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CHOQUE ELÉTRICO:
Geraldo Kindermann define o choque elétrico da seguinte maneira: “É a perturbação de natureza e efeitos diversos que se
manifesta no organismo humano ou animal quando este é percorrido por uma corrente elétrica”.
O choque elétrico pode ocorrer pelo contato com um circuito energizado, por meio de um corpo carregado eletricamente ou
por uma descarga atmosférica.
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Riscos elétricos
INCÊNDIOS
POR
SOBRECARGA
INCÊNDIOS
CHOQUES
39%
ELÉTRICOS
56%
Número total de acidentes de origem elétrica (2020) Acidentes de origem elétrica (2020) 21
Riscos elétricos
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Provocado pela eletricidade estática Provocado pelo contato com parte viva Ocorre ao ser atingido diretamente por
presente em certas superfícies, do sistema elétrico. O efeito será uma descarga atmosférica, ou
decorrentes de atritos ou efeitos permanente até que a fonte de indiretamente, por meio de tensão de
capacitivos. Por ter curta duração alimentação seja desligada. Trata-se do passo ao estar próximo de onde
normalmente não oferece maiores choque mais convencional e também o ocorreu a descarga.
riscos mais perigoso, tanto pela intensidade
quanto pela duração do contato. 25
Riscos elétricos
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Riscos elétricos
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Riscos elétricos
Todo condutor ao ser percorrido por corrente elétrica aquece. Este efeito é conhecido como Efeito Joule e é calculado a partir
da seguinte equação: 𝐸 = 𝑅. 𝑖². ∆𝑡 O calor liberado aumenta a temperatura da parte atingida do corpo
𝐸 = 𝑃. ∆𝑡 𝑃 = 𝑅. 𝑖² humano, podendo produzir vários efeitos e sintomas, tais como:
𝐸 = 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 (𝑘𝑊ℎ);
• Queimaduras de 1º, 2º ou 3º graus nos músculos do corpo;
𝑃 = 𝑝𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 (𝑊);
∆𝑡 = 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 (ℎ); • Aquecimento podendo provocar derretimento dos ossos e
cartilagens, e do sangue, com sua consequente dilatação;
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Riscos elétricos
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Riscos elétricos
FATORES DETERMINANTES DA GRAVIDADE DO CHOQUE ELÉTRICO
A gravidade do choque elétrico depende de um conjunto de fatores, entre eles pode-se destacar: intensidade da corrente e da
tensão elétrica, a duração do choque elétrico, a frequência da corrente elétrica e o caminho percorrido pela corrente elétrica
no corpo humano.
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Riscos elétricos
FATORES DETERMINANTES DA GRAVIDADE DO CHOQUE ELÉTRICO
DURAÇÃO X INTENSIDADE DA CORRENTE ELÉTRICA NO CORPO HUMANO: Zonas Efeitos Fisiológicos
Percepção possível, mas geralmente não causa
AC-1
reação.
Provável percepção e contrações musculares
AC-2 involuntárias, porém sem causar efeitos
fisiológicos.
Fortes contrações musculares involuntárias,
AC-3 dificuldade respiratória e disfunções cardíacas
reversíveis.
Efeitos patológicos graves podem ocorrer
AC-4 paradas cardíacas, respiratórias e queimaduras.
Probabilidade de fibrilação ventricular.
Probabilidade de fibrilação ventricular
AC-4.1
aumentada até aproximadamente 5%.
Probabilidade de fibrilação ventricular
AC-4.2
aumentada até aproximadamente 50%.
Probabilidade de fibrilação ventricular acima de
AC-4.3
Zonas de efeito da corrente alternada (15 - 100 Hz) em uma pessoa, cuja 50%.
corrente atravessa seu corpo entrando pela mão esquerda e saindo pelo pé 32
Riscos elétricos
FATORES DETERMINANTES DA GRAVIDADE DO CHOQUE ELÉTRICO
TENSÃO E FREQUÊNCIA ELÉTRICA:
IEC 60990
Fibrilação
Classificação dos níveis de tensão. Norma UL101
ventricular
Extra Baixa Tensão ≤ 50 VCA / 120 VCC
Baixa tensão
𝑼 = 𝑹. 𝒊 Limiar de
𝑈 = 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜(𝑉); percepção
𝑅 = 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 (Ω);
𝑖 = 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝐴);
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Frequência (Hz) 33
Riscos elétricos
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Riscos elétricos
Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado por trabalhador capacitado e autorizado.
Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele capacitado, cujo estado de saúde foi avaliado, tendo
sido considerado apto para executar essa atividade e que possua anuência formal da empresa.
Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades em altura, garantindo que:
• os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional -
PCMSO, devendo estar nele consignados;
• a avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os riscos envolvidos em cada situação;
• seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal súbito e queda de altura, considerando
também os fatores psicossociais. 35
Riscos elétricos
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Riscos elétricos
A NR-10 define Área Classificada como “local com potencialidade de ocorrência de atmosfera explosiva”.
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Riscos elétricos
Descarga atmosférica sobre linha Sobretensões por indução de Indução de ondas eletromagnéticas no
aérea condutora (elétrica ou de sinal). ondas eletromagnéticas. solo (pode provocar tensão de passo). 41
Riscos elétricos
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Proteção contra choques elétricos
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
As pessoas e os animais devem ser protegidos contra choques elétricos, seja o risco associado a contato acidental com parte
viva perigosa (contato direto), seja a falhas que possam colocar uma massa acidentalmente sob tensão (contato indireto).
De modo geral, a proteção contra choques elétricos compreende dois tipos de proteção:
• Proteção básica
• Proteção supletiva
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Proteção contra choques elétricos
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
PROTEÇÃO BÁSICA: Meio destinado a impedir o contato com partes vivas perigosas em condições normais. Basicamente,
significa a proteção contra contatos diretos em partes vivas sob tensão. Exemplos de proteção básica:
• Limitação de tensão;
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Proteção contra choques elétricos
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
PROTEÇÃO SUPLETIVA: Meio destinado a suprir a proteção contra choques elétricos quando massas ou partes condutivas
acessíveis tornam-se acidentalmente vivas. Basicamente, significa a proteção contra contatos indiretos com massas que
ficam sob tensão devido a uma falha da isolação básica. Exemplos de medidas de proteção supletiva:
• Equipotencialização e seccionamento
automático da alimentação;
• Isolação suplementar;
• Separação elétrica.
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Proteção contra choques elétricos
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
ATERRAMENTO ELÉTRICO:
A terra é considerada um condutor natural por onde uma corrente elétrica pode se difundir. A sua resistividade varia muito
em função de sua composição, região, temperatura, etc. Um bom solo condutor é aquele cuja resistividade elétrica varia
entre 50 e 100 Ωm. Apenas para efeito de comparação, a resistividade média do cobre é 1,7.10-8 Ωm.
Denomina-se aterramento a ligação intencional de um sistema elétrico com a terra, seja por meio de condutor elétrico, seja
por meio de uma impedância ou resistência inserida no caminho da corrente. Há três tipos de aterramento:
• Aterramento funcional
• Aterramento de proteção
• Aterramento de trabalho
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Proteção contra choques elétricos
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
ATERRAMENTO FUNCIONAL: Consiste na ligação de um dos condutores do sistema elétrica á terra, normalmente o neutro,
com o objetivo de garantir segurança e confiabilidade à instalação.
O aterramento funcional assegura uma melhor estabilização da tensão da instalação em relação à terra durante seu
funcionamento normal e limita as sobretensões que surgem devido a manobras, descargas atmosféricas e contatos acidentais
com fases de tensões mais elevadas.
• Diretamente aterrado;
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Proteção contra choques elétricos
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
ATERRAMENTO DE PROTEÇÃO: Trata-se de ligação das massas, isto é, das estruturas metálicas de eletrodomésticos e outros
elementos condutores que não pertencem à instalação elétrica, à terra por meio de um condutor de proteção, com o
objetivo de proteger os usuários de choques elétricos por contato indireto.
Em um sistema elétrico, o aterramento de proteção limita a diferença de potencial entre as massas, entre as massas e outros
elementos condutores estranhos à instalação e entre ambos e a terra, de modo que seus valores sejam suficientemente
seguros em condições normais e anormais de operação.
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Proteção contra choques elétricos
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
ATERRAMENTO DE TRABALHO: É a ligação provisória de partes do sistema elétrico à terra com o objetivo de fornecer
segurança às atividades de manutenção.
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Proteção contra choques elétricos
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO DA ALIMENTAÇÃO:
A NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão, estabelece, em seus princípios fundamentais, que “as pessoas, os
animais e os bens devem ser protegidos contra os efeitos negativos de temperaturas ou solicitações eletromecânicas
excessivas resultantes de sobrecorrentes (sobrecarga ou curto circuito) a que os condutores vivos possam ser submetidos”.
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Proteção contra choques elétricos
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO DA ALIMENTAÇÃO
Os condutores vivos (FASES) devem ser protegidos, por um ou mais dispositivos de seccionamento automático contra
sobrecargas e contra curtos-circuitos. Tais dispositivos podem ser:
DISJUNTORES FUSÍVEIS
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Proteção contra choques elétricos
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO DA ALIMENTAÇÃO
NORMAS TÉCNICAS:
No Brasil, encontram-se em vigor duas normas técnicas para disjuntores de baixa tensão:
• NBR NM 60898:2004 - Disjuntores para proteção de sobrecorrentes para instalações domésticas e similares;
• NBR IEC 60947-2:2013 - Dispositivos de manobra e comando de baixa tensão - Parte 2 - Disjuntores
PRINCIPAIS DIFERENÇAS:
ABNT NBR IEC 60947-2: Destina- ABNT NBR NM 60898: Destina-se
se aos disjuntores direcionados a aos disjuntores para uso em
projetos de instalações elétricas projetos de instalações elétricas
que sejam executados, instalados residenciais e comerciais,
e manipulados somente por podendo ser manuseados de
profissionais qualificados em forma segura por pessoas sem
eletricidade, tais como nas treinamento ou qualificação em
instalações industriais. eletricidade.
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Proteção contra choques elétricos
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO DA ALIMENTAÇÃO
DISJUNTOR - DEFINIÇÃO:
Dispositivo de manobra e proteção capaz de estabelecer,
conduzir e interromper correntes em condições normais
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO DA ALIMENTAÇÃO
DISPARO TÉRMICO:
A lâmina bimetálica é formada por dois metais com coeficiente de dilatação diferente. Em
regime normal e à corrente nominal do dispositivo a lâmina bimetálica não dilata,
consequentemente não há deflexão.
Quando uma corrente de sobrecarga circula pela lâmina, acontece um aquecimento acima do
normal. Um material dilata mais do que o outro provocando a deflexão.
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Proteção contra choques elétricos
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO DA ALIMENTAÇÃO
DISPARO MAGNÉTICO:
A forte variação de intensidade da corrente que atravessa as espiras de uma bobina produz - segundo as leis do
eletromagnetismo - uma forte variação do campo magnético. O campo assim criado desencadeia o deslocamento de um
núcleo de ferro que vai abrir mecanicamente o circuito e, assim, proteger a fonte e uma parte da instalação elétrica.
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Proteção contra choques elétricos
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO DA ALIMENTAÇÃO
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO DA ALIMENTAÇÃO
Corrente convencional de não-
atuação!
Corrente convencional de
atuação!
Corrente = 3 x In
O disjuntor deve atuar entre
4,5 s e 38 s
Se a corrente estiver acima de
1,13 x In o disjuntor deve atuar
em menos de 1 h (In até 63A).
A NBR 5410 estabelece as seguintes medidas como proteção contra choques elétricos:
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO:
• Todas as massas de uma instalação devem estar ligadas a condutores de proteção;
• Todo circuito deve dispor de condutor de proteção, em toda sua extensão. Um condutor de proteção pode ser comum a
mais de um circuito, desde que observadas algumas condições;
SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO:
• Um dispositivo de proteção deve seccionar automaticamente a alimentação do circuito ou equipamento por ele protegido
sempre que houver uma falta (entre parte viva e massa ou entre parte viva e condutor de proteção) no circuito ou
equipamento. O dispositivo de proteção apropriado vai depender do esquema de aterramento utilizado. 59
Proteção contra choques elétricos
MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO E SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO – ESQUEMA TT:
O esquema TT possui um ponto da alimentação diretamente No esquema TT, o seccionamento automático visando
aterrado, normalmente o neutro, estando as massas da instalação proteção contra choques elétricos, deve ser realizado
ligadas a um eletrodo de aterramento independente do eletrodo por dispositivos a corrente diferencial-residual.
de aterramento da alimentação, conforme figura abaixo.
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Proteção contra choques elétricos
MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO E SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO – ESQUEMA IT:
No esquema de aterramento IT não há nenhum ponto de No esquema IT, o seccionamento automático visando
alimentação diretamente aterrado ou é aterrada por uma proteção contra choques elétricos, deve ser realizado
impedância de valor elevado, como pode ser visto na figura por dispositivos a corrente diferencial-residual.
abaixo.
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Proteção contra choques elétricos
MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO E SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO – ESQUEMA TN-C:
No esquema TN-C os condutores neutro e de proteção (PE) são No esquema TN-C, o seccionamento automático
comuns, passando a ser denominado PEN, como mostrado na visando proteção contra choques elétricos, deve ser
figura abaixo. realizado por disjuntores ou fusíveis.
PEN
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Proteção contra choques elétricos
MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO E SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO – ESQUEMA TN-S:
No esquema TN-S os condutores neutro e de proteção (PE) são No esquema TN-S, o seccionamento automático
separados, como mostra a figura abaixo. visando proteção contra choques elétricos, pode ser
realizado por disjuntores, fusíveis e DR.
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Proteção contra choques elétricos
MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO E SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO – ESQUEMA TN-C-S:
O esquema TN-C-S é um sistema de aterramento misto, no qual No esquema TN-C-S, o seccionamento automático,
parte da instalação recebe um condutor PEN, parte recebe os pode ser realizado por disjuntores, fusíveis e DR, mas
condutores neutro e PE separados, como mostra a figura abaixo. o DR deve ser instalado no trecho “S”.
PEN
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Proteção contra choques elétricos
MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS
ISOLAÇÃO DUPLA OU REFORÇADA:
• A proteção básica é provida por uma isolação básica e a proteção supletiva por uma isolação suplementar;
• As proteções básica e supletiva são providas simultaneamente por uma isolação reforçada entre partes vivas e partes
acessíveis;
• A isolação dupla ou reforçada pode ser provida de origem (já se adquire o equipamento ou componente com isolação
dupla ou reforçada) ou pode ser provida durante a execução da instalação.
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Proteção contra choques elétricos
MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS
SEPARAÇÃO ELÉTRICA INDIVIDUAL:
• A proteção básica, no circuito separado, dever ser assegurada por isolação das partes vivas, não se excluindo
também a isolação dupla ou reforçada;
• As proteções supletiva dever ser assegurada pelo preenchimento conjunto das três condições seguintes:
- separação entre o circuito objeto da medida (circuito
separado) e qualquer outro circuito, incluindo o circuito
primário que o alimenta, na forma de separação de proteção
(com transformador apropriado);
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Proteção contra choques elétricos
PROTEÇÃO ADICIONAL CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS
Meio destinado a garantir a proteção contra choques elétricos em situações de maior risco de perda ou anulação das
medidas normalmente aplicáveis, de dificuldade no atendimento pleno das condições de segurança associadas a
determinada medida de proteção e/ou, ainda, em situações ou locais em que os perigos do choque elétrico são
particularmente graves. Ex.: Equipotencializações suplementares, proteção diferencial-residual.
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO SUPLEMENTAR: A ligação equipotencial suplementar constitui uma medida compensadora, que deve
ser realizada quando as condições de proteção por seccionamento automático da alimentação não puderem ser atendidas.
Ela pode ser necessária, por exemplo, nos esquemas TN e IT (com massas interligadas), quando a impedância do percurso da
corrente de falta fase-massa é suficientemente elevada (caso típico de circuitos muito longos), para não permitir a atuação do
dispositivo de proteção no tempo prescrito.
Seu objetivo, entretanto, não é o de reduzir o tempo de atuação do dispositivo, mas sim, o de reduzir a tensão de contato a
um valor não perigoso, ou seja, igual ou inferior à tensão de contato limite UL.
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Proteção contra choques elétricos
PROTEÇÃO ADICIONAL CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS
PROTEÇÃO DIFERENCIAL-RESIDUAL: O uso de dispositivos de proteção a corrente diferencial-residual com corrente
diferencial-residual nominal IΔn igual ou inferior a 30 mA é reconhecido como proteção adicional contra choques elétricos.
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Proteção contra choques elétricos
PROTEÇÃO ADICIONAL CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS
PROTEÇÃO DIFERENCIAL-RESIDUAL: A somatória vetorial
das correntes que passam pelos condutores ativos no núcleo
toroidal é praticamente igual a zero (Lei de Kirchhoff).
Conforme norma ABNT NBR NM 61008 o DR deve operar entre 50% e 100% da
corrente nominal residual - IΔn).
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Proteção contra choques elétricos
PROTEÇÃO ADICIONAL CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS
CASOS EM QUE O USO DO DR É OBRIGATÓRIO:
• Circuitos que alimentam pontos de utilização situados em locais com chuveiros e banheiras;
• Em locais de habitação, os circuitos que alimentam pontos situados em cozinha, áreas de serviço, copa-cozinhas,
lavanderias, garagens, churrasqueiras e outras dependências internas molhadas em uso normal ou sujeitas a
lavagem;
• Em edificações não-residenciais, os circuitos que alimentarem pontos situados em cozinha, áreas de serviço, copa-
cozinhas, lavanderias, garagens, churrasqueiras e outras dependências internas molhadas em uso normal ou sujeitas
a lavagem 71
Proteção contra choques elétricos
GRAU DE PROTEÇÃO IP (INDEX PROTECTION)
“Grau de Proteção” são medidas aplicadas ao invólucro de um
equipamento elétrico, visando:
• Proteção de pessoas contra o contato a partes energizadas sem
isolação e proteção contra a entrada de corpos sólidos;
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Proteção contra choques elétricos
CLASSES DE ISOLAMENTO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
O nível de proteção contra choque elétrico de qualquer equipamento elétrico é classificado pela norma internacional IEC
61140 (Protection against electric shock - Common aspects for installation and equipment). Ele é usado para diferenciar os
diferentes métodos/tipos de conexão entre a proteção do equipamento e a terra. Os níveis são separados por classes, a
saber:
CLASSE 0: Não existe condutores de proteção (PE) fazendo a conexão entre a terra e as partes metálicas do
equipamento/aparelho elétrico. A proteção contra choques elétricos é dada pela própria isolação do equipamento/aparelho
elétrico, como podemos citar os eletrodomésticos (ventiladores, televisores, rádios portáteis, etc.)
Em muitos países, a venda de produtos classificados na Classe 0 é proibida atualmente, pois uma simples falta pode causar
um choque elétrico ou danos materiais. A IEC (International Electrotechnical Commission) está em processo de remover de
seus padrões o uso da classe 0 por parte dos equipamentos elétricos. Espera-se que o conceito de Classe 0 desapareça,
dando lugar a produtos contendo proteção de Classe II.
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Proteção contra choques elétricos
CLASSES DE ISOLAMENTO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
CLASSE I: Para essa classe, o chassis do equipamento/aparelho elétrico deve ser conectado à terra utilizando um condutor de
proteção (PE) identificado pela cor verde ou verde/amarela.
Uma falha no isolamento do dispositivo que cause um contato elétrico entre um condutor vivo e o chassis do equipamento irá
gerar uma corrente elétrica que irá passar através do condutor de proteção (PE). Essa corrente de falha deve passar também
por um dispositivo de proteção contra sobrecarga (fusíveis ou disjuntores) ou um DR (dispositivo a corrente diferencial-
residual) que irá cortar o fornecimento de energia elétrica ao dispositivo.
Equipamento classe I
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Proteção contra choques elétricos
CLASSES DE ISOLAMENTO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
CLASSE II: Um equipamento/aparelho Classe II ou de "isolamento dupla" é um dispositivo concebido para não necessitar o
uso de um condutor de proteção (PE) ligado para à terra.
A exigência básica é que qualquer simples falha não cause perigosas tensões elétricas expostas nos equipamentos/aparelhos
elétricos (as quais podem causar choques elétricos), sem a necessidade de um condutor (PE) ligado à terra.
Isso é geralmente realizado utilizando, no mínimo, duas camadas de material isolante nas partes "vivas" (energizadas) dos
equipamentos/aparelhos elétricos, sendo também possível a utilização de isolamento reforçado. Um equipamento de duplo
isolamento deve possuir a informação "Classe II", "isolação dupla" ou possuir o símbolo de duplo isolamento (um quadrado
dentro de outro quadrado).
Equipamento classe II 75
Proteção contra choques elétricos
CLASSES DE ISOLAMENTO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
CLASSE III: Equipamentos/aparelhos contendo isolamento Classe III são dispositivos alimentados com extra baixa tensão. A
alimentação desses dispositivos é baixa o suficiente (sob condições normais de uso) que uma pessoa pode entrar em contato
com uma parte "viva" de maneira segura e sem risco de choques elétricos, como por exemplo, na iluminação de piscinas.
Proteções extras exigidas nas Classes I e II não são requeridas. Porém, para dispositivos médico-hospitalares, não consideram
dispositivos de Classe III contendo proteção suficiente para tais aplicações.
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Bibliografia
ABNT. NBR 5410:2004 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Brasil.
BARRROS, B. F. et al. NR 10 Guia prático de análise e aplicação. Érica Saraiva. 4° Edição, São Paulo, 2018.
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