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Arturo Escobar

❏ Nascido em 20/11/1952 na Colômbia;


❏ Professor na Universidade da Carolina do Norte;
❏ Antropólogo
❏ Política ecológica;
❏ Antropologia do desenvolvimento;
❏ Movimentos sociais;
❏ Movimentos anti-globalização;
❏ Teoria do Pós Desenvolvimento;
Teorias do Desenvolvimento

❏ I) A Teoria da Modernização (1950 - 1960) - Liberal


❏ Benefícios do Capital, Ciência e Tecnologia;

❏ II) A Teoria da Dependência (1960 - 1970) - Marxista


❏ Dependência Externa e Exploração Interna;
❏ Crítica ao Modo de Produção Capitalista;

❏ III) Crítica ao Desenvolvimento como Discurso Cultural (1980 - 1990) -


Pós-Estruturalista
❏ Crítica ao Desenvolvimento como um discurso de origem ocidental para produção
cultural, social e econômica do Terceiro Mundo;
Elementos Principais da Crítica Pós-Estruturalista

❏ I) Teoria do Desenvolvimento no Pós Guerra


❏ "Fue durante ese período que todo tipo de “expertos” del desarro-llo empezó a aterrizar masivamente
en Asia, África y Latinoamérica, dando realidad a la construcción del Tercer Mundo.”

❏ II) O “discurso” do desenvolvimento possibilitou a criação de um vasto


aparato institucional
❏ Bretton Woods (Banco Mundial e FMI); ONU;

❏ III) Exclusão da discussão sobre o Desenvolvimentos daqueles que


seriam os beneficiados, isto é, dos pobres na Ásia, África e América
Latina
Teorias do Desenvolvimento
Críticas ao Pós-Desenvolvimento

❏ I) O enfoque no discurso, faz com que o pós-desenvolvimento deixe


de lado questões como pobreza e capitalismo;
❏ Resposta: Modernidade e o capitalismo são simultaneamente sistemas de discurso e
de práticas.

❏ II) Apresenta um visão genérica e essencialista do desenvolvimento;


❏ Resposta: o Pós-estruturalismo visa analisar a questão discursiva como um todo,
não como se disputa e hibridiza em localidades específicas.

❏ III) Romantiza as tradições locais e os movimentos sociais.


❏ Resposta : Muitos movimentos sociais buscam objetivos que vão além de
necessidades materiais.
Para além do 3° Mundo: Fracassos da Modernidade e Globalidade
Imperial
A partir da globalização, nos encontramos em um momento de transição da
modernidade e de seu paradigma conceitual, incluindo neste os conceitos de
desenvolvimento e de modernização.

As possibilidades do pós-desenvolvimento dependem da avaliação deste


momento:

O processo de globalização representa o aprofundamento da modernidade


capitalista, como último estágio dela, ou é o começo de algo novo?
Para além do 3° Mundo: Fracassos da Modernidade e Globalidade
Imperial
Para Boaventura de Souza Santos (2002), estaríamos transcendendo o
paradigma da modernidade em pelo menos dois pontos:
● Epistemológico: com a diminuição do domínio da ciência moderna e abertura
para novas formas de conhecimento
● Social-político: a transição entre o capitalismo global para formas emergentes
de movimentos sociais, e eventos, como o Fórum Social Mundial, por
exemplo.
Para além do 3° Mundo: Fracassos da Modernidade e Globalidade
Imperial
Segundo Boaventura de Souza Santos, o ponto chave desse processo é a
tensão/conflito entre a regulação social e a emancipação social, que desafia a
ordem criada em busca de um ordenamento diferente.

Pós-modernismo oposicional: “as condições que produziram a crise da


modernidade ainda não se converteram nas condições de superar a crise para
além da modernidade” [...] “são problemas modernos cujos quais não existem
soluções modernas”
Para além do 3° Mundo: Fracassos da Modernidade e Globalidade Imperial

O pós-modernismo oposicional é a busca de soluções pós-modernas para


problemas modernos por meio da configuração de teorias e práticas de
reinvenção de emancipação social a partir dos escombros das promessas de
emancipação modernas. Deste modo, para Boaventura e também para Escobar,
a globalização não é a última etapa da modernidade capitalista, mas sim o
começo de algo novo!
Para além do 3° Mundo: Fracassos da Modernidade e Globalidade Imperial

Para Escobar, porém, aparentemente ainda não estão dadas as condições


necessárias para a instauração da visão do pós-desenvolvimento, por dois
motivos:
● A nova faceta do imperialismo global
● O crescente fascismo social
Para além do 3° Mundo: Fracassos da Modernidade e Globalidade Imperial

Com o fracasso da ciência e do mercado em oferecer soluções aos problemas


que criaram, houve o predomínio estrutural da exclusão sobre a inclusão - >
pessoas deixadas em um verdadeiro “estado natural”

Estado que deu origem ao fascimo social como regime social e civilizacional que
coexiste com sociedades democráticas e que opera em termos da exclusão
social; territórios de luta armada; o fascismo da insegurança e o fascismo
financeiro, que dita a marginalização de regiões e países que não cumprem as
condições requeridas ao capital, estipuladas pelo FMI.
Para além do 3° Mundo: Fracassos da Modernidade e Globalidade Imperial

Sendo assim, a globalidade imperial surge como um novo modelo de império,


capitaneado pelos E.U.A mas não “controlado” por ele, por meio da soberania de
suas corporações e mercados.

Desta forma, a capacidade de mobilização da violência ao “Terceiro Mundo” por


meio da multiplicidade de pequenas guerras, vinculadas a atual lógica global e
conectadas com o futuro, fazem do Sul global e do “Sul dentro do Centro” um
campo de identidades fragmentadas, transformando culturas de solidariedade em
culturas de destruição.
Conclusão

Dada essas condições, o pós-desenvolvimento seria uma fantasia?

O processo de repensar radicalmente o desenvolvimento e a modernidade abre a


porta para poderosas possibilidades. Aceitar essa possibilidade significa relegar
os conceitos de desenvolvimento e de Terceiro Mundo ao passado!

Porém ainda é marcante a incapacidade dos pensadores do desenvolvimento e


eurocentristas de imaginarem um mundo sem e para além do desenvolvimento e
da modernidade.
Conclusão
“Ya no puede pensarse la modernidad como la Gran
Singularidad, el atractor gigante hacia el cual todas
las tendencias gravitan ineludiblemente, el camino a
ser caminado por todas las trayectorias que
desembocarían en un estado inevitablemente estable.
Por el contrario, la “modernidad y sus exterioridades”,
[...] deberían tratarse como una verdadera
multiplicidad donde las trayectorias son múltiples y
pueden desembocar en múltiples estados.”

Arturo Escobar

El “postdesarrollo” como concepto y práctica social


obrigado!!
Felipe Silva Reis

Giovani Leite

Thiago Vieira Ishie

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