Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SECTOR DE GEOGRAFIA
Grupo nº 1
Ano: 1º
Curso: Geografia
Período: Pós-Laboral
O Docente
Domingos Assunção de Miranda
Huambo 2021/2022
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO DO HUAMBO
SECTOR DE GEOGRAFIA
Grupo nº 1
Ano: 1º
Curso: Geografia
Periodo: Pós-Laboral
O Docente
Huambo 2021/2022
Integrantes do Grupo
Nº Nome Cotação
Débora Essenje Sapalo
Natália Nguve Bernado
ÍNDIC
E
1.1 Introdução.....................................................................................................................1
1.2 Surgimento do Conceito de Ligação Hidrogênio...................................................2
1.3 Formação...........................................................................................................................2
1.4 Ligações de Hidrogênio.................................................................................................4
Figura:1 Ligação de hidrogénio.........................................................................................4
1.5 Ligações de hidrogênio com vários fenômenos da natureza.............................5
i
1.1 Introdução
As ligações de hidrogênio são o tipo de força intermolecular mais intenso, que ocorre
entre dipolos permanentes das moléculas, em que o polo positivo é sempre o
hidrogênio, e o polo negativo pode ser o flúor, o oxigênio ou o nitrogênio, pois esses
elementos são bastante eletronegativos, ou seja, atraem mais fortemente os elétrons
da ligação dupla e ficam com carga parcial negativa.
Alguns textos mais antigos usam a denominação “pontes de hidrogênio”, mas esse
termo está ultrapassado e o correto é ligação de hidrogênio (Goymer, 2012).
Objecivo Geral
1
1.2 Surgimento do Conceito de Ligação Hidrogênio
Com a descoberta do elétron e a consolidação da teoria da dissociação eletrolítica
no final do século XIX, as primeiras décadas do século XX foram pródigas em
propostas para explicar a natureza da ligação química, das quais a mais frutífera foi
a noção de ligação química pelo compartilhamento de pares eletrônicos, formulada
por G. N. Lewis e tornada pública em 1916. A história do surgimento e da
consolidação do conceito de ligação hidrogênio remonta ao final do século XIX, a
partir das observações das propriedades “anômalas” da água e de suas misturas
com outros solventes. O químico britânico Henry Edward Armstrong (1908) postulou
que a água seria uma mistura complexa formada pela “associação” de unidades
moleculares fundamentais chamadas hidroma (OH2), as quais formariam vários
polimorfos em função da temperatura, sendo essa a explicação para as
propriedades “anômalas” da água (Goymer, 2012).
Para Armstrong, a hidrona seria o componente volátil da água, e a pressão de vapor
estaria relacionada à proporção de hidrona na água. A proporção de moléculas de
hidrona na água comum deveria ser pequena, pois se a água fosse apenas uma
coleção de moléculas de hidrona, o ponto de ebulição do líquido seria muito menor,
e seu ponto de congelamento também seria muito mais baixo. É importante destacar
que, nos polimorfos postulados por Armstrong, as unidades moleculares de hidroma
estão ligadas através dos átomos de oxigênio, os quais, em vários polimorfos, fazem
não duas, mas quatro ligações, contrariando as noções de valência da época
(Goymer, 2012).
1.3 Formação
O átomo de hidrogênio é o único átomo participante de compostos que só possui
uma única camada de elétrons (a camada K) que é ao mesmo tempo a primeira e
última e possui um único elétron. A camada K se completa com elétrons, de modo
que, para atingir a estabilidade química, o H precisa perder, ganhar ou compartilhar
1 elétron de outro átomo (Fogança, 2018).
Ao se ligar a um elemento muito eletronegativo, tal como o N, o O e o F, seu único
elétron fica tão afastado na direção do átomo eletronegativo que o próton que
compõe seu núcleo fica praticamente nu, uma vez que o H, diferentemente dos
2
outros átomos, não possui outras camadas de elétrons entre a camada de valência e
o núcleo atômico. Deste modo, o efeito polarizante do núcleo do hidrogênio acaba
sendo o mais pronunciado de todos (Goymer, 2012).
Para reduzir a tensão gerada, o átomo de H envolvido em ligações com N, O ou F
interage fortemente com a eletrosfera de átomos vizinhos, de modo a "cobrir"
parcialmente o próton quase exposto do núcleo do átomo de H. Esse efeito é ainda
mais pronunciado se o átomo com o qual o H interage for um átomo pequeno e
muito eletronegativo. Num átomo pequeno, estes elétrons estão mais localizados, se
encontram confinados em uma camada menos volumosa e por isso interagem mais
facilmente. Se o átomo for muito grande, os elétrons de valência estão mais
"espalhados" pela volumosa camada de valência desse átomo, dificultando a
interação. É por isso que o átomo de cloro, embora seja tão eletronegativo quanto o
nitrogênio, não forma ligações de hidrogênio. Consequentemente, haverá uma
interação eletrostática entre o átomo de H com forte carga parcial positiva com os
elétrons não-ligantes do outro átomo participante (Fogança, 2018).
A ligação de hidrogênio pode ser considerada um caso particularmente intenso de
interação dipolo-dipolo permanente. Devido ao pequeno tamanho, o átomo de H se
aproxima bastante do outro átomo, o que, combinado com a forte interação entre o
próton do H e os elétrons do outro átomo, faz com que esta seja a interação mais
forte entre as moléculas.
Como exemplo temos a água (H2O), na qual o hidrogênio de uma das moléculas
formadoras da substância interage com o núcleo eletricamente denso do oxigênio,
necessariamente de outra molécula de água vizinha, o que ocasiona o fenômeno de
tensão superficial. No geral, todas as características e propriedades físicas
particulares da água resultam de sua estrutura molecular. A diferença de
eletronegatividade entre os átomos de hidrogênio e de oxigênio gera uma separação
de cargas. Assim, os átomos positivos de hidrogênio de uma molécula interagem
com os átomos negativos de oxigênio de outra molécula vizinha. Essas Ligações de
Hidrogênio criam uma cadeia que pode se rearranjar muitas vezes, permitindo que a
água líquida flua em toda parte. Os átomos de hidrogênio e oxigênio podem interagir
com muitos tipos de moléculas diferentes, razão pela qual a água é considerada o
solvente mais poderoso conhecido (Goymer, 2012).
3
As Ligações de Hidrogênio também existem dentro de uma mesma molécula, como
nas proteínas e nos ácidos nucleicos. Em ambos os casos elas são importantes na
manutenção da estrutura da macromolécula.
1.4 Características
Essa ligação tem como particularidade, promover uma rede de molécula forte,
permitindo, até mesmo, que um mosquito pouse em cima dela. Isso ocorre por
causa da estrutura física entre as interações fortes, fracas, eletromagnéticas e
gravitacionais em contato com as partículas (Alves, 2020).
A ligação entre elas libera condições eletrônicas propícias para formarem estruturas
intermoleculares estáveis. A principal aplicação das pontes de Hidrogênio está
relacionada com força de Vander Waal – quando há forças de atração e repulsão
entre as moléculas (Matheus 2020).
Ou seja, quando os elétrons de um determinado átomo não acabam abruptamente
no último orbital atômico preenchido, a ação permite que ocorra a interação entre o
núcleo e elétrons pertencentes a outros átomos.
4
Ou seja, quando o gelo flutua sobre a água, as partes hidrofóbicas se unem através
as ligações de Van der Waals. Dessa forma, as partes hidrofílicas se voltam para
fora circundada por um escudo de moléculas de água. Neste caso, a interação
ocorre por meio da ligação covalente, cuja principal característica é o
compartilhamento de um par de elétrons de valência pelos átomos que formam a
molécula (Matheus 2020).
1.4 Ligações de Hidrogênio
Esse tipo de interação ocorre quando a molécula possui hidrogênio ligado a flúor,
nitrogênio ou oxigênio, que são átomos fortemente eletronegativos.
5
1.5 Ligações de hidrogênio com vários fenômenos da natureza
De acordo o Manual de Quimica (2019), As ligações de hidrogênio explicam vários
fenômenos da natureza, da seguinte forma:
6
2. Ligações de hidrogênio entre moléculas de água no gelo
Essa é outra propriedade importante, pois visto que o gelo fica menos denso,
ele flutua sobre as superfícies de rios, lagos, mares e oceanos, atuando como
um isolante térmico natural que mantém a água abaixo dele no estado líquido,
o que mantém vários animais aquáticos vivos.Mas, conforme dito, as ligações
de hidrogênio também podem ocorrer em misturas entre moléculas de
substâncias diferentes.
A titulo de exemplo, quando se adiciona determinado volume de álcool em
certo volume de água, pode-se observar que o volume final da mistura desses
dois líquidos é sempre menor que a soma deles e que o álcool é infinitamente
solúvel em água.
Isso ocorre porque o álcool é o etanol (H3C — CH2 — OH), então, sua
molécula possui a extremidade polar, em razão da presença do grupo
hidroxila, OH. Desse modo, o hidrogênio das moléculas de água é atraído
pelo oxigênio das moléculas do etanol, realizando ligações de hidrogênio. É
por isso que o volume contrai e o álcool é solúvel em água.
7
4. Ligações de hidrogênio entre moléculas de fluoreto de hidrogênio
As moléculas de água também realizam esse tipo de interação intermolecular
com suaspróprias moléculas e com moléculas de outras substâncias que se
dissolvem nela. As moléculas de H2O são polares, pois os hidrogênios
possuem carga parcial positiva (δ+), e o oxigênio possui carga parcial
negativa (δ-). Assim, o hidrogênio de uma molécula é atraído pelo oxigênio de
outra molécula.
Ionização dos ácidos: Apesar de as ligações de hidrogênio serem
aproximadamente dez vezes mais fracas que as ligações covalentes; em
determinadas circunstâncias elas conseguem romper as ligações covalentes.
Por exemplo, no caso mostrado a seguir, o ácido clorídrico é dissolvido em
água. O oxigênio da água atrai mais o hidrogênio ligado ao cloro do ácido do
que o próprio cloro, dando origem aos íons hidrônio (H3O+) e cloreto (Cl-).
Esse fenômeno é denominado de ionização.
8
Conclusão
9
Referências Bibliográficas
10