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História

Época Antiga e Idade Média


Tendo a mesma origem da geometria, foi desenvolvida nas altas culturas
do Oriente Médio, com o propósito de levantar e dividir as propriedades em parcelas. As
fórmulas usadas para calcular áreas, geralmente empíricas, foram usadas pelos
agrimensores romanos e encontram-se também nos livros gregos, p.e. de Heron de
Alexandria, que inventou a 'dioptra', o primeiro instrumento geodésico de precisão, que
também permitia o nivelamento que aumentava a série de instrumentos da Geodésia
(groma, gnómon, mira, trena).
Época moderna
Uma nova era da Geodésia começou no ano 1617, quando o
holandês Snellius inventou a triangulação para o levantamento de áreas grandes como
regiões ou países. A primeira aplicação da triangulação foi o levantamento
de Württemberg por Schickhardt. Nesta época, a geodésia foi redefinida como 'a ciência e
tecnologia da medição e da determinação da figura terrestre'. Jean Picard realizou a
primeira medição de arco no sul de Paris, cujos resultados iniciaram uma disputa científica
sobre a geometria da figura terrestre.
Definição e origem do termo
A geodésia ou geodesia é um ramo das geociências e da engenharia que trata
da medição e da representação da forma e dimensões da Terra (definição clássica
de Helmert), seja globalmente ou regionalmente, bem como do seu campo
gravitacional e rotação da Terra. O termo tem origem no grego Γεωδαισία (composto de
γη, "terra", e δαιζω, "dividir") e foi usado pela primeira vez por Aristóteles, significando
tanto "divisões (geográficas) da terra" como também o ato de dividir a terra (por exemplo
entre proprietários).
Uma rede geodésica é uma rede de triângulos que são medidos com exatidão a
partir de técnicas de levantamento terrestres ou por geodesia espacial.
Na "geodesia clássica" (até à década de 1960) esta é feita por triangulação,
baseada na medição de ângulos e de algumas distâncias, sendo que a orientação precisa
do Norte geográfico é efetuada por métodos de astronomia geodésica. Os instrumentos
mais usados são os teodolitos e os taqueômetros, que hoje em dia estão equipados
por distanciómetros de infravermelhos para medição de distâncias, bases de dados,
sistemas de comunicação e parcialmente por ligações satélite.
No início da década de 1960, foi introduzida a medição eletrónica de distâncias
(MED), quando os primeiros protótipos se tornaram suficientemente pequenos para serem
manuseados em trabalhos de campo. A MED aumentou a precisão das redes até 1 parte
por milhão (1 cm por cada 10 km e atualmente já é 10 vezes melhor), e também tornou os
levantamentos muito mais económicos e céleres. Quando se iniciou o uso de satélites para
uso da geodesia, com por exemplo os satélites Echo I e II e o Pageos. Através dessas
sondas espaciais, foi possível a determinação de redes globais, que mais tarde vieram a
provar a teoria da tectónica de placas.
Um melhoramento importante foi a introdução
de satélites a rádio e eletrónicos como o Geos A e B (1965-1970), do Sistema
Transit (usando o efeito Doppler) 1967-1990 — que foi o predecessor do GPS — e as
técnicas a laser como o Lageos (EUA) ou Starlette (França). Apesar destas técnicas
espaciais, as pequenas redes para cadastro e levantamentos topográficos são usadas
principalmente para medições terrestres, mas na maioria dos casos essas redes são
fechadas e unidas às redes nacionais e globais através da geodesia espacial.
Entretanto, estão atualmente em órbita várias centenas de satélites geodésicos,
complementados por um enorme número de satélites de deteção remota — e também
pelos sistemas de navegação GPS e Glonass, aos quais se seguirá o sistema de
satélites europeu Galileo em 2020. Hoje em dia as redes geodésicas são muito mais
flexíveis e económicas que as redes terrestres, sendo que até já se discute a a própria
existência de redes de pontos fixos em marcos geodésicos, embora irão com certeza
continuar a existir ao menos nem que seja por razões administrativas e legais a escalas
locais e regionais.

Sistemas de Referência Geodésica


 SAD69 (South American Datum 1969) Elipsoide IUGG 1967
 WGS84 (World Geodetic System 1984) Elipsoide WGS 1984
 SIRGAS2000 (Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas 2000) Elipsoide
GRS 1980
 Datum 73 (Datum para Portugal 1973) Elipsoide IUGG 1924

Métodos e atividades geodésicas


 Altimetria
 Estacionamento livre
 Geodésia por satélite
 Gravimetria
 Interseção inversa, interseção direta, interseção de arcos
 Laserscanning
 Levantamento aéreo
 Levantamento topográfico
 Locação
 Mapeamento
 Poligonação (polígono)
 Posicionamento astronômico
 Posicionamento por satélite
 Rede de referência geodésica
 Sensoriamento remoto (em Portugal detecção remota)
 Triangulação, Trilateração

Instrumentos geodésicos
 Baliza
 Bússola
 Câmara métrica
 Câmara aéreofotogramétrica
 Distanciômetro
 Estação total
 Fototeodolito
 Giroscópio
 Gravímetro
 Laserscanner
 Mira
 Nível
 Pentaprisma
 Prisma ou refletor
 Prumo
 Receptor para o GPS, GLONASS e Galileo
 Sextante
 Taqueômetro
 Teodolito
 Trena
 VANT
Instrumentos históricos

 Groma
 Dioptra

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