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LFtelecom

Índice
 1 - Evolução da Navegação por Satélite
 2 - Estrutura do GPS
 3 - Serviços de Posicionamento do GPS
 4- Sinais Transmissão
 5 - Determinação da Localização
 6 - Discrepâncias sujeitas no GPS
 7 - DGPS
 8 - Tipos de GPS Receivers
 9 - Aplicações do GPS
 10 - Outros tipos de Sistemas de Rádio Navegação
 Desenvolvido / contato

1 - Evolução da Navegação por Satélite


Os sistemas de rádio-navegação começaram com sistemas baseados em Terra. Os sistemas baseados
em Terra começaram com os sistemas RDF (Radio Direction Finding) e sistemas de Hiperbólicas.
Sistemas RDF são simples e fácil de entender. Simplesmente o operador sintoniza para uma estação de
rádio conhecida usando uma antena direcional para sintonizar a estação de rádio. O procedimento é
repetido com outra estação de rádio. O operador então calcula a sua posição. Sistemas Hyperbólicas são
mais complexos. O sistema usa coordenadas de transmissão de duas ou mais estações de radio. Ele
funciona baseando-se no fenômeno que todos os pontos onde a diferença entre sinais de rádio vindas de
estações diferentes é uma constante forma de hiperbole. Ele possibilita montar um mapa exibindo várias
hiperboles (as hiperboles são linhas que indicam uma diferença constante entre diferentes estações de
rádio). O usuário usa o equipamento de radio para escutar o sinal de radio, então iguala a diferença
encontrada por uma hiperbole apropriada no mapa. Isto determinava ao usuário algum lugar ao longo de
um arco na Terra. Este processo é repetido usando um segundo par de estações para determinar outra
hiperbole. O usuário determina a posição achando o ponto no mapa onde as duas hiperboles se
intersectavam. Os sistemas NAVSTAR e GLONASS usam o princípio tri-lateral (tri-dimensional: x, y e z).
O usuário recebe determinado a distância dele em relação a cada um, duma série de satélites.
Conhecendo-se as posições dos satélites, e a sua posição em relação a eles, o usuário pode calcular a
sua posição.

2 - Estrutura do GPS
O GPS, para o seu funcionamento, é formado por 3 segmentos. Veja a seguir :

2.1 - Segmento Espacial


Formado pelos satélites que estão em órbita. Consiste de 24 satélites, em 6 órbitas diferentes com 4
satélites em cada órbita. Os satélites percorrem a órbita em torno da Terra a cada 12 horas, a uma
altitude de aproximadamente 11.000 milhas náuticas, cada satélite têm 28 graus de visualização sobre a
Terra e estão inclinados 55 graus em relação à linha do Equador. Vários pontos da Terra por alguns
momentos, são visualizados por 6 a 10 satélites focalizando a mesma área. Isto fornece redundância,
desde que apenas 4 satélites são requeridos para uma determinação tri-dimensional de posição.
Curiosidade : Velocidade Orbital da Terra é 29,8 Km/s. (Satélites GPS é de aproximadamente 60 Km/s).

2.1.1 - Satélites GPS


Os satélites foram construídos em vários blocos, cada um com características particulares, incorporando
novas mudanças ou desenvolvimento de equipamentos.
2.1.1.1 - Bloco I
Foi construído pela Rockwell International. Os satélites operavam com uma autonomia de 3,5 dias sem o
sinal de controle das bases de Terra. Este bloco, começando com o SV (Spave Vehicle) 8 tinham
instrumentos que permitiam o monitoramento de explosões nucleares ocorridos na atmosfera ou no
espaço (*), fiscalizando o(s) tratado(s) assinado(s) (Nuclear Non-proliferation Treaty and Atmospheric Test
Ban). Esta função foi importada e aperfeiçoada pelo sistema de satélites VELA. O sistema NAVSTAR
possue muito mais satélites que o sistema VELA, realizando uma detecção mais eficiente. Instrumentos
carregados no Bloco I inclue sensores de raio-X (*), sensores de solo e detectores de sinal de rádio (**).
(*) - As explosões nucleares emitem um flash de raio-X que dura menos que 1 microsegundo. Este flash
pode ser visto pelos detectores de raio-X de vários satélites NAVSTAR. Medindo o tempo de chegada do
flash aos vários satélites, a localização da explosão pode ser determinada (enviando os sinais para o
segmento de controle). (**) - As explosões nucleares também emitem ondas de rádio, chamadas de pulso
eletromagnético. O pulso é causado pela radiação da bomba, que "chuta" os elétrons arrancando-os das
moléculas da atmosfera, propagando o sinal.

2.1.1.2 - Bloco II
Foi projetado para oferecer confiabilidade superior a 7 anos de serviço. Os satélites foram construídos
pela General Electric Astrospace. Os satélites projetados requeriam uma interação mínima com a Terra e
pouca manutenção (correção).

2.1.1.3 - Bloco IIA


Na essência os satélites são idênticos ao padrão do Bloco II, mas com uma excessão. As estações de
Terra eram incapazes de carregar novas informações de navegação, os satélites transmitiam a mesma
mensagem de navegação por até 180 dias (6 meses de autonomia programada). As órbitas dos satélites
só podiam ser mudadas após esse período.

2.1.1.4 - Bloco IIR


O Bloco IIR de satélites têm como característica a autonomia de navegação. Podiam criar sua própria
mensagem de navegação sem dados carregados das bases de Terra. Isto dava ao sistema manter-se
com maior precisão por muito mais tempo.

2.2 - Segmento de Controle


Todos os 24 satélites são controlados pelo Segmento de Controle em Terra. Este controle é feito por uma
estação de controle Master localizado no Colorado, nos Estados Unidos. Ele é responsável por monitorar
o rastro dos satélites com o auxílio de 5 estações de monitoramento espalhados pela Terra, processando
todos os dados e então enviando a correção e sinais de controle para os satélites. O segmento de
controle monitora a performance total do sistema, corrige posições do satélite e reprograma o sistema
com o padrão necessário. As estações de monitoramento estão localizados em :
- (1) Ilha de Ascención no Atlântico Sul,
- (2) Diego Garcia no Oceano Índico,
- (3) Kwajalien no Oceano Pacífico,
- (4) Cabo Kennedy na Flórida,
- (5) e Hawaii.
- (6) Estação Master - Colorado.
A localização de cada estação de monitoramento oferece um monitoramento constante de cada satélite.
Todas as estações de monitoramento trilham os satélites, determinam a sua performance operacional,
chekam os parâmetros, e passam estas informações para a Estação de Controle Master. A estação
Master pode então determinar os parâmetros de órbita de um satélite corrente, e transferir dados de
correção para o mesmo satélite. A determinação desse número de satélites circulando o globo, mais os
planos de órbita dos satélites, junto com a estrutura de comando e controle, faz com que o GPS assegure
que um número mínimo de 4 satélites sempre estará disponível para oferecer, seja de dia ou de noite, em
qualquer lugar da superfície da Terra, uma posição precisa de determinado objeto (através de um receptor
- um GPS Receiver). O mesmo aspecto de precisão espacial com o mínimo de recurso necessário
oferecendo uma informação segura, é assegurado na localização de cada estação de monitoramento,
assegurando a posição exata de cada satélite, supervisionando-o a todo momento. Estes dois fatores são
necessários para assegurar uma precisão tridimensional na determinação da posição - localização
geográfica.

2.3 - Segmento do Usuário


O Segmento do Usuário do GPS consiste dos GPS Receivers e a comunidade de usuários. Os GPS
Receivers converte os sinais dos satélites em posição, velocidade, e tempo estimado. Quatro satélites, no
mínimo, são requeridos para computar as quatro dimensões : x, y, z (posição) e t (tempo). Os GPS
Receivers são usados para orientação à navegação, posicionamento, disseminação do tempo, e outros
recursos. A navegação é a função primária do GPS, e é usada por usuários de aeronaves, navios,
veículos, e por indivíduos que usam o receptor portátil ("de bolso"). Também é usado por observatórios
astronômicos, por empresas de telecomunicações, e laboratórios científicos; podendo configurar sinais
controlados por frequências específicas para um determinado propósito, estudo ou experiência. Como
exemplo, projetos tem sido feitos para medir parâmetros da atmosfera terrestre.

3 - Serviços de Posicionamento do GPS


O GPS oferece dois modos de operação, um mais simples (para usuários civis comuns) e outro mais
preciso (de uso reservado). Veja :

3.1 - PPS - Sistema de Posicionamento Preciso


Utilizado por usuários autorizados com equipamentos de criptografia e receivers especialmente equipados
para usar o modo PPS. É usado pelo Departamento de Defesa americano, pelas forças militares aliada
aos EUA, agências do governo americano e alguns usuários civis selecionados pelo governo americano
(observatórios, laboratórios ...). Oferece uma precisão de :
- 22 metros horizontalmente,
- 27,7 metros verticalmente e,
- 100 nanosegundos de supervisão/atualização.

3.2 - SPS - Sistema de Posicionamento Standard


Usuários civis do mundo inteiro usam o SPS sem cobrança ou restrições. É o uso standard do GPS. O
SPS possue uma precisão mais degradada propositalmente pelo Departamento de Defesa americano,
pela disponibilidade de uso seletivo. Oferece uma precisão de :,BR> - 100 metros horizontalmente,
- 156 metros verticalmente e,
- 340 nanosegundos de supervisão/atualização.
Obs.: a tendência é ser cada vez mais preciso, em tempos de paz (uso na navegação aérea, confiança na
leitura do GPS). Na ocorrência de algum conflito, e nas mãos erradas, pode ser uma arma poderosa (daí
a necessidade de "manipular" a informação oferecida pelo GPS).

4- Sinais Transmissão
São utilizados dois tipos de sinais : um para a determinação de posição para seus usuários e outro para
eventuais correções necessárias nas configurações dos satélites.

4.1 - Dados para os GPS Receivers (Segmento Espacial para o Segmento


de Usuários)
Os satélites GPS, também chamados de "Veículos Espaciais" ou SV (Space Vehicles), transmitem em
duas frequências na faixa UHF (Ultra High Frequency), para uso nos dois modos. O primeiro é o modo de
precisão - ou PPS (que usa as duas frequências) - e o segundo é o modo standard - ou SPS (usando
apenas uma frequência). Como vimos o modo mais preciso é para uso militar e usuários autorizados, não
está disponível para uso civil. Em cada modo, os sinais são transmitidos aleatoriamente no espaço. O
padrão do sinal é um pseudo-código gerado por um computador dentro dos SV. O modo standard é
transmitido a uma taxa de 1.023.000 bits por segundo. O código é simples e contém apenas 1.023 bits de
informação e pode ser decifrado rapidamente. O sinal é repetido a cada milisegundo (informação básica :
posição do satélite em relação à Terra). O GPS receiver (receptor do sinal) possue o mesmo programa
que gerou o pseudo-código emitido pelo satélite. Igualando os padrões de código, o receptor é
sincronizado ao sinal emitido pelo SV, dando o primeiro passo na determinação do LOP (Line of Position).
Isto é chamado como "Aquisição Inicial de Posição". Os dados de navegação do GPS para determinação
da localização de um Receptor GPS, estão baseadas no tempo decorrido para a transmissão dos bits de
dados do satélite ao GPS Receiver, como veremos mais adiante.

4.2 - Dados para os SV’s (Segmento de Controle para o Segmento


Espacial)
Aqui temos, o formato e o conteúdo de dados de configuração para os satélites. Um frame consiste de
1.500 bits e é dividido em cinco sub-frames de 300 bits. Um frame é transmitido a cada 30 segundos.
Cada sub-frame é transmitido a cada 6 segundos. Os 3 primeiros sub-frames possuem dados de "clock" e
órbita - correções do clock do satélite é enviado no primeiro sub-frame, no segundo e terceiro sub-frame
são enviados parâmetros para realização de sua órbita. O quarto e quinto sub-frame são usados para a
transmissão de diferentes configurações para o sistema (conhecidas como "páginas" de configuração).
Um conjunto de 25 frames (125 sub-frames) fazem uma completa navegação do sistema (gerenciamento
dos satélites), sendo enviado num período de 12,5 minutos. Cada sub-frame contém :
- bits de paridade, permitindo a checagem dos dados e corrigir eventuais erros;
- bits para dados de navegação,
- dados para parâmetros de "clock" em relação ao Time GPS ("Coordenadas de Tempo Universal" - Hora
Greenwich),
- parâmetros para alteração de certas seções de órbitas da órbita do satélite,
- outros parâmetros de sistemas e flags são transmitidos para permitir o funcionamento de detalhes do
sistema.

5 - Determinação da Localização
O sinal emitido pelos SV, têm como informação principal a sua posição em relação ao globo terrestre. A
partir do cruzamento dessa informação com a posição de outros SV’s, o GPS Receiver têm como calcular
a sua posição em relação à Terra.

5.1 - Calculando o Espaço


Uma vez o GPS receiver estar sincronizado ao sinal do satélite , ele então pode calcular o lapso de tempo
desde a transmissão até a sua recepção. O tempo gasto de sua transmissão vezes a velocidade da luz,
nos dará a distância percorrida pelo sinal e consequentemente a distância que estamos em relação ao
satélite.

Distância = Tempo_Decorrido * Velocidade_da_Luz


(Velocidade da Luz = 162.000 milhas náuticas)

Por exemplo, se o GPS receiver determina que o sinal foi emitido a 0,08 segundos, então multiplicando o
tempo decorrido pela velocidade da luz (162.000 milhas náuticas por segundo ou 2,998*100000000 m/s),
resultará em uma distância entre o satélite e o GPS Receiver (no caso do exemplo dará aproximadamente
12.960 milhas náuticas). Dessa forma, fica fácil calcular a distância entre o satélite e o GPS Receiver, que
pode estar em qualquer lugar da Terra e estar instalado em qualquer móvel (como um instrumento portátil
para as pessoas ou num painel fixo dentro de um camião, navio, avião ...), fornecendo a sua localização.
Uma vez determinada a distância do Receiver em relação ao satélite, e sabendo-se a posição do satélite
naquele instante, e usando-se a referência de mais três satélites, através da resolução de sistemas
lineares (matemática), o GPS Receiver determina a sua posição em relação ao planeta. O modo Precisão
- PPS - de uso militar, é dez vezes mais preciso que o modo Standard - SPS - oferecendo maior precisão
na medida da distância e consequentemente na sua localização.

5.2 - Fixando uma Posição


Se conhecemos nossa distância em relação a um ponto específico no espaço (SV), então podemos
concluir que estamos localizados em algum lugar da superfície da Terra, num ponto máximo considerável
ao raio dessa distância em relação ao ponto de localização do satélite na superfície da Terra. A primeira
distância medida estabelece a primeira linha de posição (ou superfície de posição). Adicionando a
distância em relação a um segundo satélite refina mais a posição encontrada. A adição de uma terceira
distância encontrada de um terceiro satélite refina ainda mais a determinação da posição. Só isto não é
suficiente. Se considerarmos que estamos a uma distância de 11.000 milhas náuticas de um satélite
número um, 12.000 milhas náuticas de um satélite número dois e 13.000 milhas náuticas de um satélite
número três e que estes SV estão se movendo no espaço a 7.500 milhas por hora, isto significa que não
temos a mesma posição que tinhamos a um segundo atrás (do satélite e do móvel). Para resolver este
problema, cada satélite transmite a sua posição (passageira) para o computador receptor (GPS Receiver).
O equipamento pode resolver simultâneas equações (referentes dos vários sinais de satélites recebidos)
com 4 variáveis desconhecidas (longitude, latitude, altitude e espaço), atualizando a informação ao
usuário.

6 - Discrepâncias sujeitas no GPS

6.1 - Erro de Propagação na Ionosfera


A ionosfera refrata transmissões de satélite UHF da mesma maneira que refrata transmissões VLF, L/MF
e HF, mas em menor proporção. Visto que um sinal refratado pode gerar uma maior distância (vindo torto,
em curva, em vez de reto, direto sem distorções) do que um sinal vindo em linha reta, o sinal acusará
mais tempo ao ser detectado (aumentando o valor da variável tempo_decorrido), induzindo a um erro na
distância encontrada (acusando maior distância em relação ao satélite). Sabemos que o sinal refratado na
ionosfera é inversamente proporcional ao quadrado de suas frequências. Isto significa que a alta
frequência oferece uma menor refração e disto, induz um erro menor no cálculo da distância real. Os
satélites GPS transmitem em duas frequências UHF diferentes, 1.575,42 MHZ e 1.227,60 MHZ, onde
cada frequência será afetada (refratada) de forma diferente pela ionosfera e pela atmosfera em suas
diversas camadas - evitando problemas de distorção de distância para uma aeronave que está a 40.000
pés de altitude ou para um navio que está em alto-mar ou um carro no deserto; condições diferentes e
sinais de satélites que atravessam variável número de camadas sujeitas a refração. Comparando a
distorção entre as duas frequências, o valor da distorção da ionosfera pode ser calculado diretamente.
Conhecendo o valor da distorção que foi induzida, o fator de correção é introduzido no sistema e
efetivamente é corrigido o erro de propagação na ionosfera, levantando a distância real em relação ao
satélite. A arquitetura do sistema GPS ainda utiliza outra técnica para minimizar o problema da refração
causado pela atmosfera. É o uso de DGPS.

6.2 - Outras fontes de erro


Há outras fontes de erro que precisam ser considerados ao ler um Receptor GPS : - presença de ruído
próximo ao receptor, podendo provocar alguma interferência e consequentemente erro na leitura de
posição; - qualidade do processador do Receptor GPS - arredondamento de cálculos, algoritmo interno de
processamento; provocando perda acumulativa de precisão; - sinais já enviados pelo satélite mas
refletidos por algum meio, interferindo no tempo decorrido de chegada do sinal e consequentemente na
localização (alguns receptores GPS, possuem algoritmos que filtram esse tipo de sinal, quando é
detectado que já recebeu um sinal mais recente).

7 - DGPS

7.1 - Princípios Gerais


DGPS são métodos de eliminar erros na leitura de um GPS Receiver oferecendo maior precisão. Este
processo se baseia no princípio de que a maioria dos erros vistos pelos GPS Receiver são comuns em
determinado local. Estes erros comuns são causados por fatores tais como variação de clock,
disponibilidade seletiva (SPS X PPS) e mudanças nas condições de propagação das ondas de rádio na
ionosfera. Se o GPS Receiver está localizado num local onde as coordenadas geográficas são
conhecidas (por outro meio : cartografia por exemplo), a diferença entre as coordenadas conhecidas e as
coordenadas calculadas pelo GPS, acharemos um valor de referência a ser corrigido. Estes Receivers
são frequentemente chamados de "Estações Bases". O erro determinado pela estação base, pode ser
usado pelos GPS Receivers dos usuários. A origem do erro está continuamente mudando, então é
necessário marcar a correção de erro da estação base nos GPS Receiver’s dos Usuários. Uma maneira
de fazer isto é gravar os dados da estação base e do Receiver do usuário. Os dados são processados
juntos posteriormente. Isto é chamado de técnica post processing. A outra maneira é transmitir os dados
da estação base para o Receiver, onde o cálculo é feito em tempo real. Este processo é chamado de real-
time dgps.

7.2 - Precisão com DGPS


300m - 100m : Esta é a faixa de precisão que o Departamento de Defesa garante de um SPS - serviço
Standard disponível para os usuários civis.
25m - 10m : Um barato receiver portátil, na faixa de US$ 300 a US$ 3.000, com DGPS oferecendo esta
margem de precisão.
5m - 1m : Um receiver melhorado com rotinas de mapeamento. Custo em torno de US$ 500 a US$ 5.000.
1m - 10cm : Receivers com rotinas de mapeamento de maior precisão. Mais de US $3.000.
10cm - ?mm : Receivers desta classe, custam mais de US$ 15.000 a unidade, possuindo técnicas
sensíveis de medição de frequência

8 - Tipos de GPS Receivers


- Na Aviação :

Instalado no painel de instrumentos da aeronave. É utilizado para navegação e determinação da atitude


de vôo. Há um grande número de receivers disponíveis e de custos variados. Há GPS Receivers de uso
portátil o qual pode aceitar cartões de dados contendo mapas, tabelas e gráficos Jeppson. As unidades
GPS Receivers estão sendo incorporados nos jumbos e testados para realizarem em pouco tempo
aterrisagens automáticas com total confiabilidade (incorporado ao CADC da aeronave).

- Placas para uso no computador :

Estes receivers são projetados para serem instalados dentro do computador, num slot do equipamento.
Há placas-receivers baseados em micros IBM-PC, fabricados pela Novatel; e para outros padrões pela
GEC-Plessey (Apple...). Estas placas estão em torno de US$ 1.000,00.

- Uso Portátil :

Uma grande variedade destes modelos está disponível. Muitos são projetados para um propósito
específico tais como navegação terrestre, marítima, aviação e ainda, para a indústria de mapas. Alguns
receivers estão disponíveis abaixo de US$ 300,00, mas o mesmo receiver "rodando" unidades de
mapeamento chega a US$ 4.000,00.

- Para Mapeamento :

Estes receivers são projetados para mapear lugares para posterior inclusão em Bancos de Dados, mapas
ou desenhos. Todos possuem algoritmos DGPS e a maioria têm capacidade de armazenar uma série de
pontos e adicionar texto ou alguma informação para estes pontos. O custo destes tipos de receivers
começam em torno de US$ 1.000,00.

- Módulos OEM :

São simples placas de GPS Receivers que são projetados para ser incorporados em outros
equipamentos. Muitos são equipados com uma ou duas portas seriais RS-232, no qual o usuário é
responsável pela programação da unidade e interpretação do sinal gerado. Estas unidades podem custar
de poucas centenas de dólares a vários milhares. Ex.: para uso da caixa-preta de um avião (o módulo
detecta a posição geográfica da aeronave e manda a resposta para ser armazenada na caixa-preta e/ou
para ser interpretada por outros instrumentos - CADC ...).
- Cartões PCMCIA :

Existem três modelos : o NavCard fabricado pela Rockwell, o GPSCard e o GoldGPSCard fabricados pela
Trimble Navigation. O GoldGPSCard aceita a correção diferencial enquanto que os outros não estão
adaptados para isto, são mais simples. Todos estes cartões estão custando entre US$ 300,00 e US$
1.600,00.

- Marinha :

Estes receivers são usados exclusivamente para navegação marítima. Muitos deles têm interface NMEA-
183 (National Marine Electronics Association) para conexão em outros componentes eletrônicos do navio
(poder gerar alguma autonomia para determinado instrumento ou até mesmo para a navegação).

9 - Aplicações do GPS

9.1 - Roteirista de viagens


Modernos SW já foram elaborados para determinar a sua posição dentro de uma cidade, quais as
atrações e pontos turísticos mais próximos, hotéis, postos de emergência ... Utilizando esses recursos de
mapas digitalizados e informações adicionais, você têm como planejar a sua viagem, sua rota, com
antecedência; planejando a sua presença num determinado evento naquela cidadezinha longínqua... Ou
escolha o seu ponto de destino e o SW determina rapidamente a melhor rota a ser seguida e depois é só
colocar o "pé na estrada" e monitorar a sua posição no mapa com a ajuda do GPS.

9.2 - Monitoramento de Abalos-Sísmicos


Projeto elaborado pela Southern California Integrated GPS Network (SCIGN), usando as taxas de
deformação dos sinais emitidos pelos satélites GPS como entrada, para calcular a probabilidade de riscos
sísmicos em algma região. Esse estudo está sendo feito na região metropolitana de Los Angeles, depois
que se descobriu que abalos sísmicos provocam alteração no campo gravitacional da região atingida ou
antes de acontecer o terremoto, e as ondas de rádio sofrem distorções com essas alterações, podendo
denunciar a ocorrência do terremoto com algumas horas de antecedência.

9.3 - Aplicação na Meteorologia


Os objetivos do GPS/MET são experimentos usando o sinal dos satélites GPS para sondar membros
ativos na atmosfera, através de observações contínuas no sinal GPS. O GPS/MET gera informações para
a previsão da meteorologia, estudo do clima e outros campos de pesquisa. O GPS/Meteorlogy faz uso do
GPS para detectar variáveis na atmosfera da Terra. Os cientistas têm demonstrado que, usando GPS
Receivers baseados em terra, o GPS/MET é capaz de dar precisamente a medida de vapor d´água em
um determinado lugar. Objetivos do programa GPS/MET : - construir um sistema eficiente/confiável para
extrair informações do sinal de rádio; - desenvolver algoritmos para obter dados precisos com relação a
índice de refração, pressão atmosférica, temperatura e umidade; - pesquisa nas condições do tempo; - e
disponibilizar informações aos cientistas com as pesquisas realizadas.

9.4 - Localização para Resgate


Acionando um helicóptero-médico. O serviço usa um GPS Receiver para guiar helicópteros ambulância
para o lugar do acidente. Isto é particularmente útil em áreas rurais/florestais/desérticas onde a
navegação visual por marcos (referências) em terra, são esparsos (escassos) e o terreno é pouco
diferenciado em áreas vastas. O GPS receiver foi usado para este propósito em Março/92, para salvar
uma vítima de acidente no rio Chickahominy.

9.5 - Aplicações Industriais


Aplicação de pesticidas na agricultura. Áreas que foram infectadas por pestes podem ser facilmente
identificadas por fotografias aéreas. Com o uso de um sistema Diferencial GPS, um trator foi guiado para
as áreas infectadas, para a aplicação química. A uma taxa de 9600 bps o sinal foi transmitido para o trator
em módulo FM fornecido por uma estação de rádio local. Um PC 386 equipado com mapas da região foi
usado para guiar o trator.

9.6 - Uso militar do GPS


Coordenadas de ataque; navegação marítima, aérea e terrestres; orientação e controle para mísseis
balísticos, marcação para artilharia, bombardeio de aeronaves, defesa aérea, trilhar submarinos, localizar
minas, localização de radares inimigos, procura e resgate, logística ETC

9.7 - Uso do GPS na Aviação :


WAAS - Wide Area Augmentation System - É um programa patrocinado pela FAA (Federal Aviation
Administration) que fornecerá às aeronaves com sistema de navegação GPS, capacidade de aproximação
por instrumentos em Categoria I (*). O programa estará pronto por volta de 2.001 e será utilizado em
vários aeroportos, habilitando-os na categoria I de aproximação. LAAS - Local Area Augmentation System
- É um sistema convencional DGPS. É instalado nos aeroportos e fornece categorias I, II e III (*) de
aproximação. A instalação de um LAAS sai mais barato que a instalação dos instrumentos convencionais
de pouso atualmente instalados. FANS - Future Air Navigation System - É parte de um movimento
internacional para reduzir ou eliminar a necessidades das aeronaves utilizar uma airway (rota aérea),
mudando para um conceito de free flight. (*) Categorias de Aproximação - Diz respeito às condições de
visibilidade ligadas ao pouso da aeronave em determinado aeroporto. Dependendo da categoria, a
tripulação fará o pouso em situações delicadas, dependendo exclusivamente da leitura de instrumentos ou
do controle do computador de bordo.

Categoria I - pouso feito exclusivamente pelo piloto automático (CADC). A tripulação não enxerga nada ao
seu redor (situações de nevoeiro intenso, é frequente em países da Europa e América do Norte). Chega
ao extremo quando o próprio CADC realiza as operações de taxiamento da aeronave. (No Brasil este tipo
de operação não é realizado, por falta de investimento em equipamentos a nível de aeroportos e
aeronaves consequência : aeroportos fechados, atraso dos vôos, pouso em aeroportos alternativos ...).
Categoria II - Condições de visibilidade regulares para pouso.
Categoria III - Condições ótimas de visibilidade

9.8 - Topografia Oceânica


O Ocean Topography Experiment (TOPEX/Poseidon) é um projeto entre EUA e França para desenvolver
e operar um sistema avançado de satélites dedicado a observar os oceanos da Terra. O TOPEX/Poseidon
foi lançado pelo foguete Ariane em Agosto/92 na Guiana Francesa. O satélite fornece a profundidade dos
oceanos com precisão de 5 cm. O satélite TOPEX usa os dados do GPS, para constantemente ficar
posicionado exatamente no centro da Terra. Isto permite medições da profundidade dos oceanos tomando
como referência o centro da Terra. O TOPEX carrega uma série de sensores, incluindo rádio-altímetros,
retro-reflector laser, GPS receiver ...

10 - Outros tipos de Sistemas de Rádio Navegação

10.1 - Sistemas de Rádio Navegação Baseados em Terra

10.1.1 - DECCA
O sistema DECCA foi um sistema de navegação de baixa frequência baseado em hiperbólica, cobrindo a
Europa Ocidental, partes do Canadá, o Golfo Pérsico e a Bacia de Bengala. DECCA funcionava
comparando as diferentes fases do sinal de rádio emitido por várias estações.

10.1.2 - GEE
GEE é um sistema britânico, similar ao LORAN mas usando frequência VHF

10.1.3 - LORAN-A
O LORAN-A (ou LORAN standard) foi um sistema desenvolvido durante a Segunda Guerra Mundial pelo
Instituto de Tecnologia de Massachusetts. LORAN - LOng RAnge Navigation - foi desenvolvido pela
necessidade de precisão de localização para navios e aeronaves militares. Operava na faixa de 1.850 Khz
a 1.950 Khz.. O sistema cobria uma faixa de 600 milhas (aproximadamente 1.100 Km.).

10.1.4 - LORAN-C
O sistema foi desenvolvido na década de 50. Os vigentes sistemas de rádio navegação baseados em
terra operavam de 90 Khz a 110 Khz. O LORAN-C é baseado em sistema de hiperbólicas que fornecia
0,25 nm (milha náutica) - aproximadamente 400 metros - de precisão, 18 a 90 metros de precisão
refinada, 95 % de segurança/confiança, e 99,7 % de disponibilidade. Foi desenvolvido para fornecer ao
Departamento de Defesa um sistema com maior capacidade, com maior precisão que seu antecessor
LORAN-A. O LORAN-C é usado por marinheiros nas águas costeiras americanas. A Guarda Costeira U.S.
é responsável pela operação do sistema e manutenção. LORAN-C cobre os EUA e suas águas costeiras,
os Grandes Lagos, e grande parte do Alasca. Muitos outros países estão interessados em usar o LORAN-
C, como : Índia, Noruega, França, Irlanda, Alemanha, Espanha, Itália, Rússia, China, Japão, Filipinas e
outros.

10.1.5 - Omega
Sistema baseado em Terra, um pouco mais antigo que o LORAN-C. Desenvolvido pelos EUA, e operado
em conjunto com outras seis nações. O Omega é um sistema VLF (Very Low Frquency), com comparação
de fase, cobertura mundial, precisão de 2 a 4 milhas, 95 % de segurança e 95 % de disponibilidade. Os
usuários do Omega incluem navegadores aéreos e marítimos, bem como muitos não-navegadores (por
exemplo, Serviço Nacional de Meteorologia). O sinal do sistema Omega vêm de 8 estações (presentes na
Noruega, Libéria, EUA com 2 estações, França, Argentina, Japão e Austrália). A Guarda Costeira U.S. é
responsável pela operação e manutenção do sistema. Opera nas seguintes frequências 10.2, 11.05, 11.3,
13.6 Khz. A precisão obtida depende da localização geográfica e direção da viagem (do percurso), a
estação de referência usada, as anomalias de propagação do sinal, e a época do ano (condições
atmosféricas). Dispositivos diferenciais têm sido criados para dar precisão às posições encontradas.
Cobre o Atlântico Norte e Sul, o Pacífico Norte e Sul, Oceano Índico e Mediterrâneo.

10.2 - Sistemas de Navegação Baseados por Satélite

10.2.1 - GLONASS
Sistema de navegação Russo - Contra parte ao NAVSTAR. GLObal NAvigation Satellite System, oferece
posicionamento tri-dimensional, medição de velocidade e tempo em qualquer parte da Terra ou na
atmosfera terrestre. Uso no gerenciamento do tráfego aéreo e naval (segurança), monitoramento no
transporte terrestre, auxílio à cartografia e geodesia, monitoramento ecológico, orienta operações de
procura e resgate ...

10.2.2 - SECOR
SECOR (SEquential COllation of Range) foi um sistema de posicionamento e navegação por satélite do
exército americano. Treze satélites foram lançados entre 1.964 e 1.969. A maioria dos satélites pesavam
entre 17 e 20 Kg.

10.2.3 - TRANSIT
Foi o 1o. sistema de navegação por satélite. O sistema foi projetado no auxílio à navegação submarina. O
sistema permitia ao usuário determinar a posição medindo o efeito doppler do sinal de rádio transmitido
pelo satélite. O sistema teve vários obstáculos para poder deslanchar. Primeiro, o sistema era bi-
dimensional. Segundo, a velocidade do usuário tinha que ser mínima para poder receber o sinal e calcular
a posição. Terceiro, muita interferência entre os satélites restringiu o número total para 5. O serviço estava
disponível apenas alguns períodos do dia. Estes obstáculos eliminaram o seu uso na aviação e em muitos
segmentos em Terra.

10.2.4 - NAVSTAR
O sistema NAVSTAR GPS é baseado em rádio navegação por satélite, desenvolvido e operado pelo
Departamento de Defesa dos EUA. O sistema permite que usuários de Terra, mar e aeronáuticos, tenham
a sua posição determinada tri-dimensionalmente, velocidade, disponibilidade de 24 horas por dia, em
qualquer tempo, em qualquer parte do mundo, com precisão e exatidão melhor do que qualquer outro
sistema de rádio navegação disponível hoje. O sistema NAVSTAR têm outras funções. Começando pelo
satélite número 8, os satélites possuem equipamentos de detecção de explosão nuclear. O GPS Nuclear
Detection (GPS NUDET) é um programa entre a Força Aérea Americana e o Departamento de Energia.

10.2.5 - Tsikada
Sistema de navegação Russo para uso civil - 4 satélites

10.2.6 - Tsyklon
Primeiro sistema de navegação por satélite lançado pela União Soviética - 1.967. O sistema era baseado
em técnicas Doppler "copiadas" do sistema TRANSIT americano.

by LUIS FERNANDO contato telefone (0xx13)3499-4169


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