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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS - CARAÚBAS


SANEAMENTO

RESUMO

CARAÚBAS
2024
EMANUELA IEDA CHAGAS

RESUMO

Trabalho apresentado ao Curso


de Engenharia Civil, do Departamento
de Engenharias da Universidade Federal
Rural do Semi-Árido, como requisito
parcial de presença da 3ª unidade da
disciplina de Saneamento, ministrado
pela professora Julia Pliscia Da Silva
Melo.

CARAÚBAS
2024
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RESUMO REFERENTE A 3 UNIDADE

MICRO E MACRODRENAGEM

A drenagem é um processo crucial para gerenciar o fluxo de água em terrenos


encharcados, visando prevenir inundações e outros problemas decorrentes do acúmulo
excessivo de água. Existem duas escalas principais de drenagem: microdrenagem e
macrodrenagem.

Microdrenagem:

➢ Operação em escala local, como lotes urbanos e redes primárias.


➢ Lida com águas pluviais em áreas urbanas menores, como ruas, calçadas e
pequenas bacias hidrográficas.
➢ Componentes típicos incluem sarjetas, bocas de lobo, tubulações e pequenos
canais.
➢ Objetivos: controlar volume e velocidade das águas pluviais, prevenir erosão,
assoreamento, inundações e melhorar a qualidade da água.

Componentes da Microdrenagem: Sarjetas, sarjetões, bocas coletoras (bocas de lobo),


tubos secundários e primários, conexões, poços de visita, caixas de passagem, etc.

Macrodrenagem:

➢ Trata do escoamento em escala maior, abrangendo áreas extensas como fundos de


vale ou bacias hidrográficas inteiras.
➢ Lida com volumes maiores de água, utilizando canais amplos, cursos d'água
naturais, barragens, diques e reservatórios.
➢ Componentes típicos incluem canais principais, barragens, diques, reservatórios e
sistemas de comportas.
➢ Objetivos: direcionar o fluxo das águas pluviais em áreas extensas, prevenir
inundações, e remover o excesso de água do solo.
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Componentes da Macrodrenagem: Canais, galerias, lagoas de infiltração, barragens,


comportas, estações elevatórias, etc.

MEDIDAS DE CONTROLE

A drenagem urbana enfrenta desafios devido ao crescimento rápido das cidades e às


mudanças climáticas, que resultam em maior impermeabilização do solo e eventos de
chuva mais intensos e frequentes. Para lidar com esses desafios, são implementadas
medidas de controle com objetivos como reduzir inundações, controlar a erosão do solo,
melhorar a qualidade da água e promover a sustentabilidade urbana.

Medidas de Controle:

Infraestrutura Verde: Utilização de áreas verdes como parques, jardins de chuva e


telhados verdes para absorção e infiltração da água da chuva. Benefícios incluem redução
do escoamento superficial e recarga de aquíferos.

Pavimentos Permeáveis: Pavimentos que permitem a infiltração da água da chuva,


reduzindo o escoamento superficial e recarregando os lençóis freáticos. Aplicações
incluem calçadas, estacionamentos e áreas de lazer.

Bacias de Retenção e Detenção: Estruturas projetadas para armazenar


temporariamente a água da chuva, liberando-a gradualmente nos sistemas de drenagem
para evitar picos de escoamento durante eventos intensos. Contribuem para controlar a
erosão e proteger áreas ribeirinhas contra inundações.

Gestão Integrada de Águas Pluviais: Abordagem que combina várias práticas e


tecnologias, como infraestrutura verde, pavimentos permeáveis e bacias de retenção e
detenção, juntamente com políticas de planejamento urbano. Essencial para garantir a
eficácia e sustentabilidade das medidas de controle na drenagem urbana.

Medidas de Controle Estruturais e Não Estruturais:


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Estruturais: Correspondem a obras implantadas para correção ou prevenção de


problemas de enchentes.

➢ Intensivas: Aceleração, retardamento e desvio do escoamento, além de


pequenas ações individuais.
➢ Extensivas: Incluem pequenos armazenamentos, recomposição vegetal e
controle da erosão do solo.

Não Estruturais: Visam reduzir danos ou consequências das inundações sem obras.

➢ Emergenciais: Sistema de previsão e alerta.


➢ Definitivas: Educação ambiental.
➢ Compensatórias: Diretrizes de uso do solo.
➢ Preventivas: Mapa de risco de inundação.

POLÍTICAS NACIONAIS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei nº


12.305/2010, representa um marco legislativo no Brasil, estabelecendo diretrizes para
uma gestão adequada dos resíduos sólidos. Seu principal objetivo é promover a proteção
ambiental e a saúde pública, abordando a gestão desde a não geração até a disposição
final ambientalmente adequada dos rejeitos.
Resíduos sólidos compreendem materiais descartados das atividades humanas,
enquanto os rejeitos são aqueles que não podem ser reciclados ou reaproveitados após os
processos de tratamento viáveis. A PNRS foi construída ao longo de 21 anos de debates
no Congresso Nacional e se fundamenta em princípios como responsabilidade
compartilhada, precaução e prevenção, além do respeito à dignidade do trabalho.
Para alcançar seus objetivos, a PNRS conta com diversos instrumentos, como o
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), atribuindo responsabilidades aos
governos, empresas, setor privado e sociedade civil. No entanto, ainda enfrenta desafios
significativos, destacando-se a necessidade de maior participação social, incluindo
conscientização, educação ambiental, engajamento comunitário, inovação e fiscalização.
No contexto atual, a implementação efetiva da PNRS é essencial para a promoção
do desenvolvimento sustentável, contribuindo para a redução dos impactos ambientais e
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sociais causados pela disposição inadequada de resíduos. Ao incentivar práticas


sustentáveis e integrar a gestão dos resíduos sólidos, a PNRS visa melhorar a qualidade
de vida da população e proteger o meio ambiente para as gerações futuras.

ASPECTOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS DO SANEAMENTO NO


BRASIL

A Lei Nacional de Saneamento Básico (Lei Federal nº 11.445/2007), também


conhecida como LNSB, representa um marco na transformação institucional dos serviços
de saneamento no Brasil. Antes dela, o antigo modelo, regido pelo Plano Nacional de
Saneamento (Decreto-lei nº 949/1969), entrara em crise após a alteração das regras de
reajuste das tarifas de água e esgoto pela Lei Federal nº 6.528/1978.
O Planasa, vigente de 1971 a 1986, financiado pelo Banco Nacional de Habitação
(BNH), foi substituído pelo PLANSAB em 2013, marcando uma nova etapa no setor. O
ano de 2007 foi crucial, com a aprovação da Lei 11.445/07 e o lançamento do PAC 1
(Programa de Aceleração do Crescimento), impulsionando investimentos em
saneamento.
A LNSB define saneamento básico como o conjunto de serviços, infraestruturas e
instalações operacionais de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário,
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, e drenagem e manejo das águas pluviais
urbanas. Estabelece também as diretrizes para a formulação da política de saneamento,
incluindo a definição dos entes responsáveis pela regulação e fiscalização, direitos e
deveres dos usuários, controle social e sistema de informações sobre os serviços.
Os princípios da LNSB incluem a universalização do acesso, integralidade das
ações, segurança, qualidade e regularidade na prestação dos serviços, promoção da saúde
pública e proteção do meio ambiente, entre outros. O PLANSAB, previsto na lei, busca a
universalização do acesso aos serviços de água e esgoto, retomando uma visão iniciada
pelo Planasa.
Com o novo marco legal de 2020 (Lei nº 14.026/2020), a prestação regionalizada
dos serviços não é mais exclusividade das Companhias Estaduais de Saneamento Básico
(CESBs). Empresas privadas também podem concorrer e assumir a prestação dos
serviços, desde que cumpram as normas estabelecidas.
Apesar das mudanças, desafios persistem, como a necessidade de harmonização
regulatória, atração de investimentos privados e a garantia da qualidade e eficiência na
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prestação dos serviços. A participação ativa dos diversos atores envolvidos, incluindo
União, estados, municípios, empresas privadas e a população, é essencial para o avanço
do setor de saneamento básico no Brasil.
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REFERÊNCIAS

FREITAS, Bruna Gabriela Sales de et al. Microdrenagem. Caraúbas, 2024. 23


slides, color.

SILVA, Guilherme de Oliveira; SOUZA, Iasmine Misma Menezes; GOMES,


Paula Graziela Batista. Drenagem Urbana: medidas de controle. Caraúbas, 2024. 13
slides, color.

ALVES, Franklyn; GURGEL, Lizandra; TORRES, Sandson. POLíTlCAS


NACIONAIS DOS RESIDUOS SOLDOS. Caraúbas, 2024. 23 slides, color.

OLIVEIRA, Elenilson Hermeson Vieira de; RAMOS, Mateus Cavalcante;


PEREIRA, Vitor Manoel de Souza. Macrodrenagem. Caraúbas, 2024. 27 slides, color.

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