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TOPOGRAFIA E GEOPROCESSAMENTO - A (2024.FEV)
1.1 - Introdução aos trabalhos topográficos
1.2 - Instrumentos de medição
2.1 - Conceitos fundamentais de topografia I
2.2 - Conceitos fundamentais de topografia II
3.1 - Conceitos e noções de Cartografia
3.2 - Cartografia: interpretação e estudos da base cartográfica
4.1 - Introdução ao Geoprocessamento
4.2 - Sistema de posicionamento global (GPS)
Conteúdo Complementar (não conta p/ avaliações, mas conta p/ frequência)
__ C.1 Conceitos básicos de sensoriamento remoto e geoprocessamento
__ C.2 Sistema de coleta de dados e fontes de obtenção de dados espaciais
__ C.3 Sistemas de informações geográficas, dados de entrada e avaliação dos
resultados
__ C.4 Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos
e demandas ambientais
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer algumas das principais ferramentas para
representar uma porção qualquer da superfície terrestre.
Bons estudos.
elm = Avaliação da aula. Ruim. Assinalada opções - Precisei pesquisar mais; - Conteúdo
Livro difícil (qdo assinala <regular, só há opções para assinalar).
_1.1_ Desafio
Os Pontos cardeais (Norte, Sul, Leste e Oeste) são os principais pontos de referencia para
localização sobre a superfície terrestre. Imagine que você esta perdido em uma floresta, sem
nenhum equipamento como smartphones, internet, bússola ou qualquer outro meio de informação.
Sabendo que existe uma comunidade próxima a você e que ela está na direção norte, você seria
capaz de achar essa orientação, levando em conta que você tem em mãos um clipe, um imã de
geladeira, uma folha de uma planta e água empoçada?
elm = daria para improvisar uma agulha magnética (bússola) com o material
mencionado. Além disso, caso houvesse sol, o movimento de leste para oeste
poderia auxiliar na localização do norte (mas, neste caso, a dificuldade é
maior, sol move-se lentamente, e precisão é baixa).
PASSOS INDISPENSÁVEIS
1:5000 ?
Adoção de escala
1:1000 ?
Identificação da posição
1:10000 ?
Orientação da representação
UTM ?
Geodésicas ?
_1.1_ Conteúdo do livro
No Capítulo 2, "Planimetria", do livro Fundamentos de topografia, o tópico "Orientação para
trabalhos topográficos" fala sobre a representação de superfícies terrestres. Boa leitura!
LivrPt_Civ_Topografia_Fundamentos_Tuler_2014_319p
a) A adoção de escala (geralmente de redução), associada a um modelo de projeção – no
caso, o campo topográfico.
b) A identificação da posição (coordenadas) de um dos pontos, referenciada ao modelo
adotado (coordenadas arbitradas no plano topográfico, geodésicas ou UTM, p. ex.), para
que se evite a translação da representação.
c) A orientação da representação, geralmente materializando o meridiano e/ou
determinado o ângulo que esse meridiano forma com uma direção perfeitamente
definida no campo (azimute da mira), para que se evite a rotação da representação.
Por muito tempo, essa orientação de trabalhos topográficos foi realizada com a materialização
da meridiana magnética, utilizando principalmente a bússola (e declinatória), definindo-se
assim o azimute magnético do 1º alinhamento. A orientação dos trabalhos geodésicos dava-
-se pela determinação do azimute astronômico da mira, ou da linha de base entre dois marcos
geodésicos, por processos astronômicos. A orientação magnética, em razão do movimento
“relativamente aleatório” dos polos magnéticos, sendo esses definidores da direção norte-sul
magnética, trazia inconvenientes em sua materialização e aviventação futura.
Considerando que o posicionamento torna-se cada vez mais de cunho global, impulsiona-
do, principalmente, pelo rastreio de satélites, a orientação com base na meridiana magnética
tornou-se cada vez mais obsoleta por ser local (varia no tempo e no espaço). Além disso, os
equipamentos modernos (estações totais e receptores por satélites, p. ex.) não são portadores
de bússolas.
Define-se como meridiano de um ponto A a linha que une os polos e passa por este ponto
A (ver definição de plano meridiano no Capítulo 1). Considerando outro ponto B, o ângulo
formado entre este meridiano, de A→B, será denominado azimute de A para B. A seguir, apre-
Fundamentos de Topografia
Meridiano magnético
Considerando que a Terra tem propriedades de um grande “magneto”, as extremidades da
agulha de uma bússola são atraídas por duas forças atuando em dois pontos diametralmen-
72
te opostos, que são os polos magnéticos da Terra, os quais não coincidem com os polos geo-
gráficos.
73
_1.1_ Dica do professor
Neste vídeo, você encontrará uma introdução à orientação para trabalhos topográficos.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/
cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/5b4ac9f81ea5d5a4ade71d3e66a94707
5 min
_1.1_ Exercícios
1) Quais são os três passos indispensáveis para a representação de uma porção qualquer da
superfície terrestre?
C) Plano e norte
A) é definido por uma linha que aponta para as direções leste e oeste.
B) pode ser definido como um circulo ou semicírculo que contenha os dois polos de um planeta.
A err = O
meridiano não
aponta para as
direções leste e
oeste e sim para
a direção dos
polos.
Gab B = Os
meridianos dividem
a Terra como se
ela fosse uma
laranja com gomos,
sendo representado
os doispolos de um
planeta.
A) Norte
B) Ângulo de deflexão
C) Ângulo horizontal
D) Azimute
E) Rumo
Qualquer mapa que você observa, mesmo aquele mapa do parque aquático, localizando os
brinquedos, apresenta uma proporção com a verdadeira grandeza, uma orientação de referência
(ruas, prédios, o norte) e a identificação da posição dos brinquedos, por exemplo.
Geodésia e Topografia
Material desenvolvido por Régis Bueno para o site MundoGeo sobre Geodésia e Topografia.
https://mundogeo.com/2009/01/06/geodesia-e-topografia/
pág internet
EQUIPE SAGAH
Coordenador(a) de Curso
Alexandre Baroni
Professor(a)
Cleber de Freitas Floriano
Gerente
Rodrigo Severo
Analista de Projetos
Fernanda Osório
Aula 1.2
TOPOGRAFIA E GEOPROCESSAMENTO - A (2024.FEV)
1.1 - Introdução aos trabalhos topográficos
1.2 - Instrumentos de medição
2.1 - Conceitos fundamentais de topografia I
2.2 - Conceitos fundamentais de topografia II
3.1 - Conceitos e noções de Cartografia
3.2 - Cartografia: interpretação e estudos da base cartográfica
4.1 - Introdução ao Geoprocessamento
4.2 - Sistema de posicionamento global (GPS)
Conteúdo Complementar (não conta p/ avaliações, mas conta p/ frequência)
__ C.1 Conceitos básicos de sensoriamento remoto e geoprocessamento
__ C.2 Sistema de coleta de dados e fontes de obtenção de dados espaciais
__ C.3 Sistemas de informações geográficas, dados de entrada e avaliação dos
resultados
__ C.4 Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos
e demandas ambientais
Instrumentos de medição
_1.2_
Apresentação
Topografia é a disciplina estudada em Engenharia que trata da determinação de contorno e de
dimensão e da posição relativa de uma porção limitada de superfície da terra, sendo essa porção de
terra observada como plana. Para a realização da topografia, são utilizados equipamentos e
instrumentos específicos, cuja função é auxiliar o usuário na realização dessas determinações
supracitadas. Dentre os equipamentos, conjunto de materiais utilizados em topografia, há o
teodolito e a estação total, importantes para a realização de leituras de ângulos verticais e
horizontais do terreno analisado. Dentre os instrumentos, todo material utilizado em topografia, há
a mira, a estaca, a trena, entre outros, que são importantes para auxiliar a realização do
levantamento topográfico, por meio da leitura de altura, nivelamento e identificações e medições,
respectivamente.
elm = Avaliação da aula. Regular. Assinalada opções: - Precisei pesquisar mais; - Conteúdo
Livro difícil (qdo assinala <regular, só há opções para assinalar) Mais: Vídeo conteúdo ruim.
_1.2_ Desafio
A topografia é uma etapa muito importante e deve ser tratada antes de iniciar qualquer obra em um
terreno, pois por meio dela é possível determinar o contorno, a distância e o posicionamento de
uma porção de terra considerando que ela tenha a superfície plana. O levantamento
topográfico identifica a situação do terreno em que haverá a execução de determinado projeto.
elm =
a) GPS topográfico, pois é o
indicado para as dimensões
envolvidas ;
b) levantamento planialtimétrico ;
c) saneamento, estradas, locação de
obras civis etc.
b) Após o levantamento topográfico, o que mais é necessário realizar para encontrar os possíveis
acidentes geográficos no terreno analisado?
c) Quais as práticas realizadas para a execução de obras e que dependem dos resultados dos
levantamentos topográficos?
MIRA
BALIZA TOPOGRÁFICA
GNSS
VANT
RPA
Boa leitura.
Instrumentos de medição
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Diversos equipamentos são utilizados na execução de levantamentos
topográficos, necessários para a identificação do posicionamento e de
acidentes geográficos, como declives e relevos. O levantamento topo-
gráfico indica a necessidade de terraplanagem e movimentação de terra
dentro de um terreno, com a finalidade de proporcionar nivelamento de
qualidade ao que se deseja construir.
Neste capítulo, você estudará os tipos de equipamentos de medição
topográfica e aprenderá a identificá-los. Além disso, aprenderá detalhes
sobre sua aplicação prática e sobre os procedimentos de calibração que
garantem resultados confiáveis.
1 Equipamentos de medição
e levantamento topográfico
Topografia
A topografia é uma parte da engenharia que estuda as condições da superfície
terrestre, sendo também definida como a descrição de uma porção de terra
analisada com o objetivo de identificar o posicionamento, acidentes geográficos
e as medidas de determinado local. A topografia é dividida em três etapas:
topometria, topologia, taqueometria e fotogrametria.
2 Instrumentos de medição
Taqueometria
Na técnica de fotogrametria, equipamentos tiram fotos do terreno e a partir
dessas imagens é possível recolher os dados do relevo da parte fotografada,
assim como as diferenças de níveis. Outros equipamentos podem utilizar o
escaneamento por laser como técnica, traçando e medindo os pontos por
onde o laser passa.
Outra técnica é o sensoriamento remoto, cuja definição está relacionada com
a obtenção de imagens à distância considerando a superfície terrestre plana.
Nesse caso, podemos citar os satélites que enviam informações sensoradas
para um determinado aparelho com sistema de posicionamento global (GPS).
Aparelhos topográficos
Segundo Tuler e Saraiva (2014), a partir da década de 1980 o teodolito passou
a ter display digital com medição angular vertical e horizontal. Com o passar
do tempo, surgiram diferentes modelos com maior precisão. A partir de 1990,
surgiram as estações totais, colocando em status de inutilidade o teodolito
nos dias de hoje.
4 Instrumentos de medição
Aeromodelos
Drone é um termo genérico para se referir a aeromodelos utilizados para
aplicações não comerciais, ou seja, recreativas. VANT e RPA referem-se
a aeromodelos utilizados para fins comerciais e institucionais (Figura 3),
incluindo levantamentos topográficos, devido à sua agilidade e por econo-
mizarem mão-de-obra na realização dos levantamentos. Eles coletam dados
por fotogrametria aérea com a utilização de um sensor, podendo utilizar
também o GPS.
Figura 3. VANT.
Fonte: Andrey Suslov/Shutterstock.com.
6 Instrumentos de medição
Para serem utilizados, VANTs e RPAs devem ter registro na Agência Na-
cional de Aviação Civil (Anac). A diferença entre VANTs e RPAs é que VANTs
abrangem modelos não tripulados, enquanto RPAs incluem modelos tripulados.
Trena
Um instrumento importante e muito utilizado para medições é a trena, que
possui até 50 metros de comprimento e pode ser feita de fibra de vidro ou de
aço. Já o cabo agrimensor é um tipo de trena para medições de até 100 metros
de comprimento, podendo ser fabricado também em fibra de vidro, sendo
flexível e possuindo numeração de 1 em 1 cm em um dos lados da fita e de 5
em 5 cm do outro lado da fita.
https://qrgo.page.link/mEjyh
https://youtu.be/k7JOrLGi5-k 10 min
Em relação ao MED, são diversos os tipos de ondas utilizados por esse tipo de instru-
mento, cada qual com suas características próprias:
A luz comum apresenta propagação retilínea e penetração atmosférica fraca,
alcançando de 300 a 500 metros quando há um prisma participando do processo
de medição e até 1.000 m quando há três prismas participando do processo de
medição.
O infravermelho possui propagação retilínea e penetração atmosférica alta, alcan-
çando de 2,5 a 7,5 km quando há um prisma participando do processo de medição.
Este tipo de onda é o mais comum em equipamentos topográficos.
O laser possui baixa dispersão e, com boas condições atmosféricas, consegue
alcançar de 40 a 60 km.
As micro-ondas apresentam propagação semirretilínea, com penetração atmosférica
baixa, alcançando até 200 km.
Instrumentos de medição 7
GPS
Aparelhos portáteis de GPS são capazes de captar coordenadas a partir de
satélites na órbita da Terra, que enviam informações de localizações de qualquer
lugar do mundo para seus receptores. Quando um engenheiro encontra-se
em um terreno qualquer para a realização de um levantamento topográfico
segurando um receptor de GPS, os satélites identificam a localização em que
esse receptor se situa na superfície da Terra e enviam as coordenadas por
meio de sinais de frequência.
Os sistemas de GPS disponíveis atualmente são o americano e o Glonass
russo. O mais utilizado é o sistema americano. Existem outros sistemas em
desenvolvimento, como Galileo na Europa e o Beidou na China.
A determinação de coordenadas para o levantamento topográfico consiste
na realização de um processo de triangulação pelos satélites sobre o local em
que o receptor está situado. Ou seja, para haver o envio dos sinais a leitura,
no mínimo três satélites devem estar envolvidos, conforme ilustra a Figura 4.
Luneta
As lunetas são instrumentos utilizados como auxílio para medição de distân-
cias verticais entre pontos, mas devem ser utilizadas com o acompanhamento
de uma mira, que é uma régua que mede até 7 metros de altura. Através do
nível de luneta, torna-se impossível visualizar inclinações, não admitindo
a determinação de ângulos verticais e horizontais, sendo um equipamento
que pode resultar em erro, dependendo da distância até o ponto de medição,
ao contrário do teodolito, que não possui limitação na visada de distâncias
lineares e angulares.
Instrumentos de medição 11
https://qrgo.page.link/RfFvJ
https://www.youtube.com/watch?v=2RNhilnJJzc
Leituras recomendadas
CASACA, J. M. Topografia geral. 4. ed. São Paulo: LTC, 2007.
CHRISTOPHERSON, R. W. Geossistemas: uma introdução à geografia física. Porto Alegre:
Bookman, 2012.
DAIBERT, J. D: Topografia: técnicas e práticas de campo. 2. ed. São Paulo: Érica, 2015.
MCCORMAC, J.; SARASUA, W.; DAVIS, W. Topografia. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016.
ORRES, F. T. P.; MARQUES NETO, R.; MENEZES, S. O. Introdução à geomorfologia. São
Paulo: Cengage Learning, 2012.
TIMÓTEO, M. Topografia: teodolito e estação total. [S. l.: s. n.], 2018. 1 vídeo (1 min).
Publicado pelo canal Marcossousa Sousa. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=2RNhilnJJzc. Acesso em: 3 fev. 2020.
Instrumentos de medição 13
Os links para sites da Web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
_1.2_ Dica do professor
Os equipamentos topográficos são instrumentos utilizados no levantamento do posicionamento e
na leitura de ângulos e de distâncias existentes em terrenos, isso por meio da fotogrametria, do
escaneamento e até do sensoriamento remoto. Assim, fornecem dados que auxiliam o usuário do
equipamento a elaborar o levantamento topográfico do local referido.
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cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/932a86aa471fafe27bde88607c1c7668
4 min
elm = só
narrativa, nada
de filme
mostrando o
uso...
_1.2_ Exercícios
1) Antes de iniciar uma obra em um terreno, devem ser realizados estudos de análise de porção
de terra desse terreno, a fim de determinar o devido posicionamento e poder representar de
forma planimétrica e altimétrica esse local.
A) Referem-se aos cálculos de um projeto qualquer do terreno, tendo o projeto inicial do terreno
as coordenadas encontradas por meio da utilização de equipamentos topográficos.
B) Referem-se aos estudos detalhados realizados para a definição do tipo de estrutura que terá a
obra. Esses estudos são realizados com bases nas coordenadas encontradas pelos
equipamentos topográficos.
C) Referem-se a estudos realizados para a identificação do material que será utilizado para o
aterramento que ocorrerá naquele terreno, por meio da seleção de uma quantidade de terra
analisada pelos equipamentos topográficos.
E) Referem-se à planta baixa do terreno, mostrando onde estão localizadas as árvores que não
poderão ser cortadas; essas árvores são identificadas pela análise do terreno realizada com os
equipamentos topográficos.
Sendo assim, analise as alternativas e marque a que mostra as reais definições de drones,
VANT e RPA.
A) Drones são equipamentos que voam e que fazem levantamentos utilizando o escaneamento,
enquanto VANT e RPA utilizam a fotogrametria.
B) VANTs são equipamentos diferentes de RPAs e são utilizados com piloto remoto, muito
usados para recreação, e não precisam de autorização da ANAC.
C) RPAs são aeromodelos como o VANT, utilizados com piloto remoto, para fins comerciais, e
devem ser operados com a devida autorização da ANAC.
D) RPA precisa do auxílio de uma mira para realização de leituras de ângulos e distâncias em
razão de ser um aeromodelo incompleto.
Gab C = RPAs são aeromodelos como o VANT, mas são utilizados com piloto
remoto, muito usados para fins comerciais, porém só podem ser operados com a
devida autorização da ANAC.
Tanto o drone como o VANT e o RPA precisam de autorizações para circulações e
realizações de trabalhos comerciais. Todos eles são veículos aéreos, sendo os
drones e o VANT veículos aéreos não tripulados, enquanto os RPAs são veículos
aéreos tripulados por conter um piloto remoto e todos podem ser utilizados
para a realização de levantamentos topográficos utilizando a fotogrametria.
3) Os teodolitos e as estações totais são equipamentos utilizados para a leitura de ângulos,
distâncias e levantamentos topográficos. Porém, eles têm a composição diferenciada de
outros tipos de equipamentos topográficos;
Sendo assim, marque a alternativa que melhor descreve a composição dos teodolitos e das
estações totais.
D) Os teodolitos são goniômetros manuais sem o computador portátil, já as estações totais são
compostas por goniômetros e distanciômetro digital com computador portátil; ambos são
fixados sobre tripés.
E) Os teodolitos são compostos por distanciômetro digital fixado sob tripés e as estações totais
também têm esse distanciômetro digital, devendo ser fixadas sob bancadas.
Sendo assim, marque a alternativa que mostra as dificuldades entre os levantamentos feitos
por drone, VANT e RPA.
A) O acesso ao espaço aéreo pode ser feito conforme preferir o usuário do equipamento,
independentemente de autorização para usar o espaço aéreo brasileiro.
B) O VANT pode ter falhas relacionadas ao cobrimento das imagens e faixas pela instabilidade
de sua plataforma.
C) Os pilotos de VANT e RPA precisam ser devidamente qualificados, além disso, esses
aeromodelos não passam por aterrisagem e decolagem.
E) A altitude atingida por drone, VANT e RPA ao realizarem o levantamento não interfere nos
resultados das captações de suas imagens.
Veja uma situação que demonstra como utilizar uma luneta topográfica com o auxílio de uma mira.
_1.2_ Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Topografia
Este artigo mostra uma explicação generalizada sobre topografia, equipamentos para
levantamentos topográficos e definições comuns utilizadas em levantamentos topográficos.
Levantamento topográfico
Este vídeo mostra a explicação passo a passo da utilização de um teodolito para realização de
levantamento topográfico.
https://youtu.be/RlYTNsmZefY 7 min
https://youtu.be/eBiikPLyeHk 3 min
Nesta Unidade de Aprendizagem você verá uma introdução à topografia, com os conceitos
essenciais, considerando sempre seu principal objetivos: obtenção da planta topográfica através de
levantamentos topográficos.
Bons estudos.
elm = Avaliação da aula. Regular. Assinalada opções: - Precisei pesquisar mais; - Conteúdo
Livro difícil (qdo assinala <regular, só há opções para assinalar) Mais: Vídeo conteúdo
ruim.
_2.1_ Desafio
Você está em um grande deserto durante o dia, como, por exemplo, o Deserto do Saara. Você
dispõe apenas de um mapa bem abrangente onde marca a sua posição, aparece a localização da
base de resgate e a direção norte. Se você ficar parado esperando o resgate, não sobreviverá até o
anoitecer. Como você fará para seguir na direção correta da base de resgate com apenas este
mapa?
elm = Observando a direção do movimento do sol (via minha sombra ou de um objeto fincado no
solo), constatar a direção leste - oeste e, na direção perpendicular, o norte. Posicionar o
mapa de modo que o norte do mapa coincida com o norte constadado pelo sol, e seguir na
direção da base.
Obs.: dado bizarro neste desafio - minha posição marcada no mapa (se eu consegui fazer isso,
provavelmente já saberia a direção norte).
Neste infográfico, você verá a diferença entre topologia, topometria, com a definição gráfica de
planimetria, atimetria e planialtimetria.
TOPOGRAFIA:
> TOPOLOGIA
> TOPOMETRIA
> PLANIMETRIA
> ALTIMETRIA
> PLANIALTIMETRIA
_2.1_ Conteúdo do livro
No capítulo Conceitos Fundamentais de Topografia I base teorica desta Unidade de Aprendizagem,
você poderá se aprofundar neste tema.
Boa leitura.
elm = parece cópia integral do Tuler 2014, p. 16 a 23
(uma vergonha).
UNIDADE 1
Conceitos fundamentais
de topografia I
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Neste texto, você vai aprender os conceitos essenciais da topografia, bem
como estudar a obtenção da planta topográfica por meio de levanta-
mentos topográficos, além de conhecer as subdivisões da topografia.
Divisão da topografia
O estudo da topografia se divide em topometria e topologia.
A topometria (do grego, topos – lugar – e metron – medida) trata dos
métodos e instrumentos para avaliação de grandezas (lineares e/ou angulares)
que definem os pontos topográficos, considerando os planos horizontais e
verticais. Um ponto topográfico é o ponto do terreno que serve de apoio
para a execução das medidas lineares e angulares, além de contribuir para a
representação desse espaço e dos acidentes a serem cadastrados. A topometria
se subdivide em:
Planimetria: estuda os procedimentos, métodos e instrumentos de medida
de ângulos e distâncias, considerando um plano horizontal.
Altimetria: estuda os procedimentos, métodos e instrumentos de distâncias
verticais ou diferenças de níveis e ângulos verticais. Para isso executa-se o
nivelamento.
Planialtimetria: aplica técnicas da planimetria e altimetria para construção
da planta com curvas de nível.
A topometria pode ser executada com dois tipos de equipamentos:
Importância e aplicações
Se a ciência é um conjunto de conhecimentos e princípios objetivos e siste-
máticos de um fenômeno qualquer, a topografia é uma ciência, pois se guia
por um conjunto de princípios e métodos científicos para permitir que as
pessoas realizem seu trabalho de forma mais eficiente. Se arte é a capacidade
de realização para obter um resultado desejado, aplicando conhecimento e
habilidades, a topografia também é uma arte, pois, em muitos casos, a criati-
vidade e a execução apropriada dos princípios e conhecimentos contribuem
para obter as metas desejadas. A topografia é, ainda, uma técnica, pois é um
conjunto de procedimentos e métodos.
É indiscutível a importância da topografia para a engenharia. Para concep-
ção de qualquer obra de engenharia, bem como para sua futura implantação, é
fundamental o conhecimento dos elementos naturais e artificiais que a cercam.
Logo, a planta topográfica é a primeira e insubstituível “ferramenta” para a
implantação de projetos de engenharia.
A seguir, você vai conhecer as várias áreas da engenharia que utilizam a
topografia (Figuras 1 a 5).
Construção civil: edificações de modo geral (locações prediais, rodovias,
ferrovias, pontes, viadutos, túneis, barragens).
Carga
horária
Curso Instituição Nome das disciplinas (horas)
Fonte: Adaptada de Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (c2013), Instituto Federal
do Espírito Santo (c2009), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (c2007) e Universidade Federal
de Viçosa (2013).
Conceitos fundamentais de topografia I 24
Nesta Dica do Professor você verá um resumo dos conceitos fundamentais da topografia.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/
cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/62e66e391dc888bfa98400625bad74f6
3min
_2.1_ Exercícios
1) __________ é definido como o conjunto de métodos e processos que, através de medições de
ângulos horizontais e verticais, de distâncias horizontais, verticais e inclinadas, com
instrumental adequado à exatidão pretendida, primordialmente, implanta e materializa
pontos de apoio no terreno, determinando suas coordenadas topográficas. Entre as
alternativas a baixo, qual completa o parágrafo?
A) Fotogrametria
B) Hidrografia
C) Levantamento topográfico
D) Cartografia
E) Topografia
A) Topometria e topologia.
B) Planimetria e altimetria
C) Topologia e altimetria
Gab A = A topometria (do grego, topos – lugar – e metron – medida) trata dos
métodos e instrumentos para avaliação de grandezas (lineares e/ou angulares)
que definem os pontos topográficos, considerando os planos horizontal e
vertical.
A topologia cuida do estudo das formas do relevo. É dirigida para a
representação e interpretação de uma planta do relevo do terreno, por meio
dos pontos cotados, das curvas de nível ou dos modelos em perspectiva.
A) Planimetria e taqueometria.
D) Topografia e geodésia.
E) Taqueometria e topografia.
Neste Na Prática você verá a importância da topografia para o avanço de tropas em guerras e a
posterior aplicação das cartas topográficas utilizadas no conflito.
_2.1_ Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Topografia Aplicada
Veja neste livro um pouco mais sobre as aplicações da topografia na construção civil e na
navegação em geral;
https://geoftp.ibge.gov.br/imagens_do_territorio/imagens_corrigidas/cartas_imagem/bc100//
Cassilandia_2481CIedt.pdf
pdf 11p
http://geodescobertas.blogspot.com/2012_02_01_archive.html
Aula 2.2
TOPOGRAFIA E GEOPROCESSAMENTO - A (2024.FEV)
1.1 - Introdução aos trabalhos topográficos
1.2 - Instrumentos de medição
2.1 - Conceitos fundamentais de topografia I
2.2 - Conceitos fundamentais de topografia II
3.1 - Conceitos e noções de Cartografia
3.2 - Cartografia: interpretação e estudos da base cartográfica
4.1 - Introdução ao Geoprocessamento
4.2 - Sistema de posicionamento global (GPS)
Conteúdo Complementar (não conta p/ avaliações, mas conta p/ frequência)
__ C.1 Conceitos básicos de sensoriamento remoto e geoprocessamento
__ C.2 Sistema de coleta de dados e fontes de obtenção de dados espaciais
__ C.3 Sistemas de informações geográficas, dados de entrada e avaliação dos
resultados
__ C.4 Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos
e demandas ambientais
Bons estudos.
elm = Avaliação da aula. Ruim. Assinalada opções: - Unidade não agregou conhecimento. (qdo
assinala <regular, só há opções para assinalar) Mais: Vídeo conteúdo ruim.
_2.2_ Desafio
O lixo que sai de sua casa deveria (ou seria mais adequado) ir para um aterro de lixo controlado,
embora nem sempre é assim. Suponha que em sua cidade exista um aterro sanitário. A prefeitura
local está fiscalizando e precisa saber o quanto de lixo compactado no aterro está chegando
semanalmente.
- Como você fará a medição semanalmente do volume de lixo que está chegando da cidade para o
aterro?
- Quais equipamentos poderão ser utilizados? Qual o tipo de levantamento topográfico poderá ser
feito?
- Para verificar a capacidade total do aterro sanitário, que volumes seriam necessários para o
cálculo?
elm = a) pode estimar com o número de caminhões que chegam ou, após descarregar, medir o
volume acumulado no fim do dia (acréscimo do volume do material que chegou) ;
b) Pode ser teodolito ou estação total, talvez com trena seja possível também. O
levantamento topográfico deve ser do aumento de lixo que chegou durante o dia ;
c) Volume total para o qual o aterro foi projetado e o volume acumulado desde o início da
operação do aterro. Quando o volume acumulado atinge o projetado, capaciadade esgota-se.
Leia mais no capítulo Conceitos Fundamentais de Topografia II que faz parte do livro Topografia e
geoprocessamento e é a base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
Conceitos fundamentais
de topografia II
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Neste capítulo, você vai saber exatamente quais as possibilidades de apli-
cação da topografia e dos profissionais da área, considerando a diferença
da formação técnica e da graduação.
A) B)
https://goo.gl/mgUv5d
https://www.ufrgs.br/igeo/departamentos/geodesia/trabalhosdidaticos/
Topografia_IProfa_%20Andrea_Jelinek/Teoria/Planimetria.pdf
32 Conceitos fundamentais de topografia II
Referência
Leituras recomendadas
BORGES, A. de C. Topografia. São Paulo: Edgard Blucher, 2013.
CUERVO, S. L. Topografia. Madrid: Ediciones Mundi-Prensa, 1996.
MCCORMAC, J. C. Topografia. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.
NONATO et al. Levantamento taqueométrico por irradiação e por caminhamento. Nota
de aula da disciplina de Topografia Básica, da Universidade Federal do Ceará. [200-
?]. Disponível em: <http://www.gpeas.ufc.br/disc/topo/aula07.pdf>. Acesso em: 06
set. 2017.
_2.2_ Dica do professor
No vídeo a seguir, você vai assistir a um resumo das aplicações da topografia e dos profissionais da
área.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/
cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/0ab5611c73356dd3cb20bdf8a0897a23
5 min
C err = Sim, a topografia é uma ciência, o que quer dizer que é baseada em
métodos científicos de trabalho.
A) Psicologia
B) Engenharia Civil
C) Cartografia
D) Ciências Agrárias
E) Direito
A err = Toda rodovia que será aberta tem como base levantamentos
topográficos.
Gab D = São projetos que normalmente não exigem a projeção de espaço físico
ou a implantação física através de locação topográfica.
A) Bacharelado em Geografia
B) Engenharia Cartográfica
C) Agronomia
D) Licenciatura em Matemática
E) Geologia
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Vida de Topógrafo Feb 6, 2020 Nesse vídeo Iderlan fala mais sobre a diferença de
Topografia convencional e Topografia com Drones. Entenda as duas metodologias e quais as
maiores vantagens de cada uma delas.
página internet
... O presente trabalho teve por objetivo caracterizar a importância da Topografia no ramo
da Engenharia, principalmente na área florestal, apresentando informações primordiais para a
realização do Licenciamento Ambiental na Recuperação de Áreas Degradadas. Realizou-se um
Levantamento Topográfico Planialtimétrico e a caracterização do Uso e Ocupação do Solo em
uma propriedade rural com área de 73.601,00m2, na localidade de Alto Fruteira, em
Laurentino, SC, no período de 28 de abril a 19 de maio de 2007, procurando atender a
legislação vigente e as normas administrativas reguladoras. Através dos resultados obtidos
no referido levantamento, comprovaram-se irregularidades na propriedade diante do que
preconiza a Legislação Florestal vigente....
EQUIPE SAGAH
Coordenador(a) de Curso
Alexandre Baroni
Professor(a)
Cleber de Freitas Floriano
Gerente
Rodrigo Severo
Aula 3.1
TOPOGRAFIA E GEOPROCESSAMENTO - A (2024.FEV)
1.1 - Introdução aos trabalhos topográficos
1.2 - Instrumentos de medição
2.1 - Conceitos fundamentais de topografia I
2.2 - Conceitos fundamentais de topografia II
3.1 - Conceitos e noções de Cartografia
3.2 - Cartografia: interpretação e estudos da base cartográfica
4.1 - Introdução ao Geoprocessamento
4.2 - Sistema de posicionamento global (GPS)
Conteúdo Complementar (não conta p/ avaliações, mas conta p/ frequência)
__ C.1 Conceitos básicos de sensoriamento remoto e geoprocessamento
__ C.2 Sistema de coleta de dados e fontes de obtenção de dados espaciais
__ C.3 Sistemas de informações geográficas, dados de entrada e avaliação dos
resultados
__ C.4 Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos
e demandas ambientais
elm = Avaliação da aula. Ruim. Assinalada opções: - Precisei pesquisar mais; - Conteúdo
Livro difícil (qdo assinala <regular, só há opções para assinalar) Mais: Vídeo conteúdo
ruim.
_3.1_ Desafio
Mapa é considerado uma representação gráfica, sendo normalmente sobre uma superfície plana, da
organização espacial de qualquer parte do universo físico, em qualquer escala. Entre as principais
características, pode-se citar: representação plana; apresenta escala pequena (grandes áreas); pode
apresentar delimitações de acidentes naturais (bacias, chapadas, planaltos, entre outros); pode
apresentar fins temáticos, culturais ou ilustrativos; apresenta uma análise qualitativa ou
quantitativa genérica.
Imagine que você é um engenheiro cartográfico e foi chamado para montar dois mapas para uma
determinada prefeitura. A Secretaria Municipal de Turismo necessita de um mapa com escala de
1:50 e outro mapa com escala de 1:1.000.
O primeiro mapa deve ser específico, pois será utilizado como guia turístico aos visitantes,
mostrando detalhadamente o parque de eventos municipais.
1. Qual escala deve ser usada para representar o parque de eventos e qual escala deve ser usada
para representar a cidade em um todo? Justifique sua resposta.
2. Caso estes mapas sejam transferidos para um outdoor, estando disponível a toda população,
iriam ocorrer alterações na escala destes? Justifique.
elm = 1) 1:50 para o parque 1:1000 para o centro, devido às distânciss envolvidas ;
2) Sim, a escala aumentaria proporcionalmente à relação das dimensões originais do
mapa no papel e as dimensões aumentadas no outdoor.
Como exemplo disso, podemos citar a planta de uma residência. Quando queremos construir uma
casa nova, o esboço dela é colocado em papel (planta), para visualizar os mais diversos detalhes.
Porém, esta planta necessita de uma escala, para representar e descrever as medidas e metragens
exatas dessa casa. O mesmo ocorre na elaboração de mapas e cartas.
MAPA
Apresenta representação plana, escalas
pequenas (grandes áreas); pode
apresentar delimitações de acidentes
naturais (bacias, chapadas, planaltos,
entre outros); pode apresentar fins
temáticos, culturais ou ilustrativos;
apresenta uma análise qualitativa ou
quantitativa genérica.
CARTA
Apresenta escalas médias ou grandes;
desdobramento em folhas articuladas
de maneira sistemática; possui uma
avaliação precisa de direções,
distâncias, localização de pontos,
áreas e detalhes; considera a
curvatura terrestre. Usada para
representar, por exemplo, um bairro.
PLANTA
Apresenta escalas grandes, para
representar uma área muito limitada,
portanto, com maior quantidade de
detalhes. É utilizada normalmente
para representar elementos
artificiais como, por exemplo, uma
casa ou um prédio.
Para saber mais, acompanhe a leitura do capítulo Conceitos e noções de cartografia da obra
Topografia e Geoprocessamento, que serve como base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Introdução
A Associação Cartográfica Internacional definiu, em 1966, a cartografia
como o conjunto de estudos e de observações científicas, artísticas e
técnicas que orienta a elaboração de plantas, cartas e mapas geográficos.
A cartografia pode ser dividida em duas áreas. A primeira é a carto-
grafia matemática, que consiste na cartografia que trata dos aspectos
matemáticos ligados à concepção e construção dos mapas, ou seja,
das projeções cartográficas. A segunda é a cartometria, definição dada
ao ramo da cartografia que trata das medições efetuadas sobre mapas,
designadamente a medição de ângulos e direções, distâncias, áreas,
volumes e contagem de número de objetos.
Neste capítulo, você vai estudar as projeções cartográficas, os prin-
cipais conceitos de escala e de sistemas de coordenadas, os principais
modelos de projeções cartográficas e sua classificação, compreendendo
que um dos maiores desafios da cartografia é a representação de uma
superfície curva em um plano.
334 Conceitos e noções de cartografia
Sistemas de coordenadas
Os sistemas de coordenadas consistem em linhas imaginárias que cortam o
planeta Terra nos sentidos horizontal e vertical, servindo para a localização
de qualquer ponto na superfície terrestre. A distância das coordenadas geo-
gráficas é medida em graus, minutos e segundos, onde um grau corresponde
a 60 minutos, e um minuto corresponde a 60 segundos.
Pena (2017), comenta que estas linhas imaginárias são chamadas de pa-
ralelos e meridianos, e suas medidas em graus são, respectivamente, latitu-
des e longitudes. Em relação aos paralelos, estes cortam a Terra no sentido
horizontal (sentido leste-oeste), diferentemente dos meridianos, os quais
cortam a Terra no sentido vertical. Quando estas linhas se encontram, tem-se
a existência das coordenadas geográficas.
336 Conceitos e noções de cartografia
Tudo o que se encontra sobre a Linha do Equador possui a latitude 0º, sendo
que ela aumenta à medida que se desloca para o norte, e diminui à medida
que se desloca para o sul. As latitudes são a distância em graus de qualquer
ponto da Terra em relação à Linha do Equador. É importante ressaltar que
suas medidas vão de -90º até 90º. Da mesma forma ocorre com o Meridiano
de Greenwich em relação às longitudes. Tudo que estiver sobre essa linha
possui 0º de longitude, aumentando à medida que nos deslocamos para leste
e diminuindo à medida que nos deslocamos para oeste. Por isso, as longitudes
são a distância em graus de qualquer ponto da Terra em relação ao Meridiano
de Greenwich. Suas medidas vão de -180º até 180º (PENA, 2017).
Escalas cartográficas
A escala estabelece a relação entre o tamanho real do fenômeno na superfície
terrestre e sua representação no mapa. Essa representação necessita de uma
Conceitos e noções de cartografia 337
redução devido ao tamanho natural dos fatos geográficos. Desta forma, a escala
é definida como sendo a relação entre o tamanho representado no mapa e o
tamanho real na superfície terrestre. Existem dois tipos de escalas, sendo estas:
Quanto maior é a escala, menor a área representada e com muito mais detalhes. As
escalas grandes (por exemplo, 1:5.000) geralmente são usadas para representar as
plantas de cidades, propriedades rurais ou até mesmo de um prédio.
Já as escalas pequenas, por exemplo, 1:5.000.000, são usadas para representar o
mapa-múndi, mapas murais e os mapas de um atlas. As escalas médias (1:100.000)
representam regiões, estados ou países.
o aspecto polar ou normal, quando o ponto central se situa num dos polos;
o aspecto equatorial, ou transversal, quando o ponto central se situa
no equador;
o aspecto oblíquo (horizontal), quando o ponto central se situa em
qualquer outro local da superfície de referência.
Nas projeções geométricas cônicas, embora esta não seja uma superfície
plana, já que a superfície de projeção é o cone, ela pode ser desenvolvida em
um plano sem que haja distorções, funcionando como superfície auxiliar
340 Conceitos e noções de cartografia
CASACA, J.; MATOS, J.; BAIO, M. Topografia geral. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017.
FRANCISCO, W. de C. e. Projeções cartográficas. 2017. Disponível em: <http://brasiles-
cola.uol.com.br/geografia/projecoes-cartograficas.htm>. Acesso em: 15 set. 2017.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Noções básicas de cartografia.
Rio de Janeiro: IBGE, 1998. Disponível em: <http://www.cartografica.ufpr.br/home/
wp-content/uploads/2013/09/Nocoes-Basicas-Cartografia.pdf>. Acesso: 19 set. 2017.
PENA, R. F. A. Coordenadas geográficas. 2017. Disponível em: <http://brasilescola.uol.
com.br/geografia/coordenadas-geograficas.htm>. Acesso em 16 set. 2017.
TULER, M; SARAIVA, S. Fundamentos de geodésia e cartografia. Porto Alegre: Bookman,
2016. (Série Techne).
Leituras recomendadas
MCCORMAC, J. C. Topografia. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.
VEIGA, L. A. K.; ZANETTI, M. A. Z.; FAGGION, P. L. Fundamentos de topografia. 2012. Dis-
ponível em: <http://www.cartografica.ufpr.br/docs/topo2/apos_topo.pdf>. Acesso:
23 set. 2017.
_3.1_ Dica do professor
A cartografia consiste em representar uma determinada área em uma forma gráfica, que pode ser
um mapa, uma planta ou uma carta. Desta forma, é fundamental essa representação gráfica estar
constituída de uma escala. Isso porque essa reprodução não ocorre de forma aleatória, tendo o
cuidado em resguardar as medidas originais em sua representação. Para isso, adota-se uma
expressão numérica, denominada de escala cartográfica.
É fundamental aos profissionais que irão trabalhar com cartografia, saber realizar a leitura correta
de uma escala.
3 min
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/projecoes-cartograficas.htm
Projeções cartográficas
Projeções cartográficas são representações bidimensionais da área tridimensional da
Terra. Essas projeções privilegiam determinadas características e apresentam
deformações.
Isso quer dizer que a superfície esférica do planeta é, portanto, planificada por meio
de desenho, dando origem a um mapa. A construção desse sistema é feita mediante
relações matemáticas e geométricas. As projeções cartográficas mais conhecidas são:
Projeção cilíndrica
Projeção azimutal
Projeção cônica
Tópicos deste artigo
1 - Principais projeções cartográficas
2 - Tipos de projeções cartográficas
→ Superfície de contato
→ Propriedade
→ Posição da superfície de projeção
→ Método de elaboração do traçado
→ Projeção cilíndrica
→ Projeção cônica
→ Projeção azimutal
→ Superfície de contato
1. Tangente: superfície de projeção encontra-se tangente à superfície de
referência.
→ Propriedade
1. Equidistante: projeção cartográfica que não apresenta deformação linear, e sim
a conservação da escala real em uma determinada direção. Há nela deformação
da área e dos ângulos, conservando as distâncias.
→ Projeção de Mercator
→ Projeção de Peters
→ Projeção de Robinson
a) A projeção azimutal fornece uma visão eurocêntrica do mundo e, por isso, não é
mais utilizada.
d) A projeção cônica só pode ser utilizada para representar grandes regiões, porque
as distorções são pequenas entre os trópicos, não representando, portanto, a
realidade das áreas mapeadas.
Letra E
a) polissuperficial.
b) cônica.
c) cilíndrica.
d)) azimuta
e)) p iédrica.
Letra C
Letra D
Fontes
Notas
B) A projeção cônica só pode ser utilizada para representar grandes regiões porque as distorções
são pequenas entre os trópicos, não representando, portanto, a realidade das áreas
mapeadas.
C) A projeção de Peters é a única que não pretende privilegiar nenhum continente, porque ela
reproduz rigorosamente a realidade.
E) A projeção azimutal fornece uma visão eurocêntrica do mundo e, por isso, ela não é mais
utilizada.
C) Quanto maior for a escala, maior a área representada e maior é o nível de detalhamento.
A err = Quando não for indicada a medida na escala (cm, m, km) em sua
notação, significa, por convenção, que ela está em centímetros
elm = acho que para E estar certa deveria ser "...proporção entre uma distância ou
comprimento e sua...", não área.
3) "Este tipo de projeção cartográfica, é obtida a partir de um plano tangente a um ponto
qualquer da superfície terrestre o qual ocupa o centro da projeção. Esta visa representar
regiões polares, pois apresenta menos distorções nas regiões próximas do ponto central".
Esta definição refere-se a qual alternativa?
A) Projeção Cônica.
B) Projeção Cilíndrica.
C) Projeção Azimutal.
D) Projeção Polissuperficial.
E) Projeção Geométrica.
A) As plantas apresentam uma escala muito pequena, e desta forma, apresentam grande
quantidade de detalhes.
A) Meridiano de Greenwich.
B) Linha do Equador.
C) Trópico de Capricórnio.
E) Trópico de Câncer.
https://www.researchgate.net/
publication/281651580_Desenvolvimento_e_Integracao_de_Mapas_Dinamicos_Georreferenciados_par
a_o_Gerenciamento_e_Vigilancia_em_Saude
Ambitare Sep 21, 2016 Documentário produzido em 2006 pela BFC Productions / France 5
sobre a história da Cartografia (versão dobrada em Português do Brasil).
Os mapas são um convite ao sonho e à viagem, são no entanto também instrumentos de poder.
A Cartografia é tanto científica e técnica como uma aventura feita de desafios humanos.
Quase 3.000 anos da história dos mapas são abordados neste documentário, que mostra como e
quanto a Cartografia do mundo tem dependido do progresso científico .
https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/article/view/19960
pdf 26p
EQUIPE SAGAH
Coordenador(a) de Curso Shanna
Lucchesi Professor(a)
Ronei Stein
Gerente de Produção Daiana
Garibaldi da Rocha Gerente Unidade
de Negócios Rodrigo Severo
Aula 3.2
TOPOGRAFIA E GEOPROCESSAMENTO - A (2024.FEV)
1.1 - Introdução aos trabalhos topográficos
1.2 - Instrumentos de medição
2.1 - Conceitos fundamentais de topografia I
2.2 - Conceitos fundamentais de topografia II
3.1 - Conceitos e noções de Cartografia
3.2 - Cartografia: interpretação e estudos da base cartográfica
4.1 - Introdução ao Geoprocessamento
4.2 - Sistema de posicionamento global (GPS)
Conteúdo Complementar (não conta p/ avaliações, mas conta p/ frequência)
__ C.1 Conceitos básicos de sensoriamento remoto e geoprocessamento
__ C.2 Sistema de coleta de dados e fontes de obtenção de dados espaciais
__ C.3 Sistemas de informações geográficas, dados de entrada e avaliação dos
resultados
__ C.4 Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos
e demandas ambientais
Bons estudos.
elm = Avaliação da aula. Regular. Assinalada opções: - Precisei pesquisar mais; - Conteúdo
Livro difícil (qdo assinala <regular, só há opções para assinalar) Mais: Vídeo conteúdo
ruim.
_3.2_ Desafio
Para que seja possível representar, por meio de mapas, a superfície terrestre, seus elementos,
fenômenos ou informações diversas, existem itens essenciais que devem estar presentes nessa
representação. Esses itens são denominados convenções cartográficas.
Imagine a seguinte situação: você trabalha em uma instituição estadual e é responsável pela
elaboração de um mapa para uma pesquisa que deve conter informações sobre as populações
indígenas do estado em que você trabalha.
Frente a este desafio, sendo você o profissional responsável pela elaboração desse mapa, responda:
a) Quais convenções cartográficas você deveria utilizar para a representação desse tema? Indique
com detalhes como seria cada um desses itens.
b) Traga um mapa de exemplo que contenha essas convenções e mostre onde elas estão
apresentadas no mapa.
Dessa forma, existem escolhas que devem ser feitas para que a representação
dessas informações seja amais correta possível. Tudo deve ser bem pensado e
elaborado para que a interpretação das informaçõespossibilite o entendimento
de forma simples e correta.
_3.2_ Infográfico
Existem, na atualidade, algumas alternativas para a realização de conversão de coordenadas, as
quais possibilitam que essas operações de transformação possam ser realizadas por meio de
softwares comerciais e livres, como o ProGriD, adotado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística).
Neste Infográfico, você verá com detalhes algumas informações sobre o ProGriD e onde é possível
acessá-lo gratuitamente.
Para ter acesso a esse aplicativo, de forma gratuita, basta acessar o site do
IBGE.
_3.2_ Conteúdo do livro
Os mapas são essenciais para a representação da superfície terrestre e alguns itens são essenciais
para o seu conhecimento, pois permitem a interpretação dos dados presentes nas representações
cartográficas.
!Unidade 1
1Unidade2
Wnidade4
SIG: separação dos níveis temáticos, gráficos e descritivos ............ 177
Ananda M uller Postay de Lima
Sistemas d e informações g eográficas ................................................................................................... 177
Dados armazenados em sistema de informações geográficas ............................................ 180
Estruturas veto rial e matricial ...................................................................................................................... 183
Introdução
Os mapas são formas de representação da superfície terrestre e de temas
específicos aos quais queremos referir-nos e que precisamos representar.
Para tanto, existem elementos que são considerados básicos e que são
imprescindíveis nessa representação.
Neste capítulo, você vai estudar os elementos de um mapa, como
título, convenções utilizadas, base de origem (mapa-base, dados), refe-
rências (autoria, data, fontes), indicação da direção norte, escala, sistema
de projeção utilizado e sistemas de coordenadas utilizados (gratículas
ou quadrículas), bem como vai distinguir o sistema de coordenadas
geodésicas e cartesianas e suas formas de conversão.
Os elementos de um mapa
Conforme Longley et al. (2013), os mapas cumprem duas funções muito
úteis, agindo tanto como mecanismos de armazenamento quanto como de
comunicação da informação geográfica. Então, quando observamos um mapa,
2 Cartografia: interpretação e estudos da base cartográfica
sabemos que por trás de suas representações existem dados, que podem ser
qualitativos ou quantitativos e que correspondem a determinada área repre-
sentada. Essas informações são representadas por símbolos, que representam
o espaço geográfico e nos trazem informações de acordo com a necessidade
e proposta de sua construção.
Essa leitura dos mapas, denominada leitura cartográfica, não é algo simples
de se realizar. Para tanto, é necessário uma elaboração dos mapas de maneira
adequada, pois o cartógrafo precisa conhecer os elementos que constituem
um mapa, também denominados convenções cartográficas.
Esses elementos que constituem um mapa, conforme Figura 1, são os que
você confere a seguir.
https://qrgo.page.link/8ujyK
Para Estêvez (2015), nos itens que compõem o mapa, é imprescindível que
as informações estejam corretas e sejam colocadas com cuidado. A fonte, a
escala e a orientação quanto ao executor, o ano de elaboração do mapa e o ano
da fonte dos dados, além do título, que deve ser representativo, e da legenda
adequada à leitura devem ser bem pensados e elaborados.
Os mapas são construídos partindo-se do objetivo que se quer chegar e
das características e dos dados que se quer representar de determinado local
da superfície terrestre. De maneira geral, os mapas servem para:
4 Cartografia: interpretação e estudos da base cartográfica
Os sistemas de coordenadas
geodésicas e cartesianas
A Terra possui uma formação irregular, tornando difícil a materialização do
geoide e sua utilização como superfície de referência para os cálculos geodésicos.
O sistema de referência global baseia-se em um sistema elipsóidico, con-
forme Figura 3, global e relacionado ao elipsoide de referência que mais se
aproxima da descrição do comportamento físico de nosso planeta como um
todo. Partindo desse sistema global, é possível construir um sistema cartesiano,
no qual os eixos XYZ são construídos.
Latitude geodésica (ⱷ): ângulo que uma normal ao elipsoide forma com
sua projeção equatorial.
Longitude geodésica (λ): ângulo formado pelo meridiano geodésico de
Greenwich e pelo meridiano geodésico do ponto em questão.
Altura geométrica (h): distância entre o elipsoide e a superfície física
do terreno.
Cartografia: interpretação e estudos da base cartográfica 7
Conversão de coordenadas
As coordenadas são determinadas por procedimentos de levantamentos geodé-
sicos ou obtidas por transformações a partir de outros sistemas de referência.
As transformações de coordenadas são importantes quando se deseja
transportar essas coordenadas de acordo com a necessidade existente.
Cartografia: interpretação e estudos da base cartográfica 9
A partir das fórmulas indicadas na Figura 7, Tuler e Saraiva (2016) indicam que:
O ProGriD é uma aplicação que roda em Windows, desenvolvida para realizar a trans-
formação de coordenadas entre os sistemas de referência oficiais em uso no Brasil.
https://qrgo.page.link/bGwjr
https://www.ibge.gov.br/geociencias/informacoes-sobre-posicionamento-geodesico/
servicos-para-posicionamento-geodesico/16312-progrid.html
Leitura recomendada
MACHADO, V. S.; SACCOL, J. Introdução à gestão ambiental. Porto Alegre: SAGAH, 2016.
_3.2_ Dica do professor
A Projeção de Mercator é datada de 1959 e, originalmente, foi criada para auxiliar a navegação
marítima no período de expansão das navegações europeias, mas acabou se tornando um modelo
para muitos mapas-múndi.
Nesta Dica do Professor, você vai conferir um pouco mais da história de Mercator e de sua famosa
projeção cartográfica: a Projeção de Mercator.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/
cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/31022d667c499d9d3b00aa91d0c4357e
4 min
_3.2_ Exercícios
1) Conforme Longley et al. (2013), os mapas cumprem duas funções muito úteis, agindo tanto
como mecanismos de armazenamento quanto de comunicação da informação geográfica.
Para tanto, é necessária uma adequada elaboração de mapas, pois o cartógrafo precisa
conhecer os elementos que constituem um mapa, também denominados (as):
A) convenções cartográficas.
B) projeções cartográficas.
C) escalas cartográficas.
D) fontes cartográficas.
E) sistema de coordenadas.
A) Orientação.
B) Legenda.
C) Título.
D) Fonte.
E) Escala.
A) F, F, F.
B) V, V, V.
C) V, V, F.
D) F, F, V.
E) V, F, V.
A) F, F, F.
B) V, F, F.
C) V, F, V.
D) V, V, V.
E) F, F, V.
A) V, V, V.
B) V, V, F.
C) F, F, F.
D) F, V, F.
E) V, F, V.
Acompanhe Na Prática como uma pesquisadora utiliza um mapa para mostrar dados sobre as
comunidades quilombolas em seu projeto.
QUILOMBOLAS
Os grupos étnicos denominados quilombolas também são muito conhecidos por
outros nomes, como comunidades remanescentes de quilombos e comunidades
negras rurais.
Essas comunidades são formadas pelos descendentes dos escravos negros que, por
meio de um movimento de resistência à escravidão, deram origem a esses grupos
sociais que ocupam um território comum e compartilham características
culturais até os dias de hoje.
De acordo com a
Coordenação Nacional de
Articulação das
Comunidades Negras Rurais
Quilombolas (Conaq), em
2016, existiam entre 5 e 6
mil comunidades
quilombolas no Brasil, mas
apenas 168 foram tituladas
até agora, e outras 1.675
aguardam o processo de
certificação.
A partir dessa pesquisa e
representação, é possível diversas
ações acerca do assunto, dependendo
do objetivo a ser atingido com a
produção.
_3.2_ Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
https://pfb.cnpf.embrapa.br/pfb/index.php/pfb/article/view/1111
pdf 12p
pdf 14p
Introdução ao Geoprocessamento
_4.1_
Apresentação
Para compreender e utilizar o geoprocessamento, é necessário conhecer suas técnicas e
ferramentas. Um exemplo é o Sistema de Informações Geográficas (SIG) que, por meio da
integração de dados de diversas fontes, permite realizar análises complexas e elaborar produtos
cartográficos.
elm = Avaliação da aula. Regular. Assinalada opções: - Precisei pesquisar mais; link do
Saiba + não abre.
_4.1_ Desafio
Na área ambiental, o geoprocessamento é uma importante ferramenta para que se tenha
conhecimento sobre os fenômenos geográficos e a caracterização do meio físico de uma região. No
Brasil, devido à carência de dados, o geoprocessamento apresenta um grande potencial para
identificar possibilidades de soluções desses problemas, principalmente quando aplicado com
tecnologias de baixo custo.
a) Qual mapa temático você elaboraria para especializar as informações e facilitar a análise da
disposição irregular de resíduos?
b) Que tipo de estrutura de dados você utilizaria para a elaboração do mapa (raster, vetor,
alfanumérico)? Justifique.
c) A partir do mapa escolhido, quais ações podem ser tomadas para contribuir com a gestão do
meio ambiente da região?
elm = a) Mapa com os vários pontos de disposição de resíduos irregular ; b) Vetor (polígonos
para identificar os locais de descarte irregular ; c) Indentificar, punir os responsáveis,
reparar as situações iregulares.
Padrão de resposta esperado
a) Um mapa temático pode ser elaborado com a identificação dos pontos com
disposição irregular de resíduos.
No Infográfico, aproveite para conhecer os componentes que integram o SIG e sua relação na
elaboração do produto cartográfico desejado.
> Pessoas.
Os usuários do SIG vão desde especialistas técnicos, que projetam e mantêm o
sistema, até administradores, gestores, etc.
> Métodos.
Um SIG opera de acordo com um plano de regras bem projetadas, com
orientações, especificações e procedimentos que estão relacionados ao
produto que se deseja obter.
> Hardware.
Está relacionado aos equipamentos necessários para o SIG operar, desde
computadores, com as mais variadas configurações, até impressoras.
> Softwares.
Os softwares fornecem as funções e as ferramentas por meio de uma interface
gráfica com o usuário. Entre elas, destacam-se as ferramentas para entrada e
manipulação de informações geográficas e as ferramentas que permitem
consulta, análise e visualização geográfica.
> Dados.
Possivelmente o componente mais importante de um SIG. Divide-se em dados
tubulares (dados não espaciais) e dados geográficos (vetor e matriz).
_4.1_ Conteúdo do livro
O geoprocessamento tem como característica principal o tratamento da informação geográfica a
partir das geotecnologias disponíveis, como o SIG, que busca elaborar produtos cartográficos e
contribuir com o auxílio à tomada de decisão para as mais diversas áreas do conhecimento.
Introdução
O geoprocessamento consiste em um conjunto de ferramentas e técnicas
utilizadas para edição, manipulação, armazenamento e visualização de
dados espaciais. Trata-se de uma base para processar dados espaciais e
obter informações significantes, que podem ser visualizadas e interpre-
tadas, possibilitando o entendimento de mudanças e a identificação de
padrões. Por meio do geoprocessamento, é possível buscar ou explorar
maneiras de lidar com os dados espaciais, utilizando, por exemplo, siste-
mas de informações geográficas (SIGs). Os SIGs permitem obter produtos
cartográficos sofisticados, como cartas e mapas, a partir da utilização
e agregação de dados de diversas fontes, aprimorando as análises e
contribuindo com a tomada de decisão.
Neste capítulo, você vai estudar os conceitos básicos do geoproces-
samento. Você também vai compreender o que são e como funcionam
os SIGs e verificar como são criados os mapas temáticos.
2 Introdução ao geoprocessamento
Tipos de dados
A aplicação do geoprocessamento está presente nas mais diversas áreas do
conhecimento, como na análise de recursos naturais, transportes, comunica-
ções, energia, planejamento urbano e regional, etc. Os dados que podem ser
utilizados para elaboração dos produtos cartográficos podem ser divididos
em dados temáticos, dados cadastrais, dados de redes e modelo digital de
elevação (DEM, do inglês digital elevation model) (CÂMARA; DAVIS;
MONTEIRO, 2001).
Dados temáticos
Dados cadastrais
Redes
A aplicação do SIG pode ser feita nas seguintes áreas: recursos naturais, riscos naturais,
hidrologia de águas superficiais e subterrâneas, meteorologia, análise e monitoramento
ambiental, risco de inundações, solos, gestão de ecossistemas, habitat de vida selvagem,
agricultura, análise e gestão da paisagem, gerenciamento do uso e ocupação da terra,
espécies invasoras, gestão estuarina, arqueologia, planejamento urbano, transporte,
assistência médica, planejamento de negócios e serviços, imóveis, turismo, planeja-
mento comunitário, planejamento de resposta a emergências, avaliação da poluição,
serviços públicos e operações militares. De acordo com Chang (2006), muitas dessas
áreas, como recursos naturais e agricultura, são bastante gerais e podem ter muitos
subdomínios. Nesse sentido, essa lista, além de demonstrar apenas uma parcela de
possibilidades, continuará a se expandir no futuro.
ArcGis
QGIS
Spring
Estrutura de dados
Os dados são elementos essenciais para se elaborar os produtos de geopro-
cessamento. Em SIG, pode-se trabalhar com dois tipos de estrutura de dados:
dados espaciais e dados não espaciais. Os dados espaciais podem ser clas-
sificados em dados com estrutura matricial e dados com estrutura vetorial.
A utilização dessas estruturas está relacionada com a problemática a ser
estudada e com a disponibilidade de software e equipamentos, a viabilidade
e os recursos humanos. De acordo com Hamada e Gonçalves (2007), essas
questões determinarão as vantagens e desvantagens de se utilizar cada uma
dessas estruturas.
O espaço geográfico a ser modelado em geoprocessamento pode ser clas-
sificado em duas classes de representação: campos e objetos. Os campos
são mais adequados para a representação de fenômenos que ocorrem com
variação contínua na natureza, como relevo e formação geológica, podendo
ser inseridos em um SIG com o uso de aproximações. Estas são obtidas a
partir de um DEM ou por meio de sensoriamento remoto, empregando-se,
nesse caso, estruturas matriciais (CÂMARA; MEDEIROS, 2005). A re-
presentação de objetos geográficos é mais suportada por vetores — afinal,
os objetos são identificados pelos parâmetros de localização, forma, tamanho
e orientação, e muitos desses parâmetros podem ser expressos em termos de
vetores (HUISMAN; BY, 2009).
Alguns elementos individualizáveis que podem ser representados por ob-
jetos são edificações, rios, estradas, postes, ruas, lotes, ou mesmo o cadastro
de imóveis ou de pessoas, empregando-se, nesse caso, estruturas vetoriais.
No entanto, segundo Câmara e Medeiros (2005), em determinadas situações,
essas estruturas podem ser utilizadas para representar tanto campos como
objetos. Por exemplo, para representar o fenômeno de precipitação, podem ser
utilizados pontos que identificariam os locais em que houve o monitoramento
das chuvas, ou poderia ser feita a representação por linhas de igual precipitação,
por meio das isoietas, que apresentam a espacialização das chuvas em uma
determinada região.
Introdução ao geoprocessamento 15
Figura 6. (a) Os dados em estrutura vetorial usam coordenadas x, y para representar recursos de pontos. (b) Os dados
em estrutura matricial usam células em uma grade para representar recursos de pontos.
Fonte: Adaptada de Chang (2006).
Figura 12. Combinação de dados: (a) de campo, com dados em formato matricial, e (b) de objeto, com dados em
formato vetorial.
Fonte: Adaptada de Huisman e By (2009).
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
_4.1_ Dica do professor
Os dados são elementos essenciais para a elaboração de produtos cartográficos. Os softwares de
geoprocessamento podem trabalhar com dois tipos de estrutura de dados: dados espaciais (vetorial
e matricial) e dados não espaciais. Muitos softwares de geoprocessamento privados, como é o caso
do ArcGIS, criam os próprios formatos de arquivos, assim como a ESRI (Environmental Systems
Research Institute) é criadora do formato shapefile (para dados vetoriais).
3 min
_4.1_ Exercícios
1) O uso das geotecnologias para estudos voltados à área ambiental vem ganhando espaço
desde os anos 1990. O monitoramento ambiental, por meio do geoprocessamento, envolve
áreas como a cartografia, com a utilização de mapas digitais, e o sensoriamento remoto, com
imagens de satélite e aparelhos receptores de sinais de posicionamento por satélite,
popularmente conhecidos como GPS, além dos SIG.
I. O geoprocessamento pode ser muito útil para serviços de espionagem, uma vez que as
imagens de satélite permitem visualizar qualquer ponto da superfície terrestre.
II. O armazenamento dos dados de geoprocessamento pode ser feito por meio de um banco
de dados geográficos.
III. O geoprocessamento pode ser definido, de uma maneira ampla, como uma forma de
obter informações de um objeto ou alvo remotamente.
A) I apenas.
B) II apenas.
C) I e II apenas.
D) I e III apenas.
E) II e III apenas.
B) Sensoriamento remoto.
E) Fotogrametria.
( ) Os dados para a elaboração de mapas cadastrais podem ser associados a distintas formas
gráficas, como, por exemplo, à quantidade de habitantes de uma cidade.
A) V – V – F – F.
B) F – F – V – V.
C) V – F – V – F.
D) V – F – V – V.
E) V – V – V – F.
D) dados tradicionais
E) dados alfanuméricos
Gab A = Os dados em estrutura matricial são representados por uma matriz com
n linhas e m colunas, M(n,m), na qual cada célula, denominada pixel,
apresenta um valor z que pode indicar, por exemplo, uma cor ou tom de cinza
a ele atribuído (como altitudes).
Na Prática, a partir de um estudo de caso, veja como as geotecnologias podem ser utilizadas na
identificação de impactos ambientais.
Dessa forma, contribui com o poder público para autuar possíveis infrações
que possam impactar negativamente o meio ambiente, a saúde e a segurança da
população.
Problema:
Representantes de uma comunidade rural procuraram Alberto para relatar
a ocorrência de desmatamento realizado por queimadas em um conjunto de
fazendas. A comunidade está preocupada com os impactos que esse
desmatamento está ocasionando na área e algumas reclamações incluem o
aumento de processos erosivos e a diminuição da qualidade da água e do
ar na região.
Investigação:
Solução:
pdf 14p
http://www.revistacontinentes.com.br/continentes/index.php/continentes/article/view/198/158
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E CRÉDITOS DE IMAGENS
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SPRING: Manual do Usuário - Versão 2.0. 4 volumes. São José dos Campos: NetGis, 1997.
Banco de imagens Shutterstock.
SAGAH, 2020.
Aula 4.2
TOPOGRAFIA E GEOPROCESSAMENTO - A (2024.FEV)
1.1 - Introdução aos trabalhos topográficos
1.2 - Instrumentos de medição
2.1 - Conceitos fundamentais de topografia I
2.2 - Conceitos fundamentais de topografia II
3.1 - Conceitos e noções de Cartografia
3.2 - Cartografia: interpretação e estudos da base cartográfica
4.1 - Introdução ao Geoprocessamento
4.2 - Sistema de posicionamento global (GPS)
Conteúdo Complementar (não conta p/ avaliações, mas conta p/ frequência)
__ C.1 Conceitos básicos de sensoriamento remoto e geoprocessamento
__ C.2 Sistema de coleta de dados e fontes de obtenção de dados espaciais
__ C.3 Sistemas de informações geográficas, dados de entrada e avaliação dos
resultados
__ C.4 Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos
e demandas ambientais
Há muitos softwares disponíveis gratuitamente, como o QGIS e o MAPINFO, que permitem que as
informações coletadas pelos receptores GPS possam ser analisadas juntamente com outras (p. ex.,
limite de Municípios, cursos d’água, vias, tipos de solo, etc.), possibilitando uma compreensão ampla
do problema ambiental.
Dessa forma, esse conjunto de dados pode ser utilizado no desenvolvimento de produtos
cartográficos (como mapas e cartas) que auxiliem na análise dessas questões ambientais e
contribuam para a tomada de decisão em relação a processos de recuperação, preservação, etc.
Imagine que você foi contratado por uma Organização Não Governamental (ONG)
para monitorar processos físicos de degradação do solo, como processos
erosivos, com ênfase na formação de voçorocas em áreas rurais e urbanas de um
determinado município.
a) Como o Sistema de Posicionamento Global (GPS) poderia contribuir para analisar esse problema
ambiental?
b) Quais mapas temáticos poderiam ser elaborados a partir dos dados coletados com o receptor
GPS?
c) Pensando que esse monitoramento deverá ser feito regularmente, quais cuidados devem ser
tomados para evitar que erros ocorram durante a coleta de dados?
elm = a) GPS para localização dos pontos em que há processos erosivos, voçorocas ; b) mapas
temáticos: evolução no tempo das voçorocas, agricultura afetada (produtividade, por
exemplo), e qualidade da água ; c) Coleta em campo aberto e evitar erros na captação de
dados com receptor GPS: erro de efemérides (ou erro na órbita dos satélites), o erro
relacionado com os desvios dos sinais na atmosfera, o erro do relógio do receptor, o erro da
trajetória múltipla e o erro devido à geometria dos satélites.
Padrão de resposta esperado
Com o advento da tecnologia e os avanços científicos, esses instrumentos foram melhorados, até
que, em meados de 1960, o Sistema de Posicionamento Global (GPS) já permitia fornecer
informações da superfície terrestre, mesmo que apenas para usos limitados. Hoje, no entanto, o
GPS é indispensável, seja em terra, mar ou ar.
No capítulo Sistema de posicionamento global (GPS), da obra Geoprocessamento, base teórica desta
Unidade de Aprendizagem, você vai reconhecer a historicidade do mapeamento em sua
estruturação, aprender a descrever os componentes e meios para o mapeamento e determinar as
causas e consequências de erros na captação de dados.
isuMÃRloi
Geotecnologias na história .................................................................... 13
Franciane Mendonça dos Santos
Influência dos povos da Antiguidade no geoprocessamento...................................... 13
Histórico de evolução dos instrumentos de geoprocessamento ............................... 22
Descrição dos primeiros instrumentos utilizados ................................................................. 29
Introdução
Com a evolução da tecnologia, os instrumentos e as técnicas utilizadas
para a elaboração de produtos cartográficos se tornaram cada vez mais
eficientes, principalmente no que diz respeito à precisão das informações
mapeadas e aos detalhes que são possíveis de observar. Nesse sentido,
o sistema de posicionamento global (GPS, do inglês global positioning
system) tem um papel muito importante para a ciência cartográfica,
no que tange à produção de mapas da superfície terrestre. Sua aplicação
está relacionada a diversas áreas do conhecimento, como engenharia,
topografia, arquitetura, meio ambiente, etc.
Neste capítulo, você vai estudar a história do GPS, vai verificar quais são
as suas principais características e vai compreender como ocorre o seu
funcionamento. Você também vai verificar quais são as possíveis causas
e consequências de erros que ocorrem durante o processo de captação
de dados por meio desse sistema.
1 Historicidade do mapeamento
O homem sempre buscou representar a sua realidade de forma gráfica, o que
é comprovado pelas diversas gravuras rupestres encontradas em cavernas,
datadas da Pré-História. Percebe-se que as motivações dessas ilustrações
eram basicamente a busca por alimentação e moradia, bem como a demons-
2 Sistema de posicionamento global (GPS)
tração de aspectos como religião e cultura. O mapa mais antigo do mundo foi
elaborado pelos babilônios, entre 3.800 e 2.500 a.C., e é denominado mapa de
Ga-Sur. Esse mapa representava o vale de um rio localizado entre montanhas
na Mesopotâmia (REYES, 1991).
Os egípcios contribuíram para o desenvolvimento de técnicas e instrumentos
que possibilitavam a caracterização do meio em que viviam, por exemplo, com
o desenvolvimento de ferramentas utilizadas para a medição de terras, em
meados de 1300 a.C. (THROWER, 2008). Dentre os instrumentos desenvol-
vidos pelos egípcios, pode-se destacar o nível em A, que era utilizado para o
nivelamento dos terrenos (RANA; SHARMA, 2006).
Posteriormente, em meados de 500 a.C., os gregos realizaram grandes
avanços a serviço do conhecimento geográfico, amparados pelas descobertas
dos babilônios e egípcios. Um exemplo é o desenvolvimento do astrolábio,
criado por Hiparco, entre 220 e 150 a.C.; trata-se de um instrumento capaz
de determinar a localização de pontos da Terra, por meio da observação de
fenômenos celestes (HARLEY; WOODWARD, 1987). Com o objetivo de
contribuir para as navegações, os chineses desenvolveram a bússola, em
meados de 200 a.C., o que permitiu que os navegantes se orientassem no mar
sem dependerem dos astros (RANA; SHARMA, 2006).
Os romanos, a partir de 500 a.C., adaptaram o conhecimento dos gregos
e fizeram suas próprias contribuições, especialmente para o mapeamento
rodoviário e cadastral. Eles contribuíram com o desenvolvimento de algumas
ferramentas de levantamento, apesar da negação da esfericidade da Terra e
de considerá-la uma superfície plana, contrariando o que foi descoberto pelos
gregos (THROWER, 2008). Na Idade Média (de 476 a 1453), houve a negação
da ciência e das descobertas dos gregos, em decorrência de preceitos religiosos
(OLIVEIRA et al., 2019).
Já no Renascimento, período que perdurou de 1400 a meados de 1700,
houve importantes descobrimentos. No que tange aos avanços cartográficos,
pode-se destacar as grandes navegações, a partir de 1500, e a criação das cartas
portulanas. Nesse período, os instrumentos, como os astrolábios, foram mo-
dificados e melhorados para se tornarem estáveis e adaptáveis às navegações,
resultando no sextante, que foi muito utilizado nesse período para medir o
ângulo formado entre o horizonte e um alvo determinado (RANA; SHARMA,
2006). Dessa forma, com o passar dos anos e o advento da tecnologia, foram
sendo desenvolvidos diversos instrumentos e técnicas, que possibilitaram
aprimorar as representações cartográficas.
Sistema de posicionamento global (GPS) 3
Hoje, uma das ferramentas mais empregadas é o GPS, que fornece dados
precisos para a elaboração de mapeamentos da superfície terrestre, reduzindo a
quantidade de equipamentos e aumentando a tecnologia associada. De acordo
com Kavanagh e Mastin (2013), embora o GPS seja o mais conhecido, existem
outros sistemas de navegação por satélite (satnav, do inglês satellite navigation),
e todos eles compõem o sistema global de navegação por satélite (GNSS,
do inglês global navigation satellite system).
O GNSS é definido como a coleção de todos os satnavs, incluindo o GPS.
Há vários satnavs operando, sendo que alguns prestam serviços globais e
outros apenas regionais, como:
Acesse o site GPS: The Global Positioning System para saber mais sobre o GPS e a sua
amplitude.
Figura 3. Método de triangulação para obtenção do posicionamento dos pontos na superfície terrestre.
Fonte: Adaptada de Nadolinets, Levin e Akhmedov (2017).
8 Sistema de posicionamento global (GPS)
Para saber mais sobre o histórico e o funcionamento do GPS e como ocorre o processo
de aquisição de dados, leia o trabalho de Bernardi e Landim (2002) intitulado “Aplicação
do sistema de posicionamento global (GPS) na coleta de dados”.
10 Sistema de posicionamento global (GPS)
Segmento espacial
O segmento espacial é composto pelos satélites que estão em órbita ao redor
da Terra. O GPS possui uma constelação de 30 satélites (24 operacionais e seis
em reserva) que orbitam a uma altura de 20.200 km acima da Terra (Figura 5)
(MARKOSKI, 2018). Os satélites levam cerca de 12 horas para completar
uma volta na Terra. O sistema GPS, de acordo com Schofield e Breach (2007),
foi projetado para que pelo menos quatro satélites estejam sempre à vista
pelo menos 15º acima do horizonte. Dessa forma, os seis planos orbitais são
igualmente espaçados e inclinados a 55º em relação ao equador.
Segmento de controle
O segmento de controle, segundo Kavanagh e Mastin (2013), é composto por
uma estação de controle principal, chamada de estação de controle mestra,
localizada no estado do Colorado (Estados Unidos), estações de monitoramento
e antenas de comando localizadas e distribuídas em todo o território mundial,
como apresentado na Figura 6. Segundo Markoski (2018), essas estações de
controle utilizam relógios atômicos precisos para calcular a pseudodistância
de todos os satélites visíveis e enviá-la para a estação de controle principal.
Nadolinets, Levin e Akhmedov (2017) acrescentam que as funções mais
importantes do segmento de controle são:
Segmento do usuário
O segmento dos usuários está relacionado com as possíveis aplicações que o
sistema permite, ou seja, está diretamente associado aos diversos receptores
GPS, que podem variar em termos de tamanho, modelo, fabricante e, prin-
cipalmente, qualidade de recepção. Esses receptores são responsáveis por
converter os sinais dos satélites em estimativas de posições, velocidade e
tempo (ALBUQUERQUE; SANTOS, 2003).
Os receptores GPS recebem os sinais transmitidos pelos satélites GPS
incluídos nos componentes espaciais e que estão em adequado funcionamento,
o que é garantido pelo segmento de controle. De acordo com Markoski (2018),
os receptores GPS podem ser classificados basicamente como: receptor GPS
portátil, receptor GPS embutido no veículo, receptor acoplado em relógios e
receptores acoplados em smartphones. Segundo Schofield e Breach (2007),
o tipo de receptor usado dependerá, em grande parte, dos requisitos do usuário.
Os receptores GPS portáteis são utilizados em processos de orientação e
movimentação terrestre, como em atividades profissionais de levantamentos
topográficos e geodésicos, na agricultura de precisão e em atividades esportivas
e recreativas. Por se tratar de equipamentos utilizados ao ar livre, são feitos de
materiais resistentes e de boa qualidade, possuem baterias de longa duração,
são resistentes à água e são altamente sensíveis, proporcionando navegação
mesmo nas condições mais difíceis, como florestas densas, desfiladeiros e
assim por diante (MARKOSKI, 2018).
Os receptores GPS acoplados em veículos buscam facilitar os transportes
por rotas desconhecidas, sendo que a maioria deles possui aplicativos integra-
dos, mapas digitais e bancos de dados com informações de ruas, locais etc.
(MARKOSKI, 2018). Os receptores GPS acoplados nos smartphones são os
receptores mais utilizados atualmente, devido à sua praticidade, por estarem
embutidos em celulares (PETROVSKI, 2014). Segundo Markoski (2018),
Sistema de posicionamento global (GPS) 13
ALBUQUERQUE, P. C. G., SANTOS, C. C. GPS para iniciantes: mini curso. In: SIMPÓSIO
BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO, 11., 2003, Belo Horizonte. Anais [...] São José dos
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Sistema de posicionamento global (GPS) 19
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
_4.2_ Dica do professor
O Sistema de Posicionamento Global (GPS) pode ser utilizado para determinar diversas informações
acerca de qualquer ponto da superfície terrestre, como velocidade, posicionamento, altitude,
distâncias, etc.
Desde sua criação, esse sistema tem sido ampla e mundialmente utilizado pelas mais diversas áreas,
como marinha, agricultura, agrimensura, topografia, serviços de telecomunicação, e até mesmo para
fins pessoais, como uso em automóveis ou atividades de turismo.
Nesta Dica do Professor, aprenda um pouco sobre o processo de Trilateração, pelo qual é possível,
a partir do Sistema de Posicionamento Global (GPS), determinar o posicionamento do receptor,
informação indispensável nos dias atuais.
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cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/0abab7572face0b51c05eb5feb855805
4 min
_4.2_ Exercícios
1) Desde os tempos antigos, o homem buscou desenvolver técnicas e instrumentos que
facilitassem seu deslocamento na superfície terrestre. Uma das técnicas atuais,
mundialmente utilizada, é o Sistema de Posicionamento Global (GPS).
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) I e II.
D) I e III.
E) I, II e III.
II. ERRADA. O sistema GPS foi projetado de forma que, em qualquer lugar do
globo e a qualquer momento, existam, pelo menos, quatro satélites acima do
plano do observador que forneçam informações de latitude, longitude e
altitude de qualquer ponto na superfície terrestre.
A) Erro de efemérides.
B) Erros de relógio.
Por outro lado, o erro de efemérides pode ser ocasionado por fatores como
efeitos gravitacionais da Terra e da Lua, pressão da radiação solar, dentre
outros, que desestabilizam as órbitas dos satélites GPS.
( ) O sistema GPS foi projetado para que, em qualquer lugar do globo e a qualquer momento,
existam, pelo menos, quatro satélites acima do plano do observador.
( ) Um GPS requer, pelo menos, dois satélites para calcular a posição 2D (latitude e longitude)
do receptor.
( ) São necessários, pelo menos, três satélites para encontrar a posição 3D (latitude,
longitude e altitude) do receptor.
( ) Cada um dos satélites GPS está equipado com, pelo menos, um relógio atômico para
manter a hora atualizada e precisa.
A) V – V – F – F.
B) F – F – V – V.
C) V – F – V – F.
D) V – F – V – V.
E) V – F – F – V.
II. Falsa, pois o sistema GPS requer, ao menos, três satélites para calcular
o posicionamento do receptor na superfície terrestre, ou seja, sua latitude
e longitude.
III. Falsa, pois são necessários, pelo menos, quatro satélites para
encontrar a latitude, longitude e altitude do receptor na superfície
terrestre.
IV. Verdadeira, pois os relógios atômicos são acoplados aos satélites para a
medição precisa do tempo de viagem do sinal do satélite.
4) O Sistema de Posicionamento Global (GPS) consiste basicamente em segmentos que
garantem que opere adequadamente e determine o posicionamento de qualquer ponto da
A) Segmento espacial.
B) Segmento de controle.
C) Segmento computacional.
D) Segmento operacional.
E) Segmento desconhecido.
Veja, Na Prática, um dos processos de levantamentos feitos por Renata para determinar as
características de uma propriedade rural. Fique atento aos possíveis erros que poderiam ser
ocasionados durante o levantamento e, ao final do estudo, tente descrevê-los e especificar como
puderam ser reduzidos ou eliminados do trabalho.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
_4.2_ Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3138/tde-28082018-090652/publico/
ErlyCaldasdeLimaCorr18.pdf
http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2017/anais/arquivos/0678_0789_01.pdf
pdf 6p
http://repositorio.unis.edu.br/bitstream/prefix/1251/1/Geraldo%20Nazareno%20Rocha.pdf
pdf 14p
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E CRÉDITOS DE IMAGENS
ACI – Asociación Cartográfica Internacional. Cartografía básica para estudiantes y técnicos.
Volumen 1. Versión castellana. Ed. Asociación Cartográfica Internacional, 1989. 205 p.
CÂMARA, G.; CASANOVA, M. A.; HEMERLY, A. S.; MAGALHÃES, G. C.; MEDEIROS, C. M. B. Anatomia de
sistemas de informações geográficas. INPE, IBM Brasil, Unicamp, 1996.
CRAFFERT, P. F. Maps & civilization: Cartography in culture and society. The University of
Chicago Press: Chicago and London, 1997.
DILKE, O. A. W. Cartography in the Byzantine empire. University of Chicago Press, 1987.
Disponível em: https://press.uchicago.edu/books/HOC/HOC_V1/HOC_VOLUME1_chapter15.pdf. Acesso
em: 18 jun. 2020.
FREIRE, N. C. F.; ALMEIDA, A. C. A. Mapas como expressão de poder e legitimação sobre o
território: uma breve evolução histórica da Cartografia como objeto de interesse de distintos
grupos sociais. Portal de Cartografia das Geociências, v. 3, n. 1, p. 83-103, 2010.
Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/portalcartografia/article/view/7536.
Acesso em: 18 jun. 2020.
GALDINO, Luiz. A astronomia indígena. São Paulo: Editora Nova Alexandria, 2011.
GURGEL, A. C. Breve história da Cartografia: dos primórdios a Gerardus Mercator. Campo
Largo: SG Leitura Digital, 2017.
HARLEY, J. B.; WOODWARD, D. Cartography in prehistoric, ancient, and medieval Europe and the
Mediterranean. Chicago: University of Chicago Press, 1987.
OLIVEIRA, E. D.; SOUZA, T. E.; ALMEIDA, M. F.; TAVARES, H. R. R. O papel e importância da
ciência geográfica enquanto ferramenta de emancipação social: o contexto escolar. Cadernos da
Pedagogia, v. 13, n. 26, 2019. Disponível em: http://www.cadernosdapedagogia.ufscar.br/
index.php/cp/article/view/1234/484. Acesso em: 18.jun. 2020.
PEÑA, J. S.; MÉNDEZ, T. S. Manual de prácticas de topografía y cartografía. Rioja: Servicio,
2005.
RANA, S.; JAYANT, S. Frontiers of geographic information technology. Frontiers of Geographic
Information Technology. Springer, Berlin, Heidelberg, 2006. 279-287.
REES, W. G. Physical principles of remote sensing. Cambridge: Cambridge University
Press,1990. 247 p.
REYES, J. L. A. Fundamentos de Cartografía. Universidad Central de Venezuela. Ediciones de
la Biblioteca, 1991.
SEGANTINE, P.; SILVA, I. Topografia para engenharia: teoria e prática de geomática. Elsevier
Brasil, 2015.
THROWER, N. J. Maps and civilization: cartography in culture and society. University of
Chicago Press, 2008.
Banco de imagens Shutterstock.
SAGAH, 2020.
Aula C.1
TOPOGRAFIA E GEOPROCESSAMENTO - A (2024.FEV)
1.1 - Introdução aos trabalhos topográficos
1.2 - Instrumentos de medição
2.1 - Conceitos fundamentais de topografia I
2.2 - Conceitos fundamentais de topografia II
3.1 - Conceitos e noções de Cartografia
3.2 - Cartografia: interpretação e estudos da base cartográfica
4.1 - Introdução ao Geoprocessamento
4.2 - Sistema de posicionamento global (GPS)
Conteúdo Complementar (não conta p/ avaliações, mas conta p/ frequência)
__ C.1 Conceitos básicos de sensoriamento remoto e geoprocessamento
__ C.2 Sistema de coleta de dados e fontes de obtenção de dados espaciais
__ C.3 Sistemas de informações geográficas, dados de entrada e avaliação dos
resultados
__ C.4 Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos
e demandas ambientais
Apresentação
A radiação eletromagnética (REM) oriunda do Sol interage diretamente com qualquer ser vivo ou
objeto que esteja na superfície do planeta Terra. Com o auxílio de sensores acoplados a satélites,
em órbita do planeta, podem-se obter informações da reflexão da REM incidente, as quais auxiliam
na quantificação dos processos de uso e ocupação do solo, nos levantamentos topográficos, na
identificação de focos de incêndios e nas análises da estrutura vertical das florestas e do estado
fitossanitário das culturas e da vegetação em geral, entre outros temas.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender sobre a interação da radiação eletromagnética
com a Terra e sobre os sensores mais adequados para cada mapeamento, além de entender a
relação entre os sistemas de informação geográfica (SIGs) e geoprocessamento.
O cultivo geralmente é realizado em áreas extensas, fazendo com que toda a área seja visitada,
muitas vezes, em semanas ou até mesmo meses. Para essa cultura, pragas exóticas são as principais
causadoras de danos, ocasionando a perda de produtividade e, consequentemente, prejuízos.
Veja a diferença
de coloração
conforme a
intensidade do
ataque do
percevejo-
bronzeado:
Imagine que você atue como consultor na área de sensoriamento remoto e que uma empresa
solicita que você utilize seus conhecimentos para identificar ataques do percevejo-bronzeado em
áreas cultivadas com eucalipto.
c) Como sua abordagem auxiliaria a empresa na tomada de decisão relacionada ao combate dessa
praga?
elm = Acho que podemos seguir o Na Prática desta aula: a) Adquirir imagem multiespectral da
áres de estudo ; b) Por cálculos de banda, obter o NVDI ; c) Os valores de NVDI indicariam as
áreas resistentes, pouco suscetíveis e muito suscetíveis ao percevejo.
Padrão de resposta esperado
EXTRA = https://digifarmz.com/2023/12/12/o-que-e-ndvi/
O que é NDVI?
NDVI é a sigla para Índice de Vegetação da Diferença Normalizada (Normalized Difference
Vegetation Index – do inglês).
É um índice usado para medir a saúde e a densidade da vegetação através de imagens de satélite,
auxiliando no monitoramento das lavouras, e nas tomadas de decisão relacionadas ao manejo da
cultura.
Sua principal função é medir a quantidade de reflectância das folhas, indicando parâmetros de
nutrição, déficits hídricos, sanidade das plantas e outras informações.
Além disso, o NDVI é uma tecnologia útil para determinar o acúmulo de biomassa das culturas,
realizar estimativas de produção e definir de zonas de manejo.
A partir dessa ferramenta você consegue analisar a condição da cultura em circunstâncias reais,
podendo ser observados detalhes desde a sanidade e a nutrição das plantas e, até mesmo, do
estado hídrico da cultura e do solo.
Dessa forma, o NDVI é uma ferramenta importante para auxiliar na tomada de decisões já que
permite detectar:
Deficiências nutricionais;
Estresse hídrico;
Identificação da incidência de pragas e doenças;
Detecção de falhas de plantio.
No Infográfico, veja com mais detalhes os intervalos espectrais mais utilizados no sensoriamento
remoto.
Introdução
Sensoriamento remoto é uma forma de coleta indireta de informação
que se baseia na interação da radiação eletromagnética e da superfície da
Terra, como água, os solos, as rochas, vegetação e áreas construídas. Por
meio dessas informações, juntamente a técnicas de geoprocessamento,
é possível realizar diversas análises que podem auxiliar na tomada de
decisão de diversas situações.
Neste capítulo, você vai compreender o que é o espectro eletro-
magnético e como é a interação que se dá entre a radiação eletro-
magnética e o planeta Terra, além de entender o que são sensores
ativos e passivos e quais são os sensores mais adequados para cada
tipo de mapeamento.
2 Conceitos básicos de sensoriamento remoto e geoprocessamento
Espectro eletromagnético
Tamanho de um edifício
Espec tro visível Tamanho de
um átomo
Radiância e reflectância
Sensores acoplados aos satélites interpretam a REM praticamente da mesma
forma, a energia eletromagnética proveniente do Sol incide no alvo (irradiância)
Conceitos básicos de sensoriamento remoto e geoprocessamento 5
Interferências atmosféricas
Além desses fenômenos de interrupção de regiões do espectro eletromagnético,
existem outros que podem resultar em seu espalhamento. O espalhamento é
a mudança aleatória da direção da REM incidente ocasionada pela interação
dos gases atmosféricos. Os gases atmosféricos podem espalhar a REM solar
ou mesmo refletida pelos alvos terrestres; além disso, dependendo da interação
entre REM em determinados comprimentos de onda e tamanho das partículas
dos gases atmosféricos, o espalhamento pode ser classificado como espalha-
mento Rayleigh, Mie ou não seletivo.
O espalhamento Rayleigh ocorre quando o diâmetro das partículas dos gases
atmosféricos é menor do que o comprimento de onda. O espalhamento Rayleigh
é responsável pela coloração azul do céu, visto que menores comprimentos de
onda na região do visível são mais afetados. Por causa desse espalhamento,
imagens multiespectrais que utilizam comprimentos de onda da região visível
do espectro eletromagnético devem passar por correção atmosférica.
O espalhamento Mie ocorre quando o tamanho das partículas dos gases
atmosféricos é maior que o comprimento de onda; esse espalhamento pode
manifestar-se como uma perda de contraste na imagem de satélite. Tanto
o espalhamento Rayleigh quanto o Mie podem aumentar a reflectância da
superfície terrestre e diminuir o contraste dos alvos, afetando a diferenciação
de superfícies distintas.
O espalhamento não seletivo ocorre quando o tamanho das partículas é
muito maior do que os comprimentos de onda entre o visível e termal (400 a
1400 nm). Ocorre em atmosferas muito densas, com neblinas, nuvens e poeiras
e resulta na redução da radiação refletida pelos alvos.
6 Conceitos básicos de sensoriamento remoto e geoprocessamento
Além dos efeitos da atmosfera na REM obtida pelos sensores, as imagens de satélite
podem conter erros aleatórios dos valores digitais dos pixels ou erros de linhas de pixels
com valores saturados ou sem sinal. Esses erros são chamados de ruídos e devem ser
eliminados das análises por técnicas de geoprocessamento.
Satélites e resoluções
Satélites
Os principais satélites que utilizam sensores passivos são Landsat, CBERS,
TERRA, AQUA e Sentinel. Esses satélites utilizam sensores que depen-
dem da REM solar para coletar a imagem e dependem das variações nas
condições de iluminação solar (ângulos de elevação e azimute) e condições
atmosféricas.
Oito satélites compõem os da missão Landsat e possuem sensores que operam
principalmente na região do visível e infravermelho próximo. O Landsat 8, único
ainda ativo sem restrição, possui os sensores OLI (Operation Land Imager) e
TIRS (Thermal Infrared Sensor), que trabalham na região do visível (bandas
1–4), infravermelho próximo (bandaS 5–9), infravermelho de ondas curtas
(bandas 6–7), pancromática (banda 8) e termal (bandas 10–11). As imagens
desse satélite são utilizadas para diversos fins, como:
Conceitos básicos de sensoriamento remoto e geoprocessamento 7
Existem diversos outros tipos de satélites com sensores ópticos com diferentes resolu-
ções, como, por exemplo, os satélites Ikonos, RapidEye e Hyperion. Neste texto, foram
abordados os principais satélites com fontes de imagens gratuitas.
Nas áreas urbanas, são necessários sensores que possuam resolução espacial de poucos
metros, enquanto áreas com pouco variabilidade de alvo podem utilizar sensores com
menores resolução espacial (Figura 4).
Figura 4. Da esquerda para a direita, imagens dos satélites (Landsat com resolução espacial
de 30 m, Spot com 10 m e Ikonos com 1 m) de uma porção do lago Paranoá de Brasília.
Fonte: Adaptada de Meneses e Almeida (2012).
1 433–453 30
2 450–515 30
3 525–600 30
4 630–680 30
5 845–885 30
6 1560–1660 30
7 2100–2300 30
8 500–680 15
9 1360–1390 30
10 10600–11200 100
11 11500–12500 100
Nesta Dica do Professor, conheça mais sobre as ferramentas e as aplicações dos satélites Sentinel.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/
cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/929008d098581fcfc3f975e41048e8bd
4 min
_C.1_ Exercícios
1) Há sensores que detectam áreas unitárias inferiores a 1 metro e que apresentam meios para
visualização estereoscópica 3D, muito úteis para levantamentos cadastrais multifinalitários e
urbanos e cartografia digital. Os interessados em monitoramento para o acompanhamento
da
evolução e de mudanças da paisagem podem recorrer aos sensores com alta taxa de revisita
à área. Já os que se interessam em determinar a composição ou a constituição de minerais
ou rochas podem recorrer aos sensores com um grande número de bandas espectrais. Em
relação à imagem de satélite, como é definida a resolução atribuída ao tamanho do seu pixel?
A) Resolução espectral.
B) Resolução radiométrica.
C) Resolução temporal.
D) Resolução espacial.
E) Resolução pixelar.
A) Interações atmosféricas.
Gab A = Durante sua passagem pela atmosfera, a REM vinda do Sol ou emitida
pela Terra interage com as moléculas dos constituintes gasosos e com o
material particulado suspenso naatmosfera. Nessa passagem, a atmosfera
interfere na intensidade do fluxo radiante, na distribuição espectral e na
direção dos raios incidentes, tanto na sua trajetória descendente entre o
Sol e a Terra, como na trajetória ascendente da radiação refletida e emitida
da superfície terrestre para o sensor.
A reflexão da REM pelo mar, solo, vegetação e rochas pode ser entendida como
a assinatura espectral desse objeto, mas não tem relação direta com as
diferenças entre a intensidade da radiação no topo da atmosfera e ao nível
do mar.
3) Sensores ativos e passivos podem ser utilizados em sensoriamento remoto para a obtenção
de imagens de satélite. Assinale a opção que melhor descreve a diferença entre esses
sensores:
A) Sensores ativos são aqueles que apresentam maior resolução espectral, enquanto sensores
passivos apresentam menor resolução espectral.
B) Sensores ativos são aqueles que utilizam fontes artificiais para geração da radiação
eletromagnética; sensores passivos utilizam a radiação eletromagnética proveniente do Sol.
C) Sensores ativos são sensores que ainda se encontram em atividade, enquanto sensores
passivos são aqueles que já foram desativados.
D) Sensores ativos são sensores que se ativam (entram em funcionamento) quando iluminados
pelo Sol, enquanto sensores passivos não precisam da radiação eletromagnética solar para
estarem em funcionamento.
E) Sensores ativos apresentam maior resolução temporal, ficando ativamente mais tempo sobre
determinada posição. Sensores passivos apresentam baixa resolução temporal, e o tempo de
revisita ao mesmo local é maior.
Satélites podem utilizar a REM do Sol para manterem sua atividade, mas isso
nada tem a ver com essa classificação.
A) Ocorre quando o tamanho das partículas dos gases atmosféricos é maior do que o
comprimento de onda.
B) Ocorre quando o tamanho das partículas é muito maior do que os comprimentos de onda
entre o visível e termal.
C) Ocorre quando o diâmetro das partículas dos gases atmosféricos é menor do que o
comprimento de onda.
D) Ocorre por causa do campo magnético da Terra que interage com a radiação eletromagnética.
E) Ruídos são erros aleatórios do valor digital dos pixels ou erros coerentes de linhas de pixels.
Neste Na Prática, veja um estudo de caso em que foi utilizado o mais antigo índice: o Índice de
Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI), aplicado para estimar teor e parâmetros biofísicos da
vegetação, como índice de biomassa, produtividade e índice de área foliar.
Seu João cultiva arroz no interior do Mato Grosso do Sul. Ele possui duas
áreas de 200 hectares de arroz.
Seu João explicou à empresa que nas duas áreas cultiva a mesma variedade de
arroz e gostaria de saber se é possível estimar em qual delas a
produtividade seria maior. Assim, poderia alocar mais recursos durante a
colheita.
https://youtu.be/hPuWMFt66oA 13 min
https://www.scielo.br/j/rarv/a/XSs9HR4ttfDBys434MBc3rN/?format=pdf&lang=pt
pdf 9p
https://www.revistaespinhaco.com/index.php/journal/article/view/223/162
Aula C.2
TOPOGRAFIA E GEOPROCESSAMENTO - A (2024.FEV)
1.1 - Introdução aos trabalhos topográficos
1.2 - Instrumentos de medição
2.1 - Conceitos fundamentais de topografia I
2.2 - Conceitos fundamentais de topografia II
3.1 - Conceitos e noções de Cartografia
3.2 - Cartografia: interpretação e estudos da base cartográfica
4.1 - Introdução ao Geoprocessamento
4.2 - Sistema de posicionamento global (GPS)
Conteúdo Complementar (não conta p/ avaliações, mas conta p/ frequência)
__ C.1 Conceitos básicos de sensoriamento remoto e geoprocessamento
__ C.2 Sistema de coleta de dados e fontes de obtenção de dados espaciais
__ C.3 Sistemas de informações geográficas, dados de entrada e avaliação dos
resultados
__ C.4 Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos
e demandas ambientais
Apresentação
A realização de trabalhos de geoprocessamento requer o levantamento de dados, quer sejam
aqueles coletados pelos autores do trabalho ou aqueles que estão disponíveis para usos em
instituições públicas e privadas. Para que esses dados sejam organizados em estruturas que
permitam maior identificação dos processos metodológicos, são necessárias informações que os
descrevam e, dessa forma, facilitem sua identificação, compartilhamento e aplicação.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá o que são os dados primários e secundários, o
que você pode obter com eles e quais as principais fontes de dados geoespaciais para trabalhos em
geoprocessamento. Além disso, você aprenderá o que são metadados geoespaciais e quais os seus
principais elementos.
elm = Avaliação da aula. Regular. Assinalada opções: - Precisei pesquisar mais. - Vídeo
muito curto.
_C.2_ Desafio
No cultivo do café, diversas são as pragas e doenças que podem reduzir sua produtividade.
Dependendo do padrão espacial em que ocorre determinado sintoma, torna-se possível a
identificação do agente causador do problema.
Você foi contratado por uma grande empresa que planta café e exporta para vários países. Dentre
as suas atribuições, está a identificação de pragas e doenças que acometem o cultivo da planta.
Praga A
Espalha-se facilmente pelo plantio, mas os
sintomas aparecem em pontos do cafezal
(reboleira), com danos leves à produtividade.
Praga B
Disseminação lenta no cafezal, atua
pontualmente no local de introdução na
cultura, com danos severos à produtividade do
café.
Praga C
Disseminação rápida em todo o cafezal, não
apresentando um padrão espacial específico na
redução da produtividade do café.
Considerando essas informações, seu chefe o questionou sobre alguns temas relacionados à
identificação dos sintomas ocasionados pelas pragas A, B e C. Sendo assim, responda:
a) Quais fontes de dados poderiam ser utilizadas para identificação dessa praga?
b) Quais seriam as variáveis mínimas necessárias para que a coleta de dados reflita na identificação
do tipo de praga?
Tabulação
Interpretação
Introdução
Os dados geográficos, juntamente à metodologia aplicada para o pro-
cessamento desses dados, recursos humanos, equipamentos e sistemas
de informação geográfica (SIGs), constituem os elementos do geoproces-
samento (SILVA, 2006). Dessa forma, a obtenção de informações sobre o
espaço geográfico pode ser aplicada para auxiliar a tomada de decisão
em diversas áreas do conhecimento.
A escolha correta da obtenção desses dados depende do objetivo
a ser atendido, da metodologia a ser aplicada e de toda parte ins-
trumental relacionada às etapas do geoprocessamento — tudo isso
levando em consideração que esses dados funcionam como base para
a construção de modelos em que serão extraídas informações para a
tomada de decisão.
2 Sistema de coleta de dados e fontes de obtenção de dados espaciais
ftp://geoftp.ibge.gov.br/
não funcionou...
ftp://geoftp.ibge.gov.br/
nao funcionou...
https://qrgo.page.link/zntHx
https://idesisema.meioambiente.mg.gov.br/webgis
10 Sistema de coleta de dados e fontes de obtenção de dados espaciais
Metadados
Definição e aplicação
Os metadados são conhecidos popularmente como dados sobre dados ou, em
uma definição mais técnica, metadados são informações descritivas sobre os
dados geográficos. Os metadados têm por objetivo descrever as características,
possibilidades e limitações dos dados geoespaciais utilizando informações
estruturadas e documentadas, facilitando a criação de repositórios de dados. Os
metadados podem ser encontrados pelos usuários por meio de mecanismos de
buscas geográficos ligados a diversos serviços e homepages com este objetivo.
Metadados não são a mesma coisa que arquivos digitais, como os de extensão SHP
ou TIFF, mencionados anteriormente. Metadados podem ser as informações desses
arquivos digitais, como, por exemplo, autor, data de edição ou sistema de referência
cartográfico.
Entidade/ Entidade/
elemento Obrigatoriedade elemento Obrigatoriedade
(Continua)
12 Sistema de coleta de dados e fontes de obtenção de dados espaciais
(Continuação)
Entidade/ Entidade/
elemento Obrigatoriedade elemento Obrigatoriedade
https://metadados.inde.gov.br/geonetwork/srv/por/catalog.signin?node=srv&failure=true
https://qrgo.page.link/EvyA8
https://www.ogc.org/
Os links para sites da Web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu
funcionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto,
a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre
qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
_C.2_ Dica do professor
Informações geoespaciais são todas aquelas referenciadas no espaço que estão presentes na vida
cotidiana. Como, por exemplo, as imagens da Terra obtidas por satélite, os dados cartográficos e
topográficos que representam o território, as redes de estradas e ferrovias, a distribuição da
população e suas variáveis socioeconômicas. Toda essa informação sobre o território brasileiro
está reunida em um único local.
Na Dica do Professor, você vai conhecer a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE).
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/
c91aa3dd88379a19fe0377f4960638c1
4 min
A) Dados primários são dados já coletados por outras fontes, como centros de pesquisa, órgãos
públicos e privados, entre outras, mediante objetivo distinto ao do autor do trabalho.
B) Dados primários são oriundos da coleta e da produção direta do dado, desempenhadas pela
pessoa que está realizando o trabalho.
D) Dados primários são informações sobre dados geográficos, como, por exemplo, local e data
da coleta, escala, entre outras.
E) Dados primários são dados coletados por meio de organizações não governamentais (ONGs).
A) Latitude.
B) Longitude.
C) Altitude.
D) Radiância.
E) Responsável.
A) Resolução espacial.
D) Linhagem.
B) A organização envolve a seleção dos dados que serão utilizados no trabalho, evitando utilizar
dados redundantes e dados escolhidos erroneamente.
D) A ética trata-se do uso irrestrito de dados secundários, sem o referenciamento das fontes
originais do levantamento do dado e sem a aplicação da precisão técnica no levantamento de
dados primários.
E) A organização diz respeito à utilização de dados obtidos por meio dos metadados geográficos.
Confira um estudo de caso em que dados secundários e primários foram utilizados para uma
tomada de decisão.
Por meio dos dados da Agência Nacional das Águas (ANA), Júlia monitora três
PCHs em um mesmo rio, a montante e a jusante de cada uma delas.
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/1034/904
Perfil MGB
Neste manual, você encontrará desde o histórico até o conteúdo do perfil de
metadados geográficos do Brasil: o perfil MGB.
https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=2101802
"Apresentação
O presente documento apresenta a nova versão do Perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil -
Perfil MGB 2.0, resultante de um esforço conjunto entre o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE e a Diretoria de Serviço Geográfico do Exército Brasileiro - DSG,
realizado no período de 2019 a 2021.
A atualização do Perfil MGB teve como principal objetivo sua compatibilização com a norma
internacional de referência mais recente, ISO 19115-1:2014, decorrente da atualização da
norma ISO 19115:2003 na qual se baseou a versão anterior, o Perfil MGB 2009. O propósito é
que os produtores de geoinformação do Brasil possam dispor de um
documento de referência condizente com o atual estado da arte na padronização de metadados
geoespaciais.
O trabalho de atualização do Perfil MGB observou os seguintes princípios norteadores: ..."
"Introdução
Os metadados associados à geoinformação sempre fizeram parte da entrega de produtos
elaborados a partir de dados geoespaciais. Um exemplo clássico é a carta topográfica do
mapeamento sistemático, com seu tradicional rodapé ou guarda-mão, apresentando dados sobre os
dados representados na carta. São exemplos desses
dados: quem foi o produtor da carta, quando foi o voo fotogramétrico, qual a abrangência
espacial da carta, entre outros.
Mais recentemente, com a crescente digitalização da Cartografia a partir dos anos 1980, e a
criação do termo geoinformação, foi que esses dados acessórios passaram a ser denominados
metadados. Segundo Casanova e outros (2005), os metadados são dados sobre dados necessários
ao gerenciamento da própria informação descrita por esses metadados.
O surgimento e popularização das Infraestruturas de Dados Espaciais - IDEs despertou a
necessidade de se padronizar a ..."
"... Em 2019, o Comitê Técnico da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais - Cinde
identificou a necessidade de modernizar o arcabouço normativo brasileiro a fim de contemplar
as atualizações ocorridas nos últimos anos. Nesse contexto, surgiu o Projeto de Atualização
do Perfil MGB, com o objetivo de entregar dois produtos à comunidade de geoinformação do
Brasil: o Perfil MGB 2.0, apresentado neste documento; e os esquemas XML do Perfil MGB 2.0,
para uso em sistemas de gerenciamento de metadados adotados no Diretório Brasileiro de Dados
Geoespaciais - DBDG.
Recomenda-se que os metadados já publicados sejam gradualmente convertidos para o novo
Perfil, de forma a alinhar o vocabulário da comunidade brasileira de geoinformação. Ademais,
recomenda-se a atualização das demais normas e procedimentos que apontam para a versão
anterior.
Apresenta-se, a seguir, o Perfil MGB 2.0, ..."
"... O objetivo principal do Perfil MGB 2.0 é o estabelecimento de uma estrutura comum para
descrever a geoinformação produzida no Brasil, de acordo com o estado da arte de
documentação de metadados geoespaciais. Essa estrutura comum é composta de um vocabulário
padronizado inicialmente apresentado nas normas internacionais,
mas adaptado para a realidade nacional a partir das experiências alcançadas em mais de 10
anos da INDE. ..."
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender sobre os dados geoespacias, suas diversas
utilizações, inserção e manipulação em ambiente SIG, além de adquirir conhecimentos para
elaboração de mapas temáticos.
Sabe-se que, para analisar esse fato, será necessário sobrepor algumas camadas de dados e
informações para avaliar a existência ou não desse conflito de uso do solo e, assim, orientar a
equipe que irá a campo. Com a finalidade de analisar a existência ou não desse tipo de conflito de
uso do solo em determinada localidade, responda as questões a seguir:
a) Quais camadas de dados espaciais devem ser sobrepostas para identificar se a ocupação urbana
está adentrando a UC de Proteção Integral?
elm = a) Camada de uso e ocupação do solo da cidade, camada da ocupação irregular, camada da
Unidade de Conservação UC de Proteção Integral vizinha ; b) A avaliação espacial poderá
evidenciar se a ocupação está adentrando a UC.
No Infográfico a seguir, você vai observar quais são as características do SIG e como ele está
estruturado para gerar benefícios nas análises espaciais.
Dados Geoespaciais
Os dados, sejam da estrutura vetorial, matricial
ou alfanuméricos, quando dispersos, oferecem
pouco conhecimento sobre os fenômenos e dinâmicas
da superfície terrestre.
Informação (*)
A partir da análise dos dados geoespaciais,
são geradas novas informações que podem ser
representadas em um mapa final, apresentando
os resultados da análise.
Introdução
O sistema de informação geográfica (SIG) é um instrumento que permite
múltiplas análises espaciais para o entendimento das dinâmicas e dos
processos de fenômenos e elementos da superfície terrestre, facilitando
e agilizando a produção de mapas que apresentam os resultados alcan-
çados. Essas novas tecnologias empregadas, sobretudo o SIG, mudaram
paradigmaticamente a forma de produzir e gerenciar os dados espaciais
e, consequentemente, a cartografia.
Neste capítulo, você vai entender sobre as diferenças entre os dados
geoespaciais e as suas estruturas, relacionando-os com sua utilização
nos SIGs, bem como vai identificar as vantagens e desvantagens entre os
dados vetoriais e matriciais. Assim, você vai conhecer os diferentes tipos
de dados espaciais e suas representações, vai ver a aplicação de algumas
ferramentas básicas e rotineiras de análise espacial no SIG e, por último,
vai aprender sobre algumas aplicações para elaborar mapas digitais.
2 Sistemas de informações geográficas, dados de entrada e avaliação dos resultados
Os dados geoespaciais
Com o advento da revolução tecnológica, a cartografia analógica evoluiu e alcan-
çou novos patamares, agora elaborada por várias funcionalidades digitais, desde
a concepção dos dados geoespaciais até sua análise e elaboração de mapas finais.
Essa evolução permitiu o desenvolvimento dos sistemas de informações geo-
gráficas (SIGs), do inglês geographic information system (GIS), que têm propor-
cionado novos processos e formas de análise dos dados geoespaciais, aumentando
a produtividade e a eficiência em diversos trabalhos de diferentes segmentos.
O SIG, portanto, permite a integração entre cinco componentes básicos:
o hardware, o software, os dados geoespaciais, as análises e as pessoas, os
quais são dependentes uns dos outros.
Fitz (2008, p. 23) define o SIG como:
Outra aplicação que foi facilitada por esses sistemas é a sobreposição dos
dados geoespaciais, de diversas temáticas, para comparações, correlações e
geração de mapas de síntese. A sobreposição em ambiente SIG é realizada de
forma mais rápida e permite a análise de um montante de dados bastante grandes.
Salienta-se que o SIG opera com dados geoespaciais, que são aqueles que têm
referência espacial, ou seja, estão associados a um sistema de coordenadas geo-
gráficas conhecidas ou georrefenciadas. Caso o dado não tenha suas coordenadas
atribuídas, deverá passar pelo processo de georreferenciamento no próprio SIG.
Embora o SIG tenha trazido muitas vantagens, nenhum software é capaz de
substituir a inteligência do analista, o qual tem a responsabilidade de estabelecer
os parâmetros para processar os dados geoespaciais. Para isso, é necessário
que o analista tenha pleno conhecimento das ferramentas e dos processos de
análise espacial, bem como dos seus conceitos e definições.
Um desses conhecimentos refere-se à estruturação dos dados para serem
utilizados no SIG, com o estabelecimento de estruturas ideais para cada
variável ou fenômeno da superfície terrestre que esteja sendo representado.
Confira, a seguir, os dados utilizados e manipulados pelas tecnologias de
geoprocessamento de acordo com o IBGE (2019).
Matricial Vetorial
DXF (drawing exchange format): é nativa dos sistemas CAD, que faz
referência aos softwares de desenho assistido por computador;
DWG (drawing): é nativa do AutoCAD®, proprietária da Autodesk;
DWF (desing web format): também é uma extensão proprietária da
Autodesk, a qual propicia transmissão via Web e redes;
Sistemas de informações geográficas, dados de entrada e avaliação dos resultados 9
No link a seguir, você pode baixar o instalador do QGIS. Sempre ficam disponíveis
no site duas versões para baixar: a mais recente é a versão de testes, sobre a qual os
usuários ainda estão reportando os erros e bugs encontrados, e a versão estável, que
já foi atualizada e corrigida com base no feedback dos usuários. Com isso, aconselha-se
o uso da versão estável, especialmente para iniciantes.
https://qrgo.page.link/H4khA
https://www.qgis.org/pt_BR/site/forusers/download.html
12 Sistemas de informações geográficas, dados de entrada e avaliação dos resultados
Após a criação do projeto, pode ser iniciada a importação dos dados espaciais
de interesse no SIG para fazer as análises e elaborar os mapas temáticos. O QGIS,
dentre outras, tem duas ferramentas para abrir os dados geoespaciais, uma para
dado vetorial e outra para dado matricial (raster), indicadas na Figura 8.
14 Sistemas de informações geográficas, dados de entrada e avaliação dos resultados
uma janela para colocar os critérios; posteriormente, será gerada uma nova
camada que contém apenas o município de Campinas (Figura 11).
Um aspecto importante sobre as camadas é que elas devem ficar de maneira
ordenada no Painel de Camadas, ou seja, é necessário ter uma organização
dos elementos gráficos, seguindo a hierarquia das primitivas gráficas ponto >
linha > polígono. Caso um ponto esteja abaixo de um polígono, ele não poderá
ser visualizado, pois tem uma geometria por cima escondendo-o.
Além dessa, outra análise muito utilizada é o recorte de uma camada por
outra camada de interesse. Imagine que seja necessário fazer o mapa de hidro-
grafia do município de Campinas/SP, mas só se tenha disponível dado espacial
que extrapola os seus limites, sendo necessário realizar um recorte espacial.
Muitas ferramentas de análise espacial de dados vetoriais no QGIS po-
dem ser encontradas na aba Vetor na parte superior. Nessa opção, dentro
de Geoprocessamento, encontra-se a ferramenta Recortar. Após a execução
dessa análise, será gerada uma camada da hidrografia para o município de
Campinas/SP, como apresenta a Figura 12.
É importante destacar que o recorte dos dados espaciais tem de considerar
as escalas necessárias para a análise do fenômeno para a compreensão da sua
dinâmica em determinado espaço, sendo um fator fundamental a ser considerado.
Sistemas de informações geográficas, dados de entrada e avaliação dos resultados 17
Esses são exemplos básicos dos quais a maioria dos projetos irá necessitar
e que estão relacionados com as análises espaciais focadas para o objeto de
estudo e para o fenômeno a ser compreendido. É interessante que se tenha
algum objetivo, como, por exemplo, elaborar um mapa de densidade demo-
gráfica para o estado do Amazonas e executar todos os passos no ambiente
SIG até a elaboração do mapa final.
No link a seguir, você pode acessar um tutorial do QGIS, gratuitamente, para aprofundar
a utilização das ferramentas e análises disponíveis neste SIG.
https://qrgo.page.link/kshAE
https://docs.qgis.org/3.28/en/docs/training_manual/index.html
[DADOS GEOGRÁFICOS]. In: INFOESCOLA. [S. l.: s. n.], 2010. Disponível em: https://www.
infoescola.com/wp-content/uploads/2010/03/dados-geograficos-2.jpg. Acesso em:
10 nov. 2019.
DAVIS, C.; CÂMARA, G. Arquitetura de Sistemas de Informação Geográfica. In: CÂMARA,
G.; DAVOS, C.; MONTEIRO, A. M. (ed). Introdução à Ciência da Geoinformação. São José
dos Campos: INPE, 2001.
FITZ, P. R. Geoprocessamento sem complicação. São Paulo: Oficina de Textos, 2008.
IBGE. Diretoria de Geociências. Acesso e uso de dados geoespaciais. Rio de Janeiro: IBGE,
2019. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101675.pdf.
Acesso em: 10 nov. 2019.
IBGE. Geociências: shapefile. Rio de Janeiro: IBGE, 2017. Disponível em: https://www.ibge.
gov.br/geociencias/downloads-geociencias.html. Acesso em: 10 nov. 2019.
[RASTER]. [S. l.: s. n., 200-?]. Disponível em: https://docs.qgis.org/2.14/pt_BR/_images/
raster_dataset.png. Acesso em: 10 nov. 2019.
TROY, A. Quality control and topology. [S. l.: s. n.], 2007. Disponível em: https://slideplayer.
com/slide/5006349/16/images/22/Quality+control+and+topology.jpg. Acesso em:
10 nov. 2019.
Leituras recomendadas
QGIS. [S. l.: s. n.], 2019. Disponível em: https://www.qgis.org/pt_BR/site/forusers/down-
load.html. Acesso em: 10 nov. 2019.
QGIS. Training manual. [S. l.: s. n.], 2019. Disponível em: https://www.qgis.org/pt_BR/
site/forusers/download.html. Acesso em: 10 nov. 2019.
Os links para sites da Web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
_C.3_ Dica do professor
A Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE) é uma ferramenta que otimiza os trabalhos com dados
geoespaciais já produzidos, em algum momento, por órgãos públicos federais, estaduais e
municipais. Com a IDE, é possível diminuir os custos com coleta e gerenciamento dos dados, evitar
trabalhos repetidos, compartilhar os dados com vários usuários e dar publicidade aos dados
geoespaciais.
Para isso, você deve saber o que é uma IDE e como ela pode ser utilizada no dia a dia de trabalho,
com integração, inclusive, pelo Sistema de Informações Geográficas. Confira, na Dica do Professor,
a seguir, algumas características das Infraestruturas de Dados Espaciais disponíveis.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/
cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/2fab3ee09fdff1ae3f73e821982c9b80
4 min
Nesta dica do professor, você irá saber mais sobre Infraestrutura de Dados
Espaciais (IDE) nos âmbitos nacional e estadual.
É o exemplo das conexões WMS (Web Map Services) traduzida como Serviço de
Mapa pela Web, a qual possibilita que através de um link disponível na
internet os dados sejam visualizados nos sistemas de informações
geográficas.
Aqui você pode conferir um exemplo de uma conexão WMS, realizada no QGIS,
através da infraestrutura de dados espaciais ambientais do Estado de São
Paulo, o DATAGEO. Para visualização das imagens IKONOS de 2002 da região
metropolitana de São Paulo com aproximação para o Aeroporto Campo de Marte,
localizado na zona norte da cidade de São Paulo.
A) vetorial e digital.
B) raster e matricial.
D) digital e raster.
E) vetorial e matricial.
Entre as opções abaixo, assinale a que apresenta, dentre outros existentes, apenas SIGs de
domínio público:
A) Spring e ArcGis.
B) Erdas e Qgis.
C) Spring e Qgis.
D) Erdas e Spring.
E) Erdas e TerraView.
A) As bases de dados dos SIGs podem ser uma coleção estruturada de dados espaciais e podem
incluir componentes gráficos (ponto, linha e polígono), rasters e/ou não gráficos (dados
tabulares).
C) São sistemas que não dependem do operador, sendo autônomos nas suas análises, a partir da
utilização de inteligência artificial, o que torna o processo mais rápido.
D) A integridade e confiabilidade dos dados utilizados não são levados em consideração, uma
vez que esses sistemas são programados para corrigirem qualquer irregularidade nos dados.
B) Qgis.
C) Google Maps.
E) Shapefile.
Gab A = O Web Map Service (WMS) é um serviço via Web que possibilita o
consumo dos dados geoespaciais a partir de uma conexão entre o Sistema de
Informações Geográficas e o servidor onde estão os dados para sua
visualização.
5) A escala de representação de um elemento ou fenômeno da superfície terrestre está
diretamente relacionado com a escolha do dado geoespacial para utilização no Sistema de
Informações Geográficas (SIG).
A) As cidades são representadas nos mapas por pontos para melhorar sua localização.
B) No Cadastro Ambiental Rural, a hidrografia pode ser representada como polígono ou linha.
C) O censo demográfico identifica as famílias que vivem com menos de um salário mínimo com
linhas de espessura mais grossa.
E) A escala de produção pode variar no mesmo objeto, pois trata-se de uma aproximação da tela
do sistema (zoom).
Gab B = Os dados geoespaciais devem ser mapeados de acordo com sua escala
de representação, para atingir os objetivos dos trabalhos específicos.
No caso do Cadastro Ambiental Rural, a hidrografia pode ser mapeada como
polígono ou linha (com a indicação da largura), pois a delimitação da Área
de Preservação Permanente deve considerar a largura do curso d'água, como
estabelece o Código Florestal.
_C.3_ Na prática
Uma das áreas que requer o conhecimento em análise espacial em Sistemas de Informações
Geográficas é o licenciamento ambiental, tendo uma intensa demanda por profissionais com tais
habilidades. Em muitos casos, a análise espacial é realizada na área do empreendimento por
viabilizar ou não as concessões das licenças, especialmente, a licença prévia.
Nesta Na Prática, você vai conhecer sobre o uso do SIG na análise locacional de um
empreendimento, que visa implantar uma planta industrial em um município e os conflitos
apontados pela análise espacial realizada no Qgis. Você verá uma aplicação prática do uso dos
Sistemas de Informações Geográficas para Licenciamento Ambiental.
https://youtu.be/4wgB8yclqYQ 4min
https://www.scielo.br/j/asoc/a/KGkgdDDFtTSQw6jzQ4cb6bn/?format=pdf&lang=pt
resenha pdf 3p
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101669.pdf
Apresentação
O aumento das áreas urbanas, a industrialização e a expansão da agropecuária estão atrelados ao
desenvolvimento; porém, traz, como consequência, a redução da cobertura vegetal natural, já que o
desmatamento é uma manifestação muito importante no uso da terra, sendo uma grande ameaça
ao habitat de muitas espécies.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá saber qual a importância do SIG para projetos ambientais
e sua utilização para resolver problemas apresentados nesses projetos. Você, ainda, irá saber como
descrever um projeto ambiental.
elm = Avaliação da aula. Regular. Assinalada opções: - Precisei pesquisar mais. - Vídeo muito
curto.
_C.4_ Desafio
Por meio dos SIG, é possível analisar diversos elementos, tanto humanos, quanto físicos e
biológicos. Dessa forma, é possível prever a provável dimensão do uso da terra, o que ajuda na
resolução de problemas apresentados em um projeto ambiental.
Imagine a seguinte situação: você trabalha em uma Organização Não Governamental (ONG),
voltada ao meio ambiente de seu Município, sendo responsável por um projeto que visa revitalizar
uma área. Essa área sofreu uma degradação muito significativa, de mata nativa, que corresponde a
uma área de Mata Atlântica. O local foi desmatado para produção agropecuária e isso prejudicou
tanto a fauna como a flora dessa região tão importante para o Município em questão.
Frente a esse desafio, sendo você o profissional responsável pelo projeto, responda a seguinte
questão.
Explique quais informações você precisa ter antes de poder, de fato, tomar decisões com vistas a
revitalizar a área? E como irá obter essas informações?
1 Desenvolver um plano espacial de restauração: esse plano seria abrangente para toda a Mata
Atlântica. Ele identificaria as áreas em regeneração e priorizaria quais devem receber
atenção, recursos e políticas públicas para garantir a sua permanência. Trabalhos como a
Metodologia ROAM, do WRI Brasil e da IUCN, e trabalhos de priorização espacial como os do
IIS, são fundamentais para municiar esse plano.
3 Capacitação: levar treinamento e conhecimento para quem está no campo é crucial para que a
restauração aconteça. Isso seria feito a partir da estrutura de unidades regionais do Pacto.
4 Engajar com produtores rurais: trabalho junto com os produtores é importante para garantir
suporte na validação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e cumprimento do Código Florestal.
Além disso, oferecer assistência técnica na implementação de Sistemas Agroflorestais,
intensificação de atividades e na comercialização de produtos da restauração ajudam a
viabilizar a restauração de áreas.
5 Ajustar legislação: além do produtor, o engajamento com tomadores de decisão é extremamente
importante. Muitos estados ainda precisam implementar o Código Florestal. Garantir que essa
regulamentação elimine gargalos na restauração é fator chave para o sucesso da regeneração
natural.
6 Monitorar e reportar: o Pacto já conta com um banco de dados e pesquisa para monitorar
áreas em restauração. Levantar dados no campo para regeneração pode ajudar, assim como o
trabalho em conjunto com ferramentas já existentes, como o Observatório da Restauração e
Reflorestamento.
Neste Infográfico, você vai conhecer algumas características e utilidades do GPS, vinculado às
demandas ambientais.
Uma das ferramentas mais utilizadas para obtenção de dados é o GPS, Global
Positioning System, em inglês ou Sistema de Posicionamento Global. O GPS é um
sistema eletrônico de navegação que emite coordenadas em tempo real e é
alimentado por informações de um sistema de 24 satélites, chamado NAVSTAR, e
controlado pelo Department of Defence (DOD), o departamento de defesa dos
EUA.
As informações captadas pelo GPS são utilizadas pelo SIG para o estudo, a
análise e o conhecimento do espaço terrestre. Como isso é feito? Em seu
resultado final, essas informações são transformadas em diversos tipos de
representação, como mapas, cartas, tabelas etc.
Unidade 2
Unidade4
Introdução
O nosso planeta está em constante modificação e passando por alterações
que são denominadas antrópicas, quando realizadas pelo ser humano,
e naturais, se ocorrem sem interferência humana direta. As demandas
desenfreadas são ocasionadas por crescimento da população, produção,
uso do solo e recursos minerais, assim como pelo desenvolvimento
industrial desordenado, gerando grandes impactos ambientais. Por esse
motivo, a preocupação ambiental foi impulsionada nas últimas décadas
do século XX e ampliada no século XXI. Sendo assim, ter informação
sobre toda atividade humana e natural em nosso planeta é essencial
para o gerenciamento e planejamento de nossos recursos e atividades, o
que pode ser feito a partir dos sistemas de informação geográfica (SIGs).
Neste capítulo, você vai identificar a importância do SIG para projetos
ambientais, analisando um caso e refletindo sobre as formas de resolução
de problemas relativos ao projeto ambiental proposto.
2 Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos e demandas ambientais
Fique por dentro dos detalhes sobre o Rio-92, segundo o Instituto de Pesquisa Eco-
nômica Aplicada, acessando o link a seguir.
https://qrgo.page.link/TE4Ha
https://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?
option=com_content&view=article&id=2303:catid%3D28&Itemid=23
pág. internet
4 Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos e demandas ambientais
https://qrgo.page.link/8ujyK
https://sagah.grupoa.com.br/gabaritos/GEOPROCESSAMENTO_FIGURAS
https://qrgo.page.link/6EPeB
https://www.gov.br/mma/pt-br
Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos e demandas ambientais 7
Figura 3. Localização da Ilha Sibuyan nas Filipinas, mostrando a localização do Parque Nacional e a zona de amortecimento.
Fonte: Longley et al. (2013, p. 67).
Uso da terra
Manguezais
Campo
Floresta secundária
Agricultura de subsistência
Fatores locacionais
Altitude
Declividade
Orientação de encostas
Geologia
Geomorfologia
Densidade populacional
Pressão populacional
Posse da terra
Políticas espaciais
Figura 4. Área com floresta em 1999 e ao final das simulações no uso da terra em 2019, para três cenários diferentes.
Fonte: Longley et al. (2013, p. 68).
Aplicações práticas das ferramentas de geoprocessamento para projetos e demandas ambientais 11
Leituras recomendadas
BRASIL. Ministério da Saúde. Inpe monitora Amazônia. Brasília, DF, 2019. Disponível
em: https://www.mma.gov.br/florestas/controle-e-preven%C3%A7%C3%A3o-do-
-desmatamento/inpe-monitora-amaz%C3%B4nia.html. Acesso em: 24 set. 2019.
CARSON, R. Primavera silenciosa. São Paulo: Gaia, 2010.
IPEA. Rio-92: mundo desperta para o meio ambiente. História - Rio-92, v. 7, n. 56, 2009.
Disponível em: http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&v
iew=article&id=2303:catid%3D28&Itemid=23. Acesso em: 24 set. 2019.
_C.4_ Dica do professor
O drone é um aliado do SIG, pois permite o acesso a informações de regiões mais inóspitas aos
seres humanos, sendo, então, possível o monitoramento, o mapeamento e/ou a realização de
estudos de vários tipos. Os drones são aeromodelos ou aeronaves não tripuladas remotamente
pilotadas (RPA); inicialmente, foram utilizados para fins militares e de guerra. Atualmente, eles são
aliados das questões ambientais de preservação e manutenção do meio ambiente.
Nesta Dica do Professor, você vai conferir como os drones auxiliam em demandas ambientais.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/
cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/5d66642daa7189cb9b5616af4952c0d1
3 min
_C.4_ Exercícios
I - ( ) O Clube de Roma surgiu em 1968, formado por profissionais de diversas áreas, como
empresários, cientistas, educadores, economistas e funcionários governamentais de dez
países, que tinham o objetivo de discutir o uso desordenado dos recursos naturais em
termos mundiais.
III - ( ) No Peru, em 2014, aconteceu a 20.a Conferência das Partes da Convenção – Quadro
da ONU sobre Mudanças do Clima (COP 20), que tinha o objetivo de propor inúmeras ações
para diminuir o aumento da temperatura em nosso planeta, abrandando os impactos da
mudança do clima global.
A) F, V e F.
B) F, F e V.
C) V, V e F.
D) V, V e V.
E) F, F e F.
A) inclusão de cidades em seu banco de dados, apenas para fins militares e de proteção de
fronteiras.
E) controle, por meio de imagens da superfície terrestre, essencial, também, para controle de
projetos ambientais.
III - ( ) Projeto de recuperação ambiental de uma área que sofreu queimada para uso da
pecuária.
A) V, F e F.
B) V, F e V.
C) V, V e V.
D) F, F e F.
E) F, F e V.
( A ) Problematização
( B ) Metodologia
( C ) Objetivos
( ) Ferramentas que auxiliem na obtenção e análise de dados, como, por exemplo, os SIGs.
( ) Área com constantes focos de incêndio, onde predomina floresta equatorial e é contínuo
o uso do solo para agricultura
A) B, A e C.
B) B, C e A.
C) C, A e B.
D) C, B e A.
E) A, B e C.
B) a irrelevância em resultados e pesquisas, por não obter dados suficientes para uma
prospecção.
C) as alternativas sem bases quantitativas, pois as pesquisas são apenas qualitativas para
obtenção do resultado.
E) as poucas alternativas de SIGs, que temos atualmente, no que tange às demandas ambientais.
pdf 10p
https://revistas.ufpr.br/geografar/article/view/37285
pdf 25p
https://www.youtube.com/embed/JikPrG97gWA