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Nome: Guilherme Schelbauer

Disciplina: Topografia II
Data:24/06/2022

Introdução
O terno GNSS (Global Navigation Satellite System) surgiu em 1993
inicialmente englobando os sistemas GPS e GLONASS, posteriormente passou
a agregar o sistema Galileo. Um Sistema Global de Navegação por Satélite é
formado por uma constelação de satélites com cobertura global que envia
sinais de posicionamento e tempo para usuários localizados em solo,
aeronaves, ou transporte marítimo. Há vários sistemas GNSS como o GPS
(dos EUA), GLONASS (da Rússia), o Galileo (da Europa) e COMPASS (China),
sendo que os dois últimos sistemas se encontram em implantação.

O Sistema de Posicionamento Global (Global Positioning System, GPS)


tem como principal propósito prover sinais que permitam que qualquer usuário
no planeta, equipado com um receptor GPS, possa calcular corretamente e em
tempo real sua posição geográfica (longitude, latitude e altitude). O padrão de
uso para os usuários comuns (não militares), é o Sistema de Posicionamento
Padrão (Standard Positioning System, SPS). Está disponível para qualquer
usuário no mundo, em todas condições climáticas e de forma contínua.

O GPS é formado por dois segmentos. O segmento espacial inclui 24


satélites e o segmento terrestre pode ser subdividido em dois subsegmentos,
de Controle e de Usuário.

 GPS (Sistema de Posicionamento Global)


O GPS, de início, era um projeto militar dos EUA chamado de “NAVSTAR” e
que foi criado na década de 1960, mas que só foi considerado completo em
1995, depois de 35 anos de trabalho que custaram 10 bilhões de dólares aos
cofres americanos.

A revolução causada pelo GPS na geografia é comparável (senão maior) a


revolução da descoberta do continente americano que ampliou o mundo
conhecido até então. Com o GPS é possível estabelecer a posição
praticamente exata, com margem de erro mínima de 1 metro, de qualquer
ponto do planeta a qualquer momento. Alguns receptores super apurados
conseguem chegar, depois de alguns dias, a uma precisão de até 10 mm
utilizando-se de técnicas de processamento específicas!

O GPS, basicamente, funciona com uma constelação de 24 satélites


(NAVSTAR) que orbitam a terra duas vezes por dia, emitindo sinais de rádio a
uma dada frequência para receptores localizados na terra, que podem ser até
portáteis (como um “palm”).
Cada satélite, identificado por um código pseudorrandômico
(“aparentemente aleatório”) de 1 a 32, emite um sinal que contém o código CA
(geral), o código P (de precisão) e uma informação de status (dia, hora, mês)
que são recebidos pelo receptor, embora os receptores de uso civil recebam
apenas o código CA emitido em uma frequência enquanto que os receptores
militares recebem cada código emitido em duas frequências garantindo maior
precisão.

O que, aliás, junto com a interferência proposital inserida pelo DoD na


transmissão para aparelhos civis (Selective Availability – Disponibilidade
Seletiva) e o atraso causado pelos elétrons livres presentes na ionosfera
(comum a qualquer transmissão de rádio) na transmissão do sinal, fazem com
que a precisão dos dados seja ainda menor para uso civil.

Já para uso militar o sinal de todos os satélites é emitido ao mesmo tempo


com uma precisão impressionante garantida devido a um relógio atômico (o
metrônomo é um átomo) presente em cada satélite e que é o sistema de
medição de tempo mais preciso já criado até hoje. E os seus receptores não
sofrem a interferência da ionosfera nem da “Disponibilidade Seletiva”.

Todas estas interferências na transmissão civil são por causa da


possibilidade deste sistema ser utilizado inadequadamente por terroristas, ou
algo parecido. Então, o DoD criou uma hierarquia de acesso aos dados onde
os “usuários autorizados”, o DoD, recebem dados com precisão melhor,
enquanto que os “usuários não-autorizados”, civis, recebem dados com
precisão de 15 a 100 metros.

O Galileo é a contribuição da União Europeia ao GNSS (ingl. Global Navigation


Satellite Systems – Sistemas de Navegação Global por Satélite) e está próximo
da declaração da fase operacional completa, que deve ocorrer no final de 2020
ou início de 2021. Este sistema começou a ser concebido na década de 90,
após a decisão do governo americano em não permitir que outras nações
participassem da construção e manutenção do sistema NAVSTAR – GPS
(ingl. Global Positioning System – Sistema de Posicionamento Global). O
sistema Galileo é a primeira contribuição civil para o GNSS e foi desenvolvido
de forma a ser independente dos outros sistemas nos segmentos espacial, de
controle e operacional. Além disso, está sendo desenvolvido para ser
interoperável e compatível com os outros GNSS, em especial o GPS. Nos
últimos anos, o desenvolvimento do Galileo fez progressos significativos. A
constelação atual compreende um total de 26 satélites orbitando a Terra, 22
operacionais, dos quais três pertencentes à primeira geração de satélites de
validação de órbita, e a infraestrutura de controle terrestre está em pleno
funcionamento.  Para o usuário, são transmitidos sinais em três frequências E1,
E5 e E6. Os sinais em E1 e E5 são transmitidos nas mesmas frequências que
os sinais GPS L1 e L5 e ambos sistemas usam princípios de modulação
equivalentes. Isso é benéfico pois proporciona uma melhor cobertura e maior
robustez para usuários que podem utilizar os sistemas de forma combinada.
Além disso, o Galileo oferece vários novos serviços específicos, como o serviço
aberto, o serviço de alta acurácia e de busca e resgate. Como o sistema
Galileo está atualmente em fase final de implantação, faz-se necessário na
literatura brasileira, um artigo que trate exclusivamente desse sistema, este
artigo apresenta o estado da arte do sistema Galileo (julho de 2020).
Resultados iniciais demonstraram que o Galileo tem acurácia comparável ao
GPS, no posicionamento por ponto simples.

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