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IGC/DEP.CARTOGRAFIA
TECNOLOGIA GPS
Prof.Plinio Temba
GPS – Tecnologia GPS
Índice
I – Conceitos Fundamentais 1
1.0 Geodésia 1
II – Superfície de referência 3
2.0 Introdução 3
2.2 Datum 8
3.3 Nomeclatura 22
IV Tecnologia GPS 26
4.3.1 Conceitos 33
i
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4.8.1 Processamento 58
Apoio:
ii
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I - CONCEITOS FUNDAMENTAIS
1.0 GEODÉSIA
A
geodésia é a ciência que trata da determinação e representação da
globais para a planimetria, altimetria e para o campo gravitacional. Reúne a base dos
tendência natural, assegurava ele, de cair para o centro do mundo (uma direção para
A concepção esférica atravessou incólume por muitos séculos até esbarrar nas
geodésicas em Hannover, que os resíduos obtidos estavam muito acima dos erros
adotado para a Terra, o elipsóide de revolução, não era adequado. Sugeriu então
II - SUPERFÍCIES DE REFERÊNCIA
2.0 INTRODUÇÃO
massas terrestres, como também das massas do sol, da lua e dos outros planetas, e
sofre alterações causadas pela rotação da terra e também pelos movimentos dos
planetas (marés). Conforme com o ritmo das marés marítimas, também a crosta
terrestre, por causa das mesmas forças, sofre de deformações elásticas, as marés
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referência. Existe uma série de elipsóides que antes foram definidos para as
necessidades de apenas um país, depois para os continentes, hoje para o globo
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Existem três
superfícies que
rotineiramente
envolvem o
geodesista ou
quem necessite
de
posicionamento. A
gerada pela rotação de uma elipse entorno do eixo menor. Finalmente, a terceira é a
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geóide define a direção de uma linha chamada vertical (V). A reta que passa por P
(n).. O ângulo que a vertical forma com o normal é chamado “deflexão da vertical” ou
A separação entre a
ortométrica”(H). É obtida de
através da operação de
nivelamento associado à
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Defina-se latitude geodésica ou elipsóide φ como o ângulo que a normal forma com
normal.
MÉDIO”. Trata-se de um
referencial cartesiano
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TERRESTRE CONVENCIONAL.
dois parâmetros, por exemplo, os dois semi-eixos, maior “a” e menor “b”. Tem sido
a−b
definido como: f =
a
2.2 DATUM
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inerentes aos processos de medição não permitem uma completa identificação entre
os mesmos.
Brasil adotou durante muitos anos o DATUM “Córrego Alegre”. Este nome provém
N=0
a = 6 378 388m
f = 1:297,00
sistema conhecido como SAD-69 (SOUTH AMERICAN DATUM 1969), cuja origem
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N =0
tendo como elipsóide aquele do Sistema de Referência 1967 cujos parâmetros são:
a = 6.378.160m
b = 1:298, 25
Até hoje não foi possível adotar um único DGH que fosse mundialmente aceito, o
cada País, o que seria certamente oneroso. Entretanto, em alguns casos específicos,
não há como fugir de um referencial comum. Isto ocorre, por exemplo, quando da
Neste aspecto, vem se evoluindo para um referencial que constitua uma perfeita
referencial nos satélites GPS. Na verdade, estes sistemas constituem mais do que
valores:
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.f = 1:298,257223563
Convencional Terrestre.
representar a Terra, mesmo sabendo-se que nosso planeta não é uma esfera
que seria praticamente impossível representá-la em escala tão reduzida nos globos
de mesa. Por isso, podemos ter certeza que tais globos são os modelos mais
parecidos com a superfície real da Terra. Mas os globos possuem algumas vantagens
quais, por sua vez, também não são perfeitos. Por isso, faz-se necessário tecer
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terrestre ao mesmo tempo, ou seja, em razão de sua esfericidade eles nos mostram
sempre em de seus lados e escondem o outro. Isto já não ocorre com os mapas, pois
Pode-se girar os globos para ter se uma visão centrada em qualquer ponto da
superfície terrestre, o que já não se pode fazer com os mapas, pois estes são fixos;
O manuseio dos globos é muito incômodo, como por exemplo: tirar cópias, obter
medidas com instrumentos, transportar. Os mapas, por sua vez, possuem grande
facilidade de manuseio;
Os globos, para que fiquem num tamanho razoável e permitam mais fácil manuseio,
precisam representar a Terra numa escala muito pequena, o que leva a muitas
especiais, o que encarece bastante seu custo ao consumidor. Com relação aos mapas,
De modo geral, os globos são a representação mais fiel da Terra no que diz respeito
sempre apresentam distorções. Não existe o mapa perfeito. Mesmo assim, dá-se
preferência pelo seu uso em lugar dos globos, tendo em vista uma série de
vantagens que eles apresentam, conforme vimos anteriormente. Por isso é que se
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faz necessário um estudo das projeções cartográficas, para que se possa entender
Cartografia.
Geodetic Survey, em seu livro Elements of Map Projection, explicam que "não
existe uma forma pela qual as projeções possam ser divididas em classes que sejam
a)equivalentes;
b) conformes;
c) eqüidistantes;
d) azimutais ou zenitais;
e) afiláticas ou arbitrárias.
a. PROJEÇÃO EQUIVALENTE
Figura 3.1 – Mapa mundi de Aitoff
A projeção
equivalente que, na
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deformar as áreas, conservando, assim, quanto à área, uma relação constante com
cartográficas. Significa que, seja qual for a porção representada num mapa, ela
percebida pela alteração dos ângulos. Mas a recíproca nem sempre é verdadeira,
também, aqui se pode afirmar que nem sempre uma quadrícula em ângulos retos
duma projeção equivalente confinada numa elipse, na qual a linha que representa o
equador (o eixo maior) é o dobro da linha que substitui o meridiano central (o eixo
menor). Podemos facilmente observar que qualquer quadrícula deste mapa, embora
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b. PROJEÇÕES CONFORMES
qualquer ponto, é a mesma, seja na direção que for, embora, por outro lado, mude
duas direções no terreno, em ângulos retos entre si, forem traçadas em duas
direções que, também, estejam em ângulos retos, e ao longo das quais a escala for a
mesma.
está claro aí, as quadrículas não guardam proporção em relação às áreas, mas a
(projeção equivalente).c.
PROJEÇÕES EQÜIDISTANTES
lineares, isto é, os
d. PROJEÇÃO AZIMUTAL
apenas um problema, ou seja, aquele que nem uma equivalente, nem uma conforme
náuticos ou aeronáuticos. Como se pode verificar, os três desenhos ("a", "b" e "c")
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e. PROJEÇÃO AFILÁTICA
A projeção afilática, igualmente conhecida como arbitrária, nos Estados Unidos, não
projeção pode possuir uma ou outra propriedade que justifique a sua construção.
especificada;
zonas
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país.
Figura 3.5 – Projeção UTM Terra, e que é tangente a um ponto conveniente. Não
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teremos os paralelos projetados como retas paralelas, com distância entre elas
meridiano central que é uma linha reta, e os demais meridianos ligeiramente curvos.
todo o mundo.
Inicialmente este sistema foi concebido por Gauss, e foi reestudado pelo
λ
No. do fuso = 30 − , para pontos a oeste
6
do meridiano de Greenwich
λ
No. do fuso = 30 + , para pontos a leste do
6
meridiano de Greenwich
Figura 3.6 – Projeção UTM - fusos antimeridiano de Greenwich (180º), e que seguem
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de oeste para leste, até o fechamento neste mesmo ponto de origem. Quanto à
84ºN.
Figura 3.7 – Projeção UTM - fusos Em relação à longitude, os fusos são 60, no que toca à
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Cada um dos fusos, chamamos fusos UTM, tem origem na interseção do seu
meridiano central com a linha do Equador. As coordenadas UTM destes pontos são
30 30
1037’ 1037’
EQUADOR
R E D U Ç Ã O
MERIDIANO DE SECÂNCIA
MERIDIANO DE SECÂNCIA
MERIDIANO EXTREMO
MERIDIANO CENTRAL
MERIDIANO EXTREMO
AMPLIAÇÃO AMPLIAÇÃO
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1
( κ = 1− = 0,9996 ). Significa limitar o erro de escala a 1/2500 no espaço de
2500
cada zona.
secante ao elipsóide, a carta UTM não possui escala única. A variação de escala é
representados por linhas retas. Os demais paralelos e meridianos são linhas curvas.
Figura 17– Equador e meridianos centrais deformação linear (k), que varia de 0,9996
sobre o M.C. a 1,001 nos extremos do fuso, passando pelo valor unitário sobre as
representada pela letra grega kapa (k). A orientação das figuras também pode ser
Norte da quadrícula UTM (NQ) coincide com o Norte Verdadeiro (NV). Em todas as
demais regiões dos fusos esses dois eixos formam entre si, um ângulo denominado
3.3 NOMECLATURA
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(1) Fornecer uma carta de uso geral de modo a permitir estudos preliminares
4) Fornecer uma base através da qual possam ser elaborados mapas temáticos de
várias ordens, tais como: recursos naturais, população, solo, geologia, etc.
(ICAO), promoveu uma reunião dos Estados membros para discutir a importância da
nações.
Em 1958 foi feita outra reunião, em Tóquio, Japão, tendo sido discutidas questão
Técnica das Nações Unidas. Tais folhas são em número de quarenta e seis, sendo
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cinco delas no hemisfério norte. Cada folha pode ser identificada pelo nome ou por
até V para indicar a faixa de quadrículas por latitude. A letra A, por exemplo,
indica a primeira faixa, ou seja, aquela que fica após o equador, entre 0 e 4 graus
de latitude, seja para norte ou para sul. A letra B indica a segunda faixa, que vai de
4 a 8 graus de latitude, e assim por diante. Quanto aos números, que vão de 1 a 60,
da quadrícula;
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são inseridas letras de "a" a "h". No índice dos Topônimos da Carta do Brasil ao
As folhas da
Carta do
Brasil ao
Milionésimo
desdobram-
se em outras
escalas que
também são
consideradas
oficiais. Uma
folha na
escala de
1:1.000.000,
cujas
dimensões
são de 4
graus de
latitude por
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denominadas A, B, C e D.
em algarismos romanos como I, II, III, IV, V e VI, tendo 30 minutos tanto no
Cada uma das seis folhas pode ser desdobrada em outras quatro na escala de
1:25.000, que são identificadas por NO, NE, SO e SE, tendo 7 minutos e 30
Embora não haja normatização para escalas maiores do 1:25000 pode-se praticar
de longitude.
IV - TECNOLOGIA GPS
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técnica poderia ser utilizada ao reverso, isto é, a posição do receptor poderia ser
navegação.
Uma vez que a Marinha dos Estados Unidos da América trabalha constantemente na
1958.
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pelo seu desempenho, especialmente desde que se tornou disponível para o uso civil
Começou, então, a haver uma tendência para proliferar sistemas de satélites para
o Departamento de Transportes e a
seu de SYSTEM 621B. Do cotejo dos projetos, nasceu o projeto final que mudou de
System (GPS), mais conhecido pela junção das duas siglas, foi projetado para
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deverá atender plenamente a navegação e vem oferecendo precisões cada vez mais
GPS
pés).
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nesses
27 Satélites 20 Satélites
3 Planos orbitais com 9 satélites 4 Planos com 4 satélites seis itens,
cada, com
a Marinha
cada, com inclinação de 55°, inclinação de 60° e 1
plano or- e a Força
igualmente espaçados bital com 4 satélites e
Aérea
inclinação
de 0° Norte
Altitude de 13 500 Km suporte Altitude de 39 600 Km
Americana
suporte
Terrestre terrestre passaram a
1) GUAM 1) 1 estação terrestre
projetar
2) ALASKA 2) 3 estação “MASTER”
3) SAMOA 3) Comunicação entre satélites.
O Quadro n° (2.1) mostra o resumo dos projetos preparados pela Marinha e pela
Força Aérea.
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NAVSTAR – GPS
24 Satélites
3 Planos orbitais com 8 satélites cada
Altitude 20 000 km
Órbita circular
Inclinação dos planos orbitais 63°
Período de 12 horas
Relógio atômico a bordo dos satélites com estabilidade de 10 a
Portadoras de rádio freqüências de 1,2 e 1,6 GHz
Potência de 450 wats
SUPORTE TERRESTRE
FASE I:
de 120° no equador.
relógio de rubídio.
FASE II:
limitada.
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44’, com altitude de 20000 Km, transmitindo nas freqüências de 1227,60 e 1575,42
MHz.
Sistema Geodésico
atribuição e elaboração de
normas e especificações
para levantamentos
cumprimento a esta
responsabilidade, o IBGE
publicou em 01 de agosto
de 1983, no Boletim de
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Por outro lado, a experiência adquirida por vários anos de árduo trabalho de
associados.
do sistema.
4.3.1 CONCEITOS
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operação, com mais três de reserva (total de 24), orbitando a uma altitude de
que o P (Precision code) a cada 267 dias. Este período de 267 é subdividido em
19 é aquele que transmite o décimo nono segmento do código PRN. Outro sistema de
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SV16, SV17, SV18, SV,19 SV20, SV21, SV23, SV24, SV25, SV26, SV27, SV28)
8 11 1I
9 13 I
10 12 I
11 03 II
13 02 II
14 14 II
15 15 II
16 16 II
17 17 II
18 18 II
19 19 II
20 20 II
21 21 II
23 23 II
24 24 II
25 25 II
26 26 II
27 27 II
28 28 II
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qualidade dos resultados da navegação em tempo real seja restrito aos usuários
A portadora L1 é modulada com os códigos C/A e P (ou Y), enquanto apenas com P
com vistas ao cálculo de efemérides precisas. Como exemplo, podemos citar: o U.S.
o acesso à efemérides pode se dar através U.S. Coast Guard GPS Information
Crustal Dynamics Data Center (CDDIS) da NASA. Uma outra estação GPS e VLBI
posicionamentos onde busca-se precisões iguais ou melhores que 0,1 partes por
geodésicos.
pelo IBGE, para a obtenção de altitudes referenciadas ao geóide (nível médio dos
mares).
satélites visíveis e estes dados são transmitidos para a estação de controle mestre
(Máster Control Satation), em Colorado Springs, EUA, onde são processados com a
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apenas algumas características dos equipamentos atuais para fins geodésicos, uma
se busca altas precisões ou rastrear L2. Mas, como L2 é modulada apenas com o
código P, item 4.1.2), o equipamento deve também rastrear L2. Mas, como L2 é
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receptor, já que este código está disponível atualmente: a outra técnica consiste na
enquanto que o segundo dispensa o conhecimento do código, o que pode vir a ser
satélites. Os tipos de fatores são: HDOP (efeito da geometria dos satélites nas
posição tri-dimensional, TDOP (idem para o tempo) e GDOP (idem, para a posição e o
As observações das fases das ondas portadoras, analogamente obtidas a partir dos
Entretanto, nesse caso específico, como o que se mede é a diferença de fase entre
o sinal que chega do satélite e o gerado pelo oscilador do receptor, existe uma
número inteiro de ciclos que a onda levou para chegar ao receptor no início do
correspondentes.
quanto a da fase das portadoras podem ser tratadas a partir de pelo menos duas
das órbitas dos satélites, refração troposférica e ionosférica, etc). No caso dos
intinerante (deve ser o mesmo horário para ambos); 3)Após a operação de campo,
para cada ponto gravado na base, calculam-se diferenças simples ∆φ, ∆γ e ∆H,
base foram os mesmos para o receptor “rover”, em cada horário no qual os pontos
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fortuna para se fugir das precisões do registro com o uso do código (100 a 300
ajustamento, a saber.
Dupla diferença: cancelam-se os erros dos relógios dos satélites e dos receptores;
Tripla diferença: cancelam-se os erros dos relógios dos satélites, dos receptores e
as ambigüidades.
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que são obtidos com o posicionamento relativo, não foram desenvolvidas as técnicas
necessárias a esta aplicação. Por outro lado, as aplicações relativas têm sido
técnicas de posicionamento:
milhão(ppm).
mínimo, para serem observadas duas épocas distintas), separados por pelo menos
em L1 e L2.
sistema. Devido ao fato do GPS ter sido desenvolvido principalmente por razões de
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estações não ser muito grande (<100 KM). Tratando-se da técnica de AS, a maioria
serviços proporcionados pelo GPS são subdivididos em dois tipos, de acordo com o
deste serviço têm acesso aos dados dos relógios dos satélites não adulterados, às
deste serviço acessam os dados GPS como são transmitidos, com todos os tipos de
geodésicos pode ser avaliada pela classificação dos levantamentos executados com
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1/500 000 e 1/100 000, respectivamente. Na ocasião que aquele documento foi
técnicas de alta complexidade e elevado custo, tais como SLR (Satellite Laser
geodésicos com GPS, já nos dias de hoje, são capazes de facilmente fornecer
observações.
medidas de deformação: nesta categoria, busca-se exatidões melhores que 0,1 ppm:
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responsável por uma melhoria de qualidade da rede de alta precisão do SGB de pelo
menos 100 vezes (de 1/100 000 ou 10 ppm para 0,1 ppm). Este fato reveste-se da
fornece uma precisão maior que a da própria rede. Esta situação será naturalmente
planimétrica de alta precisão do SGB, ora em andamento, uma vez que estão sendo
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elipsóide de revolução. Portanto, isto significa que o GPS fornece, com aquelas
geoidal obtidos do mapa é inferior à fornecida pelo GPS, o que ocasiona que o erro
mapa geoidal.
DIFERENCIALCOM GPS
a. RECEPTORES E ANTENAS
pelo menos dois receptores devem ser utilizados em qualquer projeto (até a
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receptores para um formato único, de forma a ser possível a formação das duplas
formato único.
ressalta-se que cada tipo de antena possui a sua própria definição de centro de
fase, que varia, inclusive, com a direção do satélite que está sendo rastreado.
definições de centros de fase. Além disto, idealmente deve ser selecionado o tipo
ND = não definido
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Código C/A 2 P 3m ND
(pseudo-distância)
Portadoras e códigos P em L1
Estático-Rápido e L2 (sem S.S); 1 ppm
e solução de Geodésica Portadoras, código C/A em 1ppm
ambigüidades L1 e correlação cruzada do
em tempo real código P (com S.A)
Para levantamento onde se busca uma maior precisão em longas linhas de base ou em
freqüências (L1 & L2). Os distúrbios nas ionosfera podem causar a perda do sinal,
adversas.
incluindo ciclo solar, época do ano, hora do dia, localização geográfica e atividade
se em altas latitudes (> 55° Norte ou Sul), que não é o caso do território brasileiro.
freqüências.
adicionais entre estações, de forma que seja garantido que os efeitos sistemáticos
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noite pode vir ser um fator favorável no caso do emprego diste tipo de
equipamento.
dos satélites para a localidade em questão é uma ferramenta muito útil para
este problema, área situada a 50 metros da estação deve estar livre de estruturas
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marco deve estar acessível a menos de 30 metros dos meios de transporte. Para
geodésicos, deve-se garantir que o local selecionado para a estação seja firme e
estável, de forma que a determinação não perca sua exatidão por conta de possíveis
abalos no marco.
EXISTENTES
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conexão de rede levantada a pelo menos 3 pontos de controle, uma vez que, mesmo
Cada estação nova deve ser conectada a, pelo menos duas outras (novas e/ou de
controle) na rede.
rede, uma vez geralmente mais fácil determinar as ambigüidades em linha de base
Recomenda-se que, sempre que possível cada estação do projeto seja ocupada mais
sessão de observação deve apresentar pelo menos uma linha a=da base comum a
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fornece lados dependentes entre si, o que ocasiona geralmente a obtenção de bons
levantamento.
deve ser realizada antes e depois de cada sessão, efetuando-se leitura ao milímetro
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da onda nos locais das estações, método de redução dos dados, software utilizado,
geometria da configuração dos satélites observados, que por sua vez se modifica
estáticos.
levantamento. A regra geral é que quanto maior a taxa de observação, mais fácil é a
detecção e correção de perda de ciclos. Por outro lado, uma taxa muito alta gera
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e a finalidade do projeto.
são necessárias. Nestes casos, pequenos erros nos dados meteorológicos (devidos,
maiores do que aqueles que ocorreriam caso fosse utilizada uma atmosfera padrão
Para levantamentos onde se busca exatidões da ordem de 0,1 ppm, ou com linha de
altitudes das estações (várias centenas de metros), pode ser necessário observar-
fim da sessão, sempre que houver a mudança brusca das condições do tempo e elo
menos a cada hora se a sessão for mais longa. As temperaturas e a umidade relativa
devem se em dias a uma altura do solo que evite o gradiente criado por efeitos de
umidade relativa de 2%. A pressão atmosférica deve ser medida do centro de fase
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4.8.1 PROCESSAMENTO
vez devem ser comparadas tendo pó base os requisitos de precisão para o projeto.
O seu receptor GPS Magellan passou por um aperfeiçoamento que incluiu a mais
recente tecnologia WAAS (Wide Area Augmentation System). Com o WAAS, o seu
receptor GPS pode computar posições com uma exatidão nunca alcançada antes por
um receptor comercial.
com o sinal civil padrão. O WAAS foi desenvolvido pela FAA(Federal Aviation
transmitindo, depois, as correções do erro para satélites WAAS especiais. Por sua
vez, estes satélites transmitem as correções dos erros para os receptores GPS
será claro para você. Você não precisa fazer nada, está tudo pronto para funcionar.
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Qual será a precisão do meu receptor GPS com o WAAS? A FAA declara que a
esperar este nível de precisão 95% do tempo em que estiver recebendo sinais
WAAS.
Existem problemas com o WAAS? A cobertura dos sinais com o WAAS não é global
como os satélites GPS. Em alguns lugares, a recepção dos sinais WAAS pode ser
nas Américas e mais dois sobre a África e a Índia fornecendo a mesma cobertura
para a Europa. Estes satélites são estacionários, isto é, orbitam no mesmo ponto
horizonte de onde você está usando o receptor GPS. Isto aumenta a possibilidade
chegar onde você quer usando os sinais GPS. A única diferença é que você não terá
a mesma precisão oferecida pelo WAAS. Pode-se esperar, em todo o caso, que
estes períodos de inatividade tendam a diminuir à medida que o sistema vai sendo
http://gps.faa.gov/programs/WAAS/waas.htm
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Pesquisa feita pelo instituto Datafolha em abril desse ano mostra que a violência
de Segurança Pública do Rio (Sesp) indica que em 1995 foram assassinadas 8438
pessoas e até junho de 1996, 3658. No mesmo período foram registrados 43787
roubos de carro em 1995 e até setembro de 1996, 27168. Esses números podem
tem diminuído no Rio. Isso porque, além de policiamento com aparato militar,
instituído pelo atual governo, agora a polícia carioca está chegando mais rápido ao
local das ocorrências criminais, graças a uma das aplicações do sistema GPS mais
Olimpíadas de 2004. Desde março, 503 viaturas da Polícia Militar do Estado do Rio
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Trimble. No ano que vem, a PM do Rio Grande do Sul já deve estar instalando seu
sistema.
mensagens. O OmniSat tem raio de alcance maior, pode rastrear veículos numa área
que chega a cobrir toda a América do Sul. Sinais GPS e mensagens precisam ser
comunicar de três em três minutos. O sistema por rádio depende do alcance das
veículos fazem parte de uma tecnologia chamada AVL (Automatic Vehicle Location)
frotas.
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Sistemas AVL permitem a visualização da viatura no mapa e o rápido despacho para lo-
manda o carro para o local da chamada) prevê o número de carros empenhados em uma
numa chamada.
determinar o sucesso ou fracasso de uma missão. Para a PMERJ, o melhor é que como as
mensagens são transmitidas via satélite e pelo teclado, não podem ser interceptadas por
pessoas de fora da polícia, o que acontecia com a comunicação por rádio. "A rede de rá-
dio estava sempre congestionada por excesso de mensagens de rotina e tinha baixo sigi-
lo", diz o Capitão Paulo Augusto Teixeira, gerente de Informática do Copom / RJ (Cen-
A central de polícia contata a viatura através de uma mensagem enviada por um tecla-
PMERJ recebe cerca de mil chamadas por dia, atendidas por cinco equipes de seis
telefonistas, sendo que apenas 35% são de fato situações que pedem a sua atuação
diárias, atendidas por quatro equipes de quatro telefonistas e apenas 10% do total
requerem assistência local. A maior parte das ligações pede informações sobre
de polícia e hospitais.
operam o OmniSat. Para associar informações de posição com mapas será usado o
O GPS tem ajudado no deslocamento mais rápido das viaturas da PM, diminuindo o
assaltantes. O GIS multiplicará essa eficiência, com o registro dos crimes, controle
O maior ganho do sistema porém, é em vidas humanas. Nos últimos anos muitos
policiais foram mortos ou feridos em ação. "Agora o policial tem maior segurança
capitão Teixeira. A população, por sua vez, pode contar com um corpo de agentes mais
desvios na rota da viatura, não notificados e não previstos, a central fica sabendo e
veículos (DCAD, ver página 25). "O uso de mapas e alfinetes para visualizar os
veículos faz com que a polícia perca muito tempo. A decisão de despachar urna
mapas digitais ainda é novidade, por causa do alto custo. Para baratear a solução,
"A falta de mapas digitalizados será solucionada pela PMERJ montando uma colcha
polícia como direção de ruas, hospitais, delegacias", diz o capitão Teixeira. Saber o
sentido das ruas é importante em cidades como o Rio, que tem avenidas largas, com
duas mãos no mesmo eixo viário. "Se acontece uma emergência de um lado e a
viatura está do outro, não tem como atravessar. Visualmente é a mais próxima, mas
por causa do fluxo do tráfego, não", explica o capitão. A SESP e a PMERJ estão em
contato com vários órgãos públicos e empresas comerciais para obter bases
georreferenciadas.
Fonte: Satélites contra o crime: GIS /GPS na Segurança Pública. FATOR GIS. A revista
do Geoprocessamento.(16): 21-25.
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distribuídos. Em todo o mundo, companhias de energia elétrica usam GPS para registrar
quando áreas urbanas são destruídas por terremotos ou incêndios, receptores GPS
são usados para registrar centenas de detalhes sobre cada estrutura danificada. Esses
detalhes serão usados mais tarde para ajudar a aperfeiçoar parâmetros de construção e
são cuidadosamente mapeadas e podem ser usadas para determinar se regiões muito
usando GPS para registrar a localização e detalhes dos novos e futuros usuários. A mesma
detalhes similares — até mesmo idênticos em vários locais. Embora alguns operadores
coletem dados sobre dezenas de objetos bastante distintos, muitos outros estão
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operador de uma
típica companhia telefônica ou elétrica pode estar registrando somente dois ou três tipos
e rodovias. Porém, atributos que descrevem cada poste são provavelmente muito
função tão simples como essa, várias questões devem ser consideradas na avaliação de
normalmente a última
Esse é um exemplo típico de coleção de dados de feições pontuais.
Aqui, o usuário tem somente uma feição pontual de interesse, postes
registrada. Outros mais
de eletricidade. Os atributos descritos para um poste são
similares ao próximo a ser visitado.
sofisticados podem
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feições registradas.
Suponhamos que seu receptor GPS está configurado para, em campo, registrar três tipos de
feições pontuais, talvez postes telefônicos, lâmpadas de ruas e bocas de lobo. Escolha um
apropriada para uma das feições (como bocas de lobo), sendo que a feição registrada mais
qualquer tempo. Mesmo depois de usar o botão de repetição para relacionar ao elemento
um dos atributos. Isso possibilita a funcionalidade da repetição para ser usada quando
Segmentação Dinâmica
Usar a capacidade de repetição para registrar feições lineares e poligonais pode ser um
pouco mais difícil que registrar feições pontuais. Usuários ficam estáticos quando
linha. Essas características de feições lineares são conhecidas como segmentação dinâmica.
Suponhamos que você deseje registrar em seu GIS uma estrada construída recentemente
Normalmente, usando o GPS para registrar a rodovia, você selecionaria "Rodovia" no menu,
depois passaria a dirigir ao longo dela. O receptor GPS passaria a armazenar uma seqüência
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na teta valores de atributos. Dirigindo ao longo da rodovia, você digita valores de atributos
apropriados. Alguns valores como "nome", devem ser digitados integralmente. Outros podem
ser selecionados a partir de uma lista de escolhas predefinida (algumas listas podem ter
Vejamos o imenso valor da função de repetição para feições lineares. Imagine que ao terminar
a entrada de todos os valores de atributos para a estrada, você vê que, a alguns metros
adiante, um dos atributos, como o limite de velocidade, deve ser mudado. Você está agora
semelhante ao botão "Repeat" usado antes para feições pontuais. Um simples apertar no
Depois, uma nova feição linear deverá ser imediatamente iniciada, {espera-se que esses
dois segmentos de linha tenham um ponto final e inicial em comum, para que a rodovia
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Sem essa funcionalidade para feições lineares segmentadas, a alternativa pode ser, na
melhor das hipóteses, perder tempo e na pior, correr risco de vida. Você é forçado a
parar onde algum dos atributos mudar, para registrar o novo valor de atributo. Se não parar,
haverá uma falha no momento em que terminar o segmento anterior e começar o próximo
A coleta de atributos ao longo de uma rodovia, de qualquer porte, coloca um único e difícil
longo da pista. Como resultado, a rodovia deve ser registrada em vários segmentos
adjacentes, cada um com um conjunto de atributos único, e não como um elemento único.
Experiências com diversas marcas de receptores GPS indicaram que pelo menos dois a três
extensão, cada vez que um dos atributos for mudado. Obviamente, você também terá
problemas com a qualidade dos dados logo na primeira vez em que for abalroado por trás
porque parou na pista. Se o seu trabalho envolve coleta de feições lineares de dentro de
Resultados de Impacto
Quando estiver avaliando um sistema GPS de coleta de dados, escolha um software que
possa manipular os cenários citados automaticamente. Quando sua coleta de atributos for
atributos por poste descobriu o que significa diminuir a coleta de dados de 15 minutos
para apenas 30 segundos por poste quando foram adotadas funções de coleta de dados
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repetitivos. Para que o GPS seja uma ferramenta efetiva, deve aumentar sua eficiência
no campo. Espero que essas considerações possam ajudá-lo a ter mais retomo de seu
Fonte: Gilbert,C. 1996. Coleta de Atributos com GPS: 3ª Parte. FATOR GIS. A revista do
geoprocessamento.(16):30.31.
standards and specifications for using GPS relative positioning techniques. Version
5, 1989.
JONES, T. Navsta Global positioning System – Status and Update. In: Proceeding
http://www.aryjohansson.hpg.ig.com.br/notas/ncarto06.htm#61 acesso em
07/11/03
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