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ENG045

PROJETO FINAL DE ENGENHARIA CIVIL II


2019-2

RESERVATÓRIO DE AMORTECIMENTO DE CHEIAS COMO


SOLUÇÃO PARA ALAGAMENTOS NA REGIÃO DE DUQUE DE
CAXIAS-RJ

Frederico N. de Castro – cerfred@gmail.com


Universidade do Grande Rio, Escola de Ciência e Tecnologia, Curso de Engenharia Civil
Rua Prof. José de Souza Herdy, 1.160 - Jardim 25 de Agosto, Duque de Caxias - RJ
CEP: 25071-202

Rachel S. de Oliveira – rachelsam@unigranrio.edu.br


Universidade do Grande Rio, Escola de Ciência e Tecnologia, Curso de Engenharia Civil
Rua Prof. José de Souza Herdy, 1.160 - Jardim 25 de Agosto, Duque de Caxias - RJ
CEP: 25071-202

Resumo: A região no entorno da Praça Humaitá, localizada na cidade de Duque de Caxias,


região metropolitana do estado do Rio de Janeiro, sofre há anos com problemas recorrentes
de alagamentos causados por enxurradas. A Avenida Brigadeiro Lima e Silva, uma das mais
importantes da cidade pois recebe todo o fluxo rodoviário que chega na cidade e os liga com
o Centro de Duque de Caxias, fica completamente interditada durante essas ocorrências,
causando enorme prejuízo econômico e social à cidade. Este trabalho propõe a implantação
de um reservatório de amortecimento de cheias, que são estruturas simples, utilizadas para
controle na fonte, atuando no local onde é gerado o escoamento como solução para este
problema. Através do levantamento e determinação das características hidrológica da região
e análise dos dados obtidos em equações e softwares já conhecidos para estes estudos, foi
possível determinar o volume necessário para a construção de um reservatório de
amortecimento que recebesse o escoamento da vazão de chuva da região, amortecendo a carga
sobre o sistema de drenagem e evitando assim a ocorrência de alagamentos. A Praça Humaitá
é o local indicado para a construção desta estrutura devido à proximidade com o ponto crítico
do problema, área suficiente para construção com pouca interferência no trânsito e vizinhança
e possibilidade de integração com revitalização do paisagismo local.

Palavras-chave: Drenagem, Enchente, Duque de Caxias, Chuva.

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1. INTRODUÇÃO

A água, elemento chave do ciclo hidrológico, está presente em todos os ambientes


terrestres e sua quantidade ao longo de centenas de milhões de anos permanece praticamente
inalterada. Suas variações dentro deste ciclo se devem principalmente às ações da energia solar,
tipo e cobertura vegetal e os elementos e fatores climáticos (TUCCI & MENDES, 2006).
Quando o homem atua sobre esse sistema, produzindo grandes alterações mudando
dramaticamente esse ciclo, traz consigo impactos significativos (muitas vezes de forma
irreversível) para o próprio homem e a natureza (TUCCI, 2005).
As principais ações que provocam grandes alterações no ciclo hidrológico são a
remoção da vegetação nativa e a impermeabilização do solo por meio de telhados, ruas, calçadas
e pátios fazendo com que a água que antes infiltrava ou era absorvida pela vegetação, passe a
contribuir com o escoamento superficial. A remoção da vegetação também contribui para o
aumento da velocidade do escoamento superficial, ou seja, tem-se mais volume escoando
superficialmente em menos tempo.
O aumento da ocorrência e intensidade de enchentes, alagamentos e inundações em
áreas urbanas pode ser explicado pelo agravamento das ações do homem que geram alterações
substanciais em decorrência do processo de urbanização desordenada, como consequência da
impermeabilização da superfície. (BRAGA, 2016).
Os conceitos de enxurrada, inundação, enchente e alagamento costumam ser
confundidos entre si por tratarem de impactos que podem ser naturais ou não, mas
preterivelmente são ocasionados pela água (TUCCI, 2007).
A Classificação de Codificação Brasileira de Desastres (COBRADE), em 2012,
conceitua a enxurrada como escoamento superficial de alta velocidade e energia, provocado por
chuvas intensas e concentradas, normalmente em pequenas bacias de relevo acidentado. É
caracterizada pela elevação súbita das vazões de determinada drenagem e transbordamento
brusco da calha fluvial.
A inundação ocorre quando as águas dos rios, riachos, galerias pluviais saem do leito
de escoamento devido à falta de capacidade de transporte de um destes sistemas e ocupa áreas
onde a população utiliza para moradia, transporte, recreação, comércio, indústria, entre outros
(TUCCI, 2007).
As enchentes ocorrem, principalmente, pelo processo natural no qual o rio ocupa o seu
leito maior, de acordo com os eventos extremos, em média com tempo de retorno da ordem de
2 anos. Adicionalmente o desenvolvimento urbano pode produzir obstruções ao escoamento
como aterros e pontes, drenagens inadequadas e obstruções ao escoamento junto a condutos e
assoreamento (TUCCI, 2007).
Classificasse como alagamentos a extrapolação da capacidade de escoamento de
sistemas de drenagem urbana e consequente acúmulo de água em ruas, calçadas ou outras
infraestruturas urbanas, em decorrência de precipitações intensas. A Figura 1 sintetiza
visualmente as definições acima para uma maior compreensão dos fenômenos.

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Figura 1: Perfil Esquemático de enchente, inundação e alagamento

Fonte: Defesa Civil de São Bernardo do Campo/SP (2011)

Dentre os fatores que colaboram para o fenômeno do alagamento podemos destacar a


falha do sistema de drenagem urbana pela ineficiência ou inexistência da gestão dos resíduos
sólidos urbanos e a alta taxa de impermeabilização do solo. Em muitos casos estes sistemas são
antigos, e foram projetados não prevendo tamanho processo de urbanização, o que faz que ele
esteja subdimensionado frente à situação atual das cidades urbanizadas. Já alta taxa de
impermeabilização do solo diminui a parcela de chuva que infiltraria no solo, fazendo com que
praticamente toda a precipitação escoe superficialmente na região.
A região no entorno da Praça Humaitá, localizada na cidade de Duque de Caxias, região
metropolitana do estado do Rio de Janeiro, sofre há anos com problemas recorrentes de
alagamentos causados por enxurradas, principalmente nos meses do verão, quando as
precipitações são mais intensas e frequentes. Ao todo, foram 70 matérias jornalísticas entre
1935 e 2010 sobre os impactos da chuva no município verificados com chuvas a partir de 60
mm/h (OSCAR JR., 2015).

Figura 2: Reportagem jornalística sobre chuva em Duque de Caxias, RJ, de 1988.

Fonte: ANPUH (2019)

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Figura 3: Reportagem jornalística sobre chuva em Duque de Caxias, RJ, de 2018.

Fonte: BANDNEWS FM (2018)

Segundo o documento do Plano Municipal de Saneamento Básico de Duque de Caxias


(PMSBDC), as características físicas das bacias hidrográficas em conjunto com o padrão
histórico de urbanização e ocupação do solo observados no município configuram as altas
percentagem de habitantes em áreas de risco de inundação. Apesar de diversos estudos e
intervenções já realizadas para as bacias hidrográficas do município, os prejuízos provocados
por eventos de inundação continuam se intensificando devido à falta de ações contínuas de
planejamento para redução dos riscos e falhas do sistema de drenagem.
A Avenida Brigadeiro Lima e Silva, uma das mais importantes da cidade pois recebe
todo o fluxo rodoviário que chega na cidade pela Linha Vermelha, Avenida Brasil e Rodovia
Washington Luiz e os liga com o Centro de Duque de Caxias, fica completamente interditada
durante essas ocorrências, causando enorme prejuízo econômico e social à cidade.
Por ser tratar de uma via tão importante para o município, a realização de obras de
ampliação do sistema de drenagem aparenta ser uma solução complicada, pois teria um impacto
muito grande no acesso à cidade, sendo por isso aparentemente inviável.
Outra solução, citada inclusive no relatório final de dezembro de 2017 do Plano
Municipal de Saneamento Básico Município De Duque de Caxias seria a adoção de Medidas
Compensatórias Estruturais, como por exemplo a construção de um reservatório de
amortecimento de cheias. Medida tem a vantagem de não interferir no transito e demais
atividades do entorno, pois sua implantação pode ocorrer na Praça Humaitá, com pouca
intervenção na vizinhança.
A Lei do Saneamento (Nº 11.445 de 5 de janeiro de 2007), em seu Art.3º, define a
Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas como o conjunto de atividades, infraestruturas

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e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou


retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas
pluviais drenadas nas áreas urbanas.
Os reservatórios de amortecimento de cheias são estruturas simples, utilizadas para
controle na fonte, atuando no local onde é gerado o escoamento (AGRA, 2001). Nestes são
captadas as águas pluviais, armazenando temporariamente o excesso de vazão gerado em
função da redução da parcela de infiltração do solo, lançando vazões controladas no sistema de
drenagem urbana (DRUMOND; COELHO; MOURA, 2014).
Na Figura 4 é demonstrado por Alves e Costa (2007) ilustrativamente a diferença de
vazão máxima em duas situações, uma com reservatório de detenção e a outra sem reservatório
de detenção.

Figura 4: Amortecimento da onda de cheia provocada por um reservatório de detenção

Fonte: Alves e Costa (2007)

1.1. OBJETIVOS

Objetivo geral

Avaliar a implantação de um reservatório de amortecimento de cheias na Praça


Humaitá, na cidade de Duque de Caxias – Rio de Janeiro.

Objetivos específicos

• Estudar o balanço hídrico da microbacia da região da Praça Humaitá;


• Determinar do Hidrograma Afluente ao Reservatório;
• Verificar a eficácia e viabilidade da implantação de um reservatório de amortecimento
de cheias;

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1.2 JUSTIFICATIVA

A construção de um reservatório de amortecimento de cheias tem indicação quando um


sistema de drenagem falha e gera alagamentos em uma cidade consolidada, especialmente em
locais densamente ocupados e com redes de drenagem já implantadas e poucas opções para
aumento da capacidade da rede de drenagem. Esse tipo de infraestrutura é, portanto, uma
solução interessante para zonas já altamente densificadas como é o bairro Jardim Vinte e Cinco
de Agosto em Duque de Caxias – RJ, onde é complexo alterar a logística da cidade para
modernização da rede pública de drenagem pluviométrica. Sua implantação se adequa a espaços
públicos de lazer, integrando-se à composição paisagística da cidade. Desta forma, a finalidade
deste estudo é avaliar a viabilidade de implantação de um reservatório de amortecimento de
cheias na Praça Humaitá, na cidade de Duque de Caxias – Rio de Janeiro.

1.3. METODOLOGIA

Foram executadas as seguintes etapas deste trabalho:

i. delimitação preliminar da área de estudo;


ii. obtenção das curvas de nível da região;
iii. modelagem de superfície do terreno;
iv. determinação da Microbacia da Praça Humaitá;
v. caracterização morfométrica da microbacia;
vi. vazão de contribuição;
vii. capacidade de captação da rede de drenagem da região e;
viii. dimensionamento do reservatório.

2. ESTUDO DE CASO

A Praça Humaitá, em Duque de Caxias – RJ, foi o local escolhido para se estudar a
implantação de um reservatório de amortecimento de cheia devido à recorrência e impacto das
inundações no seu entorno.

2.1 Determinação preliminar da área de estudo

Para a determinação da área de contribuição para as inundações no entorno da Praça


Humaitá, foi delimitada preliminarmente a microbacia a qual o local pertence utilizando o
software Google Earth Pro, onde foram traçados perfis de elevação até que fosse possível
estimar a área desta microbacia conforme a Figura 10.

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Figura 5: Perfil de Elevação – Av. Brigadeiro Lima e Silva

Fonte: Google Earth Pro, modificado pelo autor (2019).

Foi utilizado o software Google Earth Pro versão 7.3.2, onde, após a determinação
preliminar da área de estudo, a região foi salva com extensão .kmz, preservando seu
georreferenciamento e altimetria, a fim de ser utilizado em outros softwares.
As curvas de nível foram obtidas através do software GlobalMapper v20.0, onde, após
a importação da área preliminar de estudo, foram geradas a cada metro para se ter uma
caracterização mais detalhada do terreno. O arquivo foi exportado para a extensão .dwg, para
que pudesse continuar a análise em outros softwares.

Figura 6: Curvas de nível da região de estudo

Fonte: GlobalMapper, modificado pelo autor (2019).

Utilizando o software Autodesk Civil 3D 2020, as curvas de nível geradas pelo


GlobalMapper foram convertidas em superfície a fim de se realizar melhores análises quanto à
área de contribuição efetiva para o local de estudo. Posteriormente foram realizadas análises
das curvas de nível, setas de inclinação e microbacias geradas pelo próprio software. Com essas
informações, foi possível delimitar a área de contribuição efetiva para este estudo.

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Figura 7: Delimitação da Microbacia da Praça Humaitá

Fonte: Autodesk Civil 3D, modificado pelo autor (2019).

A sua microbacia foi delimitada possuindo um perímetro de 2,95 km e área total de 0,48
km² e tem a rua General Dionísio como calha principal de escoamento superficial chegando a
10m de elevação no cruzamento com a Avenida Brigadeiro Lima e Silva e está representada na
Figura 17.

Figura 8: Microbacia da Praça Humaitá

Fonte: Autodesk Civil 3D, modificado pelo autor (2019).

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2.2 Caracterização Morfométrica

A fisiografia da microbacia permite um melhor entendimento do comportamento


hidrológico de uma bacia hidrográfica, principalmente na ocorrência de eventos extremos. Os
dados que analisaremos são o Fator de Forma (Kf), Coeficiente de Compacidade (Kc) e Índice
de Conformação (Ic).

Fator de Forma (Kf)

O Fator de forma (Kf) é a relação entre a largura média e o comprimento axial da bacia
(da foz ao ponto mais longínquo do espigão). Uma bacia com fator de forma baixo indica que
a mesma é menos sujeita a enchentes que outra, de mesmo tamanho, porém com fator de forma
maior (Villela & Mattos, 1975). Ele é calculado a partir da “Equação 1” e o valor obtido foi
0,56, resultado que denota tendência mediana à grandes enchentes.

𝐴
𝐾𝑓 = (1)
𝐿𝑥 2
Onde:
• Kf é o fator de forma;
• A é a área da bacia e;
• Lx é o comprimento axial da bacia.

Coeficiente de Compacidade (Kc)

O Coeficiente de compacidade (Kc) que é a relação entre o perímetro da bacia e a


circunferência de um círculo de área igual à da bacia. Esse coeficiente é um número
adimensional que varia com a forma da bacia independente do seu tamanho, assim quanto mais
irregular ela for, maior será o coeficiente de compacidade, ou seja, quanto mais próxima da
unidade, mais circular será a bacia e será mais sujeita a enchentes (Villela & Mattos, 1975). É
calculado a partir da “Equação 2” e o valor obtido foi de 1,19, que denota grande propensão à
grandes enchentes para esta bacia.

𝑃
𝐾𝑐 = 0,28
√𝐴 (2)
Onde:
• Kc é o coeficiente de compacidade;
• P é o perímetro e;
• A é a área da bacia.

Índice de Conformação (Ic)

O Índice de Circularidade é outro parâmetro utilizado. Ele tende para a unidade à medida
que a bacia se aproxima da forma circular e diminui à medida que a forma se torna alongada
(Tonello, 2005). Ele é calculado pela “Equação 3” e foi obtido o resultado de 0,70, valor esse
que demostra tendência elevada a enchentes.:

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𝐴 (3)
𝐼𝑐 = 12,57
𝑃2

Onde:
• Ic é o índice de circularidade;
• A é a área e;
• P é o perímetro.

Vazão de contribuição

A vazão de contribuição foi determinada por meio do Método Racional (TUCCI, 2009)
por se tratar de área de até 2 km², conforme a “Equação 4”. O valor obtido para a vazão foi de
55.110,83 m³/h.

𝑄𝑝ó𝑠 = 𝐶 × 𝑖𝑝ó𝑠 × 𝐴 (4)


(4)
onde:
• Qpós (m³/h) é a vazão de contribuição de área no cenário de pós-urbanização;
• C é o coeficiente de escoamento superficial;
• ipós (m/h) é a intensidade da precipitação no cenário de pós-urbanização;
• A (m²) é a área de estudo.

Coeficiente de Escoamento Superficial.

O coeficiente de escoamento superficial foi obtido considerando que a região é


predominantemente pavimentada, pois ainda que existam hoje pequenas áreas arborizadas, elas
são pontuais e não há garantias da sua manutenção no futuro. O valor de C foi calculado como
a média dos valores esperados para as superfícies de asfalto, concreto, calçadas e telhados da
“Tabela 1”, resultando no valor de 0,84.

Tabela 1: Valores do coeficiente de escoamento superficial C


Superfície Intervalo de C Valor esperado de C
Pavimento
Asfalto 0,70 a 0,95 0,83
Concreto 0,80 a 0,95 0,88
Calçada 0,75 a 0,85 0,80
Telhados 0,75 a 0,95 0,85
Fonte: Adaptado de Tucci (2009).

Tempo de Retorno

O tempo de retorno adotado para o projeto foi de 25 anos, conforme instruções técnicas
para elaboração de estudos hidrológicos e dimensionamento hidráulico de sistemas de
drenagem urbana aprovada pela portaria O/SUB – RIO AGUAS (N) n°.004/2010. Após a
determinação do TR, é aplicado um fator de correção (Cf) ao coeficiente de escoamento
superficial de acordo com a Tabela 3.

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Tabela 2: Fator de correção do coeficiente de escoamento C


Tempo de retorno (anos) Cf
2 a 10 1,00
25 1,10
100 1,25
Fonte: Tucci (2009)
Intensidade de Precipitação

A determinação da intensidade de precipitação é adotada pela “Equação 5”, proposta


por Fendrich (2003), resultando em uma intensidade de precipitação de 0,1356 m/h.

𝐾 × 𝑇𝑅 𝑎
𝑖=
(𝑡 + 𝑏)𝑐 (5)

onde:
• i (m/h) é a intensidade de precipitação;
• k, a, b e c são coeficientes de ajustamento específicos para cada localidade.
• TR é o tempo de retorno em anos;
• t é a duração da precipitação em minutos;

Parâmetros da Equação I-D-F

Na região não há estações pluviométricas, sendo necessária a utilização do software


Plúvio 2.1, desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa em Recursos Hídricos do Departamento de
Engenharia Ambiental da Universidade Federal de Viçosa para obtenção dos parâmetros da
“Equação 5” conforme figura 9.

Figura 9: Coeficientes de Ajustamento para a Praça Humaitá, Duque de Caxias.

Fonte: Pluvio 2.1, modificado pelo autor (2019).

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Duração da Precipitação

Equivale ao tempo de concentração (tc) da bacia e, no caso de macrodrenagem utiliza-


se a fórmula de “Kirpch”, descrita na “Equação 6”, para bacias com áreas de drenagem de até
100 há. O valor obtido para o tempo de concentração foi de 13,90 minutos.

𝐿3
𝑡𝑐 = 57( )0,385 (6)
𝐻
onde:
• tc (min) é o tempo de concentração da bacia;
• L (km) é a extensão do curso d’água e;
• H (m) é o desnível entre a cabeceira do talvegue principal até o local.

A partir da aplicação dos coeficientes de ajustamento obtidos pelo software Pluvio 2.1
foi possível gerar a Curva I-D-F (intensidade, duração e frequência) para a região da Praça
Humaitá, conforme a Figura X.

Figura 10: Curva Intensidade-Duração-Frequência da região da Praça Humaitá


170
160
150
Intensidade da precipitação em mm/h

140
130
120
110
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
Duração da precipitação, em minutos

TR = 2 anos TR = 5 anos TR = 10 anos TR = 25 anos

Fonte: Autor (2019).

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Tabela 3: Resultados da caracterização da microbacia da Praça Humaitá.


DADO Valor Obtido

Fator de Forma (kf) 0,56

Coeficiente de Compacidade (kc) 1,19

Índice de Conformação (Ic) 0,70

Coef. de Escoamento Superficial (C) 0,84

Fator de correção do coeficiente de escoamento (Cf) 1,10

Intensidade de Precipitação (i) 120,88 mm/h

Coeficiente de Ajustamento K 4.707,296

Coeficiente de Ajustamento a 0,212

Coeficiente de Ajustamento b 60,989

Coeficiente de Ajustamento c 0,98

Tempo de Retorno (TR) 25 anos

Duração da Precipitação (t = tc) 13,90 min


Desnível entre a cabeceira do talvegue principal até
50m
o local de interesse (H)
Extensão do curso d’água (L) 1,09 km

Área de Microbacia (A) 0,4839 km²

Vazão de Contribuição (Q) 55.110,83 m³/h


Fonte: Autor (2019).

2.4 Capacidade de Escoamento da Rede de Drenagem da Região;

Não há hoje informações sobre o atual sistema de drenagem da região, mesmo em visitas
à prefeitura e secretaria de obras não foi possível obter nenhuma informação. Serão utilizados
para este trabalho dados fornecidos por fonte confidencial de um projeto que está em estudo
para a implantação de uma nova rede de drenagem na região conforme figura 16.

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Figura 11: Plano de Combate às Enchentes na Praça Humaitá, projeto em andamento.

Fonte: Google Earth Pro, modificado pelo autor (2019)

Este projeto é dividido em 3 trechos conforme a seguir:

• 1º trecho: 482m de GALERIA CIRCULAR com diâmetros de [∅=1000mm] e


[∅=1200mm] percorrendo a Rua Mal. Bento Manoel e a Rua Professor José de Souza
Herdy;

• 2º trecho: 305m de GALERIA CIRCULAR com diâmetros de [∅=800mm] e


[∅=1000mm] percorrendo a Rua General Dionísio até esquina com Rua Professor José
de Souza Herdy;

• 3º trecho: 627m de GALERIA DE CONCRETO PRÉ-MOLDADO, SEÇÃO


RETANGULAR [∅=4,00X3,00m], [∅=5,00X3,00m], [∅=5,00X4,00m] e
[∅=6,00X4,00m] subterrânea pela Rua General Dionísio com desemboque no rio
Pavuna-Meriti;

Como os trechos 1 e 2 estão em paralelo entre si, e ambos em série com o trecho 3,
foram considerados a soma das vazões dos trechos 1 e 2 e a vazão do trecho 3 (Qren.3), sendo
adotado o menor entre esses dois valores. O cálculo das vazões foi realizado pelo software
Canal, desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa em Recursos Hídricos do Departamento de
Engenharia Ambiental da Universidade Federal de Viçosa. Os resultados seguem nas Figuras
12 e 13 abaixo:

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Figura 12: Cálculo da vazão de drenagem do trecho 1.

Fonte: Canal, modificado pelo autor (2019)

As vazões dos trechos 1 e 2 somadas resultam em uma vazão de 3,18m³/s ou 11.448


m³/h de escoamento da rede de drenagem proposta.

Figura 13: Cálculo da vazão de drenagem do trecho 2.

Fonte: Canal, modificado pelo autor (2019)

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Figura 14: Cálculo da vazão de drenagem do trecho 3.

Fonte: Canal, modificado pelo autor (2019)

A vazão do trecho 3 é de 62,53m³/s ou 225.108 m³h. Foi então adotada a vazão do


trecho 1 e 2, pois por ser menor, será a limitante de escoamento da rede.

2.5 DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO.

Os reservatórios de contenção de cheias são normalmente compostos pelas câmaras


principal e secundária, divididas por um septo, conforme pode ser verificado no projeto
genérico apresentado na Figuras 15.

Figura 15: Planta o reservatório de amortecimento de cheias

Fonte: SOUZA (2018)

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O orifício regulador de vazão, localizado na base do septo, é a estrutura hidráulica de


descarga que permite o esvaziamento contínuo do reservatório, devendo obrigatoriamente este
escoamento ser por gravidade. O septo funciona como um vertedouro no caso de a máxima
lâmina de água do reservatório ser atingida, evento em que o escoamento se dá por cima do
septo, como demonstrado nas Figuras 16 e 17.

Figura 16: Corte A do reservatório de amortecimento de cheias

Fonte: SOUZA (2018)

Figura 17: Corte B do reservatório de amortecimento de cheias

Fonte: SOUZA (2018)

Seu funcionamento ocorre da seguinte maneira:

• A vazão de entrada é direcionada para sua câmara principal;


• A vazão de saída se dá pelo orifício regulador de vazão, seguindo para a câmara
secundária e posteriormente para as galerias de águas pluviais;
• A diferença entre a vazão de entrada e a vazão de saída implica na mudança do nível de
água, o qual determina a vazão de saída do reservatório;
• Caso a lâmina de água na câmara principal venha a atingir seu nível máximo, que é a
altura do septo divisório, ocorrerá o seu transbordamento e a água será lançada para a
câmara secundária por cima do septo, podendo diminuir a eficiência na redução de
vazão.

A eficiência dos reservatórios de contenção de cheias pode variar em função de seus


parâmetros de dimensionamento, conforme citado por Souza (2013) em seu estudo de

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reservatórios na escala de pequenos lotes residenciais e a sua influência no sistema de drenagem


urbana.
A falha dos reservatórios pode ser resultado da incerteza associada aos parâmetros de
dimensionamento, tais como a determinação da vazão de entrada e do tempo de duração da
vazão, bem como o hidrograma oriundo da relação estabelecida entre esses parâmetros, além
da área de base do reservatório, a área de seção e o coeficiente de descarga do orifício regulador
de vazão (PAIK, 2008).
A situação ideal de projeto é aquela em que é possível direcionar por gravidade a vazão
de saída da câmara secundária até a galeria de águas pluviais, sem necessidade de bombeamento
após passagem pelo orifício regulador de vazão. Neste caso de projeto a cota da geratriz inferior
da tubulação de ligação à galeria pluvial é mais baixa que a da tubulação de entrada de água
pluvial no reservatório, de modo a evitar que algum problema de obstrução do orifício regulador
de vazão ocasione transbordamento do reservatório e, por consequência, possibilidade de
alagamento de áreas adjacentes internas ao lote ou edificação.
Mesmo nos casos em que é possível direcionar por gravidade a vazão de saída até a
galeria de águas pluviais, recomenda-se que exista uma tubulação de extravasamento com cota
da geratriz inferior abaixo da cota da tubulação de entrada, garantindo assim que uma possível
obstrução do orifício regulador de vazão ou da tubulação de ligação não ocasione os mesmos
problemas citados anteriormente. A tubulação de extravasamento também deve permitir o
escoamento por gravidade até as galerias existentes. Um exemplo genérico desta situação pode
ser observado na Figura 18.

Figura 13: Reservatório em situação ideal de projeto

Fonte: SOUZA (2018)

Quando não é possível direcionar por gravidade a vazão de saída até a galeria de águas
pluviais, após a passagem pelo orifício regulador de vazão é feito bombeamento hidráulico na
câmara secundária, de modo a se elevar a água por meio de uma tubulação de recalque até a
tubulação de ligação, atingindo então o nível das galerias existentes, conforme exemplo
genérico apresentado na Figura 19.

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Figura 14: Reservatório com necessidade de bombeamento

Fonte: SOUZA, 2018

Conforme proposto por Canholi (2005), foi adotado o hidrograma de entrada de vazões
no reservatório pelo método do hidrograma triangular simplificado baseado no Método
Racional. No caso, é considerado um hidrograma em forma de triângulo isósceles, sendo a base
igual ao dobro do tempo de concentração. O tempo de duração da precipitação é o próprio
tempo de concentração, sendo a precipitação considerada constante ao longo desse tempo.

Figura 20: Hidrograma de entrada no reservatório


60000
55110
50000

40000
VAZÃO (M³/H)

30000

20000

10000

0
0 5 10 13,9 15 20 25 30
TEMPO (MIN)

Fonte: Autor (2019)

Durante uma precipitação de intensidade constante, o escoamento aumenta até alcançar


um máximo no pico da vazão de entrada, momento em que cessa a precipitação e o escoamento
passa gradualmente a reduzir, chegando a zero (HONG; YEH; CHEN, 2006).
O volume máximo para o reservatório foi calculado a partir da vazão dada pelo Método
Racional multiplicada pela duração da precipitação, conforme a “Equação 7”. Neste caso foi
considerado que o reservatório deveria armazenar toda a vazão oriunda da área

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impermeabilizada, desconsiderando que ocorre simultaneamente a descarga pelo orifício


regulador de vazão e a vazão absorvida pelo sistema de drenagem.

𝑉𝑚á𝑥 = 𝑄. 𝑡 (7)

onde:
• Vmáx (m³) é o volume máximo do reservatório;
• Q (m³/h) é a vazão de contribuição da microbacia;
• t (h) é a duração da precipitação considerada.

O volume mínimo para o reservatório foi calculado a partir da diferença entre a vazão de
contribuição e a vazão de ecoada pela drenagem, multiplicada pela duração da precipitação,
conforme a “Equação 10”. Neste caso foi considerado que o reservatório deveria armazenar
apenas o excedente da vazão que a rede de drenagem não seria capaz de escoar.

𝑉𝑚𝑖𝑛 = (𝑄 − 𝑄𝑑𝑟𝑒𝑛 ). 𝑡 (8)

onde:
• Vmin (m³) é o volume mínimo do reservatório;
• Q (m³/h) é a vazão de contribuição da área no cenário de pós-urbanização;
• Qdren (m³/h) é a vazão de absorvida pela rede de drenagem;
• t (h) é a duração da precipitação.

Tabela 4: Resultado dos Volumes Máximo e Mínimo para o Reservatório de Amortecimento.


DADO VALOR OBTIDO UNIDADE
Duração da precipitação = tempo
t 13,9 min
de concentração
Q Vazão de Chuva 55.110,83 m³/h
Vazão escoada pelo sistema de
Qdren 11.448 m³/h
drenagem
Vmáx Volume Máximo do Reservatório 12.767,34 m³

Vmin Volume Mínimo do Reservatório 10.115,22 m³


Fonte: Autor (2019).

Para a locação do reservatório na praça, uma área de construção de aproximadamente 2


mil m² seria suficiente para atender ao volume máximo em uma profundidade de 6,5m, com
margem tanto na profundidade quanto na área da implantação para melhor composição do
projeto com relação à praça.

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Figura 20: Implantação do Reservatório de Amortecimento na Praça Humaitá

Fonte: Google Earth, modificado pelo autor (2019)

3. DISCUSSÃO DE RESULTADOS

O estudo das características morfométricas da microbacia da Praça Humaitá aponta para


tendências de medianas a alta a propensão de enchentes na região, e este fenômeno é verificado
pela ocorrência recorrente de alagamentos, principalmente no verão, causando transtornos à
toda a cidade e sobretudo ao acesso ao centro urbano do município.
Essa tendência é agravada por diversos fatores dentre os quais podemos destacar a falta
de áreas verdes, alto índice de impermeabilização do solo, topografia com declividades elevadas
e falha do sistema de drenagem atual.
A presença de áreas verdes com qualquer tipo de vegetação contribui na retenção de
parte da precipitação, tanto por infiltração no solo quanto pela retenção nas folhas, devolvendo
essa parcela de água para a atmosfera, seja através das águas subterrâneas ou pela
evapotranspiração, aliviando assim a parcela que escoa superficialmente. A falta de ações neste
sentido é fator de grande relevância no agravamento dos alagamentos da região.
Outrossim, todas as ruas, calçadas e praças e edificações da região são praticamente
impermeáveis, contribuindo para o elevado escoamento superficial das precipitações. Medidas
como uso de pavimentos drenantes nas calçadas, trincheiras de infiltração, e a implantação de
áreas verdes seriam de valiosa ajuda no combate ao problema.
A topografia da região indica que o cruzamento da Avenida Brigadeiro Lima e Silva
com a Rua General Dionísio, esquina da Praça Humaitá, funciona como uma calha de
escoamento para toda a precipitação na área da Microbacia, fazendo deste local o ponto crítico
dos alagamentos da região.
A rede de drenagem é ineficiente, pois não consegue escoar toda a vazão das chuvas
direcionada a ela. Há também de se reforça a necessidade de uma política eficaz em relação ao
gerenciamento dos resíduos sólidos da região, para que a falha neste quesito não sobrecarregue

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o sistema de drenagem. A rede é antiga e não há informações sobre seu dimensionamento e


características, tornando difícil o estudo de sua capacidade atual.
Em visitas à prefeitura e secretaria de obras, foi possível obter informações preliminares
sobre um plano de combate às enchentes ainda em fase de estudos que contempla a
problemática da Praça Humaitá. Estas informações preliminares foram utilizadas no
dimensionamento da drenagem da região, a fim de que este trabalho possa futuramente ser
integrado a este plano.
Recentemente foram implantados reservatórios de amortecimento em três pontos da
cidade do Rio de Janeiro, na Praça da Bandeira, Praça Niterói e Praça Varnhagen. Em todos os
casos a implantação foi bem-sucedida, eliminando os problemas de alagamentos da região,
principalmente na Praça da Bandeira, mostrando assim ser uma solução interessante a ser
considerada para este tipo de situação.
De acordo com os resultados deste estudo, seria necessária a construção de um
reservatório que comportasse receber aproximadamente 12,8 mil m³ cúbicos de água das chuvas
para que o sistema fosse eficaz independente da eficácia da drenagem da região ou 10,2 mil m³
para o caso de implantação conjunta com sistema de drenagem do plano de combate às
enchentes em estudo. Estes valores são mais baixos que os das três praças no Rio de Janeiro, a
Praça da Bandeira por exemplo tem capacidade para cerca de 18 mil m³, enquanto a Praça
Varnhagen possui capacidade para 43 mil m³ e a Praça Niterói capacidade para 58 mil m³.

4. CONCLUSÃO

A implantação de um reservatório de amortecimento de cheias é favorecida pela Praça


Humaitá ser o local mais crítico do problema, podendo-se realizar quase que toda a obra de
implantação sem quase ou nenhum impacto para o trânsito e demais atividades no seu entorno.
Esta solução também se integra com outros aspectos positivos para a região, como a
possibilidade de revitalização da Praça Humaitá como área de cultura, lazer e atrativo
paisagístico, e pela possibilidade de associar ao reservatório um sistema de reaproveitamento
das águas captadas. Essa água pode ainda ser utilizada tanto pelo próprio poder público como
também pela vizinhança, que poderia aproveitar a água pluvial captada para atividades como
lavagem de ruas e calçadas, rega de áreas verdes entre outras mais.
Podemos afirmar, portanto, que a implantação deste reservatório possui significativa
viabilidade do ponto de vista técnico e ambiental. Técnico porque é possível resolver o
problema sem depender de outros aspectos, como a drenagem da região por exemplo e
ambiental porque proporciona a possibilidade da revitalização da Praça considerando o
paisagismo e principalmente pela possibilidade do reuso das águas captadas.
Recomenda-se, mediante a estes aspectos positivos, aprofundar-se os estudos do ponto
de vista de projeto de construção, manutenção e operação do reservatório, bem como de seus
respectivos custos. Recomenda-se também aprofundar o estudo da rede de drenagem da região,
seja pelo levantamento técnico do as built da rede atual ou adotando o proposto pelo plano de
combate às enchentes em estudo pelo município de Duque de Caxias, a fim de que se possa
fornecer subsídios para a adoção desta medida por meio do poder público em tempo oportuno.

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REFERÊNCIAS

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