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Sistema de Coordenadas
1.0 Introdução
Em passado recente, a realização de levantamentos cadastrais, fossem de natureza urbana ou
rural, envolviam apenas conhecimentos relativos à área da topografia, sem a preocupação de se
fazer o referenciamento a sistemas de coordenadas planas rectangulares utilizadas na cartografia
convencional associadas a um Sistema de Referência Geodésico adoptado oficialmente. Todo
trabalho de topografia era referenciado a coordenadas arbitrárias.
Conforme Azambuja (2007), essa forma de trabalho se justifica, em parte pelo desconhecimento,
mas também pela dificuldade de realizar transporte de coordenadas de marcos de precisão,
normalmente implantados em locais de difícil acesso situados a consideráveis distâncias da
região onde os trabalhos eram realizados, bem como a pequena escala normalmente adoptada nas
cartas convencionais disponíveis. Como alternativa a este procedimento de transporte de
coordenadas, poderiam ser realizadas observações astronómicas para a determinação aproximada
de coordenadas geodésicas, técnicas estas desconhecidas por parcela significativa dos
profissionais da topografia convencional.
1.1 Metodologia
Para a materialização do trabalho, pautamos pela pesquisa exploratória que consistiu na revisão
de artigos, manuais, internet e outros instrumentos didácticos que achamos credíveis.
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Capítulo II
Um sistema coordenado cartesiano no espaço 3-D é caracterizado por um conjunto de três rectas
(x,y e z), denominados de eixos coordenados, mutuamente perpendiculares. Ele associado à um
Sistema de Referência Geodésico, recebe a denominação de Sistema Cartesiano Geodésico de
modo que: O eixo X coincidente ao plano equatorial, positivo na direcção de longitude 0°; O
eixo Y coincidente ao plano equatorial, positivo na direcção de longitude 90°; e O eixo Z é
paralelo ao eixo de rotação da Terra e positivo na direcção norte.
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Altitude geométrica ou elipsoidal corresponde à distância entre o ponto considerado à superfície
do elipsóide medida sobre a sua normal. Esta coordenada é nula sobre o elipsóide. As
coordenadas curvilíneas podem ser representadas em um sistema cartesiano, através de
formulações que fazem associações entre estes dois sistemas (Cartesiano e Geodésico).
As coordenadas podem ser representadas no plano através dos componentes Norte (N) e Leste
(E) regularmente utilizadas em mapas e cartas, referidas a um determinado sistema de referência
geodésico. Para representar uma superfície curva em plana são necessárias formulações
matemáticas chamadas de projecções.
UTM é um sistema de coordenadas baseado no plano cartesiano (eixo x,y) e usa o metro (m)
como unidade para medir distâncias e determinar a posição de um objecto. Diferentemente das
Coordenadas Geodésicas, o sistema UTM, não acompanha a curvatura da Terra e por isso seus
pares de coordenadas também são chamados de coordenadas planas. Os fusos do sistema UTM
indicam em que parte do globo as coordenadas obtidas se aplicam, uma vez que o mesmo par de
coordenadas pode se repetir nos 60 fusos diferentes.
De uma forma mais simples, o mundo é dividido em 60 fusos, onde cada um se estende por 6º de
longitude. Os fusos são numerados de um a sessenta começando no fuso 180º a 174º W Gr. e
continuando para leste. Cada um destes fusos é gerado a partir de uma rotação do cilindro de
forma que o meridiano de tangencia divide o fuso em duas partes iguais de 3º de amplitude
(IBGE, 2013).
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elipsóide internacional, cujos parâmetros vêm sendo determinados com maior precisão.
Inicialmente, era utilizado um elipsóide diferente para cada país ou grupo de países.
Ele também usa um factor de redução de escala, que corresponde a tomar um cilindro reduzido a
esse valor, de forma a se tornar secante ao esferóide terrestre. Isso diminui o valor absoluto das
deformações, e em vez de se ter uma linha de verdadeira grandeza (k=1) e deformações sempre
positivas (ampliações), passam-se a ter duas linhas de deformação nula (K=1), com redução no
interior (k <1) e ampliação no exterior (k>1).
Mesmo sendo considerada como um dos melhores sistemas de projecção para a cartografia de
médias de grandes escalas, a projecção UTM apresenta algumas limitações para a representação
do globo terrestre, pois mantém precisão dos ângulos, mas possui imprecisões nas medições de
áreas e distâncias (INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA, 2013)
O sistema UTM emprega diferentes escalas dentro do mesmo fuso de representação. Não
proporciona continuidade de representação entre os diferentes fusos, os erros aumentam na
medida em que os dados se afastam do meridiano central e da latitude de origem. (INSTITUTO
POLITÉCNICO DE BEJA, 2013).
A posição relativa dos pontos da superfície terrestre é caracterizada pelas coordenadas num
sistema de referência. Qualquer que seja o sistema envolvido, tais coordenadas são: a abcissa e a
ordenada. Em topografia, as coordenadas são referidas ao plano horizontal de referência, o
plano topográfico; o sistema de coordenadas topográficas é definido por um sistema plano-
retangular XY, sendo que o eixo das ordenadas (Y) está orientado (é paralelo) segundo a
direcção norte-sul (magnética ou verdadeira) e o eixo positivo das abcissas (X) forma 90º na
direcção leste. Uma terceira grandeza, a altura (cota ou altitude) junta-se às coordenadas planas
X e Y, definindo a posição tridimensional do ponto.
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cada ponto, além da determinação da orientação em relação a uma direção fixa: direção norte-
sul.
Um ponto é definido neste sistema através de uma coordenada denominada abscissa (coordenada
X) e outra denominada ordenada (coordenada Y). Um dos símbolos P(x,y) são utilizados para
denominar um ponto P com abscissa x e ordenada y.
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localização exacta de edifícios, ruas, parques e outros elementos urbanos. O planeamento de
novos projectos como a construção de estradas, redes de transportes públicos e zonas de lazer.
Além disso, as coordenadas geográficas também são utilizadas para delimitar fronteiras entre
países e definir limites territoriais.
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Capítulo III
3.0 Conclusão
O desconhecimento sobre cartografia, especificamente projecções, levam à interpretações
equivocadas dos resultados, como por exemplo, encontrar erros de fechamento maior do que o
esperado, quando na verdade boa parcela desse erro pode ser resultado de má aplicação
metodológica do cálculo.
Com o advento do GPS, surgiu a possibilidade de vinculação das medições topográficas com
pontos obtidos por GPS, podendo obter ao final do processo pontos georreferenciados,
normalmente, em coordenadas UTM, vinculadas ao Sistema Geodésico.
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Capítulo IV
COMASTRI, J. Aníbal; TULER, J. Claudio. Topografia – Altimetria. 3º Ed. Viçosa: UFV 2003.
CRUZ, C.B.M; PINA, M.F. Fundamentos de Cartografia. CEGEOP Unidades didáticas 29 a 41.
Volume 2. Rio de Janeiro: LAGEOP /UFRJ, 2002.
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