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9.1.1 Introdução
2) transmitir dados para os satélites, tais como efemérides atualizadas, cor- re-
ções nos sinais horários (clock) e outras mensagens destinadas à dissemina-ção
para os usuários; e realizar a telemetria;
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– o Código P (Precision Code), que, como o nome indica, destina-se a uma pre-
cisão maior de posicionamento;
Todos esses dados são decodificados pelo receptor GPS para que obtenha seu
posicionamento em tempo real.
Duas principais grandezas são mensuráveis no sistema GPS: fase da onda porta-
dora e fase do código, também conhecida como Pseudodistância. Estes valores
são aplicados aos algoritmos empregados no cálculo da posição do receptor.
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distância tem uma resolução de cerca de 2 mm. Este método seria certamente pre-
ferível ao método anterior, mas tem a desvantagem da ambiguidade, ou da quase
impossibilidade de determinar o número de ciclos da portadora que existe entre o
satélite e o receptor, fundamental para se conhecer a distância entre eles. Isto é pos-
sível após um intervalo razoável de observações e computações, dificultando a apli-
cação do método em posicionamento em tempo real. Desde 1990 são desenvolvidas
pesquisas buscando soluções para o cálculo das ambiguidades em tempo real. Isto
deu origem aos métodos OTF (On-The-Fly), baseados em estimativas de mínimos
quadrados, algoritmos de busca e de tratamento de perdas de ciclos.
9.1.4 Efemérides
A ionosfera pode provocar atrasos de propagação do sinal GPS de até 100 metros,
em períodos de intensa atividade solar, permanecendo, na maior parte do tempo,
entre 20 e 30 metros, durante o dia, e de 3 a 6 metros durante a noite. Como estes
atrasos variam em função da frequência, é possível remover até 90% destes erros
empregando receptores de dupla frequência. Sistemas de posicionamento DGPS
podem eliminar a maioria destes erros, considerando que o caminho percorrido
pelo sinal GPS é praticamente o mesmo para a estação de referência e o receptor
móvel, quando estas estão afastadas por curtas distâncias.
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Diferenças entre a posição real do satélite e aquela prevista por meio dos
parâmetros orbitais fornecidos nas mensagens de navegação. Normalmente estes
valores são pequenos, menores que 3 metros, podendo ser eliminados em métodos
diferenciais de posicionamento (DGPS).
9.1.5.6 Multicaminhamento
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Tabela 2 – Modelo de erro padrão para receptor de simples L1 C/A (sem SA)
One-sigma error, m
Fonte de erro Bias Random Total DGPS
Efemérides 2.1 0.0 2.1 0.0
Relógio dos satélites 2.0 0.7 2.1 0.0
Atrasos Ionosféricos 4.0 0.5 4.0 0.4
Atrasos Troposféricos 0.5 0.5 0.7 0.2
Multicaminhamento 1.0 1.0 1.4 1.4
Receptor 0.5 0.2 0.5 0.5
User equivalent range
error (UERE), emq 5.1 1.4 5.3 1.6
9.1.8 Posicionamento
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1 Algumas cartas náuticas brasileiras estão referidas a antigos Datums Locais, que também empregam o
elipsóide associado ao Datum Córrego Alegre. Neste caso, a transformação entre o WGS-84 e o Datum da carta
não é possível aplicando-se apenas os parâmetros de transformação divulgados pelo IBGE. Portanto recomenda-se
que seja sempre utilizado o quadro constante nestas cartas para conversão entre o WGS-84 e o Datum da Carta.
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A aplicação das correções diferenciais (PRC) ocorre nos receptores dos usuários,
corrigindo suas pseudodistâncias observadas. Para compensar o tempo decorrido
entre a geração da correção PRC e sua aplicação efetiva no receptor do usuário,
a estação de referência transmite também uma taxa de atualização das PRC,
denomina RRC (Range Rate Correction). Assim a PRC para o usuário será dada
por:
2 Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/rbmc/ntrip/
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A exatidão da posição final do usuário é limitada pelos erros não eliminados pelo
processo diferencial, tais como aqueles associados aos receptores móveis (ruídos
internos, interferências entre os canais de recepção e multicaminhamento), e as
próprias incertezas observadas nas estações de referência.
No Brasil esta técnica tem sido empregada a partir de uma rede de estações de
referência DGPS baseadas em radiofaróis, que transmitem correções diferenciais
através dos sistemas de radionavegação, com o propósito de melhorar a acurácia
da navegação marítima em portos e canais de acesso. Outras atividades como
levantamentos hidrográficos e serviços de sinalização náutica têm tirado proveito
destas estações para posicionamento horizontal. Normalmente transmitem as
mensagens RTCM 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9 e 16 (Tabela 4).
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A primeira versão (1.0) foi publicada em 1985, sendo substituída em 1990 pela
versão 2.0, atendendo ao posicionamento diferencial baseado em observações
de fase do código (DGPS). Em 1994, a versão 2.1 incluiu as mensagens 18, 19,
20 e 21, que possibilitaram o posicionamento RTK. A versão 2.2 (1998) incluiu
a possibilidade de transmissão de correções diferenciais de outros GNSS, como
GLONASS, por exemplo. Atualmente estão disponíveis as versões 2.3 (2001) e
3.0 (2004), aperfeiçoando a exatidão dos sistemas RTK e das redes de estações
de referência, respectivamente. A versão 3.1 (2006), denominada RTCM padrão
10403.1, procura fornecer um padrão de mensagens de correção que atenda
serviços RTK. Deve-se ter atenção que os padrões RTCM a partir da versão 3 não
dão suporte ao posicionamento DGPS.
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Receptor GPS:
3 WAAS (Wide Aerea Augmentation System) é um sistema de aumento da exatidão da posição GPS a partir
de correções geradas por uma rede de estações de referência, e transmitidas via satélite. Contudo estas correções
são válidas apenas para a América do Norte. Seu uso em território brasileiro poderá provocar erros de posiciona-
mento.
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Comunicação:
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