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CAPITULO 1: NOÇÕES BÁSICAS SOBRE CURTO-CIRCUITO E

ELECTROCUSSÃO

1.1: CURTO-CIRCUITO

Curto-circuito é a passagem de corrente eléctrica acima do normal em um circuito,


devido à redução abrupta da impedância deste. Normalmente o curto-circuito provoca
danos tanto no circuito eléctrico em que ocorre como no elemento que causou a redução
de impedância. Existem vários tipos de curto-circuito entre eles:

Curto-circuitos trifásico equilibrado

Curto-circuitos entre duas fases isoladas (sem conexão a terra)

Curto-circuito monofásico (fase terra e fase neutro)

Um exemplo de curto-circuito, que acidentalmente é comum em residências,


ocorre quando se coloca as extremidades de um fio metálico nos orifícios de uma
tomada. Geralmente os curto-circuitos provocam reacções violentas devido à dissipação
instantânea de energia, tais como: explosões, calor e faíscas. É uma das principais
causas de incêndios em instalações eléctricas mal conservadas ou com erros de
dimensionamento.

1.1.1: CAUSAS DE CURTO-CIRCUITO

1-Por deterioração ou perfuração dos elementos devido o aquecimento excessivo


prolongado, ambiente corrosivos ou envelhecimento natural.
2-Por problema mecânico: rotura de condutores ao isolador.
3-Por sobretenções devido a descargas eléctricas.
4-Por factores humanos: falças manobras, substituição inadquadas de materias.

O curto-circuito é também causado por uma falha da isolação solida, liquida ou


gasosa que sustenta a tensão entre condutores a terra; pode ser também causado por uma
redução da distancia entre os condutores (ou entre condutores e terra).

A falha da isolação, por sua vez, pode ser motivada por:

Danos mecânicos - quebra de isoladores, quebra de suportes, queda de poste, etc.,


no uso abusivo - exigindo de um equipamento com a potência maior que a nominal
provoca-se uma deterioração mais ou menos rápida da isolação que trabalhar a uma
temperatura mais alta que a de projeto,

Nas descargas parciais - as isolações solidas sempre apresentam alguns vazios no


seu interior. Sobre a do campo eléctrico surgem nesses vazios descargas que por vários
mecanismos mais ou menos lentamente reduzindo a rigidez dieléctrica através da sua
perfuração (o tempo pode ser de dias, semanas, meses ou anos),sobretensões - dois tipos
de sobretensão podem levar a uma perfuração da isolação de manobra internas, que
ocorrem quando se efetua um desligamento voluntário ou provocado com um ligamento
de um circuito, e as atmosféricas que surgem nos condutores de um circuito (em baixa,
média ou alta tensão) quando cai um raio nas proximidades ou diretamente nas linhas do
circuito.

Por preguiça, desatenção ou até mesmo falta de informação, muitas pessoas cometem
atos diários das quais possibilitam a ocorrência de um curto circuito. Alguns dos
cuidados que se devem ter em relação a este assunto incluem:

1-Ausência de manutenção na rede elétrica

Cada vez mais o mercado nos dispõe de novos produtos para melhorar e facilitar
nossas vida. Em geral estes produtos exigem maiores demandas de energia para seu
funcionamento, e como em sua maioria não damos a manutenção periódica a rede
elétrica de nossa residência, esta pode se mostrar inadequada para toda a demanda da
qual o sistema necessita, apresentando assim chances de maiores problemas.

2- Falta de proteção nas tomadas

Tomadas desprotegidas estão suscetíveis a ações que podem causar um curto


circuito, como a inserção de elementos metálicos. Dessa forma, tomadas
constantemente desprotegidas e ao alcance de crianças pequenas ou animais de
estimação podem ser focos preocupantes de curtos.

1.1.2: CONSEQUÊNCIAS

As principais consequências provocados por curto-circuito são as mortes e


incêndios.As conseqüências dos curtos-circuitos são freqüentemente graves, pois o
curto-circuito perturba o ambiente da rede nas proximidades do ponto de falha (situação
típica de uma rede de distribuição de uma concessionária de energia elétrica, por
exemplo), ocasionando uma queda de tensão brusca e comprometendo o funcionamento
de lâmpadas, relés, reatores e demais equipamentos elétricos. Todos os equipamentos e
conexões (cabos, linhas, barras e isoladores) sujeitos a curto-circuito são submetidos a
um forte esforço mecânico (forças eletrodinâmicas) que pode causar rupturas, e a um
esforço térmico, que pode provocar a queima dos condutores e a destruição dos
materiais isolantes, no ponto da falha.

1.2: ELETROCUSSÃO

A etrocussão é originada do contacto indirecto que é a união de uma pessoa com


um condutor que se encotra submetida a uma tensão por um elemento metalico. E
também é a morte provocada pela exposição do corpo à uma dose letal de energia
elétrica.

1.2.1: CAUSAS DE ETROCUSSÃO

A eletrocussão é causada por uma corrente elétrica que passa através do corpo
humano ou de um animal qualquer. O pior choque é aquele que se origina
quando uma corrente elétrica entra pela mão da pessoa e sai pela outra. Nesse
caso, atravessando o tórax, ela tem grande chance de afetar o coração e a
respiração. O valor mínimo de corrente que uma pessoa pode perceber é 1 mA.
Com uma corrente de 10 mA, a pessoa perde o controlo dos músculos, sendo
difícil abrir as mãos para se livrar do contato. O valor mortal está compreendido
entre 10 mA e 3 A.

O Regulamento de Segurança de Instalações de Utilização de Energia


Eléctrica identifica duas categorias gerais de riscos eléctricos para as pessoas:
1- Directas: - Defeito de isolamento da instalação eléctrica; - Contacto acidental
com uma peça do cabo condutor sob tensão.
2- Indirectas: - Ligação súbita à rede de alimentação - Falta inesperada de
electricidade.

Passando para situações mais específicas, podemos identificar as causas mais comuns
de acidentes eléctricos com condutores e ligações eléctricas:
1. Cabos arrastados, dobrados, entalados, queimados;
2. Puxar pelo cabo de alimentação; Mover equipamentos ou aparelhos com cabos
em tensão;
3. Fichas ou tomadas pisadas ou atiradas ao chão
4. Utilizar fita adesiva para fazer isolamentos;
5. Aquecer os cabos dos equipamentos eléctricos de aquecimento;
6. Utilizar equipamentos com cabos de ligação deteriorados.

Por seu turno, os acidentes domésticos envolvendo a electricidade devem-se muitas


vezes a:
1- Sobrecarga das instalações; - Candeeiros metálicos sem ligação à terra; - Trabalhos
sob tensão; - Falta de corrente; - Restabelecimento da corrente.

Daremos início a uma série de postes sobre proteção contra electrocuçao na qual
abordaremos as medidas de proteção contra electrocuçao e faremos uma análise das
estatísticas de acidentes de origem elétrica. Portanto, antes de falarmos sobre as medidas
de proteção contra electrocuçao daremos iniçiativa sobre tudo na protecçao contra
electrocuçao.

Para lidar com o choque elétrico é preciso observar os riscos que estão à nossa
volta e não vacilar.

A electrocussão é uma das maiores ameaças à conservação de pessoas, sendo


também uma das principais causas de ingresso em centros de recuperação. Esta situação
ocorre quando uma pessoaentra em contactocom um condutor de electricidade que usa
como poleiro, e há contacto com elementos não isolados do fio de electricidade, o que
leva à passagem de corrente eléctrica pelo corpo. Geralmente a entrada ocorre pelos
membros do corpo humano, mas nem sempre segue este padrão, por isso, a diversidade
de lesões é muito grande.

A electrocussão é uma das ameaças mais letais, porque a passagem da corrente


eléctrica pelo corpo da pessoa geralmente resulta em morte fulminante. Ainda assim,
algumas pessoas sobrevivem e podem ingressar em centros de recuperação,mas a
gravidade das lesões leva a que esta causa de ingresso seja uma das que apresenta taxas
de recuperação mais reduzidas. As lesões produzidas são combustão e necrose nos
pontos de entrada e saída da corrente eléctrica; rotura generalizada dos endotélios
vasculares, o que produz hemorragia interna e congestão generalizadas; lesões
neuronais que podem variar desde pequenas perdas de percepção (por vezes
transitórios) até danos generalizados irreversíveis no sistema nervoso central, que por
sua vez podem conduzir a paralisia parcial, total ou a diversos graus de ataxia.

A gravidade das lesões depende essencialmente da voltagem da linha eléctrica e


da pessoa fectada. Uma pessoa de grandes dimensões pode suportar um grau de
destruição tissular que deixaria irreversivelmente incapacitada uma pessoa de menor
massa corporal. Geralmente, pessoa de grande, podem ser recuperáveis caso não tenha
ocorrido lesão nervosa ou se as lesões dos tecidos forem recuperáveis.

Uma pessoa electrocutado num poste em Portalegre, com extensa lesão ao longo
dosmembros inferiores, na fase intermédia da recuperação das feridas. Este indivíduo é
considerado irrecuperável devido à destruição irreversível dos folículos das penas na
zona do cotovelo e será integrado num programa de reprodução em cativeiro em
Angola.

1.2.2: CONSEQUÊNCIAS DA ELECTROCUSSÃO


1. A dor severa;
2. Danos aos nervos musculares ou tecídos;
3. Hemorragia interna;
4. Perda de coordenação e controlo muscular e paradas cárdiacas;
5. Paralisação do coração;
6. Atrofia dos musculo da caixa toraxa;
7. Carbonização das malhas;
8. Electrolízes do sangue (somente em c.c).

As lesões provocadas pelo choque elétrico podem ser de quatro (4) naturezas:
1 - Eletrocução (fatal);
2 - Choque elétrico;

3-Queimaduras;
4 –Quedas provocadas pelo choque.

1.2.3: ASPECTOS DEPENDENTES DA GRAVIDADE DE ELECTROCUÇÃO


O ponto de partida da técnica de protecção das pessoas é a determinação do
limiar do perigo para o organismo humano. Esse perigo varia consoante a intensidade da
corrente: quanto maior, maiores efeitos fisiológicos terá para o ser humano.
Normalmente, a corrente circula das mãos para os pés ou de uma mão para a
outra, situação esta que configura o maior perigo.
O acidente é ainda mais grave quando a trajectória da corrente atravessa o coração,
sendo que o percurso da mão direita-pé esquerdo é o que provoca maiores riscos de
fibrilação ventricular.
Os estados fisiológicos e patológicos da pessoa influem na receptividade à corrente
eléctrica. Consequentemente, a gravidade do acidente depende:
1. Da fadiga;
2. Da idade:
3. Da saúde;
4. Da sede
Assim, em qualquer instalação eléctrica com uma determinada tensão, a
intensidade da corrente que atravessará o corpo humano depende da resistência que este
oferece à passagem da corrente eléctrica. Essa resistência resulta do seguinte somatório:
- Resistência do ponto de contacto: - Resistência dos tecidos internos que a corrente
atravessa; - Resistência da zona de saída da corrente.

Esses riscos colocam-se ao nível do utilizador comum e, principalmente, ao


nível dos profissionais que trabalham com a electricidade.

Não vivemos em perigo permanente ao estarmos a usar equipamentos eléctricos, é


claro: temos, porém, de tomar uma consciência global do que pode suceder se algo de
errado corre:

1. A nível humano (consequências físicas que, em última instância, podem


culminar na morte);
2. A nível material (destruição de equipamentos).

CAPITULO 2: MEIOS DE PROTECÇÃO PARA CURTO-CIRCUITO E


ELECTROCUSSÃO

2.1: PROTECÇÃO CONTRA CURTO-CIRCUITO

O primeiro passo para evitar um curto circuito é ter uma fiação corretamente
dimensionada e instalada por um profissional habilitado para este fim. Usar aparelhos
que ajudem a evitar curtos circuitos, como os que realizam aterramento, também é
importante para evitar um possível acidente na rede elétrica.
De modo semelhante, a manutenção é necessária para garantir que fios
desgastados possam ser trocados e tomadas danificadas, substituídas. Investir em
hábitos de segurança ajuda a diminuir o risco de curtos de maneira semelhante. A troca
de temperatura do chuveiro, por exemplo, deve ser feita com o chuveiro desligado, o
corpo seco e chinelos de borracha.

Quanto mais prevenção houver, menores as chances de um acidente. Ao investir


na segurança da sua rede elétrica, você estará investindo na segurança de pessoas e do
seu patrimônio.

Um curto-circuito uma liga ou de baixa impedancia entre dois pontos a potenciais


diferentes. Essa liga o pode ser metalica quando se diz que um curto-circuito franco ou
por um arco eléctrico, que a situa o mais comum; uma situação o intermediaria a dos
curtos causados por galhos de rvores ou outros objetos que caem sobre as linhas. Há
nesse instante uma rapida elevação da corrente atingindo valores, em geral, superiores a
10 vezes a corrente nominal do circuito.

Para as baixas tensões, em alguns casos também para as mais tensões foram
desenvolvidos equipamentos de proteção limitadores que cortam a corrente de curto
antes de atingir o valor da corrente nominal que conseguem proteger também contra os
efeitos mecânicos.

Os barramentos, condutores e equipamentos das instala es el tricas e seus sistemas


de prote o precisam ser dimensionados levando-se em conta os maiores valores das
correntes de curto circuito que podem ocorrer em cada parte do circuito.

Sempre que houver aumento da capacidade geradora, os c lculos precisam ser


refeitos. Em alguns casos poss vel, economicamente, ao inv s de redimensionar os
equipamentos e barramentos, introduzir reatores que limitam a corrente de curto-
circuito deixando-a no valor anterior. No instante do curto-circuito a corrente sobe
rapidamente atingindo o valor da tensão nominal e vai em seguida diminuindo
exponencialmente, passando pelos valores sub-transitorio e transitorio para atingir,
depois de varios ciclos, o valor permanente de curto-circuito.

Neste instante como ao ser mais importante o efeito termico: os condutores ou


partes condutoras dos equipamentos têm suas temperaturas aumentadas podendo sofrer
alterações na sua estrutura ou deterioração da sua isolação, conforme o caso. Os valores
das correntes ser os determinados pela F.E.M dos geradores e pelas impedancias
(principalmente as reatancias dos condutores e equipamentos) entre os geradores e o
ponto de curto-circuito. Os motores que passam a funcionar como geradores contribuem
para aumentar a corrente e os transformadores, reatores e condutores para reduz -la.

Como se ve que o valor da corrente de curto-circuito não depende das cargas de


uma instalação mas somente da fonte, sendo possivel que uma industria de pequeno
porte instalada proximo a uma grande SE ou usina, necessite de disjuntores e
interruptor de maior capacidade de que uma industria de maior porte, situada a maior
distância da SE.

2.1.1: DISPOSITIVO DE PROTECÇÃO CONTRA CURTO-CIRCUITO E


ELECTROCUSSÃO

 DISJUNTOR
É um dispositivo de seccionamento mecânico destinado a provocar a abertura dos
próprios contactos quando ocorrer uma sobrecarga, curto circuito ou corrente de fuga à
terra. É recomendado nos casos onde existe a limitação de espaço.

O disjuntor tem como função de proteger as instalações eléctricas, ou seja,


assim que a corrente eléctrica que passa por ele ultrapassa o seu valor nominal, ele
interrompe o circuito impedindo o fornecimento de energia para as cargas do circuito,
evitando assim que elas e o circuito danifiquem.

Para exemplificar e explicar de uma maneira bem simples e directa, o disjuntor é


basicamente como um interruptor automático, e assim que ele identifica um valor de
corrente eléctrica que ele foi projectado para accionar, o mesmo secciona (abre) o
circuito em que ele foi instalado.

O disjuntor actuará todas as vezes que houver pico de corrente, sobrecarga e


curto-circuito, mas é importante destacar que para todos os disjuntores funcionarem
correctamente é fundamental haver o correcto dimensionamento do circuito e dos
componentes.

 CURVAS/FAIXAS DE ACTUAÇÃO DO DTM


Define para o disparo instantâneo, magnético as faixas de actuação B, C e D,
podendo para determinadas aplicações serem importados outros modelos de curva de
actuação.
Curva B – Cargas sensíveis, electrónicas ou resistivas em circuito, exclusivos
com linhas extensas.
Curva C – Cargas genéricas em instalações residenciais e similares ou
electrodomésticos em geral.
Curva D – Cargas genéricas com corrente elevada no fechamento

 DISJUNTORES DE ALTA TENSÃO

Indicados para grandes potências, podendo alcançar valores de 100 amperes;

 DISJUNTORES MAGNÉTICOS

Utilizado para proteger os equipamentos contra anomalias como sobrecargas,


curto-circuitos e outras avarias, é indicado especialmente para casos em que há
preocupação de proteger o equipamento com bastante precisão;

 DISJUNTORES TÉRMICOS

Seu funcionamento interrompe o circuito eléctrico quando a temperatura fica


muito alta. Estes dispositivos são utilizados para evitar incêndios, danos causados por
flutuações de tensão, e outras situações eléctricas perigosas;

 INTERRUPTOR

É um dispositivo de seccionamento mecânico destinado a provocar a abertura dos


próprios contactos quando ocorrer uma corrente de fuga à terra. O circuito protegido por
este dispositivo necessita ainda de uma protecção contra sobrecarga e curto circuito que
pode ser realizada por disjuntor ou fusível, devidamente coordenado com o Dispositivo.

 INTERRUPTORES AUTOMÁTICO TÉRMICO

Este dispositivo conhecido abreviadamente por PIA emprega-se para protecção de


circuitos eléctricos, contra curto-circuito e sobrecargas, em substituição do fusível já
que têm a vantagem de que não terá que repô-los quando desconectam devido a uma
sobrecarga ou um curto-circuito reamam-se de novo e seguem funcionado.

Estes interruptores segundo o número de polos classificam-se em:

1. Unipolares
2. Bipolares
3. Tripolares
4. Terrapolares

 DISPOSITIVO DE PROTECÇÃO CONTRA SURTO (DPS)


As sobretensões e os surtos na rede eléctrica são uma das principais causas de
danos a equipamentos e instalações eléctricas. Eles podem ocorrer, principalmente,
devido a manobras na rede eléctrica, faltas para outras instalações de tensão superior e,
na maioria dos casos, devido a descargas atmosféricas.
Para protecção contra surtos são utilizados os dispositivos de protecção contra
surtos (DPS).
 INTENSIDADE DE UM SURTO

 ATERRAMENTO
Um sistema de aterramento é um conjunto de condutores enterrados, cujo objectivo
é realizar o contacto entre o circuito e o solo com a menor impedância possível.
 FUNCIONAMENTO DO DPS

 TIPOS DE DPS
Portanto, segundo a própria Norma Técnica e as características de funcionamento
dos DPS’s, pode-se concluir que o DPS Classe I é indicado para locais AQ3, sujeitos à
descargas directas, como por exemplo: Edificações com Sistema de Protecção contra
Descarga Atmosféricas (SPDA), ou edificações próximas de SPDA até100m.

O DPS Classe II é indicado para locais AQ2, sujeitos à descargas indirectas. Sendo
aplicável em todas as instalações, inclusive no quadro de distribuição.

O DPS Classe III é indicado para locais que exigem protecção mais fina, aplicáveis a
equipamentos sensíveis localizados amais de 30 metros de um DPS Classe II, como por
exemplo, TV de plasma/ LCD, computador, etc.Já o DPS classe I/II reúne as
características de ambos e podem ser aplicados na entrada da edificação.

 FUSÍVEL

 FUSÍVEL RÁPIDO 

é uma excelente protecção contra curtos-circuitos, porém Não é adequado


contra sobrecargas

Empregam-se para protecção de redes de distribuição com cabos isolados e


geralmente para os circuitos de sistemas de iluminação.

 TERMO-FUSÍVEL

Um termo-fusível, além de acumular a função do fusível propriamente dito,


permite também proteger determinados equipamentos, caso a sua temperatura ultrapasse
determinados valores. Assim protege o equipamento contra sobrecargas, não
directamente usando a corrente de consumo, mas sim a sua temperatura exterior, já que
estes termo-fusíveis, estão colocados junto à carcaça para vigiar a sua temperatura.

 FUSÍVEL MECÂNICO
Este deve ser o menos conhecido dentre os electrotécnicos, visto que se trata de
um dispositivo mecânico. Permite separar sistemas mecânicos, quando entram em
bloqueio (devido a um esforço anormal). Para não transmitir o problema à fonte
energética, o fusível mecânico quebra-se, usando as propriedades previsíveis do
cisalhamento dos materiais.

 FUSÍVEL DE ACOMPANHAMENTO

Fabricam-se especialmente para protecção de motor, devido a que aguentem sem


fundir-se pontas de intensidade que estes absorvem no arranque.

Seu nome provem de que tem que ir acompanhado de outros elementos de


protecção, como são geralmente os relés termicos.

 FUSÍVEL LENTO

São os menos utilizados e empregam-se para protecção de redes aeria de


distribuição geralmente devido aos curtos-circuitos momentâneos que as árvores ou
vento podem fazer entre os condutores

 DIFERENCIAL RESIDUAL

Um diferencial residual (DR) é um dispositivo de protecção utilizado em


instalações eléctricas, permitindo desligar um circuito sempre que seja detectada
uma corrente de fuga superior ao valor nominal. A corrente de fuga é avaliada pela
soma algébrica dos valores instantâneos das correntes nos condutores monitorados
(corrente diferencial).

Os Dispositivos DR, Módulos DR ou Disjuntores DR de corrente nominal


residual até 30mA, são destinados fundamentalmente à protecção de pessoas, enquanto
os de correntes nominais residuais de 100mA, 300mA, 500mA, 1000mA ou ainda
superiores a estas, são destinados apenas a protecção patrimonial contra os efeitos
causados pelas correntes de fuga à terra, tais como consumo excessivo de energia
eléctrica ou incêndios.

 DISJUNTOR DIFERENCIAL RESIDUAL


É um dispositivo destinado a ser associado a um disjuntor termomagnético,
adicionando a este a protecção diferencial residual, ou seja, esta associação permite a
actuação do disjuntor quando ocorrer uma sobrecarga, curto-circuito ou corrente de fuga
à terra. É recomendado para instalações onde a corrente de curto circuito for elevada.
Recomenda-se a maior atenção quando se trata de instalações eléctricas. Um fio
descascado, uma tomada ou um interruptor com defeito podem colocar em risco pessoas
e bens. São frequentes os problemas associados a mau isolamento em aparelhos ou
electrodomésticos. Superfícies com que se lida quotidianamente e consideradas
geralmente seguras, como o registo do chuveiro, o painel de uma máquina de lavar, ou a
porta da geladeira, podem tornar-se causas de electrocussão. O Dispositivo DR atua
em quaisquer uma destas situações, sempre que uma fuga de corrente coloque em risco
vidas e bens.

O Dispositivo DR é facilmente instalado directamente no quadro de distribuição


de energia eléctrica e seus benefícios são tão importantes que a Norma Brasileira
da ABNT - NBR 5410 "Instalações eléctricas de baixa tensão", torna a sua instalação
obrigatória nos alimentadores de áreas perigosas tais como: cozinhas, banheiros e áreas
externas de residências, prédios públicos, supermercados, shoppings, hotéis e outras
instalações públicas e privadas.

Diferencial Residual, o qual tem como finalidade proteger pessoas e os animais


contra os efeitos do choque elétrico seja por contato direto como indireto. O dispositivo
ao detectar uma fuga de corrente na instalação, ele desliga o circuito imediatamente.
Formas de contato  Contato direto: falha de isolação ou remoção das partes isolantes,
com toque acidental da pessoa em parte energizada (fase/ terra). Contato indireto:
através  do contato da pessoa com a parte metálica (carcaça do aparelho), que estará
energizada por falha de isolação, com interrupção ou inexistência do condutor de
proteção. Características de Dispositivo DR O dispositivo DR, módulo DR ou
Disjuntores DR de corrente nominal residual até 30 mA, são destinados
fundamentalmente á proteção de pessoas, enquanto correntes nominais residuais de 100
mA, 300 mA, 500 mA, 1000 mA ou ainda superiores a estas, são destinadas apenas a
proteção patrimonial contra efeitos causados pelas correntes de fuga á terra, tais como
consumo excessivo de energia elétrica ou incêndios. Conceito de funcionamento.

A soma vetorial das correntes que passam pelos condutores ativos no núcleo
toroidal é praticamente igual a zero (Lei de Kirchhoff). Existem correntes de fuga
naturais não relevantes. Quando houver falha (corrente de fuga) a somatória  será
diferente de zero, o que irá induzir no secundário uma corrente residual que provocará,
por eletro magnetismo, o disparo do dispositivo DR (desligamento do circuito), desde
que a fuga atinja a zona de disparo do dispositivo DR (conforme norma ABNT NBR
NM 61008 o dispositivo deve operar entre 50% e 100% da corrente nominal residual).

Dispositivo DR entende-se também como um dos vários dispositivos  a corrente de


fuga, a qual tem finalidade de desligar a rede de fornecimento de energia elétrica, o
equipamento ou instalação que ele protege, na ocorrência de uma corrente de fuga que
exceda determinado valor, sua atuação é rápida, menor que 0,2 segundos. Solução
simples e de baixo custo Este dispositivo é facilmente instalado diretamente no quadro
de distribuição de energia elétrica. Os seus benefícios são tão importantes que a norma
de Instalações Elétricas – NBR 5410 torna a sua instalação obrigatória nos
alimentadores de áreas perigosas tais como: cozinhas, banheiros, áreas externa de
residências, prédios públicos, supermercados, shoppings, hotéis e outras instalações
públicas e privadas.

Riscos prevenidos pelos dispositivos DR Ocorrência de curto circuitos e perdas de


energia aumentando o consumo; Ocorrência de sobreaquecimentos com consequentes
avarias de equipamentos elétricos e mesmos focos de incêndio; Choque elétrico com
paralisia total ou parcial dos movimentos durante a ocorrência, podendo essa paralisia
desencadear uma cadeia de acontecimentos de maior gravidade: quedas, erros na
condução de máquinas, etc… Choque elétrico originando queimaduras que podem ser
graves ou até mesmo fatais; Choque elétrico originando fibrilação cardíaca Choque
elétrico originando parada respiratória com paralisia dos músculos torácicos
responsáveis pela respiração, potencialmente fatal na ausência de socorro imediato e
urgente; Choque elétrico originando parada cardíaca.
2.2: PROTEÇÃO CONTRA ELECTROCUSÃO

Daremos início a uma série de métodos sobre proteção contra electrocuçao na


qual abordaremos as medidas de proteção contra electrocuçao e faremos uma análise
das estatísticas de acidentes de origem elétrica. Portanto, antes de falarmos sobre as
medidas de proteção contra electrocuçao daremos iniçiativa sobre tudo na protecçao
contra electrocuçao.

Para lidar com o choque elétrico é preciso observar os riscos que estão à nossa
volta e não vacilar.

A electrocução é a perturbação da natureza e efeitos diversos que se manifesta


no organismo humano ou animal quando este é percorrido por uma corrente elétrica”.

A electrocução  pode causar diferentes reações no organismo de uma pessoa ou


animal, podendo ser fatal (eletrocussão) normalmente por fibrilação ventricular
ou causar queimaduras graves, tetanização (contração muscular
involuntária), formigamento ou até mesmo ser imperceptível, dependendo da
intensidade da corrente elétrica, da frequência da corrente elétrica, do caminho
percorrido.

1 – Se precisar mexer na parte elétrica da sua casa, opte sempre por


um especialista. Se não puder, lembre-se de desligar a chave geral.

2 – Não deixe fios desencapados. Basta tocá-los para que um acidente aconteça.

3 – Nunca troque lâmpadas ou execute qualquer tarefa que envolva eletricidade


com o corpo molhado, já que a água é excelente condutora de energia.

4 –  Proteja as tomadas com protetores para evitar que as crianças sofram


acidentes .

5-Aterramentos

6-Materiais isolantes

7-Utilize o diferencial residual (DR)


2.2.1: PRIMEIROS SOCORROS EM CASO DE ELECTROCUSÃO

A electrocução é uma das principais causas de acidentes no mundo, resultado da


passagem de uma corrente elétrica através do corpo. Essa corrente pode causar
queimaduras, perda de membros e até mesmo parada cardiorrespiratória. Portanto,
saiba como se prevenir e como socorrer possíveis vítimas de choques elétricos.

1- Desligue o disjuntor;

2- O acidente se for com alta tenção devemos informar imediatamente a empresa


distribuidora identificando o local do acidente para que seja interrompida a
corrente electrica na quela zona;

3- Usar objectos secos isolantes para afastar a vítima da acção da corrente eléctrica;

4- Caso a situação o exija tal como: O acidentado não respira tem ferimentos
graves (fratura, queimaduras, roturas de vasos sanguíneos). Deve-se proceder em
conformidade. Facilitar a retomada da respiração aplicando talas sobre zona
fraturadas ou pensos compressivos no local da hemorragia,tendo sempre em
atenção o princípio, o incorrecto socorro pode ser mais gravoso que uma espera;

5- Não usar materias metálicos para retirar o acidentado no fluxo da corrente


eléctrica;

6- Usar materias com alta resistência tais como: Madeira, borracha, plástico etc.

7 – Use objetos isolantes como cobertas ou toalhas (secas) para enlaçar a vítima
e puxá-la para desprender a pessoa do objeto que conduz a energia. Nunca toque no
corpo da vítima durante o choque elétrico. Tente desligar a chave geral o quanto antes.

8 – Tente chamar pela vítima para reanimá-la. Caso os sentidos não retornem,
proceda com a massagem cardíaca.

9– Sea pessoa recuperar a consciência procure mantê-la calma.

10 – Ligue para o Corpo de Bombeiros  (115) e peça ajuda imediata.

2.2.2: OUTRAS RECOMENDAÇÕES EM CASOS DE ELECTROCUÇÃO


1. Use os dispositivos elétricos de segurança disponíveis como, por exemplo, a
tomada de 3 pinos.

2. Considere todo fio elétrico como "positivo", ou seja, passível de provocar um


choque mortal.
3. Cheque o estado de todos os fios e dispositivos elétricos; conserte-os ou
substitua-os, se necessário. Aprenda como dimensionar o fio elétrico.

4. Certifique-se de que a corrente está desligada, antes de operar uma ferramenta


elétrica.

5. Se um circúito elétrico em carga tiver de ser reparado, chame um eletricista


qualificado para fazê-lo.

6. Use ferramentas "isoladas", que fornecem uma barreira adicional entre você e a
corrente elétrica.

7. Use os fios recomendados para o tipo de serviço elétrico a que ele vai servir.

8. Não sobrecarregue uma única tomada com vários aparelhos elétricos, usando,
por exemplo, o "benjamin".

9. Cuidado ao substituir a resistência queimada do seu chuveiro, pois o ambiente


molhado aumenta o choque.

2.2.3: NÍVEIS DE CORRENTE ELÉCTRICA E SEUS EFEITO NO CORPO


HUMANO
Cada choque elétrico é único, pois as condições iniciais são únicas, deste modo
todos os dados a serem apresentados são estimativas aceitas para a realização de estudos
e uso nas medidas de proteção contra choques electricos. Se desconsiderarmos o tempo
de exposição à corrente elétrica, é possível ter uma noção dos efeitos no organismo para
os diferentes níveis de corrente elétrica sobre ele aplicado.

As intensidades da ordem de ampéres ou kilo ampéres não foram listadas, porém


nestes casos a intensidade da corrente é suficiente para causar graves queimaduras dos
órgãos e causar a morte imediata.

A IEC 60479-1 classificou o choque elétrico em 4 zonas, baseado na intensidade


da corrente electrica e no tempo de exposição.

Zona 1 – Imperceptível (Eixo Y a curva A): As correntes de até 0,5 mA não causam
efeitos no corpo;
Zona 2 – Perceptível (Curva A a Curva B): Esta zona delimita a intensidade e o tempo
de exposição no qual a pessoa sentirá a sensação do choque, mas sem haver risco à
saúde;

Zona 3 – Reações reversíveis (Curva B a Curva C1): Esta zona delimita a intensidade e


o tempo de exposição no qual a pessoa terá contração muscular, gerando um risco de
ficar presa ou causar outro acidente como consequência;

Zona 4 – Possibilidade de efeitos irreversíveis (A partida Curva C1): Esta zona


apresenta a região na qual há risco à vida, ela é dividida em:

Curva C1: Não há risco de fibrilação ventricular;

Curva C2: Há 5% de chance de ocorrer fibrilação ventricular;

Curva C3: Há 50% de chance de ocorrer fibrilação ventricular.

Notem que a Curva C1 tende ao valor de 30 mA conforme o tempo de


exposição,a corrente aumenta. Esse valor de 30 mA não te parece familiar? É por causa
desta curva que foi padronizado que a proteção residual deve ser de 30 mA, ou seja, o
dispositivo residual –dijuntorDR para proteção contra choques elétricos deve ser de 30
mA.
Os efeitos estimados da corrente elétrica contínua de 60 Hertz, no organismo
humano, podem ser resumidos na tabela que se segue:

EFEITOS ESTIMADOS DA ELETRICIDADE

CORRENTE CONSEQUÊNCIA

1 Ma Apenas perceptível

10 Ma "Agarra" a mão

16 Ma Máxima tolerável

20 Ma Parada respiratória

100 Ma Ataque cardíaco

2A Parada cardíaca

3A Valor mortal
CAPITULO 3: ESTUDO DO CASO

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