (assume-se então que o material é continuar, sendo recomendado no estudo do
comportamento geral elástico, viscoelástico e hidrotermal dos laminados e estruturas
compostas). Por fim, a macromecânica é aplicada na teoria da laminação, que trata do
comportamento geral como uma função das propriedades da lâmina e da sequência de
empilhamento.

3. Defina Matrizes termofixas (“thermoset”) e Matrizes termoplásticas (“thermoplastic”).


Cite vantagens, desvantagens e aplicações.

Matrizes termofixas
As matrizes termofixas são compostos que possuem cadeias poliméricas ligadas por
reticulações ou ligações cruzadas, com isso, possuem forças de atração intermoleculares
primárias. Quando sofridas forças elevadas sofrem o emprego de temperatura, o que ocasiona
o rompimento dessas ligações e degrada a propriedade polimérica. (POLYEXCEL, 2020)
Muito utilizado em fabricação, como por exemplo engrenagens, fios e cabos, tanques e
peças, dentre outros. Também pode aparecer no mercado em peças de uso pessoal, como roupas
e tecidos, solados de calçados e colchões. (POLYEXCEL, 2020)

Matrizes termoplásticas
Segundo Figueira et al. (2014) Os termoplásticos são mais conhecidos como “plástico”.
Mesmo sabendo que os polímeros termoendurecíveis são muito mais utilizado como matriz
para compósitos avançados, nos dias atuais a utilização de matrizes termoplásticos têm crescido
muito e aumentado a sua utilização pelas suas propriedades e características, como:
● tenacidade
● maior temperatura de serviço
● maior resistência ao impacto

3
● fractura
● possui uma menor absorção de umidade
● maior tolerância a danos
● menor custo de processamento em grande escala
● maiores possibilidades da integração e da reciclagem dos próprios rejeitos em
relação aos termoendurecíveis tradicionalmente utilizados.

Algumas Vantagens e Desvantagens

Figura 2: Vantagens e desvantagens (FIGUEIRA et al., 2014)

Figura 3: Vantagens e desvantagens (FIGUEIRA et al., 2014)

4. Relacione as propriedades de uma lâmina e compare com as de um material isotrópico.


Uma lâmina é constituída por uma camada de fibras unidirecionais ou tecidas
mergulhadas em uma matriz. As direções principais da lâmina são 3: direção longitudinal à

4
fibra, direção transversal à fibra no plano da lâmina e direção perpendicular ao plano da lâmina.
O ângulo de laminação de uma lâmina é caracterizado pelo ângulo entre a direção da fibra e o
eixo “x” do sistema e depende do sistema de coordenadas utilizado. A orientação da lâmina
também depende do sistema de referência adotado (ALMEIDA, 2017).
Por sua vez, materiais isotrópicos, são aqueles que apresentam propriedades físicas
homogêneas independente da direção considerada.
Dessa forma, uma lâmina unidirecional pode se enquadrar nesta definição em casos
onde o sistema de referência for coincidente com as direções principais do material
(ALMEIDA, 2017).

5. Defina: (Utilizando o livro (DANIEL; LSHAI, 2006))


Falha da Primeira Lâmina - FPL (inicial) (“First Ply Failure - FPF”): Para esse critério,
um laminado é considerado com falha quando a primeira lâmina (ou grupo de lâminas) falha.
Isso é determinado pela condução de análise de stress do laminado sob as condições de
carregamento dadas, determinando o estado de tensão em cada camada individual, e avaliando
a resistência de cada camada aplicando um selecionado critério de falha. Isso pressupõe que
uma camada, ou lâmina, dentro do laminado tem as mesmas propriedades e se comportam da
mesma maneira que uma lâmina unidirecional isolada. Isso é questionável, porque as
propriedades de uma lâmina em conjunto podem ser diferentes daquela de uma lâmina isolada.
Além disso, uma camada dentro do laminado está sob um estado de tensões residuais de
fabricação, e sua falha assume a forma de dano disperso (microcracking) ao invés de uma
grande falha localizada ou rachadura. No entanto, é aceitável usar propriedades de lâmina
isolada em teorias de lâmina existentes, para prever a falha da primeira lâmina (FPF). A
abordagem FPF é conservadora, mas pode ser usada com valores baixos fator de segurança.
Uma prática geral no projeto de estruturas primárias é manter as cargas de trabalho abaixo dos
níveis extremos, produzindo a falha na primeira lâmina.
Falha Última do Laminado - FUL (final) (“Ultimate Laminate Failure - ULF”): Nele se
compara as tensões (deformações) em cada lâmina até o máximo carregamento permitido, e o
laminado falha quando a última lâmina falhar. A previsão de falha do laminado envolve, além
de uma teoria de falha de lâmina, um esquema de dano progressivo. Após uma lâmina falhar, a
influência e contribuição dessa lâmina danificada nas outras restantes devem ser avaliadas até
a falha final do laminado de acordo com o esquema de dano progressivo adotado. A FUL é uma
metodologia mais avançada e requer um conhecimento mais preciso de condições de

5
carregamento e distribuições de tensão, e, portanto, é usado com valores elevados de fator de
segurança.
Falha interlaminar e interface matriz/reforçador: É um tipo especial de critério, onde
estabelece que a falha consiste na separação de lâminas contínuas, mesmo quando as próprias
lâminas permanecem intactas. Esta é uma forma comum de analisar falhas em bordas livres ou
em regiões de descontinuidades geométricas ou de carregamento. Esse método preditivo de
falha requer uma análise de stress tridimensional e experimental de falha, incluindo as
propriedades interlaminar de resistência e tenacidade do laminado.
6. Defina matematicamente e conceitue fração volumétrica de fibra, matriz e vazios
Fração volumétrica de Fibras
Segundo CbeciMat (2004) equações obtidas pelo modelo de Voigt (Voigt, 1987)
mostram que quanto maior a fração volumétrica de fibra mais elevada seria a resistência
mecânica do material, e consequentemente maior rigidez teria a estrutura.

A fração volumétrica de fibra em um compósito pode ser determinada por diferentes


metodologias (Carlsson & Pipes, 1997): microscopia óptica acoplada a uma análise de imagem,
digestão da matriz e queima da matriz. Padronizada pela (ASTM D3171-76) o método de
digestão da matriz consiste em dissolver a matriz em um meio adequado, o que depende do tipo
de matriz que forma o compósito. É de extrema importância que a fibra não seja atacada pelo
meio reacional. (CbeciMat, 2004)
Fração volumétrica de Vazio
A fração de vazio pode ser definida de diferentes formas. Podemos citara as três mais
usuais, a fração de vazio volumétrica, que relaciona os volumes de vapor e líquido ao longo de
um elemento de tubo onde o fluido está escoando, a fração de vazio seccional, definida a partir
das áreas de vapor e líquido em dada seção do tubo, e a fração de vazio cordal, representada
pelos comprimentos de vapor e líquido ao longo de uma corda em uma seção do tubo.
(PEREIRA, 2019)
Temos na figura abaixo uma representação dos métodos definidos acima.
6
Figura 4: Métodos (PEREIRA, 2019)

7. Descreva a sequência de empilhamento de cada um dos laminados.

a. [0]7: [0/0/0/0/0/0/0] - Unidirecional com 7 lâminas.


b. [0/±30/0]4s: [0/+30/-30/0/0/-30/+30/0/0/+30/-30/0/0/-30/+30/0] - Multidirecional,
simétrica.
c. [0/90]s: [0/90/0] - Em cruz, simétrica.
d. [±30]4: [+30/-30/+30/-30/+30/-30/+30/-30] - Em ângulo, assimétrico.
e. [0/±45/0]T: [0/+45/-45/0] - Multidirecional.
f. [0/(±15)3/0]T: [0/+15/-15/+15/-15/+15/-15/0] - Multidirecional
g.[±45]4s: [+45/-45/+45/-45/-45/+45/-45/+45/+45/-45/+45/-45/-45/+45/-45/+45] – Em
ângulo, simétrico.
h. [±30]T: [+30/-30] - Assimétrico, em ângulo.
i. [±45]T: [+45/-45] - Assimétrico, em ângulo.

j.[𝟎𝟐𝑲 /±𝟒𝟓𝑪 /𝟗𝟎𝑮 ]2s:


𝑲 𝑮
[𝟎 /𝟎𝑲 /+𝟒𝟓𝑪 /−𝟒𝟓𝑪 /𝟗𝟎𝑮 / 𝟎𝑲 /𝟎𝑲 /−𝟒𝟓𝑪 /+𝟒𝟓𝑪 /𝟗𝟎 / 𝟎𝑲 /𝟎𝑲 /+𝟒𝟓 𝑪
/−𝟒𝟓𝑪 /𝟗𝟎𝑮 /𝟎𝑲 /
𝟎𝑲 /−𝟒𝟓𝑪 /+𝟒𝟓𝑪 /𝟗𝟎𝑮 ]
- Multidirecional.

8. Qual o motivo da variação da seção de um corpo de prova para testes de tração em


materiais compósitos?
No ensaio de tração o corpo de prova é fixado por meio de suas duas extremidades.
Desta forma, os reforços têm como objetivo evitar a danificação do corpo de prova durante o
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processo de fixação dos mesmos e garantir que a falha do material durante o ensaio de tração
ocorra na área útil do corpo de prova que é uniforme.

9. Descreva os seguintes processos de fabricação de materiais compósitos:


• Laminação manual (“hand lay-up”);
O Hand Lay-up é um dos processos de fabricação mais simples e um dos primeiros
métodos adotados pelas indústrias, nesse processo a fibra de vidro é aplicada manualmente num
molde aberto, na forma de manta. (SERCEL, 2019)
O passo a passo, para a aplicação desse método é:
- Preparação do molde
- Aplicação do Gel Coat
- Aplicação da manta de fibra de vidro e resina
- Cura
- Desmoldagem da peça final

Figura 5 - Aplicação do Gel Coat e início da laminação. (SERCEL, 2019)

Figura 6 - Aplicação da resina. (SERCEL, 2019)

8
• Laminação com pré-impregnação de resina (“prepreg”);
Segundo Sippel et al. (2009), fitas prepregs são reforços com fibras contínuas pré-
impregnadas por resina polimérica. As fibras são de vidro, carbono ou aramídeas, em forma
contínua ou picotada, unidirecionais ou aleatórias. Pode ser tanto termoestáveis, com a resina
epóxi, como termoplásticos. Em geral a resina nos prepregs não contém espessantes, cargas,
pigmentos ou outros aditivos.
Para a fabricação dos prepregs o processo é iniciado com a colimeração de uma série
de mechas de fibras contínuas enroladas em uma bobina. Após isso as fibras são tracionadas
através de um banho de resina aquecida que possui viscosidade baixa de modo a proporcionar
a completa impregnação destas, agora é utilizado uma lâmina que espalha a resina de forma
uniforme sobre as fibras. Elas são então prensadas e sanduichadas entre folhas de papel de
liberação e de suporte utilizando rolos aquecidos, promovendo assim uma pré cura
(calandragem). As folhas de papel impregnado de silicone ou película de polietileno têm a
função de evitar aderência e são removidas no momento do uso. Ao final o prepreg é resfriado
e são cortadas as rebarbas e a fita é bobinada.(SIPPEL et al., 2009)

Figura 7 – Prepreg com fibra de carbono(SIPPEL et al., 2009)

• Deposição por pulverização (“spray-up”);


O processo de moldagem por uso de pistola (Spray-Up), é um processo que consiste no
passo anterior ao processo estritamente manual. Este processo é uma evolução da moldagem
por contato manual. (FELIPE , 2008)
Todo o processo acontece a partir da pulverização simultânea da resina e das fibras de
vidro através de um equipamento conhecido como pistola. As fibras de vidro são cortadas
durante o processo no comprimento desejado e são direcionadas por um jato de ar de um
compressor e depositado simultaneamente com a resina sobre a superfície do molde. Para evitar

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algumas deformidades, bolhas e outros efeitos indesejados é feita a compactação da camada de
resina e reforço aplicada de forma manual com rolo. (FELIPE , 2008)

Figura 8 - Equipamento utilizado no processo de moldagem por uso de pistolas (spray-up)


(FELIPE , 2008)

• Moldagem por ensacamento à vácuo;


O processo de moldagem a vácuo é utilizado na obtenção de peças com acabamento
superficial em ambos os lados, com isso, este processo é aplicado para produções em séries
pequenas. É necessário uma modelagem com o uso de moldes seccionados um macho e uma
fêmea, de modo a dar um acabamento liso de ambos os lados da peça. ( FELIPE , 2008)

Figura 9 -Modelagem à vácuo. ( FELIPE , 2008)

• “Filament winding”
Um dos processos de fabricação para a produção de peças utilizando materiais
compósitos, é o processo Filament Winding ou "Enrolamento Filamentar". Essa técnica
consiste em revestir uma superfície de um mandril, através do enrolamento de fibras contínuas
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sendo aplicadas a um banho de resina. As fibras utilizadas nesse processo geralmente feitas de
vidro ou carbono são montadas umas sobre as outras com uma trajetória predeterminada através
de modelagem matemática, para um posicionamento adequado, o que está diretamente
relacionado às propriedades mecânicas desejadas na peça final. (JUSTULIN, 2008)

Figura 10 - Simulação computacional de posicionamento de fibras.(JUSTULIN, 2008)


• Pultrusão (“Pulltrusion”)
Segundo Felipe (2008) o processo consiste em tracionar fibras impregnadas com resinas
através de moldes aquecidos, e é neste molde que se produz a polimerização da resina. Os perfis
obtidos por este processo são contínuos, maciço ou vazados, retilíneos ou curvos, porém de
seção constante.
Para este processo as vantagens consistem na produção contínua para séries elevadas,
pouca necessidade de mão-de-obra, grande variedade de perfis e grande variedade de
propriedades mecânicas em função da natureza e porcentagem de reforço utilizado. ( FELIPE ,
2008)

Figura 11 -Modelagem por Pultrusão ( FELIPE , 2008)

11
• Estampagem térmica.
O processo de estampagem a térmica une duas características desejáveis ao processo de
conformação de chapas: maiores deformações do material e elevada resistência mecânica à peça
final. Como é citado por Boff e Schaeffer (2020) isso se torna possível, pois o processo ocorre
a elevadas temperaturas, onde se tem um aumento da deformabilidade do material. Como
consequência do rápido resfriamento da peça estampada em contato com matrizes refrigeradas,
tem-se uma transformação metalúrgica que lhe confere elevado grau de resistência mecânica.

Figura 12 - Estampagem térmica.(BOFF; SCHAEFFER, 2020)

10. Descreva os passos do seguinte algoritmo, inserindo as principais equações a serem


implementadas, e descrevendo o processo e cálculos a serem realizados: Simplificar para
um caso de laminado unidirecional.
O algoritmo apresentado na imagem fornecida apresenta o seguinte passo a passo.
1. Fornecer os parâmetros básicos da lâmina: E1, E2, G12 e v12.
2. Calcular a rigidez das camadas [Θ]1,2 referidas ao eixo principal do material.

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3. Inserir a orientação dos eixos principais do material, Θk da lâmina k.
4. Calcular a rigidez do laminado transformado [Q]x,y da camada referida ao
sistema de coordenadas (x,y) do laminado a fim de encontrar as equações de
rigidez..
5. Inserir as coordenadas z(k) e z(k-1), através da espessura da superfície do
laminado k.
6. Calcular as matrizes de rigidez [A], [B] e [D] a partir das equações:

7. Calcular as matrizes de flexibilidade do laminado a partir das seguintes


equações:

8. Inserir as forças envolvidas no sistema [N]x,y e os momentos envolvidos no


sistema [M]x,y.
9. Calcular a deformação do plano de referência [ϵ]x,y e curvatura [k]x,y a partir
das seguintes equações:
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10. Inserir a coordenada através da espessura z do ponto de interesse no laminado
k:
● Laminados finos ou simétricos no plano do carregamento, usa-se o plano
médio Z=Z(k).
● Laminados com poucas camadas e camadas grossas sujeitas a
carregamento de flexão e tração, usa-se Z=Z(k) e Z=Z(k-1). Inseridos
com o intuito de determinar valores extremos de δ e ε nas superfícies
superior e inferior.
11. Calcular a deformação [ϵ]x,y na camada referente ao eixo principal do laminado
(1,2) através da seguinte equação:

12. Calcular a deformação [ϵ]1,2 da camada referente ao seu eixo principal


adotando: Θ>0 (medido no sentido anti-horário do eixo x(1)).

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13. Calcular a tensão [δ]1,2 da camada referente ao seu eixo principal a partir das
seguintes equações.

14. Inserir a força da lâmina [F]1,2 e calcular o coeficiente de Tsai-Wu através da


seguinte equação.

15. Calcular o fator de segurança da lâmina.

16. Deve-se encontrar o os fatores de segurança minimos.

15
17. Por fim, deve-se determinar a resistência do laminado e os fatores de segurança
do laminado.

11. Sendo que :

sabendo que,

16
Sendo assim, isolando os termos da matriz :

17
12. Mostre que um material cujas propriedades satisfazem a seguinte relação é
isotrópico: Sugestão: mostre que independe da orientação.
Um material ortotrópico é denominado transversalmente isotrópico quando um de seus
planos principais é um plano de isotropia, ou seja, em cada ponto existe um plano no qual as
propriedades mecânicas são iguais em todas as direções. Muitos compostos unidirecionais com
fibras embaladas em uma matriz hexagonal, ou perto dela, pode ser considerada
transversalmente isotrópica, com o 2-3 plano (normal às fibras) como o plano de isotropia. Este
é o caso com compostos unidirecionais de carbono / epóxi, aramida / epóxi e vidro / epóxi com
relativamente alto relações de volume de fibra. (DANIEL; LSHAI, 2006)

Figura 13: (DANIEL; LSHAI, 2006)


Com isso temos:

Além disso, os subscritos 5 e 6 são intercambiáveis;


portanto,

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Com isso, a simples transformação do estresse ilustrado na figura abaixo mostra que a
rigidez C, (ou conformidade S,) não é independente.

Figura 14: (DANIEL; LSHAI, 2006)

Considerando um elemento com lados paralelos ao 2 e 3 eixos (como na parte a da figura

acima) sob tensão de cisalhamento pura e a tensão de cisalhamento resultante


, temos a equação,

O estado de tensão é equivalente ao de um elemento girado em 45° e submetido a


tensões normais de tração e compressão iguais( parte b da figura),

resultando em deformação normal,

Assim temos a equação

ou

desde a

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devido à isotropia transversal.

Desse modo, as relações tensão-deformação para um material isotrópico


transversalmente são reduzidas a,

e as relações inversas são reduzidas a,

As relações acima mostram que um material ortotrópico com isotropia transversal é


caracterizado por apenas cinco constantes elásticas independentes.

Para um material isotrópico temos que:


Os materiais isotrópicos são aqueles em que a resposta do material será igual
independente da orientação de solicitação. Os compósitos que utilizam como reforço materiais
particulados (esferas de vidro, por exemplo) ou fibras curtas aleatórias no volume
tridimensional podem ser descritos pelo modelo apresentado abaixo. Com isso podemos
observar que a matriz rigidez apresentará somente duas variáveis independentes como pode ser
visto (OTANI, 2017)

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13. Um especimem é construído pela união, ao longo de uma extremidade, de dois
laminados unidirecionais com fibras a 0º e 45º em relação ao
carregamento. Dadas as propriedades abaixo, qual opção representa a
deformação final esperada? Prove numericamente sua resposta.

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22
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14. A rotação da matriz de flexibilidade (pré e pós multiplicação da matriz de
flexibilidade pela matriz de rotação), em um caso onde a fibra é alinhada com o
carregamento (), gera alguma influência em um caso de laminado unidirecional? Prove
matematicamente a sua resposta.
Assumindo 𝜃 = 0para um carregamento na mesma direção da fibra:

Figura 15: ... (REFERÊNCIA)


Dada a matriz de transformação:

(eq. 1)
24
Sendo que:

(eq.2)
Deste modo, para 𝜃 = 0º → 𝑚 = 0 𝑒 𝑛 = 1, a matriz de transformação resulta em:

Onde substituindo na (eq. 1), temos:


𝜎1 = 𝜎𝑥
𝜎2 = 𝜎𝑦
𝜏6 = 𝜏𝑠
Assim, nota-se que não há influência para um laminado unidirecional e essa notação
pode ser utilizada para verificar se a matriz obtida está correta, quando o problema em análise
estiver nesta condição especificada.

15. Explique os critérios de falha quando aplicados para laminados unidirecionais e


multidirecionais. Monte um algoritmo para cada caso, e explique o que seria necessário
para a extensão para o caso multidirecional.
Os critérios de falhas para laminados unidirecionais e multidirecionais têm como base
a resistência da lâmina aos carregamentos fundamentais. Com eles, é possível calcular a
resistência de um laminado quando submetido a um carregamento biaxial baseado na resistência
aos carregamentos fundamentais (ALMEIDA, 2017). Os carregamentos fundamentais são:

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Figura 16: ... (REFERÊNCIA)

Dentre os critérios de falhas mais utilizados, podemos citar: critério de tensão máxima,
critério de deformação máxima, critério de Tsai-Hill, critério de Tsai-Wu. A seguir será
apresentado cada critério de forma mais detalhada e um algoritmo para a implementação de
cada critério.

Critério de Tensão Máxima:


Caracterizado por poder ser aplicado somente nas direções principais da lâmina, a falha
para este tipo de critério acontece quando pelo menos um dos componentes de tensão atinge ou
ultrapassa a resistência referente àquele tipo de carregamento (ALMEIDA, 2017).
O critério pode ser governado pelas seguintes relações:

Os principais tipos de falha indicadas pelo critério de tensão máxima são:


● Falha por tração na direção longitudinal (fratura de fibras);
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● Falha por compressão na direção longitudinal (fratura de fibras);
● Falha por tração na direção transversal (trincas na matriz paralelas às fibras);
● Falha por compressão na direção transversal (trincas na matriz por cisalhamento);
● falha por cisalhamento (trincas na matriz paralelas às fibras).
Logo, para a aplicação deste critério deve-se seguir os seguintes passos:
● Determinar as tensões de interesse no laminado;
● Realizar a mudança de coordenadas das tensões, para as direções principais do material;
● Por fim, deve-se comparar as tensões calculadas com as tensões admissíveis.

Critério de Deformação Máxima


Assim como o critério anterior, o critério de deformação máxima também só pode ser
aplicado somente nas direções principais do laminado. Neste critério, a falha ocorre quando
pelo menos um dos componentes de deformação atinge ou ultrapassa a deformação máxima
admissível para determinado tipo de carregamento (ALMEIDA, 2017).
Neste critério procura-se analisar a deformação máxima do material ao invés da tensão
máxima suportada pelo mesmo. Logo, este critério não é equivalente ao critério de tensão
máxima mesmo que o laminado se comporte de forma linear até a falha (ALMEIDA, 2017).
O critério pode ser governado pelas seguintes relações:

Os principais tipos de falha indicadas pelo critério de tensão máxima são:


● Falha por tração na direção longitudinal (fratura de fibras);
● Falha por compressão na direção longitudinal (fratura de fibras);
● Falha por tração na direção transversal (trincas na matriz paralelas às fibras);
● Falha por compressão na direção transversal (trincas na matriz por cisalhamento);
● falha por cisalhamento (trincas na matriz paralelas às fibras).

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Logo, para a aplicação deste critério deve-se seguir os seguintes passos:
● Determinar as deformações de interesse no laminado;
● Realizar a mudança de coordenadas das tensões, para as direções principais do material;
● Por fim, deve-se comparar as deformações calculadas com as deformações máximas
admissíveis.

Princípio de Tsai-Hill
Proposto inicialmente por Hill, este princípio nos diz que: “o escoamento de materiais
dúcteis e anisotrópicos ocorre quando a seguinte relação é satisfeita.”

Posteriormente, Tsai adaptou o critério desenvolvido por Hill para que o mesmo pudesse
ser aplicado à fratura de compósitos ortotrópicos. Assim como os dois critérios anteriores, o
princípio de Tsai-Hill também só pode ser aplicado nas direções principais do laminado
(ALMEIDA, 2017).
Outra característica importante deste princípio é de que ele não indica o tipo de falha
que o material sofre. Ele é encarregado apenas de determinar a carga de fratura mas não o modo
de fratura (ALMEIDA, 2017).
Logo, para a aplicação deste critério deve-se seguir os seguintes passos:
● Determinar as tensões de interesse no laminado;
● Realizar a mudança de coordenadas das tensões, para as direções principais do material;
● Aplicar a equação que governa o princípio; se o valor for maior do que 1 ocorre a falha
do laminado.

Princípio de Tsai-Wu
Proposto por Tsai e Wu este critério de falha tensorial é baseado na seguinte equação:

28
Logo, quando a equação acima for satisfeita o material em análise irá falhar. Além disso,
este critério de análise pode ser aplicado utilizando qualquer sistema de referência (ALMEIDA,
2017).
Este princípio, assim como o princípio de Tsai-Hill, não indica o tipo de falha que o
material sofre. Ele é encarregado apenas de determinar a carga de fratura mas não o modo de
fratura (ALMEIDA, 2017).
Logo, para a aplicação deste critério deve-se seguir os seguintes passos:
● Determinar as tensões de interesse no laminado;
● Realizar a mudança de coordenadas das tensões, para as direções principais do material
ou calcular os tensores Fi e Fii no sistema de referência;
● Aplicar a equação que governa o princípio; se o valor for maior do que 1 ocorre a falha
do laminado.

16. Descreva os mecanismos de falha:

• Tração longitudinal
É a força aplicada em um corpo na direção longitudinal. A tração faz com que o corpo
se alongue no sentido da força e que sua seção transversal diminua. Basicamente o mecanismo
de falha de tração longitudinal, consiste na aplicação de forças em sentidos opostos no corpo,
como mostra a figura 17.

Figura 17: representação da aplicação da tração longitudinal. (Moura, 2010)

• Compressão longitudinal
Na compressão longitudinal a força é aplicada a um corpo na direção ao centro do
material na mesma direção das fibras do material, de forma que o corpo se comprima
longitudinalmente, fazendo o processo inverso da tração, como mostrado na figura 18.

29
Figura 18: representação da aplicação da compressão longitudinal. (Moura, 2010)

• Tração transversal
Basicamente o mecanismo de falha de tração transversal, consiste na aplicação de forças
em sentidos opostos no corpo com o sentido das fibras do material de maneira transversal, como
mostra a figura 19.

Figura 19: representação da aplicação de tração transversal. (Moura, 2010)


• Compressão transversal
Consiste na aplicação de forças a um corpo em direção ao centro do material, com as
fibras do material em sentido transversal do material, de forma que o corpo se comprima
transversalmente, fazendo o processo inverso da tração, como mostrado na figura 20.

Figura 20: representação da aplicação da compressão transversal. (Moura, 2010)

• Cisalhamento no plano
Ocorre quando o material está sujeito a um estado uniaxial de tensão de cisalhamento
no seu determinado plano. A deformação e/ou fratura por cisalhamento é devido ao
escorregamento dos planos atômicos, pode ser comparado ao escorregamento de um
empilhamento de cartas em um baralho.

30
O escoamento inicial está associado ao aparecimento da primeira linha de deslizamento
na superfície do corpo de prova e, conforme a deformação aumenta, mais linhas de
deslizamento aparecem até que todo o corpo de prova tenha escoado. Como mostra na figura
21.

Figura 21: representação de cisalhamento no plano. (Moura, 2010)

17. Descreva as teorias macro mecânicas de falha forçada em materiais compósitos e


compare com as focadas em materiais isotrópicos. (utilizando a referência (MOURA, 2005)
e notas de aula)

Para os materiais compósitos temos as seguintes teorias estudadas:


● Teoria da tensão máxima: Prevê a ruptura quando uma das componentes do tensor das
tensões atinge a tensão de ruptura correspondente. Deste modo, para evitar a ruptura há
que garantir que se verificam as seguintes desigualdades:

onde os valores numéricos das resistências à compressão são considerados positivos.

● Teoria da deformação máxima: A ruptura se dá quando uma das deformações atinge o


respectivo valor de ruptura. A condição de integridade exprime-se por:

31
● Teoria da energia de deformação desviadora (Tsai-Hill): Entre os mais utilizados, ele
deriva do critério de Hill de cedência plástica dos metais. Este, por sua vez, foi
desenvolvido a partir do critério de cedência de von Mises para metais isotrópicos, com
o objetivo de descrever a anisotropia resultante do encruamento. No caso mais geral de
solicitações tridimensionais, a fórmula do critério de Hill é:

Apesar de ter tido alguma popularidade, o critério de Tsai-Hill apresenta várias


deficiências ao nível da sua base teórica. De fato, são evidentes as inconsistências com
a formulação inicial de Hill de que deriva, e que contrariam os resultados experimentais
para compósitos.

● Teoria do tensor polinomial interativo (Tsai-Wu): Dadas diversas considerações,


obtém-se a fórmula do critério dito de Tsai-Wu:

Apesar de algumas limitações, o critério de Tsai-Wu é considerado um dos melhores


critérios atualmente disponíveis.

● Critério de falha de Hashin para materiais compósitos com fibras unidirecionais:


Amplamente utilizado, esse método se apresenta mais completo que os demais por
32
apresentar não apenas se o material irá falhar ou não mas também o tipo dessa falha que
ocorreu (tração, compressão) e se essa direção ocorreu para as fibras ou as matrizes.

Dado que os critérios isotrópicos, são estabelecidos com base na indiferença na direção na qual
a carga é aplicada, eles não são “bem aplicáveis” para os materiais compósitos, assim justifica-
se possuir critérios específicos para esses tipos de matérias. Segue resumidamente a
caracterização (já estudados em Resistência dos Materiais) de alguns critérios para materiais
isotrópicos:

● Teoria da tensão normal máxima (Rankine): Quando a tensão principal no material


crítico do componente atingir o mesmo valor da tensão de ruptura do corpo de prova, a
ruptura (ou propagação) do material ocorrerá.

● Teoria da tensão de cisalhamento máxima (Tresca): Quando a tensão de cisalhamento


máxima no ponto crítico do componente atingir o mesmo valor da tensão de
cisalhamento máxima do corpo de prova no momento do seu escoamento, num ensaio
de tração, tem-se o limite de referência do critério.

● Teoria da energia de distorção máxima (Von Mises): Quando a energia de distorção no


ponto de componente atinge o mesmo valor da energia de distorção do corpo de prova
no momento do seu escoamento, iniciar é também o escoamento do componente naquele
ponto.

33
18.

19. Retomando o seguinte algoritmo, insira as principais equações a serem


implementadas, e descreva o processo e cálculos a serem realizados. Descreva as
diferenças para a aplicação em laminados multidirecionais. ( Utilizando o livro DANIEL
& LSHAI)
Etapa 1: Estabelecer as propriedades básicas da lâmina (E1, E2, G12, V12).
Etapa 02: Calcular a matriz de rigidez [Q12] referente aos principais eixos do material,
usando as relações, através das equações.

Etapa 03: Inserir a orientação do eixo principal do material, 𝜃k , para matriz k.


Etapa 04: Calcular a matriz de rigidez transformada [Q]kx,y, da matriz k referente ao
sistema de coordenadas do laminado (x, y), usando:

Etapa 05: Inserir as coordenadas Zk e Zk-1 através das dimensões da matriz k.


Etapa 06: Calcular as matrizes de rigidez [A], [B] e [D], como segue abaixo:

34
Etapa 07:Calcular as matrizes de flexibilidade do laminado [a], [b], [c] e [d] usando a
equação:

Etapa 08: Inserir a carga mecânica, ou seja, as forças [N]xy e os momentos [M] xy
Etapa 09: Calcular as deformações do plano de referência [ 𝜀°]xy e curvaturas [k]

Etapa 10: Inserir a coordenada, Z, do ponto de interesse na matriz k. Para um laminado


que consiste em muitas camadas finas (em comparação com a espessura do laminado)
ou para qualquer laminado simétrico sob carregamento no plano, a coordenada do plano
médio da lâmina, Z = Z̅k, é usada. Então, as deformações e tensões calculadas são as
deformações e tensões médias através da matriz. No entanto, quando o laminado
consiste em poucas e espessas (em relação à espessura do laminado) camadas e é
assimétrico ou sujeito a flexão e torção, Z = Zk e Z = Zk-1 são inseridos a fim de
determinar os valores extremos do tensões e tensões nas partes superior e inferior da
matriz.
35
0
Etapa 11: Calcular as deformações da camada [𝜀 ]kx,y, referidas aos eixos de
referência do laminado (x,y):

0
Etapa 12: Calcular as deformações da camada [𝜀 ]k12, referidas aos eixos
principais da camada (1,2):

Etapa 13: Calcular as tensões da camada [𝜎]k12 referentes aos eixos principais da
camada (1,2):

Etapa 14: Inserir as resistências da lâmina [𝐹]1,2 e calcular os coeficientes de Tsai-Wu


𝑓𝑖 𝑒 𝑓𝑖𝑗 :

Etapa 15: Calcular os fatores de segurança da matriz 𝑆𝑓𝑘𝑎 e 𝑆𝑓𝑘𝑟 :

36
Etapa 16 a: Determine os fatores de segurança do laminado 𝑆𝑓𝑎 e 𝑆𝑓𝑟

Etapa 16 b: Determine os componentes de resistência do laminado [F]xy aplicando a


tensão unitária na respectiva direção de cada componente:

Para os laminado multidirecionais temos a diferença que entre as etapas 01, onde os
dados de entradas são unitários, nas etapa XXX como segue no algoritmo abaixo:

37
20.

38
21. Uma lâmina unidirecional é carregada sob compressão biaxial igual a 30 ° e - 60 °
com a direção da fibra como mostrado. Calcule o valor final usando a teoria de
deformação máxima para as seguintes propriedades:

39
R:

40
41
22.

42
43
23.

44
45
46
47
24.

48
49
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MOURA, Marcelo F. S. F. de; MORAIS, Alfredo B. de; MAGALHÃES, António


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