#Pricipais fontes de erro que influenciam na medida GNSS e os
principais métodos de posicionamento GNSS.
Determinar uma medida GNSS requer a associação de diversos
fatores que variam de acordo com as especificações do sistema, equipamento utilizado, condições climáticas, atmosféricas, capacidade do profissional e objetivo da determinação da medida. A cada fator atribuído a esta obtenção, é atribuído um erro intrínseco a sua natureza. Nos satélites utilizados nestas operações, estão presentes relógios atômicos de precisões extremas, mesmo assim não são perfeitos. Para que sejam fieis a sua precisão e para que a distância seja mensurada o mais corretamente possível, sua marcha necessita ser continuamente determinada pelas estações de controle. Tais erros podem estar relacionados a órbita do satélite, a diferença do tipo de relógio utilizado pelos aparelhos emissores e receptores, a posição relativa dos emissores e receptores e sua limitação de hardware. Outro erro relacionado aos satélites estão atribuídos as suas efemérides, que são dados de posição dos satélites e correções de tempo correspondentes, além de outras informações relativas ao desempenho dos satélites e dados para modelagem dos efeitos ionosféricos, que são transmitidos para os usuários nas mensagens de navegação. Podem ser apresentados em forma de tabela, exibindo a posição relativa dos satélites no decorrer do tempo. Isto permite prever a posição do satélite em determinado momento, confirmando posteriormente quando ele atinge a posição real. Com relação a propagação do sinal, existem erros provenientes da refração atmosférica, onde o maior impacto se dá nos primeiros quilômetros acima da superfície terrestre (ionosfera); erros na perda de ciclos, devido as breves perdas de sinal causadas pelas barreiras e limitações físicas (túneis, prédios, bateria fraca); erro de sinais refletidos, onde o aparelho recebe o mesmo sinal por este estar sendo irradiado por outro elemento e incidindo mais de uma vez sobre o aparelho receptor. Também existem erros relacionados aos receptores e antenas, que variam desde o tipo de relógio que utilizam, ou os canais que utilizam para receber os sinais emitidos, ou até mesmo o centro de fase da antena. Por fim, existem os erros relacionados as estações de base, que estão sujeitas a fenômenos geofísicos que podem ocorrer durante o período de coleta das observações, tais como erro na própria coordenada da estação de base (que é utilizada para correção da coordenada observada), multicaminhamento, marés terrestres e efeitos gravitacionais lunares, movimento do polo terrestre, carga oceânicas e pressão atmosféricas. Ainda existe os erros causados pela dificuldade de visualização dos satélites, chamados de “Diluition of Precision” – “DOPs”, que variam de acordo com a precisão da geometria e do tempo, do posicionamento horizontal, vertical e da determinação tridimensional. Através do GNSS e das correções dos erros mencionados, pode-se obter as coordenadas de pontos pelos métodos de Posicionamento absoluto ou por ponto (PP), por Posicionamento por Ponto Preciso (PPP) ou Posicionamento Relativo. No Posicionamento por ponto, utiliza-se apenas um receptor, que obtenha dados de, no mínimo, quatro satélites visíveis simultaneamente (para se realizar o cálculo do posicionamento com as quatro incógnitas no ajustamento, sendo elas as posições referentes a latitude, longitude, altitude e erro do relógio receptor). Neste método, a determinação pode ser feita tanto em tempo real como pós-processada, de acordo com o nível de precisão requerido. No Posicionamento por Ponto Preciso, utiliza-se um receptor de dupla frequência, que envolve o uso de duas observáveis em duas portadoras. Nele, as observações de pseudodistância obtidas são pós-processadas, utilizando efemérides precisas e as correções para os relógios dos satélites produzidos pelo Sistema Internacional de GNSS (IGS). Pode ser utilizado para posicionamento imóvel ou cinemático (objeto móvel), permitindo estimar as coordenadas de sua trajetória. Por fim, o posicionamento relativo, que são métodos envolvendo sempre mais que um receptor simultâneo, com variações do tipo de medição (código ou fase), tipo de cálculo (pós processado ou em tempo real), possuindo desde precisões métricas a centimétricas ou milimétricas. Uma das designações mais conhecidas para o posicionamento relativo em tempo real é o RTK (Real-Time Cinematic). Na utilização de mais de um receptor, o que fica estacionado na posição conhecida é chamado de receptor base (ou de referência). O que se utiliza para a obter a posição desconhecida é chamado de rover e, através dele, pode-se medir o posicionamento relativo estático ou cinemático, de acordo com o objetivo da medição.
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