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A Cartografia é uma ciência muito antiga sendo que os povos antigos como os egípcios, árabes,
mesopotâmicos, europeus entre outros já utilizavam a bases da moderna cartografia para
representar as áreas ocupadas, os recursos naturais e até mesmo o globo terrestre, seja para
controlar as actividades diárias ou para entender o mundo que os cercava. A cartografia pode
servir para vários objectivos como se pode observar historicamente desde a representação das
paisagens naturais até a visão ideológica de cada povo, seja baseada na política ou na religião.
Com o passar do tempo a ciência cartográfica foi evoluindo se tornando cada vez mais científica
e precisa recebendo contribuições de vários povos e gerações desenvolvendo as mais diferentes
formas de técnicas para melhor representar o espaço, seja para entendê-lo, explicá-lo, ou melhor
definir seus recursos e suas potencialidades.
O instrumento utilizado pela cartografia para representação do espaço são os mapas ou cartas, os
globos sendo que para sua confecção são várias as técnicas utilizadas como a escolha do
tamanho da área a ser representada fazendo uso das escalas e o tipo de projecção mais adequada.
As bases fundamentais para elaboração de um mapa cartográfico são a escala, as projecções
cartográficas, as convenções cartográficas e as técnicas de mapeamento como os métodos de
aquisição, processamento, interpretação e representação dos dados.
A Cartografia é a arte ou ciência que tem por objeto traçar mapas. A confecção de mapas
requeria tradicionalmente:
1) Habilidade para encontrar e selecionar informações sobre os diferentes aspectos da geografia;
2) Técnicas e habilidades de desenho com o objetivo de criar um mapa final capaz de representar
com fidelidade as informações;
3) Destreza manual para desenhar as informações através do uso de símbolos, linhas e cores;
4) Técnicas de desenho para simplificarem os desenhos.
Existem diferentes tipos de mapas; os topográficos mostram as características naturais ou
artificiais da paisagem, os temáticos mostram temas específicos e geralmente se baseiam em um
mapa topográfico. Os mapas também podem ser classificados como de grande e de pequena
escala. A distinção entre eles é arbitrária, portanto, alguns países consideram como grande escala
a partir de 1:10.000, enquanto outros a consideram a partir de 1:25.000. Durante cinco séculos,
os cartógrafos criaram os mapas em papel. Nos últimos trinta anos, esse procedimento mudou
com a introdução dos computadores, que automatizaram as técnicas cartográficas.
A arte de traçar mapas começou com os gregos que, no século VI a.C. em função de suas
expedições militares e de navegação, criaram o principal centro de conhecimento geográfico do
mundo ocidental. O mais antigo mapa já encontrado foi confeccionado na Suméria, em uma
pequena tábua de argila, e representa um Estado. A confecção de um mapa normalmente começa
a partir da redução da superfície da Terra em seu tamanho. Em mapas que figuram a Terra por
inteiro em pequena escala, o globo se apresenta como a única maneira de representação exata. A
transformação de uma superfície esférica em uma superfície plana recebe a denominação de
projeção cartográfica.
Cartografia, portanto, é a arte e ciência de graficamente representar uma área geográfica em uma
superfície plana como em um mapa ou gráfico (normalmente no papel ou monitor). As
representações de área podem incluir superexposições de diversas informações sobre a mesma
área através de símbolos, cores, entre outros.
A Cartografia data da pré-história quando era usada para delimitar territórios de caça e pesca. Na
Babilônia os mapas do mundo eram impressos em madeira num disco liso, mas foram
Erastóstenes de Cirene e Hiparco (século III a.C.) que construíram as bases da moderna
cartografia com um globo como forma e um sistema de longitudes e latitudes. Ptolomeu
desenhava os mapas em papel com o mundo dentro de um círculo, sendo imitado na maioria dos
mapas feitos até a Idade Média. Foi só com a era dos descobrimentos que os dados colectados
durante as viagens tornaram os mapas mais exactos.
Com a descoberta do novo mundo, a cartografia começou a trabalhar com projecções de
superfícies curvas em impressões planas. A mais usada e conhecida é a projecção Mercator.
Hoje em dia a cartografia é feita através de fotometria e de sensoriamento remoto por satélite e,
com a ajuda de computadores, mais informações podem ser visualizadas e analisadas pelos
geógrafos, fazendo mapas que chegam a ter precisão de até 1 metro.
Mapas
A localização de qualquer lugar na Terra pode ser mostrada num mapa. Mapas são normalmente
desenhados em superfícies planas em proporção reduzida do local da Terra escolhido. Nenhum
mapa impresso consegue mostrar todos os aspectos de uma região. Mapas em contraposição a
foto aéreas e dados de satélite podem mostrar muito mais do que apenas o que pode ser visto.
Podem mostrar, por exemplo: concentração populacional, diferenças de desenvolvimento social,
concentração de renda, entre outros. Os mapas, por sua representação plana, não representam
fielmente um mundo geóide como a Terra, o que levou cartógrafos a conceberem globos, que
imitam a forma da Terra.
Projecções
A transferência de uma esfera para a área plana do mapa seria impossível se os cartógrafos não
se utilizassem de uma técnica matemática chamada projecção.
Estas técnicas de projecções vêm desde os mapas da Grécia com Ptolomeu no séc. II, e foram
evoluindo até que logo após a renascença o belga Mercartor concebeu a mais simples técnica de
projecção, a qual é dada seu nome. É a projecção de mapas do mundo mais conhecida até hoje.
Para a representação de países, entretanto, normalmente se usa a projecção bicônica. Outras
técnicas foram evoluindo até os dias de hoje, e muitas outras projecções tentaram desfazer as
desigualdades de área perto dos pólos com as de perto do equador, entre elas a projecção de
Gauss, que permite se manter a familiaridade do mapa-múndi e ao mesmo tempo diminuir as
distorções.
Sensoriamento Remoto
Quase a totalidade da colecta de dados físicos para cartógrafos, geólogos e oceanógrafos é feita
através de sensoriamento remoto por meio de satélites especializados que tiram fotos da Terra
em intervalos fixos. Estas imagens podem ser feitas através da escolha do espectro de luz que se
quer enxergar e alguns podem enviar sinais para captá-los em seu reflexo com a Terra, gerando
milhares de possibilidades de informação sobre minerais, concentrações de vegetação, tipos de
vegetação, entre outros. Alguns satélites, especialmente os de uso militar, conseguem enxergar
um objecto de até vinte centímetros na superfície da Terra, quando o normal são resoluções de
vinte metros.
Outra forma de sensoriamento remoto é a aerofotometria, que se utiliza de voos altos para tirar
fotos de dentro de aviões adaptados, artifício muito usado em agricultura e instalações de
fábricas e complexos industriais, porque produz uma resolução melhor do terreno em questão.
Cartografia geográfica
No Brasil, foram desenvolvidas algumas pesquisas que discutiam as relações entre a geografia e
cartografia visando repensar as bases teóricas desta discussão. As propostas realizadas dentro da
perspectivas apresentadas por Libault (1971) esboçavam caminhos para repensar tanto as
metodologias quanto a natureza das informações geográficas, outras propostas como a de
Sanchez (1973) busca pensar a cartografia como um meio e não um fim de uma pesquisa
geográfica e já apresenta formas de avaliar o desenvolvimento da produção cartográfica das
informações geográficas.
FONTES CONSULTADAS
Cartografia
A compreensão dessa ciência perpassa pelo entendimento dos seus principais conceitos, sendo
eles:
coordenadas geográficas
projeções
escalas
O que é cartografia?
Essa ciência utiliza-se de uma série de técnicas para que seja possível a reprodução do
espaço, de parcelas do espaço ou, ainda, de alguns de seus aspectos em uma escala reduzida e da
forma mais acurada possível. A cartografia é associada ainda à arte, emprestando dela
algumas técnicas.
A definição de cartografia que se tem hoje foi estabelecida, no ano de 1996, pela Associação
Cartográfica Internacional (AIC), sendo a mais aceita e amplamente utilizada.
Por meio das técnicas cartográficas, cria-se uma série de produtos que nos auxiliam no estudo e
compreensão de várias características do espaço físico, como:
relevo
hidrografia
climas
políticos
populacionais
de redes de transporte
econômicos
História da cartografia
O mapa de Ga-Sur é um dos mais antigos a serem catalogados (entre 4500 a.C. e 2500 a.C.),
produzido pelos babilônios e encontrado onde ficava o território da Mesopotâmia.
Outras representações tão antigas quanto foram encontradas em ilhas do Pacífico e na Ásia.
No entanto, pode-se afirmar que esses não são os únicos e que mapas ainda mais antigos existam
em outras regiões do planeta.
Cartografia contemporânea
A partir do século XX, as técnicas empregadas para a confecção de mapas e outros produtos
cartográficos experimentaram avanço substancial. Isso se deveu principalmente
à aerofotogrametria, que consiste na captura de imagens da superfície terrestre por meio de
uma câmera acoplada a uma aeronave ou balão. Essa técnica de captação surgiu ainda no início
do século e aperfeiçoou-se durante as duas Guerras Mundiais.
Tipos de cartografia
Conceitos de cartografia
Cartografia—UmResumoSobreosPrincipaisAspectos
Entender o que é cartografia e todos os aspectos desse conteúdo é imprescindível para se sair bem em
Geografia nas questões do vestibular. Preparamos um resumo completo sobre o tema para você aprender tudo.
Descubra abaixo.
Oque éacartografia?
Localizar-se e orientar-se no espaço sempre foi uma preocupação do ser humano. No início, era pela
necessidade, por exemplo, de se buscar abrigo e alimentos. Atualmente, quando temos a necessidade de se
chegar a um lugar desconhecido, basta lembrar quantas vezes a frase “Por favor, como faço chegar em tal
rua?” já foi ouvida. A cartografia é a ciência responsável por pensar, elaborar e estudar os mapas.
É importante ter em mente que existem múltiplas representações gráficas da Terra, cada qual adequada a um
tipo de situação. Cabe destacar, ainda, que cada uma destas representações guarda a visão de quem a elaborou.
Por exemplo, o continente americano poderia ser representado de lado, transformando sua representação na
figura de um pato, como circulou na internet.
Representação da América que circulou na internet.
Portanto, é preciso identificar a representação mais adequada. Por exemplo, se o objetivo é localizar um país, o
ideal é utilizar um atlas ou o globo terrestre. Se o objetivo é localizar uma rua, o mais adequado é utilizar a
planta da cidade. Neste sentido, é importante compreender alguns aspectos relacionados à cartografia.
CoordenadasGeográficas
O globo terrestre é dividido por um conjunto de linhas imaginárias que se cruzam e permitem que qualquer
ponto da superfície seja localizado. Essas linhas determinam a latitude e a longitude, que, em conjunto, são
chamadas de coordenadas geográficas.
A Linha do Equador é o círculo máximo da esfera e é traçado na horizontal, dividindo a Terra em hemisfério
Norte e hemisfério Sul. É a partir da Linha do Equador que se originam os paralelos que, à medida que se
afastam, tanto para norte quanto para o sul, diminuem de diâmetro.
Os paralelos são medidos em graus de distância em relação à Linha do Equador. Esta distância é chamada de
latitude e varia de 0° (Linha do Equador) a 90° (polos), tanto para o Norte quanto para o Sul.
Mas, para localizar um ponto, não basta apenas saber sua latitude. Por exemplo, quando falamos que um ponto
se encontra na latitude 30° ao norte do Equador, encontraremos infinitos pontos ao longo deste paralelo, pois
um paralelo é um círculo paralelo à Linha do Equador.
Já a longitude é identificada a partir das linhas traçadas perpendicularmente aos paralelos. São chamadas de
meridianos. O meridiano 0º é o Meridiano de Greenwich, que divide a Terra em dois hemisférios, o Ocidental
(a oeste) e o Oriental (a leste).
É a partir deste meridiano que todos os outros são medidos, de 15 em 15 graus, ou seja, existe o meridiano
15°, o meridiano 30°, 45°, 60°… até chegar ao meridiano 180°, tanto para leste quanto para oeste.
A partir daí, qualquer ponto sobre a superfície terrestre é identificável se fornecidos a latitude e a longitude,
coordenadas resultantes do cruzamento das linhas imaginárias – os paralelos e os meridianos.
Fusoshorários
Os fusos horários representam a mudança de hora à medida que mudamos de um fuso para outro. Ao dividir
os 360° da esfera terrestre por 24 horas (duração do movimento de rotação da Terra, que faz com que existam
dias e noites), temos como resultado 15°. Ou seja, cada fuso possui 15° e cada um desses fusos possui uma
hora dentro das 24 horas que a Terra necessita para o movimento de rotação.
Todas regiões que se encontram dentro de um mesmo fuso possuem o mesmo horário. Contudo, pelo fato dos
fusos não considerarem as divisões político-administrativas como, por exemplo, países, cidades, estados e
outros, foram feitas algumas adaptações para unificar o horário de uma mesma unidade político-
administrativa.
Um exemplo disso é o Brasil, que possuía quatro fusos, mas adotou apenas três.
Escalas
Para a representação em um plano de uma estrutura de grandes dimensões, como a Terra, é necessário que
haja uma correspondência entre as dimensões reais e as dimensões da representação no papel. Essa
correspondência é feita, na cartografia, pelo que chamamos de escala.
A escala expressa em números o quanto algo real foi reduzido para caber no papel ou na tela do computador,
por exemplo.
A escala é considerada pequena quando os elementos reais foram muito reduzidos, o que acontece quando
se representa áreas muito grandes, e considerada grande quando os elementos reais não foram muitos
reduzidos, o que acontece quando se representa áreas pequenas.
Por exemplo, localizar uma rua em um mapa-múndi é impossível, pois a escala de uma mapa-múndi é
pequena: seus elementos reais foram muitos reduzidos para caber no papel, tão reduzidos que nem aparecem
no mapa. Portanto, para localizar a tal rua, seria necessário se utilizar um mapa de escala grande.
Há uma fórmula utilizada quando se quer descobrir a escala de um mapa, ou a distância real de uma área
representada, ou a distância no mapa: é a fórmula E = D/d.
Projeção cartográfica
A projeção cartográfica é resultante de um conjunto de operações que permitem que a superfície esférica (a
Terra) seja representada em um plano. Contudo, para que isso seja possível, ocorrem algumas distorções – nas
áreas, nas formas ou nas distâncias da superfície terrestre –, sendo necessário escolher a projeção mais
adequada a cada tipo de situação.
conformes: nela, os ângulos são mantidos idênticos, tanto na esfera quanto no plano e as áreas são
deformadas;
equidistantes (ou afiláticas): nela, tanto as áreas quanto os ângulos se apresentam deformados.
cilíndrica: nesta projeção, a Terra parece ser envolvida por um cilindro de papel, em que são
projetados os paralelos e os meridianos. Depois de projetadas estas linhas imaginárias, o cilindro é
aberto ao longo de um meridiano;
cônica: a superfície da Terra é representada sobre um plano em forma de cone, em que os paralelos
formam círculos concêntricos, ou seja, um dentro do outro, sendo o menor representado pelo polo,
Norte ou Sul, e o maior a Linha do Equador, o paralelo 0º. Nesta projeção, à medida que se afasta do
paralelo de contato com o cone, as distorções aumentam;
azimutal (ou plana): nessa projeção, a superfície terrestre é representada em um plano que tangencia
um dos polos. Os paralelos formam círculos concêntricos e os meridianos formam ângulos retos
partindo do polo. As deformações nesta projeção aumentam conforme se afasta do polo.
Cartografia temática
A cartografia temática busca trazer para os mapas dados qualitativos e quantitativos adquiridos pela Geografia
e outras ciências, expressando-os de forma gráfica.
Ou seja, ela se preocupa em apresentar os dados com a precisão gráfica que cabe à cartografia básica,
facilitando a tomada de decisões ao auxiliar na compreensão dos temas – sociais e naturais – que compõem o
espaço geográfico.
Para apresentar estes dados, a cartografia temática faz uso de pontos, linhas, áreas, símbolos e cores que
permitem melhor visualizar um fenômeno. A representação da distribuição de recursos minerais e energéticos
no Brasil e a distribuição da população no território brasileiro são alguns dos temas que são apresentados pela
cartografia temática.
Tecnologias aplicadasàcartografia
Cabe destacar o papel das novas tecnologias aplicadas à cartografia, como, por exemplo, os satélites e o GPS.
Esses instrumentos possibilitam que a coleta e o processamento de informações sobre o espaço geográfico
sejam mais rápidos de serem obtidos e, em alguns casos, com custos menos elevados. Confira algumas destas
novas técnicas:
Sensoriamento Remoto: é a obtenção de imagens a partir de scanners de satélites, radares e
equipamentos fotográficos. Ou seja: é a captação e registro de imagens a longa distância. Podem ser
obtidas imagens de florestas, cidades, nuvens e outros;
Importância da cartografia
A cartografia surgiu devido à necessidade do homem de se localizar,
curioso em conhecer o mundo que vivia. Entenda!
O surgimento da cartografia
Os primeiros mapas foram encontrados na Grécia antiga, quando os cartógrafos
não possuíam ferramentas que pudessem ajudar para que seus mapas tivessem a
precisão que tem hoje em dia. Os mapas possuíam diversas imperfeições,
principalmente em suas proporções. Mas eram de grande importância para os
viajantes e comerciantes, que utilizavam destas informações no planejamento de
suas viagens.