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INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
Profª. JULIANA MOULIN FOSSE
Disciplina IT 535
APOSTILA DE
PROJEÇÕES
CARTOGRÁFICAS
SEROPÉDICA
2015
SUMÁRIO
1.1 Conceito
Em que fi são funções que determinam cada uma das coordenadas na representação
do mapa. Assim, cada ponto da superfície terrestre terá um, e apenas um, ponto
correspondente na carta ou mapa, ou seja, existirá uma correspondência de um para um,
biunívoca, entre o mapa e a superfície terrestre, ou seja, x e y (ou r e θ), como funções de
(φ,λ).
Este relacionamento na realidade poderá ser até questionado mais tarde, uma vez
que algumas projeções mostram o mesmo meridiano duas vezes, ou os polos são
representados por linhas ou alguma parte da superfície terrestre não seja representada.
1
Mas isso é devido a características intrínsecas de determinados tipos de projeções, que
exigem representações duplas de mesmos meridianos ou paralelos, ou por
relacionamentos matemáticos que não permitam a visualização de uma determinada
porção terrestre.
Estas particularidades geralmente ocorrem nas bordas das projeções e devem ser
tratadas como casos excepcionais ou pontos singulares. De qualquer forma, dentro do
contexto das projeções, cada ponto da superfície terrestre é representado apenas uma vez
e, portanto, a ideia de pontos correspondentes pode ser aplicada.
A correspondência entre a superfície e o mapa não pode ser exata por dois motivos
básicos: Primeiro, alguma transformação de escala deve ocorrer porque a correspondência
de um para um é fisicamente impossível. Depois, a superfície curva da Terra não pode
ajustar-se a um plano sem a introdução de alguma espécie de deformação ou distorção,
equivalente a esticar ou rasgar a superfície curva.
1.2 Classificação
2
Dentre os elementos que podem individualizar as projeções cartográficas tem-se a
superfície de projeção (SP), o modo como superfície de representação (SR) e a superfície
de projeção se tocam, o ângulo formado entre o eixo de rotação da superfície de
representação (SR) e a linha de simetria da superfície de projeção (SP), o modo como a
projeção cartográfica é desenvolvida e a propriedade verificada ou existente na projeção
quando comparada com a original, ou seja, com o modelo da Terra adotado como superfície
de representação.
3
Figura 1.1 – Superfícies de projeção: Plano, cone e cilindro
4
Figura 1.2.a – Contato tangente, (refazer esta figura)
5
Figura 1.3 – Posições da SP em relação à SR: Normal, transversal e oblíqua
6
As projeções cartográficas podem ser classificadas segundo o processo de geração
em projeções geométricas, semigeométricas e analíticas. Isso quer dizer que são
utilizados aspectos geométricos para desenvolver uma projeção cartográfica, ou que são
utilizados aspectos geométricos e condições matemáticas em seu desenvolvimento, ou que
apenas condições matemáticas são aplicadas ao desenvolvimento da projeção
cartográfica, respectivamente.
e) Propriedade
O aspecto mais importante numa projeção cartográfica está ligado ao resultado da
comparação entre grandezas geométricas representadas na superfície de projeção e suas
correspondentes ou suas originais da superfície de representação. Quando se comparam
grandezas da SP com as suas correspondentes da SR chega-se a uma de três
possibilidades: igual, maior ou menor. A diferença entre valores da SR e os
correspondentes na SP é devida ao fato de a SP ser uma representação da SR, e não a
própria SR. Como já foi dito, quando se realiza a comparação entre as superfícies de
referência e de projeção percebe-se que são diferentes e esta diferença recebe o nome de
distorção ou distorção de escala. De acordo com o comportamento da distorção de
escala pode-se classificar as projeções cartográficas em:
7
Figura 1.4 – Projeção de Mercartor
8
deve apenas ser afetado da escala nominal de representação para se obter o comprimento
correspondente na SR. A Figura 1.6 ilustra a Projeção Azimutal Equidistante usada no
símbolo da ONU, centrada no polo norte e com a Europa no centro.
Afiláticas: são aquelas projeções cartográficas em que não ocorre nenhuma das
três propriedades anteriores. A Figura 1.7 ilustra uma Projeção Policônica, que é afilática.
9
1.3 Escolha e Adoção de uma Superfície de Referência
10
Figura 1.9 – Elipsoide, (completar figura)
11
Para exemplificação, a Tabela 1.1 apresenta os parâmetros dos elipsoides usados
nos Sistemas de Referência Geodésicos adotados no Brasil, onde o achatamento (1/f)
corresponde a (semieixo maior a – semieixo menor b) / 2.
O conceito da esfera modelo ou do elipsoide modelo pode ser usado, como auxiliar,
para definir o coeficiente de deformação. A esfera modelo é uma representação em escala
da Terra com um raio único. Portanto, considera-se a Terra como uma esfera e o raio da
esfera modelo será igual ao raio da Terra multiplicado pela escala.
Uma projeção cartográfica pode ser construída de duas formas: direta ou indireta.
Na construção de forma direta, o elipsoide é diretamente transformado para a superfície
de projeção. Na forma indireta, o elipsoide é transformado em esfera, denominada de
esfera modelo, e a esfera modelo é transformada para a superfície de projeção. A projeção
indireta é a mais usada e indicada para os mapas construídos em escalas pequenas.
12
1.5 Coeficiente de Deformação
Pode-se definir coeficiente de deformação (cd) como sendo a relação existente entre
uma grandeza na superfície de projeção e a sua grandeza correspondente na esfera
modelo. Entende-se como grandeza qualquer entidade que possa ser medida. Logo, dada
uma grandeza ab na superfície de projeção e à sua correspondente AB na esfera modelo,
a definição do coeficiente de deformação cd pode ser resumida pela fórmula:
Uma grandeza na esfera modelo é igual a sua homóloga sobre a superfície terrestre
A'B' multiplicada pela escala E. Assim, tem-se:
AB=A'B'×E
Portanto:
=
×
Logo:
= ′ ′× ×
13
O conceito de coeficiente de deformação ou fator de escala aplica-se a todos os
sistemas de projeção.
AGUIRRE, A. J.; MELLO FILHO, J. A. de. Introdução à Cartografia. Santa Maria: UFSM / CCR /
Departamento de Engenharia Rural, 2009, 2.ed. 80 p. (Apostila)
FIRKOWSKI, H.; SLUTER, C. R. Cartografia Geral e Projeções Cartográficas. Apostila do Curso de
Especialização em Geotecnologias. Departamento de Geomática da UFPR. Pag. 41-77.
GRIPP JR., J.; SILVA, A. S. Representações Cartográficas. Apostila de notas de aula. Curso de
Engenharia de Agrimensura da UFV. 2000. 55 pag.
IBGE. Sistemas de Referência.
14
2. ELIPSE DE TISSOT
m2 = dS2 / ds2
15
A distorção de escala é variável com a orientação do segmento infinitesimal ds e
existe simetria em seu comportamento, isto é para cada valor de distorção de escala
existem quatro direções possíveis. Para cada ponto existem também valores máximos e
mínimos de distorção de escala. Pelo fato de existir valores máximos e mínimos de
distorção de escala devem existir também valores intermediários. Os valores de distorção
de escala podem ser visualizados por meio de uma elipse denominada Elipse Indicatriz
de Tissot, nome dado em homenagem ao seu proponente.
Na Figura 2.1 são mostrados o ponto P e os pontos afastados deste de uma distância
ds. Os pontos em torno do ponto P formam um círculo na SR. Na superfície de projeção
SP, os pontos da SR resultam numa elipse. Isso quer dizer que a distância dos pontos
formadores da elipse e seu centro, ponto P’, é variável. A distância do ponto P aos pontos
A, B, C, D, E e F na SR é constante e vale ds, por outro lado a distância do ponto P’ aos
pontos A’ e B’ é a mesma mas é diferente da distância de P’ aos pontos C’ e D’ na SP.
16
as direções dos paralelos e dos meridianos na SR são perpendiculares, e pode-se perceber
que estas linhas não se mantêm perpendiculares na SP. Então, se AB e CD representarem
respectivamente as direções dos meridianos e dos paralelos na SR então na SP estarão
formando o ângulo w que é diferente do ângulo reto, pois são representadas pelas linhas
A’B’ e C’D’, que claramente não são perpendiculares entre si (w ≠ 90°). Este efeito, de tornar
um ângulo de 90° em um ângulo diferente de 90°, é considerado como uma manifestação
da distorção.
Ainda com relação à anterior, se diz que a maior distorção ocorreu segundo a direção
PE ou PF, pois os segmentos de reta P’E’ e P’F’ são os maiores da elipse. Na mesma linha
de raciocínio, se diz que a menor distorção ocorreu segundo a direção PG ou PH, pois os
segmentos de reta P’G’ e P’H’ são os menores da elipse. Além disso, como PA e PB
representam a direção do meridiano pode-se dizer que a distorção que atuou sobre o
meridiano é maior do que a distorção mínima e menor do que a distorção máxima. O mesmo
pode ser dito acerca da linha PD e PC. Deve-se observar que a distorção que afeta os
meridianos e os paralelos é diferente, pois P’A’ é diferente de P’D’.
17
distâncias medidas sobre os meridianos na SP mantém uma relação constante com os seus
originais na SR.
Figura 2.2 – Exemplo de visualização da Elipse de Tissot: (a) representação na SR; (b) na
projeção conforme, (c) na projeção equivalente; e (d) na projeção eqüidistante meridiana.
18
3. PROJEÇÕES PLANAS: COEFICIENTES DE DEFORMAÇÃO
Conhecida a lei de projeção, esta poderá ser construída. Para isso, é escolhido sobre
o plano, um ponto P para representar o polo. Por este ponto, traçam-se as transformadas
dos meridianos, fazendo entre si ângulos iguais às respectivas diferenças de longitudes.
19
Depois, com centro em P, traçam-se as circunferências que representam as transformadas
dos paralelos, e os raios são calculados pela fórmula da lei de projeção.
Portanto:
′
= =
.
Portanto:
.
= = =
. !"# . . !"#
20
3.3 Coeficiente de Deformação Superficial (γ)
Assim:
. . ′
$= = . = . =
. % . !"# .
Suponha dois triângulos retângulos infinitesimais ABC na esfera modelo e abc sua
projeção sobre o plano (Figura 3.2).
21
A condição para que não haja deformação angular é que os ângulos μ e μ’ sejam
iguais. Assim: μ = μ’, e logo: tan μ = tan μ’.
Portanto:
= () =
Como:
= " =
Então:
α=β
Portanto, a condição para que não haja deformação angular (conformidade) é a
igualdade dos coeficientes de deformação meridiana e transversal.
22
&, - .
= =
&, - .
&, -
= .
&, -
Como:
1
=
Tem-se que:
&, -
=
&, -
&, - − &, - −
=
&, - + &, - +
Como:
!"# - − -
&, - − &, - =
1! - . 1! -
E
!"# - + -
&, - + &, - =
1! - . 1! -
Tem-se que:
!"# - −-
1! - . 1! - = −
!"# - +- +
1! - . 1! -
23
Simplificando os denominadores, fica:
!"# - − - −
=
!"# - + - +
−
!"# - − - = . !"# - + -
+
−
!"# 2- = . !"# - + -
+
Esta expressão alcançará o seu valor máximo quando o sen (u’+ u) = 1, então:
−
!"# ∆-4á6 =
+
Como a diferença angular (Δu) é muito pequena (pois foram tomados triângulos
infinitesimais na esfera-modelo e no plano de projeção), pode-se substituir o sen (Δu) pelo
ângulo expresso em radiano. Assim:
−
∆-4á6 =
+
AGUIRRE, A. J.; MELLO FILHO, J. A. de. Introdução à Cartografia. Santa Maria: UFSM / CCR /
Departamento de Engenharia Rural, 2009, 2.ed. 80 p. (Apostila)
GRIPP JR., J.; SILVA, A. S. Representações Cartográficas. Apostila de notas de aula. Curso de
Engenharia de Agrimensura da UFV. 2000. 55 pag.
24
4. PROJEÇÕES PLANAS
Neste Capítulo serão abordadas algumas das principais projeções planas.
Lei de projeção:
=7 = !"#
Coeficientes de deformação:
1!
1!
25
′ !"#
= =1
!"# !"#
′
$= % !"#
1- = 1!
− 1 − 1!
∆'8á9 = = = &, %
:
+ 1 + 1!
26
Lei de projeção:
7 &,
Coeficientes de deformação:
!" ²
= = = !" ²
′ &, 1
= = = = !"
!"# !"# 1!
′
$= % !"#
1- = !" !" %
= !" ³
− !" − !" ²
∆'8á9 = = = −&,²%
:
+ !" + !" ²
27
4.3 Projeção Plana Polar Estereográfica
Lei de projeção:
7 2 &, %
:
Coeficientes de deformação:
2 >
!" ²:%
!" ²%
% :
′ 2 &,:% :
⋯ !" ²%
!"# !"#
28
′
$ 1- = !" ²% !" ²% = !"
: : @
% !"#
Condição:
B=C
Como:
′
$= % !"#
Logo:
′
$= % !"#
=1
= %
!"#
29
Integrando, em ambos os lados, temos o seguinte resultado:
D ED FGHE
I
>
2 1!:%
= = = 1! %
% :
′ 2 !"#:% 1
= = =⋯= = !"
:
!"# !"# 1!:% %
− !" :
− 1!:% !"#% :%
∆'8á9 = = %
=
+ !" :
%
+ 1!:% 1 + 1! % :%
30
Esta projeção acontece de forma perspectiva até a superfície SR e depois o ponto é
rebatido para o plano de tangência analiticamente, ou seja, semigeométrica. Por ser
equivalente, esta projeção mantém a área e, para isso, quando “estica” em uma direção
“encolhe” na outra na mesma proporção. Esta projeção é bastante utilizada em atlas e
mapas que necessitem de relações de equivalência entre as formas. Serve de base para
mapas geológicos, tectônicos e de energia; mapas comerciais e mapas geográficos (físicos,
políticos e econômicos).
Condição:
J C
Como:
Logo:
= = 1
=
Integrando, em ambos os lados, temos o seguinte resultado:
D = DI
31
Figura 4.5 – Projeção plana polar equidistante meridiana
′
= =
!"# !"# !"#
′
$= % !"#
1- =
!"#
− −1 − !"#
∆'8á9 = = !"# =
+ + !"#
+1
!"#
32
4.6 Comparação Ilustrativa das Projeção Citadas
33
4.7 Projeções Planas no Sistema de Coordenadas Retangulares
X = r’ sen Δλ
Y = r’ cos Δλ
Sendo assim, a Tabela 4.1 apresenta as fórmulas para obtenção das coordenadas
retangulares das projeções planas polares apresentadas anteriormente:
34
Projeção Plana Polar Coordenadas Retangulares
x = r sen δ cos λ
Ortográfica (Equidistante T.)
y = r sen δ sen λ
x = r tg δ cos λ
Gnomônica
y = r tg δ sen λ
x = 2r tg δ/2 cos λ
Estereográfica (Conforme)
y = 2r tg δ/2 sen λ
x = r δ cos λ
Equidistante M.
y = r δ sen λ
Tabela 4.1 – Coordenadas retangulares
35
5. PROJEÇÕES CÔNICAS
r’ = F(δ0) = r tg δo
36
Entretanto, a diferença de longitude entre dois meridianos quaisquer sofrerá no seu
desenvolvimento uma redução, obtida pelo coeficiente de mesmo nome. O coeficiente de
redução (n) é a razão entre o ângulo central do setor circular e o seu correspondente no
cone e o seu valor está diretamente relacionado à posição do paralelo de contato. No caso
das projeções cônicas tangentes, n = cos δo.
#
!"#
′
=
#
$= % !"#
−
∆'8á9 =
+
37
5.1 Projeção Cônica Equidistante Meridiana com um Paralelo Padrão
Condição:
1
Como:
Logo:
= = 1
= +K I
# cos o
= = = 1
!"# !"# o
Logo:
= &, 1 II
38
Substituindo II em I e considerando o paralelo de tangência, tem-se que:
&, 1 = 1+K
Logo:
K= &, 1 − 1 III
Substituindo III em I:
= + &, 1 − 1
= &, P + − P
#
=
!"#
&, 1 + − 1 1! 1
=
!"#
&, 1 + − 1 1! 1
$=
!"#
−1
∆-8á9 =
+1
39
A propriedade marcante desta projeção é a equidistância meridiana e a conservação
em verdadeira grandeza do paralelo de tangência. À medida que se distancia do paralelo
padrão a variação em escala vai se acentuando, portanto, acentuada ampliação de escala
sobre os paralelos e manutenção em verdadeira grandeza nos meridianos, o que altera
grandemente a forma das áreas representadas. Não serve para representação de regiões
polares, pois representa o polo como um arco de circunferência.
Condição 1:
1
Logo:
= = 1
> = > +K I
% = % +K II
Onde o índice 1 refere-se ao primeiro paralelo padrão e o índice 2 refere-se ao segundo
paralelo padrão.
40
Condição 2:
#
= 1
!"#
Logo:
= = 1 III
QRS T
> Q UVT :R
= = 1 IV
QWS T
% Q UVT :W
+K #
= = 1
>
>
!"# 1
Logo:
K= − V
Q UVT :R
T >
+K #
= = 1
%
%
!"# %
Logo:
K= − VI
Q UVT :W
T %
!"# − !"#
#=
% >
%− >
41
E substituindo k em I e em II, tem-se a lei de projeção:
!"#
+ −
>
>
# >
!"#
= + −
%
%
# %
#
=
!"#
!"# + # −
=
> >
!"#
!"# + # −
$=
> >
!"#
−1
∆-8á9 =
+1
42
5.3 Projeção Cônica Equivalente com dois Paralelos Padrões
Condição 1:
$ 1
Logo:
#
$= =1
% !"#
# = %
!"#
>/%
= YT K − 1! Z I
% %
> >
>/%
= YT K − 1! Z II
% %
% %
Condição 2:
> = % = 1
Portanto:
= III
QRS T
> Q UVT :R
= IV
QWS T
% Q UVT :W
43
Substituindo I em III e II em IV, têm-se o seguinte sistema, cujo resultado fornece o
valor da constante k:
# 2 K− 1!
% >/%
\ ] =1
>
!"# > #
Isolando k:
K= V
Q W UVTW :>^%T _`U :>
%T
# 2 K− 1!
% >/%
\ ] =1
%
!"# % #
Logo:
K= VI
Q W UVTW :%^%T _`U :%
%T
1
#= 1! + 1!
2 > %
+ − >/%
= a!"# > + 4 # !"# !"# c
% > >
>
# 2 2
+ − >/%
= a!"#² % + 4 # !"# !"# c
% %
%
# 2 2
44
Demais coeficientes de deformação:
#
!"#
1 + − >/%
= a!"#² > + 4 # !"# !"# c
> >
!"# 2 2
Como γ = α β = 1, logo:
1
=
1
− ²−1
∆-8á9 = =
1 ²+1
+
45
5.4 Projeção Cônica Conforme com dois Paralelos Padrões
Condição 1:
Logo:
# ′
=
!"#
′ #
=
!"#
d# = # d# &, % + d# K
:
= &, eW T
K I
= &, K
fP T
V %
Portanto:
V =K II
Substituindo II em I:
= V &, eW T
III
46
Condição 2:
> % = 1
Portanto:
= IV
QRS T
> Q UVT :R
= V
QWS T
% Q UVT :W
Igualando as equações IV e V e substituindo r’1 e r’2 pela equação III, tem-se que:
&, :%R T
# &, :%W T
#
=
V V
!"# > !"# %
Como
&, :%R T
#
= 1
V
!"# >
= VI
Q UVT :R
V e
T hij WR
Substituindo VI em III:
!"#
= &,T %
> :
# &, %
> T :R
47
De forma análoga, encontra-se a expressão de r’2 que, reorganizadas, têm-se as leis
de projeção:
T
&, l2 !"#
k m
>
>
&, >l #
2
T
&, l2 !"#
=k m
%
%
&, %l2 #
#
=
!"#
T
&, l2 !"# > #
= k m
&, >l2 # !"#
T
!"# > &, l2
= k m
!"# &, >l2
48
5.5 Coordenadas Retangulares
Embora seja menos usual, nas projeções cônicas também é possível usar um
sistema de coordenadas retangulares para representar as transformadas dos paralelos e
meridianos no plano. Para isso, deve-se considerar como origem um determinado ponto 0
do paralelo de tangência e como eixos coordenados o meridiano desse ponto e uma
perpendicular a esse meridiano. Assim, as coordenadas retangulares x e y deverão ser
calculas através das seguintes fórmulas:
x = r’ sen λ’ = r’ sen nλ
y = 0V – A’V = r tg δ0 – r’ cos λ’ = r tg δ0 – r’ cos nλ
49
6. PROJEÇÕES CILINDRICAS
O Capítulo anterior foi dedicado às projeções cônicas e é fácil imaginar que quando
se tem um cone com vértice no infinito, tem-se uma projeção cilíndrica. Assim sendo, pode-
se dizer que a projeção cilíndrica é um caso particular das projeções cônicas.
50
Para a obtenção do coeficiente de deformação meridiana aplicado às projeções
cilíndricas, deve-se considerar o quadrilátero infinitesimal ABCD, na esfera modelo, e o seu
homólogo abcd, no cilindro, como mostra a Figura 6.1. Sendo assim, o coeficiente de
deformação meridiana é dado por:
n
=
o
= =
_
p 1!o
No caso de ser uma projeção tangente, o raio do cilindro é igual ao raio da esfera
modelo, logo, o coeficiente de deformação transversal torna-se:
1
= = = !" o
_
_ 1!o 1!o
No caso de ser uma projeção secante, o raio do cilindro é fornecido pelo teorema de
Meusnier, onde rc = r cosφ0. Sendo φ0 a latitude do paralelo de contato. Logo, o coeficiente
de deformação transversal torna-se:
1!oP 1!oP
= =
1!o 1!o
$=
51
E a deformação angular máxima (permanece inalterada):
−
∆'8á9
+
n
= =1
o
n= o
n= o − oP
Para o caso tangente, o paralelo de contato é o equador, onde φ0 = 00. Logo, a lei
de projeção será:
n= o − oP = o
9= _ 2q = 2q
Coeficientes de deformação:
= 1 por construção
= !" o
$= = !" o
52
Deformação angular máxima:
!" o − 1
∆-8á9
!" o + 1
n= o − oP
9= _ 2q = 1!oP 2q
Coeficientes de deformação:
= 1 por construção
cos oP
=
cos o
cos oP
$= =
cos o
cos oP − cos o
∆-4á6 =
cos oP + cos o
53
6.2 Projeção Cilíndrica Equivalente
1 n
$ = =1
1!o o
1 n
=1
1!o o
n= 1!o o I
n= !"# o + K
Para qualquer ponto no equador, ou seja, φ = 00 tem-se que o valor de y =0. Logo,
assumisse que o valor de k = 0. Assim, a lei de projeção será:
n= !"#o
9= 2q
= II
yz
Q y{
= 1!o
54
Como γ = 1, por construção, α β = 1, logo, α = secφ
!"# % o
∆- 8á9 =
1 + 1! % o
cos oP n
$= = =1
cos o o
1!o o
n=
1!oP
n= !"# o + K III
Q
_`U{|
0= !"#oP + K
1!oP
K= − IV
Q UVT{|
_`U{|
n= !"#o − !"#oP
1!oP
9= 1!oP 2q
55
Coeficientes de deformação:
1 1!o
=
1!o1
1!o1
=
1!o
$ = 1 por construção
1! % o1 − 1! % o
∆- 8á9 =
1! % o1 + 1! % o
56
6.3 Projeção Cilíndrica Conforme
1 n
=
1!o o
1!o
n=
o
n= ln sec o + &,o + K
n= ln sec o + &,o
Reorganizando a expressão:
o
n= ln[ &, 45P + l2 ]
9= 2q
∆- 8á9 = 0
57
No caso da projeção secante, tem-se a lei de projeção:
Coeficientes de deformação:
cos oP
= =
cos o
1! % oP
$=
1! % o
∆- 8á9 = 0
A lei de projeção para outras projeções cilíndricas podem ser encontradas em:
“BAKKER, M.P.R. de. Cartografia - Noções Básicas. DHN, Marinha do Brasil. 1965. 250p.”
58