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NR 10 (BÁSICO): SEGURANÇA EM

INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM
ELETRICIDADE

Esp. Sid Silas Moura


Engenheiro Eletricista
CONTEÚDO
 Introdução a segurança com eletricidade;
 Riscos em instalações e serviços com eletricidade;
 Técnicas de análise de risco;
 Medidas de controle do risco elétrico;
 Normas técnicas brasileiras - NBR da ABNT;
 Regulamentações do MTE;
 Equipamentos de proteção coletiva (EPC);
 Equipamentos de proteção individual(EPI);
 Rotinas de trabalho – Procedimentos;
 Documentação de instalações elétricas;
 Riscos adicionais;
 Proteção e combate a incêndios;
 Acidentes de origem elétrica;
 Primeiros socorros;
 Responsabilidades.
Introdução a segurança com eletricidade
A NR 10 é uma norma regulamentadora
do Ministério do Trabalho que estabelece
os requisitos e condições mínimas
objetivando implementar medidas de
controle e sistemas preventivos,

Tais requisitos e condições garantem a segurança e a


saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente,
interajam em instalações elétricas e serviços com
eletricidade.
ITENS DA NORMA REGULAMENTADORA 10 (NR 10)

10.1 - Objetivo e campo de aplicação

10.2 - Medidas de controle

10.3 - Segurança em projetos

10.4 - Segurança na construção, montagem, operação e manutenção

10.5 - Segurança em instalações elétricas desenergizadas

10.6 - Segurança em instalações elétricas energizadas

10.7 - Trabalhos envolvendo alta tensão (at)


10.8 - Habilitação, qualificação, capacitação e autorização dos trabalhadores

10.9 - Proteção contra incêndio e explosão

10.10 - Sinalização de segurança

10.11 - Procedimentos de trabalho

10.12 - Situação de emergência

10.13 – Responsabilidades

10.14 - Disposições finais


Riscos em instalações e serviços com eletricidade
Os riscos à segurança e saúde dos trabalhadores que atuam em atividades com energia elétrica são
elevados, podendo acarretar lesões de grande gravidade e risco de morte.

CHOQUE ELÉTRICO
O choque elétrico ocorre quando o corpo humano torna-se parte de um caminho
através do qual a corrente elétrica pode fluir.
 Efeitos do choque elétrico

 Efeito direto
Ferimento ou morte, que podem ocorrer sempre que a corrente elétrica
flui através do corpo humano. Até mesmo uma corrente menor de 0,03 A
(30 mA) pode resultar em morte.

 Efeito indireto
Ocorre quando o choque elétrico resulta em acidentes terceiros,
como: queda de escadas ou andaimes, ou em movimento
operacional de máquina.
 Consequências do efeito direto do choque elétrico
O choque elétrico pode ocasionar fortes contrações musculares, fibrilação ventricular do coração, lesões
térmicas e não térmicas podendo levar a óbito.

 Limiar de Sensação (Percepção)


O corpo humano começa a reagir à passagem de corrente elétrica a partir de 1 mA.

 Limiar e não largar


Está associado às contrações musculares involuntárias provocadas pela corrente elétrica nos
músculos das mãos.

 Limiar de Fibrilação Ventricular


Limite sob o qual a corrente percorre os músculos cardíacos com intensidade para contrair os
músculos dos ventrículos e causar uma sístole involuntária.
 Fatores de intensidade do choque elétrico

 Trajeto da corrente elétrica no corpo


humano
A corrente no corpo humano varia conforme seu
trajeto e com isso causa efeitos diferentes no
mesmo. Em órgãos vitais o agravamento pode até
causar sua parada, levando a pessoa a morte.

 Tipo da corrente elétrica


A corrente continua de valores acima de 5
mA (Limiar de Sensação), dá a sensação
de aquecimento. A corrente alternada cria
a sensação de formigamento, para valores
acima de 1 mA.
 Nível de tensão
Para condições normais de influências externas, considera-se perigosa uma tensão superior a 50
Volts, em corrente alternada e 120 Volts em corrente continua.

 Intensidade da corrente
 Duração do choque elétrico
Esse fator possui grandes consequências geradas, as correntes de curta duração tem sido inócuas,
por outro lado quanto maior a duração mais danosos são os efeitos.
QUEIMADURAS
São originadas da transformação da corrente elétrica em calor
e são ocasionadas quando uma pessoa toca a fiação elétrica ou
equipamentos que são incorretamente utilizados ou mantidos.

ARCOS VOLTAICOS
Ocorre a partir do fluxo de corrente elétrica através do ar entre dois
pontos energizados, ocasionando temperaturas que chegam a 2000
°C.

EXPLOSÕES
As explosões ocorrem quando a eletricidade (superaquecimento de
condutores, faísca com contatos de chaves) é uma fonte de ignição para
uma mistura explosiva na atmosfera.
INCÊNDIOS
Equipamentos em instalações elétricas defeituosos ou
mal dimensionados são uma de suas principais causas,
pois geram uma alta resistência elétrica nas conexões.

CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS
Dependendo da intensidade da corrente elétrica que passa pelos condutores,
é produzido um campo magnético que pode danificar aparelhos e materiais
elétricos, podendo até prejudicar a saúde humana.
Técnicas de análise de risco
CONCEITOS BÁSICOS

 Perigo: Uma ou mais condições físicas ou químicas com possibilidade de causar danos às pessoas, à
propriedade, ao ambiente ou uma combinação de todos.

 Risco: Probabilidade de perda econômica e/ou de danos


para a vida humana, resultante da combinação entre a
frequência da ocorrência e a magnitude das perdas ou
danos (consequências).

 Análise de risco: Atividade que estima os riscos, baseada na engenharia de avaliação e técnicas
estruturadas para promover a combinação das frequências e consequências de cenários acidentais.
ZONA DE RISCO E ZONA CONTROLADA

Zona de risco
Área estabelecida conforme o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais
autorizados e com a adoção de técnicas e instrumentos apropriados de trabalho.

Zona Controlada
Entorno de parte condutora energizada de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão,
cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados.

Zona livre
É a zona que vai além da zona de risco e zona controlada, cujos riscos de acontecer um acidente de
trabalho relacionado à eletricidade são praticamente nulos
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO (APR)
Consiste em um estudo antecipado e detalhado de todas as fases do trabalho a fim de detectar os
possíveis problemas que poderão acontecer durante a execução.

 Composição de uma APR:

• Descrição detalhada da atividades com todos


os passos;

• Identificação dos riscos de cada etapa;

• Medidas de segurança e controlo de cada risco


identificado;

• Quantidade de pessoas envolvidas na


atividade.
Medidas de controle de risco elétrico
DESENERGIZAÇÃO: conjunto de ações coordenadas,
controladas e sequenciadas que se destinam à garantia da
ausência total de tensão no circuito.

1. Seccionamento: consiste em promover a


descontinuidade elétrica total, com afastamento
adequado entre um circuito ou dispositivo e outro.

2. Impedimento de reenergização: é o estabelecimento


de condições que impeçam, a reenergização do circuito
ou equipamento desenergizado.
3. Constatação de ausência de tensão: da Ausência de Tensão
(testar): é a verificação da efetiva ausência de tensão nos
condutores do circuito elétrico.

4. Aterramento temporário: um condutor de aterramento


temporário deverá ser ligado a uma haste aterrada. Em seguida,
serão conectadas as garras de aterramento aos condutores fase
desligados.
5. Proteção dos elementos energizados existentes na zona
controlada: A área em torno da parte desenergizada, de acesso
exclusivo a profissionais autorizados, deverá ser sinalizada e
protegida.

6. Instalação da sinalização de impedimento de


reenergização: deverá ser adotada sinalização de segurança
para advertência e identificação da razão de desenergização
e informações do responsável.
ATERRAMENTO FUNCIONAL (TN / TT / IT); DE PROTEÇÃO, TEMPORÁRIO
Ligação intencional à terra através da qual correntes elétricas podem fluir.

 Funcional: é a ligação a terra do condutor neutro na


origem da instalação.

 Proteção: ligação à terra das massas e dos elementos


condutores estranhos à instalação.

 Temporário: ligação elétrica efetiva com baixa impedância


intencional à terra, destinada a garantir e manter
equipotencialidade durante a intervenção na instalação elétrica.
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO: Procedimento que consiste na interligação de elementos especificados,
visando obter a equipotencialidade (mesmo potencial elétrico) necessária para os fins desejados.

SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO: dispositivo de proteção que secciona alimentação de um


circuito ou equipamento sempre que uma falta der origem a uma corrente superior à ajustada.
DISPOSITIVOS À CORRENTE DE FUGA: Secciona a alimentação de determinado circuito em
caso de corrente de fuga que exceda determinado valor, sua atuação deve ser em menos de 0,2
segundos.
BARREIRAS E INVÓLUCROS: São dispositivos ou
componentes que visam impedir o contato acidental de pessoas
ou animais com as partes energizadas das instalações elétricas.

BLOQUEIOS E IMPEDIMENTOS: São dispositivos que impedem o


acionamento ou religamento de dispositivos de manobra (chaves, interruptores).

SEPARAÇÃO ELÉTRICA: consiste em abaixar a tensão para níveis seguros (menor que 50 V para
ambientes secos e menor que 25 V para ambientes úmidos) através de transformador.
OBSTÁCULOS E ANTEPAROS: destinados a impedir o contato
involuntário com partes vivas, mas não o contato resultante de uma ação
deliberada e voluntária de ignorar ou contornar o obstáculo.

ISOLAMENTO DAS PARTES VIVAS; São elementos construídos com


materiais dielétricos com o intuito de isolar estruturas energizadas, para que
os serviços possam ser executados com segurança.
Normas Técnicas Brasileiras - NBR da ABNT
As Normas Técnicas Brasileiras são estabelecidas pela sociedade e aprovados por um organismo
reconhecido, que fornece, para uso comum, regras e características para os produtos ou processos.

NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa


Tensão.
Estabelece as condições que as instalações elétricas
de baixa tensão devem ter para garantir a segurança
de pessoas e animais, o funcionamento correto da
instalação e a conservação dos bens.

NBR 14039 – Instalações Elétricas de Média Tensão


Esta norma abrange as instalações de consumidores, incluindo suas subestações, dentro da faixa de
tensão de 1,0 kV a 36,2 kV. Não se aplica as redes de distribuição das concessionárias.
NBR 5460 - Sistemas elétricos de potência
Esta Norma define termos relacionados com sistemas elétricos de potência, explorados por
concessionários de serviços públicos de energia elétrica.

NBR 5419 – Proteção de estruturas contra descargas


atmosféricas
Fixa os requisitos de projeto, instalação e manutenção de sistemas de
proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) de estruturas, bem
como das instalações dentro do seu volume protegido.
Regulamentações do ministério do trabalho (MTE)
As Normas Regulamentadoras (NR’s) tem o objetivo de orientar empregadores e empregados sobre as
normas de segurança do trabalho para cada atividade regulamentada.

NR 06 – Equipamentos de proteção individual


Trata dos dispositivos de proteção individual que devem ser utilizados pelos trabalhadores, com o
objetivo de protegê-los de possíveis ameaças a sua saúde e integridade física.

NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade


Refere-se ao controle dos riscos inerentes às atividades envolvendo eletricidade.

NR 17 – Ergonomia
Trata sobre as condições e organização do trabalho, de modo a torna-lo compatível às condições físicas
e psicológicas dos trabalhadores.
NR 26 – Sinalização de segurança: Apresenta padrões de cores que serão utilizadas em locais de
trabalho, com o intuito de sinalização para advertir os trabalhadores acerca dos riscos existentes.

NR 21 – Trabalho a céu aberto: Apresenta medidas que devem ser adotadas para proteger os
trabalhadores das condições atmosféricas, do sol, da chuva e dos ventos.

NR 33 – Espaço confinado: Trata dos requisitos que devem ser adotados para que os trabalhadores
desenvolvam suas atividades em ambientes confinados de forma segura.

NR 35 – Trabalho em altura: Estabelece requisitos de proteção para o trabalho em altura, de forma a


garantir a segurança dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.
HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO DOS
TRABALHADORES

• Qualificação: É considerado trabalhador qualificado aquele que comprovar conclusão de curso


específico na área elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino.

• Habilitação: É considerado profissional legalmente habilitado o trabalhador previamente


qualificado e com registro no competente conselho de classe.

• Capacitado: É considerado trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes condições,


simultaneamente:

a) receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado e autorizado;


b) trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado.

• Autorização: São considerados autorizados os trabalhadores qualificados ou capacitados e os


profissionais habilitados, com anuência formal da empresa.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)

É todo dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou móvel, de abrangência coletiva,


destinado a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores, usuários e
terceiros.
Cone de sinalização: é utilizado para sinalizar áreas de trabalho e obras em vias
públicas ou rodovias e orientar o trânsito de veículos e de pedestres,

Fita de sinalização: Este EPC é utilizado para delimitar e isolar área de trabalho.

Grade metálica dobrável: Este EPC é utilizado para isolar e sinalizar


áreas de trabalho, poços de inspeção, entrada de galerias subterrâneas e
situações semelhantes.
Tapetes isolantes: utilizado em subestações, sendo aplicado para isolação
contra contatos indiretos, minimizando assim as consequências por uma
falha de isolação nos equipamentos.

Banqueta isolante: Este EPC é utilizado para isolar o


operador do solo durante operação do equipamento
guindauto, em regime de linha energizada.

Manta isolante / cobertura isolante: Estes EPCs são


utilizados para isolar as partes energizadas da rede durante a
execução de tarefas.

Extintor de incêndio – pós-multiuso, pós-abc: São


extintores Multiuso ou ABC, podendo ser utilizados em
incêndios sob eletricidade, sem transmiti-la, isto é, sem
gerar risco ao operador.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

É todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à


proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

Capacete de proteção tipo aba frontal e total: Utilizados para a proteção da cabeça
contra: irradiação solar, chuva, impactos e perfurações provenientes da queda de
objetos e choque elétrico.
Óculos de segurança para proteção – lente incolor e com tonalidade:
São utilizados para a proteção dos olhos contra impactos mecânicos,
partículas volantes, radiação ultravioleta e infravermelho.

Capacete de proteção tipo aba frontal com viseira: Utilizados para a


proteção da cabeça e face, em trabalhos com risco de explosões com
projeção de partículas e queimaduras por arco voltaico.
Protetores auditivos: Protegem os ouvidos nas atividades e nos locais
que apresentem ruídos excessivos. Os mais utilizados são os protetores
auditivos tipo inserção e concha.

Proteção respiratória: Utilizados na proteção do sistema


respiratório nas atividades e nos locais que apresentem
concentrações de poeiras, fumaça, vapores ácidos e orgânicos e
microrganismos.

Luva isolante de borracha: São utilizada para proteção das mãos e braços
do empregado contra choque em trabalhos e atividades com circuitos
elétricos energizados.
Calçado de proteção tipo botina de couro: Utilizado para a proteção dos pés
contra torção, escoriações, derrapagens, escorregões e umidade e agentes
químicos agressivos.

Cinturão de segurança tipo paraquedista: Utilizado para a proteção do trabalhador


contra quedas em serviços onde exista diferença de nível.

RESPONSABILIDADES

É obrigação do empregador: Fornecer os EPIs adequados ao


trabalho; Instruir e treinar quanto ao uso dos EPIs; fiscalizar e
exigir o uso do EPI; repor os EPIs danificados.

É obrigação do empregado: Usar e conservar os EPIs.


ROTINAS DE TRABALHO – PROCEDIMENTOS

INSTALAÇÕES DESENERGIZADAS: define procedimentos básicos para execução de


atividades/trabalhos em sistema e instalações elétricas desenergizadas.

• Impedimento de equipamento: Isolamentos elétricos do equipamento ou instalação,


impossibilitando a energização indesejada, enquanto houver a condição de impedimento.

• Responsável pelo serviço: viabiliza a execução da atividade e as medidas de segurança.

• PES – Pedido para Execução de Serviço: Documento emitido para solicitar a área funcional
responsável, o impedimento de equipamento ou instalação, visando à realização de serviços.

• AES – Autorização para Execução de Serviço: Documento emitido para autorizar a área funcional
sobre o impedimento de equipamento para a realização de serviços.
LIBERAÇÃO PARA SERVIÇOS: Define procedimentos básicos para liberação da execução de
atividades/trabalhos em circuitos e instalações elétricas desenergizadas.

• Falha: irregularidade total/parcial em um equipamento, componente da rede ou instalação, com ou


sem atuação de dispositivos de proteção, impedindo que o mesmo cumpra a sua finalidade.

• Defeito: Irregularidade em um equipamento ou componente do circuito elétrico, que impede o seu


correto funcionamento, podendo acarretar sua indisponibilidade.

• Interrupção Programada: interrupção no fornecimento de energia elétrica por determinado


intervalo de tempo, programado e com prévio aviso aos clientes envolvidos.

• Interrupção Não Programada: Interrupção no fornecimento de energia elétrica sem prévio aviso
aos clientes.
SINALIZAÇÃO
Procedimento padronizado destinado a alertar, avisar e advertir as
pessoas quanto aos riscos ou condições de perigo existentes,
proibições de acesso e cuidados de identificação dos circuitos.

INSPEÇÕES DE ÁREAS, SERVIÇOS, FERRAMENTAL E EQUIPAMENTO:


Identifica e neutraliza situações perigosas que ofereçam risco no local de trabalho,
nos equipamentos e nas ferramentas que serão manuseadas durante a execução do
serviço.
Inspeções Gerais: realizadas anualmente com o apoio do SESMT;
Inspeções parciais: cronograma anual com base no grau de risco;
Inspeções periódicas: Rastreia/estuda possíveis incidentes;
Inspeções por denúncia: Através de denúncia anônima ou não;
Inspeções cíclicas: Ocorre em intervalos de tempo pré-definidos;
Inspeções de rotina: Onde há a possibilidade de acidentes.
DOCUMENTAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS (10.2)

10.2.3: As empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das instalações
elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do sistema de aterramento e demais
equipamentos e dispositivos de proteção.

10.2.4: Os estabelecimentos com carga instalada


superior a 75 kW devem constituir e manter o
Prontuário de Instalações Elétricas, contendo,
além do disposto no subitem 10.2.3, no mínimo:

a) Conjunto de procedimentos e instruções


técnicas e administrativas de segurança e saúde,
implantadas e relacionadas a esta NR e
descrição das medidas de controle existentes;
b) Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas
atmosféricas e aterramentos elétricos;

c) Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental,


aplicáveis conforme determina esta NR, assim como suas certificações.

d) Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação,


autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados,

e) Resultados dos testes de isolação elétrica em equipamentos de proteção


individual e coletiva;

f) Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas;

g) relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas


de adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”.
RISCOS ADICIONAIS

Trabalho em altura: Trabalho em altura é toda a atividade executada acima de


dois metros do piso de referência. Assim, se torna obrigatória a utilização de EPI’s
básicos e cintos de segurança tipo paraquedista.

Espaço confinado: Local não projetado para ocupação humana


contínua, com meios limitados de acesso, cuja ventilação é insuficiente
para remover contaminantes ou que possui níveis inadequados de
oxigênio.
Área classificada: local com probabilidade de formação ou existência de
uma atmosfera explosiva pela presença normal ou eventual de
gases/vapores inflamáveis e poeiras/fibras combustíveis.

Umidade: É necessário que os profissionais estejam atentos a todos os


aspectos relacionados aos perigos com umidade em instalações elétricas
para evitar acidentes durante suas atividades.

Condições atmosféricas: Em atividades relacionadas com o meio


ambiente e, geralmente, com tempo adverso e descargas
atmosféricas, é importante tomar todos os cuidados necessários.
PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS

NOÇÕES BÁSICAS: fogo é um processo químico de transformação pela


rápida oxidação de um material combustível liberando calor, luz e produtos da
reação, como dióxido de carbono e água.

Elementos da composição do fogo

Calor: O calor é a forma de designar a energia térmica em transição.

Combustível: qualquer material que é consumido pela a existência da


chama.

Comburente: qualquer elemento que ao se associar com o combustível,


é capaz de iniciar a combustão.
Classes de incêndio

Classe A: são materiais de fácil combustão com a propriedade de


queimarem em sua superfície e profundidade, deixando resíduos,
como: tecidos, madeira, papel, fibra.

Classe B: são considerados inflamáveis os produtos que


queimam somente em sua superfície, não deixando resíduos,
como óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc.

Classe C: quando ocorrem em equipamentos elétricos


energizados como motores, transformadores, quadros de
distribuição, fios, etc.
MEDIDAS PREVENTIVAS

• Respeitar as proibições de fumar no ambiente de trabalho;

• Não acender fósforos, nem isqueiros ou ligar aparelhos celulares em locais sinalizados;

• Manter desobstruídas as áreas de escape e não deixar, mesmo que provisoriamente, materiais nas
escadas e corredores;

• Não deixar os equipamentos elétricos ligados após sua utilização. Desligue-os da tomada;

• Não sobrecarregar as instalações elétricas com a utilização do PLUG T, lembrando que o mesmo
oferece riscos de curto circuito e outros;
MÉTODOS DE EXTINÇÃO

Extinção pela retirada do material – Isolamento: Consiste na extinção das chamas através da
retirada do combustível que queima ou que estiver próximo ao fogo que ainda não foi queimado.

Extinção pela retirada do comburente – Abafamento: Consiste na redução total ou parcial da


interação entre o combustível e o oxigênio através do abafamento.

Extinção pela retirada do calor – Resfriamento: Consiste na


redução da temperatura para diminuir a emissão do calor que
origina a ignição, através de substâncias de resfriamento.

Extintores: são destinados ao combate rápido e imediato dos


focos de incêndio, de preferência em seu ponto de origem.
Acidentes de origem elétrica
Classificação por fatores humanos (Atos inseguros) e por fatores ambientais (condições inseguras)

Atos inseguros: causas de acidentes do trabalho por fator humano, isto


é, decorrem da execução das tarefas contrariamente às normas de
segurança.

Ex: Inadaptação entre homens devido a fatores constitucionais;


Fatores circunstanciais; Desconhecimento dos riscos da função e/ou
de como evitá-los.

Condições inseguras: Estão presentes no ambiente de trabalho e põem


em risco a integridade física e/ou mental do trabalhador devido à
possibilidade de este acidentar-se.

Exe: Na construção e instalações em que se localiza a empresa, Na


maquinaria e na proteção do trabalhador.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AS CAUSAS DE ACIDENTES COM
ELETRICIDADE

Causas Diretas de Acidentes com Eletricidade: propiciadas pelo contato


direto por falha de isolamento, podendo estas ainda serem classificadas
quanto ao tipo de contato físico.
• Contatos diretos: consistem no contato com partes metálicas sob
tensão elétrica (partes vivas).

• Contatos indiretos: consistem no contato com partes metálicas


normalmente não energizadas (massas), mas que podem ficar
energizadas devido a uma falha de isolamento.
Causas indiretas: São originadas por descargas atmosféricas,
tensões induzidas eletromagnéticas e tensões estáticas.

• Descargas atmosféricas: causam perturbações nas linhas de


transmissão e distribuição de energia, provocam danos
materiais nas construções e causam riscos de vida.

• Tensão estática: Ocorre quando em um dado material surge o


acúmulo de elétrons em sua superfície, a ponto de provocar a
migração desses para um outro material com poucos elétrons.

• Tensões Induzidas em Linhas de Transmissões: Podemos ter tensões induzidas na


linha por causa do acoplamento capacitivo ( condutor energizado e o solo/condutor
de menor potencial) e eletromagnético (entre condutores).
Responsabilidades
RESPONSABILIDADES DO CONTRATANTE

• Manter os trabalhadores informados sobre os riscos a que estão


expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas de
controle contra os riscos elétricos.

• Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho


envolvendo instalações e serviços em eletricidade, propor e
adotar medidas preventivas e corretivas.
RESPONSABILIDADES DO CONTRATADO

• Zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que


possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho;

• Responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento


das disposições legais e regulamentares, inclusive quanto
aos procedimentos internos de segurança e saúde;

• Comunicar, de imediato, ao responsável pela


execução do serviço as situações que
considerar de risco para sua segurança e saúde
e a de outras pessoas.

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