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Discente:
GPS calcula a distância até os satélites GPS cronometrando o tempo de viagem de um sinal
do satélite ao receptor. Em determinado momento, o satélite começa a transmitir um padrão
digital longo, chamado código pseudo-aleatório. Distância é, na verdade, “pseudodistância”,
por causa do relógio do usuário.
Da teria dos erros tem-se que todas as medições contem erros, sejam eles GNSS, que são
realizadas a partir de sinais emitidos por satélites artificiais, também estão sujeitas as mais
diversas fontes de erros. Algumas Principais fontes dos Erros nas Observáveis GPS são:
UERE (User Equivalente range error), Erros de orbita, Erro no relógio do satélite, Os efeitos
da relatividade no GNSS, Refracção Toposferica, Refracção Ionosferica.
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Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 3
2. Objectivos ........................................................................................................................... 4
3. GPS ..................................................................................................................................... 5
7. Conclusão .......................................................................................................................... 14
8. Referências Bibliográfica.................................................................................................. 15
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1. Introdução
Com o evoluir dos tempos e as constantes descobertas científicas, face a um mundo em
constante evolução veio a surtir efeitos nas mais variadas ciências. A Geodesia não foi
excepção e a Geodesia Clássica que conhecíamos, com os seus objectivos e metodologias de
trabalho, vieram a ser alteradas fruto da evolução constante. Assim, nasceu uma derivante da
Geodesia Clássica, denominando-se por Geodesia Espacial.
Os primeiros estudos geodésicos realizados com recurso aos satélites geodésicos datam de
1958 e foram publicadas pelo Observatório Astrofísico da Fundação Smithsonian, a partir de
dados obtidos do Projecto Vanguard. O Projecto Vanguard era de uma participação conjunta
entre o Naval Research Institute (NRI) e o DoD (Department of Defense) com o objectivo de
colocar um satélite em órbita que permitisse obter informações necessárias para o estudo das
propriedades físicas da Terra (IGeoE, 2015).
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2. Objectivos
2.1.Objectivo Geral
Descrever a medição de distâncias e observáveis em GPS.
2.2.Objectivos Específicos
Saber como se efectua a medida de distancias;
Indicar os tipos de observáveis mais utilizados e as suas devidas equações;
Identificar os Principais erros nas observável GPS.
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3. GPS
Os satélites GPS giram em 6 órbitas à volta da terra, efectuando uma volta completa em cada
12 horas aproximadamente, a uma altitude de cerca 20200 km e a uma velocidade de
aproximadamente 11265 km/h. Muito sucintamente, cada satélite possui internamente quatro
relógios atómicos que difundem continuadamente o tempo preciso, assim como, informação
sobre o movimento por ele realizado segundo a órbita que descreve para as estações terrestres,
que tratam essa informação e posteriormente a difundem de volta ao satélite. Os receptores
captam os sinais provenientes dos satélites e calculam a pseudodistância que se encontra de
cada satélite num instante “t”, e a partir desses elementos calcula a sua localização (IGeoE,
2015).
Cada satélite GPS emite em duas frequências sendo L1, de 1575,42MHz (comprimento de
onda de 19cm), e na frequência L2, de 1227,60MHz, (comprimento de onda de 24cm). Estas
frequências podem ser modeladas por dois tipos de códigos, sendo que o código C/A (Coarse
Aquisition) modela apenas a frequência L1 e o código P (Precise) que modela a frequência L1
e L2 (Matos, 2008).
A componente espacial que é constituída pela constelação dos 24 satélites que orbitam em
torno da terra em 6 planos orbitais distintos e separados entre si por cerca de 60 graus de
longitude. Este tipo de disposição no plano espacial permite que sejam permanentemente
visíveis pelos receptores no mínimo 4 satélites acima do horizonte em qualquer ponto da
superfície terrestre e em qualquer instante (IGeoE, 2000).
Componente de controlo constituída por 5 estações terrestres distribuídas pelo globo e por
uma estação de controlo principal Master Control Station (MCS), localizada em Falcon Air
Force Base no Colorado. Este componente tem como função receber os elementos enviados
pelos satélites e corrigir as posições orbitais precisas 36 e correcções aos relógios de cada
satélite, que A posteriori calculam o “tempo GPS37 ” (IGeoE, 20015).
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Componente do utilizador é constituída pelos demais receptores GPS e os demais
utilizadores e tem como função receber os sinais e convertê-los em posição estimada (X, Y,
Z) para o instante (t) e velocidade sendo necessários pelo menos 4 satélites (IGeoE, 2000).
Estes receptores podendo ser de vários tipos e diferentes formas, e são o interface entre o GPS
e o utilizador, no nosso dia-a-dia lidamos com inúmeros destes sistemas, quer seja a bordo do
nosso automóvel, no serviço de controlo de tráfego aéreo de um aeroporto, na navegação
marítima de navio cruzeiro ou em exercícios de âmbito militar.
4. Medição de Distâncias
Um receptor GPS calcula a distância até os satélites GPS cronometrando o tempo de viagem
de um sinal do satélite ao receptor. Em determinado momento, o satélite começa a transmitir
um padrão digital longo, chamado código pseudo-aleatório. Distância é, na verdade,
“pseudodistância”, por causa do relógio do usuário.
O receptor produz o mesmo padrão digital, exactamente no mesmo horário. O sinal do satélite
chega ao receptor com um atraso em relação ao padrão por ele produzido. A extensão do
atraso é igual ao tempo de viagem do sinal. O receptor multiplica esse tempo pela velocidade
da luz para determinar qual distância o sinal viajou. Supondo que o sinal tenha viajado em
linha recta, essa é a distância do receptor até o satélite.
A extensão do atraso é igual ao tempo de viagem do sinal. O receptor multiplica esse tempo
pela velocidade da luz para determinar qual distância o sinal viajou. Supondo que o sinal
tenha viajado em linha recta, essa é a distância do receptor até o satélite.
Para realizar essa medição, tanto o receptor quanto o satélite necessitam de relógios que
podem ser sincronizados no nível do nanossegundo. Para criar um sistema de posicionamento
via satélite utilizando somente relógios sincronizados, nós necessitaríamos de relógios
atómicos em todos os satélites e no próprio receptor. (Carvalho et al, 2009).
Para que a informação da distância seja útil, o receptor também tem que saber onde os
satélites estão. Isso é fácil, considerando que eles viajam em órbitas muito elevadas e
previsíveis. O receptor GPS simplesmente armazena um almanaque, que lhe diz onde cada
satélite deveria estar em qualquer momento determinado. Elementos como a atracção da Lua
e do Sol mudam ligeiramente as órbitas dos satélites, mas o Departamento de Defesa dos
Estados Unidos monitora constantemente suas posições exactas e transmite quaisquer
eventuais ajustes a todos os receptores GPS, como parte dos sinais dos satélites.
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4.1.Formula
Distância = Velocidade X Tempo
Exemplo: provavelmente alguma vez, durante uma trovoada, tentámos determinar a que
distância de nós ela se encontava. Sendo o tempo o intervalo entre a percepção do relâmpago
(época inicial) e a percepção do trovão (época final) e a velocidade a velocidade de
propagação do som. (Carvalho et al, 2009).
5. Observável GPS
As observáveis básicas de um sistema GPS são as variáveis que permitem determinar a
posição, velocidade e tempo. Dentre as observáveis obtidas a partir de informações dos sinais
transmitidos pelos satélites GPS iremos nos concentrar em apenas duas, que são mais
importantes, e utilizadas nas técnicas de posicionamento, são elas a pseudodistância e a fase
da onda portadora.
5.1.Pseudodistância
A pseudodistância representa a distância medida entre a antena do satélite e a antena
receptora, sendo obtida pela multiplicação do tempo de propagação do sinal pela velocidade
da luz. Ela pode ser obtida através dos códigos C/A pela portadora L1 e também com o
código P sobre as portadoras L1 e L2 (Dal Poz, 2005).
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tempo de propagação do sinal entre as antenas do satélite e receptor. Os relógios dos
receptores e dos satélites não são sincronizados entre si e devido a essa falta de sincronismo a
quantidade medida difere da distância geométrica entre o satélite e o receptor a qual é então
denominada pseudodistância. Portanto, pelo fato do código gerado no satélite não ser idêntico
à sua réplica no receptor, a pseudodistância é obtida pelo tempo de descolamento até atingir a
máxima correlação da sequência de código entre ambos os sinais (Dal Poz, 2005).
Outras variáveis que influenciam na real distância geométrica entre o satélite, no instante de
transmissão do sinal, e do receptor, no instante de recepção do sinal, são: erro da órbita do
satélite, erro do relógio do satélite e do receptor em relação ao GPS, atrasos devidos à
refracção ionosférica e troposférica, erro de multicaminho do sinal, erro residual da
pseudodistância devido aos efeitos não modelados e aleatórios (Souza, 2004).
PD = cr + c[𝑑𝑡 − 𝑑𝑡 ] + Ɛ
O intervalo de tempo de propagação multiplicado pela velocidade da luz no vácuo não resulta
na distância geométrica entre as antenas do satélite e do receptor, devido entre outros factores
a refracção atmosférica (ionosfera (𝐼 ) e troposfera (𝑇 )) e efeitos de multicaminho
(multipath = dm).
PD = cr + c[𝑑𝑡 − 𝑑𝑡 ] + 𝐼 + 𝑇 + 𝑑𝑚 + Ɛ
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acrescida a fase da onda portadora a medida será de precisão milimétrica e obteremos a
distância entre o satélite e receptor com alta precisão (Alves, 2010).
∅ = ∅ (t) + ∅ + 𝑁 + Ɛ∅
𝑃 − 𝐼 + 𝑇 + 𝑑𝑚
∅ (t) = f cr + f ∗ [𝑑𝑡 − 𝑑𝑡 ] + [∅ (𝑡 ) + ∅ (𝑡 )] + 𝑁 + Ɛ∅
c
6.2.Erros de orbita ´
Erros nas efemérides dos satélites são os mais difíceis de se lidar. Relógios podem ser
melhorados, alguns efeitos indesejáveis podem ser eliminados ou amplamente reduzidos, por
meio da colecta com mais receptores e pelo uso de diferentes observáveis. Erros de
efemérides, por outro lado, requerem uma estimativa melhor das orbitas, um processo que
pode ser interferido pelo conhecimento insuficiente das forças que atuam no satélite uma vez
que essas forças não podem ser medidas directamente e adequadamente pelas estacões de
monitoramento terrestres. Até o presente, usando os dados de orbita fornecidos nas
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efemérides transmitidas, posições dos satélites podem ser calculadas com uma precisão típica
de aproximadamente 20 m, com erros ocasionais atingindo 80 m.
𝑑𝑡 (t) = 𝑎 + 𝑎 (𝑡 + 𝑡 ) + 𝑎 (𝑡 − 𝑡 ) + ∆𝑡
6.6.Refracção Tropoesférica
O efeito da troposfera pode variar de poucos metros, até aproximadamente 30m, dependendo
da densidade da atmosfera e do ângulo de elevação do satélite. Esses efeitos dependem da
massa gasosa que se concentra nas baixas camadas da atmosfera terrestre. Essa massa pode
ser dividida em duas componentes: uma composta de gases secos, chamada componente
hidrostática, e uma outra composta de vapor d’água, denominada componente Húmida. Entre
os efeitos produzidos pela Troposfera podemse citar (Spilker, 1996): atenuação atmosférica;
cintilação troposférica e atraso troposférico.
T = 𝑇 . mh(E) + 𝑇 . mw(E)
6.7.Refracção Ionosférica
A refracção ionosférica, depende da frequência e, consequentemente, do índice de refracção,
O efeito da refracção é proporcional ao TEC (Total Electron Contents ), ou seja, ao número de
electrões presentes ao longo do caminho percorrido pelo sinal entre o satélite e o receptor.
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7. Conclusão
Distância ao satélite é determinada pela medida do tempo que o sinal leva para chegar ao
receptor, Para medi-la, assume-se que ambos, satélite e receptor estão gerando o mesmo PRC
exactamente ao mesmo tempo, Comparando o atraso do PRC em relação ao código do
receptor, determina-se quando tempo o sinal levou para chegar, Multiplica-se esse tempo de
viagem pela velocidade da luz e obtém-se a distância.
Os dados observados com GPS são deduzidos a partir da medição do tempo de percurso ou da
diferença de fase entre os sinais recebidos dos satélites e os gerados internamente pelos
receptores.
A fase da onda portadora, observável básica para a maioria das actividades geodésicas, é mais
precisa que a pseudodistância. Observação de pseudodistância o efeito da ionosfera é aditivo,
na fase da onda portadora é subtractivo.
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8. Referências Bibliográfica
ALVES, C. M. D. Solução de ambiguidades GPS no Posicionamento por Ponto
Preciso utilizando uma rede de estações. (2010)
CARGALHO,E,A.,ARAUJO,P,C. Noções básicas de sistema de posicionamento
global GP. (2009)
CASACA, J., MATOS, J., BAIO, M. (2005). Topografia Geral 6ª Edição, Lisboa:
Lidel.
Dal Poz, W. R. Posicionamento relativo na região equatorial em diversas
condições ionosféricas.(2005). Solução rápida das ambiguidades GPS para aplicações
no posicionamento relativo de linhas de base curtas
IBGE. O novo modelo de ondulação geoidal do Brasil MAPGEO2015. Rio de
Janeiro: IBGE, 2015.
MATOS, J. (2008). Fundamentos de Informação Geográfica 5ª Edição, Lisboa:
Lidel.
MONICO, J. F. G. Posicionamento pelo NAVSTAR-GPS, Descrição,
Fundamentos e Aplicações. Presidente Prudente: UNESP, 2006, 182p.
SEEBER, G. Satellite Geodesy: foundations, methods and apllications. NewYork:
Walter de Gruyter, 1993, 356.
Souza, Eniuce Menezes. "Efeito de multicaminho de alta frequência no
posicionamento relativo GPS estático: Detecção e atenuação utilizando wavelets."
(2004). Dissertação de mestrado, Botucatu, UNESP, Pós-Graduação em Ciências
Cartográficas.
WELLS, D. E.; KLEUSBERG, A.; VANÍČEK , P. A Seamless Vertical-Reference
Surface for Acquisition, Management and ECDIS Display of Hydrographic Data.
Canadá: University of New Brunswick, 1996. 74p.
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